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Codificada por: Saturno 🪐

Última Atualização: 06/09/2024.

Existiam casais perfeitos, como Derek Morgan e Savannah Hayes, que todos sabiam desde o primeiro segundo que dariam certo e ninguém nunca apostaria contra eles. Existiam casais que se completavam, como era com Penelope Garcia e Luke Alves.
E existiam aqueles casais que sempre haviam sido um casal, embora ninguém dissesse isso em voz alta. Era assim com e Spencer Reid.
Eles se amaram no fundamental, quando o professor criou um concurso de soletrar e os dois passaram a revezar — em uma competição nada saudável — quem ganhava. Amaram-se depois, quando passaram a fazer parte do clube de debate e competiram para saber quem seria o líder. Amaram-se também quando o Sr. ensinou o amigo da filha a jogar xadrez e, mais uma vez, eles passaram a competir em alguma outra coisa. Amaram-se quando Spencer Reid avançou de série e se formou antes de todo mundo na pequena escola pública de Las Vegas. Se amaram quando tudo que tiveram foram cartas e telefonemas espaçados depois que Spencer foi estudar na Caltech na California.
Amaram-se quando, como em um golpe de sorte ou destino, o pai de , que foi militar durante toda a sua vida, foi transferido de Nevada para California e os telefonemas a cada duas semanas viraram visitas diárias, pois a Sra. insistia que Spencer passasse o tempo livre na casa da família, mesmo quando não estava, pois um dormitório cheio de jovens adultos não era o melhor lugar para uma criança de 14 anos, mesmo uma tão inteligente quanto Spencer.
E, principalmente, os dois se amaram quando, aos 15 anos, trocaram seu primeiro beijo em uma tarde quente de verão sentados na cama de dossel de , ansiosos, envergonhados, mas sobretudo, animados, apenas porque disse que se precisavam ter um primeiro beijo, bem que podia ser entre eles para que aprendessem e não passassem vergonha depois, especialmente agora que Spencer estava quase se formando e prestes a ser uma sênior. Amaram-se em todos os beijos que vieram depois desse, pois é claro que houveram outros, e amaram-se também quando Spencer usou o mesmo argumento de , anos depois, para que dormissem juntos pela primeira vez.
Eles nunca disseram que estavam juntos e, ainda assim, ninguém conseguia imaginar que eles não estariam algum dia.
nunca disse as três grandes palavras para Spencer, bem como ele nunca as disse para ela. Mas, de alguma forma, ambos sabiam que estavam ali.
Era isso que deixava tudo ainda mais difícil. e Spencer viveram dessa maneira desde a escola e passaram todo o início da vida adulta dividindo o tempo entre os estudos e os encontros casuais que eles compareciam, mas sabiam que não dariam em nada, pois a pessoa que estava sentada do outro lado seria sempre outra pessoa. E, para , nenhum cara pareceu minimamente interessante quando comparado ao seu Spencer Reid. Eles nunca questionaram, nunca pensaram em assumir, dar um nome àquilo que viviam às escondidas, porque o medo sempre pareceu prevalecer. Parecia que, ao se arriscarem a oficializar aquele pequeno segredo, arriscariam também a própria amizade e talvez conseguisse viver sem precisar transar com Spencer, mas definitivamente não conseguiria viver sem a sua amizade.
O problema era que ela nunca esperou que o fim dos dois seria assim. Mas deveria, não é? Coisas boas têm fins. E esse parecia ser o deles.
estava indo embora.
Havia conseguido a oportunidade de fazer seu doutorado em Psicologia em uma das maiores universidades do mundo. Não tinha como dizer não.
Não queria dizer não.
