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Revisada por Aurora Boreal 💫
Finalizada em: Janeiro/2025

2023

Lewis pegou a taça de vinho espumante em cima da mesa e bebericou o restante do Moet enquanto escutava a voz aveludada dela ao narrar uma história engraçada da época da faculdade. A parte mais engraçada era que acabava não concluindo as próprias frases. — Então, ela… — A mulher parou para dar mais uma risadinha, cobrindo o próprio rosto. — Ai, desculpa.
— No seu tempo — Lewis brincou, estava adorando vê-la desse jeito, tão espontânea.
Antes que pudesse tentar prosseguir com a história mais uma vez, um garçom se aproximou da mesa deles, tinha um sorriso nervoso no rosto quando disse:
— Perdão, senhores — ele começou, arranhando o inglês. — Nossa casa já estendeu um pouquinho o horário para o casal, porém, precisamos fechar…
Os dois olharam ao redor e, só agora, perceberam que não tinha mais ninguém ali.


ajustou o ponto eletrônico ao redor da orelha, arrumando os cabelos cacheados por cima dela ao observar as equipes oficiais do Grande Prêmio de São Paulo trabalhando incansavelmente ao fim do terceiro e último dia do evento; aquele era o terceiro ano dela participando do time com esse nome, tendo estagiado no evento quando era “Grande Prêmio do Brasil” em 2019, e o primeiro coordenando a equipe de marketing, o sonho que a garotinha que sempre amou a F1 nunca achou que fosse realizar.
A diretora sempre tinha sido apaixonada pelo esporte, assistia as competições sempre que podia e visitava o autódromo quando seu salário permitia. Ela jamais imaginou que conseguiria juntar a profissão que havia escolhido para si com uma paixão tão antiga, mas aquelas três edições em que trabalhou tinham provado que podia ser surpreendida, mesmo que se considerasse uma pessoa destinada a uma jornada comum como qualquer outra.
Naquele ano, a responsabilidade do trabalho tinha aumentado, porém, com os elogios recebidos dos coordenadores de outras equipes e do próprio CEO do GP, sabia que estava lidando com todos os desafios de forma excepcional.
Por isso, o leve nervosismo denunciado pelas caminhadas constantes pelo prédio ocupado pela equipe e as tentativas falhas de remover o próprio esmalte das unhas — alguém sempre a interrompia antes que pudesse mesmo arrancar a camada tão perfeitamente polida de preto que sua manicure tinha tido tanto trabalho para ajustar — e os momentos em que parecia sumir não faziam tanto sentido para os outros membros da equipe.
O que o time de marketing não sabia era que a causa do nervosismo da diretora possuía nome, sobrenome e tinha acabado de prestar uma homenagem de encher os olhos de lágrimas para Ayrton Senna: Lewis Hamilton.
Um inferno de homem que, infelizmente, ela não conseguia tirar da cabeça. Tinha feito um bom trabalho ao se esconder dele por todo tempo em que dividiram o espaço do autódromo, sempre escapando para outro lugar quando Hamilton estava prestes a entrar, e ignorando as mensagens que chegavam em sua DM, amaldiçoando-se por ter compartilhado o perfil com o piloto no ano passado.
conseguiu fugir dele pessoalmente, porém, ainda tinha que ver o lindo perfil que conhecia muito bem durante todos aqueles outros dias através das câmeras e dos materiais que seus designers faziam para as redes do evento, algo que não ajudava em nada a ignorar os momentos vividos no ano passado.
Conforme as imagens de Hamilton erguendo a bandeira brasileira e sendo recebido com louvor pelos fãs passavam nas várias telas utilizadas pelo time de marketing, as famosas e pouco desejadas memórias de guerra passavam por seus olhos como se estivesse ali.

