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Revisada por: Aurora Boreal 💫

Última atualização: 02/08/2024

1998.

A sala escura tinha apenas uma luz vermelha e fraca que deixava aquele pequeno ambiente iluminado, ela não sabia bem o que estava acontecendo... Ela nem sequer se lembrava de nada; era como se tudo fosse novo para ela.

“Olhei ao meu redor calmamente procurando algo que eu poderia reconhecer, ou lembrar de algo, minha cabeça doía, meus olhos também, como se tivesse passado por vários exercícios físicos e lido mais que o suficiente, forçando meus olhos mais do que devia”.

Suas palavras saíram como se estivesse no pensamento, como se a mesma estivesse ali, presente naquele momento. Novamente. A garotinha começou a sentir a respiração falhar ao perceber que a porta estava sendo aberta, automaticamente, não reconheceu o rosto das duas pessoas que entraram naquela sala gelada.
— Vemos que você acordou. — Um homem, com um sobretudo preto, parou ao lado da cama, onde a garota estava deitada. — Está bem acomodada?
— Acho que sim, quem são vocês? — a garota falou, quase em um sussurro.
— Você está na base da Hydra, você sofreu um acidente, onde seu irmão e seus pais morreram — o homem falou calmamente. — Então trouxemos você para cá, já que queremos cuidar de você.
— E quem os matou? O que mataram eles? — A garota falou com a voz trêmula.
O homem parou para pensar, sabia como argumentar aquela linda mentira, mas aqueles pequenos olhos castanhos da garota o deixou intrigado. Mesmo tendo apenas sete anos, já tinha passado por grandes experimentos, e por um único motivo: ser aliada da H.Y.D.R.A. O homem respirou calmamente e esperou que a lavagem cerebral não tivesse afetado a memória falsa que implantaram na garota.
— Um acidente que teve atrás da sua casa, uma explosão, para ser mais preciso — O homem falou calmamente.
— E por que apenas eu estou viva?
— Tentamos salvar seu irmão, mas infelizmente não conseguimos, você consegue se lembrar dele?
— Sim, vagamente, dos meus pais também.
— Daniel, seu irmão se chamava Daniel. — O homem encheu o peito, já que a única lembrança que ela tinha era de seus pais. — Você estava no carro, brincando com suas bonecas, e foi lá que achamos você.
— Eu... Eu me lembro, quanto tempo isso aconteceu? Dói minha cabeça quando tento fazer pequenos esforços para me lembrar.
— Consequência do gás e da fumaça do incêndio. — Uma cientista loira, com as pontas rosas, falou, sem tirar o olhar da prancheta.
— Conseguimos salvar apenas uma foto, onde está você, seus pais e seu irmão.
Suspirou por se sentir sozinha. Pensou em perguntar se estavam com a foto ou então, quando ela poderia ter o cobertorzinho consigo e sua boneca de pelúcia da Sakura Cards e claro, os wafers que sempre fazia quando mamãe estava trabalhando. Claro que toda criança agia por impulso, e não foi diferente quando ela disparou a pergunta.
— Quando é que vou poder comer wafer junto com a Sakura?
— Como? — O homem fez uma cara de que tentou compreender a pergunta de .
— Eu me lembro muito pouco que estava com a Sakura, uma boneca de pelúcia, e tinha o wafer que meu pai fez escondido de minha mãe.
— Sakura Cards? — a cientista perguntou.
— Sim — falou alegre.
— Nós trouxemos para cá, guardei em uma caixa, trago logo em seguida com seu café.
— Está bem. — Sorriu.
A cientista se retirou daquela sala gelada e o homem de sobretudo preto saiu logo atrás dela, em passos largos e calmos, como se estivesse pensativo; ele parou na porta e falou alguma coisa para cientista que logo fez um gesto com a cabeça simbolizando com “Sim Senhor”, ele olhou para trás e fez uma pergunta, na qual não entendeu muito bem o porquê.
— Você se lembra de mais alguma coisa?
— Não — garotinha falou, confusa.
— Ok. — Ele se retirou.

••

Cogitando que Johann Schmidt e a cientista, Reven Kiyoko, estavam mais que contentes pelo o Projeto ter dado certo, eles teriam que mantê-la dormindo por mais tempo ou procurar uma alternativa para continuar mantendo todas as mentiras que foram implantadas na mente da garota. Agora, o que mais restava, e dava mais ansiedade, era colocar os outros por cento em prática, coisa que não foi impossível de se fazer naquele momento, mesmo ela tendo apenas sete anos de idade.
Depois daquela noite, a cientista Kiyoko levou uma janta leve para que o corpo da garota recebesse toda proteína, vitamina e carboidrato para começar a receber os protótipos do Projeto GF 96, e torcer para que dessa vez desse certo e não falhasse. Junto com a janta, Kiyoko levou a boneca Sakura para a garotinha; bateu na porta sutilmente e apenas escutou um leve e abafado “Entre”, e foi isso que ela fez, colocou a bandeja e a boneca em uma poltrona preta de couro, ajudou Nicolina a sentar na cama e logo entregou a bandeja. Ficou o tempo todo lá, conversando, até que terminasse toda a janta, fora que serviria como avaliação para saber se a lavagem deu cem por cento.
— Aqui sua Sakura — a cientista falou, entregando para .
— Obrigada — falou com um sorriso gigante nos lábios.
— Amanhã cedo volto aqui para podermos fazer mais alguns exames, ok?
— Sim, boa noite.
— Boa noite e descanse.

