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Revisada por: Lightyear 💫

Última Atualização: 12/06/2025

A noite caía sobre Hogwarts com um frio que se esgueirava pelas frestas das janelas e fazia as tochas das paredes tremerem. O castelo, já silencioso depois do toque de recolher, parecia guardar segredos entre as sombras dos corredores intermináveis. Em uma das muitas salas vazias – que os alunos usavam mais para encontros secretos do que para estudos – , Penny Haywood e Rowan Khanna estavam reunidas. As três corvinas sentavam-se sobre almofadas velhas e um tapete empoeirado, iluminadas apenas pela luz das varinhas e da lareira acesa ao fundo. Livros e pergaminhos estavam espalhados por todo lado, mas há muito a conversa havia se desviado dos deveres de Aritmancia.

“Eu ainda acho que a Corvinal vai levar a Taça das Casas esse ano”, murmurou Penny, sentada de pernas cruzadas, a varinha girando entre os dedos.
“Com que milagre?”, rebateu Rowan, ajeitando os óculos na ponta do nariz. “Grifinória tá na frente, e o próximo jogo vai ser contra a Lufa-Lufa. Se eles ganharem, passam na frente e…”
“Lufa-Lufa não ganha…”, cortou com um suspiro, encostada na parede fria da sala vazia. “Eles nunca ganham.”

As amigas olharam para ela.

“Não sei…” Rowan começou, mordendo a ponta de sua pena. “Parece que eles estão treinando mais pesado que nunca.”
“Claro, com no comando.” Penny deu um sorriso malicioso. “Dizem que ele está fazendo o time voar como nunca.”

revirou os olhos tão forte que quase viu o próprio cérebro.

“Só podia ser. O grande e seus prodígios de ouro.”

As duas amigas pararam, surpresas com o tom ácido, antes de caírem na risada.

“Merlin, ”, disse Penny, entre uma gargalhada e outra. “Até parece que falar o nome dele te dá alergia.”

Rowan arqueou as sobrancelhas, olhando por cima dos óculos.

“Você parece ser a única garota nessa escola que não cai de amores por ele.”
“E com muito orgulho”, respondeu , cruzando os braços. “Alguém precisa manter o bom senso por aqui.”
“Mas ele é bonito, vai… e ainda é gentil, educado…”
“Gentil? Educado?” soltou uma risada sem humor. “Vocês caem direitinho nesse teatrinho. Mas, ao contrário do resto do castelo, eu consigo ver por trás daquele rostinho falsamente angelical e daquela pose de bom moço.”

Rowan arqueou uma sobrancelha.

“Então você tá dizendo que é o quê? Um vilão disfarçado?”
“Eu tô dizendo que ele é um convencido disfarçado de príncipe encantado”, rebateu, já esquentando com o assunto. “E, se quiserem, eu faço uma lista agora mesmo com todos os motivos pelos quais eu jamais cairia de amores por ele.”
“Eu preciso ver essa lista acontecer”, Penny bateu palmas, animada.
“Pois vai acontecer agora”, já estava puxando um pergaminho da bolsa.
“Vai, então. Me convença”, Rowan se ajeitou na cadeira, os olhos brilhando de curiosidade.

molhou a pena na tinta e escreveu com letras grandes no topo do pergaminho:
Motivos pelos quais eu JAMAIS me apaixonaria pelo Zé Bonitinho :

  1. Ele é convencido demais.
  2. Só liga para Quadribol.
  3. Se acha o bom moço de Hogwarts.
  4. Todo mundo cai de amores por ele.
  5. Nunca leva nada a sério.
  6. Ele é SEMPRE perfeito demais, até quando erra (insuportável), e nunca se mete em encrenca.
  7. Nunca olharia para alguém como eu.
  8. Só se importa com ele mesmo.
  9. Aqueles olhos cinzentos não me afetam nem um pouco (nem quando ele olha daquele jeito que faz metade da escola suspirar).
  10. Eu preferia beijar um trasgo a cair no charme barato dele (incluindo aquele sorriso torto irritante e a voz grave que, obviamente, não me provoca absolutamente NADA).


