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Codificada por vênus. 🛰️
Concluída em: 24.11.2024

Abri meus olhos e percebi que não estava sonhando, o barulho de passos apressados era de Lucas, com ele indo e voltando do banheiro como se o mundo estivesse prestes a explodir. Estendi o braço diante do meu rosto, checando a hora no relógio e me assustei ao ver a hora que o ponteiro marcava. Não poderia ser possível que dormi tanto assim, mas não seria eu a discutir com um relógio programado.
Me sentei na cama devagar, acostumando meu corpo preguiçoso, fazendo o máximo para não resistir e voltar a dormir novamente. Estiquei meus braços, me espreguiçando, e olhando ao redor para situar minha consciência.
— Ah, que bom, achei que iria se atrasar outra vez — Lucas disse, assim que se virou em minha direção e viu que eu estava despertando. — Vamos, estamos em cima da hora! — Ele jogou uma camiseta em minha direção.
— Poderia, ao menos, me dar bom dia? — Fiz uma careta, vestindo a peça.
— Não, porque já é quase noite. Nunca sei se está dormindo ou só treinando não piscar os olhos.
— Muito bom, gostei da piada. — Levantei, fingindo humor, e comecei a procurar o restante das roupas que eu deveria vestir. — Está muito frio lá fora? — perguntei, olhando para a janela.
— Sim. Seul e neve, o que você acha?
Não respondi, apenas assenti e peguei a calça jeans, uma camiseta de mangas compridas de gola alta e um sobretudo. Me vesti em um tempo recorde, deixando a última peça de frio em cima da cama, enquanto fui apenas lavar o rosto e escovar os dentes. Sentia todo o meu corpo querendo e pedindo mais pela minha cama e, quanto mais eu pensava sobre aceitar voltar para debaixo das cobertas, mais eu me sentia irresponsável e receava sonhar outra vez uma maluquice, como vinha acontecendo.
Estava cansado não só pela agenda cheia de trabalhos, mas porque, na noite anterior, eu tinha saído em uma das minhas decisões menos maduras da vida até então. É muito bom estar com amigos e me divertir; muitas vezes é necessário, inclusive, sendo ou não com qualquer outro membro do NCT, mas, do jeito que aconteceu na noite passada… não. E, além disso, tinha algo me perturbando há alguns dias, como uma pedra insistente no meu sapato, conseguindo entrar, até mesmo, nos meus sonhos, me deixando um pouco maluco e confuso.
Não deveria ser possível que uma pessoa desconhecida conseguisse alugar em minha mente uma cobertura ou, melhor, um condomínio inteiro.
— Xiaojun!
Ouvi a voz grossa de Lucas me chamar e respirei fundo, notando que estava entrando em mais um devaneio, outra vez pelo mesmo motivo.
E eu sequer sabia algo além do nome do motivo: .
Saí do banheiro e peguei o meu sobretudo em cima da cama, saindo às pressas para a saída do dormitório onde os outros estavam já no hall, esperando o elevador.
— Achei que iríamos deixar o bonitinho para trás hoje — Ten comentou, erguendo o olhar da tela de seu celular.
— Ele acordou de repente.
— Culpa sua. — Ten apontou para Lucas, que tinha começado a falar. — Se não fosse tão barulhento quando vai se vestir, teríamos um show de comédia hoje.
— Acho incrível como você adora me ver tomando sermão. — Fingi humor, fazendo uma careta para ele.
— Confesso que é bem interessante. — Ele piscou de volta.
O elevador chegou e nós entramos, enchendo o cubículo com sete pessoas. Não foi em silêncio, porque juntar Ten, Lucas e Hendery no mesmo lugar sempre resultava em caos e, nesse caso, eu estava sendo o foco do dia.
— A noite de ontem foi boa? — Hendery me questionou. — Não vi a hora que chegou.
— Vocês estavam dormindo. E eu cheguei com o Yangyang, por que ninguém fala dele? — questionei, demonstrando minha indignação com a “pegação” deles no meu pé.
