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Revisada por vênus ⚝
Concluída em: 24.11.2024

Um soco. Mais um soco.
Um chute dessa vez.
Outro soco.
— Você não precisa acabar com o saco de pancadas só pra treinar. — se aproximou com o mesmo sorriso ladino de sempre.
colocou uma das mãos na frente do rosto, tentando fazer o saco parar de ir para frente e para trás. Secou o suor que escorria de sua testa com o antebraço, uma vez que sua mão estava enfaixada para não cortar a pele, e passou a encará-lo, tombando a cabeça levemente.
— O que você quer?
— Nada demais, só vim conversar. — deu de ombros, fechando um dos olhos levemente ao sentir o suor escorrendo. Limpou-o rapidamente, voltando a fixar os olhos na garota. — Já terminei o meu treino.
— Legal, será que posso ficar sozinha?
Mesmo com o fora, mantinha o sorriso. estava com o rosto completamente vermelho, com uma camada generosa de suor em toda a sua testa, seios e busto. Na verdade, seu busto subia e descia com força, resultado de sua respiração pesada. Seus cabelos longos estavam presos em uma trança embutida, deixando seu rosto todo à mostra.
Inconscientemente, mordeu o lábio inferior com leveza, soltando uma risada nasal. Se Johnny estivesse ali naquele momento, ele o chamaria de soberbo, mas Lee tinha certeza de que gostava de provocá-lo.
— Você sabe que não vai conseguir resistir para sempre, né? — perguntou rindo, olhando-a nos olhos.
deu um sorriso.
— Sonha, baby.


— Mas você gosta dela? — ouviu Johnny perguntar ao seu lado. — Tipo, gosta de verdade mesmo?
O mais novo parecia encantado demais enquanto observava treinando. A garota atirava com maestria e tinha uma mira invejável.
— Será que podemos não falar sobre ela? — suspirou, desviando o olhar para o amigo. — Eu realmente preciso da sua ajuda.
Johnny soltou uma risada diante da reação do rapaz. Era nítida a admiração que sentia por , e o mais velho tinha certeza de que aquele olhar era mais do que uma mera apreciação de um colega de trabalho.
— Tudo bem, desembucha.
— Estou preocupado com o rumo que as coisas vão tomar a partir de agora — começou a desabafar, sem conseguir encarar o amigo nos olhos. Aproveitou que parecia concentrada demais em seu treino para sequer notar que ele a estava quase devorando com os olhos. — Meu pai morreu de repente, e Taeyong se mandou há anos porque não queria mais se envolver com nada da família. Agora tudo tá sobrando pra mim.
Johnny concordou com a cabeça e voltou o olhar para a garota. tinha acabado de acertar dois Karambits na região abdominal de um dos bonecos e outro no coração.
Voltou a olhar na direção de assim que escutou-o falar:
— Eu sei que não sou o melhor atirador ou estrategista, e ainda preciso melhorar em muitos aspectos pra poder liderar a máfia, mas...
escondeu o rosto nas mãos, sentindo uma vontade imensa de chorar. Ele estava exausto.
— Meu pai morreu há poucos dias e agora minha mãe tá me cobrando mais do que nunca.
— Mas isso é lógico, Lee. — Johnny o interrompeu, chamando a atenção do homem. — Uma máfia sem líder é como uma presa nas mãos dos rivais.
— Isso é ridículo, você poderia assumir comigo.
Johnny soltou uma risada alta, negando com a cabeça.
— Fico lisonjeado por ser seu melhor amigo e filho do antigo braço direito do seu pai, mas eu não aguentaria sua mãe falando ainda mais no meu ouvido.
O mais novo encolheu os ombros, ciente de que sua mãe não era aquele tipo de tia que todo mundo ama e faz bolo para todos comerem ao final do dia. Não. A Sra. Lee sempre fora mais rigorosa e ríspida que seu pai, e lidava com isso de forma ainda mais intensa do que os demais membros da máfia.
— Apesar de ela cobrar bastante, minha mãe nunca fez nada pra me magoar. Confio nela.
Johnny apenas assentiu, sem dizer mais nenhuma palavra.
Não seria ele quem colocaria pulgas atrás da orelha de sobre a própria mãe.
— Acho que você deveria ter algumas aulas com a .
olhou para o amigo, incrédulo. Ele já havia aceitado que não era o melhor atirador, mas pelo menos se virava bem no combate físico.
— Não preciso que ela me ensine essas coisas.
— Larga de ser orgulhoso, . — o mais velho revirou os olhos, soltando uma risada e tomando um gole de sua cerveja. — Você não queria se aproximar dela?
— Não vou negar que ficaria com a , mas ela não quer.
— Conta outra. Não é você quem vive dizendo que ela é caidinha por você e não assume?
— Mas eu falo isso só para zoar com a cara dela, né. — curvou a sobrancelha. — Ela deve gostar de caras bem mais velhos do que ela.
Johnny deu de ombros, sem saber o que responder. Apesar de ser o melhor amigo de , eles não conversavam muito sobre esse assunto em específico. Não que houvesse algum motivo que os impedisse, eles simplesmente não falavam sobre isso.
— Quando criar coragem de realmente chegar nela, me avisa. — Johnny disse, levantando-se. — Só não enrola demais.

