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Codificada por: Polaris 👩🏻‍🚀

Última Atualização: Fanfic Finalizada.


A primavera finalmente havia voltado a florescer em Jeju e as flores começaram a, enfim, desabrochar.
Há pouco mais de três anos, e combinavam de se encontrar para passarem o dia juntos sempre que se iniciava uma nova estação. E aquele ano, naquela primavera, não seria diferente.
se aproximou do campo demoradamente, com os pés se seguindo de pouco em pouco. Percebeu que corria, rodeando os pequenos arbustos bem verdes. Seus olhos pareciam brilhar quando a menina olhava para as pétalas coloridas de cada flor. Ele sorriu, abobado.
O coração do garoto parecia dançar junto dos pequenos passos de , que ainda corria como uma criança entre as moitas. Seu sorriso, que sempre parecia se destacar entre os demais, fazia as pernas dele fraquejarem.
Ela se aproximou depois de sentir-se cansada, com as mãos na cintura e respirando fortemente. Seu peito subia e descia de maneira rápida, e seu rosto estava com uma careta. encarou a expressão sorridente de , tombando a cabeça para o lado.
— O que foi?
— Hm? — ele piscou, parecendo sair de seu próprio transe. — Nada, ué.
— Você sorrindo para o nada — sorriu de volta, mas ainda sem fôlego.
A garota girou o pescoço, escutando suas vértebras estralarem ao longo de sua nuca. Girou os ombros e abaixou a cabeça, observando o chão próximo aos pés do amigo, procurando por algo.
se remexeu, incomodado.
— ‘Tá procurando pelo o que?
fez um biquinho, voltando a encará-lo. Ela sentiu a língua travar pela forma que a encarava.
— Achei que você iria trazer o nosso café hoje.
Automaticamente, a mão direita do rapaz se ergueu e foi em direção a sua própria testa, parecendo um tapa leve. Seus olhos se fecharam ao constatar que havia se esquecido daquela parte de seu combinado.
riu.
— A gente vai junto, mas você paga! — ela apontou na direção do rosto do garoto, dando um sorrisinho maroto.
mexeu a cabeça de um lado para o outro, rindo com o caminhar saltitante de . Ele deu uma leve corridinha para alcançá-la.
Caminharam quietamente, ele com as mãos enfiadas nos bolsos de moletom da calça e ela com as próprias mãos entrelaçadas. caminhava olhando para o chão, tentando buscar algum assunto no fundo de seus pensamentos para não ficar naquele silêncio constrangedor.
Apesar de ser o primeiro dia da primavera daquele ano, o céu não estava tão ensolarado quanto o esperado. As nuvens tomavam boa parte do céu, impossibilitando que os raios solares chegassem nitidamente ao chão.
Mesmo assim, o clima estava abafado.
— Você acha que eu deveria pegar um café gelado desta vez? — perguntou ao olhá-lo, descruzando os próprios dedos.
Ele a olhou de volta.
— É… ‘Tá meio quente mesmo.
assentiu, voltando a olhar para a frente. O silêncio voltou a reinar naquela caminhada dupla, mas a garota já não tentou queimar neurônios para pensar em algo.
parecia não estar ali. Apesar de caminhar no mesmo ritmo de , seus olhos não estavam focados na cafeteria que se aproximava. Seu subconsciente parecia passear por todas suas lembranças e coração.
Sua cabeça se virou ligeiramente na direção da menina, que permanecia encarando a cafeteria. Ele sentiu seu coração acelerar à medida que reparava mais nos detalhes dela. Os olhos bem arredondados e cor de mel; as pequenas sardinhas que decoravam as maçãs de suas bochechas; a ponta de seu nariz levemente avermelhada por conta de sua rinite…
Se arrependeu de reparar naquilo tudo.
Percebeu que chegaram em frente da cafeteria quando o encarou, piscando os olhos em dúvida do olhar esquisito do rapaz.
— Não vai entrar?
Ele assentiu, sentindo a língua embolar. Seu estômago estava revirado com aquela sensação esquisita no peito. não conseguia definir se era algo bom de se sentir ou não.
Ambos entraram na cafeteria e já correu para o balcão, pegando o cardápio e lendo rapidamente as opções de café gelado.
— Eu quero esse com caramelo salgado, por favor — disse enquanto apontava para a imagem do café no cardápio.
— Qual o tamanho?
— Médio — ela deu um sorrisinho para a atendente, que apenas anotou ligeiramente seu pedido no monitor.
— E o seu namorado vai querer o que?
ergueu o corpo, surpresa com a pergunta da atendente. Olhou para , que estava pouco atrás dela, encarando o cardápio que ela havia deixado aberto sobre o balcão.
A garota se surpreendeu ao ver que o amigo não negara o que a mulher tinha indagado.
— Ele quer um expresso mesmo. Com pouco açúcar — avisou sem esperá-lo.
olhou para ela.
—Certo, mais alguma coisa?
— Não.
não havia negado também.
Seu estômago pareceu embrulhar ainda mais.
— Pode colocar no nome dele — ela disse e saiu, deixando o rapaz plantado de frente ao balcão.
— Deu 11.500 wons*.
— A-ah… — ele gemeu antes de colocar a mão no bolso e pegar sua carteira.
Após pagar e dar seu nome para a atendente, se dirigiu até a mesa na qual estava sentada.
— Por que não me deixou escolher um?
— Você sempre fica um tempão escolhendo, mas sempre volta para o expresso — ela disse enquanto ria, revirando os olhos, divertida. — Só lhe poupei tempo.
O garoto assentiu sem jeito, sem saber se deveria agradecer ou não.
A sensação esquisita ainda não havia passado.
— Você acha que nossa amizade vai se desmanchar quando começarmos a namorar? — ela perguntou aleatoriamente enquanto encarava um casal de adolescentes do outro lado da cafeteria.
— O-o que…
— Tipo, se nossos encontros todo o início de estação vão parar.
Ela o encarou, fazendo-o engolir em seco.
também não sabia a resposta para aquela pergunta.
— Tipo, somos amigos há tanto tempo e sempre saímos juntos… — continuou divagando. — E você nunca me disse por quem se interessava.
— Não costumo me interessar muito pelas pessoas — comentou meio ríspido, mas não intencionalmente.
A garota apenas ergueu os ombros.
— Se você diz…
Não recebeu mais nenhuma resposta.
ainda estava encucado no quanto seus hormônios haviam vacilado naquele dia com . Óbvio que ele já havia reparado na garota, em sua beleza e carisma instigante, mas nunca pensara em nada a mais.
Ou era nisso que ele acreditava.
A menina ainda encarava o casal, que agora se direcionava de mãos dadas para a saída.
— Quando será que eu vou sentir aquilo também? — escutou-a murmurar.


