Codificada por aurora boreal 💫
Finalizada em: Dezembro/2024
era uma mulher solta e extrovertida, amada por muitas pessoas, exceto por alguns parentes da família — algo que a magoava subconscientemente.
Suas oportunidades foram privilegiadas cedo demais. Não pôde crer que estava finalmente de férias, pisando os pés na areia fofa da e paquerando de longe alguns gatos. Todavia sonhava alto com relacionamentos falsos ou platônicos criados por ela mesma.
A texana e estudante de jornalismo, nativa de Highland, tinha azar no amor, a única do grupo de melhores amigas solteira e encalhada. Uma de suas melhores amigas — a princípio Yoko embora tímida e inteligente — viveram a ganhar na base da sorte, belos rapazes e futuros maridos.
O trio era formado por , Yoko, Deborah, eram demasiado irritantes, tão femininas, frescurentas, narcisistas. Ela mal se identificava entretanto nada seria sem a companhia das duas. se sentia desajeitada e atrapalhada perto delas, enquanto ao seu redor, Nada de atraente encontrara ao deparar o reflexo do espelho mostrando a madeixa dourada e seus olhos azuis cansados, o rosto pálido salpicado por pintas e bochechas rosadas.
viu-se trajada com sua clássica camiseta amarela do Bart Simpson e short jeans rosa rasgado na região dos joelhos, após se despertar da cama e saindo do quarto rapidamente para a espreguiçadeira.
lutava contra a juventude tardia e pedia constantemente para não ficar sem par nas pistas de danças, exceto, uma pessoa. , o típico rapaz imponente e descolado de todo o campus, mas conhece aquele tal loiro bem antes de sua fama universitária.
e criaram um laço fraternal composto por almas gêmeas distintas, a mulher antigamente desprezava-o ou o chamava pelo apelido: loser Wonka; porque tinha um penteado levemente chanel e repicado mesmo que o boné cobrisse a juba dourada e costumava ser muito atrasado para processar qualquer tipo de informação.
Atualmente até o zoaria e chamaria sua atenção se não fosse um famosinho.
não andaria só de biquíni nem morta perto dele ou vestidos tubinhos chamativos. no seu ponto de vista tinha apreço por esse arquétipo feminino, ela preferia agir mais leve e solta, andar de chinelos e camisetão largo. Entretanto mal sabia o quanto ele amava o laço de fita cor-de-rosa enfeitando a cabeça dela.
O pôr do sol radiante de Santa Mônica animava o lar dos hóspedes, praias e piscinas foram os principais destaques da pousada rústica. As moças sensualizaram na pista de dança diante a bebedeira, os homens só aproveitavam e chamavam as parceiras para os quartos. Ninguém ia estar solteiro tão cedo ou seria pego após ter comido quieto a gata comprometida.
Esquecendo um pouco os mulherengos da festa, através das lentes escuras do Ray Ban vermelho pôde observar os colegas de sua turma zoarem uns com os outros ao som de Californication. foi o mais bonito para ela, com seus cabelos loiros e longos molhados, mexendo a cabeça conforme o vento. Paralisada ficava a loira ao vê-lo maravilhoso naquele estado.
Quando de repente alguém lhe chamou pelo nome atrapalhando totalmente seu devaneio:
— Aí menina vai ficar moscando mesmo? — Deborah sendo escárnia e afrontosa puxou a loira pelo seu antebraço — Levanta daí! Temos que nos preparar para a festa!
— O quê? — indagou enfatizada com um semblante levemente confuso — Mas eu não vou para festa nenhuma!
— Ah você vai sim! — Disse a afro-americana de modo autoritário — Vamos vamos!
— Beleza — suspirou acompanhando a garota negra de volta para o quarto.
e Deborah encontraram o quarto totalmente desorganizado. Sua outra amiga assistia um filme aleatório da Netflix, e pintava as unhas, mas ao ouvir o estrondo da porta, a asiática percebeu as amigas lado a lado.
— Uau ela apareceu — comentou a asiática com um sorriso ladino — Chega aí, deixa eu aprimorar a obra de arte! — batia a mão direita no colchão pedindo indiretamente para que a loira se aproximasse.
— Juro que vou me arrepender — retrucou — Espero que eu não seja enganada e segure vela igual na última vez.
