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Codificada por: Cleópatra

Finalizada em: 09/08/2024

❤️‍🔥
Você sabe, eu quero isso, eu gosto…

A vibração dos acordes do baixo preencheu o ar da pequena casa de shows em São Francisco, envolvendo em uma atmosfera vibrante e eletrizante qualquer pessoa que estivesse ali.
E com toda certeza era uma delas.
A mulher se encontrava entre os espectadores, imersa na energia contagiante que emanava do palco. Seus olhos brilhavam em uma mistura de admiração e excitação enquanto observava cada movimento dos músicos que se preparavam para iniciar.
Conseguia sentir cada nota reverberar em sua alma, a levando para um estado de euforia que só a música conseguia proporcionar. E, em específico, as músicas de uma banda local a qual ela não conseguia tirar da cabeça.
Talvez pelo fato de que cada melodia era realmente única. Ou, talvez, pelo fato de que não conseguia tirar de sua cabeça.
Ele conseguia ser a personificação de tudo o que mais admirava. Sua voz rouca e cheia de intensidade tinha o poder de envolvê-la por completo, como se estivesse sussurrando diretamente em seu ouvido e só de imaginar, o corpo da mulher se arrepiava por inteiro. Era impossível não se deixar levar por sua presença magnética, talento e os olhos escuros penetrantes em todas as vezes que cantava como se o mundo dependesse daquilo.
Respirou fundo.
a fazia se perder em seus próprios pensamentos.
Enquanto o início de alguma composição do iniciava, os olhos de se fixaram em , a fazendo sentir seu coração descompassar lentamente.
Cada movimento de suas mãos, cada inflexão em sua voz, fazia com que a mulher se sentisse como um ímã em direção à ele, mesmo sem terem se tocado.
sentia que iria explodir em emoção a qualquer instante.
— Você é mesmo caidinha por ele, não é? — a voz de Jay, sua melhor amiga, a puxou de volta para a realidade.
virou o rosto minimamente, tentando disfarçar a intensidade que seu olhar evidentemente demonstrava, mesmo sabendo que não conseguiria esconder a verdade de alguém que a conhecia tão bem.
— Não é como se isso fosse alguma novidade — murmurou, a voz quase sumindo junto da de ecoando pelo ambiente.
Jay riu suavemente, entendendo o dilema emocional de sua amiga.
Colocou um braço ao redor dos ombros de , oferecendo conforto silencioso enquanto a música continuava a preencher o espaço ao redor das duas.
— Você não está sozinha, . Acho que metade das pessoas aqui dentro também está exatamente como você. — brincou, tentando descontrair
deixou os olhos caírem sobre as pessoas ali no local e constatou que não era só ela que parecia ter seus olhos brilhando pelo rapaz. Era reconfortante saber que não era a única a se sentir cativada pela presença de e pela música envolvente de sua banda.
— Mas, olhe pelo lado bom. Diferente deles, nós temos uma vantagem.
— Que é? — questionou, olhando diretamente para a amiga.
Jay tinha os olhos esverdeados mais brilhantes que o normal e um sorriso travesso no canto dos lábios.
— Nós conhecemos a banda. E, de quebra, ainda sou amiga de um dos membros. Se esqueceu disso?
O rosto de se iluminou com a lembrança das conexões de Jay com a banda. Se lembrava vagamente de sua amiga comentando sobre conhecer alguém que fazia parte do .
Se virou para a amiga.
— Óbvio que não esqueci.
Jay pressionou os lábios, percebendo a excitação nos olhos de . Sabia o quanto aquela uma pequena troca de palavras deixaria de cabeça para baixo.
— Que bom, então. Vamos nos certificar de que você tenha a chance de conversar com mais tarde — comentou, com tamanha certeza. franziu o cenho. — Já que vamos sair juntos.
— O que?!
A mulher arregalou os olhos. Não esperava que sua amiga propusesse algo tão inesperado assim.
E ela nem mesmo estava preparada.
— Sair juntos? Você quer dizer que vamos encontrar a banda após o show? — perguntou.
Jay assentiu, como se não fosse nada demais, aparentemente tão animada quanto com a perspectiva de se encontrar com a banda nos bastidores.
— Exatamente. Talvez eu possa ter esquecido de comentar com você que Luke acabou nos convidando. E, juntando o útil ao agradável, você ainda tem a chance de conhecer melhor .
Deu de ombros. ficou sem palavras por um momento, tentando assimilar a magnitude da proposta de Jay.
A ideia de sair com sua melhor amiga e ter a chance de conhecer pessoalmente era emocionante e assustadora ao mesmo tempo.
— Mas não era você que vivia me lembrando do quão galinha e desapegado ele é?
Mordiscou os lábios com sua própria pergunta. Se lembrou nitidamente das vezes em que Jay a alertara sobre a reputação de como mulherengo.
— Eu sei que já falei sobre isso antes, mas também sei que você sempre foi muito aberta a tirar suas próprias conclusões, — deixou os olhos caírem sobre a amiga outra vez. — Além disso, quem sabe? Talvez ele não seja exatamente como sua reputação sugere. — Jay sugeriu, tentando dissipar as preocupações de .
ponderou as palavras da amiga sentindo uma mistura de nervosismo e curiosidade sobre o que poderia acontecer se aceitassem o convite para sair com a banda. Sabia que era uma oportunidade única de conhecê-los pessoalmente, mas também entendia os riscos envolvidos, especialmente quando se tratava de alguém como .
Refletiu por alguns segundos e, ao olhar no palco, tão energético e sorridente, cedeu.
— Tudo bem. Vamos fazer isso.

