Revisada por: Saturno 🪐
Última Atualização: 24/11/2024.Feliz foi o dia em que fiz amizade com Jinho, no ensino fundamental, e vi pela primeira vez sua irmã. Filha do primeiro casamento de seu pai com uma estrangeira, era uma noona delicada e estudiosa, que sonhava em ser designer. Seu talento para desenhar ajudava bastante, assim como sua criatividade para a coisa. Meu coração sempre bateu por ela, que somente me via como um irmão mais novo, por ter a idade de Jinho. Isso me matava por dentro e me deixava ainda mais desmotivado a me declarar.
Desembarcando no aeroporto, peguei um táxi e segui direto para a empresa onde ela trabalhava. A parte negativa de ser eu, Jeon Jungkook, do BTS, era não poder ir a algum lugar sem ser reconhecido. E mesmo com um boné na cabeça e óculos escuros, alguma army sempre me reconhecia. Pedi ao ajusshi do táxi para ser o mais discreto possível em nossa corrida. Ao descer do carro, em frente à empresa dela, ajeitei o boné na cabeça, escondendo meu rosto, e segui para o prédio.
Como um garoto apaixonado em direção à sua amada. Na recepção, me identifiquei como sendo o Jinho, assim não levantaria suspeitas. Ela me reconheceu de imediato ao me olhar de costas, mesmo com o boné. O fato dela ter me pegado pelo braço e me puxado para a escadaria do prédio não foi estranho para seus colegas de trabalho. Aparentemente, era a irmã mais velha dando uma bronca no irmão por tê-la incomodado em seu emprego. Para mim, sentir seu toque, mesmo que agressivo, me arrepiava.
— Noona — disse, controlando minha ansiedade.
— Kook, o que você faz aqui? Está louco? — Mesmo zangada em seu olhar, não deixou de me chamar pelo apelido carinhoso de sempre.
— Precisava te ver, noona — disse, tomando coragem. — Existem coisas que não posso mais guardar para mim.
— Do que está falando? — Ela me olhou confusa.
— Preciso confessar meus sentimentos hoje, não posso deixar para depois — expliquei.
— Jungkook, não estou te entendendo — relatou ela. — Você me tirou do meu trabalho para confessar o quê?
Talvez por ela nunca me ver como um homem e somente um irmão mais novo que ainda não tenha entendido. Mas minhas intenções estavam explícitas em meu aflito olhar.
— Eu te amo, noona. — Finalmente revelei, sentindo um alívio por dentro. — Desde o início, eu te amo.
— Jung…
Eu não me contive em interromper o que quer que fosse de argumento contra, com um beijo. Um beijo desesperado talvez?! Sim. Desespero por sonhar todas as noites com aquele momento, em que eu a tomaria em meus braços e mostraria toda a intensidade do meu amor por ela. Assim que me afastei, noona me pareceu sem reação, ainda digerindo o que eu tinha feito.
— Kook, eu…
Eu toquei seus lábios com o dedo indicador para que não dissesse nada.
— Antes que diga que é mais velha que eu e irmã do meu melhor amigo — segurei em sua mão e entrelacei nossos dedos —, quero que saiba que, se eu tivesse 7 corações, todos bateriam por você.
Desta vez, foi ela quem tomou o impulso e meu beijou com mais intensidade ainda.
Eu estava feliz.
Mesmo com a falta de privacidade.
Mesmo correndo o risco do meu melhor amigo me odiar.
O que importava...
Era que noona estava correspondendo aos meus sentimentos por ela.
Estou falando sério, mas você me faz brigar com você
Por que eu me importo tanto com você?
Você me faz agir como uma criança
Mas eu vou mudar as coisas, iremos de relação para relacionamento.
— Boy In Luv / BTS
“Você: Não é a história que quero lembrar, é a história que quero viver.” — by: Pâms.