“Primeiro…”, ela anunciou após limpar a garganta, a voz ganhando aquele tom de professora que fazia Rowan rir toda vez. “Ele é convencido demais. Acha que é o melhor em tudo: quadribol, feitiços, até no jeito que anda pelos corredores, como se estivesse desfilando numa passarela.”

Penny soltou um riso abafado.

“Não tá errada…”

“Segundo…” continuou, sem perder o embalo. “Só liga pra quadribol. É a única coisa que ele fala, pensa e respira. Aposto que sonha com vassouras.”

Rowan gargalhou, batendo na mesa.

“Quero ver onde isso vai parar.”
“Terceiro…” levantou um dedo no ar. “Se acha o bom moço de Hogwarts. Sempre sorrindo, sempre ajudando todo mundo. Ninguém é tão perfeito assim sem esconder alguma coisa.” Ela se empolgava mais a cada item: “Quarto: todo mundo cai de amores por ele, e eu não sou todo mundo. Quinto: nunca leva nada a sério, tudo é uma brincadeira pra ele. E sexto… é sempre perfeito demais, até quando erra, e, incrivelmente, nunca se mete em encrenca.
“Isso tá ficando bom demais, . Continua!”
“Sétimo… ele, definitivamente, nunca olharia para alguém como eu. Porque ele gosta das fãs que suspiram por onde ele passa.”
“Ai, Merlin…” Rowan abanava as mãos, sem fôlego de tanto rir.
“Finalmente, o décimo motivo… eu preferiria beijar um trasgo a cair no charme barato do .” Ela soltou um suspiro satisfeito. “Pronto. A prova definitiva de que eu nunca, jamais, em hipótese alguma, me apaixonaria por aquele… aquele pavão lufano.”

As duas amigas ainda riam, já com lágrimas nos olhos.

“Você precisa guardar isso pra sempre.” Disse Rowan, ofegante. “Um dia vamos rir muito quando você morder a língua.”
“Nem em mil anos.” declarou, cruzando os braços. “Eu sei exatamente quem ele é. E eu tô imune.”
, você é um ícone.” Penny se jogou para trás, segurando a barriga de tanto rir.

Mas então Rowan se enrijeceu, os olhos arregalados.

“Vocês ouviram isso?”

O riso morreu na hora. Do corredor, passos se aproximavam, lentos, mas certos.

“Droga…” Sussurrou Penny. “Deve ser o Filch.”
“Peguem suas coisas, rápido!” Ordenou , o coração disparado.

As três começaram a recolher livros, penas e tinteiros com a pressa de quem sabia o que acontecia com alunos fora da cama depois do toque de recolher. , no desespero, tentou enfiar a lista recém-escrita na bolsa junto com os livros, e elas saíram correndo da sala, os risos agora substituídos por sussurros nervosos e passos apressados, sem notar que, dentro da sala, o pergaminho com a lista repousava no chão, esperando ser encontrado.

E Hogwarts, como sempre, estava atenta.

O salão comunal da Lufa-Lufa ainda estava meio vazio naquela manhã, mas já ria alto ao lado de dois amigos – Zacharias Smith e Ernesto Macmillan – enquanto atravessavam a porta que levava para os corredores de Hogwarts.

“Eu juro por Merlin, ”, disse Zach, batendo no ombro dele. “Se você treinar a gente mais uma noite seguida, eu desisto e viro comentarista de quadribol.”

soltou uma risada fácil, daquele tipo que fazia – quase – todas as garotas que cruzavam com ele pelo corredor trocarem olhares e risinhos abafados.

“Deixa de drama, Smith”, ele respondeu, ajeitando a gravata da Lufa-Lufa de modo distraído. “Quando ganharmos da Grifinória, você vai me agradecer.”