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Mesmo que isso me quebre inúmeras vezes,
meu bom coração vai até você de novo e de novo…

O calçadão estava movimentado e a fachada do Smuggler's Cove já conseguia ser vista por poucos metros de onde estavam. O local continha uma aura misteriosa e convidativa, não tão claro e imerso em luzes coloridas.
Quando passou da porta, com Jay ao seu lado, notou a decoração intrigante do pub e se sentiu um pouco mais animada de estar ali, por mais que o nervosismo tomasse conta de seu corpo.
O interior estava decorado com toques rústicos e elementos temáticos de piratas, criando um ambiente aconchegante e intrigante ao mesmo tempo.
Jay, ao seu lado, parecia completamente à vontade, conversando animadamente com um dos membros da banda e lançando olhares de aprovação para , encorajando-a a se juntar à conversa.
se limitou a sorrir, concordando com algo que haviam dito e logo voltou seu olhar ao redor, tentando se distrair com algo por ali e ignorar a presença de próximo à si.
Enquanto a amiga continuava a conversar animadamente a seu lado, se sentia dividida entre o desejo de se juntar à conversa e a timidez que a mantinha retraída. Percebeu que seu sorriso talvez não fosse suficiente para ocultar sua relutância em interagir com .
— Ei, — ouviu a voz de Jay ecoando por ali. — é uma fã nata do . Acompanha vocês desde o começo, acredita?
O coração de deu um salto quando Jay a mencionou.
Se sentiu ao mesmo tempo lisonjeada e envergonhada por ter sua devoção à banda revelada tão abertamente assim, tanto que alguns membros olharam em sua direção também.
tentou sorrir, agradecendo silenciosamente a Jay por seu apoio, mas sua timidez ainda a impedia de encontrar as palavras certas para expressar sua gratidão.
, por sua vez, parecia genuinamente tocado pela admiração de . Seu sorriso era caloroso e sincero, e seus olhos brilhavam com gratidão enquanto se aproximava um pouco mais dela.
quase estremeceu. O perfume do rapaz impregnou suas narinas.
— É mesmo? Isso é incrível. Bom saber que existem pessoas que nos acompanham desde o início, assim. — respondeu, a voz rouca arrepiando o corpo da mulher.
sentiu-se momentaneamente atordoada pela proximidade de e pela intensidade de sua voz. Mal conseguia acreditar que estava ali, tão perto do homem que tanto admirava, e se sentia cativada por sua presença.
— Podemos dizer que sim. Sou uma grande fã de vocês — suas bochechas coraram.
— Então me diz, qual sua música preferida? Tocamos hoje no show?
sentiu o calor subir em suas bochechas ao ser questionada por . Ela lutou para manter a compostura, tentando se lembrar de sua música favorita entre todas que eram envolventes e que o havia lançado ao longo dos anos.
Kiss. É uma música incrível. E, sim, vocês tocaram ela hoje no show. Foi simplesmente surreal!
deu um sorriso satisfeito ao ouvir a resposta de e um sorriso assanhado reluziu em seus lábios.
— Kiss, hein? Acho que é uma das minhas preferidas também.
o olhou, notando o brilho nos olhos do rapaz. Seus cabelos escuros estavam levemente bagunçados e as bochechas rosadas pela agitação que se encontravam dentro do pub.
O grupo se sentou um pouco mais afastado, imersos na leve escuridão e luzes coloridas do pub e só percebeu que havia se sentado ao seu lado quando o perfume do rapaz a envolveu mais uma vez.
Ele parecia perto demais para sua sanidade.
Seu coração batia descompassado em seu peito, e a mulher se sentia incapaz de desviar o olhar dele, hipnotizada pela intensidade de seus olhos escuros.
Jay, logo à frente da amiga, lançou um olhar cúmplice, percebendo o efeito que estava tendo sobre e, respondendo a amiga, respondeu com um leve aceno de cabeça, sentindo suas bochechas queimarem.
— Tá gostando? — Jay sussurrou, colocando uma mão em frente a boca, quase como se não pudessem vê-las fofocando.
riu fraco e assentiu.
Aham. Um pouco impressionada também, talvez.
tem esse efeito sobre as pessoas, pelo que parece.
Jay deu uma piscadela, como se encorajasse a amiga a continuar a fazer o que estivesse fazendo e logo as duas foram distraídas pela cerveja que chegava.
A mulher deu um gole considerável na bebida e sentiu o corpo relaxar minimamente.
Só até a voz de a arrepiar outra vez.
— E então, , aproveitando a noite até agora?
O rapaz virou o corpo em sua direção e levemente, encostou seu braço no dela.
— Sim, bastante. O show sempre é sensacional. Fico sem palavras todas as vezes.
— É bom saber que gostou — inclinou levemente, os olhos quase penetrando os de . Ele sorriu. — Sabe, tenho a lembrança de ver você e Jay na platéia. Foi difícil não notar o quão devotamente você cantava nossas músicas.
Deixou uma risadinha escapar. o acompanhou, mais envergonhada que o normal.
— Céus, eu devia estar horrível. Não reparou nas minhas caras e bocas, não é?
gargalhou.
— Posso te garantir que teve outras coisas em que reparei e não foram suas caras e bocas.
O comentário de deixou ainda mais envergonhada, e ela desviou o olhar rapidamente, sentindo o rubor subir em suas bochechas.
Mordiscou os lábios.
observou mordiscar os lábios com uma mistura de fascínio e divertimento. Não conseguia evitar se sentir atraído pela timidez adorável dela.
— Não precisa ficar nervosa, .
o observou, sem pressa.
— Eu sei, é só que... Você tem esse jeito de... Bom, de ser tão... Intimidante.
arqueou uma das sobrancelhas.
— Intimidante? É mesmo?
sentiu o coração acelerar.
— Não quis dizer de uma forma negativa. Quero dizer, você é... Você é... Muito…
— Sexy? — sussurrou. deixou os olhos descerem até os lábios avermelhados da mulher. — Atraente e lascivo?
O coração de deu um salto ao ouvir as palavras de . Sua respiração ficando um pouco mais rápida com a proximidade do rapaz.
— Bom…
Ele sorriu.
— Bom, ?
— Você me deixa maluca, riu, desviando seu olhar do dele. — Parece que nem consigo pensar direito.
O sorriso de se alargou, divertido com a sinceridade de .
— Posso considerar isso como um imenso elogio.
se sentiu envergonhada, mas ao mesmo tempo excitada por compartilhar sua verdadeira emoção com .
Ergueu os olhos para encontrá-lo novamente, perdendo-se na profundidade de seu olhar.
umedeceu seus lábios, ajeitando o corpo no assento estofado a ponto que pudesse ficar ainda mais próximo da mulher.
— É difícil resistir a uma boa dose de tentação, não é? — o rapaz comentou, a voz mais baixa que o normal. se sentiu imersa no prazer que sentia só de trocar pequenos flertes com .
— Parece que você sabe bem como é isso.
comentou, soltando uma risadinha nervosa.
se limitou a sorrir e, ainda olhando os lábios de , suspirou.
Deixou seus olhos caírem sobre os dela, profundos e insanamente desejosos.
— Talvez você ainda não tenha visto nada.

