Revisada por Aurora Boreal 💫
Finalizada em: Janeiro/2025
— Mas, , entenda-
— Não, Charlotte, eu me recuso a trabalhar com aquele homem novamente. — A atriz já estava a ponto de subir pelas paredes. Ela para de andar e se senta no sofá, observando a vista de sua cobertura com vista para o Central Park. Devia tudo que era para o primeiro filme que fizeram juntos, sabia disso. Mas sabia também o quão difícil fora trabalhar com ele.
— Eles estão oferecendo tanto que recusar seria loucura — sua agente fala calmamente, sabendo que a mulher já estava irritada e que qualquer palavra dita de forma levemente diferente traria sua ira de volta. — E ele só vai estar aqui para as gravações, não é como se você fosse encontrá-lo na rua, ele mora na Inglaterra, darling.
A morena bufa com o apelido que ele havia dado para ela, apenas para irritá-la com aquele sotaque britânico dele fazia seus olhos se revirarem nas órbitas. Ainda não conseguia entender o motivo de tentarem colocar os dois em um novo filme. Tudo bem que o primeiro só fora salvo pois ambos tinham uma química incrível e foram um dos casais mais bem aclamados pela crítica. Mas não era como se aquela química toda fosse real. Eles mal conversavam durante as filmagens e Hiddleston deixara claro que não gostava da garota, que naquela época estava em início de carreira e era inexperiente.
— É sério que vocês contrataram alguém tão sem experiência? — ele falava, irritado com o diretor. — Além de forçar o sotaque daquela maneira, você poderiam ter procurado um pouco melhor — o diretor o respondeu, mas estava chocada demais prestando atenção no ator para ouvir o que ele tinha para dizer. — Não interessa que o teste de química foi incrível, eu não ligo, o roteiro já é péssimo, eu não devia ter aceitado esse filme medíocre, vocês e essa garota vão arruinar a minha carreira.i>
— E outra, faz anos que o filme foi lançado. As pessoas mudam, , poderia dar uma nova chance, não acha? — Lotte fala pelo telefone, tirando a atriz de seus devaneios e fazendo-a bufar levemente — Além disso, ele já aceitou.
— Tudo bem, pode falar que eu aceito — Ela responde sem muita animação, mas um trabalho é um trabalho, não é mesmo? E como Lotte falou, as pessoas mudam, correto?
— Ai, que ótimo! Os produtores vão ficar em êxtase! Vou te mandar o roteiro agora mesmo, quanto antes você começar a ver as cenas, melhor. — Sua agente parecia uma adolescente animada para conhecer o seu ídolo favorito. A atriz não pôde deixar um sorriso escapar por seus lábios, gostava de fazer filmes, por mais que tivesse que ser justo com ele. — Ah — Sua agente fala de repente, fazendo o sorriso de murchar instantaneamente.
— Eu sabia que tinha algo ai. Desembuch.
— Os produtores insistiram em fazer outro teste de química antes de começarem as gravações — Sua agente fala. Merda.
estava sentada em uma sala de espera minimalista, observando a decoração meticulosamente clean do estúdio. O nervosismo fazia suas unhas tamborilarem contra o braço da cadeira de couro. Seu celular vibrava com mensagens de sua agente, Charlotte, que ela ignorava com maestria. O motivo de sua ansiedade estava do outro lado da porta, pronto para o teste de química que decidiria se ambos estavam prontos para estrelar juntos mais um filme.
Tom Hiddleston. O homem que ela jurou nunca mais dividir a tela.
Quando a porta se abriu e ele entrou, sentiu um frio na espinha. Ele estava exatamente como se lembrava: impecável, charmoso e com aquele sorriso enigmático. Mas, para sua surpresa, ele parecia... diferente. Seus olhos, antes carregados de crítica, agora mostravam algo mais suave, quase gentil.
— , é bom vê-la novamente — Tom disse, com um tom que parecia sincero, estendendo a mão.
— Não precisamos fingir educação aqui, Hiddleston. Vamos ao que interessa. — Ela ergueu uma sobrancelha, cruzando os braços.