— Relaxa — Deborah a confrontou.
Yoko desligou a televisão, tirando de dentro da gaveta uma paleta mista por sombras claras, prancha para cabelos. sentou de costas na cama e a amiga atrás de si começou a ajeitar a juba armada. A universitária riu nervosa devido ao objeto passando por cada mecha.
Deborah iniciou na maquiagem afastando um pouco a franja comprida da amiga, o lápis de sobrancelha e olhos trabalharam em conjunto.
— Vocês tem certeza disso? Me parece uma perda de tempo — afirmou evitando mexer muito a cabeça.
— E o que vai ficar fazendo aqui dentro? babar na tela do celular enquanto vê fotos do Evan Peters sem camisa? — Deborah conhecia desde o ensino médio. Ela sabia da paixão platônica que a loira tinha pelo ator famoso. Algo que constrangia em tamanha nostalgia.
— Pô, eu gosto do Evan! — Retrucou não mexendo os cílios — Mas isso é pessoal.
— Sei, sei — debochou a garota negra fechando o rímel e finalizando sua obra artística com uma sombra rosa pastel e gloss labial — É por causa do , esse ator te faz lembrar dele, né? — sorriu maliciosa.
Yoko não deixou de rir.
— Quê? Nada a ver! O Peters é muito mais gostoso — balbuciou assustada — O que o tem haver com as calças?
— As calças dele vão cair na sua mão — a garota negra recebeu um soco leve no ombro e riu das bochechas rubras da texana.
— Safada!
— Você está reclamando de barriga cheia — a japonesa, quando acabou de cuidar dos cabelos loiros de , pegou a máquina fotográfica, tirando fotos das duas amigas e depois de si mesma — Estamos lindas, sexys, poderosas! A noite é nossa! E vai ser um pecado perder cada detalhe.
pediu para não tirar mais fotos dela, mas foi pega de surpresa.
Yoko voltava a ajeitar o penteado na dos cabelos dourados enquanto a outra amiga dava apoio lixando e cuidando de suas unhas. Estourava All Night de BTS no aparelho de som via bluetooth; todavia tinha demorado para se divertir até acostumar-se com todo o momento de diversão. Ela fechava os olhos e pensava na sua primeira noite, quando foi chamada por um amigo distante até o pier. Os dois foram ao parque cruzando na roda gigante e comeram tacos mexicanos, mas a loira não queria que fosse ele ao lado dela.
Sentia um incômodo no peito só de lembrar daquele loirinho incessante.
Yoko era a dona da câmera, continuava a registrar tudo no quarto.
A procurou a melhor roupa para a ocasião após terminar de cuidar da sua beleza — uma camiseta rosa guess, saia jeans azul, sapatilhas puma com a mesma cor da blusa — sua autoestima entrou nos eixos.
A dupla pusera as mãos na cintura. impressionada pela amiga finalmente vestir-se adequadamente e agir como uma boa e independente mulher adulta. Ela arrasaria corações, parecia um arquétipo de Regina George mesclada à cantoras pop dos anos 2000.
Deborah vestiu roupas urbanas e foi inevitável não encarar seu conjunto verde neon e a bandana de caveiras mexicanas cobrindo as tranças africanas.
Yoko vestiu um vestido de cetim preto, meias pretas finas, boina vermelha. Seus cabelos amarrados em duas marias chiquinhas, argolas enfeitando suas orelhas, coturnos nos pés, finalizando com uma maquiagem escura.
— Perfeito! Vocês já se preparam psicologicamente né? — perguntou Deborah.
— O que quer dizer com isso? — a questionou inocentemente.
— Ora, , não se banque a inocente — a japonesa cruzou os braços franzindo uma das sobrancelhas.
— Espera… — Ela pensou e finalmente entendeu do que estavam se referindo. — Eca nem morta! Não vim para esse passeio em busca de uma transa. — balançou a cabeça enojada, dando de ombros.
— Conta outra garota! Chove de gatinhos querendo você — Deborah falou o óbvio — Segue o lema: se for comprometido tu come quieto, se for solteiro cai dentro.
— Não sou essas vadias do Ômega Alpha — fez um biquinho com os lábios se sentindo inferior — Tenho cuidados com o meu corpo.