2023.

ajustou o crachá no pescoço e observou o próprio reflexo no espelho novamente. Era a segunda vez que estava trabalhando como parte da equipe de marketing do GP, porém, sentia que jamais iria se acostumar a estar ali, naquele mundo completamente diferente do seu, mas que, de certa forma, pertencia e estava com ela há tantos anos.
Aproveitando que estava sozinha no banheiro, deu uma voltinha com os braços abertos para checar se não estava suando terrivelmente (era a sensação que tinha) e, confirmando que era só impressão, saiu do banheiro cantarolando baixo para si mesma a música que a lembrava da F1, a trilha sonora para brasileiros campeões.
Porém, olhava para as próprias roupas e não notou que outra pessoa passava por ali no mesmo instante, percebendo apenas quando seu corpo foi de encontro a outro com força.
quase tropeçou em uma das pernas uniformizadas, sendo rapidamente contida por mãos fortes em sua cintura.
— Ai, meu Deus, perdão — ela disse, a voz começou a falhar quando olhou para cima e viu um de seus pilotos favoritos.
Puta merda? Era caso de demissão esbarrar em um piloto?
— Achei que tinha aprendido algo em português, mas acho que me enganei — Lewis Hamilton disse com um tom brincalhão, abrindo o sorriso mais lindo que ela já tinha visto. — Desculpe, querida, não estava olhando para frente.
— Que isso, eu que peço desculpas. — repetiu o pedido, agora em inglês, afastando-se do piloto e se recompondo. — Saí totalmente avoada dali.
— Não se desculpe, a culpa foi totalmente minha. — Hamilton exclamou, sorrindo novamente para ela, apontando para o celular que tinha em uma das mãos. — Parecia bem feliz, se a vozinha que eu escutei cantarolando era sua.
Nossa, que merda.
deu uma risadinha sem graça, sem saber o que dizer frente a frente e sozinha com o piloto inglês.
— Eu estou meio que vivendo um sonho aqui — ela disse, sorrindo de volta. — Por isso, a tendência a passar vergonha aumenta.
Lewis deu uma risada, achando o embaraço dela engraçado, combinava com o rosto bonito e angelical que a mulher possuía.
Agora, ele tinha mais um plano além de ir bem em um dos seus GPs favoritos: conhecer a garota de cabelos cacheados melhor.

Mais tarde, enquanto caminhava pelo estacionamento do autódromo em direção ao carro para descansar após mais um dia de trabalho intenso com a chegada antecipada dos pilotos ao país antes do evento em si, ouviu seu nome ser dito de uma maneira meio estranha.
Ao virar para trás, percebeu que uma mulher sorridente carregava um lindo e sutil buquê de gérberas e orquídeas.
— Eu? — decidiu confirmar, já que nunca tinha visto a mulher antes.
— Você mesma, querida — ela disse, sorrindo ainda mais. — Sou Lucy, trabalho com o sr. Hamilton e ele pediu que eu te entregasse essas flores como pedido de desculpas pelo esbarrão mais cedo.
, tentando disfarçar a surpresa e falhando completamente, pegou o buquê oferecido por Lucy.
— Ah, muito obrigada — ela agradeceu, notando o cartãozinho preso à embalagem de papel pardo que envolvia as flores.
A mulher sorriu de novo e saiu, deixando-a com um rostinho meio bobo ali no meio do estacionamento.

se amaldiçoou por ficar ali parada lembrando dos sorrisos trocados, os olhares demorados que faziam sua pele esquentar e as noites no hotel cinco estrelas que ele estava hospedado depois de um jantar em um restaurante caro que ela nunca tinha nem ouvido falar, mesmo morando na cidade há anos.
A mulher suspirou, rememorando a pele arrepiada enquanto a boca dele percorria seu pescoço, dos sons que ele fez quando as mãos dela tocaram em todas as partes mais desejosas do seu corpo em meio aos lençóis de infinitos fios do hotel.
Havia escapado durante aqueles dias, porém, tinha a forte sensação de que não conseguiria o mesmo hoje.
voltou a si ao ouvir a voz de uma das estagiárias lhe fazendo uma pergunta, a mulher se aproximou, auxiliando-a com toda atenção antes de avisar a equipe que buscaria um café, perguntando se algum deles gostaria de algo do catering oferecido naquele dia. Com a negativa, ela saiu da sala reservada ao time de marketing, balançando levemente a cabeça para afastar os pensamentos que não a levariam a lugar nenhum.
Nunca deveria ter saído com ele ou parado em sua cama, Hamilton estava ali uma vez por ano, eles não entraram em contato fora o pré-GP ou o evento em si, e ela tinha certeza de que Lewis tinha outras mulheres incríveis ao seu lado sempre, enquanto nenhum outro que tinha passado por ela naqueles meses pós GP 2023 havia chegado aos pés do piloto.
movimentou a cabeça para a esquerda e para direita, tentando tirar a tensão do pescoço, tão focada em esquecer Hamilton que não percebeu que havia passado ao lado de uma sala, onde ele conversava com algumas pessoas responsáveis pelo andamento do evento no Brasil. Os olhos atentos do britânico automaticamente reconheceram a bela silhueta da mulher caminhando até a sala de catering, tinha procurado por ela durante todos os momentos livres no autódromo, notando que o ignorava de propósito, visualizando as mensagens no Instagram sem respondê-las.
Lewis Hamilton pediu licença aos participantes da conversa, alegando que precisava beber um café após aquele momento especial de homenagem a um de seus ídolos no esporte, não hesitando em seguir aonde quer que ela estivesse indo, precisava saber o que tinha acontecido, observava como o corpo dela ficava perfeitamente moldado pela calça jeans quando acelerou os passos para alcançar a mulher, até entrar na mesma sala que ela, felizmente vazia, e fechar porta logo depois.
O piloto não conseguia deixar de pensar que tinha exatamente o mesmo rosto doce que ele havia conhecido na primeira vez que a havia visto.