⚔️


caminhava pelos corredores enquanto pensava na conversa que tivera com Johnny mais cedo.
Não seria surpresa para ninguém se realmente assumisse o que sentia por . Aquilo estava longe de ser um sentimento de amor apaixonante, mas de fato tinha alguma coisinha ali. Uma admiração mais profunda e, com certeza, muito tesão acumulado.
Mas isso, com certeza, não era algo para se dizer a uma dama.
havia aparecido em uma época conturbada da vida de . Taeyong tinha acabado de se mudar para outro país, fugindo das “tradições” da família e deixando tudo nas mãos do irmão caçula, .
Ele tinha apenas 18 anos quando o irmão mais velho saiu de casa. Nos últimos quatro anos, sua mãe e seu pai vinham treinando-o para assumir os negócios, mas aquilo nunca fora o sonho de Lee.
odiava armas. Simplesmente não conseguia usá-las.
Mas ele precisava aprender de alguma forma.
— O revólver não atira sozinho. — escutou uma voz bem familiar se aproximando. O sorriso em seu rosto foi inevitável.
— Tô ligado.
pressionou os lábios antes de olhar em volta. A sala de treinamento estava vazia, o que não era comum. Geralmente havia pelo menos três pessoas diferentes treinando combate corporal ou tiro.
Sentou-se ao lado do rapaz, com os olhos cravados nele.
— Você realmente tem dificuldade nisso, né?
Ele apenas assentiu.
odiava segurar uma arma, e era isso que ele estava fazendo naquele exato momento. O objeto metálico em sua mão estava carregado, mas ele simplesmente não conseguia mirar e atirar. Até mesmo levantar as mãos parecia terrível demais.
— Tem algum motivo pra você não gostar de atirar? — a menina ainda tentou puxar conversa.
— Não sei.
Se não estivesse tão imerso em seus próprios pensamentos enquanto encarava a arma, ele aproveitaria a situação para conhecer mais . Porém, não conseguia assimilar qualquer coisa que não fosse seus próprios problemas. Pelo menos não naquele momento.
— Mas eu preciso aprender se quiser assumir aqui, né? — ele forçou uma risada irônica, tentando deixá-la o mais natural possível. No entanto, percebeu.
— Não acho que tem problema você não atirar, caso não queira.
a olhou assustado. Ela não podia estar falando sério, não àquela altura do campeonato.
, acho que você ainda não entendeu, mas eu sou o herdeiro desse bagulho todo. Tenho que liderar essa máfia inteira sozinho porque meu pai morreu e meu irmão nos abandonou. — sua voz subiu meio tom, mas toda a atmosfera em volta deles pareceu esfriar pelo menos 20 graus.
encolheu os ombros.
— Desculpa.
— Não, tá tudo bem. Eu é que estou sensível hoje, perdão.
Ambos estavam sentados lado a lado. revezava seu olhar entre a sala de treino e o rapaz, enquanto parecia concentrado na arma.
Largou o objeto de repente.
— Você também tem algum medo que não consegue explicar? — perguntou sem jeito, com os olhos focados em qualquer coisa que não fosse o rosto da garota.
— Como assim?
— Eu sinto como se tivesse medo de atirar. Até mesmo segurar uma arma me deixa mal. — confessou com as bochechas ruborizadas. não entendia de onde tudo aquilo estava saindo, muito menos por que estava contando seu segredo mais profundo para alguém com quem mal conversava.
parou por dois segundos, buscando alguma memória em sua mente, mas nada apareceu.
— Não sei se já passei por isso.
Ele apenas assentiu, não querendo incomodá-la ainda mais com seus pensamentos confusos. Não tinha conseguido conversar sobre isso nem mesmo com Johnny.
— Alguns medos valem a pena enfrentar. — ela continuou, atraindo sua atenção. — Mas não acho que segurar uma arma seja um medo que você precise passar por cima. Às vezes, você só tem um coração bom demais.
soltou uma risada, encarando o próprio colo e depois se afundando nos olhos dela.
— Obrigado? Eu acho.
— Foi um elogio. — ela sorriu. — Você é completamente meu oposto. — jogou o corpo para trás, encostando as costas na parede. — Acho que sou muito coração frio, não consigo me importar tanto com essas coisas. Eu só… faço.
— Queria ser assim. Minha mãe talvez não pegaria tanto no meu pé.
A garota soltou um sopro pelo nariz, abrindo um sorriso breve enquanto encarava as mãos enfaixadas. Percebeu que um dos dedos estava com um leve trecho ensanguentado, mas ignorou.
riu, mexendo os ombros. percebeu cada detalhe, abrindo um sorriso ao encará-la.
— Acho que essa é a primeira vez que temos uma conversa decente. — comentou, ainda observando-a rir.
— É…
— Você só conversa com o Johnny praticamente.
— Ele é como meu irmão mais velho, né? — ela levantou os ombros. — Meio que não tenho escolha.
concordou enquanto sorria, voltando a encarar a sala. Ele sentia que o observava, mas não se virou para conferir.
— Johnny é meu melhor amigo.
— Eu sei, ele fala muito de você.
O rapaz se virou surpreso.
— O que ele fala?
— Nada demais. — deu de ombros mais uma vez. — Apenas que você é um cara ótimo e que te ama demais.
— Também amo ele pra cacete.
pressionou os lábios, tombando a cabeça para o lado e encarando o perfil de . Agora, sua expressão parecia muito mais leve.
— Não sei o que seria de mim sem o Johnny.
a encarou de volta.
— Ele sempre te defende, acho isso legal. — confessou. — Sinto uma leve inveja também porque queria ter um irmão mais velho como ele.
A garota deu um sorriso convencido.
— Sinto informar que o posto de irmã mais nova do Johnny já tá preenchido e que você vai precisar procurar em outro lugar.
Ambos começaram a rir sem motivo aparente. Estavam apenas curtindo aquela conversa civilizada que estavam tendo, algo que não era nem um pouco comum entre eles.
Ouviram um barulho ali perto.
— O que foi isso? — perguntou preocupada, virando o rosto em direção à porta.
— Nem ideia, mas pode ter sido só o vento. — tentou acalmá-la.
permaneceu com as sobrancelhas arqueadas, ainda desconfiada do barulho, mas decidiu ignorar. Virou-se para , logo mergulhando na conversa mais uma vez.
— Ei. — o rapaz chamou-a quando a viu se levantar para sair da sala. o olhou. — Paz selada entre a gente?
A garota riu.
— Nunca estivemos em guerra.


