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Codificada por: Cleópatra

Finalizada em: 19/02/2025

Desejo ardente
Suas mãos estão suando
Quando esta sala pegou fogo?
(All to you, canção de Sabrina Claudio)



O relógio marcava 17:35 quando comecei a me espreguiçar com a visão completamente cansada. A tela do computador piscava com a planilha interminável que eu tentava, pela terceira vez, revisar. Mas, como em toda em sexta, minha concentração se esvaia aos poucos. O escritório, normalmente caótico durante o início da semana, estava silencioso, exceto pelo som das teclas sendo pressionadas por mim e o farfalhar de papéis.
Trabalhar em uma grande empresa tinha lá suas vantagens – salário decente, café de graça e a possibilidade de fingir que estava extremamente ocupada quando, na verdade, só estava respondendo mensagens aleatórias no celular. Mas, como tudo na vida, também tinha suas desvantagens: reuniões intermináveis com pessoas que pareciam ter saído da merda de um livro dos anos 50, prazos apertados e, claro, a infame “sextada” corporativa, onde todo mundo fingia que trabalhava até dar a hora de sair correndo.
O problema era que, aparentemente, eu não tinha recebido o memorando dessa cultura. Enquanto todos já tinham escapado como ratos fugindo de um navio prestes a afundar, eu continuava aqui, presa nesse escritório com uma planilha que decididamente me odiava. Ah, é um fato sobre mim que eu preciso reiterar:
Eu odeio tabelas. Todas elas. Pequenas, grandes, coloridas, monocromáticas, com gráficos bonitinhos ou feias e desalinhadas. Não importa. Se envolve células e fórmulas matemáticas, eu automaticamente entro em um estado de negação existencial.
E, honestamente, eu não deveria estar aqui. Não numa sexta-feira. Não olhando para essa planilha que se recusava a colaborar comigo.
—Eu só queria saber quem teve a brilhante ideia de criar a merda do excel. E por que diabos essa pessoa não foi presa. —Joguei um olhar para o documento aberto e desejei, pela quarta vez naquele dia, que ele simplesmente se preenchesse sozinho. Claro que isso não aconteceu. A tecnologia ainda não havia avançado o suficiente para salvar funcionários desesperados.
O que era ridículo, visto que, na minha cabeça confusa e cansada, a tal da revolução técnico-informacional tinha surgido para melhorar a vida do ser humano. Uma contradição absurda.
—Falando sozinha?
A voz profunda e carregada de diversão me pegou de surpresa. Eu me virei no susto, só para encontrar Kim Seokjin parado na entrada da sala, com um copo de café na mão e aquele maldito sorrisinho convencido nos lábios.
Seokjin, o diretor mais jovem do setor, o funcionário prodígio que todo mundo adorava e o responsável por, de alguma forma, fazer com que até reuniões intermináveis parecessem menos infernais. Não porque ele era um líder inspirador ou algo assim. Mas porque era impossível se concentrar em qualquer coisa quando ele estava na sala.

Alto, bonito e com aquele maldito ar de quem sabe exatamente o efeito que causa, Jin tinha a capacidade irritante de desviar a atenção de qualquer um. Ele falava e todo mundo escutava. Ele sorria e todo mundo esquecia a desgraça do prazo apertado. Ele soltava uma piada boba e, de repente, até os gerentes rabugentos estavam rindo como adolescentes apaixonados.
E eu?
Bom, eu me esforçava para ser imune. Tentava, de verdade. Mas como resistir quando aquele desgraçado não era apenas meu chefe, e sim a personificação de um dos meus mais obscenos e recorrentes fantasmas sexuais?
Para mim, um fantasma sexual era aquele tipo de homem que assombrava meus pensamentos nos momentos mais inoportunos. Aparecia sem ser chamado, me perseguia em devaneios indecentes e, pior, insistia em se materializar na forma do meu chefe. Era quase um poltergeist do desejo, sussurrando coisas que eu definitivamente não deveria estar imaginando em horário de expediente.
Meus neurônios entravam em curto sempre que ficávamos sozinhos.
— Não estou falando sozinha — retruquei, recompondo minha dignidade. — Estou discutindo com essa planilha.

Ele arqueou uma sobrancelha, claramente se divertindo.

— E ela está respondendo? —bebericou um pouco do café —Achava que não tínhamos evoluído a ponto de tabelas falarem como a Alexa.
Cruzei os braços, estreitando os olhos.