••

Na semana seguinte, o senhor Johann Schmidt, ao lado da cientista Reven Kiyoko, se reuniram na sala de reuniões, junto com outros homens que carregavam o mesmo símbolo de uma caveira com seis tentáculos em seus ternos pretos. Todos se ajeitaram em suas cadeiras em volta de uma mesa grande, oval, e esperaram que o Johann Schmidt se pronunciasse, onde o mesmo estava lendo algumas papeladas sobre o Projeto GF 96.
— Reuni todos vocês aqui por um único motivo, o Projeto GF 96, e sem delongas, dessa vez, vamos testar com uma garota. Hoje vamos dar mais um passo para acabar com a S.H.I.E.L.D. e o Capitão América!
— HEIL H.Y.D.R.A.! — todos gritaram.
Um homem levantou a mão, esperando autorização do Schmidt.
— Sim? — Schmidt falou seco.
— Mas o protótipo não tinha sido cancelado depois que aquele garoto não resistiu ao mesmo? Ficamos de reaver o que tinha de errado com ambos, mas o senhor não nos deu autorização.
— Bem observado, senhor Adam, mas a cientista Kiyoko refez todo o protótipo e consertou todas as falhas e, dessa vez, nossa cobaia tem um índice de vida mais saudável que nossa antiga cobaia.
— Quantos anos mais nova? — uma mulher ruiva perguntou.
— Atualmente, sete anos — Kiyoko respondeu, lendo a ficha de .
— Muito nova, não acha? Ela pode não suportar, ela nem hormônios direito têm formalizado.
— Eu tenho a certeza que o protótipo irá funcionar nela! — Schmidt falou fitando os olhos verdes da ruiva.
— Não contem comigo para esse Projeto, a garota é muito nova para isso — a ruiva falou, cuspindo as palavras e se levantando bruscamente de sua cadeira. Saiu da sala de reuniões batendo firmemente o salto de sua bota contra aquele chão de porcelanato preto.
— O senhor quer que eu tente convencer ela a fazer parte do Projeto? — Kiyoko falou baixo.
— Sim, por favor, deixe a ficha dela aqui, vou passar as informações da senhorita Müller para os demais.
Kiyoko entregou a pasta do Projeto GF 96 para Schmidt e saiu em direção ao quarto onde, com toda a certeza, a ruiva estava depois de ter discordado com Schmidt.

— Com licença.
— Entre. Eu não sei como você está apoiando ele, Kiyoko! ELA É APENAS UMA CRIANÇA! — a ruiva gritou.
— Você sabe o principal motivo para isso ter acontecido!
— Eu sei, do mesmo jeito que você sabe que você não passa de uma cientista qualquer para ele.
— Romanoff, se contenha! Você vai ajudar, ou as consequências serão severas.
— Eu já estou com missão dada mesmo, só mais dois anos e eu saio para executá-la — Romanoff falou, verificando o pente da arma. — Vai querer sair da minha frente para eu ir treinar ou quer que eu treine em você?
Kiyoko deu um passo para o lado e deixou que Romanoff passasse, na qual ela passou furiosamente; treinou tirando toda sua raiva do Projeto com a nova “cobaia”, inadmissível o que queriam fazer com uma garota de sete anos, mas ela não podia fazer nada, só se afastar do Projeto, coisa que Schmidt não ia permitir, já que quem dava a última palavra, literalmente, era ele.

Romanoff, depois de ter sido capturada pela H.Y.D.R.A., teve suas memórias apagadas com base de uma sequência — números —, claro que todos da S.H.I.E.L.D. ainda estavam na busca por ela, algo que não tinha muito sucesso, já que os sequestradores não deixaram nenhum rastro para poder segui-los, mas mesmo assim, eles não deixaram de procurá-la, até em outros países eles já foram em busca dela, mas a H.Y.D.R.A. conseguia sumir até com algo fútil ao olhar dos outros.
Um mês se passou e por conta de uma leve ameaça, Romanoff resolveu ajudar no Projeto GF 96, mas com coisas completamente básicas e leves, como treinamento com armas e, em troca, ela poderia fazer a missão dela em um ano, e claro que depois de conseguir concluir, ela seria “entregue” para a S.H.I.E.L.D.