— Vamos ver se terá, quando a bebida estiver na sua frente — Yoko virou para segurando a risada.
— Droga, Yoko! Até você? — não se contentou com a asiática gargalhando constantemente.
— tem machofobia — As duas disseram em uníssono em um tom jocoso.
— Ah, vão se ferrar! — mostrou o dedo médio depois a língua.
Suas amigas mais e mais queriam lazer e diversão, puxando a texana para dançar a música que tocava na caixa de som. Ela sorria sem graça fingindo curtir a música que tinha uma vibe relaxante e excitante.
Entretanto, para , estar presa em uma pousada com direito a visitar ilhas e mares não seria nada ruim — bom, se ela fosse sozinha.
permaneceu tranquilo e sereno olhando o sol desaparecer no horizonte, deitado naquela bóia em cima da água. O homem estava apenas com os braços por volta da cabeça, admirando as nuvens laranjadas do céu tomando o restante do ponche de frutas. Umas estudantes iam para-lo e chamar sua atenção contudo era sempre algo casual sequer importando ou sabendo que também tem sentimentos.
A frase que seguia era composta pela simples filosofia: "Vocês realmente não se importam, mas tudo bem". Afinal garotas de uma noite não passam de um tédio.
— Ei, ? ! — Um moreno conhecido tira o boné da cabeça loira o acordando. — ‘Tava viajando cara?
Pego de supetão quase se desequilibrou, se fosse menos esperto cairia novamente na água.
— Johnny! — chacoalhou a cabeça — Mas o que aconteceu? Está me chamando a muito tempo?
— Você não faz ideia — O mais alto ironizou — Por pouco não penso em uma maldade — estendeu a mão de dedos longos para o loiro — Vem cá, vem.
Johnny era capitão do time de baseball local. Quem olhava para o rapaz ficava admirado, pois tinha um físico atlético visivelmente atraente, porto riquenho de olhos azuis, cabelos encaracolados. Um homem estiloso digno modelo para uma capa de revista.
— Puxa… Eu estou um caos! — verificou seu estado deplorável — Preciso tomar um banho urgente antes que a noite termine sem mim. Seria um pecado.
— Percebi que você tem cheiro de peixe — Johnny zombou — As sereias acham bem fora de moda essa lábia de pescador.
— Engraçadinho… — riu sem graça.
A festa estava para começar, enquanto isso saía da suíte de seu quarto perfumando-se todo, depois de secar os cabelos úmidos com o auxílio do secador pôs seu boné Quiksilver azul na cabeça, bagunçando a franja comprida para os lados, tirando do armário sua melhor camiseta preta em conjunto com uma jaqueta azul clara, tentando ser estiloso o suficiente finalizou seu look com correntes de prata por volta do pescoço e um jeans rasgado no joelhos só para garantir.
adorava ser estiloso. Isso Isso impressionava as pessoas. E o fazia se sentir mais atraente. Porém sabia que as garotas eram fissuradas por seu sorriso e por seu cabelo. Exceto a aparência.
A pista se enchia era muita dança, cantoria, exaltação. O loiro notou várias mulheres acenando para ele mas preferiu se isolar, sentando em uma cadeira dos fundos e surpreendendo-se avistou mais alguém ao seu lado na mesma situação.
(Nossa é a mesmo?)
Um sorriso ladino saiu de sua boca ao perceber a beleza da texana. Sequer se virava para os lados, os cotovelos sob a mesa.
deixou suas amigas de lado dando a desculpa que precisava ficar sozinha por um tempo e ela pega por um impulso quase teve um espasmo após saber que o “Loser Wonka” também não parecia feliz.
Os olhos claros brilharam quando uma canhota de dedos e anel prateado quase alcançaram a destra da .
Ambos ficaram silenciados por um momento. No entanto decidiu seguir em frente quebrando o silêncio ensurdecedor.
— Aí, você quer dançar? — perguntou a encarando de relance — Já que estamos sozinhos.
(Será que eu estou sonhando?)
Trincava os dentes balançando as pernas extremamente nervosa.
— Pff, nem morta! — disfarçou seu interesse — Por que eu dançaria com você? Capaz de pisar no meu pé!
— Sou tão ruim assim?
