Revisada por: Hydra
Finalizada Em: 24/11/2024Ali, parado olhando o céu estrelado, onde nenhuma brisa batia, vi um ser gutural, diferente de tudo que já havia caçado, ele pulou pra cima de mim. E, a única coisa que podia fazer era esperar pelo beijo da morte, mas este não veio, um lobo de pelagem escura como a noite saltou impedindo que o ser gutural caísse sobre mim, ouvi alguns galhos se partirem e folhas serem pisadas com alvoroço, um uivo e novamente o silêncio, que durou tempo demais. Logicamente o lobo havia morrido, se aquele ser, pode me derrubar com apenas um golpe, era certo que estraçalhou o animal.
Após um tempo à espera não sei do que, pois eu não conseguia me mover, comecei a ser arrastado pela mata, minha visão estava turva, mas consegui ver duas orbes verdes brilhantes e tive certeza que eram de um lobo. Todo meu corpo estava dormente, porém mesmo assim ainda podia sentir uma dor interna, como se meu sangue estivesse fervendo… era algo diferente de tudo que já tinha sentindo antes.
Acordei com o sol sobre meu rosto e levei a mão aos olhos para proteger da claridade e me sentei no sofá… espera… sofá, mas onde diabos estou? Levantei.
Olhei ao redor não reconhecendo nada, era uma casa rústica, cheia de flores e bem arejada, nada muito especial. Adornada demais, em minha opinião.
— Até que enfim acordou! — Uma vozinha irritante adentrou meus ouvidos, e me virei para a porta dando de cara com uma mulher de cabelos rosados e olhos extremamente verdes, que brilhavam mais do que esmeraldas, e uma visão tomou minhas memórias. Eu estava sendo arrastado pela mata e vi duas bolas verdes esmeraldas me encarando. Definitivamente eram os mesmos olhos.
— Você! — Afastei-me com cautela — você era o lobo…
— Hum, perspicaz… deixa-me adivinhar — a mulher levou um dedo até a boca vindo em minha direção. — Os olhos — ela os arregalou e eles brilharam.
— É claro… hum… O que estou fazendo aqui?
— De nada… — foi o que ela disse passando por mim, sem voltar a me dirigir o olhar. — O que? — Falei com indignação, diante da falta de resposta. — Eu quero saber o que está acontecendo aqui, como você matou aquela coisa e como eu vim parar aqui? — fui atrás da garota de cabelos rosa.
— Você é muito arrogante, sabia? — Ela se virou encostando-se a pia com um copo de água na mão.
— O que? Eu não…
— Eu salvei sua vida. — me encarou — enquanto eu não ouvir um agradecimento sincero…
Mas que mulherzinha… não é sua voz que é irritante, ela por inteiro. Respirei fundo e a encarei.
Virei-me e voltei pra sala. Comecei a procurar minhas coisas, algo que não demorou muito pra acontecer, já que tudo estava atrás do sofá onde estava desacordado. Já caminhava para a porta quando sua voz me fez parar… literalmente.
— Substitit! — Não consegui dar mais nenhum passo. — Vocês caçadores Uchihas, são tão arrogantes… mas eu não pedi você… — a mulher revirou os olhos.
— Como assim: “pedi você”? — falei entredentes.
— Fui eu quem pediu um caçador, algo que vai me fazer ser expulsa da comunidade, mas… enfim, depois eu vejo isso. Agora preciso cuidar de outro problema.
— Certo, então estou aqui porque uma loba, bruxa… ou seja lá o que você for…
— Sou as duas coisas, e uma vampira também — Senti sarcasmo em sua voz — E foi isso mesmo que você ouviu, fui eu que contratei os seus serviços. Então…
— Então dá pra me soltar — tentei me sacudir e me soltar, mas tudo era em vão.
— Movere on! — Finalmente estava livre.
— Não faça isso novamente — me virei. Vendo-a sentada de forma relaxada no meio do sofá, as pernas grossas cruzadas, e uma balançando por cima da outra, os cabelos rosa pareciam macios e por um breve momento senti vontade de tocá-los… Por isso logo pigarreei e voltei para mim.
A mulher riu sorrateira.
— O que era aquela coisa? — Perguntei obrigando-me a mudar meus pensamentos. — Era diferente de tudo que já vi.
