Revisada por: Calisto
Finalizada em: 31/10/2024Depois de todos os anúncios no jantar de boas vindas, e Fred estavam conversando sobre as mudanças que terão em Hogwarts durante o ano.
— Eu achei aquela mulher com cara de sapo — Fred comentou, olhando o teto do dossel de sua cama, em que a garota tinha lançado seu feitiço preferido durante a infância, enquanto começou a rir.
— Tem a vaca-verde da Rita Skeeter e agora tem a vaca-rosa da Dolores — disse, rindo deitada sobre o peito do namorado enquanto fazia pequenos círculos sobre a pele do mais velho. — Porém eu acho que a vinda dela pode representar outra coisa. — Com isso, atraiu a atenção de Fred para si.
Fred ergueu uma sobrancelha, virando a cabeça para olhar com mais atenção. Ele sempre soube que ela era inteligente, mas a seriedade repentina em sua voz fez seu coração acelerar um pouco.
— Outra coisa como o quê? — perguntou, sentando-se levemente para apoiar o peso na cabeceira da cama, ainda mantendo próxima, com um braço em torno da mais nova.
— Eu estive ouvindo rumores... — ela começou, mordendo o lábio inferior, claramente pensando no que dizer a seguir. — Rumores de que o Ministério está cada vez mais desconfiado de Dumbledore.
Fred soltou um suspiro de descrença.
— Desconfiado de Dumbledore? Esse pessoal do Ministério enlouqueceu de vez. — Ele fez uma pausa, seu tom ligeiramente mais sombrio. — E o que isso tem a ver com a Umbridge?
parou de desenhar círculos no peito dele, se levantando um pouco para encará-lo melhor.
— Se o Ministério realmente não confia mais no Dumbledore, e está colocando alguém como ela aqui... — Ela fez uma pausa, buscando as palavras certas. — Isso significa que estão tentando ter controle sobre a escola. Isso pode ser o começo de algo maior.
Fred ficou pensativo, seu rosto normalmente brincalhão agora mais sério. Ele olhou para os olhos de , percebendo a gravidade da situação que ela estava sugerindo.
— Você acha que eles vão tentar...controlar a escola?
assentiu lentamente.
— Não apenas a escola, Fred. Acho que é uma tentativa de controlar o que sabemos e o que fazemos.
Fred franziu o cenho, absorvendo as palavras de . Ele já sabia que o Ministério estava se intrometendo, mas nunca havia pensado nas implicações mais profundas. Sua expressão geralmente descontraída agora estava carregada de preocupação.
— Você acha que é uma jogada política? Para controlar a gente... controlar Hogwarts?
suspirou, inclinando-se para perto dele novamente. Seu toque suave no braço dele contrastava com a seriedade da conversa.
— Exatamente. O Ministério não quer que a verdade sobre Voldemort se espalhe. Eles estão com medo de que, se Dumbledore continuar falando sobre isso, a confiança no governo desmorone. Dolores Umbridge não está aqui apenas para ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas, Fred... ela está aqui para manter todos na linha. Para garantir que Hogwarts não se torne uma ameaça para o controle deles.
Fred bufou, mas seu riso seco não tinha a alegria habitual.
— A "vaca-rosa" como você chamou... Eu sabia que ela parecia perigosa, mas não imaginei que fosse tão sério assim.
deu de ombros, um sorriso triste aparecendo em seus lábios.
— É mais sério do que parece, Fred. Não se surpreenda se, em breve, começarmos a ver mudanças ainda piores. Talvez ela tente acabar com qualquer resistência ou organização que pareça estar desafiando a autoridade do Ministério.
Fred ficou em silêncio por um momento, processando o que havia sido dito. Finalmente, ele apertou levemente a mão de , seu semblante decidido.
— Bem, se eles acham que vão controlar a gente sem luta, têm uma surpresa vindo. Porque nem eu, nem o George vamos ficar de braços cruzados enquanto eles tentam tomar nossa liberdade. Eles podem tentar nos calar, mas não vamos deixar que isso aconteça, certo, pequena Merlin?
sorriu, o olhar dela se iluminando com a determinação dele. Ela sabia que Fred e George tinham uma coragem inabalável e não ficariam passivos diante de injustiças. Ela se aproximou, colocando um beijo suave nos lábios dele.
— Nem por um segundo.
Fred a puxou mais para perto, e, por um breve momento, o peso da conversa parecia se dissipar no calor da intimidade entre eles.
— Eu tive uma ideia, mas não queria cortar a conversa sobre a Dolores e o Ministério — disse, atraindo novamente a atenção de Fred para si. — E se nós organizarmos uma festa de Halloween mês que vem, cobramos um valor simbólico de entrada, e você e o George usarem esse valor para investir na loja?
Fred arregalou os olhos e, por um momento, parecia genuinamente surpreso com a proposta de . Uma festa de Halloween clandestina soava divertida e, claro, algo que ele e George adorariam fazer. Mas a parte do dinheiro o deixou hesitante. Fred abriu o dossel da cama e começou a andar pelo quarto.
— Não sei se é uma boa, . E eu não quero que você fique se preocupando com a loja e o dinheiro, eu e o George vamos consegui-lo — disse, tentando soar tranquilo, mas sua expressão não era das melhores.
— Mas eu não posso ajudar vocês conseguirem o dinheiro? Qual era o valor total que vocês precisavam? 10.000 galeões? — perguntou, tirando duas chaves do bolso e jogando no peito do Fred, que as segurou no mesmo instante. — Pois vocês já têm 7.050 galeões no cofre da loja — gritou contra Fred, que a olhou assustado.
— , você não precisava, eu disse que não queria o seu dinheiro — disse, colocando as chaves na cômoda perto da porta. — Não me sinto bem me aproveitando de você desse jeito. — estava para perder a paciência, quando Fred disse o que não deveria ter dito. — Angelina não se metia nesses assuntos quando eu não pedia, ou quando dizia que não, mas você é insistente e cabeça dura!
O silêncio que se seguiu às palavras de Fred foi como uma explosão silenciosa. congelou por um momento, seus olhos se arregalaram, e seu rosto se transformou em uma expressão de pura incredulidade e fúria contida. A menção de Angelina, a comparação... foi como uma punhalada.
— O quê? — Sua voz saiu baixa, carregada de um choque que rapidamente começava a transbordar em raiva. Uma energia diferente preenchia o ar, quase palpável.
Fred percebeu imediatamente o erro. O olhar de mágoa no rosto de o fez se arrepender assim que as palavras deixaram seus lábios. Ele tentou falar, mas antes que pudesse sequer começar, já estava se levantando, os olhos faiscando em azul com uma intensidade perigosa.
— Então é isso? Eu sou "cabeça dura" porque quero ajudar? Porque quero fazer parte da sua vida e da sua felicidade, e não ficar à margem como... como Angelina fazia? — Sua voz, embora controlada, estava carregada de poder. As luzes ao redor deles piscaram levemente, como se a sala estivesse reagindo à sua raiva.
Fred tentou se aproximar, mas deu um passo para trás, o rosto dela era uma tempestade. Seu poder era tangível agora, e Fred, por mais que não quisesse admitir, sentiu um calafrio na espinha.
— , eu... eu não quis dizer isso. Foi uma coisa estúpida de se dizer. Você sabe que eu te amo... Eu só não quero que você pense que precisa resolver os meus problemas.
soltou uma risada amarga, quase inacreditável.
— Resolver os seus problemas? Eu não estou tentando resolver seus problemas, Fred! Estou tentando ser sua parceira. Ou somos um time, ou eu sou apenas alguém que você beija e se diverte, mas não confia quando as coisas ficam difíceis?
Fred esfregou o rosto, frustrado consigo mesmo. Ele sabia que tinha pisado na bola de maneira colossal, mas o peso da situação estava muito além de uma simples discussão.
— , me desculpe. Eu sei que você só quer ajudar... — ele começou, mas o interrompeu com um olhar que parecia faiscar.
— Isso não é sobre ajuda, Fred. Isso é sobre confiança. Se você não consegue confiar em mim o suficiente para que eu faça parte da sua vida, se você me afasta quando eu tento ser sua parceira e quero ver você feliz ... então me diz, Fred, o que estamos fazendo aqui?
A sala ao redor deles parecia estar em sintonia com as emoções de . Objetos menores começaram a vibrar ligeiramente, e Fred, que já tinha visto magia poderosa antes, começou a se sentir pequeno diante da força de . Ela não estava apenas com raiva, estava mostrando seu verdadeiro poder, algo ligado ao antigo e poderoso poder que ela herdava como uma Merlin.
— , eu confio em você... — Ele tentou novamente, mas as palavras soavam vazias agora depois do seu grande erro.
— Não, Fred. Se você confiasse, você não teria dito isso. Não teria me comparado a…. a ela. — Seu tom ficou mais firme, e com um movimento suave da mão, ela lançou um feitiço sem sequer dizer as palavras, fazendo a porta se abrir com um estalo. A sutileza e precisão de seu poder não podiam ser ignoradas.
Fred deu um passo hesitante para trás. Ele sabia que era poderosa, mas naquele momento, ele a viu como algo mais. Não apenas uma jovem bruxa talentosa, mas uma verdadeira Merlin, herdeira de um legado que poucos podiam compreender e suportar. E ele, com sua estupidez, havia despertado algo que não poderia controlar.
— Eu tentei, Fred. Eu tentei fazer parte da sua vida, tentei ser sua parceira, e o que eu recebo? Comparações e desconfiança. — Ela olhou para ele, seus olhos cheios de uma dor profunda. — Eu não sou Angelina, e nunca serei. Mas sabe de uma coisa? Talvez seja melhor assim.
Fred sentiu o golpe. Ele abriu a boca para tentar falar, mas as palavras não saíram. Ele sabia que havia cruzado uma linha, e não havia volta. deu mais um passo para a porta, e antes de sair, virou-se para ele uma última vez, sua voz agora fria e resoluta.
— Se você não pode lidar com quem eu sou, com o que eu sou, então talvez seja melhor você ficar com alguém que você consiga. Eu não preciso de alguém que me diminua, Fred. Eu mereço alguém que me veja como igual. — Houve um silêncio excruciante para Fred. — Eu organizarei a festa, cobrarei pela entrada e darei todo o dinheiro ao George, e vocês resolverão o que farão com a quantia, o resto não me interessa mais.
Fred, atordoado, tentou falar, mas tudo o que ele conseguiu foi um sussurro.
— , espera...
Mas era tarde demais. Com um último olhar, saiu do quarto, deixando Fred sozinho, em meio à bagunça emocional que ele mesmo havia causado. Ela não era apenas "cabeça dura". Ela era uma Merlin, e ele acabara de perder a mulher mais poderosa — e única — que ele jamais teria ao seu lado.
O silêncio que se seguiu ao sair de ecoou no quarto como uma onda de choque. Fred ficou parado, seu coração afundando ao perceber a magnitude do que acabara de acontecer. Ele sentiu o peso da solidão descer sobre ele enquanto a presença dela, que antes preenchia o espaço sem o mínimo esforço, era agora apenas uma ausência esmagadora.
Fred caiu na beira da cama, os olhos fixos na porta que ela acabara de atravessar. Como ele poderia ter sido tão tolo? A comparação com Angelina... algo que ele sabia, no fundo de sua alma, que nunca deveria ter dito. E, mais do que isso, ele subestimou o poder de — não apenas sua magia, mas a profundidade de sua lealdade e amor.
Fred passou as mãos pelo rosto, ainda tentando processar tudo. Ele sempre soube que era especial, uma Merlin, uma mulher poderosa em todos os sentidos. Mas agora ele se sentia pequeno diante dela, diante da sua força e convicção. Ela não era alguém que ele pudesse simplesmente acalmar com um pedido de desculpas. era diferente de qualquer outra pessoa que ele já conhecera. E ele havia falhado com ela.
Fred olhou para a chave que havia jogado para ele. 7.050 galeões... uma quantia impressionante que ela, sem hesitar, havia investido nele e em George. Não pelo dinheiro, mas porque acreditava nele, acreditava no sonho deles. E, no entanto, ele havia jogado isso fora com uma única frase estúpida.
Fred respirou fundo, se levantando com um esforço que parecia exigir toda sua energia. Ele sabia que não seria fácil consertar isso, mas, naquele momento, uma coisa era clara: ele não poderia simplesmente deixar as coisas como estavam. Ele precisava lutar. Não só pelo dinheiro, pela loja, mas por . Se ele a perdesse, perderia mais do que uma parceira. Perderia a mulher que via nele algo que nem ele mesmo conseguia ver às vezes.
Enquanto Fred andava pelo dormitório, as palavras dela ecoavam em sua mente: "Eu mereço alguém que me veja como igual." Ela estava certa. E ele precisava mostrar que podia ser esse alguém, que estava disposto a se levantar ao lado dela, não à sua sombra.
Fred fechou os punhos, determinado. Ele iria organizar a festa, sim. E faria isso não apenas para arrecadar dinheiro, mas como um primeiro passo para reconquistar a confiança de . Sabia que não seria fácil, que talvez nem fosse suficiente... mas ele tinha que tentar.
Enquanto o plano para a festa começava a tomar forma em sua mente, Fred sabia que precisaria de George, do apoio inabalável de seu irmão. Mas, acima de tudo, ele precisaria enfrentar seus próprios medos e inseguranças, reconhecer que não era apenas uma força que ele deveria admirar à distância, mas uma parceira que ele deveria valorizar ao lado dele, sempre.