❤️‍🔥
Você é o veneno que invade e descompassa minha respiração…

Some things are meant to be secret and not to be heard…
A voz de ecoou pelo estúdio improvisado da banda local, enquanto treinavam uma passagem de som.
permanecia sentada no sofá de couro com Jay a seu lado, completamente absorvida na música que ecoava ao seu redor. Seus olhos não conseguiam se afastar de , que estava ali, imerso no ritmo da música.
Ele parecia tão à vontade, tão confiante, e não podia deixar de notar o quão bonito e sexy ele era enquanto se entregava à música.
Sua amiga, assim como ela, também tinha os olhos focados no .
Um sorriso divertido brincou em seus lábios enquanto acompanhava o ensaio.
Jay cutucou suavemente com o cotovelo, a trazendo de volta à realidade.
— Ele deve adorar toda essa atenção.
corou levemente, desviando o olhar por um momento antes de voltar a observar .
— Talvez um pouco.
Jay inclinou-se um pouco mais para perto, curiosa.
— Vamos lá. Me conte. O quão envolvida emocionalmente está com ele?
engoliu em seco, surpresa.
Não era como se Jay estivesse questionando algo que não fosse verdade. Desde o encontro após o show, e se aproximaram de uma forma que nem ela mesma sabia explicar.
— Não sei ao certo. É como se algo nos fizesse ficar mais próximos a cada encontro e não me pergunte como. Não sei explicar.
— Não precisa explicar, . Só… Você sabe. É . Não espere muito dele.
assentiu, entendendo as palavras da amiga. Sabia que tinha uma reputação nem um pouco favorável relacionada à relacionamentos, mas algo dentro de si ainda a fazia querer explorar essa conexão, mesmo que incerta.
— Eu sei, Jay. Mas, você sabe que é difícil não se deixar levar. É mais forte do que imagino.
Jay deu um sorriso reconfortante.
— Só toma cuidado, ok? Se ele não estiver disposto a corresponder aos seus sentimentos, não se prenda. E não insista.
assentiu, agradecendo silenciosamente pelo conselho de sua amiga. Era fato de que Jay estava certa e prometeu a si mesma manter um olhar crítico sobre seu relacionamento com .
As duas continuaram a ouvir um pouco mais das músicas que a banda ensaiou, aproveitando um pouco a descontração de todos ali até que Bruce, um dos membros, interrompesse.
— Acho que vale uma cerveja agora que acabamos. sorriu diante da empolgação de Jay e dos demais membros da banda. Era certo que todos estavam ansiosos para relaxar depois de um ensaio produtivo.
— É uma ótima ideia, mas eu vou ficar. Vão vocês, se divirtam!
— Sério, ? — Jay se virou para a amiga, fazendo um biquinho. — E você, ? Vai também?
Jay lançou um olhar curioso para , esperando sua resposta.
hesitou por um momento, seus olhos encontrando os de antes de voltar sua atenção para Jay.
— Acho que vou passar dessa vez. Tenho algo para discutir com aqui.
Ooh…
Ouviu a sinfonia de seus amigos, provavelmente o zoando por sua resposta e balançou a cabeça em negação.
se divertiu com a cena, mas não podia negar que havia ficado nervosa com seu ato. Por mais que quisesse que ficasse ali com ela, não imaginava que ele realmente o fizesse. Nem mesmo o motivo para tal.
Observou sua amiga seguir para longe com os demais, não antes de lançar uma olhada significante para . A mulher sabia que mais tarde teria de contar o motivo de ter escolhido ficar para trás.
Quando a porta do estúdio se fechou, o silêncio se tornou presente. sentiu um frio percorrer a espinha quando caiu em si de que agora, era só ela e .
Só os dois, sozinhos naquele lugar.
Havia uma eletricidade no ar, uma tensão palpável que a deixava um pouco nervosa, mas incrivelmente também excitada.
— E então, o que queria discutir comigo?
Perguntou para o rapaz há poucos metros de si. se aproximou, seu sorriso era travesso e aquilo fez com que mordiscar seus lábios sem perceber. Sabia que estava fazendo de tudo para provocá-lo, desde o começo, mas não conseguia evitar se sentir atraída por ele.
— Com pressa, ? Só queria aproveitar a oportunidade para ficarmos a sós.
Ele se aproximou.
— Bem, aqui estamos, a sós. O que tem em mente?
— Acho que podemos pensar em algo para passar o tempo.
A voz de tinha um tom sugestivo, e sentiu nitidamente presente o calor subir em suas bochechas, além de um lugar específico entre suas coxas.
