Tamanho da fonte: |

Revisada por: Júpiter

Última Atualização: 06/09/2024

Era para ser uma terça-feira normal de inverno naquele fevereiro de 2023 com as pessoas desfilando pelas ruas de Nova York com casacos da Gucci, botas Christian Louboutin e cachecol da Burberry; também era possível encontrar pessoas vestindo roupas do Walmart e dos diversos brechós espalhados pela “Big Apple”. O que parecia impossível para a estudante de moda era encontrar uma roupa adequada para o dia mais especial de sua futura carreira: sua primeira sessão de fotos para uma grande marca, a Calvin Klein.
Por ser uma aluna dedicada e apaixonada da renomada Parsons School of Design, conseguiu se destacar o suficiente para conseguir o concorrido estágio com a professora Glória Morgan, que seria também a responsável pela campanha com o novo embaixador global da marca: Jeon Jungkook, o cantor do grupo BTS. É claro que sabia quem ele era, afinal, o grupo era mundialmente conhecido e ela era grande apreciadora da cultura pop coreana. Esse era um dos motivos para estar tão nervosa e tão indecisa com o que vestir.
O segundo motivo, claro, era impressionar sua professora e, se tivesse sorte, futura chefe. Durante todo o semestre, a Professora Glória levou alunos para acompanhar um dia de seu trabalho para testar a competência deles para que, no próximo ano, pudesse convidar um seleto grupo para estagiar com ela na almejada Calvin Klein. Um estágio como aquele no currículo era o sonho de qualquer aluno de moda e não era diferente para .
O último look que escolheu deveria servir: ela usava um vestido midi preto que alcançava até o final de suas coxas grossas, de alças finas, que seriam cobertas por uma jaqueta jeans oversized da Calvin Klein para mostrar que não apenas conhecia a marca, mas sabia como usá-la — também serviria para puxar um pouco o saco da equipe. Nos pés, usaria botas cano alto que ajudariam a esquentar suas pernas, assim como as meias igualmente compridas. Se encheu de acessórios, da cabeça (com óculos escuros prendendo os cabelos, brincos de argola e correntes de prata no colo desnudo) às mãos (com anéis e pulseiras combinando com o colar). Seria mentira dizer que estava totalmente satisfeita com a escolha, no entanto, não tinha muito mais tempo para revirar ainda mais seu armário.
Sendo assim, ela se maquiou, comeu algumas torradas com suco de laranja, deu um beijo em seu pai e em seu cachorro, e partiu o mais rápido que o metrô de Nova York permitia. Como já conhecia Glória bem demais, passou na Levain Bakery, que ficava na rua da faculdade, para buscar um café e o bagel favorito da professora, recheado com avocado e ovos. Toda bajulação era pouca naquele dia, ela sabia que era uma chance em um milhão.
apressou os passos quando viu que faltavam dois minutos para às dez da manhã, horário combinado com Glória para encontrar com ela em frente à Parsons. Ela recuperou o fôlego rapidamente quando viu a Mercedes preta se aproximar da esquina. O carro estacionou exatamente onde estava parada, e a janela traseira abaixou. A Srta. Morgan (como ela gostava de ser chamada) olhou por cima das lentes escuras de seus óculos Chanel e um silêncio constrangedor se instalou. decidiu falar primeiro:
— Bom dia, Srta. Morgan.
— De fato deverá ser — ela respondeu em tom monótono, então observou a garota dos pés à cabeça.
achou que receberia algum comentário em relação às suas roupas ou que a professora não estaria em um bom dia e iria desistir de levá-la na sessão de fotos. Então ela levantou a sacola de papel da padaria e sorriu.
— Trouxe café e bagel! — anunciou, empolgada. A professora não esboçou um sorriso sequer, apenas arrastou-se para o lado e murmurou “entre logo”.
A aluna não ousou desobedecer. Glória não era uma pessoa má, ela apenas gostava de se fazer de durona. No entanto, era bem determinada; se não fosse com sua cara de primeira ou, caso a pessoa fizesse algo que a desagradasse, era difícil reconquistá-la. Para a sorte de , a professora parecia gostar dela.
— Abacate e ovos — a mais velha murmurou, assentindo. — Você comeu? Será um longo dia.
— Comi sim — respondeu , ajeitando a barra do vestido. Ela optou por não comentar que estava tão ansiosa que as torradas desceram com muito esforço.
— E essas roupas foram escolhidas por você mesma?
engoliu em seco.
— Sim… sim, elas foram.
— Calvin Klein, outono de 1989… escolha ousada. De onde tirou isso?
— De um brechó incrível no Brooklyn — falou com certo orgulho.
Ela não tinha nem a sobra do dinheiro de Glória, é claro. Estava sentada naquele carro para seguir seus passos e poder alcançar o patamar que a professora há anos havia alcançado. Então garimpar peças caras por um preço que seu bolso aceitava era um hobby o qual ela não tinha vergonha alguma, já que o vintage estava na moda. Pela cara da professora, ela não concordava muito com aquilo.
— Céus… Nos faça o favor de não falar isso em voz alta na frente da Veronica Leoni.
, que estava prestes a tomar um gole de água, recuou a garrafa. Ela olhou, boquiaberta, para a professora, que apenas digitava rapidamente no celular como se não tivesse jogado uma bomba muitíssimo importante no colo da jovem.
— V-veronica Leoni estará lá?
Glória parou de digitar e encarou a garota como se tentasse entender se ela estava falando sério ou se seus ouvidos haviam lhe enganado. Percebendo como o rosto de ficava cada vez mais pálido, ficou evidente que ela estava falando sério.
— É claro que sim! Como nova diretora criativa da Calvin Klein, ela quer estar envolvida em cada projeto e esse é o primeiro ao qual ela está envolvida desde o começo. É natural que esteja lá para acompanhar o ensaio de fotos do astro e embaixador global da marca.
engoliu em seco e assentiu, se limitando apenas a responder “certo, é claro” com a voz tão baixa que duvidou que Glória havia escutado algo. Se a aluna já estava nervosa com toda a pressão que o dia acompanhando a mulher colocava em seus ombros, saber que uma das pessoas mais importantes do mundo da moda estaria presente apenas a deixou ainda mais ansiosa. Secou as mãos suadas disfarçadamente no vestido e respondeu de forma prática e positiva quando a professora perguntou se ela havia conferido se a caixa de costura estava completa.
O ensaio seria na Grand Central Terminal, a estação de trem mais famosa da cidade. É claro que, pela importância que o local tinha, não seria capaz de fechá-lo apenas para o ensaio, de forma que, quando chegaram, era possível ver algumas faixas delimitando as áreas em que iriam trabalhar, assim como diversos seguranças tomando um cuidado especial com adolescentes com camisetas do grupo coreano do qual Jeon Jungkook fazia parte.
Os seguranças abriram passagem para Glória e e elas se misturaram ao caos que o espaço se tornou. Pessoas da equipe de iluminação andavam de um lado para o outro, tropeçando nos funcionários da equipe de moda que empurravam araras carregadas de roupas e falavam alto suas preocupações; mais de um fotógrafo andava pelo local para estudar ângulos e cenários, e estava amando o caos, sem conseguir disfarçar o sorriso.
— Glória, minha querida! — disse uma voz carregada de sotaque.
Era a primeira vez em todo o tempo que conhecia a professora que via alguém chamá-la por seu primeiro nome corretamente, já que costumavam chamá-la de Glory ou o sobrenome do marido, ignorando totalmente sua herança latina, não que ela demonstrasse se importar.
— Veronica! — A professora abraçou a estilista italiana com afeto, algo igualmente novo para . — Grand Central, que escolha perfeita para o ensaio! Vai combinar demais com os looks.
— Ah, com certeza. Por muito pouco não estivemos em um voo para a Coreia, eu realmente imaginei algumas fotos em Seul, mas podemos realizar isso mais para a frente, Nova York nunca é uma escolha errada — Veronica discursou com seu sotaque que fazia cócegas deliciosas no ouvido de . A diretora olhou a aluna, sorridente. — E quem é essa jovem adorável?
— Essa é , minha aluna da Parson.
Veronica Leoni analisou a garota dos pés à cabeça. Era possível ver os neurônios da moda dentro de seu cérebro estudando cada costura de cada peça de roupa e cada acessório que usava. Por fim, ela deu um sorriso torto e apenas disse:
— Coleção de outono de 1989? Escolha ousada.
— Eu disse a mesma coisa — Glória orgulhou-se. — O vintage está mesmo na moda.