Ele pareceu surpreso, mas não recuou. O diretor, atento à interação entre eles e já sabendo do histórico que os atores tinham um com o outro, pediu que iniciassem o teste imediatamente. O roteiro pedia apenas uma cena que parecia uma reconciliação, após anos separados. No momento em que o diretor gritou o famigerado “Ação”, foi como se um estalo desse na mente da atriz, ela não era mais a atriz que odiava seu companheiro de cena, ela era Georgina, a mulher que reencontrava o amor da sua vida após anos separados, por achar que ele estava morto. entregou-se à cena, incorporando sua personagem quase que imediatamente, tentando ignorar o olhar intenso de Tom. Mas algo mudou conforme as falas se desenrolavam. A voz dele, mais baixa e carregada de emoção, parecia penetrar suas defesas. Quando ele segurou seu rosto, aproximando seus rostos, a proximidade pareceu mais real do que deveria. Sua mão estava na linha de sua mandíbula, seu dedão tocava sua bochecha de maneira quase irreverente, quando o olhos de Hiddleston passou lentamente por todo o seu rosto, como se tentasse ver os novos traços desde que se viram da última vez, parando em seus lábios, sentiu um calor inesperado se espalhar pelo corpo.
Com um suspiro, que a essa altura do campeonato a atriz já não conseguia mais distinguir se era real o cenográfico, a mão do moreno deslizou até sua nuca, fazendo seu rosto se elevar levemente em seu encontro. Seus narizes se encostaram e ela se viu abrindo levemente os lábios, como se seu corpo quisesse esse beijo tanto quanto o dele demonstrava querer. Mas o que é isso? Rapidamente ela retoma o controle de seu corpo e segue com a cena, passando seus braços pela nuca do ator, que apenas encosta os lábios dos dois em um selinho demorado. Mesmo com esse pouco contato, é como se correntes elétricas passassem pelo corpo de , ela nunca tinha sentido isso em nenhuma cena que fizera com o ator, anos atrás, na primeira parte do filme. Ou será que o ódio que sentia era tanto que a impedira de sentir tais coisas? Eles se separam assim que os responsáveis pelas filmagens, junto do diretor, começam a aplaudir a cena. Com um aceno de cabeça.
— Parece que ainda temos química, não? — provocou Tom, com uma voz levemente sarcástica, sussurrando em seu ouvido. Ele não pôde deixar de notar que a mulher ficara com a nuca levemente arrepiada próximo à sua orelha, deixando um sorriso ladino em seu rosto.
— Isso se chama profissionalismo — ela respondeu, não contendo uma risada curta e seca em uma tentativa de disfarçar o quão aturdida estava naquele momento enquanto o diretor falava algo como bravo e como ele sabia que isso daria tão certo quanto da primeira vez.
No momento em que o diretor deu a entender que já tinham o que era necessário para começarem o filme e que era só eles aguardarem a ligação dos agentes, ela deu meia volta e saiu do estúdio o mais rápido possível, sem falar com ninguém deixando o ator parado com um sorriso enigmático nos lábios.
As gravações começaram algumas semanas depois, em um set cuidadosamente projetado para capturar a essência de um romântico vilarejo na Toscana. Casas de pedra com telhados de terracota alinhavam-se em ruas estreitas, ladeadas por vinhedos que se estendiam até onde a vista alcançava. O aroma de lavanda e alecrim pairava no ar, misturando-se ao som distante de sinos de igreja e ao murmúrio de um riacho próximo. Cada detalhe parecia retirado de um sonho, uma paisagem que convidava ao romance que o filme precisava. Desde o primeiro dia, sentiu a tensão entre eles crescer. Não era a tensão dos velhos tempos, mas algo carregado de uma energia diferente, quase magnética, era como se todos esses anos de distanciamento, forçado por ela, diga-se de passagem, só tivessem aumentado um sentimento que nem ela sabia qual, nem de onde havia surgido.