O trio entrou na sala e logo notou a aglomeração adiante. Um grupo de alunos estava amontoado em volta de algo, os risos e cochichos ecoando pelas paredes.

“Que confusão é essa?”, murmurou , franzindo o cenho.

Foram se aproximando, e um aluno da Sonserina, com um sorriso travesso, foi o primeiro a notar a presença deles. Ele apontou diretamente para .

“Olha só quem chegou! O próprio príncipe de Hogwarts!”, exclamou, atraindo a atenção do grupo. “Parece que alguém resolveu acabar com a reputação do queridinho do castelo.”

parou, a sobrancelha arqueada.

“Como é que é?”

Outro garoto, rindo tanto que mal conseguia falar, estendeu um pergaminho amassado na direção dele.

“Isso aqui, . Alguém fez uma… lista.”

pegou o pergaminho, desconfiado. Desenrolou devagar e, à medida que lia as primeiras linhas, não pôde conter uma risada.

Motivos pelos quais eu JAMAIS me apaixonaria pelo Zé Bonitinho .” Ele continuou lendo cada item com uma sobrancelha arqueada e um sorriso que ia crescendo. “Ele é convencido demais. Só liga pra quadribol. Se acha o bom moço de Hogwarts…” E assim por diante, cada item mais ácido que o outro. “Que maravilha.”

Zach soltou uma gargalhada alta ao espiar por cima do ombro dele.

“Merlin, , alguém te odeia de verdade, hein?”

, no entanto, apenas sorriu — aquele sorriso meio torto, meio intrigado.

“Isso é novo…”, murmurou, passando os olhos pela lista mais uma vez. “Quem será que escreveu isso?”
“Deve ser alguma garota que não conseguiu um autógrafo seu no último treino”, zombou o amigo. “Ou, sei lá, alguém que cansou de ver você ganhando todas as cartinhas no Dia dos Namorados.”

riu, balançando a cabeça. Mas, no fundo, uma ideia já começava a se formar na cabeça dele. Uma garota que não suspirava ao passar por ele. Que revirava os olhos sempre que ouvia seu nome. E que, provavelmente, era a única que o chamaria de Zé Bonitinho .

Enquanto isso, do outro lado do castelo, na biblioteca, Penny e Rowan estavam folheando livros quando ouviram um grupo de alunos cochichando animadamente:

“Uma lista! Escreveu cada motivo pra nunca se apaixonar pelo …”
“Quem faria uma coisa dessas?”
“Tá todo mundo comentando já…”

, que até então estava distraída revisando algumas anotações, parou com a pena no ar.

“O quê?”, ela sussurrou, o estômago afundando.

Penny e Rowan congelaram, se entreolhando.

“Não pode ser…”, murmurou Rowan, já sentindo o pânico crescer.

largou os livros e começou a vasculhar a bolsa com as mãos trêmulas. Abriu um, depois outro, espalhando os pergaminhos na mesa. Nada.

“Não, não, não…”, ela resmungava, cada vez mais rápida e desesperada.

Penny engoliu em seco.

, me diz que você achou a lista.”

Mas a expressão dela já dizia tudo.

“Não tá aqui…”, sussurrou , a voz ficando fina. “Eu perdi.”
“Ai, Merlin.” Rowan cobriu o rosto com as mãos.

sentiu o mundo girar ao seu redor. Se aquela lista realmente tivesse caído nas mãos erradas — e pelo barulho no corredor, parecia que já tinha — ela estava oficialmente…

“Ferrada”, ela completou, com um fio de voz.