Primeiro dia do GP de São Paulo, 2022.

Lewis amava aquele lugar com todo o seu coração, tinha um carinho enorme pelos brasileiros e uma paixão pelo autódromo-casa de um de seus ídolos.
O piloto observava o local com um sorriso no rosto, até perceber uma mulher de cabelos cacheados se abaixar para conversar com uma garotinha que parecia perdida.
— Oi, tá tudo bem com você? — ele a ouviu dizer no que supôs que era português, reconheceu uma coisa ou outra.
As duas trocaram outras palavras baixinho, a maioria ele não entendeu, porém, conseguia ver claramente o medo ser substituído por uma expressão tranquila e animada nela quando a mulher disse algo no walkie-talkie preso na cintura.
A mulher fez algumas perguntas para ela até a garotinha imitar os sons de uma música que ele sabia que tocava tocava na TV toda vez que um brasileiro ganhava a corrida. A mais velha deu uma risada gostosa e Hamilton se pegou sorrindo sozinho com aquilo, sendo interrompido por um membro da Mercedes que o chamava para seguir com os compromissos do dia.
A tensão das corridas e a falta de tempo não permitiram que ele a visse novamente pelos corredores, porém, tinha ficado extremamente feliz em reconhecê-la ao esbarrar com ela no ano seguinte.

2023.

Depois que se afastaram, algo dizia que não poderia deixar a mulher escapar novamente, por isso, enquanto se preparava para os compromissos que todos os pilotos tinham que cumprir antes do GP de fato, tratou de pedir que algumas pessoas da equipe descobrissem quem era ela.
Quando voltaram, menos de cinco minutos depois, com um nome lindo que ele pouco conhecia, e com um significado maravilhoso (é claro que ele tinha pesquisado), pediu que flores específicas que ele, como um bom cavalheiro, tinha escolhido a dedo, fossem encomendadas da melhor floricultura da região e entregues à quando o expediente acabasse, a fim de não constrangê-la publicamente e preferisse que gestos como aquele fossem feitos de forma privada.
Principalmente porque Lewis queria que a mulher soubesse que o buquê havia sido presente dele.
Gérberas, que costumavam remeter, na linguagem das flores, ao amor à primeira vista porque tinha se encantado nela logo de cara, completando o buquê com orquídeas, que davam intenções sobre o prazer de amar.
Sorriu ao ver a foto enviada da floricultura para o celular de uma das pessoas de seu time.
— Exatamente essas, pode comprar — ele disse, esperando que aquele buquê pudesse acender o início de algo com . — Pede um cartão também, por favor, quero escrever algo.

