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Revisada por: Saturno 🪐

Última Atualização: Julho/2024.

— Conheceu ele? — Ouço uma voz ecoar atrás de mim e seco as lágrimas que descem por minha face.
— Foi um grande amigo — respondo, sem tirar os olhos do nome gravado na lápide. Sarutobi Asuma.
— Ele também foi um grande sensei — diz, com pesar na voz.
— Também o conheceu muito bem, não é? — pergunto e o vejo assentir através da sombra, no chão.
— Essa é a primeira vez que te vejo na aldeia — comenta.
— É porque eu fui embora há muito tempo — explico. — Mas Asuma e eu nunca perdemos contato. Trocávmos cartas sempre que possível — digo fungando o nariz. — Quando fui embora, ele prometeu que estaria aqui quando eu voltasse, mas… — Um soluço involuntário escapa da minha garganta e as lágrimas voltam a descer. Abaixo a cabeça e ele se aproxima, colocando a mão em meu ombro.
— Asuma deixou a marca dele em cada pessoa que o conheceu, e cada uma dessas pessoas carrega um pouco dele em si. Então, de certa forma, ele ainda está aqui — diz. Ele dá um leve aperto no meu ombro e se distancia.
— Shikamaru — o chamo, e ele para de se mover. Me viro para encará-lo, e ele está me olhando desconfiado.
— Como sabe o meu nome?
— Asuma mencionou sobre você algumas vezes nas cartas que me enviou — explico. — E ele tinha razão, em relação a você — digo, e ele arqueia a sobrancelha. — Você é brilhante! — Sorrio, e ele sorri de volta.
— Afinal, quem é você? — pergunta, e sorrio, mas não respondo. Olho para a lápide pela última vez. Fecho os olhos e sinto uma leve brisa bater contra o meu corpo.
— Adeus, meu amigo! — digo baixinho e deixo a última carta que escrevi para ele na lápide. Pego meu bastão e me levanto. — Soube que a aldeia está em festa, o que acha de me acompanhar até lá? — pergunto, ao passar por ele. Ele dá de ombros e me acompanha.
— Como conheceu o Asuma?
— Foi na academia.
— Você é uma kunoichi? — pergunta, e nego. — Então?
— Eu não sou daqui. Meus pais e eu viemos de muito longe para a Folha. Nosso país estava em guerra. Lembro, que assim que chegamos, minha mãe me levou até a academia. Eu não sei como ela sabia o que era e como achou, afinal, havíamos acabado de chegar a um país totalmente diferente e que a gente sequer sabia como se comunicar. Mas ela dizia que no mundo havia ódio demais e que eu precisava aprender a me defender.
— E o que aconteceu?
— Bom, ninguém na academia entendia nada do que ela falava, e ela surtou. Gritava sem parar, pedindo por ajuda, e as pessoas não paravam de olhar estranho para a gente. Foi quando o terceiro Hokage apareceu. Havia uma criança com ele, e aquela criança não me olhou estranho. Ela sorriu para mim.
— Era o Asuma?
— Era. — Sorrio. — O Hokage levou minha mãe para dentro, e o Asuma se sentou ao meu lado. Sabe como conversamos?
— Não faço ideia.
— Por desenhos. — Rio. — Não sei se posso chamar aquilo de conversa, mas eu me senti bem. Foi uma conexão imediata.
— De alguma forma, ele não precisava de muito para entender alguém — Shikamaru diz, olhando para o céu.
— Tem razão.
— Mas me diz uma coisa… — O encaro e ele prossegue. — O que aconteceu na academia?
— Ah! Bom, o terceiro Hokage deu um jeito de se comunicar com ela. Aí, eu fui designada para fazer alguns testes, mas não passei em nenhum. Acontece que eu não tinha nenhuma habilidade física fora do normal, o que significava que eu não poderia ser uma ninja. Mas minha mãe não aceitava isso.
— O que ela fez?
— Ela achava que o motivo de eu não ter as habilidades de um ninja era porque eu era uma criança gorda. Então ela resolveu me colocar de dieta — digo, e ele me observa com atenção. — Mas ela foi extremista demais. Tudo o que ela me dava pra comer era ração de cachorro. Ela dizia que tinha todas as proteínas que eu precisava. Mas acabei ficando doente, depois de um tempo.