— Claro. Isso aconteceu no fundamental, lembra? — e apresentaram uma peça da Cinderela no 3 ano. Quando dançaram pela primeira vez, acabou se atrapalhando nos passos. — Para um príncipe encantado, não tem jeito né?
riu com a lembrança.
— Nossa! A única coisa que me lembro foi o tanto de gel grudado no meu cabelo — comentou tirando um riso da colega — E quando a coroa caiu na minha cabeça?
— Puta merda, isso foi hilário — riram em uníssono — Como pode ser tão lesado.
— Me acha lesado por quê? — encostou as mãos na testa.
— Duh, talvez porque nunca mudou? — debochou em um ar irônico — Continua rindo igual um bobão.
— E você continua a mesma pirralha impaciente — Rebateu — Faltou o lacinho rosa na cabeça.
— A época da Helga Pataki, passou. — rodopiou os olhos — Já deixei de ir atrás do Arnold e ele não era você. — Era ele sim.
— Pois é — assentiu com a cabeça — Mas… Voltando ao assunto: você não dançaria comigo nem se fosse por educação? Tipo, como amigos?
— Aonde quer chegar, ?
— Lugar nenhum — foi sincero — Te dou minha palavra. E provarei o quanto melhorei na dança.
— Ok, ok — se convenceu — Vamos dançar antes que eu me arrependa.
— Uau, que mudança rápida!
A mulher não pensou duas vezes, ambos seguraram as mãos enquanto a música: Summertime Hightime do Cuco, ressoava na caixa de som. Parando no meio da pista, os amigos se impressionaram.
Deborah deu uma piscadela ao longe e seu namorado Daniel fez o mesmo. Yoko ao lado de Johnny balançava a cabeça para os lados.
Uma combinação de luzes coloridas em meio ao clima escuro permaneceram ligadas na festa, animado com a canção, começou cantar alguns trechos.
— Summer time is the time, i like to get high with you It 's true ( O verão é o tempo que eu gosto de ficar chapado com você. É verdade) — A voz doce e mínima foram um coro de anjos para sua companheira, submersa na vastidão oceânica — Vibe with me, trip with me, let me spend my days with you ( Entre na vibe comigo, viaje comigo, deixe-me passar meus dias contigo.) — se aproximaram ainda mais.
deu de ombros. estendeu a mão novamente e dessa vez a loira aceitou, sendo levada pelo outro cantando numa dança lenta. abraçou sua cintura e com a outra mão entrelaçou na mão de .
Os dois se encararam durante a dança inteira. gravava cada detalhe de seu rosto, sem acreditar que estava com a moça mais linda e carismática ali em seus braços.
— atrapalhada como sempre — , acabou descendo sua destra agarrando a cintura do rapaz sem perceber.
— Não — riu — Eu seguro sua cintura, e você só fica no meu ombro — viu o loiro voltar agarrar sua cintura, sentindo seu rosto queimar. Ficando ruborizada, riu sem graça apoiando seus braços no ombro de , curtindo o final da música.
o olhava com um pouco de medo. Nunca havia visto seu colega de infância dançar e cantar tão bem e não caiu a ficha saber que estavam interessados em sem conhecerem.
— Relaxa, não vou te morder — O moreno falava um pouco impaciente.
— Mas parece.
— Não vou.
A com certeza queria sair ou ir embora, ou fingir dor de cabeça. Mas ela apenas o deixou ensiná-la a se envolver.
— Você é maluquinha até calada — O homem então quis brincar e deixou cair de costas e a pegou a tempo, ficando próximo de seu rosto, rindo de seu susto. — Opa, desculpa.
o olhou com certo desdém, não se divertindo nem um pouco.
— Babaca!
A garota desistiu de aproveitar e saiu de perto do seu corpo, virando as costas para o rapaz que estava ainda curioso pela atenção dela.
— Ué? Aonde você vai? — perguntou sem entender nada.
— Vou beber alguma coisa no bar, acho melhor.
— Vai ficar esperando um cara qualquer te paquerar? — cruzou os braços, rindo em um tom jocoso e provocante — Diria que tem muita sorte, hein?
— A segunda opção sempre funciona.
deu de ombros, se distanciando das pessoas saindo da pousada, decidindo ir em direção à praia. Tirando em um dos bolsos seu narguilé eletrônico enquanto caminhava para a saída. Mas estava confusa, foi uma das coisas mais bobas acontecidas em toda sua vida.
