Revisada por: Polaris 👩🏻🚀
Última Atualização: 31 de dezembro de 2024Após quase dois anos de romance, e Tom Holland confirmaram o término do relacionamento, deixando os fãs ao redor do mundo surpresos e tristes. O casal, que conquistou corações com sua cumplicidade e carinho, decidiu seguir caminhos diferentes, mas de forma amigável, sem brigas ou desentendimentos.
Fontes próximas ao ex-casal revelaram que a separação foi causada por questões pessoais e profissionais, sem grandes conflitos entre eles. , conhecida não apenas por sua carreira musical, mas também pela sua autenticidade, tomou a decisão de se dedicar a pendências em sua vida pessoal, além de focar na finalização de seu novo álbum, que está em processo de produção. A cantora tem se dedicado ao trabalho de criação, mergulhando nos sentimentos e nas experiências que a marcam neste momento de transição.
Tom Holland, por sua vez, fez uma declaração emocionada durante uma entrevista no programa de James Corden, onde falou sobre o término com muita sinceridade e respeito pela cantora. “Tentei ser o melhor homem que ela já teve. Fomos muito felizes, realmente, e sempre terá um lugar especial no meu coração. Eu e minha família temos um carinho enorme por ela”, disse o ator, tocando o coração de seus fãs.
Apesar da evidente tristeza de ambos, tanto quanto Thomas pediram que seus fãs respeitassem a privacidade deles nesse momento difícil, evitando especulações.
A grande pergunta, no entanto, permanece no ar: será este realmente o fim? Muitos fãs ainda alimentam a esperança de que, com o tempo, os dois possam se reencontrar e retomar o relacionamento. Até lá, resta aos fãs torcerem para que ambos encontrem a felicidade, seja no caminho que escolherem seguir.
Enquanto se prepara para finalizar seu novo álbum, que promete ser uma verdadeira imersão em seus sentimentos mais profundos, seus seguidores aguardam ansiosamente por suas próximas músicas, que devem refletir esse momento de autodescoberta e transformação.
Três meses após o término de seu relacionamento com o ator Tom Holland, está de volta ao cenário musical com o aguardado lançamento de seu novo álbum, . O projeto, lançado nas principais plataformas de streaming, é uma imersão emocional na jornada de autodescoberta da cantora, refletindo as mudanças e os desafios que ela enfrentou após o fim de seu relacionamento.
Durante o período em que esteve em silêncio, usou o tempo para se reconectar consigo mesma, se afastando das redes sociais e da vida pública para focar em sua cura pessoal. O resultado desse processo intenso de reflexão e crescimento se traduz em , um álbum que explora temas de perda, renovação e a força interior necessária para seguir em frente.
"Esse álbum é sobre aceitação e sobre encontrar a força para recomeçar, mesmo quando a dor parece insuportável", disse em uma postagem nas redes sociais ao anunciar o lançamento. "Passei por uma fase de profunda reflexão, e espero que minhas músicas toquem e inspirem aqueles que também estão passando por momentos difíceis."
Entre as faixas, uma das mais comentadas é Te Olvidaré, que se tornou um verdadeiro hino de superação para os fãs. Na canção, expressa a decisão de deixar o passado para trás e a confiança de que novos caminhos estão por vir. A música traz uma mensagem poderosa de libertação e renovação, marcando a transição de para um novo capítulo em sua vida pessoal e profissional.
Outras faixas como "Por que te vás", "22", “Acércate” e "Um bejo en Madrid" também fazem parte do álbum, todas explorando diferentes aspectos do término e do processo de cura. Cada uma dessas músicas transmite vulnerabilidade e força, com usando sua voz para revelar a jornada emocional de lidar com a dor do fim, mas também de encontrar esperança e novos começos.
Embora o álbum claramente reflita a fase pós-término com Tom Holland, optou por não fazer menções diretas ao relacionamento, preferindo se concentrar nas experiências pessoais que a ajudaram a evoluir. "Minha música é minha maneira de processar tudo o que vivi. Espero que, ao ouvir , meus fãs encontrem algo que ressoe com suas próprias experiências", disse a cantora.
Com o lançamento de , se prepara para embarcar em uma nova fase da carreira, com mais projetos a caminho. O álbum já conquistou uma legião de fãs, que estão se conectando profundamente com as letras e a mensagem de superação, refletindo a força que vem de dentro e o poder de se reerguer após um grande desafio.
Após o grande sucesso do lançamento de seu aclamado álbum , está pronta para levar sua música aos palcos ao redor do mundo. A cantora anunciou oficialmente sua turnê internacional, que começará no próximo mês e promete ser uma jornada de superação, emoção e conexão profunda com seus fãs.
A turnê será uma imersão no universo do álbum, com apresentando as faixas mais intensas e pessoais, que exploram temas como o fim de um relacionamento, o processo de cura e a força de recomeçar. Músicas como "Te Olvidaré", "Por que te vás" e "Acercaté" irão emocionar o público, levando os fãs a uma experiência única de vulnerabilidade e renovação.
"Estou muito emocionada em poder compartilhar esse novo capítulo da minha vida com todos. é uma parte de mim e de tudo o que vivi nos últimos meses, e estou ansiosa para vivenciar essa jornada de superação com meus fãs em cada cidade", disse em suas redes sociais ao anunciar a turnê.
