Revisada por: Calisto
Finalizada em: 15/01/2025Você não me quer como eu quero você, amor?
Don't you need me like I need you now?
Você não precisa de mim como eu preciso de você agora?
Sleep tomorrow, but tonight, go crazy
Dormimos amanhã, mas esta noite vamos enlouquecer
Tudo o que você precisa fazer é me encontrar no
아파트, 아파트
Apartamento, apartamento
“Como estão as coisas por aí?”
Essa foi a mensagem que leu no alerta de notificações, na tela bloqueada do celular, o que a fez revirar os olhos levemente, enquanto tentava esconder das amigas presentes na sala de jantar o sorriso que brotara em seus lábios.
Tentou, ao máximo, não responder imediatamente, mas aproveitou o breve momento de distração das mulheres para abrir o WhatsApp e digitar:
“Estamos nos divertindo.”
A resposta veio quase que imediatamente:
“Claro que estão, tá até me respondendo. Muito foco na diversão?”
“Só dei uma pausa. Curiosidade não conta.”
“Curiosidade... Sei. Mas e aí, tá divertido mesmo?”
A mulher sentiu a ironia presente na mensagem e quis xingá-lo pela esperteza, mas, em vez disso, um riso escapou ao imaginar a sobrancelha do rapaz levemente arqueada em sua direção, como ele sempre fazia ao tentar irritá-la. O riso frouxo foi o que chamou a atenção das amigas, trazendo-a de volta à realidade.
— Para quem você tanto sorri nesse celular, ? — perguntou Isabella, sua colega de apartamento. — Combinamos que seria sem atenção masculina hoje…
Além da sua roommate, todas as meninas presentes passaram a observar com o olhar atento, em busca de respostas.
— Você está certa! — disse, colocando o celular de lado e voltando a prestar atenção na mesa. — Noite das garotas.
— O sorriso dela diz outra coisa… — provocou Tate, rindo, enquanto as outras lançavam olhares suspeitos.
Era sexta-feira à noite e estavam comemorando o fim das provas do meio do semestre, da Universidade Federal do Paraná, cada uma em seu respectivo curso. Além de Isa, dividia o apartamento temporariamente com Hyuna, uma estudante intercambista que estava passando um ano estudando na UFPR. A “noite das garotas”, como chamavam, era algo que deveria acontecer a cada dois meses, pelo menos. Chamavam algumas outras amigas e ficavam jogando, assistindo a filmes e falando mal dos homens.
A intercambista tentava explicar para as brasileiras como se jogava APT, um jogo coreano que ficara popular no Ocidente após a explosão da música da Rosé com Bruno Mars.
— Alguém vai dizer um número e nós vamos balançar as mãos enquanto falamos “apateu, apateu” — ela dizia devagar, para que as outras pegassem a pronúncia coreana mais fácil. — Depois, colocaremos a mão no centro, uma em cima da outra, e, por último, vamos subindo a mão de baixo para cima, uma por uma. — A mulher demonstrava com as mãos todos os movimentos que teriam que fazer. — A pessoa que colocar a mão no número escolhido é quem deve virar o shot.
A primeira rodada aconteceu como teste; as garotas se perderam na contagem de mãos e ficou para Liz, a vizinha delas, beber a primeira dose de soju da noite.
Na segunda rodada, escolheram o número 6, justamente onde parou a mão direita de . Ela nunca havia provado o destilado coreano na vida; por isso, quando a dose desceu, sentiu a garganta queimar e foi impossível não fazer careta, fazendo as outras rirem.
achava que dividir o apartamento com uma coreana havia sido uma experiência ótima.
Estar em contato com outra cultura e outros costumes era como abrir uma porta e, ao colocar o pé do outro lado, ser imediatamente teletransportada para outro país. Aprendeu algumas palavras, brincadeiras e receitas coreanas, mas com certeza nada daquilo se comparava ao que Hyuna estava experimentando vivendo 365 dias no Brasil.
Estava sendo uma troca cultural interessante.
A sua nova colega de quarto não era a única coreana em Curitiba; com ela chegaram mais cinco estudantes, incluindo o charmoso , a pessoa com quem estava trocando mensagens minutos antes.
O coreano em questão dividia o apartamento acima do seu, com mais dois brasileiros, e, como estavam compartilhando do mesmo grupo, e haviam ficado próximos, trocando mensagens com frequência.