••

Depois de fortalecer o corpo de com tudo que precisava para começar com o Projeto e que teria que começar com uma linda sequência de bateria de exames completamente puxados — desde o exame de sangue até o teste de resistência fizeram em . Mas não ache que foi algo completamente tranquilo para uma criança de sete anos, foi com certeza um dos piores dias que ela já passou em sua vida.
E ela nem sequer sabia o que estava acontecendo para eles estarem fazendo aquilo com ela.
No auge da madrugada, foi liberada para voltar ao seu quarto, que voltou se escorando nas paredes cinzas e frias da base secreta. Liberada depois de um mês sem descanso, quase que não suportando tudo o que estava se passando naquele lugar frio, e claro, se rendendo para toda a sequência de tortura — denominado assim por ela — que estava passando. Ao entrar em seu quarto, viu uma mulher sentada em uma das poltronas brancas, acendeu a luz e assim pôde ver melhor o rosto da mulher. Romanoff.
— Quem é você? — perguntou.
— Romanoff, uma “agente da Hydra”. — Romanoff fez aspas com os dedos disfarçadamente, já que ela não podia relatar que se lembrava da S.H.I.E.L.D., pois claramente colocaram escuta na mesma.
— Você tam... também faz part... — Respirou fundo, odiava quando sua voz falhava. — Parte do treinamento? — falou com a voz completamente falhada.
— Também, mas não vou treinar, nem fazer o mesmo que eles estão fazendo com você.
— E o qu... que você vai me ajudar a treinar?
— Com armas.
— Agora?! — falou mais desapontada e assustada.
— Não, uma hora da tarde te encontro na sala de tiro três, esteja lá pontualmente! — Romanoff disse indo na direção de .
— Ok.
— Relaxe, respire fundo e calmamente assim. — Romanoff mostrou como controlar. — Desse jeito você consegue ter mais controle para poder ganhar dos grandões e fazer com que você possa ir melhor aos treinamentos da Hydra.
, que continuava apoiada na parede, relaxou e começou a respirar fundo igual à Romanoff, automaticamente, ela sentiu uma recarga leve de energia para poder manter seus músculos firmes e poder desencostar da parede. Claro que ia precisar de uma boa noite de sono para poder ter mais energia que aquele controle de respiração estava lhe dando. Claro que tinha percebido que tinha algo de “estranho”, já que ninguém naquele lugar tinha sido tão amigável com ela.
— Isso, agora descanse, e quero você amanhã com mais energia que o normal — Romanoff falou.
— Só para um treinamento de armas? Eu tenho apenas sete anos!
— Com sua idade, eu já sabia fazer coisas piores — Romanoff falou saindo do quarto. — Boa noite.
— Boa noite.
Ainda mais cansada do que outra coisa, apenas tirou a roupa de treino e colocou uma qualquer, deitou-se em sua cama e caiu no sono em questão de segundos — segundos que se passou rápido. acordou assustada e ainda cansada, puxou sua boneca de pelúcia para seus braços, virou-se na cama, encostando suas costas na parede e ficou observando aquele quarto cinza, claro que só tinha a iluminação da lua. Ela ficou tentando se lembrar de alguma canção de ninar que sua mãe cantava para ela, mas foi apenas uma tentativa em vão. O que fizeram com ela tinha até apagado a memória mais simples de todas.
se perguntava o porquê que eles estavam fazendo isso com ela, todos aqueles exames de resistências, todos aqueles treinamentos e o porquê de aprender utilizar uma arma; sem saber que com tudo isso, ia ser colocado uma pequena coisa dentro dela chamada vingança, sem saber que era apenas um teste para torná-la em uma das maiores armas que a H.Y.D.R.A. já conseguiu fazer.

