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Revisada por: Saturno 🪐

Última Atualização: 14/04/2025.

Sinto o ar pesar quando respiro fundo, inalando tudo que posso, na esperança de ficar mais calma. Não parece estar adiantando e eu provavelmente pareço uma maníaca.
Estou em um corredor com, pelo menos, quinze outras garotas iguais a mim. Não totalmente iguais, mas o padrão é quase idêntico e parece que saímos da mesma forma: por volta de 1,75cm, cabelos na altura dos ombros, olhos claros e pele translúcida. Tem garotas que parecem bonecas prestes a quebrar e outras super heroínas cheias de músculos.
O que nem combina com esse papel, para ser sincera.
Porém, não julgando todas essas outras mulheres que parecem terem sido criadas por inteligência artificial, eu sei que nenhuma delas tem o que eu tenho.
Não é o talento, muito menos a beleza ou carisma. É o amor.
E eu tenho isso de sobra por essa personagem.
Quando conheci meu agente há quase dez anos, ele me perguntou qual era o meu papel dos sonhos. George riu da minha cara com a resposta, provavelmente esperando que eu fosse dizer algo idealista como Mama Rose, de Gypsy, ou Christine Daaé de Phantom of the Opera, tendo em vista que meu treino havia sido em teatro musical.
Mas, por mais que eu ame Sondheim com toda a minha alma, meu coração sempre foi dela. E agora, depois de quase vinte e sete anos esperando por isso, eu estou tão perto que quase consigo tocar nela.
Só preciso vencer todas essas ruivas que definitivamente vão mais à academia do que eu.
— Nervosa? — Escuto uma voz masculina direcionada a mim. Nem havia reparado nele, sentado do outro lado do corredor, há poucos passos de distância. Do meu lado do corredor, apenas ruivas e loiras. Do lado dele, apenas homens altos, magros e levemente fortes. Alguns de cabelos loiros, outros mais escuros. Os tons de pele são diferenciados, mas, ao olhar para o homem, eu só sei de uma coisa: é ele. Sempre foi ele.
Parece que meu corpo inteiro entra em ebulição. Eu passei pelo menos vinte anos da minha vida sonhando com alguém exatamente igual a ele: alto, mesmo que sentado dava para ver que ele é bem grande. Cabelos curtos, em um tom de castanho claro e bonito. Olhos azuis, mas não muito claros, em um tom que com toda a certeza do mundo abriria portais para outras dimensões. Seu rosto tem traços delicados, repletos de personalidade, que mostram certa inocência, mas que dizem muito sobre o líder que ele se tornaria.
É ele.
E se os diretores de elenco não contratarem esse homem, eu mesma vou começar uma guerra.
— Deve estar. — Ele sorri e eu percebo que nem respondi, segurando o roteiro com força e com cara de idiota. — Vou te deixar em paz.
— Me desculpe — digo, tentando reaprender a falar. — É que você é exatamente como eu o imagino.
— Jura? — Seu sorriso aumenta e o rapaz fica meio sem jeito. — Pois você é exatamente como eu a imagino.
— Não fala isso que eu começo a chorar — brinco, e ele solta uma risada, estendendo a mão para mim. Na mesma hora, uma mulher de pele escura e cabelos longos aparece.
Berger? — ela chama, e meu corpo treme. Seus olhos esverdeados encontram os meus. — Estamos prontos para você.
Meu corpo flutua da cadeira e eu apenas aceno com um sorriso para o garoto simpático. Sigo as instruções, e quando estou de frente para as câmeras, o mundo desaparece e as chamas me consomem.
Naquele momento, me torno quem eu realmente sou.
E eu sou amor.





Quando em Los Angeles, me torno o verdadeiro estereótipo da Califórnia: óculos escuros o tempo inteiro, alugo um carro conversível e vivo em busca da próxima bebida horripilante e saudável.
O total oposto da minha vida em New York.