A produção do show promete ser grandiosa, com cenários que capturam a profundidade das letras do álbum e uma performance envolvente que promete tocar o coração dos espectadores. A cantora promete interagir com o público de maneira intimista e intensa, refletindo sua jornada de autodescoberta e aceitação.
Os ingressos para as apresentações já estão à venda, e a demanda tem sido extremamente alta. A turnê é uma das mais aguardadas do ano, com grande expectativa tanto no Brasil, quanto no exterior. Será um marco na carreira da cantora, que segue consolidando sua trajetória de sucesso, tanto na música, quanto em sua jornada pessoal de crescimento e superação.
Nos bastidores, os preparativos estavam a todo vapor: os técnicos ajustavam os últimos detalhes do sistema de som e luzes, os dançarinos repassavam coreografias com precisão, e as estilistas corriam com os figurinos, garantindo que tudo estivesse perfeito. As projeções gigantes no palco testavam os visuais hipnotizantes que acompanhariam as músicas, enquanto o nome "" brilhava em letras gigantes sobre um telão de LED.
Eu estava no camarim, cercada por minha pequena equipe. A maquiadora dava os últimos retoques em meu rosto, enquanto o cabeleireiro ajeitava os fios soltos do meu penteado. Mesmo com toda a correria ao redor, encontrei um momento de silêncio para mim mesma. Sentada em frente ao espelho, segurei firme o microfone, como se fosse meu amuleto.
— Está tudo pronto, . Você está incrível — disse um dos membros da equipe, com um sorriso encorajador.
Respirei fundo e olhei para o reflexo no espelho. era mais do que um álbum; era uma parte de mim, uma confissão pública da minha dor, minha cura e minha transformação. Agora, ao encarar meu reflexo, sentia o peso do momento, mas também a força que vinha do apoio dos meus fãs e da mensagem que queria compartilhar.
Do lado de fora, o som da multidão aumentava. Os fãs gritavam meu nome e cantavam trechos das músicas mais famosas, criando uma energia contagiante que atravessava as paredes. Sorri ao ouvir a plateia e me levantei, ajeitando o figurino. Era hora de transformar meses de emoções intensas em uma performance inesquecível.
Foi quando a assistente de produção abriu a porta do camarim e anunciou:
— , cinco minutos.
Segui pelo corredor em direção ao palco, cercada por minha equipe. Cada passo parecia mais firme do que o anterior. Quando cheguei à lateral, o som da plateia explodiu em um clamor ensurdecedor.
As luzes se apagaram, e a introdução da primeira música ecoou pela arena, vibrando nos corações de milhares de pessoas. Respirei fundo, fechei os olhos por um instante e, com um sorriso determinado, dei o primeiro passo para o palco. Ali, sob os holofotes e diante de uma multidão que aguardava ansiosamente, senti todo o nervosismo se dissipar. O show começava, e eu sabia que estava exatamente onde deveria estar: no centro de uma jornada que apenas começava conectando almas através da minha música.
O palco era meu.
Diante das luzes explosivas e do calor da plateia, dei os primeiros passos enquanto as luzes vibravam em cores pela arena. A introdução enérgica de "22", a música de abertura do meu álbum , ecoou pelos alto-falantes, e o público foi à loucura. Com uma batida contagiante e uma letra que exalava liberdade e renascimento, a faixa foi a escolha perfeita para dar início à turnê.
— No me vuelvo a enamorar.
Assim que cantei as primeiras frases, a arena explodiu em gritos e aplausos. As luzes do palco pulsavam no ritmo da música, criando um espetáculo visual que combinava perfeitamente com a força da canção. Abri um sorriso radiante, claramente emocionada com a resposta do público. Minha voz estava firme, carregada de emoção, e quando as backing vocals entraram, harmonizando na segunda voz, a melodia ganhou ainda mais profundidade.
— Hoy te tienes que olvidar, de mí, de mí, de mí.
Caminhei pelo palco com confiança, estendendo a mão em direção à plateia, que cantava junto em uníssono. Cada palavra parecia atingir os corações de quem me ouvia, como se eu estivesse contando a história de todos ali. A conexão era palpável, e o momento se tornava inesquecível, marcado pela força da música e pela entrega completa de todos os presentes.
— Oi, São Paulo! — disse em um tom animado, minha voz estava ecoando pela arena assim que a pausa da música deu espaço para a saudação.
O público respondeu com um rugido ensurdecedor, e não consegui conter o sorriso que iluminou meu rosto. Aproveitando o momento, ergui os braços, incentivando ainda mais a energia contagiante da plateia antes de retomar a música com a mesma intensidade de antes.
O ritmo acelerado da música me envolveu enquanto eu caminhava de um lado ao outro do palco, sentindo cada batida ecoar através de meu corpo. A multidão era como um mar, uma onda de energia que se fundia comigo a cada verso, e eu não conseguia mais distinguir onde terminava o som da música e onde começava o sentimento que emanava de cada pessoa que estava ali. Eu me entreguei completamente, sentindo o suor escorrer pela minha testa, mas não me importava. Era como se, naquele momento, o palco fosse o único lugar em que eu fosse verdadeiramente eu.