O território de era estarrecidamente perigoso, mas para a mulher era impossível resistir à tentação de brincar com o fogo.
Aquilo a fez lutar para controlar sua respiração acelerada e ansiosa. Podia sentir o olhar penetrante de sobre si, e o desejo pulsava entre eles como uma corrente elétrica.
— E o que você sugere?
pôde ouvir a risada fraca de , a respiração do rapaz quase colada à sua. O rosto do mesmo estava próximo, os lábios umedecidos assim como o de e os olhos focados em sua boca.
Sentiu os dedos mornos do rapaz tocarem suas bochechas, descendo por seu queixo, o segurando de leve. Quando pousou seus olhos nos dela, sabia que os dois ali, sozinhos, não daria certo.
Nem um pouco.
E, céus, ela queria muito ter ouvido Jay sobre o quão imprestável poderia ser. Queria muito acreditar em suas palavras. Queria seguir seu conselho e ir para longe de qualquer que fosse o problema que ele pudesse lhe meter.
O problema era que ele era como um veneno. Um veneno que provaria e não se importaria de morrer lentamente.
— Tenho algumas ideias de mente, — a voz rouca do rapaz a arrepiou outra vez. — A começar por isso.
Os lábios do rapaz procuraram o de sem esperar muito. O toque dos lábios de nos de foi como uma faísca em um barril de pólvora. Sentiu a corrente elétrica percorrer seu corpo enquanto seus lábios se encontravam em um beijo ardente e desejoso. Como se o tempo tivesse pressa.
As mãos de percorreram pelo corpo de , arrancando sua blusa, sem demorar muito para procurar sua cintura com agilidade e, assim que a encontrou, puxou para perto de si em um único solavanco. Um gemido de prazer escapou pelos lábios da mulher, assim como um sorriso satisfeito.
Era tudo o que ela queria.
O corpo de arquejou contra o dele, cada movimento enviado ondas de prazer por todo o seu ser. Se entregou por completo ao seu toque, perdendo-se na intensidade do momento.
— E por isso.
Desceu os beijos para sua mandíbula, seguindo até o pescoço e até encontrar seu busto. Deu uma mordidinha de leve na região, causando ainda mais euforia na mulher e o apertou com a ponta de seus dedos, deixando claro como ela o queria. Os dedos de percorreram sua pele com maestria, provocando arrepios deliciosos em seu corpo. se contorceu de prazer sob seu toque habilidoso, cada movimento enviando ondas de êxtase por todo o seu ser.
E isso.
Disse, baixo e rouco, antes de abocanhar um dos seios de .
A mulher deixou um gritinho animado escapar, o olhando. iria deixá-la louca daquele jeito.
Agarrou os cabelos do rapaz o guiando instintivamente, enquanto seus próprios desejos ardiam intensamente dentro de si. Queria pedir por mais, gritar por mais.
Sentiu quando os dedos do rapaz desceram de sua pelve para um lugar que, no fundo de sua mente, desejava que já estivesse lá. Quando empurrou sua calcinha, coberta apenas pelos poucos centímetros da saia jeans, sentiu o toque morno que a fez rebolar minimamente até que se ajeitasse naquele sofá de couro antigo. E sem demorar muito, jogou sua camisa para longe, se acomodando logo acima de .
Os olhares trocados deixavam evidente o tesão que cada um ali sentia.
Seus lábios se encontraram uma outra vez. O calor do corpo do rapaz sobre o dela, a incendiava por inteiro.
— Ou você tem outra ideia, ?
Te-tenho… — a mulher arfou mais uma vez, quase em soluço. Seus olhos estavam fechados, imersa no prazer que conseguia lhe proporcionar pelas carícias em seu clitóris.
— É mesmo? — arqueou uma das sobrancelhas, se divertindo com a expressão do rosto da mulher. — Me conta, . Me fala o que você quer.
— Eu quero…
Ela suspirou. sorriu.
— Devo adivinhar? — sussurrou. Beijou os lábios de mais uma vez e puxou o inferior com os dentes. — Será que é isso? — desceu seus dedos, o médio e o anelar, até a entrada já encharcada da mulher. A adentrou sem muita demora. gemeu um pouco mais alto. Movimentou dentro dela vagarosamente. aproveitou o momento para descer sua calça escura, como conseguia, ainda que deitado no sofá. Quando conseguiu, seu membro já ereto marcou a cueca box, o que o fez se aproximar e quase dançar sobre a região íntima de . — Ou prefere isso, ?