— Sim, realmente eu também achava isso, mas anteontem quando avancei em cima dele…
— Espera aí — A interrompi. — Anteontem? — ela fez que sim com a cabeça. — Você está me dizendo que eu apaguei por dois dias?
— Sim… — confirmou com simplicidade… Mas isso estava longe de ser algo simples.
— Mas que porra!!! Como eu estive apagado por dois dias….
— Eii bonitinho, calma aí sua coluna estava quebrada, não é tão simples curar uma ferida como essa, eu tive que te apagar. Não suportaria tal dor acordado…
— Hum… — Preferi deixar esse assunto para lá. — Então, o que era… aquela coisa.
A mulher estreitou o olhar, havia entendido o que eu queria, e provavelmente começaria a falar exatamente o que eu não evitava…
— Era um demônio. — me surpreendi, por ela não ter mantido o assunto e pela revelação.
— Como assim, um demônio?
— É... eles são raros de aparecer, mas quando aparecem causam estragos, e eu não o matei, apenas o mandei para outra dimensão, e voltei pra salvar sua vida.
— Qual o motivo de não ter matado aquela coisa quando teve a oportunidade? — Cruzei meus braços.
— Não posso matar um demônio, não empunho a lâmina dos caçadores, ela é forjada para matar qualquer coisa, e só elas podem matar um demônio, mas na minha mão…
— Se torna uma lâmina comum… — completei sua frase.
— Isso ai… — Um sorriso desenhou os lábios vermelhos e carnudos.
— Por isso chamou um caçador?
— Exatamente, apesar de não ter certeza sobre o que poderia ser a criatura, eu desconfiava.
Ficamos em silêncio por alguns minutos, minha vontade era sair por aquela porta e caçar esse tal demônio, no entanto, tenho senso e devo minha vida a aquela mulher. Observei o céu azul, livre de qualquer nuvem então perguntei:
— Então, o que faremos agora?
— Esperamos. Aquela coisa não vai ficar presa pra sempre… temos que estar prontos. A propósito, me chamo Sakura Haruno. — A bruxa se levantou caminhando até a porta, onde eu estava.
— Sasuke Uchiha. — falei saindo porta afora.
— Não vá muito longe, como eu disse: aquela coisa vai voltar a qualquer momento. — não parei para ouvi-la.
Sakura
"Sujeitinho arrogante" pensei o vendo seguir para floresta. "lindo, uma delícia, que adoraria lamber cada pedacinho. Não posso negar, mas podia ao menos ter me agradecido por salvar sua vida".
— Isso é que dá se meter com caçadores. Que a mãe terra me ajude a suportá-lo, se não eu mesmo o mato.
O sol já estava se pondo e Sasuke ainda não tinha voltado, por isso resolvi ir pra cidade, eu não moro muito longe, apesar de preferir estar na floresta, aí preciso ir à cidade comprar comida, entre outras coisas.
Procurando sentir seu cheiro, que era forte e másculo, como nenhum outro que já havia sentido antes, acabei sentindo que alguns hormônios estavam à flor da pele no bar Muriel 's, famoso dentro e fora do mundo sobrenatural por ser o lar de um fantasma…
Dirijo-me até o local e lá estava ele, rodeado por uma alcatéia quase que inteira. Revirei os olhos e entrei.
— O que está fazendo aqui caçador, sua presença não é bem vinda! — falou Kiba, o alfa da alcatéia Inuzuka, que ocupava o norte da cidade. Sasuke permaneceu no bar e levou sua bebida à boca em silêncio, fingindo que não tinha ouvido nada.
Kiba, no entanto era impaciente, compulsivo e rosnou, deixando a luminescência vermelha de seus olhos visíveis. Normalmente não me intrometo nos assuntos de ninguém, não tenho a melhor fama da cidade por ser um tribrida e não pertencer a clã algum, afinal, quem me aceitaria?
Nas bruxas não sou bem vinda, por não ser de linhagem pura.
Os lobos não me aceitam porque sou parte vampira e os vampiros não me caíram porque sou parte lobo, enfim, a eterna solidão…
Isso em nada me incomoda, sempre fui assim desde que me entendo por gente, e olha que faz é tempo, mais até do que eu gostaria de dizer.