— Se estivesse, eu já teria pedido demissão.

Jin riu baixo antes de dar mais um gole no café, caminhando despreocupadamente até uma mesa (exclusiva para ele) que ficava, também, no meu escritório. Mas, em vez de sentar e fingir que era um funcionário normal que deveria ter ido embora há meia hora, ele se apoiou na borda, me observando com um olhar quase provocador.
Senti a merda de um formigamento quase imediato no meio das minhas pernas.
—Eu acho que não tenho notícias boas para você. —franzi o cenho —Ainda vamos passar um bom tempo aqui.
— O quê?
— O sistema caiu e a diretoria precisa do relatório final antes da meia-noite — explicou. — Até resolverem isso, ninguém sai.
Meu cérebro levou um segundo para processar.
— Espera, ninguém?

— Bom, na verdade… — Ele fez uma pausa dramática. — Todo mundo já foi embora. Só sobrou você. E eu.
— Ótimo. Sexta-feira à noite presa no escritório com uma planilha e um narcisista. Exatamente como eu planejei minha vida.
Seokjin sorriu daquele jeito irritantemente confiante, como alguém que conhecia muito bem o estrago que causava.
— Não é narcisismo quando eu apenas aceito os fatos. E o fato, , é que eu deixo um rastro por onde passo.
Revirei os olhos, apoiando o cotovelo na mesa e o rosto na mão, exausta demais para discutir com o ego inflado do meu chefe.
— Ah, claro. E eu sou a rainha da Inglaterra.
—Rainha da Inglaterra? —ele despejou o copo de café no lixeiro —Puta merda, não me recordo de alguma que fosse pelo menos bonitinha como você. —Jin riu, puxando a cadeira da mesa ao lado e se sentando sem nenhum pingo de pressa, como se realmente estivesse gostando da situação.—Você não me acha charmoso, ?
A pergunta veio com um tom despreocupado, mas eu sabia que no fundo ele estava se divertindo às minhas custas. Ele sabia que aquilo me tirava do sério, mas não ia dar o gosto de me estressar com o narcisismo forçado dele. Já tinha as malditas planilhas.

Cruzei os braços e ergui uma sobrancelha.

— Penso que você se acha charmoso o suficiente por nós dois.
— Então quer dizer que você pensa sobre mim?

Abri a boca para rebater, mas nenhuma resposta espirituosa veio.

Droga. Droga.
É a porra do poltergeist do desejo.
Seokjin percebeu minha hesitação e sorriu ainda mais, como se tivesse acabado de vencer um jogo que eu nem sabia que estávamos jogando.

— Eu sabia — murmurou, satisfeito.
Abaixei o olhar para minha tela, fingindo me concentrar na planilha, mas sentindo o calor subir pelo meu pescoço.

Definitivamente, a tabela não era mais meu maior problema.



Kim Seokjin

Se eu dissesse que não estava me divertindo, estaria mentindo.

era, sem dúvidas, a funcionária mais teimosa desse escritório. Desde que entrou para a equipe, nunca foi do tipo que se intimidava fácil, muito menos do tipo que caía na minha lábia. Ela me enfrentava, revirava os olhos para as minhas piadas e soltava respostas afiadas como se fosse um reflexo natural.

E eu gostava disso. Eu gostava pra cacete. A ponto de me excitar como a porra de um adolescente na puberdade quando ouvia uma resposta mal criada saindo da boca daquela mulher.
Gostava do jeito que ela me olhava, sempre com aquela mistura de exasperação e desafio. Gostava do jeito que sua testa franzia quando estava concentrada ou irritada. Gostava até do jeito que ela fingia me ignorar, mesmo quando eu tinha certeza que estava prestando atenção em cada palavra minha. Mas, acima de tudo, eu gostava do fato de que, apesar de tudo, ela nunca saía desse jogo. E que bom que ela não saía, porque eu me excitava com aquilo. Constantemente.
Já passavam das 21h37 quando me levantei da cadeira, sentindo minhas costas reclamarem depois de horas na mesma posição. Ficar ali nunca esteve nos meus planos, mas, para variar, eu também não tinha muita escolha. Ser chefe parecia um título glamoroso para quem via de fora, mas, na realidade, era um exercício diário de paciência e resistência. Eu não só precisava tomar decisões o tempo todo, como também lidar com crises que não eram minhas e problemas que, na maioria das vezes, poderiam ser resolvidos com um mínimo de bom senso — algo que, aparentemente, era um recurso escasso.