— Espera, está falando sério? — pergunta e assinto.
— Eu quase morri. Só então ela desistiu dessa coisa de ninja.
— Caramba!
— Pois é. Mas, aos poucos, consegui recuperar o meu peso e minha saúde. — Sorrio. — Infelizmente, essa foi a única coisa que voltou ao normal.
— Como assim?
— Minha mãe nunca mais foi a mesma. Ela mal olhava pra mim. Até que chegou o dia em que vi meu pai chorando, com uma folha de papel em mãos. Ela havia nos deixado. Na carta dizia que ela não poderia arriscar nos ver morrendo, que seria demais para ela. Então ela se foi.
— A guerra no seu país afetou muito ela, não foi?
— Foi. Mas eu só a entendi, anos mais tarde, quando o meu pai morreu em meus braços, durante uma das guerras que aconteceu em Konoha. — Abaixo a cabeça, e um nó se forma em minha garganta.
— Eu… sinto muito.
— Eu agradeço. Mas, sabe… — continuo, depois de um tempo em silêncio. — Naquele dia, eu jurei a mim mesma que protegeria as pessoas que não podem se defender sozinhas. Então, eu enterrei o meu pai e fui embora da aldeia, esperando encontrar alguém que pudesse me ajudar com isso.
— Você foi sem se despedir?
— Fui — respondo, mas nego com a cabeça. — Na verdade, eu acabei encontrando o Asuma próximo ao portão de entrada. Ele tentou me fazer ficar, mas partir era necessário. Ele acabou entendendo, mas me fez prometer que manteria contato. Porém isso pode ser complicado quando se fica pouco tempo em um lugar. Eu estava sempre viajando. Entretanto, foi em uma dessas viagens que acabei encontrando um velho guerreiro. Ele não era um ninja, mas lutava de forma inacreditável. Ele acabou se tornando o meu mestre. E só então voltei a entrar em contato com Asuma.
— Espera. Você… é uma combatente? — pergunta surpreso.
— Não conhece muitas combatentes gordas, não é? — Rio e ele fica sem graça.
— Pior que não — diz, passando a mão na nuca.
— Bom, eu também não conhecia, mas teve uma vez que meu mestre e eu viajamos para ajudar uma cidade que havia sido invadida. Acredita que só havia mulheres lutando? — Sorrio orgulhosa. — Além disso, não eram só mulheres magras. Havia os mais variados tipos de corpos. E todas elas eram impressionantes! — conto, e ele me olha com interesse.
— Eu gostaria de ter visto isto! — Sorri, mas sua expressão muda rapidamente quando uma sombra surge de repente. — Mas o que é… — Com rapidez, o empurro para atrás de mim. Jogo o bastão para o alto, e quando ele desce, o bato com força no chão. A criatura para diante de nós. — Akamaru?
— Esse é o seu nome? Akamaru? — Me aproximo, enquanto o animal me observa. — Você é mesmo um cachorrão! — Rio e coloco a minha mão nele, com cuidado. Ele late e me lambe. — O que faz aqui fora, sozinho, hein? Sabia que é perigoso? É, é perigoso! — brinco com ele e ele se deita no chão.
— Perigoso pra quem, exatamente? — Shikamaru diz irônico.
— Akamaru! Droga, Akamaru, já conversamos sobre isso. — Um rapaz se aproxima ofegante. — Shikamaru?
— Quando foi que ficou tão descuidado, Kiba?
— Olha só, a culpa não é minha, se… — ele começa a esbravejar, mas para. — Você é… Linda! — diz, com os olhos vidrados em mim, e sorrio, sentindo minhas bochechas queimarem.
— Hã... Obrigada!
— Meu Deus, Kiba! — Shikamaru o repreende, e revira os olhos.
— O que foi? Eu só fiz um elogio! — se defende.
— Uhum! — pigarreio. — O que acham de seguirmos em frente? — indago. — Kiba, estávamos indo para o festival que está acontecendo na aldeia, você vem?
— Sim, claro! Era pra lá que Akamaru e eu estávamos indo!
— Certo, então vamos em frente!
— Espera! Antes de irmos, qual é o seu nome? — Kiba pergunta, e Shikamaru me olha atento. Faço carinho em Akamaru e sorrio.
. O meu nome é .

