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Revisada por: Saturno 🪐

Última Atualização: Novembro/2024.

Eu estava ansioso para chegar logo em casa. Sentia saudades de desde o primeiro dia fora. Lucy e Chanel também estavam me fazendo falta, a doçura que elas passavam só por estarem ao nosso lado completava os momentos em família.
Ao término de John Wick III, a rotina da agenda ficou mais agitada. A gravação de Bob Esponja tinha sido concluída aquela semana, e na outra eu precisei comparecer aos estúdios da CD Projekt Red para concluir alguns ajustes na minha participação em Cyber Punk 2077, além de ter os eventos promocionais dos filmes que precisei comparecer.
Poucos meses e eu já estaria de volta aos braços de . Desembarquei em Orlando. Na tarde do dia seguinte, eu teria uma reunião com os produtores de Matrix. Tínhamos a intenção de analisar se a suposta continuação estaria realmente de pé e se daria certo — o que deu.
Como de costume, Orlando mantinha seu tempo nublado em todos os invernos que já passei. Entretanto, não teria como negar que aquele silêncio no meu quarto de hotel estava sendo angustiante. Queria poder escutar conversando com seus pais por chamada de vídeo, o sotaque baiano com o seu inglês ao falar comigo ou com nossas cachorrinhas. Nem mesmo seu perfume doce estava espalhado pela casa.
Da janela do meu quarto, olhava o horizonte. Estava hospedado em um dos andares mais altos e, com isso, fui privilegiado com o sol se pondo. Enquanto tomava minha água, avistei um balão voando e nitidamente dava para saber do local que ele foi comprado: Disney. Foi como aquelas cenas de filmes, onde um objeto que remete uma memória leva o personagem para o passado, se recordando. Eu me recordei do dia em que fomos a um parque onde trabalhávamos.



Muito anos atrás.