Bebendo uma caipirinha com vodka no balcão, Yoko se aproxima ao seu lado com um semblante preocupado.
— Vocês dois se desentenderam foi? — quis saber — Por que não se enturma conosco? Os amigos do Johnny estão planejando ir pegar uma balsa até a praia deserta.
— Não suporto o — Suspirou — Ele é tão criança.
— O nome disso é: paixão insaciável.
— Jura? — largou a taça de lado.
— Poxa, dê uma chance para ele — A japonesa incentivou — Deu para ver o quanto se gostam.
— Obrigada pelo convite amiga, mas eu acho que preciso ir ver as estrelas, quem sabe até entrar no mar.
— Essa hora da noite? — Indagou
— Sim.
— Tudo bem.
Caminhando por volta dos outros se divertindo, sentia-se estranha e enojada naquele espaço calorento em pleno anoitecer, desistiu do álcool após a dor de cabeça lhe pegar desprevenida. saiu da pousada atravessando a rua silenciosa no meio da madrugada.
Ao ir para mais perto do mar, ouviu e viu as gaivotas sobrevoavam nas palmeiras, a imagem escura do céu combinava com seu estado de humor, infelizmente a roda gigante do pier havia parado, pois tinha horário para o parque fechar. Lá estava aproveitando seus minutos de paz. Quando sentou-se na areia, acenou para ela enquanto observava as estrelas. A loira virou os olhos soprando um fio de cabelo. O rapaz a chamou para perto da areia. Como não queria sujar seus sapatos, ficou descalça afundando seus pés na areia da , odiando a praia naquele momento.
— Tinha que ser — anunciou sem nenhum entusiasmo, chegando ao lado dele, contemplando aquele peitoral definido, pois ele estava sem camisa.
— Deixe-me adivinhar, ninguém além de mim quis dançar contigo? — cruzou as pernas, erguendo a cabeça para cima soprando a fumaça de seus pulmões.
concordou em anuência.
— Eu disse!
— Valeu por estar certo — agradeceu — Realmente essa não é, e nunca será a minha noite.
— Nem precisa agradecer — riu para ela — A festa começou legal, vai? Se eu te conheço bem… Ficou tirando onda com suas amigas — Um dos defeitos de era enxergar o bom lado das coisas.
— Poxa, mas quem me dera se eu conseguisse fazer alguém se interessar por mim, não adianta insistir porque a vida infelizmente é assim. — deitou-se ao lado dele.
— Entendo — franziu o cenho virando para frente — Difícil viver um amor no século da putaria. Já diz meu grande amigo Johnny.
— Realmente — concordou com o loiro — O mundo está cheio de contradições.
Foi quando o loiro viu um jet-ski largado na areia, tendo uma ideia. Poderia até dar certo e ser confiável, mas passaria a noite com em uma ilha, e era nesta ilha onde tudo mudou entre eles.
— Vamos para um lugar legal? Eu sei que tem uma ilha aqui perto. Com casa e tudo. — perguntou indo até o que encontrou.
— Como é? — se levantou o seguindo.
apontou para um jet-ski e, tirando as cordas atrapalhando, subiu apertando os freios verificando se o motor tinha gasolina para dirigir-se até o mar em alta velocidade.
— Por acaso sabe pilotar essa coisa? — mostrou dúvida com os braços cruzados.
— Eu aprendo — girou a chave de ignição para os lados. Um barulho estridente incomodou seus ouvidos — Vem, sobe!
sentou atrás de agarrando sua cintura, correndo até a ilha no alto mar. As ondas agitadas e a correnteza os puxando forte. Aquela velocidade, fez a texana se assustar em meio ao balanço, mas não desistia estar no comando e foi apressando mais, sorria ao mesmo que ficava boquiaberta pelo medo.
Quando uma onda bateu de frente ela deu grito sentindo o corpo molhado tremendo pela água gelada. Tampouco não se desequilibraram e caíram.
— Eita! Se molhou foi? — virou a cabeça rapidamente para rir dos cabelos encharcados e a camiseta molhada quase mostrando a cor do sutiã que ela usava — Daqui a pouco vai precisar encontrar uma folha de bananeira para usar como toalha.