••

Na manhã seguinte, acordou mais disposta e já treinando a respiração que Romanoff havia lhe ensinado. Passou no refeitório, pegou apenas uma maçã e foi comendo a caminho da sala de tiro três. Durante o trajeto, ela passava olhando para dentro de cada sala, cada lugar tinha uma cena estranha e completamente complicada de decifrar, algumas salas haviam soldados que lutavam sem nenhum descanso e isso era nítido pelo modo que cada um mantinha seu corpo fora de postura para um combate corpo a corpo. Em outras salas, outras pessoas se sentiam angustiadas por conta da sequência de falas, e outra sala, que foi a que mais chamou atenção de . Escura com algumas luzes brancas, dentro dela estava um soldado com um braço de aço, que claro, era o que aparentava ser aos olhos de . Ele com certeza lutava melhor que qualquer um que estava dentro daquela sala, e até mesmo melhor que qualquer outro que ela viu lutando.
Ela ficou analisando o soldado e seus movimentos e pensou que até pudesse passar com ele para poder aprender a lutar, já que era isso que ela vinha fazendo desde que fizeram os exames de rotina. , em um estalo, lembrou-se do treinamento e foi correndo direto para a sala. Romanoff treinava com algumas armas de fogo e alternava para algumas armas brancas, não demorou muito para a ruiva perceber a presença de ali.
— Chegou cedo — Romanoff falou normalmente.
— Você falou para não me atrasar, e eu não me atrasei, acho que só fiz o que você pediu — disse e logo deu uma mordida em sua maçã.
— Você tem mais meia hora antes que o treino comece, pode ficar aí enquanto eu descanso — Romanoff falou saindo do local.
— Ok. Tudo bem se eu der mais uma volta pelos corredores? — falou em seu encalço.
— Sim, desde que esteja aqui às uma em ponto.
— Estarei!
saiu às pressas e foi novamente para aquela mesma sala, onde viu o tal soldado de braço de aço. Ao chegar ao local, ela viu que a sala já estava vazia. Tinha algo naquele local e naquele soldado que despertou a vontade de aprender a lutar. Decepcionada em não ter mais ninguém lá, especificamente o Soldado, voltou para a sala de tiro. Ao se virar, levou um grande susto que até deixou o resto da sua maçã cair. Só pela expressão de , poderia decifrar que ela estava congelada em se deparar com aquele Soldado atrás dela.
— Está tudo bem? — ele falou calmo.
— Sim, só estava esperando a hora do meu treinamento.
— Comigo? — o Soldado falou confuso e arqueou a sobrancelha.
— Não, com uma mulher ruiva, se eu não me engano, o nome dela é... Romanoff.
— Ah, sim, eu sei quem é. Qual é seu nome, soldada? — ele perguntou fazendo sinal para eles poderem andar.
Müller, mas pode chamar de , e não sou nenhuma soldada.
— Bucky Barnes, então por que você vai ser treinada?
— Bom, até onde eu sei, não sei. — deu os ombros.
— A Hydra não lhe passou o relatório?
— Não, nem mesmo o porquê de uma garota com sete anos precisa saber como manusear uma arma.
— Quantos anos? — Barnes disse pasmo e parado algum passo atrás de .
— Sete — ela falou normalmente.
— Você é aquela garotinha que eles acharam? — Barnes voltou a andar.
— Você se refere à explosão que teve atrás da minha casa e que meu irmão e meus pais morreram?
— Isso.
— Então sou eu, a sala é aquela ali. — apontou para a última sala do corredor.
Ele poderia estar completamente errado, mas ela era o Projeto GF 96 que Schmidt tanto falava naqueles últimos meses para o Soldado, que ele sabia que o próprio Projeto poderia mudar de nome. Ao chegar à sala, depois de uma conversa bem aleatória com , na qual estava cinco minutos adiantada, Barnes chamou Romanoff para uma conversa rápida, para não atrapalhar o treinamento de .
— Ela é o Projeto GF 96? — Barnes perguntou em um tom de voz baixo.
— Sim, Schmidt que quer o Projeto saia completamente perfeito, por isso está treinando ela desde cedo.
— Você quer dizer aos sete anos.
— Correto, você leu a ficha dela?
— Não, ela que me contou, na verdade, só me contou o que eu já sabia também.
— Mais nada?
— E você acha que depois que fizeram com ela, ela poderia lembrar-se de algo que eles apagaram? — Barnes perguntou desconfiado.
— Não, impossível.
— Vou deixar você treiná-la.
, durante a conversa, ficou olhando algumas armas que estavam em cima de uma mesa metálica. Nenhuma ali chamou atenção tanto quanto o modo de luta. Fazer o quê? Isso já estava em seu sangue, já que seu pai lutava boxe. O som do salto de Romanoff fez com que virasse e arrumasse a sua postura para poder começar o treinamento.