Spencer a apoiou, ela não podia dizer outra coisa. Abriu o site da Universidade de Oxford com ela quando se inscreveu e fez a mesma coisa quando o resultado saiu, aconchegou-se ao lado de e até mesmo falou com alguns proprietários de apartamentos por ela. Quando tudo parecia resolvido, quando as malas já estavam feitas e no canto do quarto do pequeno apartamento de , Spencer sumiu. Não atendia as ligações e respondia as mensagens sempre tarde da noite. E , que conhecia Spencer melhor do que qualquer outra pessoa, sabia o que ele estava fazendo. Spencer não era o tipo de pessoa que se despedia e ela deveria ter esperado que, mais cedo ou mais tarde, sua natureza o vencesse. Spencer já havia se despedido de muitas pessoas em sua vida e com certeza não queria incluir nessa lista. Ele deveria estar chateado e a última coisa que queria fazer era machucá-la. Tudo que Spencer estava fazendo era mostrar um pouco de misericórdia — consigo mesmo e com ela.
Mas nunca foi boa nessa parte. Foi por isso que, cansada de dar o espaço que Penelope disse que Spencer precisava, a loira resolveu ir até a casa dele. Pegaria o avião no dia seguinte, porém não podia partir deixando as coisas assim. Não com o seu melhor amigo. Era isso que dizia a si mesma: precisavam se entender, apenas isso. Repetiu isso até mesmo quando abriu o guarda-roupa para vestir a única lingerie de renda verde-esmeralda que havia propositalmente deixado de colocar na mala.
Estavam há dois meses organizando sua ida para a Inglaterra e, há dois meses, Spencer não parecia tão interessado em como antes. Não como ela, que ainda sonhava com os dedos quentes de Reid percorrendo seu corpo e arrancando seja lá o que ela estivesse vestindo em uma velocidade surpreendente. colocou um sobretudo por cima, esperando que aquilo funcionasse como nos filmes que havia assistido durante a adolescência, agarrou as duas malas e chamou um táxi.
Quinze minutos depois, já estava apertando a campainha do apartamento de Spencer. Não havia avisado que iria, não havia nem sequer sido interfonada. realmente esperava que Spencer estivesse em casa e, de preferência, sozinho.
? — Spencer arqueou as sobrancelhas, surpreso com a presença da amiga, mas já abrindo espaço para que ela entrasse quando seus olhos caíram sobre as malas. — Você não viaja amanhã?
Nunca pareceu haver algum tipo de cerimônia entre eles, contudo, naquele momento, mal sabia onde colocar as mãos. Ela empurrou as malas para o canto da sala e se sentou no sofá. Spencer a acompanhou.
— Você sumiu.
Spencer nunca sentiu a necessidade de mentir para , nunca nem sequer achou que conseguiria mentir para ela. perceberia assim que as palavras saíssem de sua boca. E, ainda assim, ele tentou.
— Eu tinha muita coisa para fazer e achei que você estava ocupada.
ergueu os olhos em direção a ele, seus cabelos loiros presos em uma trança que caía pela lateral de seu rosto. Quando os olhos azuis de se prenderam nos castanhos de Spencer, ele não precisou de muito para saber que não havia ido até ali para ouvir um pedido de desculpas dele.
— Você é meu melhor amigo, eu não podia ir embora sem falar com você.
Spencer sentiu seu coração se quebrar ainda mais, se é que isso era possível. Já se sentia assim há tempo o bastante para pensar que estaria acostumado. fitou as próprias mãos entrelaçadas no colo, seu peito subia e descia com pressa e Spencer não conseguiu evitar acabar com a distância entre eles e puxar para um abraço.
— Sei que você não gosta de despedidas. É muito egoísmo meu querer mesmo assim?
— Não — respondeu. — Seria pior se não tivéssemos uma. Quer dizer, eu já me sinto mal, girar a faca não faz diferença.
Spencer respirou fundo, sentindo o perfume doce de tomar conta de si. Sempre achou que a loira seria a parte mais constante da sua vida e era doloroso demais se dar conta de que não era assim. Não tinham um título como Penelope e Luke ou Morgan e Savannah, mas Spencer sempre sentiu que tudo que os cercava era mágico, que tudo que viviam era irreal. Tão bom que beirava à imaginação e, se ele não vivesse tudo aquilo na própria pele, não acreditaria. Quando ela ergueu o rosto, ainda se mantendo próxima a ele, Spencer soube que não importava o que acontecesse, tudo com sempre seria inexplicável e, bom ou mal, para ele, também seria sempre inesquecível.