Eu, e todos os nossos antigos colegas de trabalho combinamos de ir ao parque de diversões. Passei na casa dela para levá-la, já que bem naquela semana o carro dela quis um momento de descanso, então não a deixaria andar de transporte público sozinha, e também ela era uma das melhores companhias que poderia ter ao meu lado. Nossas conversas variavam de todos assuntos, não conseguíamos ficar um minuto sem conversar.
Naquela época, nunca imaginei que iria amar tanto uma garota igual a .
Naquele dia saímos mais cedo, sem nenhum objetivo. Na verdade, eu compreendi depois que ela pediu para ir à montanha russa com ela.
Ao anoitecer, o parque todo se acendeu, deixando as cores vivas para dar mais diversão às atrações do parque. Andamos até a bilheteria e compramos os ingressos para os brinquedos. Olhamos todos os brinquedos que o parque fornecia, até escolher algum que lhe agradava, que no caso foi apenas o carrossel.
— E viemos aqui para você querer ir mais uma vez ao carrossel? — a questionei.
— Eu gosto. — Não olhava para mim. — É bonito, sabe?
, vamos a outro. Tem a roda gigante, ou a montanha russa. — Ela negou com um gesto. — Por quê? — Ela não me respondeu. — , você tem medo de altura?
— Digamos que sim, está na minha lista de poucos medos que tenho.
— Eu vou com você — falei com um sorriso no rosto. Já estávamos passando pela saída do carrossel.
— E te prometo que você vai poder segurar minha mão e apertar para extravasar seu medo.
— Keanu, não acho que seja uma boa.
— Vai ser, vamos. — Comecei a guiá-la até a montanha russa. — Você confia em mim, certo?
— Certo.
Entreguei dois tickets para a moça. Ela abriu a portinha da roda gigante e entramos juntos. Sentei o mais perto dela que era permitido — tanto por ela quanto pela trava de segurança.
— Vem, eu vou segurar sua bolsa. — Coloquei a alça no meu braço e entre nós dois. — A moça vai vir colocar a trava, e você prende o cinto — avisei.
— Me dá sua mão — ela falou, com um leve tom de desespero, logo após ter todas as travas de segurança presas a si. — Se eu morrer, te levo junto.
Apenas ri, até mesmo nervosa comigo ela conseguia ser perfeita. Segurei a mão dela, transmitindo segurança e confiança. Senti a mão dela apertar mais a minha quando o carrinho começou a se mover no trilho e a subir. Eu estava tão tranquilo que me arrisquei a olhar para baixo enquanto ele subia, era uma linda visão de Toronto, o clima todo caloroso, a noite dando lugar para as luzes das casas.
— Preparada? — perguntei, quando o carrinho parou no topo.
— Nem um pouco.
— Eu prometo que não vou soltar sua mão.
não conseguiu responder a tempo, e logo o carrinho desceu em maior velocidade. O frio na barriga apareceu quando o carrinho desceu rapidamente, levantei minha mão e gritei, acompanhado com o grito um pouco fino de .
Ela estava mais assustada e com medo do que eu quando fui pela primeira vez à montanha russa. Alguns minutos depois, eu levantei minha mão junto a dela, sem soltar para poder sentir ainda segura, porém a senti soltar minha mão e deixar o vento tocar suas mãos viradas para o céu. E agora havia um grande sorriso nos lábios dela.
— Quero ir outra vez. — Saíamos do brinquedo. — Por favor, vamos?
— Eu criei um monstro. — Ríamos.
— Criou. Por favor, vamos mais uma vez.
— Vamos, sim, só vamos nos encontrar com nossos amigos, .
— Certo.
— Está tudo bem? — Estranhei, ela estava mais triste, mesmo depois daquela nova aventura dela.
— É que. — Parou de andar. — Ai, Keanu, você não faz ideia da notícia que recebi ontem.
— Qual? — Acariciava o rosto dela.
— Talvez eu tenha que voltar para o Brasil. Minha tia não está muito bem, papai terá que voltar e ir cuidar dela, e eu não posso ficar aqui sem ele, afinal... — Ela suspirou fundo.
— Ele é o que mantém sua nacionalidade aqui.
Infelizmente, o consulado brasileiro estava demorando para liberar a dupla nacionalidade de . E sua mãe não estava querendo liberar alguns documentos assinados, bom era algo tão delicado que eu me recusava a perguntar como estava o processo, e ela não gostava de falar sobre esse assunto. Eu apenas respeitava e dava todos os melhores assuntos para ela nunca ter que se recordar desse problema.
— É, perdão. — Enxugou a lágrima. — Mamãe está viajando pela Europa e com eles separados, bom.
— Tudo bem, eu daria um jeito para fazer você ficar, ou então durante o tempo que ele ficar lá, não seria o necessário para você ir com ele.
— Não conte para ninguém, e eu estou na espera da aprovação da minha nacionalidade.
— Não conto, e não fique assim. — A abracei. — Qualquer coisa, eu caso com você.
Eu a ouvi rir e dizer algumas palavras que não compreendi, já que estava envolvida em meus braços. Todavia, eu agradeci por ela não ter percebido a sinceridade em minha voz. Mesmo sendo a estilista da "minha" peça, ela me conquistou com aquela pele bronzeada, os cachos bem definidos e, principalmente, ela por inteira.
era perfeita aos meus olhos, e não negaria que ficaria mais perfeita se carregasse meu sobrenome com ela.
— Vamos. — Ela soltou-se do abraço. — Temos que encontrar com eles.
segurou na minha mão e fomos andando no silêncio, escutando apenas as crianças brincando. A vi enxugar mais de uma vez as lágrimas. Eu não contei a ela, mas estava prestes a sair da equipe, e naquele momento ficaria unicamente comigo.




Era uma lembrança boa, eu queria tê-la por perto sempre, e aquele dia que senti a total confiança dela foi inexplicável. Foi então que me veio por completa a ideia de ao menos refazer o nosso momento no parque. Eu podia trazê-la para Orlando, passaríamos nosso Natal aqui. Voltei para o sofá e peguei o tablet, procurei por uma casa ou um hotel que soubesse que poderia agradá-la.
Com tudo separado e já deixando para ela escolher quando ela chegasse ao hotel, eu enviei uma mensagem para ela, questionando se estava ocupada, e recebi um "não" doce.
— Como está o inverno aí? — Aquela voz doce e sutil acalmava meu coração mesmo estando tranquilo.
— Chuvoso, sem neve, com pouca emoção.
— Eu posso fazer a parte da emoção. — Ela riu gostosamente. — Podemos correr pela orla da praia e quem sabe pular de paraquedas?
— Não, obrigado. — Eu ri. — Você já é uma emoção, mas não liguei apenas para conversar com você.
— Lá vem coisa.
— Você vai gostar. Eu não vou conseguir voltar para o Natal.
— Ah, Keanu, sério? — O tom de voz mudou. — Onde eu vou gostar? Eu vou passar o Natal sem você, só com as meninas.
— Não completamente. Vem para Orlando. Nós passamos o Natal aqui, e as meninas você pode levar para o hotelzinho. Eu já conversei com a dona de lá.
Ela ficou em silêncio por alguns minutos, consegui apenas ouvir a respiração dela. Temporariamente, fiquei com receio de que ela não quisesse passar o Natal em Orlando. Ela já tinha tudo decorado lá e nevava, sempre foi apaixonada por neve.
— Eu vou arrumar as malas e compro minha passagem.
— Fique à vontade. — Uma coisa que aprendi foi nunca discutir sobre o que comprar com a . — Vê se consegue para essa semana, e eu deixo já um carro alugado no seu nome.
— Vejo sim, amor. Vou levar as meninas e arrumar as malas. Te envio uma mensagem quando eu comprar a passagem e uma foto delas.
— Estou te esperando.
— Até, amor.
Ela já havia me enviado a mensagem sobre a passagem. Daqui um dia, ela já estaria no aeroporto, porém mudei de ideia em cima da hora, não aluguei nenhum carro para ela vir até o hotel.