Os corredores de Hogwarts estavam começando a ganhar um ar diferente naquela semana. Guirlandas com corações flutuavam entre as tapeçarias, flores dançavam no ar e pequenas faixas cor-de-rosa e vermelhas com dizeres românticos surgiam por todo lado, anunciando o baile do Dia dos Namorados que se aproximava.
Mas mal notava.
O contraste com o pânico que dominava seu peito não poderia ser maior. Caminhava ao lado de Penny e Rowan, os olhos atentos demais, varrendo cada grupinho que passava, como se pudesse ouvir cada cochicho à distância. Sua mão estava fechada com força na alça da bolsa, e ela nem percebeu quando quase trombou com um garoto da Sonserina no corredor.
, você tá andando feito um trasgo, murmurou Penny, puxando-a pelo braço.
“Eu tô ouvindo…”, sussurrou de volta. “Aquele grupo estava comentando algo. Aposto que estão falando da lista.”

Rowan soltou um suspiro.

“Amiga, a escola toda já deve saber. Até os fantasmas tão cochichando sobre isso.” lançou um olhar mortal para Rowan, mas antes que pudesse responder, ela continuou: “Talvez ninguém saiba que foi você.”
“Mas e se souberem?” quase tropeçou de tanta tensão. “Eu vou ser a piada da escola.”
“Relaxa, afinal, como alguém descobriria? Só nós três estávamos lá ontem.” Penny interveio. “Agora vamos logo, tô morrendo de fome. Vamos direto pro salão principal.” Ela apontou adiante.
“Vão na frente”, disse , tentando soar casual. “Eu… vou passar no banheiro antes.”
As duas hesitaram, mas acabaram seguindo, deixando-a sozinha no corredor agora iluminado pelo sol que entrava pelas janelas altas. Ela respirou fundo, tentando acalmar o coração que martelava no peito. Precisava pensar, descobrir quem tinha achado a maldita lista antes que…

.”

A voz surgiu às suas costas, e ela congelou, virando-se devagar. estava ali, encostado despreocupadamente na parede de pedra, com os braços cruzados e um sorriso lento nos lábios. Aquele sorriso que parecia inofensivo, mas que sabia muito bem que escondia perigo.

…”, respondeu, apertando ainda mais a alça da bolsa. “Que surpresa.”
“Engraçado… eu poderia dizer o mesmo.” Ele descruzou os braços e deu alguns passos em sua direção. “Você tá… diferente hoje.”
“Diferente?” Ela tentou rir, mas soou forçado até para ela mesma. “Imagina. Tô só… distraída.”

inclinou a cabeça, os olhos cinza faiscando com algo mais afiado do que o sorriso sugeria.

“Ah, claro…”, disse, parando bem à frente dela. “Porque você mente muito mal, sabia?” O rosto dela ficou quente na hora.

“Eu não tô mentindo.”, rebateu, erguendo o queixo. “Sem falar que, desde quando você presta tanta atenção em mim pra saber quando tô diferente e quando mentindo?”

Ele não respondeu. Apenas deu uma risada baixa, e puxou algo de dentro do bolso do manto: um pergaminho. sentiu tudo parar por um segundo e quis enfiar a cabeça num buraco. Ou melhor, lançar um Petrificus Totalus nele e fugir. abriu o pergaminho, com toda a calma do mundo, os olhos fixos nela, como se saboreasse cada segundo daquela tortura.

“Vamos ver… Motivos pelos quais eu JAMAIS me apaixonaria pelo Zé Bonitinho .” Leu em voz alta, o sorriso crescendo à medida que ele falava cada palavra. “Que título modesto.”
…” deu um passo à frente, mas ele levantou a mão, já lendo o primeiro item.
“Ele é convencido demais. Eu prefiro chamar de confiança.”
, eu tô falando…”
“Próximo… só liga pra quadribol.” Deu de ombros, a voz contida de ironia: “Que crime terrível! É um esporte nobre, sabia?”
“Para com isso”, bufou, tentando arrancar o pergaminho da mão dele novamente, mas foi mais rápido, recuando um passo, os olhos brilhando.
Se acha o bom moço de Hogwarts…” Ele arqueou as sobrancelhas. “Bom, agora isso é pura inveja, . Eu não posso impedir se a escola inteira me ama.”