Não havia rolado nada ainda, mas as conversas mais recentes estavam bastante… interessantes.
Após perder três rodadas seguidas, achou que precisava beber água, levantando da mesa e atravessando a sala de jantar improvisada até a cozinha. Aproveitou para levar o celular consigo, já que tinha uma mensagem pendente para responder.
“Quem estava errado agora, hein?”
Digitou enquanto estava de costas para as mulheres, já que o apartamento estilo americano transformava todo ambiente em um só, rezando para todos os santos que elas não notassem. Mesmo com as trocas frequentes de mensagens, ainda não havia compartilhado com as meninas quem era a pessoa que lhe arrancava sorrisos durante o dia apenas com algumas palavras digitadas.
A resposta não demorou nada.
“Estou apenas triste por estar só, enquanto vocês estão se divertindo.”
“Noite das garotas, lembra?”“Você tem razão!”
“Curta sua noite e amanhã nos falamos.”
“Mas seria legal ter você aqui também…”
E, de preferência, que ninguém estivesse aqui em casa. Acrescentou mentalmente, sem ter coragem de digitar. O soju estava fazendo efeito e ela não podia deixar que o destilado se apossasse dos únicos neurônios que lhe restavam; ainda tinha um diploma para conquistar.
“Os meninos saíram?”
Emendou em mais uma pergunta, sem dar tempo ao rapaz pensar demais em alguma resposta à mensagem anterior. O coração da mulher começou a dar sinais mais claros com aquela interação.
“Foram para uma calourada (?)”
achava engraçado como os intercambistas se esforçavam para entender o linguajar nacional. Todos eles haviam chegado ao Brasil sabendo um pouco de português, mais especificamente aquele português que nenhum brasileiro fala exatamente, mas, após três meses, eles já estavam mais acostumados com o português universitário da UFPR.
— Para quem você tanto digita? — Isabella tentava olhar o conteúdo da mensagem por cima do ombro de , que pulou longe do susto que tomou, completamente entretida na conversa online, escondendo o celular nas costas ao virar para a mulher na sua frente e os pares de olhos curiosos atrás dela. — Era com o ?
Um grito fino e alto surgiu, e todas olharam para Hyuna, que batia palmas animada com a situação.
— Eu sabia que tinha algo acontecendo!
— Não tem nada acontecendo! — defendeu-se rapidamente, se arrependendo quando Isa arregalou os olhos, surpresa, abrindo o sorriso que dizia “eu sabia”.
— Impossível não estar acontecendo nada quando trocam toneladas de mensagens diariamente. — A maneira como sua colega de quarto enfatizou o “nada”, fez a outra reavaliar consigo mesma a definição da palavra. Desejou que o coração regulasse as batidas, para que não ficasse nada tão na cara.
— Fora a proximidade deles, quando estamos todos reunidos — Liz acrescentou, colando lenha na fogueira.
— Isso nunca aconteceu.
— Ou quando ele ficou super preocupado quando você foi ao hospital, para cuidar de uma virose — Hyuna também contribuiu.
— Ele só é educado e um bom amigo — defendeu-se mais uma vez.
— Ah, claro, educação, nível “quero cuidar de você para sempre”. — sentia suas bochechas pegando fogo com aquela informação, sem conseguir olhar para suas amigas. Precisava mudar de assunto.
— Nós não deveríamos estar vendo o filme? — dissimulou, tentando tirar o foco de si. Odiava ser o foco da conversa, odiava mais ainda que fosse sobre a falta de vida amorosa, mesmo que achassem que não.
— Voltaremos nesse assunto depois, mocinha — Isa advertiu, cerrando os olhos, voltando depois para a sala.
“E você não foi por quê?”
Foi só o que conseguiu digitar antes de se reunir com as meninas na frente da tv.
Escolheram “Man in love” para assistir. Um filme coreano carregado de drama e emoção, sobre um cara que cobrava dinheiro de uma mulher que lutava para se sustentar e manter o pai no hospital. O apartamento delas era pequeno, mas ficou ainda menor para quantidade de lágrimas derramadas durante as duas horas de filme.
Quer dizer, se você perguntasse para o que ela tinha achado do filme, ela não saberia dizer, já que sua mente desviou a atenção da tela para o que suas amigas estavam falando anteriormente.
