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Codificada por vênus. 🛰️
Concluída em: 24.11.2024

"A Festa do Ano!"
Esse é o slogan da festa que os quatro melhores amigos estão se arrumando para ir nesse momento, cada um em suas casas. será o responsável por buscar todos e ele foi o primeiro a ficar pronto.

– Já está pronto, ? – questiona ele ao mais novo. tem 33 anos e 31.
– Estou esperando o só. – responde ele que conversa ao telefone com o amigo. é o irmão mais velho de , o rapaz tem a mesma idade de .
– Já estou aqui embaixo. Não demorem!

desliga e coloca uma música para se distrair enquanto espera. Ajeita os cabelos, se vendo pelo retrovisor e cantarola a música que toca. Seu celular vibrou, visualizou na tela o nome dela e sorri involuntariamente. É uma mensagem de texto.

Já estou pronta, . Não demorem!
P.s.: Sei que não é culpa sua. e parecem noivas se arrumando. Aff

Beijos, "

é melhor amiga, a quarta integrante do quarteto de amigos que nunca se separaram desde a infância. é a mais nova dos quatro com 30 anos. Por isso, e por ser a única mulher, a tratam como um bebê. Ela se irrita com tanto cuidado, mas não nega que gosta e muito. Quase meia hora depois, e aparecem na porta do prédio deles. buzina e eles atravessam a rua.

– Chegaram cedo para ontem, donzelas! – zomba assim que os irmãos entram no carro.
– Ah, . Preciso estar bonito hoje, preciso de uma namorada. – diz , vaidoso e se olha no espelho da frente do carro, onde está. senta no banco de trás.
– já está pronta há mais de meia hora e deve estar nos amaldiçoando. – revela e dá a partida no carro. ri e diz:
– Por isso senti umas coisas estranhas ainda a pouco.

Todos riem e segue o caminho para casa de que fica próxima ao ferro-velho onde será a festa que eles vão. No caminho, manda uma mensagem para a amiga avisando que estão chegando.

– Ela disse que vai nos matar, mas como ela sempre diz isso, eu ignorei. – ri do comentário e estaciona o carro do outro lado da rua do prédio da moça.
– Avisa que estamos aqui. – comenta . faz o que ele pede. olha para o , que veio todo caminho digitando em seu celular e soltando risadinhas abafadas. – Quem é a gata?
– Oi? – está distraído, olha para o amigo que tem um sorriso malicioso no rosto. – Estou tentando garantir a parte do "preciso arrumar uma namorada". – explica o rapaz.
– Toda semana você diz isso. Até hoje nada.
– Dessa vez, é sério. E ela tem amigas solteiras, depois te apresento.
– Primeiro você precisa arrumar a namorada, depois falamos disso! – dá de ombros e volta sua atenção para a tela do celular. olha distraído para o portão do prédio de e a viu saindo dele. Involuntariamente, sua boca se abriu. – Wow!
– Que foi? – pergunta e olha na mesma direção do amigo. Seu queixo também cai. – Meu Deus, que… essa é a mesmo?
– Que houve? – também mexe no celular e olha na direção que todos estão olhando. O mesmo efeito se repete. – Caralho! Que espetáculo de mulher!

caminha em câmera lenta. Espera, isso não é possível, mas para os três que estão no carro, é assim que ela anda. usa uma blusa curta branca, que deixa à mostra seu umbigo; uma meia arrastão com um short jeans curto; um tênis preto e traz nos braços uma jaqueta de couro preta. Os cabelos da moça estão soltos, sendo bagunçados pelo vento que faz essa noite, mas na frente tem uma trança em um dos lados, como um detalhe. Os rapazes mal têm palavras para expressar o que sentem nesse momento. Eles sempre a acharam linda, mas a tratam quase como uma irmã. Porém, quando se arruma dessa forma, eles se questionam, cada um em seu interior, se o que sentem por ela é realmente amor de irmão, amor de amigo.
abre a porta traseira, entra e senta-se ao lado de , fechando a porta em seguida. O som da porta se fechando desperta os três do transe.

– Dessa vez vocês se superaram no atraso. Não falem comigo até chegarmos na festa! – ela diz com a cara amarrada, cruzando as pernas. derruba seu olhar nas pernas da moça, não conseguindo evitar tal reação.
– , vem para frente! – diz para o irmão.
– Mas nem que você me pagasse, irmão. – sorri vitorioso.
– Vai ter volta! – reclama e se vira para frente.

dá a partida novamente e arranca com o carro. Logo eles chegam à festa. E que festa! O lugar é grande e ainda cheio de carros, porém foi arrumado para que haja um grande espaço para uma pista de dança. O DJ já toca uma música alta e já tem pessoas lá.
Passa das 22h.

[...]