Determinando-se, Fred pegou sua varinha e saiu do dormitório. Ele precisava pensar em um plano, não apenas para a festa, mas para provar que podia ser o homem que merecia. Ela não era Angelina. Ela era uma Merlin. E ele não descansaria até merecer estar ao seu lado novamente.<
Ao abrir a porta do dormitório, encontrou as três conversando animadamente sobre o primeiro dia de aulas. estava deitada na cama, mexendo em um pergaminho, enquanto Hermione e Adhara estavam sentadas em uma das camas opostas, trocando ideias sobre os novos professores. A chegada de interrompeu o momento.
— Finalmente, ! — disse , sem tirar os olhos do pergaminho. — Onde você estava? Achei que fosse passar a noite com o Fred, igual nas férias.
Hermione percebeu a expressão de dor no rosto de antes que ela pudesse responder.
— , está tudo bem? — perguntou, já sentindo que algo não estava certo.
soltou um longo suspiro e se jogou na cama de , apoiando a cabeça nos joelhos da irmã. imediatamente começou a fazer carinho nos cabelos dela, algo que sempre funcionava para acalmá-la.
— Fred e eu tivemos uma briga... — começou , a voz um pouco abafada, enquanto escondia o rosto. — Uma daquelas que... parece não ter conserto.
As três amigas trocaram olhares preocupados, sabendo o quanto Fred e eram próximos e se entendiam sempre. franziu o cenho, a preocupação evidente no rosto.
— O que aconteceu? — perguntou Adhara, sempre a mais direta.
se sentou, olhando para as três com os olhos um pouco marejados.
— Eu sugeri uma festa de Halloween para arrecadar dinheiro para a loja dos gêmeos... e ele... ele me comparou com a Angelina, dizendo que ela nunca insistia nesses assuntos, que eu era cabeça dura... — A voz de tremeu ao relembrar o momento, e ela se recostou, sentindo a onda de emoções voltando.
Hermione, sempre calma e racional, franziu a testa com desaprovação.
— Ele disse isso? Comparou você com a Angelina? Depois de tudo o que vocês passaram?
— Sim. — suspirou, agora mais frustrada do que triste. — Não é que eu me importe com Angelina, mas... ele não entendeu que eu só queria ajudar. Ele me afastou, como se o que eu fizesse ou sentisse não importasse.
apertou a mão da irmã, seu rosto refletindo solidariedade e raiva ao mesmo tempo.
— Ele foi um idiota por dizer isso. Você está tentando ser parceira dele, ajudar no que puder. Se ele não vê isso, é porque está com medo de que você seja mais forte do que ele quer admitir. Ele precisa perceber que vocês são um time.
— Exatamente! — concordou Adhara, cruzando os braços. — E se ele não consegue lidar com a força que você tem, então talvez ele não te mereça.
Hermione, por outro lado, tentou uma abordagem mais conciliadora.
— Vocês dois sempre foram muito próximos. Talvez Fred estivesse apenas assustado, com medo de perder o controle sobre a situação. Ele tem que aprender que confiar em você não significa perder o controle, mas compartilhar o fardo.
suspirou novamente, sentindo-se um pouco mais compreendida, mas ainda sem saber o que fazer a seguir. O apoio de suas amigas e de era um alívio, mas ela sabia que a situação com Fred era mais complicada do que uma simples discussão.
— Eu saí de lá... não podia mais ouvir o que ele tinha a dizer. — deu de ombros, cansada. — Mas o que ele não sabe é que eu vou organizar a festa, sim. E vou garantir que seja um sucesso. Se ele não quer a minha ajuda, o George vai aceitar, e isso vai acontecer. — Sua voz estava determinada agora, o fogo de sua resolução se acendendo novamente.
sorriu levemente, orgulhosa da força da irmã.
— Isso mesmo, . Se Fred não consegue ver o quão incrível você é, ele vai perceber isso de uma forma ou de outra. E quando perceber, espero que não seja tarde demais para ele. Mas você vai brilhar, como sempre.
Hermione assentiu com um pequeno sorriso.
— E nós estaremos aqui, para o que precisar. Podemos ajudar com a organização da festa, se você quiser.
sorriu para elas, finalmente sentindo o peso em seus ombros diminuir um pouco.
— Obrigada, meninas. Eu realmente preciso de vocês agora.
Enquanto as quatro amigas continuavam a conversar sobre a festa e as próximas etapas, sentiu uma nova força se formar dentro de si. Fred poderia ter cometido um erro, mas ela sabia quem era e o que merecia. E não deixaria ninguém, nem mesmo ele, fazê-la se sentir menos do que isso. A festa seria apenas o começo.
No dia seguinte, o clima em Hogwarts estava pesado, especialmente entre os alunos da Grifinória. A notícia de que Fred e haviam terminado parecia ter se espalhado como fogo em pólvora, e o burburinho entre os corredores era quase impossível de ignorar. , acostumada a ser o centro das atenções de forma positiva, agora se via no meio de olhares curiosos e cochichos discretos.
Logo pela manhã, ao descer para o Salão Principal para o café da manhã, tentou manter a compostura. Seus passos eram firmes, mas, por dentro, ela ainda sentia o impacto da discussão da noite anterior. Assim que entrou no salão, o som das conversas pareceu diminuir, e ela pôde sentir os olhares de vários alunos em sua direção.
estava ao seu lado, oferecendo suporte silencioso, enquanto Adhara e Hermione seguiam logo atrás, prontas para afastar qualquer um que quisesse fazer perguntas indelicadas.
No final da mesa da Grifinória, Fred estava sentado com George e Lee Jordan. Ele parecia distraído, mexendo na comida sem muito interesse, mas a tensão em seus ombros denunciava o quanto ele estava ciente do que acontecia ao seu redor. Quando entrou, seus olhos a seguiram automaticamente, mas ele rapidamente desviou o olhar, a culpa e o arrependimento visíveis em seu rosto.
— Fred e terminaram? — uma garota da Corvinal sussurrou para a amiga, e conseguiu ouvir parte da conversa enquanto passava por elas.
— Sim, foi uma briga feia. Dizem que ele a comparou com Angelina... — respondeu a outra, chocada.
se sentou na mesa da Grifinória com e suas amigas, ignorando os sussurros ao redor. Adhara foi a primeira a quebrar o silêncio entre elas.
— As pessoas precisam de um novo passatempo. — Ela bufou, claramente irritada com a situação.
Hermione, sempre mais diplomática, tentou acalmar os ânimos.
— As fofocas vão passar, . Isso sempre acontece quando há algum drama, mas logo todos encontrarão outra coisa para falar. Você só precisa focar na festa e no que realmente importa.
assentiu, olhando firme para a irmã.
— E, enquanto isso, vamos garantir que ninguém se meta onde não é chamado.
Apesar das palavras de apoio, sabia que o dia seria longo. E, conforme as aulas começaram, foi difícil não notar os olhares constantes de Fred. Ele claramente queria falar com ela, mas não estava pronta para isso. Não ainda. Durante as aulas, ela manteve a cabeça erguida e focou em seus estudos, determinada a não deixar que o término a afetasse mais do que já tinha.
Ao final do dia, quando todos se reuniram no Salão Comunal, a atmosfera entre Fred e continuava tensa. Os gêmeos estavam conversando em um canto, mas, de vez em quando, Fred olhava para , como se tentasse encontrar o momento certo para falar com ela. Porém, , cercada por suas amigas e irmã, deixava claro que não estava pronta para reabrir aquele diálogo.
Enquanto Hogwarts continuava a especular sobre o término, mantinha firme sua decisão: ela se concentraria na festa e em si mesma. Fred teria que lidar com as consequências de suas palavras, e, se quisesse consertar as coisas, teria que provar que estava disposto a lutar por ela, sem hesitações ou comparações.
Fred Weasley, por mais que fosse corajoso e determinado, tinha muito a aprender sobre valorizar quem estava ao seu lado.
Angelina Johnson, a capitã, caminhava de um lado para o outro, analisando os candidatos com olhos críticos. O time precisava de uma nova artilheira e de uma atacante. Harry Potter, seu amigo e apanhador do time, estava ao lado dela, observando atentamente, pois tinha sugerido duas garotas que conhecia muito bem: e Merlin.
, capitã da equipe de Durmstrang antes de transferir-se para Hogwarts, estava determinada a provar que sua habilidade como atacante era inigualável. Ao seu lado, , sua irmã gêmea, aquecia-se calmamente, focada na sua própria especialidade como artilheira.
— Elas vão se sair bem — comentou Harry, vendo a determinação das irmãs. — Você vai gostar delas no time.
Angelina estreitou os olhos, observando enquanto as duas se preparavam para a seleção.
— É melhor que sejam boas, Potter. O time da Grifinória não pode se dar ao luxo de perder este ano — respondeu Angelina, com um sorriso de lado. — Se Fred e George as aprovaram como boas o suficiente, então quero ver isso em campo.
Por mais que tentasse disfarçar, havia um leve tom de desconfiança na voz de Angelina. Ela ainda sentia algo por Fred, mesmo que nunca tivesse declarado abertamente. Ver , uma garota forte e habilidosa, agora disputando espaço tanto no time quanto, possivelmente, no coração de Fred, era um incômodo difícil de ignorar.
Os Weasley já estavam no centro do campo, prontos para testar a resistência dos candidatos com uma série de Bludgers lançadas em alta velocidade. Fred, porém, mantinha o olhar fixo em , ainda abalado pelo término recente, mas tentando não deixar que isso afetasse seu julgamento.
Entre os espectadores, Draco Malfoy estava na arquibancada, seus olhos azuis observando com atenção. Ele não poderia deixar de notar a habilidade de . O jeito que ela voava, com confiança e precisão, fazia seu coração se apertar um pouco. Embora sempre estivesse em rivalidade com a Grifinória, havia algo na força de que o intrigava.
, por outro lado, estava focada. Sua mente, no entanto, ecoava a tensão com Fred, mas ela sabia que aquela era a oportunidade de mostrar não apenas sua força, mas também sua habilidade em um dos esportes mais competitivos de Hogwarts.
Quando Angelina deu o sinal, os balaços foram liberados, e a seleção começou. voou com uma precisão impressionante, desviando dos balaços que Fred e George lançavam. Sua habilidade como atacante foi posta à prova quando ela conseguiu marcar um gol com um arremesso preciso, ultrapassando facilmente o goleiro, Ron Weasley.
, por sua vez, mostrou por que era conhecida como uma artilheira imbatível em Durmstrang. Com sua velocidade e mira, ela marcou dois gols rapidamente, deixando Angelina visivelmente impressionada.
— Harry, você não me disse que elas eram tão boas! — exclamou Angelina, surpresa. — tem uma habilidade natural para atacar, e ... ela pode ser nossa melhor artilheira em anos!
Harry sorriu, satisfeito.
— Eu disse que elas eram incríveis.
Fred e George trocaram olhares rápidos enquanto testavam as irmãs. Fred, ainda lutando com seus sentimentos, tentava focar no jogo, mas não conseguia deixar de admirar a determinação de . George, percebendo o desconforto do irmão, bateu levemente em seu ombro.
— Elas vão trazer o que precisamos, Fred. Deixa o que aconteceu fora disso. Ela é boa para o time.
Angelina, ao final da seleção, reuniu todos os jogadores. Ela olhou para e com uma expressão pensativa antes de finalmente sorrir.
— Vocês duas estão dentro. , você será nossa nova atacante. , bem-vinda como nossa artilheira.
O campo explodiu em aplausos e gritos de apoio dos alunos que assistiam. Draco, nas arquibancadas, aplaudia com um misto de respeito e frustração. Para , aquele momento foi muito mais do que apenas ser aceita no time. Ela provou, para si mesma, que sua força e determinação a levariam longe, independentemente de qualquer dificuldade pessoal.
Fred aproximou-se, hesitante, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, o encarou com firmeza, seu olhar cheio de significado.
— Parabéns, — ele disse, finalmente.
Ela deu um pequeno sorriso, mas antes de responder, Angelina se aproximou rapidamente.
— Não sei como você jogava lá em Durmstrang, , mas aqui, na Grifinória, esperamos trabalho em equipe e comprometimento. Entendido? — disse Angelina, com um tom levemente ácido.
estreitou os olhos, percebendo a insinuação nas palavras de Angelina.
— Compreendo perfeitamente. Você pode contar comigo para dar o melhor em campo — respondeu, mantendo um sorriso no rosto, mas sua voz soava firme.
Fred, percebendo a tensão entre as duas, tentou intervir.
— Angelina, é uma excelente jogadora. Acho que não precisa se preocupar com comprometimento.
Angelina lançou um olhar afiado para Fred, e depois para , sem disfarçar sua irritação.
— Espero que sim. Vamos ver como você se sai nas partidas — ela disse antes de se afastar, claramente desconfortável com a proximidade entre Fred e .
Harry, que observava a cena de longe, se aproximou, balançando a cabeça.
— Não liga para ela, . Ela é assim com todos, mas é boa capitã.
— Claro — respondeu , cruzando os braços. — Mas não sou do tipo que recua.
Fred observou decolar em sua vassoura com uma mistura de admiração e arrependimento. Enquanto isso, Draco, ainda nas arquibancadas, murmurou para si mesmo, ciente de que a Grifinória acabara de ganhar uma jogadora que ele não poderia ignorar. Angelina, olhando de longe, lutava contra seus próprios sentimentos.