Tinha-se passado exatamente uma semana desde a conversa profunda entre e . Desde então, sua convivência havia se tornado mais leve e animada. Treinavam juntos, brincavam um com o outro e pararam de soltar farpas a cada cinco minutos. Porém, as vidas deles estavam começando a virar uma bagunça novamente.
Desde que se lembrava, Johnny foi seu melhor amigo. Quando sua mãe morreu, seu pai a deixou em um orfanato, e Johnny apareceu em sua vida depois de 13 anos morando naquele lugar.
não tinha boas lembranças de lá. Diversas vezes, Johnny precisava ficar conversando com ela para ajudá-la a abafar seus próprios pensamentos. Mais de uma vez, ele foi até seu quarto e ficou abraçado a ela por horas, até a garota conseguir dormir.
A relação que ambos tinham era invejável. Johnny a tratava como se ela fosse sua irmã caçula, apesar de, teoricamente, ele ser seu pai adotivo. A diferença de idade entre os dois também não era grande: enquanto tinha 19 anos, Johnny estava completando os seus 30.
Se alguém visse de fora, diria que Johnny a levou para um caminho sem volta. Provavelmente o chamariam de irresponsável por adotar uma garota, sendo que ele vivia daquela forma: como um membro de uma máfia.
Mas não se importava com isso. Ela tinha uma casa para morar e pessoas à sua volta que mais se assemelhavam a uma família, apesar de todas as controvérsias em seu contexto de vida.
Com isso, a garota acabou se acostumando a tê-lo diariamente em sua vida.
E saber que ele havia sido sequestrado estava destruindo-a.
— E o que você vai fazer a respeito?
olhou na direção de com os olhos marejados. Ele sabia que Johnny era realmente importante para a garota e queria poder ajudá-la de alguma forma.
— Não sei ainda.
A garota saiu sem dar mais nenhuma explicação. não correu atrás, apesar de seu corpo por inteiro estar preparado para acompanhá-la. Respirou fundo, acreditando que ela precisava apenas de um tempo sozinha para processar a informação e planejar o que fazer para salvar o irmão.
Ele ficou meio absorto, tentando recalcular tudo que havia acontecido na última semana.
Enquanto ele e se aproximaram na última semana, Johnny parecia cada vez mais cheio de afazeres. Duas vezes por dia, pelo menos, ele precisava ir ao escritório da chefe — mãe de — para resolver problemas e arquitetar planos para a máfia. O mais velho não tinha comentado nada com os amigos, respondendo sempre a mesma coisa:
“No momento em que eu conseguir ajeitar um pouco a situação, eu explico.”
O problema é que esse momento nunca chegou.
Johnny havia saído há três dias por conta de alguma negociação entre máfias. Ele não foi sozinho, porém, foi o único que não voltou.
E a senhora Lee tinha acabado de avisar aos dois, que estavam na sala de treinos conversando, sobre a falta de contato do homem e possível desaparecimento. Ela já havia saído.
Como já estava tarde da noite no momento em que receberam a notícia, optou por ir se banhar e dormir. Falaria com para pensarem juntos no que fazer no dia seguinte.
E assim o fez.