Riu fraco. quis urrar outra vez. parecia estar se divertindo com seu sofrimento.
— É só pedir, . Vamos acabar com isso,
sussurrou, sua voz rouca enviando arrepios pela espinha de . Seu tom sugestivo era impossível de ignorar, e ela sentiu o calor subir em suas bochechas enquanto se perdia em seus olhos intensos.
Por um momento, hesitou. queria lutar contra o turbilhão de emoções que a envolvia. Mas, não era como se justo naquele momento, resistiria ainda mais.
Olhou nos olhos de uma última vez antes de implorar insana e loucamente.
— Me fode, .

❤️‍🔥
Seus passos suaves me arrastam lentamente até o fim,
e acabam me destruindo…

DNA Lounge.
observou o letreiro em neon brilhantes esverdeados e vermelho piscando enquanto o som dentro da boate se tornava quase ensurdecedor.
A energia dentro da casa noturna era pulsante e a música preenchia o ambiente por inteiro, criando uma atmosfera eletrizante. Ela e Jay continuavam cercadas pelos membros da banda, conversando animadamente sobre qualquer que fosse o assunto, enquanto aguardavam o início do show.
Desde sua primeira interação com , com a ajuda de Jay, as duas começaram a acompanhar quase todos os eventos da banda para todo o canto possível na cidade.
Observou a multidão. Entre os flashes, estava próximo a uma área mais movimentada.
Seu coração palpitou só de olhá-lo. não sabia definir o que estava acontecendo com eles desde o acontecimento no estúdio do . Se sentia dividida entre a atração irresistível que sentia por e a confusão que pairava sobre a natureza de seu relacionamento. Se é que podia chamar assim.
Quase como se estivessem presos em um jogo de vai e vem, onde as regras mudavam conforme a vontade de . E, por mais que amasse o que acontecia, queria pelo menos poder determinar o que era tudo aquilo.
Queria a todo custo entender o que sentia por de verdade. Se era só atração. Ou se era o início de outra coisa que não queria nem mesmo cogitar a hipótese.
Se lembrou das palavras de Jay.
Não espere muito dele.
Não se prenda. E não insista.
Por mais que tentasse seguir o conselho da amiga, se encontrava incapaz de afastar seus sentimentos por . Cada vez que o via, seu coração acelerava, seu estômago se revirava e uma onda de calor percorria seu corpo.
Droga. O que era tudo aquilo?
— Um shot por seus pensamentos! — Jay quase gritou quando se aproximou de .
A batida da música ecoava por sua mente.
olhou para a amiga, desviou os olhos para o copo com qualquer que fosse a bebida. Olhou Jay novamente e sem pensar muito, puxou e virou o líquido em sua garganta.
— Posso só beber e não contar nada?
— E que graça teria?
Jay questionou, rindo.
suspirou, sentindo o álcool aquecer sua garganta e corpo enquanto lutava para encontrar as palavras certas. Sua cabeça parecia envolvida em um turbilhão de pensamentos insanos.
Deixou os olhos vagarem pela boate, mas segundos após, desejou não ter feito.
Deveria ter focado em Jay.
Seu coração acelerou. parecia mais animado do que costumava estar. Seus cabelos caíam sobre sua testa, molhados pelo calor que fazia dentro do ambiente, a camisa branca marcando seus músculos.
O típico rockstar que quebraria seu coração em milhares de pedacinhos.
O sorriso charmoso. Os gestos confiantes e atrativos. Todos eles direcionados às mulheres à sua volta.
Seu peito parecia uma bomba atômica prestes a explodir.
Uma mistura de ciúme e frustração percorrendo seu corpo.
Jay notou a mudança no semblante de e seguiu seu olhar até .
— Achei que tínhamos conversado sobre isso.
— Fala sério, Jay — rolous os olhos, procurando álcool por ali. — Óbvio que já tínhamos, mas não é como se eu pudesse controlar minhas emoções. Ou qualquer merda que seja isso.
A amiga encarou por mais alguns segundos até se virar para outra vez.
