Revisada/Codificada por: Sagitário♐
Última Atualização: Maio/2025Desde muito nova, eu sonhava com a vida de uma princesa. Queria poder sentir na pele como era acordar e saber que você morava em um castelo, que tinha lindos vestidos e que poderia usar várias joias. Mas com o passar dos anos, eu percebi que a vida de uma princesa não era fácil: ela tinha mil deveres e leis para seguir e, aos poucos, fui deixando essa vontade de lado.
Depois disso, comecei a pensar que eu só queria fazer uma faculdade em que eu pudesse transmitir informações para o público, sendo em jornais, programas de televisão, revistas ou comerciais de empresa. Eu só queria ser gestora da comunicação de uma forma estratégica, por isso escolhi Relações Públicas.
Sempre tive apoio dos meus pais para tudo na vida, tanto que os dois tinham o maior orgulho de mim e isso me fazia continuar pensando alto. Queria conquistar um futuro para dar uma vida melhor a eles, uma coisa natural que todos os filhos querem para seus pais. James e Emma, esses eram os nomes dos meus dois maiores amores. Era filha única, morava sozinha no centro e meus pais moravam do outro lado da cidade, onde eles tinham uma cafeteria muito fofa chamada Fluffy Coffee. Ficava muito tranquila sabendo que lá era um bairro muito tranquilo e calmo, afinal eles mereciam sempre o melhor.
Falando um pouco mais sobre mim, me chamo Savannah Clarke, tinha 23 anos, era formada em Relações Públicas e estava terminando o MBA de Gestão do Comércio Exterior. Morava sozinha desde os 16 anos, amava animais, viajar, e as praias pra mim eram como lugares secretos, principalmente quando tinham um farol. Também adoro dançar, cantar, toco piano, violão e sou viciada em filmes, séries, livros.
Agora, vocês irão descobrir tudo o que fez a minha vida virar de cabeça pra baixo em tão pouco tempo. A sorte é que foi uma mudança maravilhosa e essa reviravolta me mostrou um novo sentido da palavra “amor”.
Meu nome é Joshua Kyle Beauchamp Deinert, tenho 24 anos e sou o futuro rei do Canadá, mas eu vou explicar tudo direitinho.
Perder o meu pai foi muito doloroso, afinal ele era o meu herói. Desde muito novo, eu saía junto com meu pai para os eventos e reuniões importantes, depois íamos sempre brincar num lago que ficava no final da cidade. Às vezes fugíamos da minha mãe para ir velejar e era a melhor coisa que um garoto poderia querer. O melhor amigo do meu pai Sam e sua filha Heyoon velejavam conosco, então eu sempre ficava brincando com ela, que se tornou uma grande amiga, já que temos a mesma idade. Triste é dizer que, infelizmente, há 6 meses, o meu pai Rei John e seu braço direito Sam morreram durante um de seus passeios velejando em alto mar.
Na época, acho que eu fui um dos que mais sofreu. Minha mãe ficou isolada por alguns dias, mas depois vestiu sua capa de força e continuou regendo os compromissos do meu pai. Já minha irmã Sina teve o apoio da sua esposa — que, por sinal, é a Heyoon. Sim, as duas se apaixonaram ainda crianças quando a coreana vinha brincar comigo e hoje em dia são casadas. Vamos combinar que isso foi ótimo para as duas, já que Heyoon também perdeu o pai, assim elas puderam dar força uma pra outra.
Bom, depois disso, todos jogaram a maior responsabilidade para mim. Como filho mais velho e herdeiro do trono, eu deveria me tornar rei, mas eu precisava respirar antes de assumir um país inteiro, um reino pelo qual meu pai não mediu esforços para fazer o melhor lugar para todos os cidadãos, então peguei uma mala e fui viajar, curtir, respirar, pensar e me livrar da dor antes de sentar no lugar do meu herói.
Sabia que, ao voltar para o castelo o mundo me julgaria, e não foi diferente. Agora que eu definitivamente voltei, era taxado como o príncipe rebelde, covarde, quando na verdade ninguém sabia o verdadeiro motivo e jamais saberiam toda a verdade por trás dessa covardia. Não iria abrir meu coração pra ninguém, apenas queria me tornar rei, ser tão respeitado, sábio e honroso como meu pai.
Mais uma manhã ensolarada e quente começava em Sydney e eu acabei levantando de bom humor. Algo me falava que hoje seria um dia melhor, então depois de tomar meu banho, fiz meu ioga na varanda do meu quarto e aí sim fui para minha cozinha. Preparei waffles, um suco de laranja e cortei algumas frutas vermelhas para acompanhar. Comi tudo, coloquei a louça suja na máquina de lavar louças e voltei para meu quarto. Escovei os dentes, troquei de roupa, escolhi um vestido e um tênis branco, peguei minha jaqueta jeans, minha bolsa e finalmente saí de casa rumo à faculdade.