Saí cedo do hotel, comprei algumas coisas para o café da manhã, pois já havia calculado o tempo de voo e, infelizmente, ela chegaria logo após o término do café da manhã. Deixei tudo arrumado para a hora que ela chegasse e fui buscá-la no aeroporto.
estava apenas com uma mala, entretanto era a maior que ela tinha em sua casa. Seu sorriso abriu ao me ver esperando na área de desembarque. Abri meus braços para abraçá-la e senti seu perfume me contagiando.
— Não esperava você aqui. — Ela sorriu, e dei selinho.
— Quis fazer uma surpresa para você. Como foi o voo? — questionei, logo depois de um breve selinho dela.
— Tranquilo, achei que a neve iria atrapalhar.
— Pensei o mesmo. Eu levo para você. — Me referi à mala. — Eu fiz um plano para nós já que falta uma semana para o Natal. — Abri a porta do carro, coloquei a mala no porta malas e dei uma corridinha rápida para entrar.
— E quais são eles?
— Bom, estava pensando em sair com você antes do Natal, tem um lugar que gostaria de ir. — Alternei meu olhar entre ela e as ruas de Florida. — Pensei em ir até a Disney World, tem algumas escolhas no hotel. — Blefei. — E pode escolher com calma. Tem outra pequena surpresa também.
— Ver os fogos — ela disse, como se estivesse vendo os fogos na sua frente.
— Aceita esse cronograma? — Sorri de canto.
— Claro, por que eu negaria isso? — Ela sorria. — E qual seria a outra surpresa?
— Quando chegarmos ao hotel, te garanto que você vai saber e amar.
— Que agonia, fico imaginando o que poderia ser e fico ansiosa. — Ela me viu rir. — E você só ri, né? É muito bonito essa atitude.
Eu sabia que ela estava brincando, mas contar algo assim que preparei perderia a suavidade das memórias da primeira vez ao ver.



Deixei meu carro alugado com o manobrista e depois passei na recepção e peguei a key-card. Eu havia mudado de quarto no mesmo dia que a convidei para vir à Flórida. Peguei um quarto para duas pessoas, temporário, afinal de contas, a surpresa que havia programado para ela foi bem em cima da hora, nem sei como consegui. Abri a porta para ela, e ela logo tirou o casaco de pelo sintético, colocou em cima do sofá e se virou para mim.
O quarto do hotel era dividido, se é que posso dizer assim, em dois cômodos — o nosso quarto, que além da cama confortável tinha uma mesa redonda para poder usar da maneira que quisesse, e a pequena sala, onde ficava o sofá. Por ser um de cinco estrelas, eles forneciam o melhor lugar para descansar e aproveitar a estadia no estado.
— Estou pronta.
— Eu vou te guiar até a surpresa. — Deixei a mala dela do lado do sofá. — Feche os olhos, amor.
— Pronto.
A segurei pela cintura e a guiei até a janela, onde tinha uma pequena mesa redonda com o café da manhã e um pequeno papel natalino com os personagens da Disney. Cochichei no ouvido dela que ela podia abrir os olhos já.
— Ai, que bonitinho, preparou o café da manhã. — Deu um beijo em minha bochecha. — E esse envelope? — Fiz menção que poderia abrir. — É sério isso? Vamos passar o Natal e o ano novo no hotel da Disney?
— Sério. Eu escolhi o quarto, não sei como consegui.
— Ele estava esperando por nós. — Envolveu seus braços em mim. — Você é maravilhoso.
— Não muito. — A beijei rapidamente. — É tudo industrializado, entretanto segue o padrão vegano, e o apresuntado e o queijo são meus. — Rimos.
— Pensou em tudo, está me surpreendendo. E quando vamos para lá? — Sentamos.
— Hoje mesmo. Vamos terminar o café da manhã e vamos para lá, tudo bem?
— Claro, nem irei desfazer a mala. E suas coisas?
— Já arrumei tudo. Aqui está sua pulseira de passe livre.
— É um sonho, você, Disney e Natal tudo junto. — Se serviu de suco. — Não quero nunca mais acordar.
— Se depender de mim, nunca vai acabar.