— Onde encontrou? — Veronica perguntou, analisando a peça no corpo da jovem.
engoliu seco e lançou um olhar preocupado à Glória que, por sua vez, tentava alertá-la do que dizer. Contudo, por mais que diversas mentiras tivessem se passado na mente da estudante de moda, ela se viu despejando a verdade.
— Em um brechó no Brooklyn.
Por um segundo, ela pensou que havia acabado com tudo. Conseguiu sentir em sua pele o olhar de Glória a queimando. No entanto, Veronica deu um largo sorriso e balançou a cabeça.
— Jovens e essa paixão pelo velho — disse, aos risos, sendo acompanhada por Glória, apesar de o riso da professora ser mais carregado de nervoso. — Estou há algum tempo pensando em usar essa paixão em alguma coleção, talvez seus alunos me sejam úteis. Você pensa em fazer estágio conosco, Srta. ?
— É o meu sonho — respondeu, sem disfarçar o alívio.
— Que graça… — Veronica sorriu com certa nostalgia de sua própria fase de estudante. — Vamos ver como se sairá hoje. Agora venham, quero apresentar a vocês o nosso astro!
não soube dizer se o olhar que recebeu de Glória quando Veronica se virou foi de reprovação ou apenas um alerta, mas não teve muito tempo para pensar nisso.
A diretora criativa parecia ter um certo poder em tudo em volta dela, pois caminhava com confiança e todos lhe davam espaço sem que ela precisasse pedir. Ficar na sombra daquele poder de fato não parecia algo ruim.
Em um espaço reservado ao lado dos banheiros da estação, estava montado, de forma improvisada, uma espécie de camarim com espelhos iluminados, uma penteadeira cheia de produtos de beleza e maquiagem, e um astro do k-pop sentado em frente a um dos espelhos. O reflexo de Jeon Jungkook sorriu para o trio de mulheres quando Veronica falou seu nome e, como um cavalheiro que era, ele se levantou e se curvou em um cumprimento típico da cultura asiática, aceitando o aperto de mão da diretora criativa. O cantor estava com o cabelo bem mais curto do que lembrava ter visto nas fotos da outra coleção da marca, fotografada muitos meses atrás. Seu sorriso tinha uma pitada de timidez, mas era sincero como o de uma criança, contrastando com o piercing no lábio inferior. Seus olhos enormes eram o que chamavam mais a atenção de sempre que via uma foto dele (e via muito, já que sua irmãzinha era grande fã do grupo e acontecia de Jungkook ser seu favorito), e ele a encarou por um breve segundo antes de voltar a atenção para Veronica. Foi o suficiente para o coração da aluna acelerar violentamente.
A mulher apresentou Glória, explicando que ela era chefe de departamento de pequenos detalhes e reparos da Calvin Klein. ficou na dela, não esperando que fosse de fato ser apresentada ao canto. Ela ouviu Veronica começar uma conversa sobre como foi incrível acompanhar o primeiro ensaio do cantor meses atrás, o elogiando em relação às roupas ficarem perfeitas nele e como ele tinha jeito como modelo.
— E quem é ela?
encarava suas botas quando o ouviu dizer aquilo com o sotaque carregado. Ela levantou a cabeça e encontrou os três a encarando, esperando alguma reação. As duas mulheres pareciam apenas um pouco surpresas, como se tivessem esquecido completamente que ela estava ali.
— Essa é , minha aluna — Glória a apresentou, achando que aquilo bastava. Estava pronta para mudar de assunto quando o garoto esticou a mão para .
Ela, por sua vez, hesitou antes de aceitar o aperto. Estava obviamente nervosa por estar tão próxima de um artista pela primeira vez na vida, mas tinha em mente que, se ela conseguisse seguir a carreira que sonhava, tinha que se acostumar com aquilo, assim como as mulheres ao seu lado estavam mais do que acostumadas.
— Muito prazer — ele murmurou, dando um sorriso que fez as pernas da garota fraquejarem um pouco. — Primeira vez acompanhando isso?
Ele apontou para o que acontecia em volta deles e pensou ser adorável a forma como ele pronunciava tudo com muito cuidado para não errar nada. O inglês dele era impressionantemente bom, o que a fez pensar que ela não teria tanta desenvoltura se tentasse falar coreano.
— É sim.
— Ah, incrível! Espero que goste, eu adoro fotografar...
— E ele é ótimo nisso — reforçou Veronica na interrupção, tocando o braço do cantor. Era claro e evidente que ele queria continuar conversando, mas entendeu que não era o momento para aquilo. — Que tal mostrar a ela como trabalhamos?
Jungkook assentiu, sorrindo, e pediu licença antes de se afastar, deixando que a maquiadora o acompanhasse para continuar retocando a maquiagem. O cantor já vestia o primeiro conjunto de jeans branco com uma camiseta e sapatos da mesma cor, além de usar uma corrente de prata fina que combinava com os acessórios em suas orelhas. Observando-o ir para o espaço separado para as fotos de fundo branco, percebeu que Veronica estava certa, as roupas de fato pareciam terem sido feitas especialmente para o corpo do cantor coreano. A diretora criativa também teve razão ao dizer que Jungkook tinha jeito com as câmeras, era como se ele tivesse construído uma intimidade equivalente a um casamento com as lentes, e, pelos resultados no computador por onde elas acompanhavam o ensaio, elas pareciam adorá-lo.
O embaixador da marca se movimentava no ritmo da música que tocava, como se fosse impossível resistir a qualquer batida que fizessem que se assemelhasse a uma canção. É claro que, àquela altura, a plateia em volta já estava maior do que quando chegaram, mas isso não pareceu incomodá-lo, algumas vezes ele até parecia gostar dos gritos que os fãs davam a cada movimento que ele fazia.
Glória deixou que ajudasse Veronica com as trocas de roupas, o que era de grande empolgação para a aluna, então ela teve de se manter muito mais calma do que de fato estava se sentindo. Jungkook tornava tudo mais leve, a forma como ele estava se divertindo com o trabalho contaminava a todos. Seu senso de moda também era muito bom, tanto que Veronica de fato pedia e ouvia a opinião dele e, muitas vezes, a acatava, como no conjunto de peças que usaria em seguida, o qual a diretora criativa estava na dúvida se ele manteria o cordão de prata ou não, se deixaria o sobretudo aberto com regata ou sem. Optou, então, por manter o colar e a regata, e lá se foi Jungkook, agora posando nas estruturas da estação de trem mais famosa dos Estados Unidos.
estava encantada. Ver tudo aquilo no qual sonhava em trabalhar em ação era de fato um sonho, mas ver Jeon Jungkook modelando era… especial. A cada olhar que ele lançava em sua direção, por mais breve que fosse, fazia algo revirar no estômago dela. Ela queria pensar que era apenas a ansiedade falando mais alto e tentou ignorar qualquer que fosse a sensação que seu corpo involuntariamente a fazia sentir, focando apenas em seu trabalho e seguindo Veronica e Glória para todo canto.
Como todo ensaio fotográfico, aquele também teve seus contratempos. Uma das jaquetas veio no tom errado e, por mais que tivessem diversas outras opções, nenhuma estava deixando Leoni plenamente satisfeita. Jungkook havia ido ao banheiro trocar completamente a roupa por outra quando Veronica puxou uma calça jeans da arara e a analisou.
— Acho que essa aqui ficaria melhor com a camisa preta que ele levou — comentou, pensativa, mordendo o lábio. — Srta. , leva para ele trocar e traga aquela de lavagem escura de volta.
paralisou por um segundo, mas seu corpo logo reagiu ao olhar questionador da italiana. Ela agarrou o cabide e o segurou como se fosse a joia mais preciosa que já havia segurado em toda a sua vida.
— E leve isso caso precise fazer algum ajuste — Glória completou, entregando à aluna a caixa com os itens para aquela exata função de ajustes e reparos.
Enquanto caminhava em direção ao banheiro, tentou não pensar no quão importante era terem lhe confiado a tarefa, nem no fato de que Jungkook estava sozinho no banheiro. Ela precisava ter a maturidade e frieza que todos os demais tinham, aquilo era um trabalho e ela era profissional.
Foi respirando fundo e repetindo esse mantra que ela chegou à porta e achou sensato bater antes de empurrá-la. O que ela não esperava é que Jungkook já estava com a mão na maçaneta, pronto para sair, e puxou a porta no mesmo instante que ela a empurrou com o ombro, fazendo com que seu corpo encontrasse o nada. A gravidade a fez tropeçar nos próprios pés, e todo o desastre seguinte pareceu acontecer em câmera lenta. Ela viu o rosto de Jungkook se transformar em puro susto ao vê-la cair, e a reação automática dele foi tentar segurá-la pelos braços. No entanto, a reação automática de foi se agarrar ao que estivesse ao alcance que, no caso, era a camisa preta da Calvin Klein no corpo do cantor, que, mesmo que não fosse das mais caras, custaria seu estágio inteiro. É claro que ela não apenas agarrou o tecido como o segurou exatamente onde ficavam os botões. A força fez os botões fechados se arrebentarem e Jungkook cair de joelhos.