— Não pode deixar isso te consumir, . é quem ele é, e você não pode mudar isso. Mas você pode controlar como reage a isso.
soltou um suspiro frustrado, reconhecendo a verdade nas palavras da amiga.
Ela não queria ser consumida pelo ciúme, mas era difícil não se sentir afetada quando via agindo de forma tão envolvente com outras mulheres.
Outras que não forem ela.
— Me diz como. Chega a ser engraçado, demonstra que me quer a todo tempo e, em outras vezes, é quase como se só gostasse da minha amizade — soltou uma risadinha, sem humor. — É algum tipo de jogo?
— É o jogo dele, . Sempre foi. Achou mesmo que se prenderia logo agora?
As palavras de Jay invadiram os pensamentos de de supetão.
Realmente achou que se fixaria à ela assim?
Respirou fundo. Era uma tola se achasse aquilo.
Sentiu um cutucão leve e, quando voltou a si, Jay se afastou brevemente.
Lá vem ele. Boa sorte, .
se aproximou, ainda mergulhado nos flashes brancos e coloridos da casa noturna. se deixou levar momentaneamente por sua beleza, os cabelos castanhos e os traços marcantes de seu rosto.
O filho da puta era lindo.
— Cara, esse lugar é incrível. Tá aproveitando, ?
— Acho que não sou a única a fazer isso.
Soltou, direta, sem colocar seus olhos nele. arqueou uma das sobrancelhas, curioso com sua resposta.
Não entendia o que queria dizer com aquilo e o tom de sua voz indicava uma tensão que não estava presente antes.
— É mesmo? Parece que todo mundo sai ganhando, então.
— E parece que você tem uma ideia bastante ampla do que significa "ganhar", .
respirou fundo e virou o rosto para encará-lo de uma vez. Ao contrário do que havia imaginado, estava mais próximo do que esperava. E seus olhos reluziam uma diligência explícita.
— Vai me contar o que foi?
tinha o tom de voz mais sério.
— Não foi nada, . Porque acha que tem algo incomodando?
— Sua voz e suas expressões me entregam isso, .
desviou o olhar por um instante, se sentindo exposta pela habilidade de em ler suas emoções. Por mais que tentasse disfarçar, o rapaz parecia sempre saber quando algo estava errado.
Ela ficou em silêncio por alguns segundos.
— O que você quer, ? Achei que estava se divertindo longe daqui.
piscou, ainda a encarando. E seus lábios curvaram até formar um sorriso devasso. Cruzou os braços, estudando-a com um olhar penetrante.
— Então o problema é esse? Não achei que tínhamos pré-estabelecido algum relacionamento pra você ficar assim, .
O que?
As palavras de atingiram como uma pancada. Se sentiu desarmada diante de sua franqueza, sem ter certeza do que responder.
Seu coração parecia se despedaçar aos pouquinhos. Como ele conseguia ser tão cruel daquele jeito?
— Isso não vem ao caso. — disse, desviando o olhar dele.
— Oh, não? Então é estranho você jogar indiretas sobre o que faço, sem motivos.
não desviava seu olhar do de . Deixou o corpo recostar no balcão do bar e ajeitou os fios teimosos do cabelo.
sentiu um nó se formar em sua garganta, lutando para encontrar as palavras certas para expressar tudo o que estava sentindo.
Ao menos achava que merecia a ouvir naquele instante.
— Não são indiretas, . Nem tudo é sobre você.
sorriu. Um sorriso inteligente, esperto. Como se soubesse exatamente o que estava acontecendo ali. Como se soubesse, já que já havia passado por aquilo algumas vezes.
Com outras mulheres.
Ah,
— Bom saber, — se aproximou, segurando o queixo da mulher, como sempre costumava fazer. Olhou em seus olhos e, após, para os lábios avermelhados de . — Vamos resolver isso depois.
A encarou brevemente antes de sair, voltando para onde estava momentos atrás.
fechou os olhos, se praguejando internamente por ter deixado chegar àquele ponto.
tinha aquele poder sobre ela.
Era o caos que não conseguia evitar.