— Aff, cala a boca — Falou ríspida quase caindo no veículo por sorte agarrou a jaqueta do rapaz. — Merda!
— Você não vai fugir de mim — enfatizou com um tom sarcástico — Eu te salvo caso se afogar. Antes que os tubarões cumpram o serviço.
— A única coisa na qual quero saber no momento é se estamos chegando.
— Relaxa. Nós já estamos chegando.
(Não acredito que ainda gosto de você!)
pôs o cabelo atrás das orelhas, fechando os olhos tranquilamente. Era uma sortuda e aquela oportunidade a fez pensar em só viver uma vez.
Chegando na ilha, esbarram em uma casa de praia desocupada. As palmeiras acima dos lados, a suave brisa noturna tomaram conta de suas coxas. se chateou com o estado de suas roupas estarem unidas por conta da água, parecia ter mais liberdade consigo mesmo ela o viu abandonar sua jaqueta amarrada pela cintura, o corpo dele era esbelto e com as costas de leves pintinhas. Os braços tão largos e robustos, quanto tempo faz que o começou a frequentar academia?
Pedindo para o rapaz virar para trás, a texana não pensou duas vezes e tirou sua camiseta encharcada jogando-a para um canto, descalça e apenas com a saia. O sutiã de bojo cobria pouco a região dos seios.
No momento que permitiu o rapaz olhar, ele analisou de cima embaixo com um semblante acanhado. Ela era mesmo bonita demais para o bobão de cabelos loiros.
— Isso é uma casa normal ao meu ver — falou enquanto andava pelo lugar observando móveis velhos atrás de uma entrada composta por portas abertas — Aposto que invade esse lugar quando os hóspedes saem, né?
— Pelo incrível que pareça eles nunca mais vieram aqui — Afirmou — Vamos entrando — sinalizou com a mão direita para a moça entrar na residência — Você vai gostar daqui!
— Talvez — respondeu seca.
O espaço tinha um rádio, televisão de 20 polegadas, sofá branco — espaçoso e confortável — e dois pufes lado a lado. sentou-se diretamente fixado na vista mas sua concentração foi parada quando novamente fitou de cima em baixo e não ironicamente reconheceu o cordão banhado a ouro com a foto de ambos crianças.
— Ainda tem essa foto? — apontara com o dedo indicador próximo ao peito dela.
usava aquele pingente como o seu tesouro. A foto na qual o rapaz havia duvidado era do dia fatídico em meados de quatro de julho onde os pais dela e os pais dele se reuniram e como também se conheceram.
Incomodada a texana decretou:
— Quem deu autorização pra encostar em mim? — Afastou-se sem saber o que dizer.
— Eu sabia que ainda gostava de mim. Atualmente me recordo dos momentos em que éramos duas crianças idiotas, e não te suportava ouvir me xingar, discutindo e chamando minha atenção toda hora. — se referiu ao passado com um riso cordial de mãos no bolso — Agora olha para você: universitária, solteira, chata. E a única coisa que não mudou foi sua voz fina enquanto ficava com muita raiva.
— Nada justifica meus sentimentos — afirmou — Já que tocou nesse assunto… Sim, gosto ainda de você. Bom, acho que nenhum homem me faz crescer um desejo ou algo a mais, sabe? Mas sei que lá no fundo isso não importa e sua cabeça está em outro lugar, vive perdida e bagunçada no seu mundo e ele não me inclui. — desabafou o que escondia em seu coração.
— As coisas não acontecem como queremos.
— E poderão acontecer agora?
também sentia o mesmo que a loira e nos tempos de outrora o garoto sabia que nunca daria certo, todavia esconder sem lidar e descobrir suas intenções amorosas não foi um desafio.
(Seria possível beijar seus lábios agora?)
Cortando o assunto caminhou até a direção da texana puxando-a mais para perto de si, capaz de vê-la deitar a cabeça pelos ombros do , dando um longo suspiro. Disse nada, apenas pôde ouvir as batidas de seu coração e foi o vendo usufruir dela cada vez mais. O de cabelos curtos afagou os cabelos da moça vendo-a abrir e fechar as íris azuis em uma fração de segundos.