Para sorte de ambos, ele era forte e tinha equilíbrio suficiente para não se estatelar no chão e conseguir segurar para que ela também não caísse, apenas derrubasse a caixa que carregava embaixo do braço. O rosto da garota esquentou e enrubesceu na mesma hora, sendo tomada pela vergonha. Em meio aos pedidos de desculpa dela e o cantor perguntando se estava tudo bem com ela, seu olhar recaiu sobre o abdômen perigosamente definido de Jungkook. Ela queria poder admirar por um tempo a mais, porém, seu cérebro a alertou que se ela estava vendo a barriga dele, é porque algo estava errado.
— Você está bem? — Jungkook repetiu a pergunta, tentando procurar no rosto da garota algum sinal de que estava bem ou machucada. Ambos ainda estavam ajoelhados no chão do banheiro.
— Não! — ela exclamou com certo desespero, seu olhar ainda estava encarando a camisa arruinada.
— Se machucou? Precisa que chame alguém? — Jungkook logo se alarmou, sem saber o que fazer.
Seu inglês havia melhorado consideravelmente, mas ainda era limitado. Logo, o seu cérebro já estava caçando as palavras para explicar a alguém que a estagiária havia caído no banheiro por culpa dele e estava machucada. Se não estivesse tão preocupado com o bem estar da garota, seria até cômico.
— O quê? — ela o olhou perdida, então entendeu a preocupação de JK. — Ah, não, não me machuquei… pelo menos, não fisicamente.
Jungkook a olhou sem entender, mas não questionou nada. Ele a ajudou a se levantar e ambos agradeceram mentalmente por terem limpado o banheiro impecavelmente para o dia do ensaio fotográfico. olhou com certa tristeza para a roupa arruinada, tentando pensar no que fazer; Jungkook olhou para o mesmo local que ela encarava, entendendo o lamento que ela havia soltado anteriormente. Havia sobrado apenas um botão, o qual não iria servir para nada.
— Droga — lamentou , passando a mão pelos cabelos que há muito já não eram mais presos pelos óculos. — Eu tinha um dever, apenas um, e consegui falhar!
— Ei, não seja tão dura com você mesma — Jungkook murmurou, se aproximando da moça. — Foi culpa minha, eu abri a porta.
deu um sorriso melancólico para o cantor.
— Não, não foi, relaxa. — Ela suspirou, mordendo a parte interna da boca. Então foi até a porta e a trancou, virando-se logo em seguida. — Tire a camisa.
Sem disfarçar a surpresa, Jungkook a encarou com uma sobrancelha erguida. não podia negar que ele era saboroso, como diria sua melhor amiga, e ficou ainda mais fazendo aquela cara sugestiva. Porém, suas intenções estavam longe de ser aquela.
— Preciso ver o estrago — justificou, esticando a mão.
Jungkook sentiu-se um idiota por pensar que a intenção dela seria qualquer outra se não consertar o que fizeram. Envergonhado, ele tirou a camisa preta e entregou a ela, abraçando o próprio corpo em seguida. tentou não encará-lo por muito tempo ao agradecê-lo, mas seu braço fechado em tatuagens mexeu um pouco com as batidas de seu coração. Foco, , ela pensou consigo mesma ao analisar a peça de roupa. Para sua sorte, nada havia sido rasgado, o tecido estava perfeito. Um pouco amassado, mas perfeito. Só que os botões foram arrancados completamente, sobrando apenas dois em locais que não adiantaria muito fechar, não ficaria bom. O primeiro pensamento de foi que ela precisava avisar a Calvin Klein que seus botões não eram dos mais firmes, depois pensou que, se estavam trancados ali, os botões deveriam estar ali dentro.
— Consegue arrumar? — perguntou Jungkook, aproximando-se novamente.
— A boa notícia é que consigo — ela falou, maneando a cabeça. — A má notícia é que tenho três botões para encontrar dentro desse banheiro.
Jungkook ergueu as sobrancelhas e deu de ombros.
— Ok — ele falou, olhando em volta. — Eu te ajudo.
riu. Ela seria maluca se colocasse Jeon Jungkook, embaixador global da marca Calvin Klein e cantor mundialmente famoso, para procurar botões no chão de um banheiro público. Porém, ele já estava abaixado, olhando embaixo das pias, então tudo o que ela pôde fazer foi imitá-lo. O silêncio não durou muito, já que, em questão de segundos, Jungkook encontrou um botão. O sorriso largo que ele deu e a comemoração animada, quase infantil, fizeram o coração de se aquecer e a esperança de encontrar os outros dois botões aumentar.
— Então — Jungkook começou, andando pelo banheiro com o olhar fixo no chão. — Você estuda moda?
— Sim — respondeu, olhando em cada cabine. — Segundo ano.
— Incrível — Jeon respondeu. — Acho que eu faria moda, se eu não fosse cantor.
— Você tem jeito para isso, vejo as roupas que usa. Não é nada mau.
O cantor deu um sorriso ladino.
— Vê as roupas que eu uso?
se endireitou, suspeitando do tom acusatório que ele havia usado.
— Ah, não, não sou Army nem nada do tipo.
— Você sabe o que é Army — JK falou em tom cômico e novamente acusatório.
— Sei, mas não é o que está pensando. Minha irmã é sua fã, eu não.
— Ai — Jungkook exclamou em falso tom de dor. — O que tem contra mim?
riu.
— Nada, eu até escuto algumas músicas, vejo vídeos com minha irmã… Mas não tenho tempo nem idade para ser fã de algo.
— Não tem essa — ele retrucou com seriedade. — Não existe idade para ser fã. Eu sou fã de muitas coisas e tenho vinte e seis anos.
— Eu também — defendeu-se. — Mas minha irmã sempre diz que ser Army é diferente. Tem todas uma dedicação que para ela, que tem doze anos e não trabalha e só estuda meio período, super funciona. Eu tenho vinte e quatro, foi difícil conseguir a bolsa para a faculdade, não tenho tempo para pensar em mais nada além de moda.
— Entendi — respondeu Jungkook, que ainda mantinha um sorriso divertido no rosto, mesmo que não estivesse vendo. — Então quer dizer que você ouve nossa música.
suspirou ao ouvi-lo dar uma risada.
— Algumas.
— E qual é a sua favori…
— Achei! — interrompeu a pergunta do cantor, saindo da cabine com animação. Ela mostrou o botão para um sorridente Jungkook e o colocou no bolso de sua jaqueta junto com o outro. — Só falta mais um, mas definitivamente não está nas cabines.
Os dois voltaram a procurar com mais atenção. Era possível ouvir chamarem seus nomes do lado de fora, mas ninguém havia tentado entrar ali ainda, para o alívio de . Também para seu alívio, Jungkook não voltou ao assunto que estava fazendo-a temer perder sua postura como profissional que já estava um tanto abalada apenas por estar perto dele.
Sua mente estava um tanto perdida em pensamentos quando o ouviu exclamar algo em coreano. Ela se virou para encontrá-lo curvado sobre a pia perto da porta, exibindo um sorriso largo.
— Está na pia! — ele exclamou, agora em inglês. Os olhos de se arregalaram.
— Cuidado para não…
Mas a mão de Jungkook já estava indo em direção à cuba de cerâmica branca. Foi o tempo de se aproximar e ver o botão descer ralo abaixo e o sorriso largo de JK se desfazer em segundos. se colocou na frente da pia e tentou ver se o botão não havia, por algum milagre, ficado preso em algo próximo ao buraco. É claro que não, tudo o que ela pôde fazer foi apoiar as mãos na bancada e deixar a cabeça cair para a frente, derrotada.
— É isso — ela disse, balançando a cabeça. — A representação do que se tornou meu estágio: um botão indo ralo abaixo.
— Me desculpe — Jungkook murmurou baixinho ao seu lado. suspirou.
— Não foi sua culpa — murmurou pela segunda vez naquele dia. — Eu deveria ser menos desastrada e mais organizada.
Quando falou a última palavra, lembrou-se da caixa que Glória entregou para a aluna antes de ela ir ajudar o cantor. se ajoelhou novamente e fuçou na caixa, revirando-a por completo na esperança de ter algum botão. E tinha, mas todos de cores e tamanhos completamente diferentes, nenhum preto básico.
— É claro que não tem nenhum aqui dentro.