Angelina, ex-namorada de Fred e agora colega de equipe, lutava para esconder seu desconforto. Seu relacionamento com Fred fora mantido em segredo durante todo o tempo, e ter visto desfrutando de um namoro público com o mesmo rapaz só aumentava seu ressentimento. A forma como a relação de com Fred foi aceita e celebrada pelos outros, enquanto o seu próprio relacionamento havia sido escondido e limitado a sussurros, alimentava a frustração de Angelina. , por outro lado, carregava o peso de ser neta de Merlin, um fato que intensificava e fazia a tensão entre elas crescer ainda mais.
Durante o treino, cada interação entre e Angelina parecia uma competição. Angelina tentava manter a compostura, mas suas provocações se tornaram mais frequentes e cortantes enquanto ela ia perdendo a cabeça. Ela atacava sobre suas habilidades e seu sobrenome, o que só servia para alimentar ainda mais a rivalidade.
— Você acha que apenas por ser neta de Merlin você merece reconhecimento em todo lugar? — comentou Angelina com um tom ácido, enquanto se preparava para um arremesso.
, sem desviar o olhar, respondeu com frieza.
— Eu confio nas minhas habilidades, Angelina. Não preciso de um sobrenome para me destacar.
A tensão entre elas atingiu um ponto crítico quando, durante um lance particularmente competitivo, Angelina não conseguiu acompanhar a velocidade de . Furiosa, ela quase perdeu a compostura e, com um movimento abrupto, voou em direção a , quase partindo para um confronto físico.
— Você acha que pode tudo só porque tem um sobrenome famoso? — gritou Angelina, sua voz carregada de raiva enquanto se aproximava de , que se manteve firme no campo.
, percebendo a aproximação ameaçadora, manteve sua postura alerta. Seu olhar se tornou mais focado, e uma aura sutil de poder começou a emanar dela, como uma sombra crescente de sua herança mágica. Ela estava pronta para qualquer coisa que Angelina pudesse lançar, mas tentou manter a calma.
— Não se deixe levar pela raiva, Angelina. Isso não é o que o time precisa — disse , sua voz firme e controlada, enquanto se preparava para o pior.
A situação rapidamente escalou para uma confusão generalizada no campo. Os jogadores começaram a se agitar, gritos de preocupação e surpresa ecoando. A atmosfera ficou caótica, com os gritos de Angelina e os murmúrios de misturando-se com o barulho do treino interrompido.
Adhara e Hermione, que estavam observando à distância, correram para a área onde a confusão estava acontecendo. Hermione tentava acalmar os jogadores, enquanto Adhara se aproximava montada em uma vassoura de e Angelina, tentando intervir na briga iminente.
— Por favor, parem! — exclamou Adhara, com uma voz autoritária. — Isso não é o que precisamos agora!
Angelina, ainda furiosa, estava quase a ponto de se lançar contra , mas a presença de Adhara e a aura ameaçadora de , que indicava que ela estava pronta para usar seu poder, fez com que ela hesitasse. A tensão no ar estava quase palpável, e o campo de Quadribol parecia estar à beira de uma explosão.
Enquanto os jogadores tentavam se acalmar e o treino era interrompido para resolver a situação, manteve seu poder em alerta, pronta para proteger-se e ao time se necessário. A rivalidade entre ela e Angelina estava longe de desaparecer, e o campo de Quadribol agora servia como um campo de batalha não apenas para testar habilidades, mas também para lidar com a crescente tensão pessoal entre as duas.
entrou no campo com uma postura decidida, mas havia algo estranho em sua atitude. Ela não esboçou qualquer interação com os colegas de equipe e, de forma ainda mais incomum, manteve-se em silêncio absoluto. Para os que esperavam algum tipo de resolução após a briga, sua calma fria foi uma surpresa. Ela se posicionou na linha de partida e iniciou o treino, dedicando-se a seus movimentos e voos com uma precisão quase obsessiva, sem se dirigir a Angelina ou a qualquer outro jogador.
, sua irmã gêmea, não pôde deixar de notar a mudança. Mesmo com o time ocupado, seu olhar fixou-se em . Como irmãs, elas compartilham uma conexão profunda, e sabia que algo estava errado. Enquanto voava ao lado de , ela percebeu que os olhos de sua irmã estavam em uma tonalidade de azul mais escura que o habitual — uma cor que conhecia bem e que indicava um problema à espreita.
— , está tudo bem? — perguntou enquanto se aproximava, sua voz baixa e preocupada.
não olhou para ela diretamente, mantendo seu foco nas manobras que executava com perfeição.
— Estou bem, — respondeu ela, sua voz distante, sem emoção. — Só focada no treino.
Mas não se deixou enganar. O azul profundo nos olhos de era um sinal claro de que havia algo emergindo dentro dela. Não era só sobre o confronto com Angelina; parecia que algo maior estava em jogo, algo que estava se esforçando para controlar. As duas eram gêmeas, a única diferença visível sendo a cor dos olhos — os de eram verdes, e os de , azuis —, mas a conexão entre elas transcendia essa distinção. conseguia sentir a agitação interna de sua irmã, mesmo que não quisesse admitir.
Enquanto o treino continuava, manteve-se distante. Ela voava com uma intensidade quase feroz, cada movimento era executado com precisão mecânica, mas havia uma rigidez no seu comportamento. Sua atitude calada e a recusa em interagir com os colegas — especialmente com Angelina — não passaram despercebidas. Fred, que também observava o comportamento estranho de , trocou olhares com Angelina, tentando decifrar o que se passava.
— Alguém mais notou que a está muito quieta hoje? — perguntou um dos jogadores, com um tom de preocupação.
— Sim, é estranho — respondeu outro. — Esperava que ela tentasse resolver as coisas com a Angelina, mas parece que ela está completamente isolada.
Fred se aproximou de Angelina, sussurrando.
— Você tem ideia do que está acontecendo com a ?
Angelina, que se esforçava para manter seu próprio foco no treino, balançou a cabeça.
— Não faço ideia. Parece que ela está se fechando. Talvez seja para evitar um confronto... ou talvez ela esteja apenas lidando com isso à sua maneira.
Enquanto isso, estava cada vez mais preocupada. Ela sabia que a intensidade de durante o treino não era apenas dedicação. Havia algo mais profundo acontecendo. Depois de uma manobra particularmente difícil, ela se aproximou novamente de sua irmã.
— , seja lá o que estiver acontecendo, você precisa falar comigo — disse , sua voz firme mas gentil. — Eu sei que algo está errado.
Dessa vez, parou por um segundo, mas logo voltou a se afastar, mantendo a postura defensiva.
— Estou aqui para jogar, . Deixe isso pra depois.
sabia que não era de compartilhar seus sentimentos facilmente, mas também sabia que não poderia ignorar os sinais. A cor azul de seus olhos estava mais intensa, um indicativo de que sua irmã estava à beira de perder o controle sobre o que quer que estivesse reprimindo.
Ao fim do treino, enquanto os jogadores deixavam o campo, o silêncio de continuava ecoando. Todos estavam cientes de que a situação entre ela e Angelina ainda não estava resolvida, e a falta de comunicação entre elas começava a afetar a moral do time. Mas sabia que o problema era mais profundo do que uma simples rivalidade.
— , não vou te deixar passar por isso sozinha — murmurou para si mesma, determinada a ajudar sua irmã, mesmo que tentasse esconder o que estava acontecendo.
sabia que, se algo não fosse feito, a tensão dentro de poderia explodir de forma imprevisível.
Após o treino, ele encontrou sentada perto do pátio de Hogwarts, seus olhos verdes refletindo preocupação. Ele sabia que ela sentia o peso do comportamento de tanto quanto ele.
— — chamou Fred, hesitante, enquanto se aproximava. — Podemos conversar?
ergueu o olhar, já esperando o que Fred queria falar. Sua expressão imediatamente endureceu.
— É sobre , não é? — respondeu ela com um tom cansado.
Fred assentiu, mas já estava preparada para recusar. Ela sabia que Fred estava preocupado, mas o término entre ele e ainda pesava entre eles.
— Eu sei que você quer ajudar, Fred, mas... isso não é algo que você pode resolver — disse , desviando o olhar para o céu. — Além do mais, o que aconteceu entre você e a complicou as coisas.
Fred ficou em silêncio por um momento. Ele sabia que o término tornava tudo mais difícil. Não era apenas uma questão de ajudar alguém; era ajudar alguém que já havia fechado a porta para ele. E estava no meio disso, tentando ser a ponte entre ele e sua irmã.
— , eu entendo... mas não está bem. Todos podem ver isso. E você está lidando com isso sozinha — disse Fred, tentando encontrar as palavras certas. — Só quero ajudar. Não se trata de mim ou do que aconteceu entre nós.
Antes que pudesse responder, um rosnado baixo ecoou pelo pátio. , o imponente dragão de , apareceu silenciosamente, suas escamas pretas refletindo a luz do crepúsculo. Os olhos amarelos de fitaram Fred com intensidade, como se estivesse avaliando cada um de seus movimentos.
— ... — começou, surpresa com a aparição repentina da criatura. Fred já conhecia o dragão de suas interações anteriores com , mas o comportamento de agora era diferente, mais protetor e alerta.
aproximou-se, colocando-se entre Fred e , suas narinas soltando uma fumaça fina. O dragão parecia estar enviando uma mensagem clara: Fred deveria se afastar.
— Isso é um aviso — murmurou Fred, sentindo o peso da presença de .
observou a criatura surpresa. Ela sabia que tinha uma ligação poderosa com , mas sua aparição e a reação protetora mostravam que algo mais profundo estava acontecendo. Mesmo assim, decidiu manter sua decisão inicial.
— Eu aprecio sua preocupação, Fred, de verdade. Mas eu acho que consigo lidar com isso — respondeu , embora suas palavras soassem menos firmes do que ela gostaria. Ela se levantou e, com um leve aceno, foi embora, deixando Fred com ainda observando-o atentamente.
Nos dias seguintes, se isolou ainda mais, mergulhando obsessivamente nos preparativos para a festa de Halloween, ignorando qualquer tentativa de ajuda. , por outro lado, tentava manter uma fachada de controle, mas sua preocupação com a irmã estava cada vez mais evidente.
— Ela está agindo como se essa festa fosse a única coisa que importa — comentou para Fred, enquanto os dois observavam organizar as ideias de decoração no Salão Principal. — Isso não é normal.
— Ela está se escondendo por trás disso — Fred concordou, cruzando os braços. — E quanto mais ela se isola, mais difícil vai ser trazê-la de volta.
Finalmente, após dias tentando lidar com a situação sozinha, percebeu que não conseguiria. Naquele momento, Fred estava perto do campo de Quadribol quando o encontrou novamente.
— Fred... eu não sei se posso fazer isso sozinha — confessou , sua voz carregada de cansaço. — Eu preciso da sua ajuda. está piorando, e eu não consigo chegar até ela.
Fred se virou, notando o peso da decisão estampado no rosto de . Ele sabia que isso não era fácil para ela, principalmente depois de tudo o que havia acontecido.
— Eu sabia que você ia perceber isso, . Não é fraqueza pedir ajuda — disse Fred, sua voz suave, mas firme. — Vamos resolver isso juntos. não vai passar por isso sozinha. Nem você.
assentiu, sentindo-se aliviada por finalmente dividir o fardo. Ela sabia que Fred era a única pessoa que poderia entender a profundidade do que estava acontecendo.
— Mas... e ? — perguntou Fred, lembrando-se da maneira como o dragão o afastou da última vez.
ficou pensativa por um momento. sempre foi leal a , e sua aparição anterior mostrava que o dragão estava ciente do estado mental de sua dona. Talvez, ao invés de evitar , eles pudessem usá-lo como um aliado.
— sempre protegeu — disse lentamente. — Talvez possamos pedir sua ajuda. Ele deve saber o que está acontecendo com ela.
Fred parecia hesitar, mas logo concordou.
— Se ele puder nos ajudar a trazer de volta, vale a tentativa — disse ele, determinado. — Vamos falar com ele.
Com um novo plano em mente, Fred e decidiram procurar por . sabia que a conexão entre e seu dragão era profunda, e se alguém poderia entender o que estava realmente acontecendo com sua irmã, seria . Eles sabiam que o tempo estava contra eles, e que a ajuda do dragão poderia ser o que precisavam para impedir que se perdesse para sempre em seus próprios demônios.
Agora, e Fred estavam unidos em uma missão: salvar , com ao seu lado.
— Você tem certeza de que vai nos ouvir? — perguntou Fred, enquanto eles se aproximavam. , apesar de ter suas dúvidas, sabia que o dragão sempre fora profundamente leal à , e esperava que isso fosse suficiente.
— Ele sabe que algo está errado — disse , determinada. — Só espero que ele confie em nós para ajudar.
Quando chegaram à clareira, já os aguardava. O enorme dragão negro estava deitado, suas asas dobradas e seus olhos amarelos brilhando na escuridão. Ele observou atentamente a aproximação de e Fred, mas desta vez, não havia rosnado. Era como se ele soubesse que eles tinham vindo com um propósito.
— ... precisamos falar com você — começou , sua voz suave e cautelosa. O dragão levantou a cabeça, inclinando-a levemente, como se estivesse ouvindo.
Fred deu um passo à frente, sentindo o peso do olhar da criatura sobre ele.
— Sabemos que não está bem — continuou Fred, mantendo sua voz firme. — E sabemos que você é o único que pode nos ajudar a entender o que está acontecendo com ela.
manteve o olhar fixo nos dois, mas desta vez seus olhos brilharam com uma intensidade diferente. Ele não parecia hostil; na verdade, parecia mais receptivo. Lentamente, o dragão se levantou e, com um movimento gracioso para uma criatura tão grande, deu um passo em direção a e Fred.