❤️‍🔥
Estou aguentando,
Enquanto você devora meu coração…

— Tem certeza que quer ir?
Jay perguntou, se certificando de que a amiga ficaria confortável no evento. Por mais que fosse seu aniversário.
virou o rosto em direção à amiga, fazendo uma careta.
Não perderia a comemoração de Jay, muito menos por conta de . E, por mais que ainda se sentisse balançada pelo rapaz e tudo o que haviam experimentado juntos, nos últimas dias estava tentando piedosamente esquecê-lo.
Era o mínimo que podia fazer.
Suspirou, afastando os pensamentos intrusivos.
— Não vou perder sua festa, Jay. Fala sério — colocou o último brinco e se ergueu, ajeitando o vestido apertado que contornava seu corpo. Não tinha como não estar deslumbrante. — who? Hoje é sobre você.
Jay gargalhou. Achava graça em como costumava lidar com aquele tipo de problema.
— Tudo bem, então.
E, minutos depois, as duas adentraram juntas no local onde Jay comemoraria mais um ano de vida. percebeu que a quantidade de pessoas ali parecia maior do que a amiga havia comentado, mas não ligou. Afinal, talvez fosse bom para mantê-la distraída e esquecer a existência de .
Seus olhos percorreram todo o ambiente. Notou a presença do mais reservada, por mais que os membros conversassem com várias pessoas, mesmo não estando ali. Notou que os instrumentos da banda já estavam dispostos no palco improvisado.
Pensou em se aproximar, mas só de lembrar a cena que havia tido com no DNA Lounge, sua mente quis levá-la para longe dali o mais rápido possível. Além disso, não queria estragar a atmosfera festiva de Jay com seus próprios problemas pessoais.
Não demorou muito para que uma música conhecida ecoasse por ali.
E a voz de impregnou seus ouvidos como sempre costumava fazer.
Seu coração faltou sair do peito com o timbre da voz do rapaz.
So if I tell you, just keep it and don't say a word…
tinha seus olhos fechados, imerso na melodia. conseguia notar o quão relaxado ele conseguia ficar em todas as vezes que ia se apresentar com a banda. E era uma das coisas que ela mais admirava. Seu potencial, seu talento.
Queria poder voltar ao início, onde a simples atração se tornava presente e achava que um beijo em seus lábios seria suficiente para sanar seus desejos.
Agora as coisas pareciam tão complicadas. Os sentimentos mais intensos e propícios.
Parecia mais difícil do que havia imaginado.
Continuou ali, sendo preenchida pela composição do mais uma vez até que a música chegasse ao fim e, consequentemente, os olhos escuros de captassem os dela.
Tão profundos quanto.
E, antes que pudesse resultar em qualquer coisa, desviou, indo para longe dali como se necessitasse encontrar Jay a todo custo; mas não a achou.
Revirou os olhos. Precisaria focar em outra coisa e, sem pensar muito, pegou a primeira bebida que passou por ela, bebericando o líquido como se fosse água.
— Ei, , procurando Jay? — ouviu uma voz conhecida a chamar.
virou o rosto e avistou Bruce, o baterista, se aproximando. Poderia dizer que Bruce era tão bonito quanto , mas estaria mentindo. O rapaz era loiro e mesmo tendo a íris escuras iguais às de , a intensidade não era a mesma. Seu sorriso era largo, o nariz mais arrebitado.
sorriu.
— Tá tão nítido assim? — riu fraco.
Bruce sorriu, exibindo sua simpatia natural. Ele parecia à vontade ali, como se estivesse em seu elemento.
— Um pouco. Vocês duas são inseparáveis, então imaginei que estivesse procurando por ela — deu de ombros, ainda sorrindo. — Mas você parece distraída. Tudo bem por aí?
hesitou por um momento, pensando em como responder. Não queria revelar seus pensamentos confusos para Bruce, mas também não queria parecer evasiva.
— Tudo bem, Bruce. Só… Isso aqui tá muito cheio e minha cabeça também — desviou o olhar, desconversando.