Ela tranquilizou-se por finalmente respirar o mesmo ar de quem tanto considerava o seu par ideal.
Ergueu o pescoço encarando a testa do rapaz confuso, até que de repente foram unindo seus lábios a um beijo amoroso, contudo impediu junto a mais outro semblante triste e cabisbaixo.
se desculpou mas foi ignorado.
— Isso está se desenrolando tão rápido — balbuciou trêmula — Parece errado.
— Você me quer? — os calcanhares apoiados em seu pé tendo uma conexão maior — Diga que me quer! Senão vamos embora e fingir nada ter acontecido.
— Quero muito — Disse com dificuldade — Beijá-lo, ter uma noite, viver cada segundo. Mas o mundo me fez odiá-lo.
— Foda-se o ódio — resmungou — Isso não servirá de nada por enquanto.
— Isso é tudo para querer me pegar ? — Cruzou os braços impaciente.
— Talvez isso responda você.
ajeitou o boné azul e alcançou o rádio eletrônico da prateleira. Por sorte o seu celular não estragou devido aquela pressa no mar — desbloqueando o aparelho logo conectando via bluetooth.
Bullet proof… I wish I Was. A canção favorita de da banda Radiohead.
— Lembra dessa música? — Um selinho rápido fez se soltar — Eu e você na feira de atrações lá em Highland. No dia que fui embora?
— Sim — sorriu com a lembrança — Foi uma merda.
— Também acho — comentou — Só não lembrava o quanto estava linda usando aquele vestido azul — outro beijo rápido — os cabelos amarrados — mais outro — Tudo em você me deixou maluco.
— … — Suas bochechas criaram um rubor — Obrigada pelos elogios, estou até sem graça — estática sem dizer mais nada agarrou o queixo do garoto dando um beijo amoroso e lento.
Dançando em volta da sala com a melodia monótona, ela guiou o amado descendo a destra no rosto do loiro numa lentidão, os dedos delgados tocavam os fios dourados. permitiu que suas línguas entrassem e dançasse conforme a canção que os estimulava a continuar.
O homem invadiu todos os sentidos da texana que foi se entregando ao longo amasso. Apertando sua cintura tirando dos lábios melados um gemido sôfrego e rouco, as mãos dela deslizaram mais para baixo da virilha fazendo um passeio com as unhas. Ele parou de beijá-la e arfou ao se arrepiar, com a mão esquerda puxou seu pescoço trilhando beijos por toda a região e com a mão direita foi mais atrevida desabotoando o cós do jeans.
jogou a cabeça para trás pelo susto e acidentalmente o boné havia caído em algum lugar da sala. A loira fez com que o loiro perdesse suas calças — bela piada Deborah — completamente semi-nu.
esperou que a texana não fosse tão longe, mas foi enganado quando aquela mulher livrou-se do sutiã revelando belos seios de bicos rosados eriçados. Tendo só a saia jeans para explorar.
Ficando excitado com a situação, a puxou para seu colo subindo as escadas da casa até o quarto mais próximo. Não parando de beijar seus lábios tendo seu gosto no dele. percebeu o estrago que isso deu, eles transariam… A tensão sexual estava nítida e ninguém podia os atrapalhar.
Estavam loucos de prazer, o loiro mordeu seus lábios inferiores, levando a parceira para deitar na cama. Ela deitou encarando o teto, enquanto isso gentilmente foi pegando a destra da texana descendo a até o seu íntimo pulsante apertando na cueca preta. não pensou duas vezes e então começou a masturbá-lo junto a um ritmo lento, sentindo a glande dele melada de pré-gozo.
gemeu alto implorando que a loira não parasse. Aquela foi a melhor punheta já recebida por ele, tinha o poder de vê-lo estremecer. Empurrando a cueca para um lado deixando o pênis dele livre foi abrindo a boca chupando-o sem pudor e acariciando seus testículos no mesmo ritmo que puxava seus cabelos com uma mão.
— Caralho… — soltou um xingamento girando o pescoço para os lados — , por favor não para!