— Ele entende — disse , sentindo a conexão que tinha com sua irmã e, agora, com eles.
O dragão então inclinou a cabeça para , suas narinas soltando um vapor quente, como se estivesse comunicando algo. tocou suavemente a escama negra de , sentindo uma leve vibração sob seus dedos. Uma onda de imagens e emoções passou por sua mente: sozinha, angustiada, lutando contra algo dentro de si. soube naquele momento que o vínculo entre e seu dragão era ainda mais profundo do que imaginava.
— Ela está... perdida — sussurrou , ainda tocando o dragão. — Algo dentro dela está crescendo, e ela está lutando contra isso. está tentando protegê-la, mas não sabe como.
Fred observava a cena com fascínio e preocupação. Ele sabia que algo sombrio estava consumindo , mas ouvir dizer isso com tanta clareza o fez perceber a gravidade da situação.
— O que podemos fazer? — perguntou Fred, olhando diretamente para os olhos de . O dragão, por sua vez, recuou levemente, movendo-se em direção à floresta. e Fred o seguiram, entendendo que estava tentando guiá-los para uma resposta.
Eles caminharam por uma trilha que se tornava mais sombria a cada passo. avançava na frente, suas asas batendo suavemente contra as árvores, enquanto Fred e o seguiam de perto. Em pouco tempo, chegaram a uma pequena clareira, onde uma luz pálida iluminava o local. No centro da clareira havia um lago, sua superfície calma como um espelho, refletindo as estrelas no céu.
parou à beira do lago, suas garras quase tocando a água. Ele olhou para e Fred mais uma vez, como se estivesse pedindo que se aproximassem.
— Esse lago... — começou , mas antes que ela pudesse terminar a frase, Fred deu um passo à frente e se ajoelhou ao lado da água. Ele olhou para a superfície, esperando por algo, mas nada aconteceu.
— O que isso significa? — perguntou Fred, frustrado.
De repente, o lago brilhou intensamente, e as águas começaram a se agitar. As estrelas refletidas na água pareciam girar, formando um redemoinho de luz. e Fred recuaram, assustados, mas permaneceu imóvel, observando com uma calma absoluta.
Do centro do lago, uma figura começou a emergir. Era uma projeção, uma versão espectral de . Seus olhos estavam fixos na água, o rosto pálido e sombrio. Não era a alegre que eles conheciam, mas sim uma sombra dela, perdida em suas próprias emoções.
— ... — sussurrou Fred, horrorizado.
A projeção de começou a falar, mas sua voz era distorcida, como se viesse de uma grande distância. As palavras eram difíceis de entender, mas Fred e captaram o suficiente para entender que ela estava em uma batalha interna. Algo estava tentando tomar o controle dela, algo que nem ela mesma compreendia completamente.
soltou um rugido baixo, como se estivesse tentando encorajar a resistir, mas a projeção apenas olhou para ele com uma expressão de tristeza. Ela estava dividida, presa entre o que era e o que estava se tornando.
— Ela está lutando contra algo muito maior do que pensávamos — disse Fred, sua voz cheia de preocupação.
— Não é só a tristeza do término... — disse , completando o pensamento de Fred. — Tem algo mais. Algo sombrio que está tomando conta dela.
olhou para e Fred mais uma vez, seus olhos amarelos brilhando com determinação. Ele estava ali para guiá-los, para mostrar que ainda estava lutando, mas eles precisavam encontrar uma maneira de ajudá-la antes que fosse tarde demais.
A projeção de desapareceu no lago, e as águas voltaram à sua calma habitual. O silêncio tomou conta da clareira, mas o peso do que acabaram de testemunhar era esmagador.
— Precisamos encontrar uma maneira de trazer de volta — disse Fred, determinado. — E rápido.
— E vai nos ajudar — completou , sentindo a força do vínculo que eles agora compartilhavam com o dragão.
A missão deles estava clara: resgatar antes que o que quer que estivesse dentro dela a consumisse completamente. O tempo estava correndo, e com ao seu lado, Fred e estavam prontos para enfrentar o que viesse a seguir.
Fred estava inquieto, o coração pesado com o que estava acontecendo com . O fim do relacionamento ainda o machucava, mas o que via agora era muito mais grave. A ideia de que algo mais sombrio estava consumindo a garota que ele amava o enchia de medo e impotência. , ao seu lado, sentiu a mesma angústia ao ver a criatura tão abatida.
— ... — murmurou , estendendo a mão com cautela. Ela hesitou, sem saber se o dragão permitiria que se aproximasse. Mas, para sua surpresa, inclinou a cabeça em sua direção, como se estivesse buscando conforto. Havia uma vulnerabilidade inesperada naquela ação.
Fred, apesar do peso emocional que carregava, seguiu o exemplo de . Lentamente, eles colocaram as mãos sobre a pele quente e áspera de . Assim que seus dedos tocaram as escamas negras, uma onda de sentimentos percorreu seus corpos: dor, amor, desespero. Era como se a essência de estivesse se derramando neles, e de repente, uma voz surgiu em suas mentes.
— Ela está perdida... presa na escuridão. Eu tentei salvá-la... mas cada dia que passa, ela se afasta mais. E eu... eu não sei como trazê-la de volta. — A voz de soava como um lamento profundo, ecoando dentro de suas cabeças.
Fred, ao ouvir aquilo, sentiu um nó apertar sua garganta. A ideia de estar se perdendo... Ele engoliu em seco, os olhos brilhando com lágrimas. , ao seu lado, já estava chorando, sentindo a dor avassaladora que transmitia.
— ... — Fred tentou falar, mas sua voz saiu trêmula. — Nós... nós precisamos trazê-la de volta... eu... não posso perder ela assim.
O dragão suspirou profundamente, o som ressoando como trovões abafados na noite. Havia tanto sofrimento naquela criatura imensa e poderosa que, por um momento, Fred sentiu-se esmagado pelo peso da situação.
— Ela está lutando... mas a força dentro dela é antiga, sombria. Não é apenas dor ou tristeza. É algo mais. Algo que a está puxando para um lugar do qual eu temo que ela não possa retornar...
Fred deixou as lágrimas caírem livremente. Ele se sentia impotente. Havia tanto que ele queria dizer a , tantas coisas que não teve coragem de confessar antes... Ele a amava profundamente, mais do que jamais admitira para si mesmo. E agora, vendo o quanto ela estava sofrendo, ele sentia que seu coração estava se partindo.
olhou para Fred, seus olhos amarelos se fixando nele com uma intensidade incomum.
— Fred... — A voz de soava suave agora, quase consoladora. — Você e o amor que sentem um pelo outro... são essenciais. Só você pode alcançá-la onde ninguém mais pode. precisa de você. Precisa sentir que o vínculo de vocês ainda está vivo... mesmo que ela tenha se afastado.
Fred se sentiu engolido por uma mistura de medo e esperança. Ele sempre soube que seu amor por era profundo, mas agora, perceber que talvez ele fosse a chave para salvá-la... era assustador. O que aconteceria se ele falhasse?
— Eu... — Fred lutava para encontrar as palavras, sua voz trêmula. — Eu não sei se sou forte o suficiente para isso...
aproximou-se ainda mais, e a respiração quente do dragão envolveu Fred e . O dragão sabia o que Fred não conseguia expressar. Ele havia sentido o amor entre Fred e , e sabia que esse sentimento era o único fio que ainda a mantinha conectada ao mundo.
— Você é forte o suficiente, Fred. Seu amor é mais poderoso do que qualquer sombra que esteja tentando tomá-la. precisa lembrar disso. Precisa sentir que você está lá... esperando por ela.
Fred cerrou os punhos, tentando controlar as lágrimas que ameaçavam desabar. estava certo. Ele não podia desistir. Não agora.
— O que podemos fazer? — perguntou , com a voz rouca. Ela sabia que precisavam agir, e rápido.
— Vocês precisam entender o que está acontecendo dentro dela. Há segredos... coisas que ela está escondendo até de mim. Mas se você conseguir entrar na mente dela, Fred, pode ser que encontre o que está a consumindo.
Fred engoliu em seco ao ouvir aquilo. Entrar na mente de ... Ele sabia o quanto isso seria arriscado. Mas se tivesse uma chance de salvá-la, ele faria.
— Entrar na mente dela? — murmurou, com medo do que aquilo poderia significar. O feitiço de Legilimência era poderoso, mas perigoso se não fosse feito corretamente, é uma especialidade da família Merlin, mas o Fred não tinha experiência. Fred franziu o rosto em preocupação. Um erro poderia agravar ainda mais a situação de .
— Ela tem falado em sonhos... sussurros que nem eu consigo decifrar. Vocês precisam descobrir o que está alimentando essa sombra antes que seja tarde demais. — A voz de era grave, e tanto quanto Fred entenderam que não havia tempo a perder.
afastou-se um pouco, deixando que o silêncio tomasse conta da clareira mais uma vez. Fred olhou para , seu coração cheio de dúvidas e temores, mas também de uma nova determinação. Ele não podia falhar com . Não agora.
— Vamos ter que agir rápido, Fred — disse , enxugando as lágrimas. — Não podemos perder .
Fred assentiu, sua voz finalmente firme, apesar de tudo.
— Vamos encontrar alguém que nos ajude com o feitiço de Legilimência. Não posso fazer isso sozinho.
o observou por um momento, vendo o quanto Fred estava abalado. Mas ela sabia que o amor que ele sentia por era a única coisa que poderia salvá-la.
Enquanto se afastavam da clareira, Fred olhou para trás, vendo o olhar triste de ainda fixo neles. O dragão sabia o que estava em jogo, e estava confiando neles para trazer de volta antes que a escuridão a consumisse completamente.
O tempo estava contra eles, mas Fred sentia em seu coração que, com o amor que ainda compartilhavam, havia esperança.
— Precisamos encontrar alguém que seja especialista em Legilimência — disse enquanto eles caminhavam pelos corredores do castelo. — Não podemos arriscar um feitiço tão complexo sem orientação.
Fred, ainda em estado de choque emocional, parecia distante. Ele não havia conseguido dormir, as palavras de ecoando em sua mente. "Seu amor é essencial." Mas ele estava cheio de dúvidas. E se falhasse? E se estivesse além do seu alcance? O medo de perdê-la o consumia a cada minuto.
— Fred, você está bem? — perguntou , sua voz suave, mas cheia de preocupação.
Fred parou, respirando fundo.
— Eu... estou com medo, . Não sei se sou forte o bastante para ajudá-la. E se eu fizer algo errado? E se eu só piorar as coisas?
parou ao lado dele e colocou uma mão em seu ombro, oferecendo apoio. — Você não vai fazer isso sozinho. Estaremos juntos nessa. precisa de você, Fred. Precisamos confiar no que disse. Seu amor por ela é a chave.
Fred olhou para , tentando absorver suas palavras. Ele sabia que estava certo, mas a incerteza ainda pesava. No entanto, ele sabia que não podia hesitar mais. O tempo estava contra eles.
— Então, para quem pedimos ajuda? — Fred finalmente perguntou, mudando o foco da conversa.
ponderou por um momento. — Snape.
Fred franziu a testa, confuso. — Snape? Ele é um mestre em Oclumência, não Legilimência.
— Exatamente, mas ele também entende profundamente a mente humana, Fred. Ele pode nos ajudar a construir uma estratégia e nos preparar para o feitiço. Além disso, eu ouvi dizer que ele já usou Legilimência em situações muito delicadas.
Fred respirou fundo. A ideia de pedir ajuda a Snape não o agradava, mas eles não tinham outra escolha. O professor de Poções era conhecido por sua frieza, mas também por sua habilidade em controlar e entender a mente. Se havia alguém em Hogwarts que pudesse ajudar, seria ele.
— Certo. Vamos falar com Snape — disse Fred, tentando parecer mais determinado do que se sentia.
Eles desceram até as masmorras de Hogwarts, onde a sala de Snape estava localizada. A atmosfera ali sempre parecia mais fria e opressiva, como se o ar carregasse uma tensão invisível. Fred sentiu o estômago revirar enquanto se aproximavam da porta pesada da sala do professor de Poções.
bateu com firmeza na porta, e após alguns segundos de silêncio, a voz gélida de Snape respondeu:
— Entrem.
Quando entraram, encontraram Snape sentado em sua mesa, seus olhos escuros observando-os com uma mistura de curiosidade e irritação. Ele parecia sempre saber quando algo não estava certo.
— O que vocês querem? — perguntou Snape, sem rodeios.
Fred respirou fundo, tentando manter a calma. — Precisamos da sua ajuda, professor.
Snape ergueu uma sobrancelha, visivelmente desinteressado. — Minha ajuda? E o que faria vocês acharem que têm o direito de pedir minha ajuda?
, percebendo a resistência de Fred em falar, interveio. — É sobre . Ela está... ela está lutando contra algo muito sombrio. Não temos certeza do que é, mas acredita que há algo dentro dela. Precisamos entrar na mente dela para descobrir o que está acontecendo.
Os olhos de Snape brilharam brevemente com algo que parecia ser... interesse? Mas logo sua expressão fria retornou.
— E vocês acham que podem simplesmente invadir a mente dela sem consequências? — Snape se levantou, caminhando lentamente em direção a eles. — Legilimência é uma arte delicada. Se feito de maneira errada, pode causar danos irreparáveis. Por que deveria ajudá-los?
Fred, com o coração acelerado, deu um passo à frente. — Porque... porque eu a amo. Eu... não posso perdê-la, professor. Se há uma chance de salvá-la, eu vou fazer o que for necessário.