E Spencer não deixaria uma memória sequer com para trás.
Ele agarrou o rosto da mulher com as duas mãos.
— Não vou saber o que fazer sem você amanhã.
A boca de se abriu, mas ela não disse nada, apenas continuou sentindo os dedos de Spencer acariciando seu rosto lentamente.
— Mas hoje você está aqui e hoje eu sei o que fazer.
E então, puxando de encontro a si, Spencer a beijou. Beijou depois de dois meses, como se sua vida dependesse disso — e talvez dependesse, pois enquanto sentia as mãos da loira passearem pelos seus cabelos, tudo que Spencer queria era ser levado de volta para os lugares e as noites que os dois dividiram, porque se aquele era o fim, eles ao menos deveriam acabar do jeito certo.
Spencer teve a certeza de que se sentia da mesma forma quando ela se levantou, desfazendo o nó que segurava seu sobretudo e deixando que ele caísse aos seus pés, revelando sua pele — quase — nua. Spencer suspirou, puxando pela mão e fazendo com que ela se sentasse em seu colo. Passou o dedo devagar sob a fina renda verde-esmeralda que cobria seus seios.
— Você não acha muito cruel usar isso para sair da minha vida, ?
riu, ignorando a pontada de tristeza que se instalava dentro dela, mesmo que o tom de Spencer tenha sido tão leve quanto ele costumava ser.
Ele beijou o ombro de após afastar a delicada alça da parte de cima de sua lingerie, subindo os beijos em direção ao seu pescoço sensível enquanto usava a outra mão para sentir a curva de sua bunda.
— Você vai se entregar para mim uma última vez, ? — Murmurou Spencer perto da orelha da mulher, que já havia jogado a cabeça para trás a fim de sentir ainda mais as pequenas mordidas que Spencer deixava por ali.
queria responder que se entregaria para ele quantas vezes pudesse, mas sua mente não funcionava e, quando Spencer agarrou sua bunda com as duas mãos e ergueu-se do sofá, sentiu um arrepio forte percorrer o seu corpo. Spencer empurrou a porta do quarto com o pé e colocou a mulher em seus braços na cama. aproveitou quando ele ergueu os braços para tirar a própria camisa e abaixou também a calça de moletom que vestia.
— Temos que manter os direitos iguais — disse quando Spencer enviou um sorriso em sua direção antes de se posicionar no meio as suas.
percebeu, não com infelicidade, que Spencer estava sendo muito mais lento do que de costume. Seus olhos pareciam captar cada detalhe dela a ponto de fazê-la sentir-se vermelha e seus dedos não tinham a menor intenção de prejudicar a renda delicada que havia vestido para ele.
— Fazemos isso há muito tempo, não é?
assentiu.
— Não tem uma única vez em que eu te veja assim e não pense em como sou absurdamente sortudo por ter a mulher mais bonita do mundo deitada na minha cama.
Quase como por magnetismo, seus lábios se colaram um no outro novamente. Explodindo em um ardor cheio de desejo, nostalgia e saudade antecipada. Spencer se sentou com as costas na cabeceira da cama, trazendo para o seu colo, que prontamente passou as pernas por volta da sua cintura.