O Inuzuka aproximou-se do caçador e levou uma mão ao ombro dele. "A merda estava feita" E tive que intervir, bem a tempo de segurar a arma carregada de bala de prata que o Uchiha levava consigo.
— Certo, agora já chega, vamos todos nos acalmar. — Olhei com cara feia para Sasuke, mas ele manteve o olhar frio sobre o lobo.
— Não se meta tribrida, isso não é da sua conta. — falou Kiba com desprezo. Respirei fundo buscando manter minha calma. — O assunto aqui é entre esse caçador miserável e eu. Gente da sua laia que nem é bem vinda aqui, tem que se manter caladinha, enquanto o alfa resolve os problemas.
Nossa! Como ele adora o som de sua própria voz. Rolei os olhos, agora estava entendida.
— A partir do momento que eu o chamei aqui, acabei tendo tudo a ver com qualquer situação que o inclua. — falei ganhando a atenção do lobo.
— Você fez o quê? — novamente o Inuzuka rosnou. — Como se atreve a chamar alguém como ele até nossa Cidade? Isso é inaceitável
— A única coisa inaceitável aqui, são as mortes sem explicações que vocês, lobos, não conseguem resolver. — cuspi as palavras. Kiba encarou-me com seus olhos vermelhos semi cerrados.
— O conselho da Cidade já está se reunindo para resolver isso, você não tem que sem meter, mulherzinha de sangue ruim, não faz parte dessa comunidade e de nenhuma outra, tribrida nojenta, não seria surpresa alguma se fosse você a culpada por todas as mortes, tendo parte com aqueles sanguessugas podres, malditos mortos-vivos! — cuspiu no chão e isso me deu náuseas.
— Já está na hora de você calar a sua boca cachorrinho! — Provocou Sasuke e os lobos fizeram menção de atacar.
— Obice! — Com as duas mãos estendidas me coloquei entre eles. — Sasuke, vamos, não vale a pena se envolver em uma briga, temos um trabalho a fazer. — O encarei, seus olhos tão escuros quanto à noite mais tenebrosa, pareciam enxergar minha alma e desviei o olhar saindo.
— Agradeçam a ela, se não estão mortos agora — ouvi a voz fria do Uchiha e logo que chegamos à rua desfiz a barreira que impedia os lobos de avançarem.
Todo o caminho de volta a casa foi no mais completo silêncio. Apesar de parecer não ligar, as palavras ditas por Kiba me magoaram, claro que eu já deveria estar acostumada, sempre que aparecia na cidade, eu as sentia em cada olhar, no entanto, ignorar um olhar é mais fácil do que ignorar o que se ouve. Que culpa eu tenho de ser uma tribrida, não pedi pra nascer assim, da mesma forma que não pedi pra me matarem e renascer como vampira… Suspirei cansada, abraçando meu corpo. A pior parte disso tudo é estar sozinha… Você nunca se acostuma.
Sasuke
Ouvir aquele maldito lobo falar com Sakura daquela maneira, quase me fez perder a calma. — Tsck — estalei a língua no céu da boca a seguindo. Ela estava quieta, com toda certeza aquelas palavras a machucaram. "Maldito!".
Balancei a cabeça negando, eu não deveria me importar tanto, ela é uma criatura do submundo, os quais eu deveria caçar e não ficar furioso, quando são maltratados pelos de sua própria espécie… "Maldição! Parece que esta mulher em minha vida tem algo a mais do que deveria ser. Só não entendo o porquê disso. Será que ela me enfeitiçou? Não… meu sangue é imune a certos tipos de feitiços, e os que envolvem atração são um deles.
A lua já estava alta, quando finalmente chegamos a casa, Sakura ainda não tinha dito uma palavra sequer sobre tudo que aconteceu, e agora eu me sentia culpado, se não tivesse saído, ela não teria passado por isso. "Inferno!" Agora teria que me desculpar.
— Tem comida na geladeira, fique a vontade pra fazer alguma coisa. — falou Sakura saindo da minha vista, antes que eu pudesse responder. Bom, de fato eu estava com fome, àquela confusão no bar me fez até esquecer que tinha pedido algo…
Dirigi-me à cozinha, olhei as coisas na geladeira e decidi fazer um sanduíche, tinha tudo que eu precisava, e ainda mais. Acabei fazendo mais do que necessário, pelo menos estava bem alimentado. Depois não demorou para que ela chegasse, seus olhos estavam vermelhos, qualquer um diria que estava chorando, mas não é da minha conta.