Eu não morava tão longe da faculdade, então alguns dias eu ia caminhando apenas para aproveitar a vista. Ganhei esse apartamento dos meus pais quando passei na faculdade e de presente de aniversário. Depois de tirar a habilitação, usei meu primeiro salário para dar entrada num carro conversível e, com a ajuda dos meus pais, eu consegui pagar direitinho. Sempre usava o carro no fim de semana para ir à casa dos meus pais, já que eles moram do outro lado da cidade.
Ao chegar na faculdade, subi reto para minha sala e me sentei na mesma cadeira de todos os dias, bem na janela. Liguei o meu notebook e esperei pela professora para iniciarmos mais um dia em que tentamos descobrir historias verídicas para fazer a nossa tese final da pós-graduação, o que me causava dor de cabeça já que eu ainda não sabia o que contar e de onde tirar uma história para deixar marcada na minha vida.
Após as aulas, voltei para casa e almocei antes de ir para a cafeteria dos meus pais. Eu sempre os ajudava quando não tinha aulas pela tarde. Em alguns dias da semana, eu também estagiava em uma empresa, mas estava acabando os meus dias lá, então eles acabaram me liberando mais cedo e agora eu só ajudava meus pais durante a tarde.
Saí do carro depois de estacionar atrás da cafeteira e tranquei antes de entrar por trás do estabelecimento. Cumprimentei algumas pessoas, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo, e beijei a bochecha de minha mãe antes de subir para o escritório de meu pai.
— Boa tarde, estrelinha — disse meu pai todo animado e eu sorri, beijando sua bochecha.
— Boa tarde, pai — falei, me sentando na minha mesa.
— Como foi sua manhã? Alguma novidade? — meu pai James, curioso demais, perguntou.
— Nenhuma. Eu ainda não sei como fazer minha tese, eu não sei que história contar, eu não sei mais nada – falei frustrada, e ele soltou uma risada.
— Tudo vai se encaixar estrelinha, basta dar tempo ao tempo — ele respondeu, e eu suspirei fraco começando a trabalhar.
Depois de algumas horas, desci para ajudar minha mãe na parte debaixo, já que estava muito movimentada. Servi alguns clientes e depois fiquei no caixa para que minha mãe pudesse descansar um pouco. Quando o movimento começou a diminuir, comecei a pesquisar sobre algumas histórias e me distraí um pouco.
— Com licença... — perguntou uma voz feminina e eu pisquei, voltando pra realidade e encarando a morena parada na minha frente.
— Me desculpe, eu estava distraída... Como posso lhe ajudar? — perguntei sorrindo e ela retribuiu.
— Eu estou cheia de vontade de provar tudo, mas não sei o que escolher... — ela falou e eu ri fraco.
— Posso dar uma sugestão? — questionei a morena que sorria.
— Claro que sim, me surpreenda — ela disse.
— Ok — respondi.
— Vou sentar ali naquela mesa. — Ela indicou.
— Em alguns minutos eu levarei seu pedido, senhorita...
— Heyoon Jeong Deinert, mas pode me chamar de Heyoon — ela disse, esticando a mão para me cumprimentar
— Prazer, Heyoon... Pode sentar, eu já levo sua comida... — falei simpática e a morena sorriu, indo se sentar.
Peguei o nosso melhor sanduíche, preparei um café gelado com caramelo e peguei o meu cupcake favorito, coloquei tudo na bandeja e levei até a mesa, servi tudo e voltei para deixar a bandeja no balcão. Heyoon me chamou e voltei até a mesa dela.
— Por favor, se sente comigo se tiver um tempinho, adoraria conversar mais com você. Não sou da cidade, não conheço nada por aqui. Além disso, você não me falou o seu nome — ela disse sorridente e eu olhei para o balcão vendo minha mãe sorrir, então me sentei em sua frente.
— Desculpa mesmo, esqueci desse detalhe. Me chamo Savannah Clarke.
— É ótimo conhecer alguém aqui Savannah... — ela disse, bebendo seu café.
— Achei que você morasse aqui.
— Na verdade eu moro no Canadá, mas estou aqui por conta do meu trabalho, acho que Sina iria amar aqui.
— Ahn, não sei quem é, mas pode trazer ela aqui algum dia... — sugeri e ela riu fraco.
— Tenho certeza que, na minha próxima viagem, eu trarei minha esposa junto — ela respondeu e eu sorri sem graça.
— Você é casada, que lindo... Parece tão nova.
— Obrigada, Savannah! Eu tenho 24 anos, encontrei o amor da minha vida muito cedo. Sina e eu nos conhecemos desde criança, nos apaixonamos... Enfim, por que não me passa o seu número? Vou adorar ter uma amiga aqui — ela pediu e eu sorri, anotando meu número no seu telefone.
— Aqui, este é meu número, pode me mandar mensagem que vou adorar lhe apresentar Sydney enquanto estiver por aqui — falei, e ela sorriu enquanto começávamos uma longa conversa aleatória.
Josh P.O.V
Era ótimo estar novamente em casa depois de tanto tempo afastado para tentar me livrar daquilo que mais me machucava. Agora, eu não teria mais tempo para descansar, mas pelo menos iria tomar café com minha mãe e minha irmã.
Entrei no castelo e caminhei logo para a sala de jantar. Minha mãe sorriu de braços abertos perto da porta.