A música ainda continuava, mas a intensidade da plateia fazia com que eu quase sentisse que o tempo estava estagnado, que a conexão que estávamos criando se arrastava para além da minha própria percepção. Cada grito, cada aplauso, cada palavra que ecoava do fundo da arena era uma prova de que tudo o que eu tinha passado — cada sacrifício, cada lágrima — havia valido a pena.
Quando a música chegou ao refrão, fiz uma pausa breve para deixar que a energia do público tomasse conta, e me virei para olhar a plateia, observando cada rosto iluminado pela luz do palco. Fui tomada por uma onda de gratidão. Eu estava ali por eles. Eles eram a razão de cada esforço, de cada noite sem dormir, de cada momento de insegurança.
— Eu amo vocês, São Paulo! — gritei, sabendo que as palavras não eram suficientes para expressar o que sentia. Mas, de alguma forma, eu sentia que eles sabiam. Sabia que sentiam a mesma coisa.
A multidão respondeu com gritos e palmas ainda mais fortes, e o som foi tão ensurdecedor que quase parecia que as paredes da arena estavam vibrando com a energia deles. O som parecia ecoar na minha pele, me dando forças para continuar, me impulsionando a entregar mais de mim mesma a cada segundo.
Assim que o primeiro ato chegou ao fim, desapareci do palco, descendo rapidamente pelo elevador que me levava aos bastidores. Lá embaixo, minha equipe já estava a postos, trocando meu figurino enquanto eu ajustava a respiração e me preparava mentalmente para o próximo momento. O segundo ato estava prestes a começar, e ele trazia as músicas mais românticas do álbum e aquelas que todos estavam esperando com ansiedade.
Em poucos minutos, estava pronta. O vestido roxo deslumbrante, estava impecável, refletindo as luzes nos tons perfeitos para criar uma atmosfera mágica. Enquanto o elevador começava a subir, respirei fundo, fechando os olhos por um breve instante. Tentei me concentrar, mas meu coração ainda batia mais forte, não só pela expectativa do show, mas também pelas lembranças que essa noite trazia. Como eu queria que ele estivesse aqui, que ele pudesse me ver dessa forma, depois de tudo. Mas, por agora, tudo o que eu podia fazer era seguir em frente.
Quando emergi no palco novamente, a reação do público foi instantânea e ensurdecedora. Os gritos e aplausos preencheram a arena, como se a energia do público tivesse sido amplificada pela minha presença. Eu abri um sorriso emocionado, sentindo o calor do carinho dos fãs que ecoava por todo o local. O vestido roxo cintilava sob as luzes, e minha confiança parecia crescer a cada segundo. Mas, ao mesmo tempo, meu pensamento se voltou para ele. Será que ele estaria assistindo por algum lugar? Esse pensamento me atingiu com força, mas eu respirei fundo, me forçando a focar no momento presente.
Com passos firmes e decididos, me aproximei do centro do palco. O silêncio que tomou conta da arena refletia a expectativa palpável. As luzes focavam em minha figura, enquanto o público aguardava ansioso para ver o que viria a seguir. Olhei para a plateia, com um sorriso tímido surgindo nos meus lábios. Cada olhar parecia carregado de emoção, e eu sabia que aquele era o momento de me conectar de maneira profunda com todos ali presentes.
Com um gesto suave, ajustei o microfone e respirei fundo. Meus olhos brilharam enquanto observava as primeiras filas de fãs que me acompanharam desde o começo da minha carreira, e outros que haviam sido tocados pela minha música ao longo da jornada. O ar estava denso com a vibração do momento, e eu sabia que minha próxima fala seria marcada por uma sinceridade absoluta.
— São Paulo… — comecei, minha voz era serena, mas carregada de emoção, que ecoava pelo palco. — Eu quero começar dizendo que estou profundamente grata por estar aqui, por poder compartilhar esse momento com todos vocês. Esta noite é muito especial para mim, porque cada um de vocês é parte dessa jornada, parte da minha história.
Fiz uma breve pausa, segurando o microfone com as duas mãos, sentindo o calor da plateia. Os olhos do público estavam fixos em mim, aguardando atentamente cada palavra.
— O álbum é uma jornada de superação, de altos e baixos, de aprender a deixar ir. — Fiz uma pausa, observando as reações ao meu redor. — E essa próxima música… — Sorri suavemente, com um brilho no olhar. — Fala sobre despedidas, sobre a dor de ver alguém partir, mas também sobre a força que encontramos dentro de nós para seguir em frente. Ela se chama ‘Por Qué Te Vas’, e eu quero que vocês sintam cada palavra, cada sentimento.
Fiz outra pausa, meus olhos agora refletindo uma sinceridade profunda, como se estivesse compartilhando algo muito íntimo com o público.
— Essa música é para todos vocês que já precisaram deixar alguém partir, ou até mesmo se despedir de uma parte de si. E, talvez, assim como eu, vocês também descubram que, mesmo na dor da despedida, pode surgir um novo começo.
O silêncio tomou conta da arena por um momento, como se todos estivessem absorvendo minhas palavras antes do som suave da introdução começar a preencher o espaço, dando início à canção que refletia essa jornada emocional. O ar estava carregado de uma tensão palpável, e meu coração batia mais rápido à medida que a música começava.