— Bom, mas encontramos dois — Jungkook comentou, vestindo a camisa de volta. — Não dá para costurar eles?
— Dá — respondeu, se levantando. — Elas vão perceber do mesmo jeito, mas, talvez, se eu costurar na parte que falta, ele ficará fechado de forma perfeita para…
A maçaneta da porta se moveu e alguém os chamou do outro lado. A voz era assustadoramente parecida com a de Glória. Os dois se olharam e engoliram em seco.
— Já estamos saindo! — exclamou, então se virou para o cantor. — Acho que não dá tempo — finalizou com desânimo, em um sussurro.
Jeon Jungkook olhou para a garota com certa pena. Passou pouco tempo com ela, contudo, já conseguia perceber o quão importante aquele estágio era, desde o momento em que foram apresentados e ele pôde ver os olhos dela brilharem de animação por poder fazer parte daquele trabalho. Não queria que ela perdesse a oportunidade, então forçou seu cérebro a trabalhar em uma solução.
JK se virou para o espelho e encarou seu reflexo. No primeiro ensaio, parte dos looks deixavam seu corpo à mostra, exatamente daquela forma; ele não havia treinado e tomado tanto cuidado com sua alimentação à toa, de fato achou que suas fotos tomariam o mesmo caminho das anteriores. Ele sabia a opinião da HYBE em relação à mostrar seu corpo, mas, àquela altura do campeonato, quem se importava?
— E se ficar assim? — ele falou, apontando para si mesmo enquanto encarava o reflexo. Não estava odiando o que via, pelo contrário, ele podia imaginar como as fotos poderiam sair.
— Nós vamos gravar as filmagens agora, Jungkook. Você quer aparecer assim?
— Sim — ele deu de ombros. — Não me importo. E suas chefes podem ficar bravas por causa de um botão, mas você terá encontrado uma solução, não é?
olhou para o reflexo dele, depois o fez virar de frente. Ela o olhou de cima a baixo, seus olhos varrendo todos os detalhes possíveis que poderiam compor aquele look. Não podia dizer que Jungkook estava errado, afinal, ele de fato estava divino, tornando a missão de se concentrar um pouco difícil.
— E ela fechada acaba escondendo detalhes da calça que valem a pena mostrar — ela comentou mais para si mesma do que para o modelo. — Mas precisa trocar de calça, ela quer a mais clara.
O integrante do BTS sorriu e assentiu com obediência, pegando a calça deixada junto da caixa de reparos e se preparando para tirar a que vestia. Uma das coisas que faria ser mais profissional seria pode vê-lo com roupas íntimas sem sentir-se envergonhada, porém, seu rosto esquentou ao ver o nome da marca a qual estava realizando o ensaio na borda da cueca box branca que ele usava. engoliu em seco e desviou o olhar, mas, pela visão periférica, conseguia vê-lo vestir as jeans pelo espelho. O tecido branco marcava as partes certas do cóccix do homem, destacando todo e qualquer volume que tivesse ali. Odiou-se por ter o pensamento de que deveria ser um pecado alguém ter um corpo tão perfeito como aquele, sentindo-se uma pervertida.
não percebeu que Jungkook a flagrou encarando pelo espelho e estava demorando propositalmente para subir e fechar o zíper da calça apenas para provocá-la, já que ela não conseguia disfarçar a reação que estava tendo, passando a mão na nuca e quase babando. Ele riu de forma contida, sentindo-se um canalha.
Ela pôde respirar mais aliviada quando JK finalmente se vestiu por completo. O modelo ajeitou a roupa ao se olhar no espelho, preferindo realmente aquele tom azul das jeans que o anterior. Pelo sorriso de , ela concordava.
— Certo, mas falta algo — ela disse, virando-o de frente mais uma vez.
Ela desceu o olhar até o começo da calça e se demorou ali. Por mais que Jungkook tivesse a provocado momentos antes, ter o olhar dela diretamente em uma área tão perigosa o deixou tímido. Seu rosto queimou, então ele olhou para o teto, na tentativa de disfarçar qualquer rubor que tivesse surgido em seu rosto.
— Tenta puxar sua cueca um pouco para fora.
Jungkook a encarou com um olhar divertido, sem conseguir conter uma risada breve ao vê-la revirar os olhos, impaciente. Ele encaixou os dedos dentro da calça e puxou a peça de roupa para fora. mordeu o lábio em sinal de concentração, mas fez o efeito contrário em Jungkook. Seu domo de adão subiu e desceu algumas vezes quando ele voltou a desviar o olhar.
— Não, precisa puxar mais — comentou, pensativa. — Com licença.
Antes que o homem pudesse ao menos questionar o que ela queria dizer com aquilo, levou as mãos ao cóccix da cueca e a puxou um pouco mais para cima, ajustando de forma que todo o nome da marca aparecesse acima da calça. Jungkook, alguns bons centímetros mais alto que a estagiária, a olhou boquiaberto enquanto ela ajeitava a peça mais íntima que ele usava. A forma como ela estava tão inclinada e como seus dedos roçaram na pele de sua cintura fizeram algo formigar dentro do cantor. Ele prendeu o ar e tentou pensar nas coisas mais ridículas que conseguiu imaginar, como o passo a passo da receita de makguksu, tudo para evitar um constrangimento, pois já conseguia sentir o sangue correr para uma parte um tanto sensível de seu corpo.
JK soltou o ar quando se endireitou, totalmente alheia ao que ele estava sentindo. Ela o olhou, satisfeita, e ele fez o mesmo ao encarar o reflexo.
— Bom, se eu perder o estágio, pelo menos ficarei feliz em saber que ajudei nas fotos dessa coleção.
— Ei, se meu poder de embaixador global valer de algo, você não vai perder o estágio — garantiu o cantor, apontando um dedo para a garota que pegava suas coisas antes de saírem. Ela o encarou com carinho, sabendo que as intenções dele eram as melhores.
— Obrigada, mas eu realmente quero merecer. Se não for para ser… — ela deu de ombros, sem completar a frase.
finalmente destrancou a porta e os dois saíram por ela. Era possível perceber de longe a impaciência de Veronica e de toda a equipe que aguardava por eles. Além da italiana, Glória também caminhou, apressada, até os dois. Ambas mantinham uma feição de choque no rosto, exigindo uma explicação antes mesmo que falassem algo.
— Por que demoraram tanto lá dentro? E por que a camisa está… — Glória olhou Jungkook mais de perto e arfou alto em pura surpresa. — Sem botões! !
— Não foi culpa dela! — Jungkook logo interveio, impedindo de se justificar. — Foi minha, eu acabei enganchando na maçaneta da porta e os botões voaram para todo lado. — Ele apontou para . — Ela me ajudou a encontrar os botões, mas deixei o terceiro cair no ralo.
— Isso não é… — começou a falar, mas JK a interrompeu de novo.
— Mas tem um olhar tão incrível que percebeu que assim… — ele apontou para si mesmo — fica bem melhor, porque dá para mostrar a cueca, o cordão, e os detalhes da calça. E eu concordo.
se calou, trocando um sorriso cúmplice com Jungkook, tentando mostrar a ele que ela estava muito grata.
— É verdade, ? — Glória perguntou.
— É — respondeu, tirando os botões de dentro do bolso. — Tentei encontrar outro na nossa caixa, mas não tinha nenhum preto.
— Ah — lamentou a professora, colocando a mão na testa. — Eu os peguei ontem antes de ir embora, precisei usar na camisa do meu marido.
Seu tom era de certa culpa, o que achou ótimo. Se a professora se sentia culpada, ao menos um pouco de peso saía de seus ombros.
Ao lado de Glória, Veronica Leoni observava Jungkook com a mão no queixo, analisando cada detalhe. O coração de e de JK parecia prestes a sair da boca — boca essa que, percebeu , Jungkook brincava com o piercing de forma ansiosa.
— O que acha, Veronica? — Glória ousou perguntar, também observando-o.
— Eu acho, Glória… — Ela fez uma pausa, suspirando. — Que sua estagiária é um gênio.
Jeon Jungkook abriu um sorriso largo, virando para sua nova amiga com animação e uma cara de “eu te disse que ficaria tudo bem”. No entanto, a aluna não ousou comemorar tão cedo, pois sentia que havia um porém prestes a ser dito, e não estava errada.
— Porém, não podemos fotografar com a camisa arruinada desse jeito, podem perceber…
— Acho que dá para arrumar no photoshop — sugeriu com timidez.
— Se conseguem fazer filmes de dinossauro, acho que não deve ser difícil colocar alguns botões em uma camisa — completou Jungkook de forma descontraída, o que acabou fazendo a diretora criativa soltar uma risada sincera.