너는 몰랐겠지 이런 내 맘을
지금 다 알려줄게 now
아주 천천히 천천히 난 준비했어
아무도 모르게

Você provavelmente não sabe do meu coração
Nesse momento, eu te contarei agora
Eu me preparei bem devagar, devagar
Sem ninguém saber


Subitamente, pegou na mão de sobre a mesa.
Ela piscou algumas vezes ao encará-lo, revezando seu olhar entre o rosto do garoto e suas mãos dadas.
— O que foi? — ela se inclinou para frente, preocupada com a ação repentina – e nem um pouco comum – de .
Ele deu de ombros.
— Só deu vontade.
O garoto percebeu que as bochechas de ruborizaram levemente, o que causou ainda mais embrulho em seu estômago.
Seu coração começou a acelerar o ritmo, e sua perna começou a subir e descer repetidamente em uma boa velocidade. Estava se sentindo ansioso.
— Hey, … — ele começou a falar totalmente sem jeito. Ela continuou o encarando, esperando pelo o que quer que ele fosse lhe falar naquele instante. — Você pode se assustar com o que eu vou falar, talvez.
Foi a vez de engolir em seco.
— Pode falar.
— Eu realmente sinto muito por te surpreender assim, mas se eu não for agora, eu…
Travou.
mordeu os lábios, prevendo o que ele diria, mas ainda sem acreditar.
— Você sabe, mais do que ninguém, que o meu coração esteve sozinho por muito tempo.
Meu Deus, ela pensou ainda mais nervosa. Ele não vai se… — Eu acho que estou gostando de você, .
Ferrou.




FIM?


Nota da autora: Espero que você tenha amado essa fic tanto quanto eu. Para saber mais do meu mundinho de fics, me siga no insta!
.xo

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