No que seria dito como o ápice da festa, os quatro amigos já embriagados o suficiente, dançam freneticamente na pista de dança lotada. O calor das pessoas os faz suar. Os rapazes fazem uma espécie de cerca humana em volta de , que a todo momento era galanteada por homens loucos por beijar a moça. Porém, tudo que ela quer hoje é beber e dançar com seus amigos. Mais nada.
O lado ruim de beber para , é ter que ir sempre ao banheiro. Em uma de suas idas, que não é percebida pelos amigos, é abordada por um homem que logo agarra seu braço e a puxa para parede atrás do banheiro químico que há ali.

– Me solta, cara! – grita ela e debate-se nos braços dele. o empurra, usando muita força, mas ele a agarra de novo. Não demora muito e o corpo dele foi puxado para trás.
– Tire suas patas dela! – aparece e desfere um soco na cara do homem. Alguns socos trocados depois, o homem vai embora, vai ver como a amiga está.
– Estou bem, . Ah, meu amigo, seu rosto! – ela toca no rosto dele que geme de dor. – Desculpa!
– Está tudo bem, .

Ele sorri e sente um desejo forte dentro dele. Um desejo que está sentindo desde que viu caminhar até o carro mais cedo. Ele chega mais perto dela e a empurra direto na parede.

– ! - exclama ela e o olhou assustada. – O que está fazendo?
– Algo que quero fazer faz tempo. – segura o rosto dela com uma das enormes mãos e com a outra puxa a cintura dela para mais perto. Ele encosta seus lábios nos dela e a beija com ferocidade.

Após o beijo, ofegantes, ele se afasta dela pedindo desculpas e vai embora. Deixando-a sozinha. acaba de beijar ela e a moça estava em êxtase, querendo provar mais do gosto da boca do amigo. Sempre tentou negar, mas ela sempre sentiu uma atração muito forte pelo rapaz. Ele, além de lindo, assim como os outros amigos, é sexy e galanteador. Algo nele a hipnotiza e ela não sabe dizer o que é exatamente. Tudo que faz atrai como um ímã. E ela nem se esforça em resistir.

[...]


Na pista de dança, e aguardam um pouco afastados, a volta dos demais. Dando goles e mais goles em sua bebida, inicia o diálogo que tirará do sério – o que era bastante raro.

– Quando a voltar… – inicia , embolando a língua para falar, mas as palavras saem compreensíveis – Eu vou pedir para ficar com ela! – o encara de imediato.
– Você não pode beijar ela! – a irritação dele é visível. Sua respiração se altera rapidamente e suas mãos se enrijecem, quase amassando a lata de energético que tem em uma das mãos.
– Por que não, ? – abre e fecha os olhos, tentando fazer a imagem de se focar.
– Porque ela é nossa amiga, seu idiota! – a voz de sai alterada, quase em um grito.
– E daí? Ela é linda e ambos estamos solteiros. Não vejo motivo para não fazer isso.
– Você não vai beijar a ! – repete , alterado. bebe mais um pouco de sua bebida.
– Vai me dizer que não ficaria com ela?! – desafia encarando o amigo. pigarreia.
– Essa não é a questão! – diz, desviando do assunto.
– Qual é então?
– Não vou discutir isso com você...
– Então, ok. Vou procurar por ela e beijá-la.
– Ah, mas não vai mesmo!

Num movimento rápido, puxa pelo ombro e soca a cara do amigo, derrubando sua bebida no chão. põe a mão no rosto, surpreso, e dá um murro no queixo de . A briga está instaurada. Eles trocam socos e rolam no chão sujo e empoeirado. As pessoas ao redor separam a briga, segurando os dois longe um do outro. sai dali e vai respirar um pouco. Como pôde perder o controle dessa forma? Como pôde bater em ? Ainda mais por causa da ! Os três fizeram um acordo de nunca disputarem por ela, é amiga deles e eles prometeram nunca, sob nenhuma hipótese, disputar por ela. Mas pelo visto, essa promessa já havia sido quebrada.