Foi naquele momento que percebeu que Jeon Jungkook tinha alguma magia que o tornava impossível de resistir. Ele tinha algo que encantava a todos, desde o jeito que sorria e a forma como passava as mãos pelos cabelos, até fazer mulheres executivas que costumavam ser tão séria darem risada em meio a um problemão daqueles. também estava ridiculamente encantada.
— Certo, está bem, vamos acabar logo com isso! — declarou Veronica, por fim, antes de mandar todos voltarem à ação.
estava radiante. Ainda não tinha esperanças de continuar em seu estágio, mas saber que Veronica havia ficado satisfeita com a escolha que ela e Jungkook fizeram juntos e que não a mandou embora no mesmo segundo já a deixava feliz. Ainda poderia colocar no currículo que participou daquele ensaio, deveria significar alguma coisa.
Jungkook poderia estar exausto depois de um dia inteiro filmando e fotografando, porém, ele caminhava pelo espaço da estação com tranquilidade, ficando sério quando necessário e sorridente quando relaxava. o observou descer as escadas da forma mais sexy que um ser humano era capaz de fazer, dançando ao som de The Passenger do Iggy Pop como se a música estivesse correndo pelas veias dele e controlando seu corpo. A forma como ele desfilou até o piano, como seus dedos se moveram para tocar notas aleatórias e o sorriso ladino que ele lançou a ela quando finalizou foi a coisa mais cafajeste que já viu alguém fazer, e isso fez seus joelhos fraquejarem. Não seria exagero dizer que ela precisou de muito autocontrole para não cair de joelhos para ele e fazer as atrocidades que passaram por sua mente que agora estava livre de preocupações e com muito espaço para pensar besteiras.
Todos receberam com grande alívio a notícia de que estavam satisfeitos com as fotos e o ensaio poderia acabar ali. Enquanto ajudava a equipe a organizar tudo, percebeu Glória se aproximar.
— Srta. — ela falou, mexendo distraída em algumas linhas de costura dentro da caixa de reparos que estava reorganizando. — Você me deu um susto e tanto hoje. Por um instante, pensei que poderia finalmente finalizar minha busca por um estagiário.
não soube o que responder, era difícil entender o que a professora estava querendo dizer com aquilo, ela havia desistido dela como estagiária? Ainda iria reconsiderar?
— Mas fez um bom trabalho, deixou Veronica satisfeita e pensou em uma solução ótima para o problema. Te vejo na segunda-feira? Você deve ter o endereço da Calvin Klein, certo?
A aluna abriu um sorriso e assentiu, sentindo uma empolgação crescer dentro de si e um alívio sem tamanho ao finalmente saber que teria seu sonhado estágio. Glória sorriu brevemente e colocou seus óculos, se despedindo da aluna para se juntar novamente à Veronica, com quem iria jantar.
não conseguia conter a empolgação, segurando-se para não sair saltitando por toda a Grand Central. Ela avistou Jungkook se despedindo de algumas pessoas da equipe e ousou se aproximar. Na hora que ele a viu, sua atenção se voltou totalmente para ela, ignorando o fato de que estava com o tempo um tanto apertado e precisava ir embora o quanto antes. Ele abriu os braços e caminhou até a garota para que se aproximassem o quanto antes.
— E aí? Pelo seu sorriso, deve ter dado tudo certo.
— Mais do que certo! — empolgou-se , sorridente. — O estágio é meu!
Jungkook soltou um palavrão alto e comemorou, envolvendo a garota em um abraço apertado, ambos aos risos.
— Boa, ! — ele exclamou. — Eu sabia!
A forma como o cantor falou seu apelido fez as borboletas já inquietas na barriga de se agitarem ainda mais.
— Eu devo tudo a você, Jeon Jungkook.
— Nem pensar, foi tudo mérito seu — ele a bronqueou, passando a mão na nuca. — Escuta, acho que você deveria comemorar e eu conheço um lugar que vai ter uma festa incrível essa noite. O que acha?
— Onde? — perguntou, tentando disfarçar o quão surpresa ela ficou por ter um astro do pop coreano a convidando para uma festa.
— Coincidentemente, fica no hotel em que eu estou hospedado. E, coincidentemente, é organizada pela minha equipe — confessou, dando um sorriso culpado. inclinou a cabeça, incerta.
— Olha, Jungkook, eu agradeço mesmo o que fez por mim hoje, mas não acho uma boa ideia…
— Hm, foi mal, não vou poder aceitar sua rejeição.
soltou uma risada incrédula.
— Como é?
— Pois é, eu te ajudei e agora, em troca, terá que ir à festa. Não aceito apenas agradecimento, quero algo em troca.
Era claro que Jungkook não estava falando sério, o sorriso que ele tentava segurar entregava que era apenas uma forma de convencê-la a ir.
— Ah, é? — cruzou os braços. — Então não tenho escolha, tenho?
— Não — ele falou com um sorriso adorável. — Sou o embaixador da empresa que você agora trabalha, ou seja, não pode recusar um convite meu.
— Uau, Jeon Jungkook, você é mais esperto do que eu esperava — ela brincou, vendo-o responder com uma piscadela. — Qual hotel você está?
Jungkook tirou de seu bolso um cartão, como se esperasse o dia inteiro por aquele momento. Nele continha o nome e o endereço de onde estava hospedado em letras douradas e caras. não tinha certeza se tinha roupa chique o suficiente para passar na frente do hotel, quem dirá entrar nele.
— Te vejo em algumas horas — Jungkook falou antes de lhe dar um beijo na bochecha e se afastar para falar com o grupo de fãs que ainda aguardavam, fiéis, o final do ensaio fotográfico.
O toque fez qualquer dúvida sumir da cabeça de . Com roupa ou não, ela não perderia aquela festa por nada.

━━━━━━━ ⟡ ━━━━━━━


saiu do táxi amarelo com o salto alto que pegou emprestado de sua irmã, pois era mais bonito que qualquer sapato que tivesse. Já o vestido, era o que guardava para ocasiões especiais, o melhor achado de brechó que ela se orgulhava em dizer que havia encontrado: um Yves Saint Laurent de alguma coleção do início dos anos 2000, com o busto coberto por uma renda preta, sem cobrir o decote perigoso, as alças finas decorando a seda lisa no tom de creme. Não foi a peça mais barata que encontrou em um brechó, mas poder usar um vestido da marca, impecável como estava, era sempre um motivo de felicidade para ela.
Como era inverno, optou por cobrir os ombros com uma jaqueta de couro preta, e para completar o look, escolheu uma bolsa de ombro da Louis Vuitton que era de sua mãe, um presente que seu pai havia dado à esposa em algum aniversário de casamento e, como mostrou grande interesse por moda desde pequena, sua mãe passou a bolsa para ela. Os acessórios eram todos dourados, mas não abusou deles para não ofuscar o vestido, usando apenas brincos e anéis.
desfilou até a recepção com alguns olhares a seguindo. Se não tivesse feito um aquecimento com algumas garrafas de cerveja enquanto se arrumava para acalmar o nervosismo, ela poderia ter se incomodado, mas, naquele momento raro, estava adorando a atenção. Ela cumprimentou o simpático recepcionista e o informou que havia sido convidada para a festa que estava acontecendo em algum canto do hotel que ela não soube dizer.
— Seu nome? — ele perguntou, pegando uma prancheta onde um papel parecia conter uma espécie de lista. pensou por um segundo, não conseguindo lembrar de jeito nenhum se havia passado seu nome completo para Jungkook.
— Hum… .
Após um segundo olhando a lista, o recepcionista sorriu e indicou para que ela o acompanhasse. Durante o percurso até o elevador, o cérebro de ficou se perguntando como raios Jeon Jungkook sabia seu nome? E foi mais além, se questionando se ele havia se importado o suficiente para ir atrás dessa informação, acreditando que, de fato, ela estaria ali naquela noite.
O recepcionista apertou o botão da cobertura do hotel, onde ficava o bar, e deixou que subisse sozinha, desejando-lhe uma boa festa. O espaço, logo notou, estava mais cheio do que ela imaginava. Ao andar entre as pessoas, reconheceu alguns rostos que viu mais cedo na sessão de fotos, cumprimentando alguns de forma gentil. Percebeu que não tinha tanto álcool em seu corpo quanto seria necessário, já que os olhares começaram a deixá-la um tanto ansiosa. O pensamento de que não havia sido uma boa ideia aceitar o convite começou a perturbá-la quando foi até o bar buscar uma cerveja.