Snape parou de andar, observando Fred por um longo momento. Seus olhos pareciam penetrar a alma do garoto, buscando algo mais profundo. Havia uma tensão no ar, como se Snape estivesse testando Fred.
Finalmente, o professor suspirou, cruzando os braços.
— Muito bem, Weasley. Eu ajudo vocês, mas saibam que o que estão pedindo é extremamente perigoso. A mente de uma pessoa é um labirinto, e se vocês não forem cuidadosos, podem ficar presos nas sombras com ela.
Fred sentiu uma onda de alívio misturada com um medo renovado. Mas ele sabia que não havia volta agora. estava em perigo, e ele faria qualquer coisa para salvá-la.
— O que precisamos fazer? — perguntou , com uma determinação fria.
Snape olhou para eles por um momento, antes de se mover até uma prateleira cheia de frascos e livros antigos.
— Precisamos preparar a mente do Weasley para entrar em contato com a de . Ele deve estar preparado para enfrentar os demônios que encontrar lá. E mais importante, ele deve ser guiado por algo forte o suficiente para trazê-la de volta.
Snape pegou um pequeno frasco com um líquido prateado cintilante. — Esta poção é chamada Mente Serena. Ela permitirá que você mantenha o foco e não se perca nos pensamentos e memórias de . É crucial que você mantenha sua mente limpa e determinada, Weasley, ou correrá o risco de ser engolido pela escuridão dela.
Fred assentiu, pegando o frasco com as mãos trêmulas. O medo ainda estava lá, mas o amor por era mais forte. Ele sabia que, no fundo, era isso que o guiaria.
Snape deu-lhes instruções rápidas e precisas. Eles precisariam da poção e de um feitiço de Legilimência realizado em conjunto para acessar as partes mais profundas da mente de . Mas, acima de tudo, Fred teria que estar emocionalmente preparado para o que encontraria.
— Vocês têm uma chance. Não estraguem isso — disse Snape, a voz fria, mas com um leve tom de advertência.
Fred olhou para e, em seguida, de volta para Snape.
— Não vamos. Eu a trarei de volta.
Enquanto saíam da sala de Snape, Fred sentia uma mistura de medo e esperança. O caminho pela mente de seria perigoso e incerto, mas agora ele sabia que não estava sozinho. Com ao seu lado e o amor que sentia por como guia, ele enfrentaria qualquer escuridão para salvá-la.
Depois de horas de revirar-se sem sucesso, Fred decidiu que não podia mais ficar ali, imóvel e impotente. Colocou uma jaqueta e saiu em silêncio, vagando pelos corredores escuros até a saída. Ele sabia para onde estava indo.
A lua cheia iluminava suavemente a clareira quando Fred finalmente chegou ao lugar onde sabia que encontraria . O dragão estava deitado em seu habitual refúgio, suas grandes asas parcialmente abertas, como se estivesse protegendo algo invisível. Os olhos dourados de abriram assim que Fred apareceu, brilhando na escuridão como tochas vivas.
Fred hesitou por um momento, mas algo o empurrou para frente. sempre teve uma conexão única com , e agora, mais do que nunca, Fred precisava da orientação do dragão.
— Não consigo dormir — disse Fred, sua voz soando fraca e rouca no silêncio da noite. — Estou com tanto medo de falhar com ela, .
O dragão o observou com um olhar profundo, como se entendesse cada palavra. Ele moveu sua cabeça levemente, aproximando-se de Fred, e sem hesitar, Fred colocou uma mão nas escamas negras de . A conexão entre eles era palpável, quase como se o próprio dragão estivesse compartilhando da dor de Fred.
— Ela também tem medo — veio a voz de , suave, mas grave —, mas ela luta, Fred. Ela nunca deixou de lutar. Ela acredita que você será a âncora que a trará de volta.
Fred sentiu o peso dessas palavras. Saber que confiava nele o pressionava ainda mais, mas ao mesmo tempo, lhe dava uma pequena fagulha de esperança.
— Eu não sei se sou forte o suficiente — confessou Fred, com a voz quebrada. — Tudo o que quero é salvá-la, mas... e se eu a perder?
ficou em silêncio por um momento, seus olhos fixos em Fred. Então, algo estranho aconteceu. O vento na clareira parou repentinamente, e a atmosfera ao redor deles pareceu mudar. A luz da lua brilhou mais intensamente, refletindo nas escamas de , criando uma aura quase mística ao redor do dragão.
De repente, uma presença mais sutil e poderosa começou a se manifestar. Uma figura envolta em uma aura de luz dourada apareceu à frente de Fred e . Merlin, com sua barba branca e um olhar sereno e profundo, se fez presente na clareira. Seus olhos brilhavam com uma sabedoria ancestral.
— Fred Weasley. — A voz de Merlin ecoou na clareira, sua presença preenchendo o espaço com um poder quase tangível.
Fred deu um salto para trás, surpreso e maravilhado. O lendário mago estava ali, na presença de . Ele nunca imaginou que encontraria Merlin assim, no meio da noite na floresta proibida.
— Merlin... — Fred murmurou, tentando processar o que estava vendo. — Você... como? Se não podemos aparantar em Hogwarts?
Merlin sorriu gentilmente, sua expressão refletindo tanto a tristeza quanto a esperança.
— A magia que corre em minhas veias permite que eu me manifeste onde alguém da minha família precisa e você faz parte dela. E, por favor, me chame de Enrys. A situação de minha neta é crítica, e eu não poderia ficar de fora — disse Merlin, seus olhos fixos em Fred com um brilho de preocupação e confiança.
— Merlin veio para te passar uma mensagem pessoalmente, — disse , sua voz cheia de respeito. — Ele viu a escuridão que está consumindo e entende o poder do vínculo entre vocês.
Merlin deu um passo à frente, suas palavras carregadas de uma gravidade que fez Fred sentir a profundidade do que estava sendo dito.
— Eu vi a luta que enfrenta, Fred. Ela está imersa em uma sombra antiga e poderosa, mas também vi o amor que você tem por ela. Esse amor é a chave para sua salvação — afirmou Merlin, sua voz imperturbável, mas carregada de esperança.
Fred sentiu um peso se levantar de seus ombros ao ouvir essas palavras. Havia algo reconfortante em saber que Merlin acreditava no poder do amor.
— Mas... como exatamente o amor pode nos ajudar a vencer isso? — perguntou Fred, sua voz ainda carregada de dúvida.
Merlin olhou para antes de responder, como se buscasse a confirmação da verdade que estava prestes a revelar.
— O amor verdadeiro transcende as barreiras do tempo e da escuridão. Ele é uma força que ilumina o caminho mesmo nas trevas mais densas. Quando você entrar na mente da , você precisará se lembrar de quem ela realmente é. Traga à tona suas memórias mais profundas, as quais a escuridão não pode tocar. O amor que você sente por ela é a luz que pode guiá-la de volta à sua verdadeira essência — explicou Merlin, sua voz clara e firme.
Fred sentiu a verdade nas palavras de Merlin, uma clareza que o fez sentir-se mais fortalecido do que nunca.
— A escuridão tentará enganar você, usando suas próprias inseguranças e medos contra você. Mas lembre-se, Fred, você tem dentro de si uma força que a escuridão não pode controlar. Sua fé e seu amor são as chaves que abrirão as portas da mente de , revelando a verdade que está escondida — continuou Merlin.
Fred fechou os olhos, absorvendo cada palavra com um novo entendimento. Ele sentia a responsabilidade de sua missão, mas agora havia uma nova sensação de propósito.
— Obrigado, Enrys. Eu vou fazer tudo o que puder. Eu vou encontrar uma maneira de salvar — disse Fred, com a determinação renovada.
Merlin acenou com a cabeça, sua expressão satisfeita.
— Confie em si mesmo e no amor que você tem. Isso é o que precisa agora. — A voz de Merlin se tornou um sussurro, enquanto sua figura começava a desaparecer na mesma aura dourada com a qual havia chegado.
Com a partida de Merlin, a clareira voltou a se envolver no silêncio. Fred olhou para , que fez um sinal de aprovação com a cabeça. Sentindo uma nova força e clareza, Fred voltou ao castelo, pronto para enfrentar o desafio que estava por vir.
Enquanto ele caminhava de volta, sentia-se mais conectado ao que realmente importava. O amor que sentia por não era apenas uma emoção, mas uma força vital que o guiaria através das trevas. A batalha pela alma de estava apenas começando, mas agora Fred tinha a certeza de que, com amor e determinação, ele poderia enfrentá-la e, finalmente, trazer de volta.
Fred, com a determinação recém-adquirida, explicou a Hermione a importância do feitiço de Legilimência e o quanto ele significava para salvar . Hermione ouviu com atenção, seu rosto refletindo uma mistura de preocupação e resoluta determinação.
— Hermione, você é a única que pode nos ajudar — disse , a voz carregada de uma profunda ansiedade. — Precisamos da sua experiência e conhecimento para fazer isso da maneira certa.
Hermione assentiu, seu olhar se tornando mais suave enquanto ela se preparava para oferecer o suporte necessário.
— Certo. A Legilimência é um feitiço complexo e perigoso, especialmente em uma situação tão delicada quanto essa. Precisaremos de uma preparação meticulosa para garantir que não causemos danos a ou a nós mesmos.
Ela conduziu e Fred a uma sala de treinamento menos conhecida, onde eles poderiam praticar em segurança. Hermione começou explicando os aspectos técnicos do feitiço e orientou Fred e em como alinhar suas intenções e emoções para a tarefa.
— A chave para a Legilimência é a empatia — explicou Hermione. — Você deve se conectar profundamente com a mente de , mantendo a sua própria mente clara e focada. Não se deixe levar pela escuridão; mantenha o amor e a esperança em mente.
Fred e seguiram as instruções de Hermione, passando por uma série de exercícios que envolviam concentração e visualização. A cada passo, Fred sentia-se mais preparado para enfrentar a tarefa diante dele. A presença de Hermione, com seu conhecimento e confiança, era um alívio e uma fonte de força.
Quando o momento chegou, Fred, e Hermione se dirigiram novamente à clareira. A lua cheia iluminava o cenário, criando uma aura mágica e tranquila ao redor. estava presente, observando com atenção enquanto os três se preparavam.
Hermione, com um olhar de concentração, fez um círculo mágico no chão da clareira e posicionou Fred e no centro. Ela murmurou encantamentos de proteção e preparou o feitiço de Legilimência.
— Lembrem-se, a conexão deve ser delicada — disse Hermione, sua voz firme e encorajadora. — Usem o amor que vocês sentem por como um âncora. Não se deixem levar pela escuridão; vocês devem guiá-la de volta.
Fred e se posicionaram, suas mãos se entrelaçando no centro do círculo. Hermione lançou o feitiço de Legilimência, e uma onda de energia mágica envolveu o grupo. Fred sentiu a conexão se formando, um fio de luz e esperança entre ele e .
Com o feitiço ativado, Fred fechou os olhos e se concentrou na imagem de . Sentiu o calor do amor que tinha por ela e a força da determinação que carregava. Em um instante, ele foi transportado para dentro da mente de .
O que encontrou lá foi um labirinto de sombras e caos. As paredes eram formadas por memórias distorcidas e emoções tumultuadas. No centro desse labirinto, estava , uma figura pálida e angustiada, envolta em uma névoa escura que parecia devorar a luz ao seu redor.
Fred avançou com cautela, mantendo o foco no amor que sentia por . A cada passo, ele via flashes de momentos felizes entre eles — risos compartilhados, olhares carinhosos, e a luz que sempre brilhava nos olhos dela. Essas memórias serviam como uma âncora, ajudando-o a navegar pelas sombras.
— ! — Fred chamou, sua voz ecoando através do labirinto. — Eu estou aqui! Não se perca na escuridão. Lembre-se de nós, de quem você é!
ergueu a cabeça, seus olhos refletindo um brilho de reconhecimento. Ela parecia ouvir a voz de Fred, mas a escuridão ao seu redor tentava abafá-la. Fred continuou a chamar por ela, usando suas memórias e sentimentos para criar um caminho de luz.
A presença de Fred parecia começar a penetrar a névoa escura. Ele se lembrou das palavras de e Merlin, e usou cada pedacinho de seu amor para combater a escuridão. Com uma força renovada, Fred se aproximou de , estendendo a mão.
— , você é mais forte do que isso — disse Fred, sua voz carregada de emoção. — Você tem que lutar! Nós precisamos de você. Eu preciso de você!
olhou para ele, e uma faísca de esperança começou a brilhar em seus olhos. A escuridão ao seu redor começou a recuar, mesmo que lentamente. Fred percebeu que ela estava começando a responder, e a conexão entre eles estava se fortalecendo.
— Eu estou aqui para você — continuou Fred, enquanto a névoa escura começava a dissipar. — Juntos, vamos superar isso.
Com o apoio contínuo de Fred, e o amor inabalável que ele sentia por , a escuridão começou a se afastar, revelando a verdadeira essência dela. estava lutando para se libertar das correntes da escuridão, e Fred estava ali para guiá-la de volta à luz.
No mundo real, e Hermione observavam com tensão enquanto o feitiço de Legilimência se desenrolava. A tensão era palpável, mas a determinação de Fred e o amor que ele expressava eram visíveis em sua conexão mágica.
Finalmente, Fred sentiu um alívio quando a luz começou a prevalecer sobre as sombras. olhou para ele, seus olhos cheios de gratidão e alívio.
— Obrigada... — murmurou, suas palavras maliciosas, mas carregadas de emoção. — Eu estava perdida, mas você trouxe a luz de volta.
Fred sorriu, sentindo uma onda de felicidade e alívio.