Fomos o resto do caminho conversando sobre coisas bobas, e, para ser honesta, eu precisava disso. De um momento leve e descontraído.

— Kakashi sensei, há algo errado? — uma garota de cabelo rosa pergunta.
— É. Parece inquieto. — Desta vez quem fala é a garota loira.
— É verdade, o Kakashi sensei está muito estranho, hoje! — Um garoto loiro aparece de repente.
— Está enganado, garoto! Ele sempre foi estranho — comento, ao nos aproximarmos, e os olhares se firmam em nós.
— Você veio! — Kakashi diz, e me abraça apertado.
— Eu disse que viria! — digo, ao nos soltarmos.
— Você está duas horas atrasada! — reclama.
— Kakashi Hatake falando de atrasos? O mundo está perdido! — debocho.
— Ei, sensei! Quem é a gorducha! — o garoto loiro pergunta.
— Mais respeito, Naruto! — Shikamaru esbraveja.
— Mas o Naruto tem razão! Ela é meio gorducha! — a garota loira o defende.
— Ino! — um garoto com um pacote de chips de batatas na mão a repreende.
— É, cala essa boca, Ino! Você está com inveja porque ela é bem mais bonita que você! — Kiba comenta, e Akamaru late. — E o Akamaru concorda.
— O QUÊ? KIBA, SEU…
— Você sabe mesmo como animar uma festa, não é? — Um velho de cabelos grisalhos aparece, interrompendo a garota.
— Jiraya? — Sorrio. — Caramba, acho que as fontes termais não estão te fazendo muito bem! Está acabado! — brinco.
— Sábio tarado, você a conhece? — Naruto pergunta.
— Sábio tarado? — pergunto, olhando para Jiraya, e rio. — Sua fama só melhora, hein?
— Naruto, fecha essa matraca! Será que não consegue ficar quieto nem por um segundo?

A discussão recomeça e, em um piscar de olhos, tudo fica tranquilo novamente. Agora estamos só eu e Kakashi, sob a luz do luar.

— Você não pode sair sequestrando as pessoas assim, sabia? — brinco, e ele sorri.
— Ainda bem que não fiz isso.
— Eu conheço esse lugar — comento, olhando em volta. Ele coloca as mãos no bolso, e abaixa o olhar. — Kakashi?
— Hum?
— Foi nesse lugar que nos conhecemos?
— Talvez… — diz, e sorrio encantada.
— Está mais verde e florido, mas é, com certeza foi aqui. — Me viro para olhá-lo. — Foi bem debaixo daquela árvore ali — apontei para o Carvalho à sua esquerda — que eu encontrei um certo ninja da Anbu ferido. Você se lembra?
— Não conseguiria esquecer nem que eu quisesse. Você me salvou.
— Fala como se não pudesse ter se costurado sozinho.
— Não quero dizer nesse sentido. Naquele dia, você trouxe a luz de volta à minha vida. Nunca te disse isso, mas... Obrigado. — Sorri.
— Posso? — Me aproximo, colocando a mão na máscara em seu rosto, e ele assente. Com delicadeza a abaixo. Acaricio seu rosto e me levanto um pouco para que possa beijá-lo.

Seu hálito é refrescante e seus lábios são macios. O beijo é suave, mas traz um misto de emoções. Beijá-lo é sempre maravilhoso.