— Ultimamente, tem tido mais graça falar de você. — Yangyang sorriu, ladino, para mim.
Decidi ignorar e voltei a focar no meu celular, relendo as conversas que tive na madrugada enquanto estava sob o efeito de muitas doses de soju que foram divididas com Yangyang e alguns outros idols da SM em Itaewon, em um pub muito reservado que a gente não sabia existir até ser mencionado por um artista bem mais velho da companhia.
A verdade era que, se eu estivesse do outro lado da história e algum amigo meu aparecesse com a mesma maluquice de acreditar em destino e qualquer outra coisa cósmica, também iria achar que fulano estava entrando em um nível estranho de loucura e entraria na zoeira, como os meus amigos têm feito comigo desde o dia que eu dividi fileira no avião com uma mulher a qual eu apenas sabia que se chamava . O porém, na minha consciência, que vivia brigando com a parte racional de mim, era que eu tinha quase certeza absoluta de a ter visto mais de uma vez nos arredores dos locais que eu estava frequentando e a razão evidente de eu ter aceitado sair na madrugada era para encher mesmo a cara e querer me desligar da confusão mental que eu estava instaurando em minha mente a cada dia que passava com essa história toda.
Mas não foi suficiente, vinha aparecendo até mesmo nos meus sonhos e eu já não conseguia mais acreditar que era uma coincidência qualquer. Entretanto, se eu não conseguia compreender o que se passava, como deveria cobrar que meus amigos conseguissem sentir qualquer empatia e compreensão, não acreditando que eu estava louco e em uma paixão platônica por uma desconhecida que conversei somente uma vez durante uma ponte aérea da China para a Coreia do Sul?
E tinha sido no período de maior movimentação dos aeroportos internacionais; durante as festas de fim de ano, o mundo inteiro entra em uma loucura de locomoção, todo mundo indo e vindo de diversos lugares, então entra uma estatística quase impossível de se repetir qualquer rosto que tenha visto durante um voo às vésperas do Natal. Só que eu ainda cogitaria colocar minha mão no fogo e dizer que não estava maluco, que tinha visto, sim, mais de uma vez, sendo uma delas no próprio prédio da SM.
— Se o Xiaojun não estiver cansado e querendo ir caçar a musa dele por aí, a gente pode ir ao pub… Eu acho que vocês vão adorar!
Ouvi Yangyang comentando e guardei o celular, prestando atenção no caminho da garagem subterrânea. Em meio à conversa e risadas deles, seguimos para a van que iria nos levar a algum trabalho de fotos em um lugar qualquer de Seul, que eu sequer tinha me atentado em saber onde era. Geralmente, eu tinha noção sobre as coisas, mas, ultimamente, vinha me sentindo inerte e distante um pouco, confiando no que a própria equipe montava e organizava da nossa agenda de atividades.
Quando entrei na van, sendo o primeiro, encontrei o lugar do fundo, ao lado da janela, e me sentei. Fechei o sobretudo mais apertado contra meu corpo e virei o rosto para olhar o caminho que seria feito do lado de fora, mas, assim que senti um corpo ao lado do meu, virei o rosto e vi Lucas, com seu sorriso sugestivamente falso para a minha direção. Ele vestiu o cinto de forma dramática, como se estivesse me passando um recado, e eu revirei os olhos, fazendo o mesmo e voltando a olhar para a janela. O veículo começou a se movimentar e eu apoiei a testa na janela, fechando os olhos quando a staff disse que nosso trajeto levaria duas horas. Pelo menos, eu teria um tempo para descansar.
Ou não.
— Você sabe que a gente brinca sobre isso, mas, se quiser conversar, estou aqui — Lucas disse, baixo, e eu abri os olhos.
Suspirei, me virando para ele devagar.
— Eu nunca tive isso, de me apaixonar à primeira vista, mas não acho que seja maluquice. Não tem como a gente confundir o rosto de alguém mais de uma vez — ele continuou, em um tom que me passava tranquilidade.