Quando viu pela primeira vez, ela soube que algo profundo havia mudado. Era como se um pilar de sua vida tivesse sido abalado. Eles se conectaram de imediato, como velhos conhecidos de anos. A conversa fluía com naturalidade, exatamente como na noite em que passaram horas juntos sem perceber, sentados no sofá da sala após uma resenha entre amigos. “Nunca passei tanto tempo conversando com alguém. Achava que, em algum momento, não haveria mais assunto”, comentou naquela ocasião. A verdade era que até o silêncio entre eles parecia se encaixar perfeitamente. A parceria, a amizade, as risadas e a cumplicidade eram algo que ela sempre havia valorizado, e com , tudo isso parecia ainda mais especial.
Os sentimentos começaram a se misturar gradualmente, invadindo a brasileira; lentamente, foi notando o coração palpitar só de pensar nele, a ansiedade ao encontrá-lo, como se que o dia sempre melhorasse após uma mensagem dele. Alguns toques foram sendo acrescentados, um cafuné enquanto assistiam a um filme, um abraço mais demorado. notou que reconheceria o perfume amadeirado do rapaz em qualquer lugar. Mesmo assim, com todos esses sinais claros, sempre preferiu dizer a si mesma que era coreano, por isso era mais reservado e carinhoso; os flertes por mensagens eram apenas brincadeira, para ele.
O dedo da mulher coçava insistentemente; necessitava checar as mensagens como se precisasse disso para viver. Por isso, levantou faltando quinze minutos para o filme acabar, com a desculpa de que precisava ir ao banheiro, visando saciar a vontade. Quando encarou a tela do celular, percebeu que ele respondera.
“Decidi jogar Overwatch”
“Que sexta-feira interessante…”“Ainda tenho uma prova para fazer”
“prefiro não trocar meu sábado de estudo por um dia de ressaca.”
E sabia que ele era fraco para bebida, como no dia em que ele vomitou o banheiro inteiro, e Marcos, o colega de apartamento de , ficou caçoando dele por semanas.
“A noite das garotas já acabou?”
“O filme deve estar acabando?”
“Deve?”
“Vim ao banheiro.”“Peço desculpas por estar sendo uma distração”
“Não está me distraindo”“Então, por que não voltou para o filme ainda?”
Droga! A mulher resmungou baixinho; havia sido pega.
“Certo”
“Você tem sido motivo de muitas distrações ultimamente.”
“Boas ou ruins?”
Observando o próprio reflexo no espelho, ela se perguntava se deveria ou não entrar nesse jogo. Era como se tivesse um anjinho e um diabinho em cada lado dos seus ombros, pesando a balança enquanto pensava no que responder.
trouxe uma energia diferente para a sua vida, algo que ela não sabia que faltava até sentir. Não eram apenas as palavras trocadas ou os gestos de carinho; era a maneira como ele parecia preencher os espaços vazios, como se, de alguma forma, ele sempre tivesse pertencido ali. Como se o fluxo do sangue em suas veias precisasse da presença de para seguir pulsando, dando ritmo e propósito ao coração.
E ele vai embora, o diabinho pesou a balança. Você tem que aproveitar enquanto ele está aqui.
sentia o ar ficar mais denso, como se o teto descesse mais, só de pensar na distância que seria colocada entre eles quando o rapaz voltasse para a Coreia.
Isso pode estragar a amizade de vocês, o anjinho colocava sua cartada para mudar o sentido da balança. Pense com cuidado.
Pior é se arrepender de não ter feito.
Ou se arrepender de ter feito.
— Parem — implorou, baixinho, tentando calar os próprios pensamentos.
A mensagem ainda estava ali, e o cursor do WhatsApp piscava, implorando para que fosse usado. Passara semanas imaginando como seria beijar . Não conseguia usar a balança sem pesar para um lado.
“Não boas o suficiente.”
Digitou, bloqueando o celular, com medo do que estava por vir.
Suas mãos tremiam insistentemente, quase derrubando o aparelho no chão, só de imaginar quais seriam as próximas mensagens daquela conversa. O coração da mulher descompassou, batendo mais rápido do que devia.
É só um cara.
Não era, e ela sabia disso.
O celular vibrou. Quase gritou de susto, encontrando-se na parede e encarando o teto. Não podia mais voltar atrás; só esperava que o resultado fosse positivo.
Respirou fundo antes de desbloquear o celular.
“Do que precisa para ser o suficiente, ?”
“De um beijo.”