Romanoff pegou algumas armas e pentes, e colocou em seu coldre, depois pegou outro coldre e entregou para . Separou as mesmas armas que pegou para si e deixou tudo em fileira para que pudesse analisá-las.
— Aqui, pegue. — Romanoff entregou o coldre. — Você coloca o coldre em sua cintura, igual está em mim, e esse na sua coxa, entendeu?
— Sim.
observou por um tempo o coldre que Romanoff tinha em seu corpo e logo depois tentou copiar o da ruiva. Nada como complicado colocar um coldre em sua cintura e outro em sua coxa, tudo muito simples, só não poderia ser menos complicado se tivesse um coldre feito para corpo de uma garota de sete anos e mais nada. Mesmo tendo prendido do modo correto, eles caíram. levantou a cabeça e olhou para Romanoff, a primeira coisa que passou em seu pensamento era que Romanoff iria brigar com ela ou algo do tipo, como os outros instrutores fizeram com ela; só não esperava a reação que Romanoff esboçou.
— Está tudo bem. — Romanoff riu. — Você aprendeu do jeito certo, o único problema é que você não tem corpo de uma agente ou de uma soldada.
— Ufa, achei que você ia acabar gritando comigo — falou mais calma.
— Não, me deixa arrumar aqui para você. — Romanoff ajustou os coldres de . — Pronto.
— Obrigada.
— Agora, essas são as pistolas que você vai aprender a utilizar, uma .38, Glock 17L e uma 9MM, pegue-as. — Romanoff falou apontando para cada uma.
pegou as três armas que Romanoff apresentou para a garota junto com o pente de cada arma. Elas andaram até uma outra salinha que ficava dentro daquele mesmo ambiente. Romanoff apertou uma sequência de alvo para iniciantes e voltou para uma das cabines onde tinha deixado .
— Ok, esses são os cartuchos, certo? Basta você travar eles aqui. — Romanoff mostrou colocando no cabo. — E apertar o gatilho, a arma trava no momento que não tiver mais nenhuma para poder ser disparada, ok?
— Ok! Isso em todas?
— Sim, coloque esses fones no seu pescoço — Romanoff falou entregando.
— Pronto.
— Vamos começar, recarregue a 9MM e estique os braços, mantenha firme os braços e tente mirar no centro do alvo.
— Assim?
— Isso, apenas levante um pouco mais assim. — Romanoff mostrou a altura correta.
— Posso atirar? — falou animada.
— Pode, tente ter uma mira certeira.
— Tentarei.
colocou o fone e respirou fundo. Mirou bem no centro do alvo e atirou, um lindo tiro certeiro para uma iniciante, Romanoff e Müller ficaram surpresas, apesar de que o tiro certeiro foi apenas uma mera coincidência de acerto, nunca tinha manuseado uma arma, nem sequer uma 9MM.
Romanoff sabia que era nada mais que pura sorte, já que tinha tremido mais que qualquer outra coisa antes de apertar o gatilho; e foi assim por três horas consecutivas, e a cada trinta minutos do treinamento, Romanoff aumentava os objetivos e o limite de tempo. não estava tão exausta, já que sua única tarefa era carregar e atirar, e algumas vezes se movimentar entre as cabines. O que mais ajudava a manter energia e carga de ar em seus pulmões era a técnica que a ruiva havia lhe ensinado. Mesmo em um treinamento para uma iniciante e com apenas sete anos. Ela tinha uma boa movimentação e uma mira precisa, coisa que poucos só adquirem com o passar do tempo.
Saindo do treinamento com Romanoff, foi direto para seu quarto, tomou um banho rápido e colocou outra roupa de treinamento, ou melhor, de resistência. E mais uma vez, ia começar as piores horas do dia para aquela pequena garota de sete anos.
Em seu desenvolvimento durante as baterias de resistência, conseguiu superar muito mais que as outras vezes, estavam sendo melhores que do dia anterior, já que aplicava a técnica de respiração, ao que ela já começava a fazer sozinha sem precisar muito de se esforçar para lembrar-se de manter aquele controle de respiração. foi terminar as baterias quase cinco horas da manhã, isso se já não passava das cinco da manhã. Ao término, ela recebeu uma folha com o relatório do fim daquele mês de Junho, onde mostrava todo seu desempenho em todos os treinamentos e baterias de resistências.
Nele continha um gráfico onde mostrava muito bem que o potencial de em ambas as provas estava saindo mais do que o esperado, e que, em questão de um mês e meio, ela já poderia avançar em alguns treinamentos e entrar em outros, mas suas baterias de resistências iria continuar até que os cientistas, disfarçados de médicos, achassem que ela já estava pronta para poder dar o passo avançado. O que não sabia era que esse passo avançado seria o teste do Projeto GF 96.

