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Codificada por: Cleópatra

Finalizada em: 08/08/2024


Jones tinha seus olhos na janela do trem enquanto avançava lentamente pelos campos verdejantes de sua cidade natal, Canterbury.
A turnê mundial com o McFly havia sido exaustiva, e Danny precisava desesperadamente de um tempo para descansar e se reconectar consigo mesmo. A vida de estrela do rock era imersa em emoções e aventuras, mas nada se comparava ao conforto e à familiaridade de onde tudo começou.
Enquanto suas íris azulada observavam a paisagem familiar passando do outro lado,ele refletia sobre como sua vida mudara desde que havia deixado Canterbury para perseguir seus sonhos musicais.
Danny amava sua carreira, sem dúvida alguma. Cantar nos palcos ao redor do mundo, conhecer fãs apaixonados, viver a vida de uma estrela do rock - era uma experiência incrível e única. Mas, em meio a todo o glamour e agitação, sempre sentia uma leve saudade.
Sentia falta das tardes preguiçosas passadas no quintal de sua casa, tocando violão enquanto o sol se punha. Sentia falta das risadas compartilhadas com sua família ao redor da mesa de jantar. E sentia falta dos amigos de infância, das brincadeiras nas ruas da cidade e das conversas intermináveis até altas horas da noite.
Aquela saudade constante o lembrava de onde pertencia de verdade, mesmo quando estava do outro lado do mundo, cercado por fãs fervorosos e holofotes brilhantes. Canterbury era mais do que apenas um lugar; era um pedaço de sua identidade, uma parte essencial de quem Danny Jones era.
E agora, ao estar de volta, sentia uma mistura de emoções - ansiedade, nostalgia e antecipação. Ele estava ansioso para ver sua família, para reencontrar os lugares que amava, para sentir o conforto reconfortante da cidade que sempre o acolhera de braços abertos.
Quando o trem finalmente parou na pequena estação, Danny desceu com sua bagagem e respirou fundo o ar fresco e familiar.
Era muito bom estar de volta.
Recolheu rapidamente sua mala, junto da case do violão que costumava levar sempre que ia para longe de seu apartamento em Londres e caminhou pela estação, até encontrar os rostos animados e sorridentes de seus pais há poucos metros de si.
— Mãe, pai. Senti saudades — disse, abrindo seus braços.
Kathy envolveu o corpo nos braços do filho e Alan os abraçou por cima.
— Daniel, meu filho! Não faz ideia de como esperei por você — Kathy respondeu.
— Parece que foi uma eternidade desde a última vez que te vimos.
Alan completou, bagunçando os cabelos do filho.
Danny sentiu um nó se desfazendo dentro de si enquanto abraçava seus pais. Era como se todas as preocupações e tensões da turnê se dissipassem no calor reconfortante de seus braços.
— Senti tanta falta de vocês. Mal posso esperar para passar um tempo juntos — Danny os olhava com os olhos brilhando de felicidade.
Kathy afagou as costas de Jones. Cada dia que passava a saudade de seu filho só aumentava.
— Nós também sentimos sua falta, querido. Temos tantas coisas planejadas para essa sua estadia em casa. Sua irmã já está te aguardando também.
— Vicky está aqui?! — perguntou, surpreso. Seu sorriso se alargou. — E ela nem me disse nada.
— Ela queria te fazer uma surpresa. Está ansiosa para te ver — explicou Alan, com um brilho divertido nos olhos.
Danny balançou a cabeça, rindo consigo mesmo. Sua irmã sempre fora assim, cheia de surpresas e espontaneidade. Ele mal podia esperar para vê-la. Enquanto seguiam em direção ao carro, Jones se sentia inundado por uma sensação de felicidade e gratidão.
Não havia lugar no mundo onde preferisse estar naquele momento do que ao lado de sua família, em sua cidade natal.