Teclou rápido, o suficiente para que não conseguisse se impedir de enviar aquela mensagem. Achou que tremia mais que antes, suando frio.
“Só isso?”
“O resto prefiro não dizer por mensagem”“Você sabe onde moro, , é só pegar o elevador”
Desviou o foco da conversa para conferir o horário, percebendo ser quase três horas da manhã.
“Você não deveria estar dormindo?”
“Durmo amanhã”
não esperou mais nem um minuto, já tinha esperado o suficiente nos últimos meses. Saiu do apartamento às pressas, deixando olhares confusos para trás, entrou no elevador e logo apertou o botão do andar acima do seu.
A mulher nem precisou bater; assim que colocou o pé no tapete de boas-vindas no hall, a porta se abriu, e ela foi puxada para dentro, sendo imprensada contra a madeira logo em seguida. Bastaram poucos segundos encarando os olhos castanhos do rapaz para que seus lábios se encontrassem, ávidos e famintos.
arfou de surpresa, empurrando-a mais contra a porta, arrancando-lhe um gemido que fez o ar entre eles parecer ainda mais denso.
Todos os pensamentos impuros que alimentara nos últimos meses se dissolveram diante da intensidade daquele momento. Beijar era como acender um fósforo em meio a uma trilha de gasolina: um calor avassalador que incendiava cada parte de seu corpo. Era como provar o céu enquanto suas línguas se enroscavam e, ao mesmo tempo, ser convidada para um banquete no inferno, enquanto os dedos masculinos exploravam as curvas de seu corpo com uma maestria tentadora.
— Parece que você estava me esperando — disse, ofegante, quando se separaram por um instante.
— Escutei a porta do elevador abrir — confessou baixinho, voltando a alinhá-los em mais um beijo, agora mais profundo, pressionando ainda mais seus corpos.
Os dedos de se enredaram nos fios castanhos do rapaz, puxando-os com delicadeza. Um sorriso satisfeito curvou seus lábios ao ouvir o gemido abafado que ele soltou. deixou um rastro de beijos pela lateral de seu rosto, descendo pelo maxilar até alcançar o lóbulo da orelha, que sugou levemente antes de traçar o caminho até o pescoço exposto, onde sua atenção se concentrou, deixando marcas ardentes.
Os dedos do rapaz deslizaram sob a blusa da mulher, rodeando lentamente seus seios. inclinou o corpo em direção ao toque, ansiando pelo que estava por vir, e deixou escapar um suspiro baixo quando ele provocou os bicos com a ponta dos dedos
Com um movimento firme, a segurou pela cintura, impulsionando-a para que ela envolvesse seu corpo com as pernas. Ele a carregou até o quarto, deitando-a cuidadosamente sobre a cama, seus olhos queimando de desejo.
— Eu também imaginei isso por muito tempo — ele a confidenciou baixinho, debruçando-se por cima dela, voltando a beijá-la.
tinha sonhando tantas vezes, por meses, que sabia exatamente o que queria fazer. Ensaiara inúmeras vezes me sua mente.
Se desfez da camisa que vestia, jogando em algum lugar do cômodo, deslumbrando-se com a visão de ter seminua em sua cama.
Ele já estava duro só de observá-la assim.
— Você é perfeita — murmurou, a voz rouca.
A língua de deslizou pelo pescoço da , quente e firme, como uma corrente elétrica que se espalhava por sua pele. Cada movimento parecia carregar uma promessa silenciosa, deixando um rastro que queimava como gasolina, prestes a explodir. Sentiu o perfume doce embriagá-lo por um instante, pensando que o adocicado combinava com ela. Quando ele envolveu o bico ereto do seio esquerdo com os lábios, sugando-o lentamente, ela sentiu como se estivesse à beira de combustão, incapaz de conter o arrepio que percorreu sua espinha.
Ele não parou por ali. exploro cada centímetro do colo dela, lambendo, chupando e mordiscando o seio esquerdo, aproveitando para fazer o mesmo com o direito, como um escultor moldando uma peça em uma devoção quase hipnótica.
Os lábios dele começaram a descer pela barriga, a língua desenhando trilhas que deixavam a pele arrepiada em sua passagem. Ele contornou o umbigo com movimentos lentos e provocantes, como se quisesse saborear cada segundo de antecipação que construía nela. Quando, finalmente, chegou ao cós do short jeans que ela usava, ergueu o olhar para , um sorriso predatório curvando seus lábios antes de, em um único movimento, livrá-la do short e da calcinha. As peças foram jogadas ao chão, esquecidas, enquanto ele admirava sua nudez com um olhar que fazia sua pele queimar ainda mais.