não havia percebido o quanto os dois meses sem os toques de Spencer a haviam afetado até sentir seu pau duro embaixo de si, fazendo com que ela se remexesse em busca de todo o contato adiantado que pudesse para aliviar o desejo gritante dentro de si enquanto Spencer, com apenas uma das mãos, soltava a parte de trás de seu sutiã, afastando-o na mesma hora para que seus lábios pudessem abocanhar um dos mamilos rijos de . Sua língua brincou com a ponta de um deles e sua mão acariciou o outro com cuidado. soltou um gemido abafado. Spencer afastou a mão que segurava o seio da loira e deixou que ela caísse lentamente até coxa dela. suspirou, sentindo seu corpo inteiro inundar-se ainda mais de desejo ao sentir o que estava por vir. E quando Spencer, finalmente, deixou que um de seus dedos escorregassem para dentro dela, se sentiu entrar em combustão. Ela arqueou as costas, apoiando-se nos ombros dele para erguer o seu quadril e dar a Spencer a liberdade de ir ainda mais fundo com outro de seus dedos.
gemeu alto, sem se incomodar que o prédio do amigo não tivesse exatamente as paredes mais grossas do mundo. Spencer também não pareceu se importar com isso, pois sorriu abertamente ao ouvir a voz de gemer o seu nome várias vezes seguidas quando um de seus dedos, agilmente, encontrou e pressionou o clitóris de , apenas para provocá-la por tempo suficiente para que os gemidos dela não parassem. Spencer afastou a mão, deixando um agoniante vazio dentro do limbo de prazer de , que prontamente o olhou, confusa.
— Quero que você goze em outro lugar. — Foi tudo que Spencer disse antes de deitá-la na cama na posição em que estavam antes, mas desta vez, e nem com tanta delicadeza assim, Spencer resolveu que era a vez da calcinha de ir e, então, tirou-a, jogando-a em algum lugar do quarto que não seria nada fácil de encontrar depois. suspirou ao sentir os cálidos beijos de Spencer perderem-se nos seus seios, depois na sua barriga e, por fim, na parte interna de suas coxas.
Spencer sempre foi do tipo provocativo e, em qualquer outro lugar, isso faria morrer de tanta irritação, porém, naquele momento, a única coisa capaz de matá-la seria não ter a boca de Spencer na parte que mais ardia por ele. O que logo não demorou a acontecer, pois sentir o gosto de também era tudo que Reid queria naquele instante.
fechou os olhos, pensando ser capaz de derreter ao sentir a língua de Spencer circular o seu clitóris em movimentos lentos, mas extremamente certeiros, que faziam suas pernas tremerem a ponto dele precisar agarrar suas pernas com força para que ela parasse de se mexer. deixou que suas próprias mãos caminhassem em direção aos seios, apertando-os e instigando seus mamilos enquanto abria ainda mais as pernas, querendo sentir tudo que Spencer fazia com ela. Arfou sem controle algum quando Spencer manteve um dedo dentro dela enquanto a chupava.
não queria se mexer, não quando Spencer sabia o local exato que a fazia tremer de tanto tesão, contudo era difícil demais, sentia-se perto de explodir, sua visão estava turva, seu peito subia e descia com rapidez e, cada vez que Spencer ameaçava aumentar o ritmo, seu gemido ficava ainda mais alto. fechou os olhos ao sentir aquela onda de prazer característica que antecedia o orgasmo tomar conta de si, seu coração pareceu ultrapassar a barreira do som de tanto que ressoava em seus ouvidos e então ele veio tão forte quanto esperava. Suas pernas tremeram e tudo que ela conseguia repetir era o nome de Spencer enquanto ele, lentamente, deixava de chupá-la.
Spencer se afastou e sorriu ao notar os cabelos bagunçados e o rosto avermelhado, provavelmente muito parecido com o dela. Ainda estava entorpecida de tanto prazer, mas quando Spencer puxou sua cueca para baixo, sentiu-se vazia e necessitada novamente. Precisava dele como precisava respirar, essa era a única coisa que sabia, a única coisa que conseguiu pensar antes de Spencer trazer os lábios de para os dele em um beijo rápido e cheio de paixão.