Após o meu discurso, o silêncio se manteve, como se todos estivessem aguardando ansiosamente pela canção que estava prestes a começar. Fiz um gesto suave com a mão, e, de repente, o som suave do coral se ergueu no palco, preenchendo o espaço com uma harmonia pura e envolvente. As vozes se entrelaçavam de maneira sublime, criando uma sensação de intimidade e emoção profunda. Mas, mesmo enquanto a música fluía, minha mente não podia deixar de voltar para ele. Eu estava ali, diante de todos, mas ele ainda ocupava um espaço dentro de mim que eu não sabia como preencher.
Olhei para o público, minha expressão era séria, mas cheia de carinho. Quando comecei a cantar, minha voz se uniu ao coral, criando uma onda sonora que tocou o coração de todos ali.
— Te prometo no llorar... — Comecei, com minha voz suave e sentida. A letra parecia ressoar como uma promessa, um compromisso de não ceder à dor, mesmo sabendo da despedida iminente. Mas, ao cantar, me vi pensando nele, na maneira como ele me havia feito sentir e como, agora, a distância entre nós parecia insuportável. Mas eu sabia que essa música era minha maneira de libertar os sentimentos, de deixar para trás o que não podia mais ser.
Enquanto continuei, o coral me acompanhava, com suas vozes se elevando, dando ainda mais profundidade à canção. As palavras seguintes ecoaram na arena com uma intensidade emocional impressionante:
— Esperarte y no olvidar... — cantei com todo o peso do que aquelas palavras representavam, na esperança de que, mesmo diante da dor, o amor e a memória seriam preservados. Mas, ao cantar essas palavras, sentia a dor da separação, daquilo que ficou no passado, e a incerteza do que o futuro nos reservava.
A combinação da minha voz com o coral gerava uma atmosfera de pura emoção, como se cada palavra fosse um bálsamo para a alma. O público estava em silêncio absoluto, absorvendo a sinceridade de cada frase, sentindo a dor da despedida misturada com a promessa de que, apesar de tudo, o amor não seria esquecido. A canção tomou conta do ambiente, e, por um momento, todos estavam conectados na mesma experiência de vulnerabilidade e esperança.
Quando a última nota foi cantada, senti uma leve umidade nos meus olhos, como se tudo o que eu havia guardado, tudo o que eu não havia conseguido expressar, tivesse sido liberado de uma só vez. Mas, ao ver os rostos emocionados diante de mim, senti que, de alguma forma, havia deixado uma parte minha ali, com eles, e isso me fez sentir mais próxima. Mais inteira. Eu sabia que, apesar da dor, esse momento me mostrava que havia algo maior do que eu mesma: a música, o amor, e o poder de nos conectarmos uns com os outros.
Os dias têm sido uma mistura de trabalho, ensaios e compromissos. Eu tentava me manter ocupado, mas, honestamente, cada momento livre era um lembrete do que ficou para trás. Já faz quatro meses desde que e eu terminamos, e, em muitos momentos, parecia que a dor ainda estava fresca, como se fosse ontem. A gente pensa que vai se acostumar com o vazio, mas a verdade é que a saudade só cresce.
É estranho, porque estou cercado de pessoas, mas me sinto sozinho. Como se estivesse em um palco, interpretando o papel de alguém que tem tudo sob controle, mas por dentro, a sensação é completamente diferente. Rir, fazer piadas, tentar ser o Thomas feliz e animado que todos esperam…, mas, no fundo, eu queria poder ser só eu. O homem que sente falta de algo simples, como uma conversa ao final do dia, uma risada genuína, ou até mesmo uma discussão boba sobre um filme que vimos juntos.
Minha família tem me ligado mais do que o normal. Eles percebem que algo não está certo. Minha mãe, especialmente, tem perguntado várias vezes se eu estou bem. "Você tem se alimentado direito? Está dormindo? Tom, você não parece... você não parece você." Eu sempre dou uma resposta rápida, dizendo que estou ocupado, que vai passar, que sou grato pelo apoio deles, mas a verdade é que me sinto cada vez mais distante.
Por isso, depois de muito insistirem, peguei o primeiro voo para Londres e estou chegando à casa dos meus pais para passar um tempo com eles e meus irmãos. Eu sabia que precisava disso. A rotina estava me consumindo, e estar com minha família era a única coisa que parecia poder me ajudar a colocar a cabeça no lugar. Não era fácil admitir, mas, às vezes, me sinto tão perdido. A saudade de ainda me persegue, e é difícil deixar de pensar no que aconteceu entre nós.
Minha mãe, como sempre, estava esperando na porta, com aquele sorriso acolhedor e os braços abertos.
— Você está bem, meu filho?
Perguntou, já sabendo que a resposta seria difícil de ouvir. Eu não estava bem, mas também não queria preocupar mais ninguém. Então, apenas assenti e me deixei abraçar. Estar com ela, com meu pai e meus irmãos, me traz uma sensação de alívio, como se eu pudesse, ao menos por alguns dias, esquecer os próprios sentimentos e me permitir ser apenas filho e irmão.
A casa está como eu me lembrava: cheia de vida, risadas, com o barulho das conversas à mesa. Mas, por mais que tente me distrair, uma parte de mim ainda sente falta de algo. De alguém. Não importa onde eu esteja ou com quem esteja, o vazio está sempre ali. Tento me envolver nas conversas, brincar com meus irmãos, mas é difícil esconder o que estou sentindo. Não sou tão bom em esconder meus sentimentos quanto gostaria.