O Disney's Polynesian Village Resort seria nossa estadia. Com nossos pertences no quarto e as identificações que adquirimos no hall, fomos para o monorail para ter acesso ao parque. Começamos pelo Magic Kingdom, fomos às atrações, tiramos fotos com a Minnie e o Mickey, conseguiu a tão sonhada foto com a Jasmine, e continuamos pelo parque.
— Vamos à montanha russa? — ela pediu.
— Achei que você não gostasse.
— Aquilo faz tempo. A verdade é que não estava bem para poder andar naqueles brinquedos do Canadá.
— Eu me recordo. — Segurei a mão dela. — Vamos esquecer isso, ok?
— Ok. Essa pulseirinha é sensacional. — Se referia ao passe.
Estávamos na fila já, apenas respeitando a movimentação.
— Sim, me chamou muito a atenção, facilita muito.
— Prende o cinto, a trava de segurança que a mulher coloca na gente.
— Eu realmente criei um monstro naquele dia.
O Big Thunder Mountain Railroad começou a andar. As curvas e descidas deixaram aquele frio de lado, era como se fosse a primeira vez que fui a uma montanha russa junto de . Ela gritou e riu muito, até mesmo se arriscou em abrir o seu casaco.
Por último, antes do anoitecer, vimos o desfile de Natal que o parque proporcionava para os visitantes. Naquela mesma noite, ficamos até o fim da atração, de frente para o castelo, com uma vista privilegiada dos fogos. Realmente, naquele lugar havia uma magia, porém tinha mais do que a certeza de que tudo só estava daquele jeito mágico, pois estava comigo.
A semana foi exatamente assim. Ela pôde ir a todos os parques, tirar fotos com todos os personagens e comprou mais orelhinhas da Minnie natalina.



Dia vinte e quatro de dezembro estava bem perfumada, com o café da manhã do hotel. já estava acordada, desenhando na sua mesa e admirando toda a decoração natalina do quarto, usando as orelhinhas da Minnie também natalinas.
— Bom dia. — Sentou-se na cama.
— Bom dia, ainda dá tempo para irmos tomar café da manhã no hotel?
— Sim, sim, só vou colocar um tênis. — Beijou meu rosto.
Levantei e passei a mão no cabelo, o dia parecia um pouco preguiçoso com aquela chuva mediana. Com os dentes escovados, dei um beijo rápido nela e fomos para o restaurante. Servi-me e a servi, e comemos enquanto conversávamos sobre o que faríamos naquele meio tempo até o Natal.
— E você sabe se vai ter uma ceia?
— Se não estiver enganado, vai ter, sim.
— Podemos sair e passar pela cidade? E depois voltamos, tomamos um banho e ficamos na ceia. Pode ver os fogos de Natal lá fora, né? — Deu um gole em seu suco.
— Sim, onde ficamos vendo os fogos daquele dia.
— Certo. Eu ainda não achei nada para comprar para você.
— Não se preocupe com isso.
— Preciso, sim, olha onde estamos, você conseguiu tudo isso por mim.
.
— Sem discussão, eu vou ver o que te dar de presente.
Não respondi mais nada, eu apenas a deixei decidir o que iria me dar de presente, afinal, para ela, aquele Natal iria mais longe do que pudesse imaginar. Vestidos adequadamente, saímos do hotel e da redondeza do parque, passamos nas lojas, e ela comprou pequenas lembrancinhas para a família na Bahia e seu pai, que estava a essa hora na Suíça com sua mãe — depois de longos anos, eles reataram e estavam juntos em mais uma viagem pelo mundo.
Na volta, ela comprou dois vestidos respectivos para as datas comemorativas. Ao voltar para o hotel, verifiquei se a mesa para a ceia estava reservada e que horas seria, tanto da refeição quanto dos fogos.
— Boa tarde, senhor Reeves, sua encomenda chegou — o recepcionista falou. — Deseja levar ou posso pedir para o serviço de quarto fazer isso?
— Eu levo, sem nenhum problema. Veio embrulhado?
— Não, mas se quiser, podemos fazer isso aqui, não demora muito.
— Por favor.
Ele rapidamente embrulhou a encomenda em uma sacola vermelha com leves silhuetas dos personagens da Disney e também algumas árvores de Natal.
— Obrigado. — Peguei educadamente.
— Por nada. Senhor Reeves, eu poderia tirar uma foto com o senhor?
— Claro. — Abri um sorriso sincero.
O jovem deu a volta no balcão e tirou a foto comigo depois de agradecer com os olhos marejados. Subi para meu quarto, guardei muito bem guardado o presente e logo me juntei a . Ficamos deitados na cama, esperando o tempo passar e conversando.