Ele sentiu as unhas de arranharem suas costas logo antes dela cobrir o seu pau, que já estava mais do que duro, com a mão. Spencer soltou um suspiro contra a boca de quando ela o apertou e começou a masturbá-lo. Poderia chegar ao orgasmo ali mesmo se não se controlasse, era assim que o deixava. Mas não seria daquele jeito. E em especial não naquele dia. Spencer se afastou, abrindo a gaveta da mesa de cabeceira e tirando um preservativo. o encarava com os olhos brilhando de luxúria e tudo que Spencer queria era acabar com todo o desejo que ela sentia por ele, queria fazê-la gritar seu nome e mais o que quisesse, contanto que fosse para ele e por causa dele. Poderia fazer isso o restante da vida.
Ele voltou a se posicionar no meio das pernas de , sentindo seu pau latejar com tamanha ansiedade. envolveu as pernas ao redor do homem acima dela, puxando-o para si. Foi no meio do beijo que Spencer finalmente a penetrou, despertando gemidos de ambos os lados.
sentia-se completa, mas aquilo nunca havia sido uma novidade. Não com Spencer. Não conseguia não se sentir menos do que isso quando estava com ele e, quando estava com ele assim, sentia que não faltava nada.
Spencer tirou o pau quase que completamente de dentro de , voltando devagar e com intensidade, uma, duas, três vezes, enquanto soltava um gemido abafado e sentia o próprio corpo apressá-lo, desesperado por mais contato. segurava seus braços com força e o arranhava. Ele sabia que ela tinha pressa, mas não queria que fosse assim. Queria prolongar a sensação de estar dentro da sua garota o máximo que pudesse.
— Me fode mais rápido — pediu, sua voz era apenas um sussurro de desejo desesperado, um murmúrio manhoso dito no ouvido de Spencer, que ele não conseguiu ignorar.
Aproximou-se do pescoço de a fim de beijá-lo continuando a penetrá-la cada vez mais rápido, mas tudo que conseguiu foi mordiscá-lo para conter seu próprio barulho, que surgia da plenitude que sentia ao penetrar daquela maneira e dos gemidos que a mulher soltava para ele.
Spencer estava tão ofegante quanto ela, parecia estar prestes a chegar ao próprio orgasmo a qualquer momento, por isso ficou tão surpresa quando ele saiu de dentro dela sem nenhum aviso. Ele se aproximou, beijando sua barriga e seus mamilos antes de chegar até a sua orelha.
— Fica de quatro para mim, .
A garota sentiu um arrepio percorrer o seu corpo e não precisou de nenhum segundo a mais para fazer o que Spencer pediu. Ele se posicionou atrás dela, apertando sua bunda com força enquanto a abria e penetrava dentro dela novamente. Dessa vez o gemido dos dois foi muito mais alto. sentia Spencer por completo e isso fez com que seu corpo inteiro tremesse e ela abrisse ainda mais as pernas, empinando a bunda para ele. Spencer arfou, aumentando o ritmo e desferindo um tapa na bunda de , como ele sabia que ela gostava. Principalmente naquela posição.
Só teve mais certeza disso quando gemeu alto e afundou o rosto no travesseiro, empinando ainda mais a bunda para ele, mostrando que queria mais. Spencer bateu uma segunda, terceira e quarta vez, deixando a área um pouco mais avermelhada enquanto seu pau deslizava com facilidade pela intimidade molhada de . Spencer não sentia nada além do tesão inebriante que estar dentro de o causava. Era sempre assim. Provavelmente ele não saberia dizer o próprio nome se o perguntassem, mas nada daquilo importava — tudo que importava era a mulher à sua frente e os gemidos abafados que ela tentava guardar. Teve que diminuir a velocidade ao sentir-se muito próximo de gozar. Não queria fazer aquilo daquele jeito. Quase como se ouvisse os pensamentos de Spencer, se afastou. Não levando dez segundos para que a empurrasse o peito de Spencer contra o colchão e sentasse em cima dele.
— É a minha vez — murmurou , rebolando e fazendo com que Spencer ficasse ainda mais ofegante. Ela ergueu o quadril e desceu lentamente algumas vezes antes de deixar que o desejo de seu corpo tomasse conta de si e fizesse com que todos seus movimentos fossem rápidos e intensos.