Assenti, sem saber muito bem se deveria render o assunto.
— Então, talvez, você tenha tido outras oportunidades de a ter visto outra vez, como um teste para ver se fazia algo e…
— Não fiz — completei a fala dele. — Ou seja, falhei no teste e agora já era.
— Você não sabe. Essa é a graça. — Ele riu.
— É estranho a gente conhecer alguém e se interessar tanto assim, a ponto de se sentir fracassado por não ter feito nada quando podia ter feito. — Murchei os ombros, apoiando a cabeça para trás.
— Eu não posso te dar nenhum conselho bom e maduro o suficiente para esse momento, mas eu espero que você tenha a chance, com a ou não. — O sorriso de Lucas parecia genuíno e eu apenas assenti, agradecendo baixo.
Tornei a olhar para o lado de fora e me concentrei na estrada, não demorando muito e me sentindo sonolento. Outra vez trazendo o mesmo rosto para minha imagem inconsciente, em meio ao apagão pelo cansaço.
E, mesmo dormindo, eu só conseguia desejar que um milagre acontecesse, prometendo a mim mesmo que não iria vacilar em uma nova chance.


We can just grow that


Não me lembrava a última vez que fomos tão longe fazer um photoshoot. E também não era como se eu tivesse tanta noção de distância, já que dormi durante o caminho todo. Mas me lembrava que, embora Lucas tenha usado do seu humor para brincar comigo e dizer que já era noite, nós saímos do dormitório próximo do horário do almoço e, contando todo o tempo que levou de estrada, mais o período para arrumar figurino e maquiagem, já era quase o início da noite. Então, enquanto os outros decidiam se iam ou não comer antes de a fotógrafa, que estava bem atrasada, chegar, eu fui direto para a mesa repleta de variadas opções para nossa alimentação.
Peguei um sanduíche qualquer e uma garrafinha de suco, sem reparar muito, e fiquei ali ao lado da mesa, enchendo meu estômago, tendo todo o cuidado do mundo para não sujar minha roupa. Assim que terminei, me virei de frente para a mesa e peguei um papel para limpar minha boca e a mão, mantendo o suco aberto para tomar; porém, assim que fui virar para a direção contrária, choquei meu corpo contra outro e todo o líquido balançou dentro da garrafa, espalhando mais na roupa da outra pessoa do que na minha, que sujou apenas o blazer que eu usava.
Olhei da direção que fora derramado o suco para cima e meu coração travou quando o rosto desconhecido — ou não — entrou em foco, assim que a mulher, que estava de costas para mim, se virou.
— Oh, droga! — ela disse, praguejando, e tentando olhar para sua camisa de lã toda molhada e manchada de vermelho, puxando o que conseguia do tecido.
— M-me desculpe! — gaguejei, tentando conter o ímpeto de chamar por seu nome. — Eu realmente não vi que você estava tão próxima. — Não sabia muito bem o que fazer, então, rapidamente, peguei um maço de papel para que ela pudesse secar o que fosse preciso.
Mas eu sabia que não seria muito eficaz e tampouco sanaria a mancha da roupa dela.
— Tudo bem, eu que não deveria ter me aproximado tanto. Estava tão focada no celular, que não prestei atenção — respondeu, respirando fundo, e finalmente me encarando direito.
— Me desculpa, mesmo. Foi culpa minha e agora você tem uma mancha horrível na sua roupa — repeti, coçando a nuca, ao mesmo tempo que sentia meu corpo tremer, achando que, a qualquer momento, ela poderia me reconhecer; e, na verdade, eu esperava por isso.
— Está tudo bem, de verdade — sorriu e, em seguida, ergueu o indicador para mim, com o cenho franzido. — Eu acho que-
Quando ela ia dizer o que eu acredito que diria, duas staffs se aproximaram, apressadas, e a puxaram para o meio do cenário que havia sido montado para as fotos.