— Ok, eu desisto por alguns minutos. — Passei as mãos pelo rosto, soltando um suspiro longo. — Se eu olhar pra essa tela por mais um segundo, meu cérebro vai desligar sozinho.
ergueu os olhos cansados, mas pude ver uma pequena surpresa no olhar da minha secretária.
— Você… desistindo? — arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços. Não pude deixar de notar o pequeno decote nos seios dela. — Ok, agora eu estou preocupada.

Dei um meio sorriso, recostando-me na cadeira e observando-a com interesse. Bem mais interesse.
— O que foi? Você me acha tão inflexível assim?
Ela inclinou a cabeça de leve, me avaliando com aquela expressão cética que já conhecia bem.

— Acho que você é o tipo de cara que levaria trabalho até para um encontro romântico.

Soltei uma risada curta.

— Isso é um jeito sutil de perguntar se eu sou um romântico, ? —espreguicei as minhas costas e dei um sorriso de canto —Eu sou romântico, mas também sei não ser. Depende de como pedem.

O rubor que subiu pelas bochechas dela foi quase imperceptível, mas eu notei. Eu sempre notava.

Ela revirou os olhos, desviando o olhar para a tela do computador.

— Não seja ridículo.
Apoiei um cotovelo na mesa dela, inclinando-me um pouco mais para perto.

— Você que começou. —dei mais um sorriso e a chamei com o dedo indicador—Vamos, se levante. Nós dois precisamos de uma pausa. Estamos tensos e você sabe como a diretoria é um pé no saco com esses relatórios. Um erro e eles são capazes de nos fazer revisar tudo do zero — completei, observando a expressão dela mudar de exaustão para puro desespero.

— Deus me livre — resmungou, passando as mãos pelo rosto. — Eu realmente preciso desse café.

— Então, não vamos perder tempo.

suspirou, finalmente se levantando da cadeira e esticando os braços acima da cabeça. O movimento fez sua blusa subir levemente, revelando uma fina faixa de pele.
O andar estava completamente vazio e sendo iluminado somente pelas luzes da grande Seul a essa hora, o que tornava tudo mais tranquilo… e estranhamente íntimo.
— Seokjin — chamou meu nome de repente enquanto eu escutava o barulho da máquina de café, fazendo-me olhar para trás.

— Hm?

Ela me analisou por um momento, como se estivesse decidindo se valia a pena dizer o que estava em sua mente. Pegou o expresso já pronto e levou até os lábios, irritantemente provocadora.
Era normal se sentir excitado por uma mulher que tomava café?
Ser chefe tem lá seus fetiches estranhos.

— Você já cometeu um erro de propósito?
Arqueei uma sobrancelha, surpreso com a pergunta.
— No trabalho?
— Sim.
Cruzei os braços, intrigado.
— Por que faria isso?
Ela deu de ombros, olhando para frente enquanto eu também pegava minha cafeína.
— Só para ver no que dá.
— Isso soa como algo perigoso, .
— Talvez. — Ela me lançou um olhar de lado com um brilho travesso nos olhos. — Mas todo mundo precisa de um pouco de perigo de vez em quando.
Ah, aquilo ficou interessante. Definitivamente interessante.
—E o que você sabe sobre o perigo, ? —tomei o expresso em questão de segundos e ele não era nada quente em comparação com meu corpo, no momento.
— Ah, eu sei o suficiente para me manter longe quando é demais. — Ela sorriu com o brilho nos olhos agora mais intenso, quase como se estivesse lendo a minha mente. Jogou o copo vazio no lixo e deu passos lentos em minha direção. — Mas também sei quando é divertido se aproximar... de algo que me faz sentir viva. E você, Seokjin? O que sabe sobre isso?
Eu mordi o lábio, tentando esconder o quanto estava curioso sobre até onde ela estava disposta a ir com aquele jogo. Eu sabia que não era do tipo de pessoa que se contentava com o simples. Ela gostava de explorar os limites. E, talvez... só talvez, ela tivesse acabado de me puxar para um território onde eu nunca imaginei estar.
Ela se inclinou para mais perto e pude sentir a respiração da minha secretária mais perto do meu rosto. O cheiro de menta misturado com café juntamente com o perfume doce e inebriante era quase a provocação encarnada.
— Eu? — Meus lábios estavam a centímetros dos dela. Eu podia ver a chama nos seus olhos, mas também algo mais profundo, algo que me atraía e me chamava. A merda de um incêndio que eu era incapaz de ignorar. — Eu sei o suficiente para não querer mais ficar longe... do que está bem na minha frente.
Ela riu baixinho com o som sedutor, e foi o que me deu a permissão silenciosa para avançar. Não havia mais espaço entre nós. Eu podia sentir o calor da pele dela, o desejo escondido em cada movimento sutil. Ela levantou a mão, tocando meu pescoço com a ponta dos dedos, e a pressão dentro da minha calça aumentou.