– ! – a voz surpresa de assusta o rapaz, que a encara. Seu rosto dói pelos socos que levou – O que é isso no seu rosto? – ela já está voltando para encontrar os amigos, ainda desnorteada com o beijo em . Chega próxima a e vê a vermelhidão no rosto dele. Quase roxo.
– Não foi nada de mais, . – ele dá um sorriso amarelo. o pega pelo braço e puxa para um dos carros. – O que vai fazer? – pergunta, curioso.
– Shiu! Senta aí e fica quieto! – ordena ela, obedece e senta no banco da frente do carro que não possui porta. tira de sua bolsa uma caixinha branca com um símbolo vermelho em cima.
– Até isso tem na sua bolsa? – brinca , rindo.
– Tenho um kit de primeiros-socorros na bolsa porque conheço vocês! – diz ela e tira um pouco de gaze junto com um frasco que parecia ter remédio dentro. – Vai arder, desculpa. – dá de ombros. molhou a gaze com o líquido do frasco e passa de leve no canto da boca de , que gemeu um pouco.
– Mas eu não sou de brigar, … – lembra ele, enquanto se segura para não chorar de dor. Sua ferida arde muito.
– Mas se machucaria separando a briga dos irmãos esquentadinhos! – ela ri com o comentário e ele a acompanha.
– É verdade! – terminado o serviço de enfermeira, sorri para ele.
– Foi o ou o ?
– Hm? – resmunga, distraído.
– Qual dos dois brigou para que você precisasse separar? – esclarece.
– Ah… – obviamente que não falaria que brigou com só porque ele cogitou a possibilidade de beijar . Sente vergonha de si mesmo por isso – O brigou com um cara. Mas já está tudo bem! – não é mentira. Não omitiu que estava envolvido, só não mencionou com quem brigou. E nem mencionará.
– não tem jeito… – revira os olhos e guarda a caixinha de primeiros-socorros de volta na bolsa. levanta e seu corpo fica muito próximo ao dela. – Ainda está cheiroso, . Que cheiro bom! – comenta ela, sem segundas intenções. O cheiro dele ainda está bom, mesmo após horas dançando e bebendo, mesmo com toda a poeira que está grudada no corpo dele.
– Você também está muito cheirosa, . – diz ele, o coração pulando dentro do peito. Ele nem pensa duas vezes ao fazer o que pretendia a seguir. – Me desculpe por isso. – abraça ela e a beija. , ainda de olhos abertos, resiste ao beijo. Porém, isso só dura dois segundos, logo ela está rendida nos braços aconchegantes de . Depois do beijo, ela o olha confusa. – O que foi?
– É estranho... Somos amigos e...
– Se fosse o seria estranho? – questiona, de repente.
– Como assim? – por um segundo, acha que ele viu o beijo entre ela e .
– Se o te beijasse seria estranho?
– Não sei, , por que isso? O que o tem a ver?
– Eu sei que você sente atração por ele, está mais que claro. – o tom dele tinha um quê de mágoa, ciúme. empurra o rapaz e sente o rosto esquentar de raiva.
– Eu não sei explicar, isso é confuso pra mim, . Nós somos amigos há anos e...
– Já entendi! – sem deixar ela falar, a interrompe. – Com o seria melhor, porque ele é mais bonito, mais garanhão. Eu entendo.
– Não é isso, … – ela quer dizer que isso não é mais importante para ela. Quer dizer que a atração que sente pelo não é suficiente para ela. Mas, está magoado demais para ouvir.
– Não sabia que era assim também, .
– Assim como?
– Que preferisse caras do tipo do ao invés de um que realmente te valorize. Não sabia que era uma vendida! – furiosa, dá um tapa no rosto já ferido dele.
– Não fale assim comigo! Idiota! Você estragou tudo, !

Furiosa e sentindo que iria chorar, ela sai correndo e o deixa sozinho, arrependido do que falou e com o rosto ardendo ainda mais. não segura as lágrimas.

[...]


Após beijar , sai correndo, confusa com o ocorrido e com raiva do amigo. De repente, ela passa por uma das montanhas de carros empilhados que havia ali e ouve gemidos e risadas. Ao se aproximar, não crê no que seus olhos estão vendo.

– … – sussurra ela para si mesma.

estava beijando outra mulher, ele se diverte passando as mãos pelos cabelos e por todo corpo da moça. Decepcionada, sai correndo novamente. Agora está com raiva de e . E pensar que ela chegou a achar que sentisse algo de verdade por ela. Ilusão. Sem olhar para onde ia, ela esbarra violentamente contra o peito de alguém e cai no chão.

– Desculpa! – grita ela e levanta o olhar.
– ?! – a voz de acalmou o coração dela. – Você está chorando, ? – ele ajuda a moça a se levantar. Ela cambaleia um pouco, a segura firme.
– …
– Vem comigo!

Ele apoia os braços dela em sua cintura e abraçou ela com firmeza. Caminham para uma outra pilha de carros. Com cuidado, senta a moça em um deles, no banco de trás, também não tem porta. Ela está trêmula, chora e mal consegue falar. senta-se no banco da frente, deixando a porta aberta, o banco não tem encosto, o que possibilita ele ficar mais perto dela e poder abraçar a moça, se necessário.