Fiquei um tempo parado, no mesmo lugar, tentando racionalizar o que tinha acabado de acontecer e entender que meu mantra repetido continuava me dando todas as fichas para que eu testasse minha coragem e real interesse.
tinha trazido em minha rotina o famoso clichê de ter algo diferente desde o dia que cruzamos nossos caminhos em um voo que eu tive de tomar em classe comum, vindo às pressas de Pequim. Não existia um dia sequer que eu não pensasse nela e me lembrasse com graça de sua avó, Aparecida, mas que preferia ser chamada de Cindy. Naquela ocasião, a senhora simpática e falante — o que bem se enquadra para as duas, na verdade — me intimou a não sair do avião sem pegar o número de sua neta antes; mas acredito que ela não esteja acostumada com os costumes dos quais eu estou, então apenas relevei e continuei prestando atenção no meu próprio mundo e rota, sem cogitar a hipótese de que, posteriormente, eu estaria assim, arriado e sem rumo, tentando ter chances e chances de reencontrar para fazer o certo.
Eu queria conhecê-la, me dar a chance de tentar colocar alguém em minha rotina que pudesse ser além de uma lembrança rápida e integrante de histórias baseadas em eventualidades. E queria muito que fosse essa pessoa; ela tinha me chamado a atenção por seu jeito espalhafatoso e sua genuinidade ao tratar sua avó, mesmo elas usando um idioma que eu não soube reconhecer, enquanto discutiam entre si, tendo a mim na poltrona do meio, entre elas, naquele voo.
No fim, Lucas deveria estar certo sobre não saber se realmente foram situações pontuais e a minha falta de atitude tenha me impedido. Talvez, essa fosse realmente a minha chance pontual e eu deveria saber usá-la.
Como um novo voo.
Durante todo o set de fotos que foram tiradas por ela, eu fui me lembrando de detalhes do voo, de sua avó me contando sobre sua profissão com fotografia, que a levava a andar pelo mundo todo e, com isso, fazia de Cindy sua acompanhante por ser sua única família. Notei como ela fazia tudo com carinho e extremo profissionalismo, tendo uma didática e destreza ao conduzir a gente em ângulos que fossem valorizar no resultado esperado. Não demorou, em relação a outros trabalhos já feitos que pareciam durar horas e quase um dia todo, e eu me senti preocupado, com a possibilidade de ela ir embora antes que eu tivesse coragem de qualquer coisa.
— Posso perguntar que cara é essa?
Estava tentando sair do meio da equipe para chegar até , que desmontava seu equipamento, quando ouvi a voz de Yangyang. Ele olhou para a mesma direção que eu e, pela minha falta de palavras, pareceu compreender.
— Não me diga que ela é a fotógrafa do avião… — disse, olhando para mim novamente e eu continuei sem responder, focado demais no que eu deveria dizer a ela para dar qualquer resposta a ele. — Isso responde muita coisa.
— Responde o quê? — Ouvi a segunda voz sendo de Ten.
— A nossa fotógrafa de hoje. É a do Xiao.
— Não brinca? — Uma terceira voz, Hendery. — Que coincidência, não é mesmo?
Me virei para eles, já me sentindo preparado, e respirei fundo.
— Vocês conseguem segurar a língua só até irmos embora? Prometo que dentro da van eu não vou me importar com as piadinhas — disse, quase suplicando.
Eles se entreolharam e fingiram passar um zíper na boca.
Passei por entre Hendery e Yangyang e segui em direção à , sem hesitar ou repensar qualquer coisa. Ao me aproximar, mesmo sentindo meu corpo tremendo em ansiedade, limpei a garganta, chamando sua atenção. Ela estava no chão, ajoelhada, enrolando um fio grosso para colocar em uma mala, e ergueu o rosto para mim, sorrindo simples.
— Olha só, você! — disse, em um tom simpático. — Achei que iria fingir que não me conhecia.