Terminava de se maquiar no banheiro, e eu, no meu jeito mais desesperado, tentava esconder o presente dela no bolso do terno. Desisti, deixei a caixa no guarda roupas, peguei o presente e o deixei no bolso, seria mais prático para mim.
— Está pronta? — Parei na frente da suíte.
— Sim, poderia colocar em mim? — Entregou o colar. Concordei com a cabeça e coloquei nela, depositando logo em seguida um beijo sobre a nuca. — Obrigada, pelos os dois. — Ela sorria.
— Vamos, amor.
trancou a porta com o key-card e me entregou, já que ela não estava levando a bolsa, apenas o celular, que também estava comigo. Ceamos e fomos para uma parte especial para os hóspedes do hotel, onde teríamos uma vista um pouco melhor dos fogos atrás do castelo da Cinderela, acompanhados da contagem regressiva.
Cinco.
Depois de tanto tempo, sem mesmo sentir o amor da melhor forma, eu tive outra chance de poder amar mais uma vez.
Quatro.
Foi mais do que altos e baixos ao lado de , desde que comecei a trabalhar junto dela, até mesmo longe dela, em grande premier. Longos tempos na rodovia das dez até às duas da manhã.
Três.
E com tudo isso, precisei pensar em algo. Queria viver essa montanha russa com ela para o resto da minha vida.
Dois.
Não era apenas uma fase. Podia viver ao lado dela independente do dinheiro, do tempo, do lugar. Eu só queria tê-la em meus braços, afinal, ela era meu mundo.
Um.
Comprar o presente dela para gravar aquele momento foi a melhor escolha de todas que eu já havia feito em minha vida.
— Feliz Natal, meu amor! — Ela se virou para mim, passando seus braços em meu pescoço. — Eu não queria mais nada além de estar com você, em seus braços e na Disneyland. — Seus olhos estavam marejados.
— Feliz Natal, minha princesa, fico até feliz de a Disney não ter você. — Ela riu acanhada. — Mas preciso te dizer uma coisa muito importante, que pode, sim, mudar tudo, principalmente esse Natal.
— O que aconteceu?
. — Me ajoelhei, tirando a caixinha do bolso do terno. — Você aceita ser minha esposa? — A abri.
— Sim! Meu Deus, sim!
Coloquei o anel de noivado em seu dedo, com todos aplaudindo o pedido aceito. Ao levantar, peguei ela no colo e a beijei. Sempre fui discreto, mas naquele momento não teria como não ser. O Natal todo precisava saber que havia dado o maior presente em minha vida. .


Continua...


Nota da autora: Eu sinceramente me apeguei com essa trilogia do Reeves e não sei como eu a fiz de uma forma tão natural. Ela é tipo aquelas bolas de neve, que você balança e vê tudo cair? Pois é... É exatamente assim que me sinto.
Alguns fatos na vida do Keanu Reeves colocados nesta trilogia foram incluídos para se moldar com o enredo da trilogia. Eu sei que parece clichê, mas colocar esse pequeno aviso acho que possa ajudar.

🪐


Nota da Beth Saturno: Que fofura esses dois. Keanu o último romântico, adorei! ♥

Se você encontrou algum erro de revisão ou codificação, entre em contato por aqui.
Para saber quando essa fanfic vai atualizar, acompanhe aqui.


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