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Revisada por Vênus 🌪️
Atualizada em: 03.08.2024

Torci as mãos, nervosa e sem saber direito o que esperar. nunca tinha me dito muito sobre a cerimônia de nomeação dos cavaleiros, tudo o que sabia era que o rei e o príncipe herdeiro estariam lá. Iida – o cavaleiro que estava organizando a gente – disse que receberíamos nossas tarefas depois disso, mas todos seríamos parte da Guarda Real e provavelmente ficaríamos posicionados no palácio. Os ataques ao reino tinham aumentado nos últimos anos, então éramos reforço. Todos nós iríamos treinar aqui por seis luas antes de sermos posicionados oficialmente em qualquer lugar, mas também teríamos a maioria das funções de guardas do palácio nesse período, com a diferença que nossas rotinas incluiriam mais treinamentos do que os que já estavam aqui antes.
Eu não particularmente precisava trabalhar aqui, eu tinha meu chalé e podia trocar plantas por qualquer coisa que eu precisasse, mas a oportunidade apareceu quando eu mais precisava de uma distração do meu luto. Tudo no chalé me lembrava da minha alma gêmea e do fato de que eu não conseguia mais senti-lo pela nossa ligação. Eu tinha esperado, tinha tentado me convencer de que ele ainda estava vivo, mas eu não podia me enganar daquele jeito pra sempre. Receber a oferta de uma posição de cavaleira ao lado do meu irmão e do meu cunhado era a forma perfeita de manter minha mente longe do assunto.
Fomos todos chamados à sala do trono, onde o rei, a princesa e o príncipe estavam aguardando. Nenhum deles parecia muito animado de estar ali, pra ser honesta. Fomos chamados um por um para nos ajoelhar perante o Rei Enji, que então nos nomeava cavaleiros. De perto, o homem não parecia nem um pouco menos intimidador do que as histórias o faziam soar, ou mais amigável do que e tinham dito que ele era. A princesa era tão bonita quanto eu havia ouvido, e o príncipe parecia tão distante quanto Faísca tinha feito ele soar.
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Dei um passo à frente, surpresa de encontrar Príncipe me olhando. Ele não tinha olhado pra nenhum dos outros cavaleiros, não de maneira tão… intensa, pelo menos. Sua expressão, que antes era vazia, se contorceu no que quase pareceu descrença antes do que com certeza era raiva tomar as belas feições. Mas que porra? Por que ele estaria bravo? Além de mim, ninguém pareceu notar a mudança, e voltei à minha posição na ponta da fila.
Então, a princesa veio para frente, entregando a cada um de nós um pequeno broche com o brasão da família , a fênix que simbolizava seus poderes de fogo com as asas abertas sobre a coroa. Em seguida, o príncipe entregou uma espada a cada cavaleiro, representando que lutaríamos ao seu lado para defender o reino. Todos assistimos em choque ele dar as costas e ir embora quando chegou a minha vez, deixando minha espada com a irmã.
Raiva encheu as minhas veias. Então era pessoal. Eu nunca tinha nem trocado uma palavra com o cara e ele já me odiava.
— Lady — chamou a princesa, me estendendo a espada. Ela parecia ter entendido tanto quanto eu o motivo daquele chiliquinho. Bufei, mas peguei a arma mesmo assim.
Se o Babaca Real queria distância de mim, eu com certeza não tinha problemas em lhe dar isso.




Continua...


Nota da autora: A pedidos, temos aqui o comecinho da parte 2 da nossa sinfonia (por favor, não me batam). Ela tá passando por uma reescrita e vai ganhar cenas inéditas, por isso achei melhor dividir. Vão ser 4 partes e só o que eu posso adiantar é: preparem os lencinhos.


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