— Então... — Ela sussurrou, com os lábios quase tocando os meus. — Vamos ver o quão longe podemos ir.
—Não é tão longe. Só o suficiente para chegarmos até a minha sala e eu trancar a porta.
📈

Nossas línguas pareciam uma espécie de espiral quase alucinante. Eu tinha feito questão, quando fui admitido na empresa, que o ar condicionado fosse o que mais se assemelhasse com o inverno congelante de Seul. Mas, naquele momento o calor era capaz de romper qualquer ideia que tinha na minha cabeça. Tudo parecia em chamas.
soltou um gemido abafado contra minha boca e eu a puxava contra meu corpo, completamente irado com a ideia de que ela ficasse distante por sequer alguns milímetros. As unhas vermelhas puxaram meus cabelos de leve e logo fiz uma pequena força para que as pernas de se segurassem no meu quadril, fazendo questão de que ela sentisse o meu volume. A coloquei em cima da mesa do meu escritório enquanto aprofundávamos, ainda mais, o nosso beijo.
Não entendia se fora a tensão da semana com as reuniões chatas pra caralho com os velhos rabugentos ou se era a adrenalina pulsando em cada veia do meu corpo por estar quase transando com a minha secretária gostosa em cima da minha mesa, mas, sem dúvidas, aquele beijo conseguiu me tirar da linha de sanidade mental.
Ela estava na beirada da mesa e eu podia sentir a boceta praticamente colada no meu pau que estava horrivelmente apertado pelo terno. E não foi menos pior quando senti as mãos pequenas e delicadas de , tentando se livrar da gravata que estava me incomodando como a merda de uma corda no meu pescoço.
—Aqui não tem câmeras, certo? —ela perguntou ofegante enquanto eu, também, tentava buscar algum resquício de fôlego nos pulmões.
—Até tem, mas estão desativadas. —ela me olhou desconfiada —Eu as desativei antes de ir pra sua sala, linda. Não precisa se preocupar.
—Hum, então você já foi mal intencionado, certo?
—Mal? —sorri alto —Não, eu fui bem, mas muito bem intencionado.
—Sempre soube que você era um canalha. Esse sorrisinho nunca me enganou.
—Não seja rude, linda. Eu também sou um homem gentil e legal, além do meu rostinho bonito.
—Eu até concordo com você, mas, preciso fazer um pedido. — tirou minha camiseta lentamente e eu pude sentir meu pau dar mais espasmos com o olhar carregado de luxúria sob o meu peitoral. —Não seja gentil, por favor.
Eu tinha feito uma breve lista mental de motivos pelo qual eu deveria ser romântico com ela. Queria ser lembrado pelo carinho, pelo cuidado e pela forma como a fazia se sentir única ou como a tocava de um jeito que a fazia esquecer de tudo ao redor. Mas, enquanto eu a observava, cada pensamento racional se desfazia lentamente. O desejo queimava mais forte do que qualquer razão.
E, no mesmo segundo que senti a mão dela apertar meu pau, tudo se esvaiu completamente como uma fumaça.
—O que você me diz, Jin? —meu apelido ficou estranhamente mais excitante na boca dela.
—Não se preocupe. Eu vou foder você, como nunca sentiu antes.