⚔️


levantou-se e foi direto aos aposentos de para ver como ela estava. Bateu na porta algumas vezes, mas não obteve resposta.
Ligou para o celular dela. Desligado.
Já passava das 10 da manhã, e a garota geralmente acordava bem cedo. Ela sempre estava com o celular, por medo de acontecer algo e precisar sair correndo para resolver. Estranhou.
Empenhado em receber uma possível resposta sobre o paradeiro da garota, seguiu até a sala que mais temia em todo o prédio.
A sala de sua mãe.
— Licença.
— Entre. — a mulher permitiu sua entrada sem olhá-lo.
— A senhora sabe onde a está?
A mulher levantou o rosto, finalmente desviando o olhar dos documentos sobre sua mesa. Ajeitou os óculos e curvou as sobrancelhas.
— Mandei-a para uma missão. Achei que ela tivesse lhe contado.
— Sozinha?
— Ela é bem competente, , diferente de você. — a mulher deu um sorriso frio.
O rapaz encolheu os ombros, sem saber como rebater a mãe. Respirou fundo antes de pressionar os lábios e curvar a cabeça, despedindo-se num gesto.
Quando sua mão encostou na maçaneta, escutou a mulher lhe chamando:
— O que você tem com aquelazinha?
se virou com as sobrancelhas arqueadas. Aquelazinha?
— A ? Somos amigos.
— Sei.
— Digo sério. — ele ajeitou a postura, estranhando a pergunta da mãe. — E mesmo que tivéssemos algo mais sério, por que isso lhe importaria?
— Você já tem problemas demais pra resolver e precisa focar em se fortalecer pra assumir o controle da empresa. — ela falou com uma expressão séria. achava engraçado o fato de a mulher tratar a máfia como meros negócios.
Ele apenas concordou com a cabeça, sem ânimo algum para discutir. saiu da sala ainda com a cabeça martelando o nome de uma única pessoa: .
Não estava confiante naquela historinha de que sua mãe havia mandado-a para uma missão sozinha, sendo que estava com a cabeça a mil por conta do sumiço de Johnny. E a mulher sabia muito bem que ela não estava em condições de sair para uma missão naquele estado.
Mais do que nunca, sentiu uma vontade enorme de ir atrás de . Não que ele não acreditasse que ela seria capaz de fazer qualquer trabalho sozinha — na verdade, ele sabia que ela era muito mais capaz do que ele mesmo. Ele só estava preocupado. Precisava descontar tudo aquilo em alguma coisa.
Continuou caminhando até seu quarto, pensando em trocar de roupa e ir até a sala de treino. Lembrou-se de uma vez que comentou que gostava de treinar quando estava estressada, pois a ajudava a espairecer os pensamentos.
já estava bravo, mas nada se comparou ao momento em que ele virou no corredor e viu ninguém mais ninguém menos do que ele.
Johnny.
— O que você tá fazendo aqui?! — o mais novo se aproximou com a voz alterada, numa mistura de gritos de emoção com surpresa.
Johnny arqueou as sobrancelhas à medida que o amigo o abraçava mais forte.
— Eu cheguei ontem à noite, mas estava tão acabado que fui direto para o meu quarto dormir.
paralisou.
— Então… Você não foi sequestrado.
— Não? Meu Deus, , de onde você tirou isso?
A mente do rapaz começou a borbulhar.
“Mandei-a para uma missão.”
“O que você tem com aquelazinha?”
“Você já tem problemas demais.”
Era uma emboscada.
— Puta merda.