A diretora automaticamente virou a cabeça na direção do barulho, os adoráveis olhos castanhos e o rosto bonito dela encontraram o sorriso divertido dele.
— Finalmente te achei — o piloto disse com aquele tom baixo e sensual de flerte que tinha usado com ela desde o dia um.
A mulher com certeza tinha pensado que talvez não conseguisse se esconder dele para sempre, tendo bolado diversas estratégias sobre o que dizer quando finalmente o encontrasse, porém, nenhuma delas saiu de sua boca naquele momento.
— Por que se escondeu de mim, meu amor? — ele perguntou, aproximando-se lentamente. quis pegar aquela garrafa de vidro de água em cima da mesa repleta de bebidas à direita e bater na própria cabeça com ela por se derreter tão facilmente com um “my love” saído dos lábios do britânico.
— Ah, muito trabalho nesses dias — ela mentiu, sorrindo brevemente para ele, para disfarçar o nervosismo. — Acho que acabamos nos desencontrando.
— Minhas mensagens se desencontraram de você também? — ele continuou o questionamento, cruzando os braços enquanto seus olhos se moviam por todo o rosto dela, a brasileira tinha uma expressão angelical quase sempre, mas ele sabia o que os diabólicos lábios dela podiam dizer e fazer quando estavam a sós.
— Eu juro que ia responder — ela mentiu de novo, sentindo-se muito mais corajosa para ignorar do que para ser confrontada pelas próprias escolhas.
— Não sentiu minha falta? — Hamilton disse, parando bem em frente à mulher, aproximando os dedos para retirar uma mecha cacheada do rosto dela. — Eu senti muito a sua.
— É bom te ver de novo — ela respondeu, encantada pela proximidade dele, porém, sabia que não podia se dar ao luxo dela novamente, fingindo que não tinha guardado os cartões dele e que abria a gaveta e os lia toda noite.
— Só isso? — ele sussurrou, meneando a cabeça para o lado e suspirando levemente próximo ao pescoço dela. — Gostou do presente que te dei, hm?
sorriu brevemente, lembrando que, assim que foi embora, o piloto havia mandado entregar outro buquê de flores em sua casa, junto com aquele perfume da Chanel que ela usava agora. Agora, com os olhos fixos nos dele, quem queria enganar? Tinha escolhido o perfume a dedo, esperando que o atraísse mesmo em meio a contradição de fugir do piloto.
— Acha que caiu bem em mim? — ela perguntou, sentindo-se um pouco mais confiante para flertar de volta.
Hamilton colocou uma das mãos na cintura dela, usando o impulso para aproximar o rosto do pescoço dela novamente, dessa vez grudando a ponta do nariz na região, sua respiração quente arrepiando a pele da brasileira conforme ele capturava o cheiro dela, segurando-se para não beijá-la.
— Muito bem, meu amor. — Ele subiu os lábios até sussurrar no ouvido dela. — Feito para você.
colocou uma das mãos ao redor do pescoço dele, aproveitando a oportunidade que ele havia dado para conectarem seus corpos, ela conseguia resistir pouquíssimo ao tê-lo tão perto assim. O toque automaticamente o relaxou, ajudando a tirar um pouco da tensão da competição, Hamilton passou os olhos atentos pelo rosto dela, notando como tinha ficado ainda mais bonita nesses meses em que não a havia visto.
— Queria ter ficado mais na última vez — ele exclamou, acariciando a bochecha dela com os dedos, quase como um pedido de desculpas. — Duas noites com você não foram suficientes para mim.
— Foi tão especial assim para você? — ela perguntou, curiosa sobre os sentimentos dele com relação ao que tinham vivido.
— Amor, não existe alguém como você — ele respondeu, acariciando a cintura dela enquanto uma das outras mãos passeava pela mandíbula dela com delicadeza. — Não esqueço nem por um dia…
desceu uma das mãos até o tórax dele, movendo os dedos para cima e para baixo sob o uniforme branco com um sorrisinho desconfiado.
— É meio difícil acreditar — ela brincou, sorrindo maliciosamente para o piloto.
— Tenho como provar que é verdade… — Lewis sussurrou próximo ao ouvido ao colocar uma das mãos na nuca de , afastando parte do cabelo dela para trás.
— E como você pretende fazer isso? — a diretora questionou, passando as mãos carinhosamente pela nuca do piloto.