Não tenho o que reclamar da minha vida lá, pelo contrário. Quando me formei na faculdade, eu tinha três opções: Los Angeles, New York ou Georgia. Preferia morrer do que sair da Flórida e ir para um lugar ainda mais quente e com bichos esquisitos, então fiquei entre New York e Los Angeles.
Mas, como morei a vida inteira na Flórida, eu queria algo diferente. Queria ver neve, pegar metrô, morar em um porão caríssimo… Então escolhi NYC.
Uma amiga da minha avó morava lá, e acabei morando no seu porão enquanto trabalhava como bartender e tentava conseguir minha primeira chance. Depois que fiz uma participação em Law & Order, todo o resto começou a acontecer, mesmo que em passos lentos. Tenho vinte e sete anos, fiz quatro filmes de qualidade duvidosa e uma série de TV de sucesso que me trouxe até aqui.
Não acredito que estou nos estúdios da Disney. Não acredito que vou fazer uma audição para a Marvel. Sinto que é o começo da minha vida, mas minha cena foi horrível, eu gaguejei e tive que recomeçar. Parecia um iniciante, sendo que já fiz isso milhares de vezes.
Saio dos estúdios com ódio no coração. A certeza era que eu nunca seria chamado e que jamais faria parte dos X-men, nem como figurante que morre em 3 segundos. Meu agente diz que será quase impossível conseguir o papel, porque sou velho demais e magro demais. Além de branco. Meu agente diz que a Marvel não gosta de brancos… Acho que meu agente tem algum problema, mas ele tem bons contatos, então aturo as teorias de conspiração baratas dele.
Mas ele tem razão. Nunca serei o Scott. Por mais que a garota que nasceu para ser a Jean tenha dito que eu nasci para ser o meu líder favorito, eu saio daqueles estúdios me sentindo pior do que nunca.
Ainda tenho quatro dias em LA e achei que ia me sentir bem o suficiente para fazer contato, ir às festas, aparecer em sites de fofoca, mas apenas fico no quarto de hóspedes de Jason, meu amigo que trabalha no Bank of America e ganha melhor do que todos os atores que eu conheço.
Sou um cara que precisa de poucas coisas, mas eu preciso fazer sucesso. Arrisquei muito em não seguir alguma carreira de “verdade”. Meu pai é filho de sobreviventes do holocausto, refugiados nos Estados Unidos depois de passarem pelo inferno na Polonia. Meu avô era dentista, meu pai contador, minha mãe enfermeira e minha irmã estava estudando direito. Fomos criados para viver em segurança, sem riscos, para passarmos despercebidos pela sociedade que nos acolheu.
Mas eu não posso fazer isso. Não posso esconder minha verdade. E eu quero muito fazer algo que tenha algum impacto, mas, até o momento, não consegui. X-men seria a chance perfeita de fazer isso.
Eu não gosto dos Vingadores e acho Quarteto Fantástico um saco, mas X-Men… Eles são incríveis. Eles são uma lição de amor. Eu sempre adorei o Scott, porque o acho um líder foda. Odeio o que fizeram com ele nos filmes, apesar de curtir muito o trabalho do James Marsden. Na real, os filmes de X-Men são uma piada, mas agora tudo seria reescrito e eu tenho chance de fazer parte.
Quer dizer, não tenho mais.
Então passo um dia inteirinho dormindo, sentindo pena de mim mesmo e me odiando. A última coisa que faço antes de dormir é procurar a Jean Grey dos meus sonhos no instagram, mas apago antes. Acho que sonhei com o sorriso dela.
E acordo com uma ligação do meu agente pedindo para gravar um vídeo. Gravo, envio e vou para o The Grove, porque adoro a cafeteria La La Land. E eu sou turista, então foda-se. Faço alguns stories e aí lembro da Jean Grey de novo.
Eu lembro do rosto dela, de cada detalhe dele. Do tom de seu cabelo e formato de seus olhos. Mas não lembro do sobrenome dela de jeito nenhum.
Ligo para meu agente, um cara de cinquenta anos, nascido no Japão, mas que parece ter 30 e se chama Jay. Depois de uma hora e dois frappuccinos, Jay retorna com o nome dela.