Meus pensamentos se desintegraram como átomos quando colocou a mão por dentro da minha calça e começou movimentos lentos no meu pênis. A desgraçada deu um sorrisinho e aquilo foi o suficiente para que meu mundo caísse sob meus ombros. Eu já poderia gozar vendo aquela cena.
—Caralho. Sua mão é uma delícia. —elogiei, encostando minha testa suada na dela. Por que diabos aquele ar condicionado não estava funcionando?
—Vai, me diz, quantas você se tocou pensando em mim, huh? —a maldita deu um outro sorriso e, por um segundo, tentei recapitular na minha mente colapsada quantas vezes eu precisei ir até o banheiro daquela empresa para me aliviar, pois não conseguia, de jeito nenhum, me concentrar em algo que não fosse os decotes, o andado sensual com os usuais saltos e as vezes em que ela colocava a caneta na boca. Céus, como eu desejei que fosse meu pau.
—Ah, mais vezes do que eu me orgulho —ela me tocou mais forte e eu gemi, fechando os olhos e os abrindo para ver o quanto ela também se deliciava com aquilo. —Você é um incêndio, . Não tem como olhar pra você e não desejar meter, nem que seja por alguns segundos.
—Então, as vezes que você saía do nada com “dor de cabeça” era só uma desculpa?
—Não, eu realmente estava com dor de cabeça. —sorri, apertando os seios fartos da mulher —Mas, era na de baixo.
—Quem sabe se você não tivesse dado algum sinal mais claro, eu não teria acompanhado meu chefe? —ela aumentou os ritmos com a mão e eu respirei fundo, contendo um gemido sonoro —Seria interessante a ideia de ver o meu chefinho metendo na secretária dele dentro de um banheiro.
—Desgraçada! —aloquei minha mão embaixo da saia de e soltei um leve arfar ao ver como ela estava completamente molhada. Me livrei do relógio que queimava minha pele enquanto observava tirar a própria blusa, sentindo mais tesão —se é que isso era possível—,ao observar o sutiã vermelho rendado. Ela ia me matar. Era isso. Aquela maldita queria me matar, me foder, me deixar transtornado. E com isso mente, acelerei os movimentos dos meus dedos.
Não iria morrer sozinho. Não mesmo.
—Merda, por que diabos você ainda não tirou a minha calcinha? —ela gemeu, mordendo o lábio interior.
—Está muito apressada, princesa? —minha voz saiu rouca pelo desejo —Eu tenho que te lembrar uma coisa, . Dentro dessa sala, eu sou único e exclusivamente seu chefe. Não dá pra permitir você me dar ordens.
—Mas você sabe o quanto eu gosto de desafiar as ordens, Jin. Principalmente as suas.
Aquela frase que, em outros momentos, me faria alisar as têmporas de irritação, me deixou muito mais excitado que eu esperava. E, então, eu a beijei sem me importar se a porcaria do fôlego iria me trair. Na verdade, eu estava sendo guiado pelos gemidos que eram abafados pela minha língua, conforme eu a masturbava ainda por cima da calcinha. Os barulhos ficaram mais intensos quando deslizei o tecido minúsculo para o lado e, finalmente, meus dedos resvalaram para dentro da boceta molhada de , fazendo com que ela arqueasse as costas de leve pelo contato quase que repentino.
se apressou para tirar o sutiã e eu sorri, observando o efeito que eu estava causando nela. Quando a peça caiu no chão, fiquei, pelos menos, uns 10 segundos, completamente hipnotizado com os peitos tão lindos que subiam e desciam devido à respiração ofegante.
—Você não faz ideia do quanto eu quis me enterrar nesses peitos maravilhosos quando eu te via com seus decotes. Merda, como você é gostosa, . —confessei e ela deu um maldito sorrisinho, pegando uma das minhas mãos e a posicionando em cima do seio esquerdo. Não perdi tempo e o abocanhei enquanto enfiava dois dedos na boceta, no entanto, sem perder a concentração no sugar para que ela gemesse alto.
Foda-se.
Aquelas paredes tinham isolamento acústico.
Em questão de segundos, eu estava com o rosto completamente imerso nos seios de , nunca perdendo tempo somente em um e, sim, alternando entre um e outro. Não queria perder nada daquela sensação, pois algo me dizia que aquele momento seria único e não iria se repetir nem tão cedo.
A minha mente estava uma bagunça, mas ao mesmo tempo, algo em mim sentia uma clareza aterradora. Esse era o tipo de momento que não voltava. Um instante tão raro e poderoso que, se eu não o aproveitasse agora, nunca mais teria outra chance. Quando estaríamos sozinhos numa empresa, numa sexta feira por conta do sistema que decidiu cair? Detalhe: um sistema que, em hipótese alguma, deixa de funcionar.
Algumas oportunidades só aparecem uma vez na vida. Isso é um fato. E quando elas aparecem, você deve agarrar. Principalmente quando a oportunidade seja a sua secretária.
Ver praticamente zonza de tanto desejo me fez não querer parar. Continuei com meus dedos, completamente hipnotizado, no ritmo de entra e sai, sentindo o clitóris inchado.
—Inferno, se você não parar, eu vou gozar. —ela pendeu a cabeça um pouco trás.