– … eu… – sussurra ela e para novamente.
– Você viu o , não viu? – olha para ele, o rosto de está sério, como a moça nunca o viu antes. As mãos dele repousadas sobre as próprias pernas estão fechadas e tremem levemente. – Estou cansado de te ver sofrer por causa do meu irmão. Cansado! – brada ele, ainda sem olhar para ela. Ao notar um possível descontrole por parte do amigo, se manifesta.
– Não briga com o , , eu lhe peço! Ele é seu irmão! – implora ela.
– Por ser meu irmão que eu o conheço bem e sei que ele está fazendo algo errado. Estou cansado disso, ! – vira o rosto para moça, os olhos dela vermelhos de tanto chorar, o rosto um pouco inchado e com a expressão cansada só fazem o rapaz sentir mais raiva do irmão. – Agora eu tenho vontade de matar ele!
– Não! – num impulso, dá um abraço nele e enterra o rosto no peito do rapaz. Sem reação imediata, apenas aspira o perfume dos cabelos dela. Tão cheirosa…
– … – ela levanta a cabeça, sem soltar ele, e o encara. Os rostos perto demais. já estava com vontade, explanou isso para . Foi justamente por isso que eles brigaram. – Que se dane!

De surpresa, beija com ferocidade. não queria, mas inconscientemente, compara o beijo dos irmãos. tem um beijo mais apaixonado, com mais desejo que o de , isso ela pôde notar logo de cara. aperta a cintura dela e puxa para mais perto. Ofegante, ele para de beijá-la apenas para empurrá-la contra o banco. Já deitada, o encara. passa para o banco de trás e fica em cima dela, uma de suas mãos apertando sua cintura e arrancando-lhe um gemido involuntário. Deixando o peso de seu corpo cair por cima dela, volta a beijar aquela boca que tanto desejou por anos. As mãos de dançam nas costas dele, bagunçando o moletom que ele usa, assim como os cabelos do rapaz. Arfando, desce uma trilha de beijos no pescoço dela. pensa em pedir para ele parar, mas por Deus, aquilo é tão bom! Está gostando tanto de estar ali com que logo a ideia foge de sua mente. Mas quem interrompe o clima quente que já havia se instalado no carro, é o próprio .

– Há algo errado, ? – questiona quase sem fôlego e num tom decepcionado.
– É melhor pararmos ou não vamos conseguir parar. – explica ele, também muito ofegante. Ele ainda está deitado em cima dela. – Você é tão especial, , eu não quero… não quero machucar você. – ela pensa em algo pervertido, de início, mas logo entende o real sentido do que ele acabara de dizer.
– Tudo bem, . Eu também não quero magoar você. Te gosto tanto. – ela passa o dorso da mão no rosto dele que fecha os olhos, curtindo o toque.
– É melhor voltarmos. – o rapaz abre os olhos, voltando à realidade.

Ambos suspiram frustrados e com calor. Poucos minutos de amassos foram suficientes para fazê-los perder o fôlego.
Rapidamente, os dois retornam e encontram e próximos à pista de dança, ambos bebem. pega uma garrafa de bebida e vai para a pista dançar. Ela quer esquecer-se de tudo: do beijo de , do beijo de , da decepção com beijando outra e do beijo de . Nada passa pela mente da moça, agora que está dançando, o corpo mexendo conforme a música. Ela bebe e dança de olhos fechados. O suor e a poeira que tomam conta do ambiente são o disfarce perfeito para as lágrimas que ela derrama, tímidas e controladas firmemente por ela. De longe, os três amigos, arrependidos de suas atitudes, observam a amiga dançar, rodopiando no próprio eixo e bebendo mais e mais. Um olha para o outro, os três olhares são de perdão por terem quebrado a promessa que fizeram há anos. Sabem que se os três prosseguirem com os sentimentos por ela, poderiam acabar perdendo a amizade deles.
Dando um sorriso amarelo, os três brindam, sem dizer nada e vão para a pista dançar ao lado da amiga. A noite começou intensa, prosseguiu conturbada, mas terminou de maneira gloriosa. Pelo menos, na visão deles será assim.

"Dança a noite toda e não para
Eu não quero deixar ninguém
Abaixe-se! Abaixe-se! Bem-vindo ao desfile noturno descolado!"
Night Parade, FLOW feat. Home Made




FIM.


Nota da autora: ACABOOOU! E aí? Não me matem, please! Kkkkk eu sei que ficou em aberto por quem a pp era apaixonada de verdade, mas a ideia era essa mesmo. Eu amei muito escrever esse plot (que bateu na minha mente assim que vi as fotos promocionais desse clipe) e eu quis sim botar a pp para ficar com os três, porque estava difícil escolher só um kkkk

Três revelações: 1- Os três eram apaixonados por ela!!! 2- Ela amava apenas um, o mistério tá justamente aí. 3- A continuação já tem nome e em breve será lançada, beijos.


Se você encontrou algum erro de codificação, entre em contato por aqui.


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