— Nunca se esqueça do que você é — disse Fred. — Você é a luz que ilumina nossas vidas.
Com isso, o labirinto das sombras começou a se desfazer, e Fred sentiu a mente de se acalmando. A batalha estava apenas começando, mas ele sabia que, com o apoio de , Hermione e a força de sua conexão com , eles tinham uma chance de trazer a paz de volta.
Enquanto Fred se preparava para sair da mente de , ele sentiu a presença de ao seu lado, uma força silenciosa e poderosa que havia sido crucial em sua jornada. O dragão, com seus olhos brilhando de orgulho e esperança, parecia estar celebrando a vitória iminente com eles.
A jornada para salvar estava longe de terminar, mas Fred sentia que o primeiro passo havia sido dado. Com o amor e a determinação que carregava, ele estava pronto para enfrentar qualquer desafio que viesse pela frente.
, agora liberta das garras da escuridão, estava deitada em um espaço próximo, descansando e se recuperando. Seu semblante estava mais sereno, embora ainda carregasse sinais de exaustão. Fred estava ao seu lado, observando-a com um carinho e uma preocupação que ele nunca havia conhecido antes.
Hermione estava ao lado de , ambos discutindo os próximos passos para garantir que se recuperasse completamente. A presença de ao redor era tranquilizadora, e o dragão estava atento, seu olhar fixo na jovem bruxa.
— Nós conseguimos — disse Hermione, dirigindo-se a Fred e . — O feitiço de Legilimência funcionou, e está a caminho da recuperação. Agora, precisamos garantir que a escuridão que a consumiu não volte.
Fred assentiu, um olhar de determinação em seus olhos. — O que mais podemos fazer para ajudá-la? Eu quero garantir que ela esteja segura e livre de qualquer ameaça.
Hermione franziu a testa, ponderando. — Precisamos entender o que causou essa escuridão. Se houver algo ou alguém que a tenha manipulado ou causado isso, devemos lidar com isso para evitar futuros problemas.
, que estava ao lado de Fred, se aproximou. — E quanto ao que Merlin disse? O poder do amor e da conexão foi fundamental para trazer de volta. Devemos usar isso para garantir que ela esteja protegida.
Hermione concordou. — Sim, o vínculo que vocês têm é muito forte. Devemos reforçar essa conexão para garantir que permaneça centrada e protegida contra qualquer influência negativa.
Enquanto isso, começou a despertar, seus olhos se abrindo lentamente. Ela olhou em volta, reconhecendo Fred e os outros ao seu redor. Sua voz era fraca, mas cheia de gratidão.
— Fred... — ela murmurou, tentando se levantar. — Obrigada. Eu não sei o que teria feito sem você.
Fred se inclinou, tomando a mão dela em suas. — Não precisa agradecer. Eu estou aqui para você, e sempre estarei. Juntos, vamos superar isso.
sorriu fraco, e uma leve cor começou a retornar ao seu rosto. — O que aconteceu? Como você me encontrou?
Fred explicou a sobre a Legilimência e a ajuda de Hermione, e como a conexão entre eles havia sido crucial para a sua recuperação. Ele também falou sobre a mensagem de Merlin e como o amor entre eles havia sido a chave para vencer a escuridão.
— O amor é uma força poderosa — disse Fred, seus olhos brilhando com emoção. — E é isso que nos trouxe até aqui. Quero que saiba que sempre estarei ao seu lado, não importa o que aconteça.
apertou a mão de Fred, seus olhos cheios de lágrimas. — Eu senti isso. Mesmo na escuridão, eu sabia que você estava lá, lutando por mim.
Hermione, percebendo a importância desse momento, falou: — A próxima etapa é garantir que esteja completamente segura. Podemos começar com um feitiço de proteção e talvez alguns rituais para fortalecer sua aura e prevenir futuras ameaças.
— E também devemos investigar a origem da escuridão — completou. — Se houver alguém por trás disso, precisamos estar preparados para enfrentar qualquer ameaça futura.
Enquanto o grupo se preparava para os próximos passos, se aproximou de , inclinando a cabeça em um gesto de respeito e proteção. A presença do dragão era uma garantia de que a segurança de estava sendo priorizada.
— Obrigado, — disse Fred, olhando para o dragão com um olhar de profunda gratidão. — Você foi uma rocha para nós durante tudo isso.
respondeu com um suave rugido, e uma sensação de calma preencheu a clareira. O dragão se deitou ao lado de , sua presença oferecendo uma proteção adicional.
O dia passou em uma sequência de atividades, com Hermione realizando feitiços de proteção e ajudando a coordenar as medidas de segurança. Fred, enquanto isso, permaneceu ao lado de , seu apoio inabalável sendo uma âncora constante para ela.
Quando a noite caiu novamente, a clareira estava envolta em uma tranquilidade que parecia refletir a paz restaurada. estava agora recuperada o suficiente para se sentar e conversar, e o grupo se reuniu ao redor dela, aliviado por vê-la bem.
— Há uma sensação de esperança no ar — disse , olhando para seus amigos com um sorriso. — Eu sinto que finalmente posso respirar novamente.
Fred sorriu, seu coração leve ao ver tão melhor. — Isso é apenas o começo. Juntos, vamos enfrentar qualquer desafio que surgir.
A jornada para superar a escuridão ainda estava em andamento, mas a determinação e o amor do grupo eram agora mais fortes do que nunca. A batalha pela alma de havia sido travada e vencida, e agora eles estavam prontos para enfrentar qualquer coisa que viesse a seguir, unidos pela força do amor e pela esperança.
havia se recuperado bem, e embora ainda houvesse um resquício de cansaço, ela estava ansiosa para ajudar na investigação. Hermione, , Fred e se reuniram em uma das salas de estudo da biblioteca, onde estavam reunidos para discutir os próximos passos.
Adhara, uma amiga de longa data do grupo e especialista em feitiçaria antiga, estava ao lado de Hermione, examinando uma série de livros e pergaminhos. Ela havia sido chamada para ajudar a identificar qualquer magia que pudesse estar por trás do que havia afetado . O grupo estava esperançoso de que ela pudesse fornecer respostas.
— Aqui está o que encontramos até agora — disse Hermione, mostrando a Adhara alguns dos livros antigos que haviam sido consultados. — A escuridão que afetou é de origem antiga e sombria, mas não conseguimos identificar uma fonte específica.
Adhara olhou para os livros com atenção, seus olhos estavam cintilando com a concentração. — Deixe-me dar uma olhada mais de perto. Às vezes, a resposta está escondida nas entrelinhas.
Enquanto Adhara estudava os textos, e Fred conversam em um canto, tentando relembrar qualquer detalhe que pudesse ajudar a entender o que havia acontecido. O nome de Angelina surgiu em várias conversas, principalmente por causa da recente rivalidade dela com . No entanto, o grupo ainda não havia feito a conexão.
Adhara levantou-se repentinamente, os olhos arregalados. — Esperem um momento. Eu acho que encontrei algo.
Todos se aproximaram, olhando para o livro que Adhara estava examinando. Ela apontou para um feitiço específico descrito nas páginas. — Este feitiço... ele é extremamente complexo e foi projetado para criar uma sombra, uma forma de manipulação mental. Parece que a intenção inicial era outra, mas se mal executado, pode ter efeitos devastadores, como o que vimos com .
Fred e trocaram olhares preocupados. — Quem teria motivos para usar um feitiço tão perigoso? — perguntou Fred.
Adhara hesitou por um momento. — O feitiço é raro e muito avançado. Só alguém com um profundo conhecimento de magia e uma compreensão dos aspectos mais sombrios da feitiçaria poderia ter tentado executá-lo. E só alguém com acesso a materiais avançados e proibidos poderia ter tentado algo tão arriscado.
O grupo começou a pensar em quem poderia ter acesso a esse tipo de magia. As suspeitas começaram a recair sobre Angelina, especialmente depois da recente tensão entre ela e .
— Eu acho que sei o que está acontecendo — disse Adhara, sua voz grave. — Aconteceu algo recentemente com Angelina. Ela estava envolvida em um feitiço poderoso, e o que eu vejo aqui me faz pensar que o feitiço mal executado dela pode ter causado a sombra que afetou .
ficou pálida ao ouvir isso. — Angelina? Mas por quê? Não posso acreditar que ela faria algo assim intencionalmente.
Hermione falou com calma. — Se foi um erro, pode ter sido um acidente. Angelina pode não ter percebido as consequências de seus atos. Precisamos conversar com ela para entender o que realmente aconteceu.
O grupo decidiu que era hora de confrontar Angelina e entender a verdade. Eles se dirigiram para a área onde sabiam que Angelina passava o tempo, tentando encontrar uma maneira de abordar o assunto com sensibilidade e firmeza.
Quando encontraram Angelina, ela estava sozinha, sentada em um banco nos jardins do castelo. A expressão em seu rosto era de preocupação e culpa. Assim que viu o grupo se aproximar, levantou-se, com um olhar nervoso.
— O que está acontecendo? — perguntou Angelina, sua voz tremendo. — Eu ouvi rumores de que está melhor, mas o que mais vocês querem de mim?
Fred deu um passo à frente, seu tom sério. — Angelina, precisamos falar sobre o feitiço que você tentou executar. Adhara encontrou evidências de que algo deu errado, e isso acabou afetando .
A expressão de Angelina mudou para uma mistura de choque e culpa. — Eu... eu não sabia que poderia causar tanto dano. Eu estava tentando realizar um feitiço para proteção, mas parecia que algo estava errado. Eu não sabia que isso poderia acontecer.
Adhara, com uma expressão compreensiva, se aproximou. — Angelina, o feitiço que você tentou executar era muito complexo e perigoso. É possível que você tenha ativado uma sombra que foi além do seu controle. Precisamos entender exatamente o que você fez para corrigir isso e evitar que aconteça novamente.
Angelina olhou para Adhara com um olhar de desespero. — Eu nunca quis prejudicar ninguém. Estava apenas tentando ajudar. Me deixe explicar o que aconteceu.
Ela começou a relatar o evento com detalhes, e o grupo escutou atentamente. A história revelou que Angelina havia tentado um feitiço de proteção em um momento de grande estresse, e algo deu errado, resultando em um efeito indesejado e sombrio.
— Eu não tinha ideia de que isso poderia afetar assim — disse Angelina, lágrimas nos olhos. — Eu só queria fazer o melhor que pudesse.
A compreensão e o perdão começaram a surgir no grupo. Embora o erro de Angelina tivesse causado dor e sofrimento, ficou claro que não havia intenção maliciosa. Eles precisavam trabalhar juntos para corrigir o erro e garantir que e todos ao seu redor estivessem seguros.
, com um olhar de compaixão, se aproximou de Angelina. — Eu sei que você não queria me fazer mal. Vamos trabalhar juntos para consertar isso. O importante agora é aprender e crescer com isso.
Com isso, o grupo se uniu novamente, desta vez com uma nova missão: corrigir o erro e garantir que a escuridão nunca mais ameaçasse ninguém em Hogwarts. A jornada não estava completa, mas o caminho para a cura e a redenção estava claro. Eles estavam prontos para enfrentar os desafios restantes, mais fortes e mais unidos do que nunca.
e , sendo netas de Merlin, eram as únicas qualificadas para executar o feitiço. Elas haviam se aprofundado nos antigos textos e registros que Adhara e Hermione haviam encontrado na biblioteca, e agora estavam preparadas para enfrentar a tarefa monumental que se aproximava.
A clareira, agora o local escolhido para a realização do feitiço, estava iluminada pela luz suave da lua, criando um ambiente mágico e sereno. Fred, Hermione, Adhara e Angelina estavam presentes para oferecer suporte e testemunhar o processo. estava ali também, seu olhar atento refletia uma esperança cautelosa.
e estavam no centro da clareira, vestidas com túnicas especiais que haviam sido preparadas para o ritual. As runas e símbolos mágicos brilhavam ao redor delas, traçadas com uma precisão meticulosa.
— Estamos prontas? — perguntou a , sua voz cheia de uma mistura de ansiedade e determinação.
— Sim, estamos prontas — respondeu , com um sorriso de encorajamento. — Vamos fazer isso.
Hermione se aproximou para dar as instruções finais. — O feitiço que vocês estão prestes a executar é extremamente poderoso e complexo. Lembrem-se de que ele precisa ser realizado com a máxima precisão e concentração. Concentrem-se na luz, no amor e na verdade, e sigam os movimentos com cuidado.
e acenaram, suas mãos se entrelaçando enquanto se preparavam. A magia antiga estava gravada em seus corações e mentes, e elas sabiam que a execução perfeita era essencial para o sucesso.
Com um sinal de Hermione, e começaram o feitiço. Seus movimentos eram graciosos e coordenados, cada gesto realizado com a precisão de quem compreende a profundidade da magia que está manipulando. As runas ao redor delas começaram a brilhar mais intensamente, e uma aura brilhante começou a se formar no centro da clareira.
A energia mágica no ar era palpável, ondulando e vibrando como uma força invisível que parecia transformar a própria realidade ao redor deles. Fred e os outros assistiam em silêncio, seus olhares fixos na cena impressionante que se desenrolava diante deles.
À medida que e pronunciavam as palavras do feitiço, um brilho dourado envolveu as duas, intensificando-se até quase ofuscar. O feitiço estava canalizando uma energia pura e antiga, conectando-se diretamente com a essência de Merlin e o poder dos descendentes.