Como era nada boazinha, desistiu de chupa-lo e o puxou contra ela na cama, o loiro caiu desengonçado, ambos riram. Era a vez de estar no comando, o homem alcançou seus dois seios depois os abocanhando enquanto ela implorava para ser tocada lá embaixo. Vingativo por não ter continuado o oral, esfregou o quadril no da garota criando uma fricção gostosa entre eles. Algo que fez a mulher estar à flor da pele, dobrando a saia e arrancando-a de vez, percebeu a calcinha rosa encharcada. Depois vendo necessitada, um aceno permitiu o começo dos toques em contrapartida disse:
— Será que merece mesmo ser tocada por mim? — uma voz pervertida tomou conta de seu ser. — Apesar de eu ser um bobo e infantil?
— Acaba com isso — falou desesperada.
— Seu desejo é uma ordem.
Os dois mais uma vez se viram colando seus corpos e mais uma vez se beijando, sentindo os corpos quentes.
fechava os olhos enquanto a língua ferina circulava por toda a região de seu corpo. O loiro foi descendo de joelhos até a intimidade melada da texana e foi puxando sua calcinha para baixo tendo a área íntima livre para si revelando a penungem loira fina. introduziu o indicador no ponto sensível de que a fez arquear as costas para frente e dar um gemido alto e manhoso.
massageou o clitóris com cuidado e foi metendo mais fundo em sua entrada a vendo quase se contorcer para os lados.
— Que droga você está fazendo, Loser Wonka?! — sem querer o chama pelo seu apelido. Não parando de gemer e ficar disposta a acabar com a graça dele pois estava amando.
— Loser Wonka? — parou os movimentos por um instante — Hum, olha o espírito de infância querendo se bancar a inocente. — deferiu um tapa de leve em suas costas o fazendo dar um “ai”.
— Cala a boca e não para!
— Você realmente quer isso? — perguntou novamente.
— Eu te amo, idiota! — Ela insistia e pedia para continuar.
E assim ambos não pararam com o ato.
— Bem que as meninas me disseram que isso rolaria, mas nunca pensei que fosse logo contigo! Por quê me escolheu? — abraçava .
— Apenas me cansei de ser um tipo de mulherengo. Nenhuma garota que saía me amava de verdade, elas apenas queriam um relaxo,um proveito e iam embora quando tudo acabasse.
Ela murmurou.
— Então só eu te amo de verdade? — riu
— Sim! Porém faça-me um favor? Não conte isso pra ninguém quando voltarmos. — Sorriu ele e faz o mesmo.
— Prometo! Segredo nosso.
Novamente se vestiram, indo de volta para onde estavam seus amigos e sentiu seu coração palpitar sem parar.
Aquele verão tinha um segredo cauteloso, e só podia tocá-lo naquele dia. Suas mãos quentes e ao mesmo tempo frias e geladas. para o azar dos dois, naquela praia se manteve cheia com todos registrando momentos na polaroid de Yoko gravando vídeos antigos numa filmadora VHS. A câmera ia em direção ao jet-ski que corria rápido para longe.
— Até outra vida — deu seu último beijo tocando em seu corpo.
— Até — foi se distanciando.
Se disfarçou indo para a praia encontrando suas amigas que não paravam de tirar fotos, mais uma vez, tirando fotos dela logo de manhã na bebedeira.
— Passou a noite aonde garota? — Deborah perguntou desconfiada.
— Ah, dormi na praia mesmo ali perto das palmeiras — mentiu apontando para as palmeiras mais próximas.
— Estranho o não ter aparecido. Você o viu por aí ? — Perguntou Johnny.
— Vi não — segurou o riso, indo até as amigas que estavam dançando.
Midsummer madness tocava e muitos se exaltavam naquela cantoria, numa euforia.
dançava através do ritmo da música, ouvindo os garotos cantarem no fundo da praia.
pusera seu braço nos ombros de uma garota aleatória que dançava com ele chegando até as mãos da moça. Ela fez cara de brava como um disfarce. As flores coloridas cobriam o mar, até aquele dia acabar novamente.
Todas as garotas se deitaram no quarto, muitas fotos em estilo retrô, e verão vintage espalhadas no chão.
Já a loira prometeu a si: nunca esquecer daquele dia e ter certezas de não se enganar mas de uma coisa. sabia que nunca sairia de sua memória.
Fim.
Nota da autora: Essa história é feita para aqueles que buscam amores rápidos mas intensos. Boa leitura <3
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