— Eu fiz mais um sanduíche, está na geladeira. Deveria comer alguma coisa.
— Certo. — Essa foi sua resposta, apesar de ser um cara que prefere o silêncio, o dela agora estava me incomodando. A segui até a cozinha.
— Olha… eu sinto muito… por tudo o que foi dito..
— Está tudo bem… já estou acostumada. São mais de mil anos nessa vida… nada de novo. — falou cansada demais, e no automático. Estava claro que era mentira.
— Você não precisa ser a durona, não foi pra mim que ele falou, mas me senti…
— Olha, esquece… estou bem… — me encarou. — Mas… você bem que podia agradecer, afinal, eu salvei sua vida.
Rolei os olhos e ela saiu sorrindo e sentou no sofá.
— Ta legal… — sentei ao seu lado. — Obrigado, por salvar minha vida. — achei que era o mínimo que podia fazer depois de tudo.
Ficamos nos olhando e como um ímã, fui atraído para ela e nos beijamos calorosamente, até que o ar nos faltou, eu não queria me separar, seu gosto era bom, seus lábios macios, precisa de mais.
— O que… você está fazendo comigo? — perguntei ofegante, entretanto, não quis esperar a resposta, na verdade não importava se ela tinha feito algo ou não, eu queria mais do que podia imaginar.
Agarrei seu corpo e trouxe para meu colo, puxei a blusa para fora de seu corpo e agarrei seus cabelos, aprofundando nosso beijo, depois desci as mãos por seu corpo macio até chegar a costura do sutiã, abaixo dos seios, então olhei em seus olhos como quem pede permissão… Sakura riu sacana e entendi que o caminho estava livre, subi a mão por baixo da peça íntima, e apertei os seios medianos e sedosos.
A bruxa gemeu em meus lábios. Com a mão livre desabotoei a peça a tirando por completo, e admirei os seios com bicos rosados.
— Parece que gosta do que vê — falou com o sorriso sacana ainda desenhado nos lábios vermelhos.
— Ah sim… gosto muito, vou gostar ainda mais agora. — Passei a língua ao redor do bico o fazendo endurecer em minha boca, Sakura jogou a cabeça para trás, enquanto me deliciava intercalando entre um seio e outro.
Desci meus dedos até o cós de seu short e abri o primeiro botão quando fui impedido de continuar…
— Espera… — sussurrou ofegante
— O que foi? Estou indo rápido demais? — perguntei sem certeza alguma, afinal, ela parecia estar gostando.
— Não… não é isso — olhou em meus olhos e pôs uma mão sobre minha face se concentrando.
— Então o que foi? — perguntei preocupado.
Sakura saiu de meu colo.
— Aquela coisa… já conseguiu sair da outra dimensão. — apanhou a blusa e o sutiã, mas não os vestiu, ao contrário disso tirou os shorts se dirigindo para porta.. — Sinto melhor o cheiro de enxofre quando na forma de lobo. — falou. Antes minha cara que deveria estar demonstrando estranheza e curiosidade.
— Claro… — por um instante havia me esquecido o que ela era. Levantei-me meio chateado, sei do meu dever, mas… ah… deixa pra lá…
Caminhei pela floresta seguindo a loba que ia cautelosamente à minha frente. A lâmina estava pronta para o ataque e a arma em punho pronto para qualquer ataque. Pelo menos era isso que eu pensava, mas como da primeira vez, fui jogado longe "isso já estava me tirando do sério".
— Madefaciat! — falou Sakura voltando à forma humana.
Meu corpo desacelerou antes de bater contra uma árvore e consegui controlar a forma de cair. Vi o demônio bufar e literalmente saiu fumaça de suas narinas, e avançou para a mulher, que estava nua, como se fosse um touro feroz. Sakura correu de encontro a ele e segurou os chifres.
— Rápido, a lâmina! — Gritou pra mim. Infelizmente, minha arma não estava em minhas mãos, ela deve ter caído quando fui arremessado. Olhei ao redor e a vi, no entanto estava atrás daquela coisa que mais aprecia um ogro.