De joelhos no colchão, sabia que nem a pintura mais cara do mundo se comparava com a obra-prima que era , nua, deitada em sua cama; os cachos desalinhados, lábios inchados, a respiração ofegante, observando-o ansiosamente, esperando qual seria o próximo passo.
Com um sorriso travesso, ele ergueu sua perna direita, prendendo-a com cuidado, e iniciou um caminho de beijos devagar e ardentes. Seus lábios exploraram cada centímetro da pele dela, desde o pé delicado até a panturrilha esculpida, passando pela lateral do joelho e subindo pela coxa interna, até chegar ao centro.
Quando a respiração quente do coreano entrou em contato com seu sexo molhado, foi incapaz de não arfar por antecipação, erguendo o quadril involuntariamente, em buscar de saciedade. Ela sentiu o corpo inteiro se arrepiar quando ouviu um risinho abafado escapou dos lábios dele.
Ela teria resmungado algo se não tivesse sido tomada por um gemido alto e profundo assim que os lábios do rapaz mergulharam em sua umidade. Saboreando-a como se fosse a coisa mais gostosa que tivesse provado em vida. E era.
se entregava a cada movimento, aproveitando cada segundo ao estar entre suas pernas, como se fosse a experiência mais deliciosa da vida. Sua língua se movia com desejo, explorando a intimidade da mulher de maneira imersiva e ansiosa.
A cada gemido que escapava dos lábios de , sentia um arrepio percorrer sua espinha, uma descarga elétrica atravessando seu corpo, tornando-o mais duro, mais sedento, e cada vez mais necessitado dela.
o incentivava balançando os quadris, utilizando uma das mãos para guiá-lo, em buscar de cessar a urgência que só crescia. Arqueou as costas mais uma vez quando sentiu o primeiro dedo penetrá-la de surpresa, deixando-a necessitada de mais ar, como se desmoronaria a qualquer momento. No momento em que o segundo dedo se juntou, sabia que seria que era a ruína.
O coreano achou que poderia gozar só de assistir à brasileira se contorcendo de prazer em cima de sua cama.
Aquele movimento vaivém atingia todos os pontos eróticos, atiçando as terminações nervosas, empurrando-a para beira do precipício, combinado ainda com a maestria no qual a língua do rapaz trabalhava em volta do ponto de prazer, levando a perder a conexão com a realidade. O corpo inteiro da mulher estremeceu em êxtase, acompanhado de um longo e alto gemido, enquanto o orgasmo a possuía por completo, amolecendo entre os lençóis.
utilizou o tempo que precisava se recompor para se despir completamente, eliminando a última barreira que existia. Agora ela estava ali, entregue, e ele aproveitaria cada segundo. Por isso, voltou a debruçar-se por cima dela.
Entretanto, da mesma forma que tinha planos, também tinha. Empurrou-o delicadamente pelos ombros, fazendo que ele se deitasse ao seu lado.
Naquela noite, ela ficaria por cima.
Sentou-se sobre o tronco do rapaz e, com um sorriso travesso, roubou-lhe um beijo rápido nos lábios. Sem hesitar, desceu suavemente com a língua até seu pescoço, explorando cada centímetro de sua pele, sentindo o perfume amadeirado preencher o espaço. Ao alcançar o peitoral, a língua traçou um caminho delicado até os mamilos, que ela provocava com as pontas dos dedos, beliscando-os, enquanto seus olhos seguiam a linha perfeita do abdômen definido, como se decorasse cada detalhe, saboreando cada sensação que ele lhe proporcionava.
Saiu do colo sem pressa, mantendo o contato visual; não queria perder nenhum detalhe das expressões de . Quando percebeu a respiração da mulher próxima do seu membro ereto, não achou que duraria muito tempo. Os pelos do corpo eriçaram e o calor do quarto tornou-se insuportável, principalmente quando a mulher à sua frente lambeu os lábios, como se estivesse sedenta, e o olhar malicioso denunciava que estava pronta para matar a sede.
o segurou pela base, lambendo toda a extensão sem quebrar o contato visual, satisfeita quando ouviu o gemer, hipnotizado com a cena. Rodeou a cabecinha com língua, sentindo o gosto salgado da pele explodir na boca, chupando-a em seguida, ameaçando descer com os lábios. Mas, ao invés disso, voltou a atenção para base, sugando ambos os testículos suavemente. O ar tornava-se cada vez mais denso com a intensidade da cena, e sentiu como se seu coração fosse parar, de tão acelerado que estava, bombeando o sangue.
