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Revisada por vênus. 🛰️
Atualizada em: 31.10.2024

Ele não reconheceu onde estava quando abriu os olhos vagarosamente. Seu campo de visão se resumia a um céu nublado, sem qualquer resquício de Sol. Demorou um bocado para sentir seu corpo todo formigando de uma forma estranha. Mexeu a ponta dos dedos das mãos, recuperando as forças aos poucos até conseguir apoiar o pulso no chão e impulsionar o tronco para frente, forçando-se a ficar sentado.
Quando olhou em volta, reparou que estava em um campo. Um grande campo meio amarronzado. Olhou para o chão, notando a grama baixa e seca, como se esfarelasse a cada toque.
Mas, a sensação mais esquisita, era não conseguir sentir nada.
Encarou seu corpo. Pés descalços, uma calça jeans preta surrada e uma camiseta branca lisa. Porém, ainda não sentia nada. Se ele estivesse vendado e pelado, provavelmente não sentiria diferença nenhuma.
Sua pele estava branquíssima, quase do tom da camiseta. Teve uma sensação estranha. Não conseguia lembrar se aquele era realmente o tom normal da sua pele.
Paralisou. Ele não se lembrava nem mesmo do seu próprio nome.
Conseguindo controlar o corpo por inteiro, puxou um punhado de grama do chão, esfarelando-a entre os dedos. Não sentiu nada.
Abriu e fechou as pernas estendidas. Não sentiu nada.
Passou um pé sobre o outro. Segurou o próprio rosto com as duas mãos. Estralou os dedos. Mordeu a própria língua com a maior força que conseguiu.
Não sentiu nada. Em nenhum momento.
Era como se ele não tivesse tato algum.
Forçou-se a ficar em pé para caminhar pelo campo. Estava confuso, completamente perdido sobre o que tinha acontecido para ter chegado naquele lugar. Era um sonho? Ele tinha morrido? Estava preso dentro da própria mente?
Muitas perguntas, mas nenhuma resposta.
Sentiu-se frustrado, ainda caminhando sem rumo pelo campo aberto e encarando o nada. Nenhuma árvore, nenhum animal, nenhuma casa… Nada. Era apenas um enorme vazio.
Um vazio até, de repente, notar uma silhueta distante, no topo de um morro. E parecia uma silhueta de uma garota.
Correu. Ele correu como nunca tinha corrido em toda a sua vida. Sabia que estava correndo, mas ainda não sentia o chão sob os teus pés.
Esforçou-se para manter a respiração compassada. Sem desespero. Apenas levemente acelerada por causa da adrenalina da corrida. Inspira. Expira. Inspira. Expira.
— Espera! — precisou gritar assim que viu a menina se virar e começar a andar na direção oposta, afastando-se devagar. Ela usava um vestido branco de mangas bufantes e longas, e sua pele parecia tão clara quanto a vestimenta. O cabelo era comprido e escuro. Tão escuro quanto a noite.
Ela lhe era familiar.
Aproximou-se, sentindo o cansaço após o esforço. Ela estava parada no mesmo lugar, encarando o tórax do rapaz abrindo e fechando em uma velocidade preocupante.
— Eu… — ele murmurou ainda sem fôlego, com as mãos apoiadas sobre os próprios joelhos e a cabeça encarando apenas a bainha do vestido da moça. Ele não conseguia ver seus pés, mas pensava se ela também estava descalça como ele. — Eu te conheço?
Levantou o olhar vagarosamente, como se o tempo estivesse quase parando. O rosto da garota era fino e branco. Muito branco. E olhos escuros. Muito escuros.
Tão escuros que jurou ter se perdido por um instante naquele buraco negro.
— Eu sinto muito. — ela murmurou baixinho, e ele mal conseguiu entender.
— O quê?
Ela encarou os olhos do garoto. E, num estalo, ele se lembrou.
— Eu sinto muito, .




continua...


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Nota da autora: Prefácio apenas para dar aquele gostinho de quero mais, rs
Espero que você tenha amado esse prólogo tanto quanto eu. Para saber mais do meu mundinho de fics, me siga no insta!
.xo

❯ beth's note: nota de suplício pra essa garota qui encher esse site de fics do Enhypen, pra início de conversa. e depois: mais fics do Enhypen sobrenatural, porque se eles fazem isso nos conceitos dos MVs, quem somos nós pra não fazer também? é isso, Peach, você colocou o primeiro tijolinho na construção da sua mais nova obra-prima engene. estamos todas esperando pelo próximo ᰔ.


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