Já com a garrafa na mão, decidiu procurar por Jungkook da forma mais natural que conseguisse, varrendo o local com os olhos enquanto tomava um gole da bebida. Era gente demais naquele espaço para que pudesse encontrá-lo, então decidiu ir ao terraço, pois, se ele não estivesse lá, pelo menos poderia ficar um pouco escondida, já que o frio mantinha todos no calor da parte coberta.
Como ela já esperava, Jungkook não estava ali, porém, não se arrependeu da decisão, já que a vista era de tirar o fôlego. Não percebeu, enquanto subia os andares, que o hotel era tão alto. Apesar do frio, ela não sentia tanta vontade de sair daquele lugar, podendo passar a noite toda observando os arranha-céus de Manhattan.
De dentro da festa, Jungkook ria de algo que um de seus amigos dizia, mas por mais entretido que estivesse com a conversa, seu olhar continuava recaindo para a entrada do bar, esperando, ansioso, o momento em que ela passaria pela porta. Estaria mentindo se dissesse que não pensou nela por pelo menos um segundo, pois foi o contrário; desde o segundo que saiu daquela estação de trem, a mente de Jungkook foi completamente ocupada pelas lembranças do que aconteceu naquelas poucas horas de sessão. O lugar onde ela havia tocado para ajeitar sua cueca ainda formigava com a lembrança de seu toque.
Havia dado o nome e sobrenome dela na recepção sem muita esperança de que ela fosse aparecer, mas, a cada pessoa que entrava naquele lugar, ele olhava diretamente para a porta, esperando ser ela. Cometeu a burrice de não pedir a merda do número dela, e aquilo era outra coisa que perturbava sua mente.
Então, seu olhar, cansado de observar a porta, se voltou para as janelas de vidro que exibiam o terraço do bar. E, para a sua surpresa, lá estava ela. Jungkook sentiu-se um idiota pela forma como seu coração errou uma batida, no entanto, não conseguiu pensar em mais nada. Ele pediu licença aos amigos e, balançando o gelo em seu whisky, saiu para o terraço. conseguiu ficar ainda mais bonita do que mais cedo, vestindo algo que marcava perigosamente as curvas perfeitas de seu corpo, deixando o cantor ainda mais maluco do que antes. Ela pareceu não perceber a presença dele, e ele poderia observá-la distraída para sempre.
— Que vista linda — ele comentou, bebericando sua bebida para disfarçar o sorriso que deu quando ela se virou. A frente do vestido era ainda mais perigoso que as costas, foi um grande desafio não engasgar com o álcool e não babar como um animal.
sorriu satisfeita ao finalmente vê-lo.
— Nova York nunca decepciona — ela respondeu, erguendo a garrafa de vidro em uma saudação.
— Ah, claro — retrucou JK, dando alguns passos para se aproximar da garota, inclinando-se um pouco para frente antes de completar: — Mas eu não estava falando daquela vista.
O corpo de esquentou na mesma hora. Ela passou a mão na nuca, gesto que sempre fazia quando ficava nervosa. Pensou logo em algo para mudar de assunto, pois receber elogios não era seu forte. Quando o encarou, reparou finalmente no que ele usava e soltou uma risada.
— Você ficou com a camisa!
— É claro! — ele respondeu, girando no próprio eixo. Ainda a mantinha aberta, mas usava uma regata preta por baixo. — Me deixaram ficar com ela depois de eu quase me ajoelhar implorando.
— Uau, ela deve ser bem especial.
— Ah, sim, muito. Ela é única, não sei se percebeu, mas está faltando alguns botões. Uma maluca caiu aos meus pés mais cedo e arrebentou com eles.
— Que absurdo, deveriam prendê-la — entrou na brincadeira, apoiando-se no parapeito do terraço. Jungkook estava chegando cada vez mais perto, um passo de cada vez, e ela não tinha muito para onde fugir (e nem queria).
— Eu até pensei em chamar a polícia, porque ela parecia realmente louca para tocar no meu corpo — brincou, fazendo gargalhar. — Mas ela parecia legal e, cá entre nós, muito bonita.
— Ah, é? — respondeu, engolindo a vergonha junto com a cerveja. — Mas não me parece ter sido culpa dela, acho que os botões eram bem fracos.
— Eram mesmo, tem razão — JK retrucou com um sorriso ladino. — Os botões da Calvin Klein são péssimos, inclusive estou usando as calças deles também e provavelmente vou precisar de ajuda para abrir mais tarde.
— Claro, eu te ajudo, tenho certa habilidade nisso.
— Aposto que tem — respondeu Jungkook em um tom mais baixo e provocativo.
olhou involuntariamente para a calça de Jungkook e não conseguiu evitar morder o lábio inferior ao se imaginar descendo aquele zíper e sumindo com aquela peça de roupa para olhar com mais dedicação o que já havia visto mais cedo. Jungkook riu, balançando a cabeça e despertando de seus pensamento. Voltando a si, ela percebeu como estava maluca ao pensar aquilo. O convite indireto era tentador, mas incabível. Ela e o cantor do maior grupo de k-pop da atualidade juntos? Ah, só podia ser o álcool mexendo com seus neurônios, aquilo não podia mesmo acontecer.
se virou de costas, voltando a admirar a cidade.
— Não vá por esse caminho, Jungkook. Não vai acontecer.
O olhar dele foi de surpresa. Desde mais cedo ela parecia querer o mesmo que ele, seria possível que ele tivesse entendido tudo errado? Não dava para confundir o olhar que ela tinha acabado de dar, foi descarado demais para que ela mesma negasse.
Virar de costas não adiantaria em nada se ela queria mesmo que ele deixasse para lá. Jungkook se aproximou dela com cautela, colocando a mão livre em sua cintura e colando seu corpo no dela. Viu com grande prazer os pelos de seu braço se arrepiarem e soube que não era por causa do frio, também ficou feliz por ela não se afastar. Ele esperava que ela estivesse sentindo o que estava fazendo com ele, pois dessa vez era impossível evitar que um certo volume incômodo se formasse nas jeans que usava.
— Não está falando sério, está? — murmurou no ouvido dela.
— Estou — respondeu, virando-se novamente de frente para o homem. Jungkook não se moveu nenhum centímetro e manteve a mão na cintura da garota, mantendo-a ali. O olhar de recaiu sobre os lábios convidativos de Jungkook, vacilando um pouco no raciocínio. — Você… você é o cara do BTS, não posso sair com um idol de kpop, sinceramente, ainda não fiquei maluca.
Jungkook revirou os olhos antes de encará-la profundamente, aproximando mais o rosto do dela.
— Sou apenas o Jungkook — falou quase em um sussurro. — Que só tem mais essa noite livre na cidade antes de ir embora. Vai mesmo perder a chance de fazer o que quer por besteira?
ergueu uma sobrancelha.
— Como sabe o que quero?
Jungkook riu como se não acreditasse na seriedade daquela pergunta.
— Sério? Acha mesmo que não percebi como me olhou no banheiro da estação? Como está me olhando agora?
Era realmente difícil para negar algo, ainda mais com Jeon Jungkook tão próximo, tirando completamente seu juízo. Decidiu que estava cansada de ser provocada e queria provocar também. Finalizou sua cerveja e deixou a garrafa de lado, levando as duas mãos para a cintura de Jungkook, exatamente onde sua calça começava. Ele arfou por um breve segundo antes de se recuperar e encará-la com intensidade.
— Está bem, tem razão — confessou, seus dedos brincavam com o pouco do elástico da cueca que apenas ameaçava sair da calça. — E eu falei que te ajudaria com esse maldito botão, então…
— Eu meio que estou louco para tirar logo essa calça — Jungkook falou com um sorriso torto. — Não combina com essa roupa, não é, senhora estudante de moda?
— Não mesmo, igual a essa regata… — Ela o puxou pela camisa e aproximou sua boca do ouvido dele, observando com satisfação quando os pelos de sua nuca se arrepiaram. — Prefiro sem.
Jungkook se afastou apenas para poder respirar fundo e acabar com seu whisky. Sem falar nada, ele segurou a mão da garota e a puxou para dentro, atravessando todo o bar e ignorando quem quer que estivesse o chamando. olhou com certa preocupação para os convidados, imaginando se a fuga deles poderia ser a notícia mais falada no dia seguinte. No entanto, pelas coisas que viu algumas pessoas fazendo lá dentro, duvidava muito que estivessem interessados em gravar ou fotografar.
Os dois entraram sozinhos no elevador. Mesmo que estivessem tão próximos no terraço, Jungkook se manteve estranhamente tenso e afastado no elevador. Ele a flagrou o encarando e sorriu, inclinando-se em sua direção.