Spencer agarrou a bunda de com força com uma das mãos enquanto a outra encaixava-se entre eles para que seu dedo encontrasse o clitóris da loira. jogou a cabeça para trás, encaixando com maestria o ritmo da penetração com os que Spencer fazia no meio de suas pernas. Não demorou muito para ele não conseguir mais segurar e seu orgasmo explodir dentro de na mesma hora em que ela, pela segunda vez, deixava-se cair no limbo de prazer criado por Spencer Reid.
Quando acabaram, o silêncio voltou a reinar no quarto. Mas não era um silêncio desconfortável. Nunca era desconfortável em se tratando dos dois. Spencer passou o braço ao redor de e a puxou para perto. Amanhã seria outro dia e Spencer não podia esperar nada, mas aquela noite era unicamente deles.
— Você vai lembrar?
— Do quê?
— De todas as vezes em que você foi minha. A partir de amanhã não... não vai ser assim.
levou um tempo para responder, deixando que seus olhos azuis sonolentos se perdessem no rosto de Spencer.
— Sou sua todos os dias, Spence. Sempre fui. Sempre vou ser.

*


Quando Spencer acordou no outro dia, teve certeza que estava no inferno. Passara a noite toda velando o sono de . Seu cérebro não conseguia desligar, não queria perder um momento sequer dela e tudo que conseguia fazer era pensar na frase que ela havia dito antes de cair no sono. Nunca pensou ouvir aquilo da boca dela, embora soubesse, bem lá no fundo, que não tinha como ser mentira. Mas estava cansado das coisas não ditas e foi por isso que decidiu que, antes de ir para o aeroporto, eles conversariam.
Acontece que não o esperou. Spencer nunca se levantou tão rápido em toda sua vida. Tinha certeza que sua camisa estava do avesso e ainda usava pantufas ao invés do seu costumeiro all-star, mas o tempo estava correndo e estava indo embora.
Por Deus, ela estava indo embora há dois meses. Spencer não sabia mesmo o que estava fazendo por todo aquele tempo pra não ter agido antes.
Deve ter ganhado umas três multas diferentes enquanto dirigia até o aeroporto, o que em nada combinava com um agente do FBI, mas não se importava. Estacionou em qualquer vaga e correu porta adentro, sendo recebido por um ar tão gelado quanto o lado da cama que deixou naquela manhã.
Desde que se entendia por gente, sabia como funcionava sua mente. Estava acostumado com milhões de pensamentos que percorriam dentro dela ao mesmo tempo, mas naquele momento, quis, pela primeira vez, fazer com que tudo parasse, pois olhava para o grande telão de voos do aeroporto e não conseguia digerir uma só palavra. Pensou na série Friends, que o obrigava a assistir quase que mensalmente e no episódio em que um dos personagens teve que comprar uma passagem de avião para falar com o seu par romântico, que, assim como o dele, estava indo embora. No caso de Spencer, ele seria obrigado a mostrar sua identificação do FBI, o que, novamente, não seria visto com bons olhos pelos seus chefes, mas ele não se importava. Não agora.
Spencer nunca se considerou uma pessoa religiosa, muito pelo contrário. Era um homem da ciência, sempre fora, porém, naquele momento se pegou pensando qual seria o santo dos jovens apaixonados, idiotas e atrasados e como ele queria que intercedessem por ele.
Spencer não saberia dizer se foi coincidência ou milagre, mas assim que o pensamento se completou em sua mente, ele logo conseguiu reconhecer a pequena multidão que a família formava ainda fora dos portões de embarque.
Lucas foi o primeiro a vê-lo, e Spencer teve certeza que, em meio as lágrimas que escorriam de seu rosto, ele soltou um suspiro de alívio. Dos irmãos de , Lucas sempre foi o que mais torceu pelos dois e nunca escondeu isso.