Minha mãe, percebendo o quanto eu estava distante, logo começou a organizar atividades para me tirar da rotina.
— Vamos dar um passeio no parque amanhã. Você vai se sentir melhor — ela disse com um sorriso esperançoso, como se pudesse, com um simples gesto, tirar o peso de cima de mim.
Meu pai, sempre mais prático, sugeriu que fizéssemos um almoço em família, algo que me lembrava os velhos tempos, quando tudo parecia mais simples.
— Vamos convidar uns amigos também, fazer uma grande reunião. Vai ser bom para você — ele disse, tentando me animar.
Harry e Sam, meus irmãos gêmeos, estavam na mesma vibe, não paravam de me chamar para jogar futebol no quintal ou para ver um filme.
— Não é possível que você não queira jogar uma partida, Tom! Vai ser divertido — disse Harry, rindo. Sam apenas concordou com a cabeça, empolgado com a ideia. Até eles estavam fazendo de tudo para me fazer sair da concha em que me fechei. Mas, por mais que tentasse me envolver, a sensação de desconforto não passava. Cada risada parecia forçada, e as conversas, embora quisessem ser leves, apenas me lembravam o quanto a falta de ainda me incomodava.
Paddy, o mais novo de todos, tentou sua própria forma de distrair-me. Ele correu até mim, pegou meu braço e falou com aquele sorriso travesso que ele sempre tem.
— Vamos para o parquinho, Tom! Você vai gostar! — ele disse, empolgado como sempre.
Na manhã seguinte, lá estava eu, sentado à mesa do café da manhã, tentando disfarçar o quanto minha mente ainda estava longe. Minha mãe colocou uma xícara de chá na minha frente e sorriu, mas seu sorriso, que sempre foi reconfortante, agora parecia estar carregado de uma preocupação silenciosa.
— Tom, você sabe que estamos aqui para você, né? Qualquer coisa que precisar, qualquer coisa... estamos juntos — ela disse, e eu só pude sorrir fraco.
Eu queria dizer que estava tudo bem, mas não consegui. Só sorri e disse:
— Eu sei, mãe. Obrigado. — Não havia mais nada a ser dito.
Depois, no parque, a tentativa de distração foi ininterrupta. Harry e Sam correram à minha volta, jogaram bolas, pediram para tirar fotos, para brincar de esconde-esconde. Eu tentei seguir o ritmo, mas a cada momento que passava, minha mente voltava a ela. O rosto de parecia estar em todos os lugares, até nas conversas casuais que aconteciam ao meu redor. Eu só queria me libertar disso, queria ser capaz de aproveitar o momento, mas a verdade é que ainda não sabia como lidar com essa sensação.
Depois do passeio no parque, a família decidiu voltar para casa. O céu estava ficando alaranjado, e a brisa fria de Londres parecia um alívio após o calor do dia. Paddy estava em sua habitual energia, correndo na frente, enquanto Harry e Sam conversavam sobre alguma série nova que estavam assistindo. Eu caminhava mais devagar, absorvendo o ambiente ao meu redor, tentando, por mais que fosse difícil, me sentir parte daquilo.
Quando chegamos à casa dos meus pais, a sensação de estar em casa era reconfortante, mas ao mesmo tempo, ainda me sentia um pouco distante. Minha mãe logo foi para a cozinha preparar um chá, e meu pai ficou organizando algumas coisas na sala. Paddy e os gêmeos seguiram para o sofá, ligando a televisão.
— Ah, Tom! Você vai ver a live do show de estreia da ? Vai ser no nosso horário! — disse Sam, com entusiasmo.
Eu parei de repente, o nome de soando como uma surpresa no meu ouvido. "" era o nome do novo álbum dela e a menção do show me fez sentir uma mistura de sentimentos. Não sabia como reagir.
— Eu… não sei, talvez — respondi, tentando disfarçar o peso que aquela lembrança causava em mim. Era difícil assistir ao sucesso dela sabendo o que aconteceu entre nós.
— Vamos, Tom! Vai ser legal ver o show dela, você não acha? — disse Harry, jogando uma almofada em minha direção. — Ela está arrasando, a está bombando agora, seria interessante ver a estreia!
Eu tentei sorrir, mesmo sabendo que o convite não era sobre o show, mas sobre a tentativa deles de me distrair, de me fazer sentir que estava, pelo menos, um pouco normal.
— Tá bom, vou dar uma olhada — falei, sem muita convicção. Eu não queria ser o irmão que recusa a diversão dos outros, então decidi me juntar a eles, mesmo que, no fundo, minha cabeça estivesse em outro lugar.
Logo, todos estavam sentados juntos na sala, os irmãos animados, enquanto a tela da TV mostrava a contagem regressiva para o show de estreia de . Eu me acomodei no sofá, tentando me afastar dos pensamentos que continuavam a me assombrar. Sabia que, mesmo sem querer, assistir ao show me faria reviver tudo o que passamos. Mas, ainda assim, não consegui resistir à curiosidade. Como se fosse uma tentativa de me reconectar com uma parte de mim que, por mais distante, ainda estava ali.
Enquanto meus irmãos vibravam com a antecipação, eu me permiti olhar para a tela, mas sabia que, por dentro, ainda era impossível escapar do que eu sentia por ela. Cada momento parecia me puxar para aquele lugar no passado que eu tentava evitar. Eu só queria ver o show, mas ao mesmo tempo, não conseguia ignorar a presença dela em cada acorde que tocava.