Berger.
Procuro sobre ela e logo descubro que ela tem vinte e seis anos, nascida em Londres, e que está em cartaz em Cabaret. Assisto alguns vídeos dela e… Caralho. A Jean Grey canta muito.
E é assim que tomo coragem e a sigo. Saio da cafeteria e vou até Beverly Hills olhar as lojas de rico.
Juro, assim que eu virar a minha chave, vou comprar todos os óculos do mundo.
À noite, vou a uma festa de atores pouco conhecidos e fico torcendo para alguém que não seja eu faça um vexame. Infelizmente nada. Mas pelo menos me seguiu de volta. E sua mensagem foi: “Pelo amor de Deus, me indica alguma cafeteria boa nesta cidade! Vou embora amanhã e estou sofrendo”.
“Tenho algumas ideias. Te busco que horas?”.
E foi assim que perder o papel da minha vida se tornou menos pior.





Estou arrependida de todas as escolhas que tomei na vida, enquanto estou sentada no saguão do La La Land. O ambiente é muitíssimo bem iluminado, super espaçoso e moderno. Um chandelier digno do Fantasma da Ópera e poltronas pouco convencionais dão um charme especial. Me sinto em uma sala de dentista rico, mas com músicas modernas.
Não sei porque mandei aquela mensagem para ontem. Não sei, muito menos, porque aceitei seu convite. Tenho um voo internacional para pegar em menos de 8 horas e passei o dia anterior inteiro fazendo audições e surtando.
Não queria me apegar ao Scott dos meus sonhos, porque, apesar de ter certeza de que eu seria a Jean Grey da Marvel, não sabia exatamente os planos do estúdio para meu casal preferido.
E se eles decidissem que Jean e Logan eram endgame? Seria ridículo, mas possível. Pior seria se eles cismassem com um romance entre Jean e Warren, ou até alguém nada a ver, como… sei lá, o Homem Aranha?
Meu Deus, e se fosse com o Capitão América? Quero vomitar só de pensar.
A Marvel toma decisões péssimas, e isso me deixa louca. A Fox arruinou algo lindo, achando que estava arrasando por pura burrice, mas espero que o raio não caia duas vezes na mesma franquia.
No caso três, mas enfim.
E o Scott está atrasado. Na verdade, eu estou adiantada. Fiz o check out do hotel mais cedo e peguei um carro para cá. Agora estou usando meu vestido de avião, segurando minha malinha de mão e esperando o cara que saiu diretamente da minha mente para a realidade.
Scott Summers é o maior babaca e ele também é o amor da minha vida. Lembro de quase reprovar na escola quando ele morreu em X-men 3, aquela bomba horrorosa. Sou apaixonada por ele desde que vi uma reprise de X-men evolution, onde ele fazia tudo para salvar seu irmão, Alex. Aí, no final do episódio, ele se enrosca na Jean e eu pensei: Caramba, é isso que eu quero.
Mas eu me conheço. Já me apaixonei por garotos que vagamente lembravam o Scott antes. Às vezes eles só estavam de óculos escuros, e aí, quando tiravam, eu parava de gostar, mas outras vezes…
Teve um rapaz chamado Lester que era o mais próximo ao Scott que vi na vida (até ). Eu tinha treze anos e ficava seguindo-o pela escola. Quando soube que ele namorava com uma garota chamada Hannah, eu quase faleci.
Então tenho que afastar o Scott de , porque sou facilmente impressionável.
Mas, quando ele chega de óculos escuros, calça jeans e blusa polo, meu coração quase explode. Esse é o look mais Scott Summers que eu vi na vida.
— Oi, Jeannie — ele diz, fazendo o que sobrou do meu coração entrar em colapso. Acho que ele repara no meu choque. — Oi, .
Uma vez, um cara de uma loja de quadrinhos em Orlando me chamou de Jeannie. Eu comecei a chorar.
E eu nem tinha 13 anos. Tinha 21.