— Como você está? — pergunta cauteloso, ao nos sentarmos embaixo da árvore.
— Melhor. — Encosto minha cabeça em seu ombro e suspiro. — Quando soube da morte dele, jurei a mim mesma que nunca mais voltaria para a Folha. Mas, quando eu te vi no País das Ondas, algo aqui dentro mudou.
— Como assim?
— Eu lembrei de tudo o que vivi aqui, e aquela vontade de fogo, que o Hokage sempre dizia, se acendeu em mim. Naquele momento, eu quis parar de fugir — digo, com a voz embargada. — Mas hoje, quando cheguei aqui e não o vi, senti parte de mim morrer. Porém, quando estava no túmulo dele, acabei entendendo uma coisa.
— O quê?
— Apesar de ele ter ido, de certa forma, ele ainda está aqui. E… Isso meio que me conforta. — Sorrio triste e as lágrimas caem. Ele me abraça forte.
— Você quer sair daqui? Podemos ir para a minha casa — sugere, secando minhas lágrimas, mas nego com a cabeça.
— Você não se arrumou todo só para ir para casa cedo! — brinco.
— Não estou tão arrumado assim — diz envergonhado, passando a mão no cabelo.
— Se quer saber, você está ainda mais bonito que o normal! — elogio, e sua pele se enrubesce. Ele se aproxima para me beijar, mas para a poucos centímetros do meu rosto.
— Ouviu isso? — pergunta e concordo. Ele coloca a máscara novamente e nos levantamos.
— Se prepare!
— Você fica tão sexy quando dá ordens! — comento e ativo a lâmina do meu bastão.

Os barulhos nos arbustos se intensificam. Aperto o bastão e fico em posição de batalha.

— Chouji? — Kakashi diz, parecendo estar confuso.

Não é nenhum inimigo. É só o garoto que estava comendo chips mais cedo.

— Hã… Oi, sensei! — Sorri constrangido.
— O que houve? — Kakashi pergunta.
— Não é nada demais, eu só… Sabe, é que…
— Bom, eu vou deixá-los a sós — digo, ao desativar a lâmina.
— Não! — o garoto me repreende, e o olho sem entender. — Na verdade, eu pretendia falar com você — diz sem jeito, e Kakashi e eu nos entreolhamos.
— Eu vou voltar para o festival. Nos vemos depois — Kakashi diz e desaparece.
— Então, o que foi?
— Queria me desculpar pelo que o Naruto e a Ino estavam falando. Eu sinto muito. Eles são boas pessoas, só meio idiotas às vezes — lamenta, olhando para o chão.
— Não precisa se preocupar, não me ofendi por terem me chamado de gorducha.
— Não? — indaga confuso, e nego. — Mas por que não?
— Porque eu sou gorda, Chouji — digo, e ele me olha assustado.
— Mas, essa palavra…
— É só uma palavra — interrompo. — Sim, eu sou gorda, mas… Eu não sou só isso. E eu sei disso. E se eu sei disso, então, ninguém pode me convencer do contrário.
— Mas, e se eu… Alguém — se corrige — não souber disso? — Coloco minha mão em seu ombro, em um gesto amigo.
— Então talvez essa pessoa esteja olhando para o lado errado.
— Como assim? — pergunta curioso.
— Essa pessoa tem que parar de olhar para os dedos que a apontam e começar a olhar para dentro de si. Quando paramos de nos importar com as pessoas que nos julgam e começamos a nos importar mais com nós mesmos, as coisas começam a ficar mais fáceis, entende?
— Acho… Que estou começando a entender. — Sorri, e sorrio de volta.
— Ótimo. Mas lembre-se que você não é obrigado a aturar certos comentários, ok? — pergunto, e ele assente. — O que acha de voltarmos para o festival? Estou começando a ficar com fome.
— Acho uma boa ideia! Podemos ir ao Ichiraku, ele está com novos pratos no cardápio! — diz empolgado.
— Não precisa dizer mais nada! Quem chegar por último, paga a conta! — aviso e corro. Ele vem logo atrás de mim.
— CHEGUEI! — gritamos juntos e nos encaramos por um tempo, caindo na risada em seguida.
— Chegamos a um impasse, como vamos resolver isso? — pergunto.
— Eu não me importo de dividir a conta! — diz, com as bochechas coradas.
— Certo, então vamos entrar! — Sorrio.
— Desculpa, garoto, mas vou roubá-la agora! — Jiraya aparece, e sai me arrastando.
— Mas… Eu estou com fome! — digo relutante.
— Onde vamos tem comida — diz, e me dou por vencida.
— Sinto muito, Chouji! Talvez outro dia! — falo alto para que ele ouça, e ele acena.
— Já faz um ano desde a última vez que nos vimos — comenta.
— Eu me lembro bem! Havia várias mulheres correndo atrás de você.
— Eu sou mesmo irresistível! — se gaba.
— Achei que fosse porque você estava as espionando nas águas termais — retruco e ele se engasga.
— Uhum — pigarreia. — Eu não estava espionando, estava fazendo uma pesquisa!
— É claro. — Reviro os olhos.
— Enfim, naquele dia, você havia me dito que estava à procura da sua mãe. Como foi a busca? — pergunta, e dou um suspiro exasperado.
— Quando ela foi embora, foi porque queria evitar a guerra. Quando eu fui embora, foi porque uma guerra começou aqui dentro. — Abaixo a cabeça e coloco a mão no peito. Ele arqueia a sobrancelha. — Mas agora…
— O que mudou? — indaga, e sorrio.
— Sabe. Há algum tempo, um grande sábio me disse que um lugar onde alguém ainda pensa em você é aquilo que a gente pode chamar de lar.
— Esse cara sabe das coisas! — diz, com um sorriso no rosto, e concordo.
— Acontece que, pela primeira vez em muito tempo, estou em paz. E estou em casa — digo, e ele sorri orgulhoso.
— Você cresceu, garota! — diz, e sorrio. — Vem, vamos comer!