— Estacionando uma Mercedes na frente do seu prédio mais tarde… — Hamilton começou a dizer, beijando próximo a orelha dela. — Que vai te levar para aquele hotel que nós dois conhecemos muito bem… — Beijou o maxilar dela. — E provando o quanto eu senti sua falta a noite toda.
deu uma risadinha, sem perceber que aquilo fez o piloto sorrir enquanto acariciava suavemente o pescoço dela.
— Não sei, não — ela provocou, fingindo dúvida sobre a proposta do piloto. — Faz tanto tempo, né? Será que vale a pena?
— O quê? — Hamilton fingiu ofensa, colocando uma das mãos sob o peito. — Assim você me machuca, .
se aproximou suavemente, inclinando-se para sussurrar no ouvido dele:
— Preciso de um test drive para ter certeza. — Ela beijou abaixo da orelha dele, descendo os lábios até alcançar o pescoço. Lewis sorriu, fechando os olhos ao suspirar com o contato da boca que tinha sentido tanta falta naqueles meses.
O piloto não estava mentindo quando disse que não conseguia esquecê-la, o momento que flertou com a primeira mulher depois dela — algo que demorou consideravelmente para acontecer — foi completamente diferente para Hamilton. Parecia que tinha algo faltando na conversa, nenhuma delas respondia da forma carismática e autêntica como tinha feito no jantar maravilhoso que compartilharam, muito menos pareciam acender o fogo que ela tinha acendido naquelas duas noites juntos.
E é claro que, como todo homem, Lewis ficou assustado e, ao invés de procurá-la, decidiu mentir para si mesmo.
E, é óbvio, o britânico não conseguiu fugir das lembranças ao pisar em solo brasileiro novamente.
— Sou todo seu — ele sussurrou de volta, entregando-se não só ao test drive, mas a todos os desejos que tinha escolhido ignorar por praticamente um ano.
— É isso que eu gosto de ouvir — ela murmurou, antes de beijar o pescoço dele com uma suavidade que Hamilton não sabia que gostava até sentir pela primeira vez, o toque dela era certeiro e suave, sempre atingindo seus pontos fracos, como se soubesse exatamente onde eles ficavam antes mesmo de conhecê-lo. — Continua gostoso.
Hamilton soltou um leve grunhido involuntário com a última frase, apertando a cintura dela ao sentir os beijos subindo pelo maxilar até alcançarem seus lábios. Normalmente, esses encontros casuais eram todos sobre o que vinha depois de muitos beijos; com ela, Lewis sabia que era diferente, quando os lábios macios tocaram os seus, sentiu os ombros relaxarem e o próprio corpo se entregar à ela enquanto aprofundava o contato.
Com , era sobre cada pequeno momento, dos olhares demorados ao sorriso discreto, dos carinhos no cabelo até as risadas altas no restaurante caro e silencioso demais para os dois, dos beijos suaves aos provocativos, de subirem de mãos dadas no elevador até segurar a mão dela abaixo da dele na cama.
Ali, beijando-a como se nunca tivesse feito aquilo antes, lenta e provocativamente, percebeu que, talvez (só talvez), gostasse mais dela do que dizia para si mesmo, principalmente quando o beijo se intensificou e confirmou que nenhuma outra boca se conectava tão perfeitamente com a dele quanto a da brasileira. Sorriu em meio aos beijos, sem conseguir controlar a própria euforia.
— Então… — o piloto disse, quando eles se afastaram brevemente, acariciando o rosto dela. — Fui aprovado?
— A que horas devo estar pronta? — ela perguntou, abrindo o sorriso mais lindo que ele já tinha visto.
— Quando você quiser — ele sussurrou, beijando a região próxima ao ouvido . — O carro vai estar na sua porta assim que você chegar em casa.
olhou levemente espantada para ele, se ela demorasse cinco horas, ficariam esperando todo esse tempo?
— Você merece o meu melhor — ele disse, sorrindo de forma sincera.
— Acho que o Brasil desperta o melhor de você — completou, lembrando da homenagem que o britânico tinha acabado de prestar.
— Talvez eu tenha que passar mais tempo aqui, sabe? — ele brincou, concordava totalmente com ela. — Sei lá, me deu uma vontade de conhecer mais dessa cidade.
— Vou adorar te mostrar cada pedacinho dela mais tarde — finalizou, notando como ele a olhou com desejo ao dizer a última palavra.
sorriu para o piloto, sabendo que os seus olhos o desejavam tanto quanto os dele.




Fim.


Nota da autora: Uma fic singela para uma pessoa incrível! Te adoro, Gi! <3

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