A brasileira refez o caminho de antes, engolindo-o de uma vez, ouvindo um gemido de aprovação como resposta. Degustou-se do prazer que era tê-lo em sua boca, sugando-o com lentidão, apenas o provocando, aumentando a velocidade quando o ouviu resmungar.
Logo, os dedos do rapaz se entrelaçaram nos fios de cabelo da mulher, incentivando-a a chupá-lo com mais força, empurrando o quadril em direção aos lábios dela, já sem controle, quando ela sincronizou o movimento da boca com o da mão.
Os gemidos roucos do rapaz ocupavam todo o ambiente, a estimulando ainda mais, que o engoliu até o final, até que engasgasse pelo tamanho, levando-o a gemer tão alto que ele jurou que suas amigas no andar de cima ouviram. Entretanto, ele não gozaria agora, precisava ter essa sensação dentro de si. Por isso, abandonou a posição que estava, apenas para alinhar sua intimidade com a dele, aproveitando o quão molhava estava para deslizar facilmente, ainda que devagar.
Ambos gemeram com a atitude, completamente imersos na bolha de prazer, como se fossem a peça que faltava.
— Porra! — ele gemeu, sentindo toda extensão da mulher aceitá-lo perfeitamente. Ela era quente, pulsava entorno dele, abraçando-o de uma forma que ele nunca experimentara.
A brasileira esperou se acostumar um pouco antes de começar os movimentos, subindo até a ponta, só para descer novamente, deliciando-se com a sensação que era tê-lo a preenchendo. Aumentando a velocidade das reboladas a cada vez que descia novamente, aproveitando da posição para memorizar com as pontas dos dedos cada parte do coreano que conseguia alcançar. Rebolar no colo de seu amigo era deliciosamente pervertido, sentindo-o atingir pontos dentro dela que desconhecia.
sempre achou que a brasileira fosse boa em usar os quadris, pelas festas que foram juntos, mas sentir os movimentos era um nível de prazer inesperado. Assistir cavalgando era digno de Oscar, uma visão dos deuses; os fios desalinhados, a boa entreaberta por conta dos gemidos. E aquele belo par de seios balançando, à medida que o interior da mulher o apertava ainda mais. Não suportou ficar tão distante do calor que o corpo dela emanava. Sentou-se na cama, segurou-a pela cintura, encorajando-a a prosseguir, beijou seus lábios e, em seguida, direcionou sua atenção ao colo dela.
Os gemidos da mulher passaram a ficar mais desesperados e se intensificaram quando o polegar do rapaz voltou a dar atenção para o clitóris inchado. As reboladas passaram a ser mais frenéticas. O coreano gemeu de prazer quando as unhas femininas fincarem sua pele, arranhando-o, no instante em que sentiu ela se contraindo ao redor dele, denunciando que chegara ao clímax. sentiu seu corpo inteiro formigar, desconectando-se da realidade por alguns minutos, experimentando do segundo orgasmo correndo pelas veias como ecstasy.
interrompeu as investidas para que ela pudesse se recuperar, aproximando o rosto do dela. As respirações quentes e ofegantes de ambos se entrelaçavam, imersas na luxúria que dominava o ambiente. O peito de ambos subia e descia como uma dança ritmada. roçou o nariz no dele, aproveitando a proximidade, fazendo juras pessoais de que não havia lugar no mundo melhor do que aquele.
— Fica de quatro para mim, . — Ouviu-o pedir e não conseguiu resistir, saindo da posição que estava e ficando em quatro apoios no colchão.
Retirando tudo que disse, para , aquela, sim, era a visão do paraíso.
Posicionou-se atrás da mulher, não esperando nem mais um segundo para estar dentro dela, penetrando logo em seguida, deslizando ainda mais fácil, se é que fosse possível. Agora, naquela posição, passou a ditar o próprio ritmo: forte, duro e descontrolado.