A tela foi preenchida pela imagem de , agora em close-up, e logo pude vê-la em sua forma mais brilhante, com aquela energia que sempre a definia. Seu sorriso, sua presença no palco, tudo ali parecia inconfundível. E, por mais que eu soubesse que ela estava alcançando seus sonhos, aquilo ainda me cortava de uma forma inesperada.
Harry, que parecia estar empolgado com o show, não percebeu o peso em meu olhar. Ele falava sem parar sobre como estava arrasando, como o público estava enlouquecido, mas eu mal conseguia ouvir. Eu só conseguia olhar para ela, como se estivesse tentando encontrar uma conexão que, no fundo, sabia que já não existia.
— Ela está incrível, não é? — comentou Harry, tentando, mais uma vez, chamar minha atenção.
Eu apenas assenti, mas não consegui dizer nada. A única coisa que me passou pela cabeça foi que, ali, naquela tela, eu via alguém que amei profundamente, mas que agora era uma versão dela que eu não conhecia mais tão bem. A distância, o tempo, as mudanças… tudo isso parecia se refletir na imagem de cantando para aquele público, e eu, lá no sofá, me sentindo como um estranho em sua vida.
— Você está bem, Tom? — perguntou Sam, olhando para mim com um olhar curioso.
Eu me forcei a sorrir, tentando esconder o turbilhão de sentimentos que se formava dentro de mim.
— Claro, só… só estou pensando. — Minha voz saiu mais baixa do que eu gostaria, mas meus irmãos não pareciam perceber. Continuavam observando o show com entusiasmo.
A transmissão seguia, e eu sentia como se o tempo estivesse passando mais devagar. Cada canção que cantava parecia puxar minha mente de volta para os momentos em que éramos felizes juntos. Para os dias simples, antes de tudo se complicar. Eu sabia que aquilo era uma oportunidade única para ela, e por mais que uma parte de mim estivesse orgulhosa, a outra não podia deixar de sentir uma pontada de dor.
Eu sabia que a vida dela agora seguia um caminho que não envolvia mais a minha. E, mesmo tentando me distrair com a empolgação dos meus irmãos, eu não podia ignorar o vazio que isso era deixado dentro de mim.
Ao meu lado, Zendaya, minha amiga e um pilar de apoio, exalava sua habitual elegância. Seu vestido reluzia sob as luzes, mas era o brilho em seus olhos que verdadeiramente me confortava. Ela parecia imperturbável, como se aquele mundo de holofotes fosse sua segunda casa.
— Você está deslumbrante, ! — ela disse, me abraçando com entusiasmo. — Passei dias votando em você, sabia? Não poderia deixar de apoiar minha amiga. Você merece muito esse prêmio.
Sorri, tocada pelo carinho genuíno dela. Zendaya não era apenas uma amiga; era uma inspiração constante, alguém que sempre acreditou em mim, mesmo quando eu duvidava.
— Obrigada, Z. Você é uma das razões pelas quais estou aqui hoje. Sua amizade é o meu verdadeiro prêmio.
Ela sorriu em resposta, e por um momento me senti mais calma. Mas o nervosismo logo voltou enquanto esperávamos o momento da categoria ser anunciada. Eu sabia que essa indicação era um marco importante na minha carreira, mas o que viria a seguir era um misto de mistério e esperança. Não conseguia evitar pensar em tudo que havia passado para chegar até ali.
Quando Zendaya e Tom entraram no palco, a atenção de todos na arena foi imediatamente capturada. Ambos estavam deslumbrantes, irradiando confiança e carisma. Zendaya começou com um sorriso caloroso que parecia iluminar o ambiente.
— Boa noite, MTV! — Ela começou, sua voz ecoando pela arena. — Esta noite estamos aqui para celebrar a música, a arte e o impacto que elas têm em nossas vidas. É uma honra estar em um evento como este, reconhecendo artistas tão talentosos que inspiram e conectam pessoas ao redor do mundo.
Tom pegou o microfone, com a sua postura tranquila e um sorriso leve.
— E não é apenas sobre premiar artistas — disse ele. — É sobre celebrar histórias. Histórias de paixão, perseverança e criatividade. Cada uma das indicadas nesta categoria representa não apenas o talento brasileiro, mas também o poder de emocionar e transformar vidas através da música.
Zendaya voltou a falar, seu entusiasmo era evidente:
— Eu sou suspeita, porque adoro música brasileira — disse ela com um sorriso travesso, arrancando risadas da plateia. — E esta categoria é especial para mim. Sei o quanto essas artistas dedicam suas vidas a trazer algo único para o mundo. Elas são um exemplo de força, talento e autenticidade.
Tom olhou para Zendaya com um sorriso cúmplice e acrescentou:
— E agora, o momento que todos vocês estavam esperando. Vamos descobrir quem é a vencedora de Melhor Artista Feminina Brasileira. Zendaya, quer fazer as honras?
A morena pegou o envelope com um brilho no olhar, fazendo uma pausa dramática antes de abrir.
— E a vencedora da categoria Melhor Artista Feminina Brasileira é… ! — anunciou ela, com um sorriso largo e um entusiasmo genuíno.