O homem parecia determinado a mostrar um lado diferente. Ele era atencioso, longe do homem arrogante que ela conhecera anos atrás. No primeiro dia de filmagens, ela o viu se aproximar de um dos técnicos que parecia estar lutando com a iluminação de uma cena complicada. Tom, sem hesitar, ajudou o homem a ajustar o equipamento, trocando algumas palavras gentis e até arrancando um sorriso dele. A cena surpreendeu , que não estava acostumada a vê-lo tão acessível e solícito. Mesmo assim, não queria ceder facilmente, nem mesmo quando ele vinha com aquele sotaque britânico que fazia os pelos de sua nuca se arrepiarem ou quando fazia alguma piada com algum colega de cena e ela se via quase, quase, sorrindo junto dos demais. Sempre que ele fazia um comentário gentil, ela respondia com um sarcasmo afiado.
— Você foi brilhante nessa cena — ele disse, após uma tomada particularmente difícil, na qual teve que demonstrar uma gama de emoções intensas, desde a raiva contida até uma tristeza devastadora. A cena envolvia uma longa sequência sem cortes, exigindo não apenas precisão técnica, mas também uma entrega emocional crua que deixou o set em silêncio. Tom se aproximou enquanto ela ainda estava tentando regular a respiração, suas mãos tremendo levemente. — De verdade, foi impressionante.
— Obrigada. Acho que ajuda quando não tenho alguém reclamando do meu sotaque o tempo todo — ela retrucou, vendo um visível desconforto atravessar o rosto de Tom.
Em uma noite, após uma cena particularmente intensa, eles ficaram para revisar algumas falas. A cena que haviam acabado de filmar era um confronto emocional entre seus personagens, com diálogos carregados de mágoa e desejo reprimido. ainda sentia o peso da atuação, seu peito subindo e descendo enquanto tentava recobrar o fôlego. O ator, por sua vez, parecia igualmente abalado, suas mãos ainda fechando e abrindo em um gesto inconsciente de tensão. A troca entre eles fora tão visceral que até os técnicos no set permaneceram em silêncio por alguns segundos após o "corta". Agora, sob a luz prateada da lua, a intensidade da filmagem parecia pairar no ar, tornando impossível ignorar a eletricidade entre os dois. A lua cheia iluminava o set ao ar livre, e percebeu que estavam sozinhos.
— — Tom disse de repente, interrompendo o silêncio cômodo. — Eu sei que no passado eu fui... difícil. Quero que saiba que me arrependo de muitas coisas que disse e fiz.
cruzou os braços, tentando manter a expressão neutra, mas por dentro uma tempestade se formava. Ela se lembrava vividamente dos comentários desnecessários, das olhadas de desaprovação, das vezes em que ele parecia menosprezar sua presença. Mas agora, vendo a vulnerabilidade em seus olhos, algo nela hesitou. Sua raiva, tão cuidadosamente nutrida, parecia ter se transformado em algo mais complexo. Ainda assim, ela não estava pronta para ceder.
— Difícil? Você foi insuportável, Hiddleston — ela disse, sua voz carregada de uma ponta de ironia, mas seus olhos a traíram com uma sombra de curiosidade. — E por que exatamente eu deveria acreditar que você mudou?
— Porque eu percebi o quanto estava errado. Sobre tudo. E, principalmente, sobre você. Não espero que me perdoe de imediato, mas precisava que soubesse disso — Tom soltou um suspiro profundo, passando a mão pelos cabelos.
Ela desviou o olhar, sentindo o peso de suas palavras. Algo no tom dele, na sinceridade crua de sua voz, fazia seu coração bater mais rápido, embora ela ainda tentasse convencer a si mesma de que era apenas um reflexo do momento.
— Talvez o tempo mostre se isso é verdade, Hiddleston. Mas não espere que eu facilite as coisas pra você.
— Nunca esperei, . Nunca esperei. — Ele sorriu de leve, como se aceitasse o desafio.
E parece que havia aceitado mesmo. Durante as semanas de filmagem que se seguiram, ele parecia cada vez mais focado em mostrar que ele era outra pessoa. Porque ele era mesmo, naquela época ele era apenas um ator em ascensão que achava que todos eram inferiores e apenas ele era bom. Mas isso havia mudado, ele era um novo homem e estava disposto a mostrar isso para , para assim, quem sabe, conquistar a atriz que não saía de sua cabeça.