Bruce pareceu entender, mas não insistiu no assunto. Continuou olhando para a mulher e resolveu estender a garrafa que segurava em uma das mãos.
— Dizem que uma cerveja melhora tudo. Quer? — ergueu a garrafa. assentiu rapidamente.
Deu um gole no copo, sentindo o líquido gelado descer pela garganta, trazendo um alívio bem-vindo.
— Tudo o que eu precisava — disse, fazendo graça. Bruce riu.
— Acho que apareci em uma hora certa, então.
Os dois se olharam e sentiu a bochecha corar. Bruce estava mesmo flertando com ela?
Continuaram ali por mais algum tempo. A mulher gostava da sua companhia e, por um momento, esqueceu as preocupações que a tinham assombrado momentos antes.
No entanto, antes de permanecerem e até mesmo, se afastarem dali, uma figura conhecida se aproximou, surpreendendo os dois.
— E aí, Bruce — disse, batendo sua garrafa na dele. — .
Seus olhos pararam na mulher. Pareceu analisá-la por inteiro.
queria se sentir incomodada pelo olhar crítico de , mas ao menos conseguia. O que se passava em sua mente era que ela queria aquilo sim e muitas outras coisas.
— soltou, um pouco mais séria do que costumava.
Aquilo fez o rapaz arquear uma das sobrancelhas.
— Nos vemos depois? Vou falar com o pessoal. Foi bom conversar com você, .
Bruce deu uma piscadinha para a mulher, que se limitou a sorrir e, ainda que não tivesse dito mais nada, o olhar de ainda queimava sobre ela.
— Minha presença incomodou tanto assim?
— E quando não incomoda?
riu, balançando a cabeça.
— Não era isso o que parecia quando estávamos sozinhos no estúdio. E no banheiro. E no hotel…
o interrompeu, engolindo em seco. — O que você quer? — Vamos lá, . Bruce?
Questionou. A mulher franziu o cenho e só depois se deu conta do que se tratava; , ao que parecia, queria saber o porquê da proximidade dos dois.
Curiosidade, talvez. Mas aquilo exalava despeito para ela.
observou a expressão de , uma mistura de desafio e curiosidade. Quase riu com sua atitude, se recordando do mesmo que havia acontecido com ela.
Não imaginava mesmo que tiraria satisfação por ela estar fazendo algo como aquilo.
Afinal, os dois não eram nada.
— Só pode estar brincando, .
A tensão entre eles era palpável, como se a eletricidade fluísse no ar, criando um campo de batalha invisível.
sentiu seu coração bater mais rápido enquanto encarava , notando cada detalhe de sua expressão. Ele parecia analisá-la, buscando por alguma resposta em seus olhos.
A mulher se manteve firme, sem recuar, determinada a não se deixar abalar por sua presença imponente.
— Não sou o tipo de pessoa que costuma brincar, . E você sabe disso.
cruzou os braços, sabendo certamente o que deveria fazer ali.
não sairia ganhando daquela vez.
Se aproximou, mordiscando o lábio inferior. Ergueu uma das mãos em direção ao peito do rapaz e deixou seu corpo encostar ao dele, não antes de sussurrar próximo a seu ouvido.
Não achei que tínhamos pré-estabelecido algum relacionamento pra você ficar assim, — soltou, notando que o mesmo havia se arrepiado. Ao se afastar, observou a feição de . Os olhos do rapaz faltavam pouco para rasgar através dos de . Sua feição impenetrável, emergindo em raiva e sarcasmo. Ele sabia exatamente o que ela estava fazendo. aproximou o rosto do de , sem deixar de sorrir. — Vamos resolver isso depois.
E se afastou, o empurrando levemente.
poderia ser o filho da puta mais gostoso do planeta.
Mas, se ele a envenenasse, ela faria o mesmo.





Fim...


Nota da autora: Oi, pessoal! Cheguei com uma nova shortfic para vocês! Espero que tenham gostado e não esqueçam de deixar um pequeno feedback com o que acharam!
E para quem se interessar em outras histórias minhas, o link da minha página de autora vai estar logo aqui embaixo. Um beijão a todas, e volte sempre <3
Página de autora (Isy) - https://ficsverse.com.br/autoras/isy.html

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