—Não é isso que você quer?
—Sim, e estou amando seus dedos dentro de mim. São deliciosos —ela murmurou quase em um gemido —Mas, eu quero gozar sentindo seu pau enterrado todo na minha boceta, entende? E também tá meio injusto você ainda estar de calça. Estou me sentindo em desvantagem.
Sorri, vendo que a secretária estava, realmente, diante de mim: era uma reclamona nata. A tirei da mesa e a deixei em pé, alinhando meu corpo contra o seu. Tateei uma das gavetas em busca da minha carteira, pegando uma camisinha que eu sempre deixava ali em casos de emergência e continuei beijando os peitos de .
Deus, o que era aquilo? Uma droga, tipo heroína? Por que era tão viciante?
Trilhei um caminho torturante para a barriga e, a olhando, mordisquei a calcinha vermelha que fazia um conjunto perfeito com o sutiã e a desci lentamente. fechou os olhos, completamente perdida com a sensação e sentou-se na mesa, mais uma vez, dando-me uma visão perfeita da boceta. Beijei sua coxa interior e, preguiçosamente, lambi toda a sua extensão.
—Cacete! —ela xingou e eu pude sentir a pele dela se ruborizar com arrepios. Não pude perder a oportunidade de repetir o movimento só pra ouvi-la xingar mais. Aquilo parecia a merda de uma súplica. A chupei com mais pressão e senti as mãos de nos meus cabelos, puxando-os com ligeira força, enquanto eu colocava uma de suas pernas nos meus ombros com o intuito de fazer com que ela ficasse mais aberta.
A porra da visão do paraíso. Não fazia ideia de quando foi a última vez que eu fiquei tão fissurado em uma mulher. não era só bonita e gostosa. Não.
Ela era inteligente, jogadora, perspicaz e tinha algo que conseguia me consumir completamente.
Me afastei e abaixei minha calça. Instantaneamente comecei a me masturbar, inebriado pela imagem da minha secretária se tocando, ao observar meu pênis completamente duro bater na minha barriga. Coloquei a camisinha no meu pau e comecei a passar a glande pelo clitóris de . Gemi com a sensação. Ela estava quente como um deserto e molhada.
—Então você parou de me chupar pra ficar me torturando? —ela falou em um tom autoritário e fiz questão de passar a cabeça pela sua extensão cada vez mais moroso. —Jin, seu filho da puta, se quer me comer, não fica fazendo isso. Eu estou quase morrendo aqui.
—Eu queria muito continuar te chupando. E quero sua boquinha me chupando, também. Muito mesmo. Pra caralho —coloquei minhas duas mãos em seu pescoço e a beijei, sem perder o controle do meu pau na intimidade dela. —Mas, não posso ficar mais um segundo sem meter na sua boceta gostosa, linda. E seus olhos estão dizendo que quer isso tanto quanto eu.
—Então, vai, por favor —ela clamou, me encarando e fazendo com que eu perdesse os últimos resquícios de controle. —Mete tudo nela, sem pena.
Caralho, aquela mulher implorando para que eu a fodesse era, definitivamente, meu fim. Encaixei meu pau na entrada de sem perder o contato visual, e a beijei com todo meu fervor. Em um impulso, me enterrei completamente nela. Nossos gemidos, quase lânguidos, foram abafados pela porcaria do beijo perfeito.
—Porra! —ela arfou, olhando dentro dos meus olhos.
—Tá tudo bem? Posso continuar? —perguntei preocupado e ela assentiu. Comecei os movimentos devagar, fazendo com que ela me olhasse ansiosa, praticamente pedindo para que eu acelerasse mais e mais. Céus, aquela maldita iria acabar comigo. A ideia de que ela estava ansiosa e com vontade de que eu metesse mais forte, acabava com minha mente. Me fodia completamente.
—Chefe, não para, por favor. —ela gemeu —Eu tô completamente molhada pra você. Mete forte, porra!
E não era mentira. estava tão encharcada que meu pau não tinha nenhuma dificuldade em deslizar dentro dela.
—Safada... —falei rindo e aumentando a velocidade das estocadas. Meu pau latejava como se eu tivesse uma necessidade quase visceral de estar inteiramente dentro dela. Dei algumas bombeadas na tentativa de contê-lo, mas as células do meu corpo estavam em uma guerra. Tudo queria ela e nada parecia ser suficiente.
—Caralho! —ela gemeu se apoiando com força na mesa, visto que minhas investidas a balançavam de forma frenética.
Uma vez. Duas vezes e três vezes mais forte. Gemidos mais altos e corpos tremendo.
Finalmente, ela veio. Exatamente como eu havia previsto. gozou forte e, se não fosse o isolamento sonoro da sala, Seul inteira poderia ter ouvido os gemidos que ecoaram da boca dela.
A tirei da mesa em um movimento nada delicado e a segurei antes mesmo que ela caísse. Sorri com a cena e me sentei na cadeira.
Era quase uma súplica. Eu precisava daquela garota sentando em mim.
—Cansada?
—Mesmo que eu estivesse, ver você sentado assim tão cachorro, praticamente implorando para que eu sente no seu pau, eu não seria maluca de recusar.
—Então, vem, linda. —me arrumei confortavelmente na cadeira —Eu sou todo seu.