— Oi, . — Me forço, porque sou adulta. — Achei que tinha desistido.
— O trânsito dessa cidade… — Ele suspirou, sentando ao meu lado. — E eu moro em NY, mas não dirijo, porque tenho amor a mim mesmo. Pelo menos um pouco, eu acho.
— Eu sempre fico meio tonta nesse país — conto e ele sorri. — Ontem peguei uma carona com uma colega e quase entrei no banco de motorista. Foi… constrangedor.
— Porque vocês dirigem do lado errado? Nem faz sentido.
— Ei, nós viemos primeiro! — Ele começa a rir. — Tenha respeito aos seus ancestrais ingleses.
— Pois saiba que eu sou 100% europeu. Só nasci nos Estados Unidos, mas meus pais são a primeira geração de poloneses… Na Flórida.
— Poloneses e Florida são palavras que nunca pensei em ouvir juntas na mesma frase.
— Eu entendo, não faz o menor sentido. Eu perguntei para o vovô por que a Flórida milhares de vezes, ele nunca soube responder. Depois ele me disse que gostava de laranja, e eu fiquei… Tem laranjas em outros lugares, sabe?
— Eu já saí com um cara da Flórida que realmente acreditava que só existia laranjas lá. — Me arrependo de falar isso na mesma hora que as palavras saem da minha boca.
— Pois eu sei que existem laranjas em outros lugares do mundo. — Sinto algo travesso no jeito que ele fala e isso me faz soltar uma risada meio idiota. Decido mudar de assunto antes que eu me enrole.
— Quando você me seguiu, e eu percebi que era você, eu achei que seu nome era artístico. Tipo, não é a combinação mais comum do mundo.
— Minha mãe era uma grande fã do Phoenix. — Quando ele fala isso, acabo sorrindo um pouco mais. Eu chorei por horas quando descobri que o tinha morrido e que Phoenix não era o sobrenome verdadeiro dele. — O que me faz pensar que claramente eu estava destinado a virar fã de X-men.
— E ? — Evito falar de X-men para não assustar o menino. Fico meio alucinada falando deles.
— Não sou primo do autor, nada disso. É apenas um sobrenome comum na Polônia.
— É um bom sobrenome. Bem marcante. Aposto que chama atenção nas audições.
— Até chama, mas aí eles veem que eu sou da Flórida e acham que sou um roceiro que fala estranho. — Ele dá de ombros. — E o seu? Berger é seu nome de verdade?
— Apelido de . Minha mãe é britânica e meu pai é filho de alemães. Judeu, antes que você pergunte. — Ele solta uma risada muito fofa. — Nascida e criada no Norte de Londres, a coisa mais clichê do mundo. Enfim, , estou com fome.
— Pois bem, me siga, milady. — força um sotaque britânico que me faz gargalhar. É péssimo e ele percebe.
Pelos próximos minutos, ele me apresenta o cardápio com o conhecimento de um funcionário. Não sei se ele está inventando ou não, mas ele me explica a diferença entre os tipos de leite e faz comentários sarcásticos sobre os moradores da cidade e sua obsessão por coisas estranhas. Todas as bebidas tem opções verdes e nada realmente faz sentido, mas pede algo chamado Lavender Bloom, e eu escolho um latte gelado de bolo de aniversário.
Não sou a pessoa mais aventureira do mundo e não é antes de um voo para o outro lado do oceano que vou ser.
Para comer, pede uma torrada lotada de abacate, queijo e chilli. Já eu, pego apenas uma torrada amanteigada, porque não quero passar mal.
Eu não sei muito o protocolo dos americanos, mas fico um pouco receosa das intenções de para esse pequeno encontro. Como ele pediu a maior torrada do universo, fico tranquila, porque imagino que ele não queira me beijar.
O que não seria ruim se ele quisesse, claro, mas vamos com calma.
Decidimos sentar do lado de fora da cafeteria, pois o céu está tão azul e bonito que seria um desperdício ficar em um lugar fechado. E eu vou voltar para a Inglaterra, onde o céu cinza faz parte da beleza.