Estávamos à caminho de um bar, quando um sapo apareceu no nosso caminho.

— Ai meu Deus! Ai meu Deus! Ai meu Deus! — Dou alguns pulinhos e me distancio.
— Jura? — Ri. — Que tipo de guerreira você é, afinal? — debocha.
— Do tipo que não faz acordos com sapos! — digo, entre os dentes. — Com tantos bichos por aí, você não tinha uma opção melhor, não? — questiono, mas ele parece distante. Está lendo o documento que o anfíbio trouxe.
— Eu preciso ir — diz, com uma expressão séria no rosto.
— Mas a gente ia…
— Eu sei, mas isso não pode esperar — diz, e começa a andar. — Vou ficar te devendo essa! — Acena.
— Eu vou cobrar! — digo, e o observo se afastar. — Droga! Estou morrendo de fome.
— Falando sozinha? — Kakashi surge ao meu lado, e ele consegue parar o bastão antes que o acerte.
— Quer me matar do coração? Você não pode ficar aparecendo assim, do nada! — esbravejo. — Você está bem?
— Estou. — Ri. — Desculpa, eu não queria te assustar. Achei que estivesse com o Chouji.
— Estava, mas o Jiraya me raptou, e agora estou só — dramatizo.
— Não mais! Eu estou aqui — diz gentil, e meu coração se aquece. — Está com fome? Eu posso cozinhar pra você!
— Sério? — pergunto e ele assente. — Eu jamais recusaria isso! — digo contente.

Kakashi e eu fomos andando até a casa dele. É engraçado como esses momentos simples me fazem tão bem.
Após comermos, nos sentamos no chão, com as costas apoiadas na cama dele.

— Não acredito! Você tem os livros do Jiraya? Eu sempre quis ler! — digo empolgada, ao ver os livros na mesa de cabeceira.
— Sério? — pergunta, com um brilho no olhar, e assinto. Ele se debruça por cima de mim e pega os livros. — Então vamos ler! — diz animado e me dá um selinho, antes de me entregar o primeiro volume do livro. Descanso minha cabeça em seu ombro e abro o livro.

Depois de tanto tempo mergulhada na escuridão, é bom retornar para a luz.


FIM


Nota da autora: Oioi! Tudo bem? Eu fico muito feliz que você tenha lido e chegado até aqui! Em primeiro lugar, eu quero te agradecer pelo tempinho que tirou para ler a minha história. Obrigada, de coração! Em segundo lugar, eu resolvi escrever essa história, porque, apesar de amar Naruto, o anime tem episódios realmente lamentáveis de gordofobia, assim como diversas outras produções. Infelizmente, eu não tenho o poder de mudar o mundo, mas eu acredito que possa fazer algo diferente. Algo melhor. E se, com isso, eu conseguir fazer pelo menos uma pessoa se sentir bem, ou se sentir acolhida, então, pra mim, já valeu.
O seu corpo é uma escultura, então dê o devido valor a ele. E lembre-se, há muitos críticos, mas nem todos entendem de arte! Um beijo e se cuidem! Com carinho, Felix.

🪐


Nota da Beth Saturno: Mais uma short que eu amei, principalmente pela mensagem que você passou. Arrasou demais, Felix!

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