Conforme o tempo de filmagem passava, se via cada vez mais envolvida com Tom, era como se, apesar de todas as rixas que tiveram, ele soubesse exatamente o que dizer e como dizer para deixá-la desconcertada, arrancar um sorriso ou até mesmo a deixar corada. Ela tinha de admitir, gostava dessa versão dele, mas seu coração e sua cabeça estavam cada vez mais confusos, sem saber o que pensar quando ele estava por perto.
A noite caiu, e o set estava vazio. As luzes principais haviam sido apagadas, restando apenas algumas luzes de segurança que lançavam um brilho tênue sobre os cenários montados. terminava de revisar seu roteiro, pronta para ir embora, quando ouviu passos atrás de si. Ao virar, deparou-se com Tom.
— Ainda aqui? — ela perguntou, tentando parecer indiferente, mas a presença dele parecia sempre desestabilizá-la, principalmente nas últimas semanas.
— Precisava te encontrar — ele respondeu, a voz grave e carregada de emoção. — Não podia deixar passar mais um dia sem falar com você.
franziu o cenho, mas permaneceu onde estava. Ele deu alguns passos à frente, e ela sentiu a intensidade do olhar dele.
— Eu preciso me desculpar, . Por tudo. Pelas coisas que eu disse no passado, pela forma como te tratei... — Ele hesitou, como se lutasse para encontrar as palavras certas. — Você sempre esteve na minha cabeça, como uma droga. Algo que eu não conseguia resistir, mesmo quando tentava. E isso me assustava.
— Isso não justifica como você foi horrível comigo, Tom. — Ela sentiu o coração disparar, mas tentou manter a postura.
— Você não entende. Eu falei tudo aquilo por que eu era um idiota. Acho que ainda sou, mas.. — Tom desvia o olhar antes de encarar novamente, seu olhar estava esperançoso e com uma mistura de algo que a atriz só poderia dizer que poderia ser paixão, já vira esse olhar nele enquanto atuavam, mas ela se recusava a acreditar que dessa vez, sozinhos no set de filmagem, era verdade. — Eu não consegui lidar com o fato de que, desde que nos vimos pela primeira vez, naquele maldito teste de química, anos atrás, eu sou completamente apaixonado por você. E não me olhe com essa cara, porque eu tentei, Deus, como eu tentei lutar contra esse sentimento. Mas eu sempre me via com os pensamentos voltando para você, como se fosse uma corda da qual eu não conseguia me livrar jamais. Eu amo você de uma maneira que chega a ser loucura, eu tentei me apaixonar, mas eu já estava ocupando demais, ocupado sendo seu, sem nem você se imaginar. — Antes que ela pudesse reagir, ele segurou seu rosto, os dedos levemente trêmulos, seu traçando pequenos círculos na pele de sua bochecha. — , me diga que você não sente isso também. Porque, se não sentir, eu paro agora.
Ela tentou responder, mas as palavras morreram em sua garganta. Quando ele inclinou-se para beijá-la, ela inicialmente resistiu, suas mãos subindo para empurrá-lo. Mas, conforme os lábios dele encontraram os dela, a resistência se desfez, e ela se entregou ao beijo, intensa e completamente. Quando Tom percebeu que ela havia se entregado ao beijo, levou uma de suas mãos até sua nuca, assim como havia feito no teste de química, mas de maneira muito mais intensa, porque dessa vez era real, o sentimento era real, sem nenhuma atuação por trás.
Sua outra mão desceu até a cintura da mulher, puxando-a para seu corpo, diminuindo a distância entre os dois. passou os braços pelos ombros de Hiddleston, levando uma de suas mãos até seus cabelos macios. O ator, por sua vez, aproveitou a deixa para aprofundar o beijo. No momento em que suas línguas se tocaram, ambos suspiraram ao mesmo tempo. Parecia que esperavam por isso tanto quanto o outro. Conforme o beijo se aprofundava, também se intensificava, porém, quando sentiu suas costas se apoiarem na parede, o pânico tomou conta de seu corpo, fazendo-a interromper o beijo.
recuou um passo, ofegante, os olhos arregalados enquanto tentava processar o que acabara de acontecer.
— Isso... isso não devia ter acontecido — ela sussurrou, mais para si mesma do que para ele.
— Mas aconteceu — Tom disse, a voz rouca e carregada de emoção, tentando se aproximar novamente. — E você sentiu. Eu sei que sentiu, .