••

Seis meses depois, já estava familiarizada com todos, principalmente com Romanoff, que fora as aulas com as armas, também ensinava coisas aleatórias para a menina, fora as conversas delas. Era desse modo que Romanoff e tiveram um elo forte. Romanoff, por si só, cuidava da garotinha como sua irmã, e o amor que sentia pela pequena não era diferente, e Müller? Bom, não era diferente, amava escutar tudo o que Romanoff tinha a dizer, coisas de mulheres e da vida, principalmente da vida.
— Quando você vai para a tal missão? — perguntou recolhendo as armas brancas.
— Daqui menos de um ano talvez, por quê?
— Para saber. Até onde eu sei, você está me treinando e eu preciso saber até onde vai o treinamento com minha amiga.
— Pode ter certeza que, até lá, vou ensinar tudo que eu sei e até mesmo um pouco mais, confie em mim — Romanoff falou completamente sincera.
— E eu confio, e eu sei que você vai ensinar tudo, eu só não estou preparada para receber a notícia que perdi mais uma pessoa que eu amo.
Ao escutar aquelas palavras acompanhada pelos olhos castanhos de marejados, Natasha sentiu um aperto no coração. Abraçou a garota, um abraço apertado de irmã para irmã. Por alguns minutos, Romanoff cogitou seu plano de voltar para a sede dos Vingadores e deixar dentro daquele lugar frio, mas ela sabia que, se fizesse isso, eles poderiam matá-la logo depois de conseguir o Tesseract. Mesmo com essa dor apertando friamente seu coração, Romanoff já tinha feito sua escolha e naquele abraço, prometeu para si mesma que voltaria com ou sem os Vingadores para conseguir salvar da H.Y.D.R.A.
— Eu vou voltar, você vai ver. — Romanoff se soltou do abraço.
— É bom mesmo, Nat, não quero ter que ir salvar você — brincou.
— Seria uma boa oportunidade de ver se o treinamento que te passei serviu para alguma coisa. — Romanoff riu.
— Você sabe que eu sei tudo e que aprendi rapidinho e decorei tudo.
— Convencida. Vai, o Barnes deve estar esperando você, não se atrase, já que é o primeiro treino dele com você.
— Ok, eu estou indo, Nat, até. — deu um abraço rápido em Romanoff.
— Até, .
foi correndo para a sala onde treinaria com Barnes, já que faltavam cinco minutos para começar seu treino. Por dois minutos, ela chegaria atrasada.
— Quer descansar um pouco? — o Soldado falou ironicamente.
— Não, eu tenho fôlego.
— Desde quando uma garotinha de sete anos tem tanto fôlego?
— Desde o dia que eu entrei para a H.Y.D.R.A. — deu um sorriso.
Ela tinha entrado para a H.Y.D.R.A., já que ela percebeu que aquele era seu mais novo lugar para chamar de lar.
— Vamos começar isso logo, fique ali. — Barnes apontou para uma linha branca no chão.
— Está bem. Pronto. E agora?
— O que você sabe de luta?
— Ah, muita coisa, como... Nada. É sério que você me fez essa pergunta? Nem parece que leu a minha grade de treinamento.
— Ok, vou te ensinar o básico de defesa.
— Está bem — ela repetiu.
— Vamos começar com o Krav Maga, O Krav Maga incorpora o boxe ocidental, chutes e joelhadas do karate, golpes da luta greco-Romana, luta no solo do Jiu-jitsu brasileiro, arremessos e agarramentos do Jiu Jitsu, e o mais importante, golpes explosivos adaptados do Wing Chun. Ele é, ao mesmo tempo, defesa e ataque, em vez de bloquear um ataque e então responder com outro, você bloqueia e ataca ao mesmo tempo. Por exemplo — Barnes falou, chegando mais perto de . — Não vou te machucar, calma, com o braço esquerdo é feito o bloqueio e o avanço, enquanto o defensor ataca com o punho direito na garganta do oponente, entendeu? — Barnes demonstrou em .
— Sim, sim, entendi.
— Poderia repetir?
— Claro, mas você é alto, não vai ajudar muito.
estava certa, mesmo o Soldado não sendo muito alto, não ia conseguir repetir a defesa nele, já que ela era menor por conta de sua idade.
— Bom... — Barnes deu um sorriso de leve. — Temos um problema então.
— Sim, o que posso fazer é repetir no ar, e se tiver errado você pode falar e me corrigir.
— Inteligente você, faça isso e eu vou analisar.
— Ok, primeiro com o meu braço esquerdo, eu faço o bloqueio e o avanço, depois eu coloco meu punho direito na garganta, está certo? — falou depois de fazer os movimentos no ar.
— Até que você não foi nada mal. Vamos fazer assim, vou lhe ensinar como manter a mão bem fechada e depois você dá um soco em um desses sacos de areia.
Barnes estava se irritando de ter que ir moderadamente com o treinamento, não sabia porque ele tinha que ser o instrutor de luta de .
— Ok.
— Dobre os dedos na altura da segunda articulação, onde a falange proximal encontra a falange média — Barnes falou demonstrando em sua mão. — Dobre novamente os dedos, de forma que a ponta de cada um fique protegida no meio da palma da mão, posicione e mantenha os polegares sobre os dedos indicador e médio de cada lado.
foi repetindo atentamente o que o Soldado falava e demonstrava.
— Não, não deixe o polegar debaixo dos outros dedos, ele tem que ficar em cima desse jeito!
— Ok, calma, senhor braço de metal! — riu e Barnes revirou os olhos.
— Desse jeito, você consegue quebrá-lo quando for lutar.
— Eu entendi, você pode prosseguir?
— Por último, você deve manter os punhos retos, sempre retos!
concordou com a cabeça.
O Soldado fez um sinal de espere com a mão e voltou com um boneco, colocou no centro do tatame, chamou a para mais perto e falou que ele seria o local para poder treinar, até ela tiver uma altura razoável para poder lutar com ele, mesmo ele achando aquilo algo bem fora do padrão de treino que ele sempre aplicava para os outros soldados. Barnes ensinou vários outros golpes de autodefesa, como escapar por um agarramento por trás, interromper um ataque lateral, de escapar de estrangulamento por trás, entre outras formas de defesa.
Durante o tempo de treinamento e os meses ao lado de , fez com que Barnes deixasse seu lado mais amoroso surgir bem sutilmente, tão sutilmente que nem mesmo o próprio Barnes percebeu. E, mais uma vez, conseguiu alguém dentro da H.Y.D.R.A. que pudesse cuidar e amparar nas piores horas, algo que ela mal sabia que estava mais perto do que ela pudesse imaginar.
Com o tempo, conseguiu aperfeiçoar alguns golpes de defesa e de ataque, nada muito elaborado, já que ele quis começar com coisas mais suaves por conta da idade e do porte físico de , e claro, com isso, só fazia com que Schmidt percebesse que ela era a pessoa certa para fazer parte do Projeto GF 96.