— As câmeras — ele comentou, apontando para uma delas e respondendo como se tivesse lido a mente de . — São o único motivo de eu estar me controlando porque, acredite, se não fosse por elas, eu já teria arrancado seu vestido.
nunca quis tanto que um elevador descesse mais rápido.
Para compensar o tempo perdido, assim que Jungkook fechou a porta do quarto atrás de si, ele nem ao menos se preocupou em acender as luzes, prendeu entre ele e a porta e segurou seu rosto com firmeza, finalmente juntando seus lábios no beijo mais desesperado que deu em toda a sua vida. não se importou, sua urgência era a mesma que a dele e ela demonstrou isso puxando seus cabelos para que o mantivesse ainda mais perto. Suas línguas dançavam em harmonia perfeita, com pressa e calma equilibradas.
— Eu passei a porra do dia inteiro imaginando como seria te beijar — Jungkook sussurrou entre um beijo e outro.
— Foi como esperava? — questionou antes de traçar uma trilha com seus lábios até o pescoço do cantor. Ele fechou os olhos ao se deliciar com o toque, inclinando a cabeça para que ela tivesse toda a sua pele a disposição.
— Muito melhor — respondeu ao arfar, começando a perder totalmente o controle.
Jungkook voltou a beijá-la, agora sua mão esquerda estava no pescoço de , acariciando-a e apertando da forma certa que ela pareceu adorar. Sua mão direita aproveitou para sentir a maciez do tecido do maldito vestido, mas logo se cansou dele e se dedicou em encontrar a pele de . Levantou o vestido o suficiente para encontrar sua coxa, puxando sua perna para cima. aproveitou a posição para prendê-lo pela cintura e puxá-lo para ainda mais perto, e o atrito entre aquelas partes do corpo fizeram com que ambos perdessem o ar.
A mão tatuada do sul-coreano não parou ali; seus dedos apertaram a pele macia de e foram descendo e levando o vestido junto. O segundo tecido que encontrou o deixou feliz.
Quando os dedos de Jungkook encontraram o elástico de sua calcinha, estremeceu. Era impossível saber qual seria o próximo passo que ele daria, mas ansiava por qualquer toque que fosse. Ela precisava de cada vez mais de Jungkook e ele estava disposto a dar tudo.
JK parou de beijá-la, pois queria ver cada reação que ela teria, já que era deliciosamente expressiva. Sua mão foi para dentro da peça íntima, onde a encontrou completamente pronta para dele. A ação imediata do corpo da jovem foi fechar os olhos e empurrar o quadril para frente, implorando por mais sem dizer uma palavra. O dedo de Jungkook deslizou pela extensão de seu clitóris, fazendo com que ela soltasse um gemido alto. A mão que antes segurava o pescoço dela foi para seus lábios; Jungkook arregalou os olhos e soltou uma risada rouca.
— Estamos na porta, .
Mesmo assim, ele não tirou a mão de onde estava, estimulando-a com cada vez mais vontade. estava tão molhada que era fácil tocá-la, seus dedos não só a massageavam como entravam e saíam de dentro dela com facilidade. Sua outra mão continuava impedindo que os sons que ela deixava sair de seus lábios se espalhassem para o corredor enquanto a jovem rebolava na outra. Jungkook estava completamente maluco pela visão, nem ao menos se importava por ela estar fincando as unhas em seus ombros.
O cantor tirou a mão de sua boca com cuidado, vendo-a se controlar para não gritar. O ritmo que fazia entre as pernas dela também foi diminuindo, igualando-se à respiração de ambos. Era perceptível a decepção no rosto de , no que ele tentou amenizar dando um demorado beijo.
— Acho melhor irmos para a cama, não é?
Sem conseguir formular uma palavra sequer, apenas assentiu. Não perdendo tempo, Jungkook segurou sua outra perna e a fez entrelaçá-las em sua cintura, carregando-a sem dificuldades e deitando-a na cama. Ele deixou seus sapatos de lado enquanto a própria tirava seus saltos, e não demorou muito para que ele voltasse para a cama e se encaixasse novamente entre as pernas da garota.
— Não vão sentir sua falta na festa? — perguntou enquanto se livrava da camisa sem botões.
— Que sintam — Jungkook respondeu antes de arrancar a própria regata.
riu, sem acreditar no quão entregue o próprio cantor estava. Era ótimo se sentir assim tão desejada, e era totalmente correspondido por ela.
Jungkook não aguentava mais aquele maldito vestido deslizando para cima e para baixo. Decidiu pôr um fim naquilo ao puxar a peça toda para cima, deslizando-a uma última vez, agora pelos braços de . Precisou de um segundo para se recuperar quando pôde observar aquele corpo pela primeira vez. As curvas de eram perfeitas demais para serem verdade, sua pele era macia demais para não ser tocada e apertada, e seu rosto… a súplica por mais, o brilho luxurioso nos olhos, a boca inchada e vermelha depois dos beijos que haviam dado. O conjunto da obra fazia com que Jeon Jungkook não quisesse sair daquele quarto nunca mais.
Seus beijos, antes urgentes, agora eram calmos. Queria tocá-la com toda a calma do mundo, aproveitar cada segundo da sensação de seus lábios naquele corpo, descendo para o colo que, para a feliz surpresa do cantor, não tinha sutiã algum para segurar os fartos seios de . Ele estava no paraíso.
arqueou as costas e levou seus seios em direção à boca de Jungkook, que a recebeu com prazer, usando sua língua para sentir o bico eriçado, sugando e mordiscando a pele sensível ao revezar entre os dois seios. Sua mão voltou a se esgueirar pela calcinha da jovem, notando que ela continuava tão lubrificada quanto antes, apenas esperando por ele.
estava ficando maluca, não tinha controle algum em seu corpo. Se contorcia e deixava seus gemidos saírem altos, já que agora estavam seguramente longe da porta. Não teve tempo de perceber o quão grande era o quarto, mas não poderia se importar menos. Tudo o que importava naquele momento era a magia que aquela boca e aqueles dedos estavam fazendo nela.
Com desejo de sentir ainda mais dela, Jungkook começou a beijar sua barriga, descendo os beijos até que ficasse perfeitamente encaixado entre suas pernas. Ele encarou antes de beijar o tecido úmido, fazendo-a revirar os olhos de prazer. JK sorriu satisfeito, amando cada mínima reação que ela esboçava. Retirou a peça íntima com lentidão exagerada e provocativa, reprimindo uma risada ao perceber qual era a marca da calcinha que ela usava.
— Calvin Klein — ele comentou divertido, balançando a peça cinza presa entre seus dedos. bufou com impaciencia.
— Quer mesmo falar sobre isso agora? — ela murmurou entredentes, segurando-se para não implorar para que ele voltasse ao que estava fazendo.
Obediente, Jungkook se calou e voltou para onde estava. Seu olhar revezava entre o rosto ansioso de e o paraíso entre as pernas dela. Usou seu dedo para acariciá-la mais um pouco, enquanto a outra mão mantinha duas pernas bem separadas. O indicador e o do meio deslizavam por entre os lábios, fazendo uma sonoridade perfeita sair dos lábios de . Quando sua língua a tocou, pareceu ir ao céu e voltar. Ele teve que fazer certo esforço para manter o quadril dela firme na cama enquanto se deliciava com seu clítoris, traçando linhas nos pontos certos que faziam espasmos bons percorrerem o corpo da jovem.
, por sua vez, não sabia o que fazer com o próprio corpo. Queria ser mais resistente e não chegar tão rápido assim ao ápice, mas desistiu, ao perceber que era impossível resistir ao prazer que Jeon Jungkook a proporcionava. Ela segurou os lençóis com força, assim como fez com a cabeça de Jungkook, guiando-o com maestria enquanto rebolava na boca dele. Isso apenas o incentivou para que fosse ainda mais rápido, devorando-a com vontade. A cada gemido que ela soltava com seu nome, a cada puxão que dava em seu cabelo, a cada movimento de seu quadril, Jungkook ficava ainda mais excitado e ansioso para poder ter o seu momento.
Um gemido mais prolongado e forte que os outros saiu dos lábios de quando ela teve espasmos incontroláveis. Ela sentiu-se exausta, esbaforida, mas estava longe de querer parar.
Jungkook mantinha um sorriso cafajeste no rosto quando se aproximou para beijá-la, sua mão ainda a massageava, causando mini choques no corpo dela.
— Sua vez, senhor embaixador global.
Distraído com a risada que deu, Jungkook foi facilmente jogado para o lado, permitindo que subisse em seu colo. A visão de tê-la tão majestosa, rebolando nua em sua ereção, o deixou maluco. Suas mãos foram para a cintura dela, apertando-a com vontade contra seu quadril. No entanto, tinha outros planos, então retirou as mãos dele e abaixou para beijá-lo, percorrendo o mesmo caminho que ele fizera há pouco. Seu abdômen recebeu beijos, lambidas e mordidas leves, fazendo-o trincar os dentes para não xingá-la.