A plateia explodiu em aplausos, e eu senti meu coração disparar. Por um momento, tudo parecia um borrão — as luzes, os gritos, o som do meu nome ecoando pela arena. Levantei-me da cadeira, com o troféu ainda longe, mas já sentindo o peso emocional da conquista. Era um momento que eu sabia que nunca esqueceria.
Enquanto subia ao palco, os flashes das câmeras pareciam mais intensos, mas o que mais chamou minha atenção foi Tom. Ele me entregou o prêmio com um sorriso caloroso, seus olhos carregando algo que eu não conseguia decifrar, mas que fez meu coração acelerar.
— Parabéns, — disse ele, estendendo a mão. — Você realmente merece isso.
Eu sorri, sentindo a mão dele na minha por alguns segundos a mais do que o necessário. Algo naquele toque parecia carregado de significado.
— Obrigada, Tom — respondi, minha voz saiu mais suave do que eu esperava. Não era apenas o prêmio. A presença dele ali, tão próxima, parecia adicionar algo indescritível ao momento.
Peguei o microfone, o peso do troféu em minhas mãos servindo como um lembrete tangível do que eu havia conquistado. Respirei fundo, tentando conter a emoção enquanto a plateia esperava minhas palavras.
— Uau… — comecei com a minha voz trêmula, mas cheia de emoção. — Eu não sei nem por onde começar… acho que a ficha ainda não caiu totalmente. É realmente incrível estar aqui, na frente de todos vocês, recebendo este prêmio.
Olhei para o troféu, sentindo as lágrimas começarem a se formar.
— Esse prêmio, para mim, não é só uma conquista pessoal. Ele é uma celebração de todos os momentos que me trouxeram até aqui. Cada lágrima, cada sorriso, cada desafio enfrentado. Porque, no final das contas, a jornada é tão importante quanto o destino. E eu tive a sorte de ter pessoas incríveis ao meu lado que me ajudaram a chegar até aqui.
Fiz uma pausa, olhando para a plateia. Meus olhos encontraram os de Zendaya, que sorriu e acenou discretamente, como se estivesse dizendo: Eu sabia que você conseguiria. E então, como se instintivamente, olhei para Tom. Ele ainda estava ali, com um sorriso discreto, mas seus olhos não desviavam de mim.
— Quero agradecer à minha equipe maravilhosa, que está comigo em cada passo dessa caminhada. Sem vocês, eu não estaria aqui. A minha família, que sempre acreditou em mim, mesmo quando eu duvidava. E aos meus amigos, que me lembram todos os dias de que o amor e a verdade são o que importam.
A plateia estava em um silêncio reverente, ouvindo atentamente.
— Quero também dedicar esse prêmio a todos que me apoiaram ao longo dos anos. Aos fãs, que me deram forças quando eu mais precisei. Vocês são a razão pela qual continuo a cantar, a criar, a me expressar. Sem vocês, isso tudo não teria o mesmo significado. Eu amo vocês.
Olhei para o troféu novamente, sentindo uma onda de gratidão e vulnerabilidade.
— E, claro, quero agradecer à minha música. À arte. Porque a música tem esse poder de nos conectar, de nos curar e de nos levar a lugares onde nunca imaginamos estar. Eu sou eternamente grata por poder fazer o que amo e por ter a chance de compartilhar isso com o mundo.
Fiz uma pausa, os meus olhos estavam marejados, mas com um sorriso no rosto.
— Esse prêmio é um lembrete de que os sonhos são possíveis, de que as dificuldades não são barreiras, mas apenas obstáculos a serem superados. E para todos aqueles que estão lutando pelos seus sonhos, quero dizer: nunca desistam. Continuem acreditando. Porque a jornada vale muito mais do que qualquer prêmio. Muito obrigada.
Após o discurso, ergui o troféu acima da cabeça e sorri para a plateia. Enquanto deixava o palco, um turbilhão de emoções me consumia. A cada passo que eu dava, sentia como se estivesse pisando em nuvens. O som dos aplausos ainda ressoava na minha mente, e a vibração da plateia parecia estar gravada no meu corpo. O prêmio, agora em minhas mãos, era mais do que um troféu. Era o símbolo de todos os desafios que enfrentei, das noites insones e das dúvidas que tentei superar. E havia algo mais. Algo que eu não conseguia nomear, mas que se fazia presente em um olhar ‒ o olhar de Thomas, que parecia ter ficado gravado em minha memória desde o momento em que nossos olhos se encontraram.
Assim que desci do palco e entrei no corredor dos bastidores, minha equipe me aguardava com sorrisos largos e aplausos calorosos. Era um contraste enorme com o silêncio profundo que eu sentia dentro de mim, como se meu coração estivesse processando tudo em câmera lenta.
— Você foi incrível, ! — disse minha empresária, me puxando para um abraço apertado. Seu tom de voz era cheio de orgulho, e ela apertou meus ombros com força antes de me soltar. — Seu discurso tocou todo mundo. A emoção na arena era palpável.
Sorri para ela, mas meu sorriso parecia automático. Minha mente ainda estava a mil por hora. A cena do palco se repetia como um filme na minha cabeça. O olhar de Thomas, o jeito como ele segurou minha mão por alguns segundos a mais, como se houvesse uma hesitação, uma mensagem não dita. Era impossível ignorar a sensação de que aquele instante carregava mais significado do que aparentava.