deu um sorriso devasso e jogou os cabelos para o lado antes de estar completamente dentro. A desgraçada ficou brincando com a cabeça do meu pau enquanto gemia, provavelmente devido à sensibilidade do orgasmo recente. Passei minhas mãos desesperadas pelo corpo da secretária e não pude deixar de desferir um tapa na bunda dela, amando o som e o ardor na minha mão.
Me enterrei nela e não pensei duas vezes em abocanhar os seios que estavam com os bicos rígidos e arrepiados. Não podia perder a oportunidade de tê-los ali na minha frente e não aproveitá-los como ela merecia. Mordisquei, chupei e fui a loucura quando a maldita aumentou a velocidade e cravou as unhas nos meus ombros.
—Isso, assim! Assim, porra! —gemi e aquela mulher parecia ter saído de um filme adulto de ótima qualidade. Como ela conseguia cavalgar como uma atleta de hipismo depois de ter gozado tão intensamente?
Era perfeito a forma como o compenetrar dos nossos corpos se encaixavam. O encaixe era perfeito, como se eu tivesse sido feito sob medida para ela. A merda do barulho molhado fazia meu pau latejar ainda mais e eu simplesmente não queria que aquilo acabasse. Não. Nunca.
—Você quer gozar, gostosa?
—Merda, sim! Eu... —as palavras dela saiam ofegantes e em breves pausas —Não aguento... mais.
—Calma, linda. Agora não.
—Eu preciso gozar, cacete.
A fiz parar de cavalgar e me posicionei um pouco mais na frente para que meu quadril ficasse um pouco mais livre, pronto para fazer gozar de uma forma que ela jamais iria se esquecer. Eu não sabia de onde estava surgindo a minha força, mas, naquele momento, eu aumentei a velocidade e o barulho dos nossos corpos ficou mais intenso.
—Agora me responde. Você está gostando do quanto eu tô te comendo, né? —a provoquei com um tapa na bunda, sentindo que meu fim já estava próximo. —Admite o quanto queria meu pau enterrado nessa bocetinha, caralho.
—Sim. Puta que pariu, sim! —ela respondeu mordendo o lábio interior e começou a tocar o clitóris com ligeira rapidez. O que me deixou completamente insano. —Por favor, não para de me comer, Jin.
A fodi com constância, de forma bruta. Ela havia pedido para que eu não fosse gentil. Ela estava enlouquecida e, talvez, eu não tivesse nunca ouvido tanto palavrão na minha vida. A desgraçada gemia cada vez mais alto, mas não era algo exagerado. Porra, era gostoso! Gostoso pra caralho.
Aquilo fez com que meu corpo entrasse numa espécie de combustão. Meu peito pegava fogo e por um segundo me xinguei mentalmente. Merda, como eu queria ser um adolescente de 19 anos para conseguir comer em uma intensidade típica dos moleques abarrotados de hormônios na puberdade que só querem perder a virgindade.
Eu estava quase gozando, mas tentava me segurar ao máximo, pois não perderia a oportunidade de fazer isso enquanto ela gozasse no meu pau. Ah, não mesmo! Mas, não demorou muito. Em questão de segundos, eu percebi que ela estava quase no ápice.
—Jin, se você não gozar agora, eu juro que eu te mato, seu filho da puta.
—Vamos juntos, pode ser?
Aumentei um pouco mais o ritmo frenético e pude ver quando revirou os olhos, completamente perdida na sensação. Senti sua boceta apertar o meu pau e apertei os olhos com o maxilar travado, sentindo o fogo se alastrar pelo meu ventre. Naquele mesmo segundo, minha visão ficou completamente borrada.
—Que boceta gostosa! —gemi enquanto gozávamos juntos, sob os palavrões da minha secretária—Você é uma delícia, .
Senti nossas respirações se controlarem aos poucos. A segurei cuidadosamente e a tirei do meu colo, a deitando em cima das peças de roupas que estavam jogadas pelo chão do meu escritório.
Nossa, aquele escritório nunca mais seria o mesmo.