Com a mesma lentidão provocativa que ele usou, abriu o botão da jeans e a puxou para baixo. Apressado e ansioso, Jungkook a ajudou a se livrar da calça e da cueca junto. apenas riu, ajoelhando-se entre as pernas dele.
— Está com pressa, Jungkook?
— Muita — ele respondeu com certa impaciência. — Para de me provocar, .
Suas mãos se enroscaram nos cabelos da garota, deixando bem claro o que ele queria. Então ela se inclinou, sustentado o sorriso mais safado que conseguiu, antes de passar a língua por toda a extensão do membro rígido do cantor. Jungkook arfou, deixando a cabeça tombar para trás. A garota o segurou pela base e, com cuidado, o envolveu com a boca, seus movimentos sendo incentivados pelas mãos dele. A cada movimento que fazia com a língua ela via Jungkook revirar os olhos, totalmente sem controle. Isso durou até que ele pediu que parasse, pois não seria capaz de se controlar.
não achou ruim, já que seu corpo implorava por mais dele. Ela voltou a sentar em seu colo, dessa vez com muito mais conforto, já que não havia nada entre eles. Jungkook a pediu um segundo antes que voltasse a deixá-lo louco. Ele a abraçou pela cintura e se esticou até a calça largada em algum canto da cama de onde puxou sua carteira e, de dentro dela, um pacote de camisinha.
— Vira de costas? — ele pediu em seu ouvido com a voz rouca, impossível de dizer não.
saiu de cima dele e se deitou de bruços, dobrando os joelhos e empinando a parte que mais interessava a ambos. Jeon Jungkook quase se perdeu apenas com aquela visão deliciosa, mas, quando ele deslizou dentro dela, já devidamente protegido, ele soube que valeu a espera. era perfeita até mesmo na forma como jogava sua bunda em direção ao quadril de JK, rebolando com vontade.
— Que porra, Jungkook — ela o xingou, tentando se controlar ao apertar o travesseiro. Jungkook se inclinou para frente, sem parar a estocadas, beijou seu pescoço, acelerando ainda mais os movimentos. Foi possível sentir que ele sorria.
— Não se faz de difícil — ele murmurou com a mandíbula tensa, esforçando-se para se controlar. — Sei que quer gozar de novo, .
— Só depois de você — ela respondeu entre gemidos.
Jungkook trincou os dentes novamente, tendo certeza que não iria resistir por muito mais tempo. Sendo assim, ele saiu de dentro dela e deitou na cama, posicionando novamente em cima de si, permitindo que ela voltasse a rebolar em seu colo. Ainda estava abraçado em sua cintura quando voltou a entrar nela, fazendo ambos gemerem em sintonia. descia e subia em seu pau com maestria, encarando-o com a boca entreaberta e fazendo o cérebro de Jungkook entrar em pane. Enquanto segurava a cintura dela com uma das mãos, ele levou a outra até seus lábios, brincando com seus dedos. colocou a língua para fora e o lambeu como fez com seu membro a pouco. Enquanto envolvia seu dedo com sua boca, ela continuava rebolando com cada vez mais vontade.
Jungkook estava se controlando muito, mas estava difícil demais resistir. Queria fazê-la perder o controle pelo menos mais uma vez antes que pudesse se permitir gozar, no entanto, ela parecia ter a mesma determinação. A luta entre eles era também composta por xingamentos, arranhões nas costas de Jungkook e puxões no cabelo de .
A mão de Jungkook, que antes a segurava com firmeza pela cintura, passou para a bunda da jovem, incentivando-a ainda mais ao apertá-la e desferir tapas. Ela revezava os beijos com xingamentos, sem querer declarar que aquele era o ponto fraco dela. Foi impossível resistir e se apertou novamente em volta do coreano, gozando pela segunda vez. A visão do prazer em seu rosto foi o fim para Jungkook que, apertando-a com força para junto de si, permitiu finalmente chegar ao ápice.
, exausta, segurou-se nos ombros do cantor para não desabar. Já Jungkook, teve que se segurar na cama para sustentá-la, já que também estava exausto.
Depois que ambos recuperaram um pouco o fôlego, Jungkook saiu de dentro de com certa relutância, indo até o banheiro para se livrar da camisinha. Quando voltou, a garota já estava aconchegada embaixo das cobertas, os olhos pesados de cansaço. Ele se juntou a ela, abraçando-a por trás e sentindo o delicioso perfume de seus cabelos, agora com mais atenção. Era incrível a forma como, de todos os jeitos possíveis, seus corpos se encaixavam com perfeição.
— Não quero ir embora nunca mais — ele murmurou, apertando-a com força.
— Você deveria morar aqui — respondeu com a voz sonolenta.
— Ou você deveria se mudar para Seul — ele retrucou, lhe arrancando uma risada.
— Ah, claro, irei largar minha faculdade e meu estágio recém adquirido para te seguir até a Coreia do Sul. — A fala pareceu trazer para a realidade. Ela se virou para o garoto, observando seus olhos enormes ficarem menores por conta do mesmo cansaço que ela sentia. — Jungkook… eu preciso ir.
— Não! — ele exclamou, apertando seu braço na cintura dela e puxando-a para mais perto. — Fica, por favor. Só até amanhã.
já havia percebido que era impossível, para ela, negar qualquer coisa ao cantor. Sendo assim, ela se aconchegou em seus braços e permitiu ficar enquanto pudesse.

━━━━━━━ ⟡ ━━━━━━━


Jeon Jungkook acordou na manhã seguinte sentindo como se tivesse dormido a melhor noite de sua vida. Não se sentia cansado, não se sentia ansioso, apenas sentia leveza e felicidade. Ele sabia, mesmo antes de abrir os olhos, que o motivo estava deitado bem ali na sua cama.
Ao menos, foi o que pensou. Sua mão tateou o lado vazio de seu colchão antes que ele finalmente abrisse os olhos. Esfregando-os, ele olhou por toda a extensão do cômodo na tentativa de encontrá-la, sem sucesso. Se levantou e vestiu a cueca, procurou por suas coisas, procurou no banheiro… nenhum sinal de . Ele voltou, frustrado, para a cama e sentou-se nela. Só então percebeu o bilhete em cima da mesa de cabeceira.

Obrigada pela noite incrível. Te vejo no próximo ensaio.
Com carinho,
.


Jungkook se jogou para trás, deitando na cama e relendo o bilhete. Mesmo tendo sido uma das melhores noites da sua vida e estar longe de sair de sua mente, JK tinha consciência que não tinham muita alternativa, a despedida viria de uma forma ou de outra. Contudo, a perspectiva de vê-la de novo era o que mais confortava seu coração. Não era uma opção não ter em sua vida, vê-la de novo era uma certeza.



FIM.


Nota da autora: Oi, meus amores!! Quem diria que a autora Patricia D. iria escrever e publicar uma fanfic de K-pop, hein? Se falasse para ela em 2020, ela nos chamaria de loucos!! Pois bem, Patricia D. de 2020, vim do futuro para te dizer que você finalmente abaixou a guarda e se apaixonou por BTS, mais especificamente pelo menino Jeon Jungkook...
Que maluquice escrever para mais um fandom, mas estou muito felizinha e satisfeita e espero que vocês tenham gostado de ler tanto quando eu gostei de escrever. <3
Muito obrigada a toda a equipe desse site incrível por me incentivar todo dia a continuar escrevendo, e um obrigada especial para a Luasi que, além de betar essa fic, foi a grande responsável por eu me envolver com a mafia que é ser fã de BTS. Obrigada, Lulu, por me fazer ver que o Jungkook é o grande amor da minha vida.
Não esqueçam de comentar!!!! <3

Nota da beth: SE TEVE ALGUÉM QUE VIVEU POR ESSE MOMENTO, ESSE ALGUÉM SOU EU!!!!! TE PEDI MIGALHAS E TU ME ENTREGASTES UM BANQUETE 😭😭😭😭 SE EU JÁ GOSTAVA DO JK ANTES, AGORA EU GOSTO AINDA MAIS, POIS ELE FEZ A AUTORA PATRICIA D. DESBLOQUEAR MAIS UM FANDOM PARA FANFICS 🤩🤩🤩🤩
Depois desse final, eu espero que a senhora esteja preparada para eu encher o teu saco até a parte dois do reencontro sair!

Se você encontrou algum erro de revisão ou codificação, entre em contato por aqui.