Enquanto eu tentava organizar meus pensamentos, ouvi passos rápidos se aproximando pelo corredor. Virei a cabeça e vi Zendaya vindo em minha direção, com um sorriso radiante que iluminava ainda mais o ambiente.
— Eu te disse que você ia ganhar! — ela exclamou, me puxando para um abraço apertado, rindo de pura alegria. — Fiquei ali me segurando para não gritar quando anunciei seu nome!
Eu ri, finalmente sentindo um pouco da tensão em meus ombros diminuir. A energia de Zendaya sempre foi contagiante, e naquele momento, era exatamente o que eu precisava.
— Você é incrível, Z — respondi, minha voz ainda embargada pela emoção. — Ter você ali fez toda a diferença para mim. Eu senti sua energia o tempo todo.
Ela segurou meus ombros, me olhando nos olhos com um carinho genuíno que só uma amiga de verdade poderia oferecer.
— , você merece tudo isso e muito mais. Só o que você precisa agora é aproveitar o momento. E, falando nisso… — Zendaya parou, com o seu sorriso ficando um pouco mais travesso.
Segui seu olhar e vi Thomas parado mais ao fundo, meio encostado na parede. Ele parecia hesitante, como se estivesse ponderando se devia se aproximar ou não. Seu terno impecável, combinado com a postura ligeiramente relaxada, exalava confiança, mas seus olhos tinham um brilho que denunciava algo mais humano, mais real.
Zendaya me deu uma tapinha no braço, abaixando a voz como se quisesse confidenciar algo:
— Eu vou deixar vocês conversarem. Aproveite, tá?
Antes que eu pudesse protestar ou até mesmo questionar, ela desapareceu pelo corredor, deixando-me sozinha. Virei para Tom, que agora começava a caminhar na minha direção. Cada passo dele parecia ressoar no chão, e a cada metro que diminuía entre nós, meu coração acelerava ainda mais.
— Parabéns de novo, — ele disse, sua voz suave, mas cheia de presença. — Seu discurso foi… incrível. Muito sincero.
— Obrigada, Tom — respondi, tentando manter minha voz estável, embora meu peito parecesse estar prestes a explodir. — Isso significa muito, vindo de você.
Ele sorriu, e o sorriso dele era algo que parecia desarmar qualquer nervosismo. Havia um momento de silêncio entre nós, mas não era desconfortável. Era como se ambos estivéssemos tentando decifrar o que o outro estava pensando.
— Você parecia muito à vontade lá em cima — ele comentou, apontando sutilmente na direção do palco. — Como você consegue?
Eu ri suavemente, desviando o olhar para o troféu em minhas mãos, tentando reunir minhas palavras.
— Não é tão simples quanto parece — confessei, sentindo minha voz sair mais suave do que eu esperava. — Eu estava apavorada antes de subir, mas algo acontece quando estou no palco. É como se, por um momento, todas as dúvidas e medos desaparecessem.
Thomas assentiu, o seu olhar ainda era fixo em mim, como se estivesse absorvendo cada palavra.
— Isso transparece — respondeu calmamente — Você tem uma energia especial. Dá para ver o quanto você ama o que faz.
O elogio dele me pegou de surpresa, mas de uma maneira boa. Era genuíno, sem nenhuma camada de formalidade ou obrigação. Eu senti minhas bochechas esquentarem e dei um pequeno sorriso, tentando disfarçar o impacto que aquelas palavras tiveram em mim.
— E você? — perguntei, tentando desviar a atenção de mim. — Você parecia bem confortável lá em cima também.
Ele riu, um som suave que fez meu coração acelerar novamente.
— Bem, digamos que a prática ajuda, mas ainda fico nervoso. Principalmente quando preciso anunciar prêmios importantes como o seu.
— Meu prêmio te deixou nervoso? — brinquei, arqueando uma sobrancelha.
— Talvez — ele respondeu, com um sorriso que parecia carregar uma mistura de diversão e algo mais profundo. — Mas acho que foi mais sobre você do que sobre o prêmio.
As palavras dele me pegaram de surpresa. Por um segundo, esqueci completamente onde estávamos, esquecendo as luzes, o som abafado da multidão nos corredores e até mesmo o troféu em minhas mãos. Era como se tudo ao redor tivesse parado.
Antes que eu pudesse pensar em como responder, um membro da produção apareceu, quebrando a bolha daquele momento:
— , você precisa dar uma palavrinha com os jornalistas antes de seguir para a celebração.
Assenti, voltando meu olhar para Thomas, com um misto de desapontamento e curiosidade pelo que mais ele poderia dizer.
— Parece que o dever me chama — falei, tentando soar descontraída, mas sabendo que minha voz carregava um tom de hesitação.
— Eu não vou te segurar mais — ele respondeu, dando um passo para trás, mas mantendo o sorriso que parecia esconder mais do que revelava. — Mas espero que possamos conversar de novo.
— Eu também espero — respondi, o calor subia pelas minhas bochechas enquanto me virava para seguir o assistente da produção.
Enquanto caminhava pelo corredor em direção à área de imprensa, senti o olhar de Tom ainda em mim, como se estivesse gravando cada detalhe daquele momento. E talvez eu estivesse fazendo o mesmo. Algo me dizia que aquela noite não era o fim, mas o começo de algo muito maior do que qualquer prêmio.