Em um ato rápido, e totalmente cego pelo ódio, se virou e correu pelos corredores, escutando Johnny lhe gritar perguntando o que havia acontecido.
Ele estava com raiva, mais do que achou que poderia sentir. Sabia desde sempre que sua mãe era meio surtada com essas coisas relacionadas à máfia, mas nunca, em toda sua vida, achou que a mulher fosse capaz de fazer algo daquele tipo.
— Onde ela está?! — ele gritou, com a voz transparecendo ódio.
— Cadê a educação? — a mulher se manteve fria, concentrada nos papéis.
— Pra onde você mandou a , caralho?
Sra. Lee levantou o olhar. Seus lábios se abriram e fecharam algumas vezes antes de ela responder:
— Não interessa.
jurou que poderia matá-la.
Seus punhos se fecharam, e ele saiu da sala sem falar mais nada. Não conseguia acreditar.
Caminhou rapidamente até uma sala que ele pouco frequentava: a de informática.
— Jungwoo? — ele chamou o rapaz, que apareceu de trás do computador. — Preciso da sua ajuda.
— Entra aí.
O garoto entrou rápido, logo se posicionando ao lado de Jungwoo.
— Preciso que encontre a .
Ele tombou a cabeça.
, mas a está em uma missão agora.
— Eu sei disso. — ele fechou os olhos, se segurando para não perder a paciência com o pobre coitado. — Mas eu preciso saber onde ela está. Se você conseguir rastrear o celular dela ou…
— Nem precisa. — Jungwoo o interrompeu, negando com a cabeça e fazendo uma careta. — Ela foi pra mansão Zhang.
jurou que sua pressão caiu.
— Sozinha?
— Acho que sim, ela não estava com mais ninguém quando veio aqui mais cedo pra pedir informações sobre o local.
— Merda… — resmungou, sentindo um desespero lhe consumir. — Me dá o endereço.
Enquanto Jungwoo colocava o endereço no celular de , este pensava nos motivos que levaram sua mãe a fazer o que tinha feito.
Não fazia sentido, para ele, a mãe mandar para uma missão sozinha, contra os Zhang, apenas por… Ciúme? Raiva? Nenhum sentimento poderia justificar o porquê de a mais velha praticamente ter jogado a menina no meio da cova dos leões.
Ele tiraria aquela história a limpo depois.
— Obrigado. — agradeceu antes de correr até a sala de treino.
pegou dois revólveres carregados e enfiou-os no bolso da jaqueta. Apressadamente, pegou uma das mochilas vazias que lá estavam e colocou um kit de primeiros socorros, para o caso de estar machucada, e outra arma.
Andou rapidamente até o estacionamento, ignorando todas as pessoas que falavam consigo.
Deu a partida na moto, colocando o capacete de qualquer jeito e apertando o guidão com força.
Ele iria atrás de e a tiraria daquela emboscada.
Nem que precisasse matar alguém para isso.

We're so young
We're so freaky
우리들은 틀에 갇힌 채 진짜를 잃지
We be screaming go
반항은 그들을 불태우고
우린 열정에 완벽히 미쳐가고
We be screaming go

Somos tão jovens
Somos tão loucos
Nós estamos acorrentados, não sabemos mais o que é a verdade
Nós estaremos gritando, vai!
Rebeldia vai queimá-los por inteiro
Somos completamente loucos por nossas paixões
Nós estaremos gritando, vai!




FIM.


Nota da autora: Sacanagem acabar assim? Talvez!
MAS PODE FICAR TRANQUILAAAAAAA! A continuação já tá no ar! E você pode lê-la clicando aqui :P
Espero que você tenha amado essa fic tanto quanto eu. Para saber mais do meu mundinho de fics, me siga no insta!

.xo


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