A escuridão que havia consumido começou a se dissipar gradualmente, como uma neblina que se dissolve ao sol. A sombra que havia se espalhado por ela estava sendo arrancada e purificada pela força do feitiço. A clareira parecia estar sendo purificada, e a energia que envolvia e se expandiu, tocando tudo ao redor.
Quando o feitiço atingiu seu auge, um brilho intenso preencheu a clareira, e então, de repente, tudo ficou silencioso. O brilho começou a diminuir, revelando um ambiente renovado e revitalizado.
, exausta, mas aliviada, olhou para com um sorriso de gratidão. — Conseguimos. A sombra... ela foi expulsa.
sorriu de volta, seus olhos brilhando com orgulho e alívio. — Sim, conseguimos. A escuridão foi vencida.
, que havia observado a execução do feitiço com um olhar atento, se aproximou, seu grande corpo agitando as asas em um gesto de aprovação. — Vocês fizeram um trabalho notável. A sombra foi banida e está livre da escuridão.
Hermione e os outros se aproximaram, os rostos iluminados por sorrisos de alívio e alegria. — Vocês foram incríveis — disse Hermione. — A magia antiga de Merlin é poderosa e exigente, e vocês a dominaram com maestria.
Angelina, com um olhar de arrependimento e gratidão, se aproximou de e . — Eu sinto muito pelo que aconteceu. Se não fosse por vocês, não sei o que teria acontecido. Obrigada por terem nos salvado.
a abraçou, mostrando que o perdão era uma parte fundamental da recuperação. — Está tudo bem, Angelina. O importante é que conseguimos superar isso e aprender com a experiência.
O grupo se reuniu, suas expressões cheias de alívio e esperança renovada. A missão estava completa, e o equilíbrio havia sido restaurado. estava livre da escuridão que a havia consumido, e o vínculo entre os amigos estava mais forte do que nunca.
Enquanto a clareira se acalmava, o grupo se despedia, sabendo que a jornada deles não acabava ali. Eles haviam enfrentado desafios imensos, mas o poder da amizade, do amor e da determinação os havia guiado através das sombras. A luz da verdade havia prevalecido, e com isso, uma nova era de esperança se erguia diante deles.
A animação do planejamento contrastava com os momentos tensos dos dias anteriores. A sala comum da Grifinória estava transformada em um centro de planejamento, cheia de pergaminhos, esboços e materiais de artesanato. e estavam particularmente ocupadas criando novos itens para as pegadinhas da festa, enquanto Hermione e Adhara cuidavam dos detalhes da decoração e do cardápio.
— Temos que garantir que a decoração esteja perfeita — disse Hermione, examinando um mapa detalhado da Sala Comunal, que agora era um frenético centro de atividades.
— E não podemos esquecer das atividades para os alunos — acrescentou , revisando uma lista de possíveis jogos e entretenimento.
e Adhara estavam concentradas em desenvolver novos truques e surpresas. Entre as ideias inovadoras estavam poções que faziam os doces parecerem vivos e feitiços que provocavam efeitos surpreendentes em várias partes do salão. Elas estavam determinadas a garantir que a festa fosse não apenas memorável, mas também incrivelmente divertida para todos.
No entanto, a reunião das meninas foi interrompida por uma visita inesperada. Fred e George, que estavam ansiosos para se envolver na organização da festa, entraram na sala com um ar travesso e empolgado.
— Olá, senhoritas! — exclamou George, seu sorriso travesso iluminando o ambiente. — Ouvi rumores de que uma festa épica está a caminho. Precisamos garantir que tudo esteja perfeito!
Fred, carregando uma caixa cheia de artifícios e truques, seguiu logo atrás. — E nós estamos aqui para oferecer nossa ajuda. Afinal, uma festa sem um pouco de caos saudável não é uma verdadeira festa, não é mesmo?
Hermione ergueu uma sobrancelha, seu olhar misturando curiosidade e ceticismo. — E vocês acham que seriam uma adição útil à nossa organização? A última vez que tentaram ajudar, foi um desastre.
riu, observando o olhar impetuoso de George e Fred. — Bem, uma festa de Halloween precisa de um pouco de diversão, e os gêmeos são especialistas nisso. Vamos ver o que eles têm em mente.
Adhara olhou para os gêmeos, um sorriso brincando em seus lábios. — O que vocês propõem?
George e Fred se entreolharam, claramente animados. — Que tal uma competição de fantasias com prêmios para os mais criativos? — sugeriu George. — E, claro, algumas surpresas mágicas para manter todos envolvidos e entretidos.
Fred balançou a caixa que estava carregando. — Temos uma coleção de truques e decorações que podem transformar qualquer ambiente. E estamos prontos para adicionar um toque especial à festa.
As meninas, vendo o entusiasmo e a criatividade dos gêmeos, começaram a considerar suas propostas. Hermione hesitou por um momento, mas seu olhar se suavizou ao ver a empolgação genuína dos gêmeos.
— Desde que vocês sigam as nossas diretrizes e não causem problemas, estou disposta a considerar suas ideias — disse Hermione, cruzando os braços de forma decidida.
Os gêmeos trocaram um olhar triunfante, sorrindo amplamente. — Pode contar conosco para garantir que esta festa de Halloween seja inesquecível! — declarou Fred.
Enquanto os gêmeos se integravam ao planejamento, e estavam ocupadas criando novos itens de pegadinhas. Elas prepararam feitiços e truques que garantiriam uma noite cheia de surpresas. Para cobrir os custos dos materiais e garantir um orçamento adicional, decidiram cobrar dois galeões pela entrada. Esse dinheiro também serviria para ajudar Fred e George a realizar seu sonho de abrir uma loja especializada em pegadinhas. Embora esse plano tenha sido um dos fatores que levou ao término do relacionamento de e Fred, agora parecia uma oportunidade para todos.
O tempo passou rapidamente, e o salão estava pronto para a grande festa. A decoração estava deslumbrante, com abóbora encantada flutuando no ar e teias de aranha mágicas adornando as paredes. As mesas estavam repletas de iguarias deliciosas, e a atmosfera estava cheia de uma expectativa contagiante.
Enquanto Fred e George se dedicavam a garantir que as pegadinhas e truques fossem perfeitos, Fred também usava a oportunidade para tentar se reaproximar de . Ele fazia o possível para mostrar que estava comprometido com o sucesso da festa e, mais importante, para reconquistar a confiança dela.
Finalmente, na noite de Halloween, o salão estava transformado em um espetáculo de luzes e cores, com os alunos e convidados se maravilhando com o ambiente mágico e festivo. Fred e George estavam em seus elementos, espalhando alegria e risadas com suas travessuras e surpresas.
, , Hermione e Adhara observavam a festa com sorrisos de satisfação, sentindo que todo o esforço havia valido a pena. A celebração foi um grande sucesso, unindo todos em um espírito de camaradagem e alegria.
Enquanto a noite avançava, o castelo estava cheio de risadas e música, e a festa de Halloween foi lembrada como uma das melhores que Hogwarts já teve. Os desafios que haviam enfrentado pareciam distantes, substituídos por um momento de celebração e felicidade.
O evento não só marcou o fim de um período difícil, mas também o início de uma nova era de amizade, magia e diversão para todos os envolvidos. A luz e a alegria prevaleceram, e Hogwarts brilhou com a energia vibrante da festa.
Os alunos começaram a chegar, maravilhados com a atmosfera que as meninas haviam criado para a festa. A música animada ecoava pelo salão, e as mesas estavam repletas de iguarias deliciosas, preparadas com cuidado e dedicação.
, , Hermione e Adhara estavam deslumbrantes em suas fantasias. havia escolhido se fantasiar de fada dos sonhos, com uma túnica cintilante e asas translúcidas que capturavam e refletiam a luz da lua. optou por um traje de bruxa moderna, com um vestido negro enfeitado com detalhes brilhantes e um chapéu pontudo que destacava seu estilo único. Hermione estava impecável como uma elfa encantada, com orelhas pontudas e um vestido verde esmeralda que parecia saído de um conto de fadas. Adhara, por sua vez, apareceu como uma mística da noite, com um vestido roxo profundo e uma capa que se fundia com a escuridão ao redor.
Fred e George também capricharam em suas fantasias. Fred estava vestido como um pirata charmoso, com um chapéu de tricórnio e um casaco vermelho com detalhes dourados. George escolheu um traje de cientista maluco, completo com um jaleco branco e óculos de proteção. Ambos estavam ansiosos para causar impacto, especialmente no concurso de melhor fantasia que haviam proposto.
O salão estava animado, com a pista de dança cheia de alunos se divertindo ao som de músicas animadas. As mesas estavam repletas de doces e petiscos mágicos, e uma seção dedicada às surpresas e aos truques que e haviam preparado estava em plena ação. Poções que faziam os doces ganharem vida e feitiços que provocavam efeitos inesperados geraram risadas e aplausos.
Quando a competição de fantasias começou, os alunos formaram uma fila para exibir suas criações. A tensão estava no ar enquanto todos esperavam para ver quem se destacaria como o vencedor. , , Hermione e Adhara assistiam com entusiasmo, observando cada fantasia com atenção.
Os participantes eram variados e criativos: um aluno fantasiado de dragão, com escamas brilhantes e asas que realmente pareciam bater, e outro vestido como um cavaleiro medieval, com uma armadura reluzente que parecia saída de uma lenda. A criatividade era ilimitada, e o júri, composto por , , Hermione e Adhara, estava claramente impressionado com a variedade de trajes.
Quando foi a vez de Fred e George desfilarem, todos os olhares se voltaram para eles. Fred, com sua fantasia de pirata, fez um desfile dramático, completado com uma imitação exagerada de um sotaque de pirata e uma dança que fez todos rirem. George, com seu traje de cientista maluco, realizou uma "experiência mágica" que resultou em pequenos fogos de artifício coloridos explodindo de seu jaleco, gerando uma explosão de risos e aplausos.
Finalmente, o momento de anunciar os vencedores chegou. A plateia estava em expectativa enquanto o júri se reunia para deliberar. Depois de muita discussão e risos, o anúncio foi feito:
— E o prêmio para a melhor fantasia vai para... o dragão encantado! — exclamou , entregando o prêmio ao aluno que havia vestido uma fantasia de dragão espetacular.
A multidão aplaudiu e o dragão encantado fez uma reverência triunfante. Em seguida, o prêmio de melhor desempenho foi concedido a Fred e George por suas performances hilárias e criativas.
A festa continuou com muita diversão, risos e música. O espírito de camaradagem estava no auge, e a atmosfera era de pura alegria. Os truques e surpresas preparadas por e adicionaram uma camada extra de emoção à noite.
Enquanto a festa se desenrolava, Fred e trocaram sorrisos e olhares significativos. Ambos aproveitaram a noite mágica e os momentos que passaram juntos. Apesar de suas diferenças passadas, o evento proporcionou um espaço para reconciliação e compreensão.
Naquela noite, o salão comunal da Grifinória estava vivo com energia e felicidade. A festa de Halloween foi um grande sucesso, e todos se despediram com a promessa de que o próximo ano traria ainda mais magia e diversão. A celebração foi uma prova de que, apesar dos desafios enfrentados, a amizade e o espírito de comunidade sempre prevaleceram.
A competição de fantasias havia sido um sucesso, e Fred e George estavam no centro da diversão, entretendo todos com suas travessuras e charadas. Fred estava particularmente focado em um objetivo: se aproximar de e resolver o que havia ficado pendente entre eles.
Enquanto a festa avançava, Fred começou a se sentir cada vez mais impelido a falar com . Com um sorriso nervoso, ele a observou enquanto ela conversava com amigos, visivelmente feliz e animada. Finalmente, ele decidiu que era hora de ter uma conversa séria.
Fred se aproximou de com um olhar determinado e um tom que denotava que o que ele tinha a dizer era importante.
— , você tem um minuto? — perguntou ele, com uma sinceridade que imediatamente capturou a atenção dela.
Surpresa, concordou e seguiu Fred para um canto mais tranquilo do salão, onde a música não era tão alta e poderiam conversar sem distrações.
— O que aconteceu, Fred? — perguntou , curiosa e um pouco ansiosa.
Fred respirou fundo, olhando nos olhos de com uma intensidade que ela não costumava ver. — Eu preciso te pedir desculpas, . Eu sei que agi de maneira egoísta quando você quis se envolver no meu sonho com a loja de pegadinhas. Eu estava tão obcecado com o meu próprio objetivo que não percebi o quanto você queria estar ao meu lado e me apoiar.
o olhou, atenta e tocada pela sinceridade nas palavras dele. — Fred, eu entendo que as coisas não foram fáceis entre nós, mas por que você está trazendo isso agora?
Fred continuou, sua voz carregada de emoção. — Porque quase perder você me fez perceber o quanto o meu amor por você cresceu. Eu percebi que o que sinto por você é muito mais profundo do que eu imaginava. A verdade é que, mesmo quando estivemos distantes, você sempre esteve em meu pensamento. E agora, vendo você aqui, vejo o quanto quero que você faça parte da minha vida, não apenas como alguém que compartilha meus sonhos, mas como alguém com quem eu quero construir um futuro.
sentiu um misto de surpresa e alívio ao ouvir as palavras de Fred. A sinceridade e a vulnerabilidade dele eram evidentes, e isso a tocou profundamente.
— Fred, eu aprecio muito suas palavras. Reconheço o esforço e a honestidade que você está colocando nisso. Não é fácil reverter o passado, mas talvez possamos começar a olhar para o futuro e ver como podemos apoiar um ao outro, tanto no pessoal quanto no profissional.