— Não. Eu não posso... — Ela balançou a cabeça, a confusão evidente em seus olhos, enquanto tocava seus lábios com a ponta dos dedos, ao mesmo que queria mais, o medo de que isso fosse um erro era maior do que sua vontade de ir. — Eu preciso ir.
Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, virou-se e saiu apressada, deixando Hiddleston sozinho no set vazio, com o eco dos passos dela desaparecendo na distância.
Depois do ocorrido, Hiddleston voltou a ser o que era há anos atrás. Mais fechado, mais frio. Ele só não agia mal com as pessoas, nem com , mas estava claro que a relação deles, que havia melhorado e muito, simplesmente fora de mal a pior.
Conforme as semanas se passavam e o filme chegava ao fim, também sentia um aperto em seu coração. Era como se algo tivesse sido tirado dela, precisava fingir que estava bem diante de todos, mas somente ela sabia o quão mal se sentia. Mas ela não conseguia entender, como que esse sentimento surgiu assim, do nada? A não ser que sempre estivesse ali, mas ela só não se permitisse sentir. Ela percebeu que estava em maus lençóis quando as filmagens acabaram e ela se viu voltando para o seu apartamento.
Do outro lado do oceano, Hiddleston se viu ligando para ela diversas vezes, apenas para ouvir sua voz. Era um sentimento que ele sempre teve todos esses anos, mas que conseguia controlar sua vontade. Mas agora, que tinha conseguido beijá-la e sabendo que ela tinha correspondido, tudo ficava cada vez pior.
O dia da première finalmente chegou, os dois ficaram meses sem se ver, tendo notícias apenas pelas redes sociais, que não mostravam muita coisa, apenas saídas deles, sempre desacompanhados. terminava de colocar seu vestido vermelho da Elie Saab, quando tomou uma decisão. Talvez a mais impulsiva de sua vida? Sim. Talvez fizesse papel de trouxa? Com certeza. Mas ela precisava tentar.
O tapete vermelho estava lotado de flashes e celebridades, mas mal notava. Vestida em um deslumbrante vestido vermelho, ela caminhava com determinação, ignorando os pedidos dos fotógrafos para posar. Seus pensamentos estavam fixos em Tom.
Ela não precisou procurar muito pois alguns passos à estava mais à frente, sozinho em um dos pontos de fotos, com um smoking impecável e um sorriso discreto que não chegava até seus olhos, mas como um bom ator, ele conseguia disfarçar bem. sentiu seu coração acelerar ao ver como ele estava vestido. Era um smoking tradicional, preto, mas que o deixava mais bonito do que já era, com seus cabelos pretos penteados para trás que só faziam com que quisesse bagunça-los, pois ela sabia como eram macios seus fios.
Sem hesitar, ela atravessou o tapete vermelho, parando bem diante dele. Tom olhou para ela, surpreso, quando segurou seu rosto e o beijou levemente nos lábios. Os flashes dispararam como fogos de artifício ao redor deles, mas nada disso importava no momento, apenas os dois, juntos e com os sentimentos sendo exposto de uma maneira que não poderia mais voltar atrás. Quando ela finalmente se afastou, sussurrou com um sorriso emocionado.
— Eu também te amo, Tom.
Ele não conteve o sorriso que tomou seu rosto. Antes que ela pudesse pensar sobre o que acabara de falar, sem saber se aquele sorriso era algo bom, ele tomou sua cintura, aproximando seus corpos com rapidez, ignorando completamente que estavam parados no meio do tapete vermelho do filme que estrelavam juntos. Sua mão foi direto para a sua nuca, puxando o rosto de para ele e tomando seus lábios em um beijo apaixonado. O barulho dos flashs era tanto que parecia que chovia em volta dos dois. O beijo teve de ser breve, mas quando se separaram, a mão de Tom ficou em sua cintura, como se precisasse estar ali para tornar o momento real.
— Finalmente.
Fim.
Nota da autora: Essa fic surgiu durante o amigo secreto do site e eu não pude ficar mais feliz de ter sorteado a Thais. Espero que você goste tanto quanto eu gostei de escrever essa história ❤️
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