••

1999.

Fazia quase um ano que — ela estava com oito anos — estava lúcida e fazendo os treinamentos e os testes pela H.Y.D.R.A. Romanoff já tinha dado o relatório final dos treinamentos com Müller para Schmidt. Depois disso, ele chamou todos os tutores e cientistas que acompanhavam Müller de perto para uma reunião, fazendo assim com que só tivesse meio período de treinamento, e a partir daquele momento, ela recebesse relatórios de como algumas missões da H.Y.D.R.A. foram concluídas. Ao término da reunião, Romanoff recebeu a ordem para ir conversar e chamar a cobaia para uma pequena e curta reunião entre eles.
Romanoff deu duas batidas na porta e escutou um “Pode entrar” abafado.
— Oi! — falou alegre.
— Oi, estou atrapalhando?
— Não, estava apenas descansando e ouvindo um pouco de música, por quê?
— Schmidt quer falar com você junto com a Kiyoko.
— Algo aconteceu?
— Não, mas independente do que acontecer, você sabe, tem que se manter forte. — Natasha disse, com ar de tristeza em seu tom de voz.
— Você está me deixando assustada.
— É apenas uma forma de dizer que eu fico preocupada com você e que vou ficar preocupada com você durante a missão. Você sabe, eu não... — interrompeu Romanoff.
— Você não é bom em demonstrar amor, tudo bem. — riu. — Vamos?
Romanoff e saíram do quarto e foram para o laboratório; ao chegarem ao local, Schmidt e Kiyoko pararam de conversar e foram até as garotas, que estavam a poucos centímetros da porta.
Schmidt caminhava com um largo sorriso maligno e de satisfação nos lábios, o que ele mais desejava desde que conseguiu capturar , ia acontecer naquele fim de tarde. Kiyoko começou a falar a desculpa, que teria que fazer novos exames só para apenas poder fazer o Projeto GF 96 nela. Durante toda a explicação que Kiyoko passou para , e como já esperado, a garota bufou e soltou um “Sério que vocês não podem deixar isso para mais tarde?”, Kiyoko e Schmidt ignoraram e a levaram mais a fundo do laboratório.
Os quatros desceram uma escadinha de ferro, onde dava para uma sala branca, estranhou a sala nova, pois ela nunca havia entrado naquele ambiente, afinal, toda vez que precisava fazer os exames de rotina a cada três meses, era em uma sala que literalmente tinha aparência de ambulatório. Mas aquela era diferente, tinha um quarto revestido de vidro Policarbonato Compacto, lá dentro uma maca com cintos de couro branco, na qual ficava acoplado o caminho do soro até uma agulha mecânica, aos lados estavam o monitor de batimento cardíaco e respiratório, e do outro, o ganchinho onde pendurava os soros.
Na frente, ficavam os computadores que ajudavam os cientistas no monitoramento do paciente — no caso, a — e mais para a direita, uma pequena escada com mármore dava acesso a uma cabine onde as pessoas assistiam todo o processo dos cobaias.
Quando terminaram de descer as escadas, Romanoff viu que tudo estava pronto para o Projeto ser colocado em prática.
, eu já volto, ok? Tenho que fazer algumas coisas antes de ir — Romanoff falou do lado de e deu um leve aperto de mãos, já que ela não queria mostrar o afeto de ambas.
— Ok, volte logo, viu.
— Pode deixar.
Romanoff deixou sob os cuidados de Kiyoko e foi à procura do Soldado Invernal. Seria mais lógico ir direto ao centro de treinamento dele, já que era o maior passatempo do homem dentro daquele lugar, mas Romanoff optou por ir até o dormitório do Soldado Invernal. Durante o trajeto pelos corredores, era fácil de perceber a desconfiança dos outros agentes e soldados da H.Y.D.R.A. só pela visão periférica. Romanoff percebia que ninguém ali confiava nela, mesmo que Schmidt tenha dado a total certeza que Natasha Romanoff não estava mais “conectada” com a S.H.I.E.L.D.
Ao chegar ao dormitório de Barnes, Romanoff viu a porta entreaberta, com todo cuidado e com desconfiança que algo tinha dado errado, Natasha abriu a porta e se deparou com o Soldado olhando para o teto deitado em sua cama.
— Atrapalho? — Romanoff perguntou.
— Não. — Ele sentou. — Schmidt está me chamando?
— Na verdade, não. Só vim avisar que a Müller está em processo do Projeto — Romanoff falou desanimada.
— Já? Mas não era para ser amanhã, no fim do dia? — Barnes se levantou bruscamente de sua cama e foi em direção ao laboratório.
— Você conhece o Schmidt, ele está obcecado por esse Projeto — Romanoff falou, no encalço do Soldado Invernal.
— Ele nem a preparou?
— Não, e você acha que ele faria isso com a cobaia dele?
— Sim, já que ela vem sendo o único foco dele nesses últimos anos.
— Acho que você pode evitar que isso seja hoje.