Quando juntei o máximo de palavras o suficiente, ouvi uma outra voz conhecida chamando pelo nome dela e me virei para a direção de onde vinha, reconhecendo Cindy.
— Ah, não acredito… — murmurou, se levantando. — Vovó! Eu pedi para me esperar lá embaixo! — disse, nervosa, olhando para os lados.
— Eu estava impaciente e queria te ver trabalhar… Se te vi tirar fotos de Robbie Williams, por que não poderia subir hoje e te ver fotografar um grupo de kpop de rostinhos bonitos? — Cindy rebateu em seu tom cômico que eu bem me lembrava e não pude deixar de rir.
— Bem, não somos exatamente do kpop… — comentei, chamando sua atenção.
Ela olhou para mim com o cenho franzido, exatamente como tinha feito quando derrubei o suco em sua roupa.
— Oh, não! — exclamou, boquiaberta. — Querido! — Em seu modo espalhafatoso, se aproximou, espalmando minhas bochechas, desta vez com as duas mãos, o que fez meus lábios formarem um bico. — Como assim você não me contou que ele estaria aqui? E por que você está aqui?
— Se a senhora soltar a bochecha dele, nós duas iremos descobrir juntas esse… poder do destino — brincou.
Cindy me soltou e eu franzi o nariz, sorrindo para ela em uma forma de demonstrar carinho.
— Bem, eu faço parte do grupo que ela fotografou hoje — gesticulei, apontando para trás em um ato de reflexo, olhando, também, e vendo que os outros ainda continuavam no mesmo lugar, me encarando. Eles acenaram e eu ri fraco.
— Que não é de kpop? — Cindy perguntou.
— Somos a divisão chinesa de um grupo de kpop.
— ‘Tá vendo? Eu te disse, ! — Apontou para a neta, convencida e com um sorriso gigante no rosto.
me encarou meio sem graça e negou com a cabeça, rindo fraco.
— Me desculpe por ela.
— Não tem pelo quê se desculpar. — Formei meu melhor sorriso educado, olhando-a nos olhos.
Então, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa e cumprir com meu papel, Cindy, sendo responsável mais uma vez, disse:
— Como a gente vai fazer, então, para marcar um café? Porque não pode ser possível que isso não seja um milagre que, em um mundo com diversos grupos, o seu tenha sido o escolhido da agenda dela! — Seu argumento foi exposto com muito afinco. — Não aceito um não como resposta.
Umedeci meus lábios e assenti, olhando de Cindy de volta à .
— Nem eu — complementei.
Ela colocou as mãos na cintura e franziu o cenho.
— Tenho quase certeza que isso tem dedo seu, vovó.
Cindy respondeu algo no idioma delas que eu não entendi e ruborizou, abaixando os ombros.
— Se a gente prolongar muito, ela mesma vai pedir seu número. — Me estendeu seu aparelho, hesitante. — Como vai ser? Eu te passo o meu ou você o seu?
Peguei o celular de sua mão e digitei meu número usado para coisas específicas, deixando um emoji de olhinhos junto do nome e a devolvi. Não pude evitar mais um sorriso quando ela olhou a tela e gargalhou.
— Você entendeu a referência? — perguntei.
— Como esquecer do desconhecido ao meu lado em um voo que dormiu de olhos abertos e bateu o maior papo comigo? — Ela arqueou a sobrancelha e eu franzi o nariz.
— Alguma chance de você me lembrar o que conversamos?
— Quem sabe…
— Acho que, no nosso caso, o destino — rebati, recebendo um olhar franzido dela.
Se, antes de me aproximar, meu corpo parecia estar quase implodindo por tamanha falta de coragem, agora ele estava no efeito contrário; como se uma energia muito maior do que eu pudesse conhecer estivesse me tomando por inteiro só pelo simples fato de eu ter dado o primeiro passo em uma colheita.
Um primeiro passo de vários que poderiam vir a acontecer.




FIM.


Nota da autora: Espero que tenha gostado. Até a próxima!


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