Ela perdeu a paciência. Num impulso, agarrou o braço dele e o puxou para o canto do corredor, longe dos olhares que começavam a se acumular mais adiante. deixou-se levar, surpreso e… divertido. Quando se viu encostado contra a parede fria de pedra, com parada tão perto que podia contar as sardas no rosto dela, o sorriso dele mudou de tom.

“Ora, ora…”, murmurou, a voz agora mais baixa e rouca. “Tá brava comigo, ?”

Os olhos de encontraram os de , e por um segundo, o mundo pareceu diminuir até restar só aquele corredor estreito e o espaço carregado entre os dois. Ela sentia a respiração dele, lenta e sem pressa, e odiou o próprio corpo por notar o cheiro levemente amadeirado que vinha dele, misturado com algo fresco, talvez hortelã.

“Você vai me devolver isso agora…”, sussurrou, mantendo a voz firme, apesar do coração martelando.

Ele enrolou o pergaminho com calma e o girou entre os dedos, uma expressão lenta, quase provocante.

“Engraçado… normalmente, quando eu falo, as garotas não conseguem manter esse olhar desafiador.”

arqueou uma sobrancelha, forçando uma risada seca.

“Você vai devolver ou não?” Ela estreitou os olhos.
“Nem pensar. Eu ainda não cheguei na minha parte favorita.”
“O que você quer, ?” Ela cruzou os braços, sem conseguir esconder a irritação. “Vai ficar zombando de mim agora? Mostrar isso pra escola inteira?”
inclinou a cabeça, demorando o olhar nos lábios dela antes de voltarem para os olhos, ainda com aquele sorriso que fazia as outras garotas suspirarem — e querer jogá-lo pela torre mais alta de Hogwarts.

“Não, tenho um plano melhor.”
“Que plano?” Ela sentiu a garganta secar, mas manteve a postura.

Ele se aproximou um centímetro a mais, o suficiente para sentir a vibração de sua voz contra a pele.

“Provar que você está errada. Item por item. E quando eu riscar todos dessa lista…” O olhar dele caiu brevemente para a boca dela, antes de subir de novo. “Você vai ter que admitir que perdeu.”

O calor subiu pelas bochechas de com tanta força que ela quase perdeu o ar. Ela cruzou os braços, tentando parecer indiferente, mas o coração já batia rápido demais.

“Você tá delirando.”, murmurou, sem conseguir afastar o olhar dos olhos dele, que pareciam mais escuros àquela distância.
“Talvez…” sorriu de lado, com uma confiança tão insolente que fazia o sangue dela ferver. “Ou talvez eu só esteja… convencido demais. Como diz aqui, ó…” Ele ergueu o pergaminho de novo, sacudindo na frente dela.
, eu juro por Merlin que se você…”

deu um passo mais perto, a voz mais baixa agora, só para ela ouvir:

“Não se preocupe, eu vou guardar isso com carinho. Vai ser o nosso… segredo.” Ele piscou antes de recuar um passo. “Vejo você por aí, .” Começou a se afastar, com aquele andar despreocupado, assobiando baixinho uma música qualquer. “Ah, e… adorei o apelido. É bem criativo.”

ficou parada no meio do corredor, o peito subindo e descendo rápido, enquanto o observava desaparecer entre as decorações rosa flutuantes. A parede fria atrás dela não foi suficiente para apagar o calor que dominava seu rosto.

“Eu tô completamente ferrada.”

Porque ela sabia que não iria deixar aquilo passar. E o pior? Uma parte dela estava curiosa para ver como ele tentaria.


Continua...


Qual o seu personagem favorito?


Nota da autora: Oii, acho que a essa altura do campeonato ficou claro que eu amo Enemies to Lovers, né? Eu espero que vocês gostem desse primeiro capítulo já cheio de tensão entre os dois, porque isso só vai aumentar nos próximos capítulos!!


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