soltou um riso fraco, ainda com os olhos fechados e o peito subindo e descendo em um ritmo mais tranquilo agora.
— Acho que oficialmente destruímos o estigma dessa sala. — murmurou com a voz carregada de cansaço e satisfação. —Normalmente quando eu entrava aqui, só conseguia lembrar da cara dos gerentes velhos e abusados. Acho que terei algo melhor para me memorar, a partir de hoje.
Sorri, passando uma mão pelos cabelos desgrenhados. Senti um leve ardor no meu ombro e passei os olhos pelo local de relance. Eu estava completamente fodido de arranhões.
—Não precisa só lembrar, . —dei um sorriso ladino —Você pode fazer uma visitinha de vez em quando. Eu iria amar que você viesse todos os dias me trazer um café.
Ela riu, balançando a cabeça antes de cobrir o rosto com as mãos.
— Isso foi… completamente insano.
— E absolutamente necessário.
abaixou as mãos e me encarou por alguns segundos.
— Então… isso vai ser um problema na segunda-feira?
Cruzei os braços, analisando-a.
— Depende. Você quer que seja?
—Não, definitivamente, não!
Antes que eu pudesse responder, o som de um bip alto ecoou pelo escritório, seguido pela voz mecânica do sistema interno:
"Atenção, a manutenção do sistema foi concluída. O acesso aos servidores foi restaurado."
murmurou um muxoxo.
—Droga, não acredito que temos que voltar para as tabelas.
—Mas, depois das tabelas você pode ir para a minha casa.
—Jin, eu não estou sentindo as minhas pernas, cacete. —ela deu uma gargalhada que pareceu uma música para os meus ouvidos —Sossega, inferno.
—Estou apenas sugerindo uma forma mais interessante de finalizar a nossa noite. Um vinho, música e acho que ficou faltando você fazer algo em mim. Se é que me entende. —dei um sorriso malicioso —Nada que irá te cansar. Prometo que o ar condicionado do meu quarto funciona bem melhor do que esse.
—Você é muito convincente quando quer, chefinho. —Ela pegou a blusa que ainda estava jogada no chão e a vestiu com pressa. —Eu topo, mas, primeiro temos que finalizar essa planilha idiota.
—Chato, porém justo —me apressei em vestir minhas roupas —Mas, me conforta saber que depois das tabelas desgraçadas eu terei a minha compensação.
—Jin?
—Hm?
—Se depender de mim, nunca vai te faltar café.
— Isso foi uma promessa?
— Um lembrete — ela disse, finalizando se vestir. — De que não me importo que isso continue acontecendo.
Parei por um segundo, analisando-a. Depois, sorri devagar.
— Você quer dizer… depois do expediente?

finalmente se virou para mim, mordendo o lábio antes de murmurar:

— Exatamente. Sempre depois do expediente.

E, naquele momento, eu soube que essa noite ainda estava longe de acabar.
📈



Fim.


Nota da autora: Olá meus queridos leitores, tudo bem? eu espero que sim <3
Essa história nasceu da ideia clássica: "E se a tensão entre eles fosse insuportavelmente palpável?" Pois bem, aqui estamos! hahaha Um chefe irresistível, uma funcionária com um "poltergeist do desejo" e um escritório que, sinceramente, já viu reuniões bem menos... inflamáveis. Aproveitem a leitura e, claro, mantenham a temperatura regulada—porque essa história pode esquentar um pouquinho. 🔥😏
Ah, claro, não esqueçam de curtir, comentar e me dizer o que achou. Todos os comentários e opiniões são recebidos com muito carinho.
Com muito amor,
V Raye. (@dearvray)

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