— Então… — olha para mim depois de limpar a boca com um guardanapo. As cadeiras brancas não são confortáveis, então me ajeito e apoio na mesa. — O que você sabe do projeto?
— Provavelmente o mesmo que você. — Dou de ombros, tentando parecer tranquila com o assunto. Não estou nem um pouco tranquila. — “For All Time Productions” estava na call sheet…
— Uma referência à TVA? — Quase vejo um brilho vermelho em seus olhos e afasto o pensamento na mesma hora. Se eu falar isso para meu psiquiatra, ele vai me internar. — Eu não tinha certeza que a audição era para o Scott até receber o roteiro…
— Na hora que meu agente disse que fui selecionada para a audição, eu sabia que era para a Jean. Aí cheguei aqui e vi que eles chamaram todas as atrizes ruivas com menos de trinta anos desse planeta.
— Quantas rodadas online você fez?
— 3. — Ele faz joinha com a mão. — Já estou sendo tratada para gastrite nervosa, obrigada. — Começamos a rir mais uma vez. — Eu sei que a gente não pode colocar todas as fichas em um papel só, então estou tentando arrumar um plano B, mas, … — Penso nas minhas palavras, pois não quero ser doida. — Quando eu estava fazendo a minha cena, foi como se eu estivesse flutuando, sabe? Eu não lembro de absolutamente nada, mas, ao mesmo tempo, sinto todas as coisas que eu falei. Eles me deram uma cena da saga da Phoenix, parecida com a Uncanny #135…
— Porra… — Sinto tensionar na cadeira.
— Eles adaptaram algumas coisas, foi meio que “Não... eu não sou isso. Eu sou Jean Grey. Eu sou humana. Mas... o que é essa voz dentro de mim? Tão quente... tão livre... tão insaciável?” — Sinto o mesmo peso daquelas palavras e minhas mãos tremem.
fica em silêncio por um tempo. Seus olhos grudados nos meus, a boca entreaberta. Ele toma um gole de sua bebida roxa antes de continuar.
— Eles não vão meter a Phoenix logo de cara. Eles não podem — diz, um sorriso singelo em seu rosto. — Mas eu morreria para te ver fazer essa cena.
Pelo resto do tempo, nós conversamos sobre X-Men. Ele entende meu tipo de loucura e, entre as risadas, tenho vontade de chorar de emoção. é muito engraçado e genuíno, além de ter o nariz mais bonito do mundo.
Quando chega a hora de ir para o aeroporto, ele me oferece carona em seu conversível alugado. Não tinha trânsito para o LAX, mas eu quase desejei que tivesse. A gente se despede com um abraço desengonçado, depois de tirarmos uma foto juntos para quando nós dois formos escalados todo mundo ficar “awwwn eles se conheceram nas audições! Jean e Scott, os maiores do mundo!”.
Sinto seus olhos me seguindo até estar dentro do aeroporto, quase como se a força pura e concussiva estivesse me empurrando para casa. Assim como Jean, sinto que um elo foi formado entre nós dois, um pequeno fio que liga sua mente à minha, porque, quando entro no avião, ele me manda uma mensagem sobre o capítulo novo de X-Men 97.
Mando uma foto minha assistindo o episódio em meu tablet e desligo o celular. Não sou de ter sensações boas, mas, pela primeira vez, sinto como se o universo estivesse se expandindo bem à minha frente. Um mundo de possibilidades, onde meu sonho de criança pode se tornar realidade.
E aí, de um jeito engraçado, percebo que Deus realmente existe e que não apenas isso, mas Ele deve me amar muito. Com todos os problemas do universo, Ele me fez em um tempo onde minha heroína favorita vai ser readaptada para o cinema e me deu a chance de participar do processo.
Fecho os olhos e abro um sorriso, pronta para voltar para casa, mas deixando meu coração em Los Angeles.
Mal posso esperar para voltar para ele.
(Meu coração, no caso. Não o ).


Continua...


Nota da autora: Sem nota.

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