🎼❣️

O crepúsculo tingia o céu com tons dourados quando Danny e sua família se reuniram ao redor da mesa para o jantar. A casa estava iluminada por dentro e por fora, as luzes amarelas adicionavam um brilho acolhedor ao ambiente. O aroma de uma deliciosa refeição caseira pairava no ar, enquanto todos se acomodavam em seus lugares.
Danny sorria enquanto observava sua família, se sentindo grato por estar ali com eles. Kathy estava ocupada finalizando os últimos detalhes do jantar na cozinha, enquanto Alan brincava com o cachorro da família, o fazendo correr pela sala.
Vicky, sua irmã mais nova, estava sentada ao seu lado, com um sorriso travesso nos lábios.
— Então, Danny, nos conte tudo sobre a turnê. Alguma história maluca para compartilhar? — perguntou Vicky, com um brilho divertido nos olhos.
Danny riu, sabendo que sua irmã adorava ouvir suas aventuras na estrada.
— Bem, teve aquele dia em que o Tom decidiu fazer um salto mortal no palco e quase acabou caindo em cima do Harry. Foi hilário ver a expressão de pânico nos rostos deles! Tem no Youtube.
A gargalhada da família ecoou.
— Eu avisei que não era uma boa ideia, mas Tom nunca escuta ninguém. Vocês sabem como é — acrescentou Danny, sacudindo a cabeça em reprovação.
— Claro, porque você sempre segue todas as regras, não é mesmo, Danny? — provocou ela, com um sorriso malicioso.
Danny fingiu indignação, batendo de leve no ombro da irmã.
— Ei, eu sou um exemplo de comportamento impecável! Só porque você é a rainha da travessura não significa que pode me implicar.
Vicky rolou os olhos, revidando os socos no ombro do irmão.
Os dois continuaram conversando sobre coisas triviais até que Kathy entrasse na sala, seus olhos brilhando mais que de costume.
Ela parecia segurar uma informação emocionante.
— Danny, querido, tem alguém que está morrendo de vontade de te ver — anunciou Kathy, com um sorriso malicioso.
Danny ergueu uma sobrancelha, curioso.
— Quem é? Mais um fã querendo um autógrafo? — brincou ele.
Kathy riu, sacudindo a cabeça.
— Não exatamente. É alguém que você não vê há muito tempo… .
O coração de Danny deu um salto em seu peito. . Sua vizinha e amiga de infância. Aquela que ele tinha um crush desde que era criança. Eles tinham compartilhado tantos momentos juntos antes dele se tornar famoso, mas Jones nunca mais a tinha visto desde então. estava ali, na casa de seus pais, depois de todos esses anos. Sentiu uma mistura de emoções - surpresa, nervosismo, excitação. Tantas lembranças antigas vieram à tona em um turbilhão de sentimentos.
A risadinha de sua irmã quebrou o silêncio, trazendo-o de volta ao presente. Ele lançou um olhar divertido para Vicky, tentando disfarçar o que estava sentindo.
— Olha. Ficou até sem palavras.
— Ah, cale a boca, Vicky. Não seja tão dramática — fingiu indiferença.
Vicky apenas riu ainda mais, claramente se divertindo com a situação.
Danny não demorou e logo se levantou da mesa, decidido a enfrentar suas emoções de frente. Não podia continuar evitando , especialmente agora que ela estava ali, tão perto.
— Bom, acho que vou dar uma olhada lá fora. Pegar um ar… — murmurou, tentando soar casual.
Seus pais trocaram um olhar significativo, mas não disseram nada. Vicky se limitou a colocar a mão na boca para esconder a risada.
Danny sentia seu coração tamborilar tão frenético que podia jurar que qualquer pessoa pudesse ouvir.
Respirou fundo, tentando acalmar os nervos enquanto se dirigia para a porta da frente. Cada passo parecia pesado, como se estivesse carregando o peso de todas as memórias e emoções que compartilhava com .
Ao sair para o jardim iluminado pela suave luz da lua, Danny viu sentada no balanço, balançando suavemente para frente e para trás. Seu coração deu um salto quando seus olhares se encontraram, e sentiu um formigamento percorrer sua pele.
?
Ouviu sua própria voz, como se não tivesse controle de seus atos e só então se deu conta que a havia chamado pelo apelido.
ergueu os olhos para encontrá-lo, um sorriso tímido brincando em seus lábios enquanto ele se aproximava.
— Danny.
Jones sentiu um calor se espalhar por seu peito ao ouvir seu nome pronunciado por ela. Era como se todos os anos que passaram desde que se viram pela última vez se dissolvessem em um instante, deixando-os apenas com a essência de sua conexão.
Deu alguns passos na direção dela, se sentindo como se estivesse sendo puxado por uma força magnética irresistível. Cada movimento era cuidadosamente calculado, mas ao mesmo tempo totalmente instintivo.
— Eu... Eu não esperava te encontrar aqui — sua voz soava um pouco rouca pela emoção que sentia.
sorriu, um brilho nos olhos que ele reconheceu imediatamente. Deu espaço para que Danny sentasse a seu lado.
— Parece que as notícias correm rápido por Canterbury — brincou, o empurrando levemente pelo ombro. Danny sorriu. — E eu queria te ver. Precisava te ver.
confessou, sua voz suave e melodiosa como sempre.
O silêncio entre eles era quase tangível, carregado com anos de histórias não ditas e emoções não expressas. Era como se o tempo tivesse parado naquele momento, os permitindo mergulhar na profundidade de sua conexão.
Danny se sentiu submergir naquele momento, perdendo-se nos olhos de , na suavidade da noite ao redor deles. E então, como se fosse a coisa mais natural do mundo, Jones estendeu a mão em direção a ela, oferecendo um gesto de proximidade e vulnerabilidade.
— Você fez uma falta enorme, . Todo esse tempo.
Murmurou. Sua voz era carregada de sinceridade e emoção.
tinha seus olhos castanhos brilhantes sobre Danny.
— Eu também senti sua falta, Danny. Mais do que pode imaginar — disse.
O coração de ambos batia freneticamente rápido. Danny conseguia se lembrar do sentimento ingênuo de ter seu primeiro amor por perto, assim como se recordava do mesmo.
Jones então, não esperou ou pensou em qualquer outra coisa. Deixou seu braço ir em direção ao ombro de e a puxou para um abraço apertado, perdendo-se um no outro como se fossem as únicas duas pessoas no mundo.
Não havia mais espaço para dúvidas ou reservas, apenas a certeza de que, apesar de tudo, o que sentiam um pelo outro nunca havia desaparecido.
Mesmo anos depois.
— Acho que temos muito o que conversar — resmungou, contra o peito de Danny. O perfume do rapaz a deixava embriagada. Se afastou minimamente, ainda próxima o suficiente para observar com detalhes como os olhos de Jones permaneciam tão lindos e claros como se lembrava. — Quer dar uma volta?
Danny sentiu o coração pulsar com força diante da proposta da mulher.
Olhou em seus olhos se perdendo facilmente no rosto delicado e lindo de .
— Eu adoraria dar uma volta com você, .
Deu uma piscadela e a ouviu rir.
Não havia risada mais bonita e gostosa que a de .
E Danny não podia estar mais grato por estar em Canterbury depois de tanto tempo.



Fim.


Nota da autora: Oi, pessoal! Cheguei com uma nova shortfic para vocês! Espero que tenham gostado e não esqueçam de deixar um pequeno feedback com o que acharam!
E para quem se interessar em outras histórias minhas, o link da minha página de autora vai estar logo aqui embaixo. Um beijão a todas, e volte sempre <3
Página de autora (Isy) - https://ficsverse.com.br/autoras/isy.html

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