Fred sorriu, aliviado e esperançoso. — Isso significa muito para mim, . Eu quero trabalhar para reconquistar sua confiança e mostrar que estou comprometido não apenas com meus sonhos, mas também com o que podemos construir juntos.
Com a conversa concluída, Fred e retornaram ao salão, onde a festa estava se aproximando do fim. O entusiasmo e a alegria continuavam, e a atmosfera estava repleta de uma nova sensação de entendimento e esperança.
À medida que a noite chegava ao fim, o salão comunal da Grifinória estava cheio de sorrisos e despedidas calorosas. A festa de Halloween foi um grande sucesso, e todos se despediam com a promessa de mais momentos mágicos e inesquecíveis no futuro.
Fred e se encontraram novamente no meio da festa, desfrutando dos últimos momentos juntos. A noite de Halloween se tornava uma lembrança preciosa de reconciliação, novas possibilidades e a promessa de um futuro mais brilhante.
, , Adhara e Hermione estavam atarefadas organizando o espaço. As meninas estavam empilhando as decorações em caixas e recolhendo os restos dos doces e petiscos que ainda estavam espalhados pelo salão. Era um trabalho árduo, mas elas estavam determinadas a deixar tudo em ordem.
— Não podemos deixar nada para depois — comentou Hermione, enquanto cuidadosamente dobrava uma teia de aranha mágica e a colocava em uma caixa. — É melhor terminar isso logo para que possamos descansar um pouco.
assentiu, concordando. — Concordo. Foi uma festa incrível, mas o trabalho de limpar não pode ser ignorado.
estava empilhando caixas com Adhara, ambas trocando sorrisos cansados, mas satisfeitos. — Pelo menos, o Fred está nos ajudando. Isso torna o trabalho um pouco mais leve.
Fred, que estava ajudando com as tarefas de limpeza, parecia um pouco cansado, mas estava determinado a ajudar. Ele estava retirando as abóboras encantadas flutuantes e desmontando as decorações, fazendo o possível para colaborar com as meninas.
George, por outro lado, estava longe de estar tão focado. Enquanto os outros trabalhavam diligentemente, George estava ocupado com suas próprias palhaçadas. Ele estava fazendo truques de mágica, lançando pequenos fogos de artifício e criando poções que provocavam efeitos engraçados.
— Olhem só! — exclamou George, lançando uma poção que fez um grupo de maçãs flutuar e girar no ar. — Temos uma pequena “demonstração mágica” para animar a limpeza!
, , Adhara e Hermione não puderam evitar rir das travessuras de George, mesmo que ele estivesse atrapalhando um pouco o processo. Era claro que ele estava se divertindo e tentando levantar o ânimo após uma noite tão cheia de energia.
— George, você é impossível! — exclamou , tentando manter o equilíbrio quando uma maçã flutuante quase a derrubou. — Não nos faça rir agora, ou nunca vamos terminar isso!
Fred lançou um olhar para George, um sorriso brincando em seus lábios. — Você realmente sabe como transformar um trabalho chato em algo mais divertido, não é?
George deu uma risadinha e fez uma reverência exagerada. — É o meu trabalho fazer as coisas mais interessantes. Alguém tem que fazer isso, não é?
Finalmente, após muito trabalho e algumas risadas ocasionais, o salão estava quase em ordem. As caixas estavam empilhadas e as últimas decorações estavam sendo guardadas. As meninas estavam exaustas, mas satisfeitas com o que haviam conseguido realizar.
— Bem, acho que estamos quase lá — disse Hermione, observando o progresso. — Obrigada a todos pelo esforço. A festa foi um grande sucesso, e todo o trabalho que fizemos valeu a pena.
— Com certeza — concordou , olhando ao redor com um sorriso cansado. — Foi uma noite incrível, e mesmo com todo o trabalho de limpeza, eu não mudaria nada.
Fred se aproximou de , seu olhar cheio de gratidão. — Eu só quero dizer novamente que agradeço por me deixar ajudar. Foi ótimo estar envolvido e poder contribuir.
sorriu para ele. — E eu agradeço por estar aqui. Ter você ajudando foi realmente apreciado. E quanto ao George, ele conseguiu animar a limpeza com suas palhaçadas.
George fez uma reverência final e sorriu amplamente. — Era tudo parte do plano!
Enquanto a última caixa era colocada em seu lugar e as últimas migalhas eram limpas, o grupo decidiu relaxar um pouco antes de se retirar para suas camas. Com os sofás do salão comunal ainda aconchegantes, e com a atmosfera tranquila após o frenesi da festa, todos se sentaram para uma última conversa.
A conversa fluiu naturalmente e, com o passar do tempo, o cansaço começou a pesar. O calor dos sofás e a sensação de alívio por ter terminado o trabalho de limpeza fizeram com que os amigos se acomodassem de forma mais relaxada. Sem que percebessem, um por um, foram se deixando levar pelo sono.
, , Adhara e Hermione encontraram conforto nos sofás grandes e fofos. Fred, que estava sentado ao lado de , também não demorou a se sentir relaxado e a se deixar levar pela tranquilidade do ambiente. George, com suas últimas palhaçadas já encerradas, também se juntou aos outros, repousando em um dos sofás com um sorriso satisfeito nos lábios.
A noite foi caindo suavemente sobre Hogwarts, e o salão comunal estava cheio de uma calma reconfortante. Os amigos, exaustos e satisfeitos, dormiam nos sofás, o espaço que havia sido palco de tanta diversão e magia agora acolhendo-os em um merecido descanso.
A festa de Halloween havia terminado, mas a noite ainda deixava uma sensação de aconchego e amizade no ar. Hogwarts, sempre vibrante e cheia de vida, oferecia um momento de paz e contentamento para aqueles que a habitavam. E assim, o grupo terminou a noite em um estado de tranquila camaradagem, embalados pelo calor do salão comunal e pelas memórias de uma festa inesquecível.
foi a primeira a abrir os olhos, sentindo-se um pouco atordoada ao perceber onde estava. Ela esticou os braços e notou que estava deitada no sofá, cercada por seus amigos. estava a seu lado, também ainda dormindo, enquanto Adhara e Hermione estavam deitados em outros sofás próximos. Fred estava sentado no chão, encostado no sofá, com a cabeça apoiada em um dos braços e os olhos ainda fechados. George estava deitado de forma relaxada em um sofá, com uma expressão satisfeita no rosto, como se tivesse tido um sono profundo e confortável.
sorriu para si mesma, apreciando a cena tranquila. O cansaço do dia anterior tinha sido compensado pelo conforto dos sofás e pela companhia dos amigos. Com cuidado para não acordar ninguém, ela se levantou e começou a organizar alguns itens espalhados ao redor.
À medida que a luz do sol se intensificava, os outros começaram a acordar lentamente. esticou os braços e bocejou, sorrindo ao ver ocupada com a limpeza.
— Bom dia, ! — disse , ainda meio sonolenta. — Parece que acabamos dormindo aqui.
sorriu. — Bom dia, . Sim, acho que todos nós nos deixamos levar pelo cansaço. Mas a festa foi incrível, não foi?
concordou, piscando os olhos enquanto se espreguiçava. — Com certeza. Foi um sucesso total.
Adhara e Hermione também começaram a despertar, sendo atraídas pelo som das conversas.
— Parece que dormimos todos juntos aqui — comentou Adhara, olhando ao redor com um sorriso. — A festa foi tão boa que nem percebemos o cansaço.
— Verdade — concordou Hermione, levantando-se e se espreguiçando. — Foi uma noite memorável, mas temos que limpar o resto e organizar tudo antes que o restante dos alunos acorde.
Fred, finalmente despertando, olhou para com um sorriso gentil. — Bom dia, . Eu queria agradecer novamente por ter me deixado ajudar ontem. Foi realmente bom poder fazer parte disso.
sorriu de volta. — Bom dia, Fred. E eu que agradeço por ter ajudado. Sem você e George, a festa não teria sido a mesma.
George, ainda deitado no sofá, piscou para acordar e esticou-se dramaticamente. — Ah, que sono gostoso! Estava sonhando com mais palhaçadas. Preciso começar a planejar o próximo truque.
Todos riram das palavras de George. O ambiente estava leve e descontraído, e a camaradagem entre eles era evidente.
Depois de um café da manhã rápido, o grupo começou a limpar o restante do salão. Com a ajuda de todos, a tarefa foi realizada rapidamente. Fred e George trabalharam juntos para recolher as últimas decorações, enquanto , , Adhara e Hermione organizavam as coisas, repondo os itens que haviam sido usados.
Enquanto limpavam, a conversa fluía naturalmente, e todos aproveitaram o momento para refletir sobre a noite passada e o que havia sido alcançado. Era um dia de novos começos e de reforço dos laços de amizade que haviam sido testados e fortalecidos durante a festa.
Quando o trabalho de limpeza finalmente terminou, o salão comunal voltou à sua aparência habitual, mas com uma nova sensação de satisfação e realização. O grupo se reuniu para um último momento de descontração antes de seguir para suas atividades diárias.
— Então, o que vocês acham de fazer isso novamente no próximo ano? — perguntou Fred, olhando para o grupo com um sorriso.
— Definitivamente — concordou . — Foi uma experiência incrível, e ter todos aqui ajudando foi o melhor.
— E quem sabe o que mais poderemos fazer? — disse . — Sempre podemos inventar algo novo e surpreendente.
Com isso, todos começaram a se preparar para o dia que se desenrolava, com uma sensação renovada de amizade e empolgação. A festa de Halloween havia sido um marco, mas o verdadeiro presente era o vínculo que haviam reforçado e as novas memórias que haviam criado juntos.
Hogwarts estava pronta para mais um dia de aprendizado e aventura, mas o espírito da festa e a sensação de camaradagem permaneceram com eles, servindo como um lembrete de que, mesmo nas tarefas mais simples, a magia e a amizade podiam transformar tudo em algo especial.
Por um momento, Fred ficou paralisado. Ele olhou ao redor do quarto da Grifinória, as paredes familiares, o ronco distante de George na outra cama. Mas algo no fundo de sua mente estava inquieto. As lembranças da festa de Halloween, da briga que ele e tiveram sobre usar a arrecadação de dinheiro para financiar a loja, o término deles e, pior, a sensação terrível de quase perdê-la para uma aura sombria... Tudo aquilo parecia tão real, mas agora percebia que não passara de um sonho.
Fred respirou fundo, tentando organizar seus pensamentos. O que ele pensou que fosse realidade — toda a confusão e dor — tinha sido apenas fruto de sua mente. Alívio tomou conta dele, misturado com um resquício de incerteza. Ainda estava atordoado pelo quão real tudo parecia, mas agora, vendo ao seu lado, tudo ficou claro.
Ele se inclinou um pouco mais perto, observando-a com cuidado. parecia serena, como se nada do que ele sonhara tivesse acontecido. E talvez não tivesse mesmo. Talvez a briga sobre a festa de Halloween e o dinheiro, o fim do relacionamento e até mesmo a terrível sensação de perdê-la para algo sombrio fossem apenas o reflexo de seus medos.
Fred esfregou o rosto com as mãos, sentindo a realidade finalmente voltar ao foco. Ele sorriu de leve, balançando a cabeça. "Foi tudo só um sonho maluco...", sussurrou para si mesmo. Um sonho que, no fim, o fez perceber o quanto realmente significava para ele.
O som de George resmungando em sua cama trouxe Fred de volta à realidade. Era o primeiro dia de aulas, e com a chegada iminente de Dolores Umbridge, não havia tempo para refletir muito mais. Mas, antes que ele pudesse se levantar, sentiu se mexer ao seu lado.
Ela abriu os olhos lentamente, piscando sob a luz suave do amanhecer que entrava pelas janelas do quarto.
— Fred...? — ela murmurou, a voz ainda carregada de sono.
Fred deu um sorriso suave. — Bom dia, . Você dormiu aqui a noite toda.
franziu a testa por um momento, como se tentasse lembrar. Então, deu um pequeno sorriso e se aconchegou mais no travesseiro.
— Acho que sim... O que está acontecendo? — ela perguntou, a voz ainda baixa e suave.
Fred deu uma risada curta, mas havia algo mais profundo em seu tom. — Nada, nada... Só que eu tive um sonho bem maluco. Achei que tivesse perdido você, que brigamos feio. Mas agora que acordei e vi que tudo estava bem, parece que eu estava apenas imaginando coisas.
ergueu uma sobrancelha, ainda um pouco confusa. — Perder a mim? Por quê?
Fred deu de ombros, tentando parecer casual, mas havia uma sinceridade em seus olhos que notou. — Porque... Bem, acho que, no fundo, tenho medo de perder você de verdade. Seja por causa de uma briga boba ou qualquer outra coisa. Esse sonho só me fez perceber o quanto você é importante pra mim.
olhou para ele por um momento, suas expressões suaves e pensativas. — Você não vai me perder, Fred. Mesmo se brigarmos, a gente sempre encontra um jeito de resolver. Você sabe disso.
Fred sorriu, aliviado pelas palavras dela. — É, acho que eu precisava ouvir isso.
Antes que pudessem falar mais, o ronco alto de George interrompeu o momento, e ambos caíram na gargalhada. O dia de aulas estava para começar, e a chegada de Dolores Umbridge seria um desafio, mas pelo menos Fred sabia que, com ao seu lado, ele podia enfrentar qualquer coisa.
— Vamos lá, dorminhoca — disse Fred, dando um leve empurrão em . — Temos um dia inteiro para nos preparar para o que está por vir. E prometo que, dessa vez, não vamos deixar nada interferir entre nós.
sorriu enquanto se espreguiçava. — Estou contando com isso, Fred.