— Eu espero, precisa, pelo menos, saber o que vão fazer com ela.
— Então corra, Soldado, ou pode ser tarde demais.
Romanoff mal tinha terminado sua frase e o Soldado Invernal já tinha se distanciado o suficiente da ruiva para que ela pudesse dar mais um aviso para ele. O que ele pensava e desejava, era proteger Müller do Projeto antes que fosse tarde demais, mesmo sabendo que ela estava sendo preparada para o Projeto. Por ele e por todos.
Não que ele queria parar o projeto e cuidar dela como se fosse apenas uma garotinha que encontrou, ele sabia, de alguma forma, que tinha a conhecido, que no fundo, tinha um sentimento sutil por ela nesse momento — claro, depois de tudo, ele poderia estar com um percentual de suas lembranças voltando, ou era apenas momentânea essa sensação.
Barnes correu o máximo que pôde, mas não foi o suficiente para poder impedir que o Projeto fosse injetado em Müller. Ele desceu as escadas o mais rápido, e mesmo antes de falar algo para Schmidt, ele já tinha um sinal para não fazer nenhum barulho que pudesse fazer se distrair e desconfiar. Ele apenas viu deitada e amarrada na maca com cintos de couro, com roupas brancas e o braço direito esticado de uma forma que nenhum dos cintos pudesse atrapalhar a agulha
Kiyoko pegou um saquinho com um líquido azul, pendurou em um dos ferrinhos que ficava ao lado, depois em uma das mesinhas de ferro — móvel — pegou uma seringa, onde continha um líquido roxo, deu três batidinhas na seringa e furou o topo do saquinho do líquido azul sem deixar que ambos os líquidos vazassem. Antes de aplicar o Projeto GF 96 em , ela deu uma anestesia fraca para que ela não sentisse nenhuma dor do líquido entrando em sua veia.
Schmidt subiu para uma salinha de vidro onde tinha uma visão panorâmica da sala abaixo. Depois de um sinal positivo de Kiyoko, Schmidt apertou o botão para abrir o áudio do microfone em um som razoável, para todos que estavam presentes na sala pudesse escutar. Ele anunciou o Projeto com tanto orgulho, que parecia que era seu filho que estava nascendo.
Hoje, dia dezoito de junho de mil novecentos e noventa e nove, estamos dando início ao Projeto GF 96, com a nossa mais jovem soldada Müller — Schmidt falou com o peito completamente estufado de satisfação e orgulho.
se assustou ao escutar o anúncio do Projeto, ela procurou em sua volta Romanoff ou Barnes para pedir ajuda a eles ou uma explicação do porquê eles fizeram aquilo com ela, e mesmo só passando os olhos em sua volta, ela não os encontrou. gritava desesperada para que eles parassem, se debatia na maca com tentativas de se soltar, mas mesmo usando todas suas forças, não teve sucesso. Kiyoko abriu a válvula para o soro Projeto GF 96 começasse a entrar em sua veia, aquele líquido gelado entrava rasgando em sua veia lentamente, a dor era insuportável. Ela gritava a ponto de suas cordas vocais não terem mais capacidade de emitir nenhum som. fechava suas mãos em formato de punho com uma extrema força que as deixava branca de tanto apertá-las, seus músculos começaram a se contrair e ficarem rígidos ao mesmo tempo.
não entendia mais nada, sua mente estava uma confusão. A cada gota do Projeto que entrava em sua corrente sanguínea, era um efeito completamente diferente, em alguns momentos, ela sentia que seu corpo ia se desmaterializar de tanta dor que ela sentia, em outro momento, ela sentia que poderia congelar ali em questão de segundos — por conta do gelado que estava dominado cada canto de seu corpo e, em outros momentos, ela sentia que o primeiro que ela olhasse nos olhos, era aquele que ela iria matar só pra descontar toda raiva, na qual ela não sabia o porquê estava sentindo.
Ao término do líquido azul meia noite, os batimentos de caíram, o desespero de todos na sala se transformou em silêncio total, só se escutava a respiração ofegante da cientista Kiyoko, por medo do Projeto ter falhado mais uma vez. Schmidt desceu da sala e foi logo em direção da cientista, cochichou um “O que aconteceu? Você falou que ia funcionar nesta garotinha!”. E foi mais que um disparo de medo, algo naquela sala tinha acontecido, que aparentava ter saído do esperado.


Continua...


Nota da autora: Espero que tenham gostado do capítulo, em breve trarei mais atualização da fanfic.
"Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo" – Alanzoka.
Quer conversar sobre o capítulo/fanfic? Me chama lá na rede social.

💫


Nota da Beth Aurora Boreal: Coitada da Nicolina, tão pequena e passando por isso tudo... Curiosa para saber o que vai acontecer depois disso.

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