O rapaz enrolou o cabelo de em punho, puxando-a para si. ainda ofegava, sentindo o ritmo irregular do próprio peito bater contra as costas nuas dela. O perfume adocicado de misturava-se ao cheiro amadeirado do quarto, criando um aroma quase embriagante. Ele traçou um dedo pela curva da coluna dela, como se desenhasse um mapa com intenção deliberada, sentindo a suavidade da pele contrastar com o calor que emanava.
Quando segurou os quadris da mulher novamente, a firmeza de suas mãos parecia pedir mais que controle — parecia implorar por rendição. Ele inclinou-se sobre ela, deixando um beijo quente e molhado na curva entre o ombro e o pescoço. A textura macia de seus cabelos fazia cócegas em sua pele enquanto ele deixava um rastro de mordidas leves, arrancando pequenos suspiros de .
A brasileira fechou os olhos, deixando-se levar pela mistura de sensações: o som quase obsceno dos corpos se chocando preenchiam o quarto junto aos gemidos, estava impossível manter a compostura naquela altura. Cada estocada era como um trovão atravessando o silêncio, enquanto a madeira da cama rangia em um ritmo que se intensificava com o desejo deles.
— Você é tão linda assim — ele murmurou, a voz rouca e carregada de desejo. O calor de sua respiração contra a nuca dela a fez arrepiar, mesmo com o suor que se formava na pele de ambos.
virou o rosto, buscando os lábios dele. O beijo era faminto, quase desesperado, como se quisessem consumir um ao outro. Ela gemeu contra a boca de quando ele aumentou o ritmo, aprofundando ainda mais os movimentos.
O mundo ao redor deles parecia não existir. Era apenas o som das respirações entrecortadas, o calor dos corpos unidos, e a eletricidade que corria pelas veias dos dois. deslizou uma mão pela frente do corpo dela, encontrando o clitóris inchado, massageando-o com movimentos circulares que a fizeram gritar em resposta, extremamente sensível. sentiu as pernas tremerem mais uma vez, o calor acumulado em seu ventre crescendo de maneira incontrolável. Ela se jogou para trás, apoiando-se contra o peito dele, deixando que ele a guiasse para aquele ápice que se aproximava cada vez mais.
— Isso, … — ele gemeu, sentindo as contrações do corpo dela ao redor dele novamente.
E então, como uma explosão de luz atrás dos olhos, foi lançada em um êxtase absoluto. Um gemido longo e rouco escapou de seus lábios enquanto seu corpo inteiro tremia, cada músculo se contraindo em um prazer tão intenso que parecia arrancá-la da realidade.
não conseguiu segurar mais. Com algumas estocadas finais, ele também sucumbiu, deixando escapar um gemido grave e prolongado enquanto derramava tudo dentro dela. O calor que os envolvia agora parecia mais suave, quase reconfortante, enquanto ambos desmoronavam sobre os lençóis.
Quando despertaram, o sol já tinha nascido há muito tempo. Passaram mais algumas horas juntos, abraçados, enquanto um filme qualquer rodava na Netflix, mais como trilha sonora para o que era o real entretenimento. Ela decidiu ir embora antes que os outros garotos acordassem, mesmo a contragosto. Além disso, precisava estudar para a prova.
Quando chegou em casa, encontrou ambas as colegas de apartamento sentadas na sala de jantar, tomando café e comendo bolo, refeição que aceitou prontamente, faminta. Esse era o típico momento de fofoca entre elas.
— Já pode ir contando tudo! — exigiram saber.
Após alguns minutos, enumerando detalhe por detalhe da maravilhosa noite que vivera, decidiu ir tomar um banho morno. Trancou tudo para fora do banheiro, levando consigo apenas os pensamentos para debaixo do chuveiro.
Reavaliando os sentimentos antes e depois da madrugada que vivera, não tinha por que ter tanto medo de falar sobre os sentimentos com ; agora tudo estava mais que claro, como se que os astros se alinhassem no momento ideal.
A água quente, que percorria seu corpo, levemente dolorido, a recordava do momento em que as mãos do coreano passearam pela sua pele, incendiando-a. O encaixe, a sincronia… Precisou trocar para água fria no final, ou poderia subir aquele elevador novamente. Havia encontrado o novo vício.
Já no quarto, notou que tinha uma notificação do WhatsApp, indo conferir.
“Eu estava errado quando disse que a ressaca atrapalharia meu sábado de estudos."
"É você que não sai da minha cabeça."