Spencer tocou o ombro de Haley que se virou, surpresa, e logo saiu do caminho, levando Nathan consigo.
não parecia apenas surpresa: ela estava atônica. Seus olhos percorreram o rapaz de cima a baixo, entendendo que ele havia, provavelmente, corrido muito mais do que deveria para ter conseguido chegar antes que ela partisse.
— Spencer... — Começou , olhando para os lados e se aproximando do amigo. A família toda estava prestes a descobrir onde ela passara a noite anterior, e embora não fosse exatamente uma surpresa para todos, não deixava de ser constrangedor.
— Eu te amo — Spencer interrompeu o que quer que ela fosse falar.
A loira congelou no lugar, assim como metade da família. Haley foi a primeira a sair do choque inicial, e assim que isso aconteceu começou a tentar dispersar todos ali para que os dois pudessem conversar com privacidade. Infelizmente, o completo choque que o Sr. teve estava dificultando isso pra ela.
— Eu te amo, . Eu consigo ler 20.000 palavras por minuto, não tem uma palavra sequer que eu não saiba o significado e, mesmo assim, não consigo colocar em palavras tudo que eu sinto por você.
Os olhos de encheram-se de lágrimas que ela prontamente conseguiu espantar, piscando.
— Eu estou indo embora, Spencer.
— Eu sei — respondeu ele com um sorriso. — É por isso que eu estou aqui. Porque você vai embora e eu te amo e preciso me despedir. Estou cansado das coisas que não dizemos por achar que o outro sabe, — ele balançou a cabeça, como se não acreditasse estar realmente falando aquilo. — Quero ter certeza, quero que você me ouça dizendo que... eu te amo.
— Não posso... não posso deixar de ir, Spence — falou com certa dificuldade e incerteza. Racionalmente, ela sabia que não poderia deixar de ir. Mas com o que estava acontecendo a sua frente, ficava difícil aceitar.
— Eu sei — Spencer ainda sorria e, com um movimento rápido, agarrou as mãos de .
— E você não pode ir também. Você é um agente federal e... e...
— Eu sei, eu não vou. Não agora. Eu só queria que você soubesse que eu te amo há tanto tempo que é impossível calcular. Acredite, eu saberia se fosse — não conseguiu evitar abrir um sorriso. — Eu nem sequer sei onde esse amor começa e termina. Ele sou eu por inteiro e não posso aceitar que ontem tenha sido a nossa última vez. Caramba, , eu quero te amar para o resto da minha vida se você deixar. Inglaterra, Estados Unidos... não importa. Não sei o que viemos fazendo até agora, mas vai ter que parar, porque você é a mulher da minha vida, . Desde que nos conhecemos, sempre foi apenas você.
meio que suspirou, meio que riu, totalmente alheia à cara feia que seu pai fazia e incrédula que Spencer estava fazendo aquilo no meio de sua família, em um aeroporto e ainda de pantufas.
, você sabia que, estatisticamente, melhores amigos que iniciam um relacionamento têm uma probabilidade maior de sucesso a longo prazo?
Spencer tinha um sorriso divertido e confiante no rosto que não conseguiu deixar de espelhar. Ele não tinha só confiança nos próprios sentimentos, mas também tinha nos dela.
balançou a cabeça, se tivesse que ser sincera consigo mesma, teria que admitir que estava incrédula que aquilo estava acontecendo com ela. Ele não estava pedindo que ela desistisse de sua chance por ele, Spencer não era assim, não estava nem sequer dizendo que iria com ela. Estava apenas comunicando, com todas as palavras e com todo seu coração, que a amava. Estava praticamente gritando isso. E, de alguma forma, ambos sabiam que aquilo significava muito mais que qualquer outra promessa.
Porque conhecia Spencer Reid como a palma da sua mão e vice-versa, e ambos nunca precisaram dizer que se amavam para saber disso. No entanto, quando finalmente o fizeram, souberam que nada seria capaz de mudar isso, nem mesmo alguns milhares de quilômetros de distância com dias contados.


FIM


Nota da autora: Sem nota.


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