— Merda! — corri na direção dela, passando por eles, e peguei a lâmina no chão, no entanto quando avancei para cortar a cabeça do bicho, ele impôs mais força, enfiou um chifre na barriga da tribrida e a prensou na árvore, Sakura urrou de dor. Depois de quebrar o chifre se virou pra mim, e veio com a mesma velocidade, porém eu não tinha a mesma força de uma tribrida.
Corri na direção contrária e, tomando impulso em uma árvore, girei no ar cravando a lâmina em sua cabeça, e caí rolando na terra úmida de orvalho. O demônio se desfez em larva deixando uma marca de queimado no chão. Sem me importar com mais nada fui até Sakura, ela ainda estava presa a árvore, o chifre do animal não se desfez com ele. Muito sangue estava sendo perdido, e temi por sua vida.
— N- não se preocupe comigo… — falou cuspindo sangue.
— Não fale muito, eu vou ter que puxar isso… e vai doer — ela concordou com um aceno de cabeça. Segurei o chifre com ambas às mãos e puxei de uma vez só. Sakura grunhiu de dor. — Você não tinha que estar se curando, ou algo assim? — Analisei seu ferimento parecendo que estava bem feio.
— Ferimentos causados por demônios são diferentes… — cuspiu mais sangue e sorriu. — Está preocupado comigo?
— O que eu posso fazer? — perguntei ignorando a dela.
— Me leva pra casa…
— E quanto ao seu ferimento? — A peguei no colo após cobrir seu corpo com minha blusa.
— Eu preciso de sangue de um vivo… direto da fonte… Só assim, talvez eu consiga me curar.
Não falei nada, eu abominava isso, não podia compactuar com tal atitude, minha função é impedir que esses monstros se alimentem de humanos, mas…
Após um tempo chegamos a sua casa e ela já estava apagando, a coloquei no sofá.
— Sakura? Não dorme, fica acordada ta bom… ouve a minha voz…
— Não se preocupe, não estou mais sentindo dor, meu corpo está… — seus olhos se fecharam e a sacudi para que voltasse a si.
— Seu corpo está o que? Fala comigo.
— Está dormente…
— Droga! — Não tinha escolha… eu precisava fazer alguma coisa. — Ei, toma, bebe o meu sangue… vai — levei meu pulso até seus lábios, mas ela o rejeitou.
— Não… não posso, eu não vou conseguir parar… e se… — Sakura tossiu mais sangue — meu veneno entrar em você, vai se tornar um híbrido… não vou correr esse risco.
— Essa decisão não é sua, agora anda bebe logo, não posso perder você…
Seus olhos verdes me fitavam profundamente.
— É isso mesmo que você ouviu Sakura… agora, anda logo… Seus caninos cravaram em meu pulso, de início foi dolorido, mas rapidamente minha mente ficou anuviada, e tudo que eu queria era dormir, fui perdendo os sentidos lentamente até que não vi mais nada.
Acordei com o susto sentindo meu pulso latejar. Estava no sofá, e a última coisa que me lembro é de sentir uma forte dor no pulso quando Sakura o mordeu.
— Sakura? — me levantei, estava só de cueca box e muito confuso. Fui até a cozinha, no quarto aos fundos, mas nem sinal da tribrida. Sentei-me no sofá novamente. Foi quando vi um bilhete sobre a mesinha de canto ao lado do sofá e o peguei.
"Eu nunca quis que isso acontecesse com você, sinto muito. Sim Sasuke, você agora é um híbrido e está ligado a mim, por isso parti. Assim não se sentirá impelido a fazer qualquer coisa por mim, esse é meu jeito de te dar sua liberdade.
As maldições não estão ativadas em você, mas se matar uma pessoa comum, ativará a do lobo e se morrer, ativará a do vampirismo.
Obrigada por salvar minha vida!
E desculpe por ser tão covarde para não ficar, mas você é um caçador, não pode e não deve estar ligado a uma submundana como eu. E poderá viver uma vida normal evitando as duas coisas que te falei. Mas se por acaso alguma delas acontecer, eu saberei e estarei ao seu lado. Basta você querer."
Dobrei o papel em minhas mãos, sentindo meus olhos arderem.
— Serei o melhor caçador que eu puder ser, mas quem eu vou caçar é você.
“Não me importo de estar ligado a uma submundana se esta for Sakura.”