— Meu filhote voltou! — Minha mãe me abraçou apertado e eu retribuí.
— Olá, moças — disse, abraçando minha irmã.
— Oi irmão, eu senti saudades.
— Eu também, Sininho... Cadê aquele gnomo que você chama de esposa? — perguntei, me sentando ao de minha mãe na pequena mesa redonda da varanda.
— Heyoon foi para a Austrália resolver algumas burocracias junto do ministro — explicou Sina depois de parar de rir.
— Eu trouxe o chocolate que ela queria e ela não está nem aqui para me receber? Considero uma ofensa — disse e todos rimos.
— Ela deve voltar na próxima semana, no máximo no fim de semana — disse minha mãe e então começamos a comer.
— Como foi sua viagem? Como é lá? O que você fez? O que comeu de diferente? Conseguiu refletir? — Minha irmã começou a me encher de perguntas.
— Eu acho que essa viagem fez muito bem pra mim, eu pude ajudar as pessoas, cuidar delas, ser o Josh, homem normal, não o Josh futuro rei de um país... — expliquei e minha mãe sorriu para mim.
— Tenho certeza que agora você vai conseguir fazer o que deve ser feito... — ela disse segurando na minha mão e eu afirmei com a cabeça.
— Com certeza eu vou conseguir, mãe... Pela nossa família... — falei e elas sorriram para mim.
Depois do café da manhã com minha família, subi para meu quarto, tomei um banho bem relaxante, troquei de roupa e então saí novamente para seguir os compromissos reais.
A parte mais chata de me tornar rei eram todas as leis e papéis para analisar e revisar mil vezes durante o dia. Não entendia como meu pai conseguia ser assim, mas ele era o exemplo de homem que eu queria ser, então nada melhor do que tentar me parecer com ele.
Ao chegar no escritório, encontrei vários representantes dos estados do meu país me esperando, cumprimentei todos e começamos a longa reunião que deveria levar boa parte do meu dia embora. Ouvi cada uma das propostas, li os documentos, assinei contratos, organizei a papelada, anotei leis que eu mudaria no futuro. Quando finalmente fiquei sozinho no escritório, soltei minha gravata e respirei fundo, me deixando afundar na cadeira fofa.
— Josh? — Ouvi a voz de Sina invadir o escritório e abri os olhos, vendo minha irmã fechar a porta depois de entrar.
— Oi, Sina... Achei que estaria fora pela tarde... — falei e ela se sentou na minha frente.
— Tive que adiar a visita ao orfanato, mamãe disse pra nós dois irmos na próxima semana....
— Eu não posso, vou estar... — tentei falar, mas ela me impediu.
— Mamãe já deixou agendado, não vai conseguir fugir... — Ela ri e eu suspirei.
— Está bem... Já sabe o que vai fazer agora? — perguntei, dando um sorriso de lado.
— Não! O que você está planejando? — ela perguntou curiosa e eu soltei uma risada fraca.
— Sala de cinema em 20 minutos, então se for falar com a Heyoon liga logo — falei e ela riu, mostrando a língua.
— Eu já falei com ela, tá tudo bem por lá, ela também mandou você guardar o chocolate dela e disse que ia sair com a nova amiga dela — disse a loira se levantando.
— Impressionante como aquela gnomo faz amigos rápido — Ela riu alto.
— Para de chamar ela assim, sabe que ela pode te jogar no lago igual aos 12 anos... — ela disse rindo e saiu do escritório, ri alto me lembrando da história e fui para meu quarto.
Tomei outro banho, colocando agora uma calça de moletom preta e uma blusa branca, dei uma passada na cozinha para pedir algumas coisas para comer e fui para a sala de cinema. Me joguei no sofá ao lado de minha irmã que já havia separado o filme que iríamos ver, então aproveitamos o nosso horário livre como dois irmãos que se amavam.
Eu sempre amei Sina. Desde quando ela nasceu, eu a protegia com unhas e dentes e ainda fazia, fiz isso por Heyoon também. Os anos foram passando comecei a notar os olhares que começaram a surgir entre as duas e foi numa tarde de outono que a minha irmãzinha disse que era apaixonada pela minha melhor amiga. Fiquei bem feliz com a notícia.
Tá ok, talvez eu tenha surtado na hora que a Sina me disse, porque ainda a via como um bebê. Mesmo aos 14 anos, ela sempre seria a minha caçulinha, foi então que decidi ter uma conversa com Heyoon, que admitiu que tinha medo de falar que amava Sina, por ter medo de nossa família não gostar da ideia. Prometi que as ajudaria a contar para todos e foi apenas no aniversário de 15 anos da Sininho que as duas tiveram coragem para contar que estavam namorando. Minha mãe começou a chorar, meu pai e o pai de Heyoon gritavam de alegria, foi o dia mais maluco de todos, mas agora, tudo que a minha mãe sonhava era me ver feliz assim como minha irmã e minha cunhada eram. Difícil era arranjar uma mulher que me amasse, que eu amasse e que quisesse assumir o papel de rainha.
Savannah P.O.V
Passei o restante da tarde toda rindo e conversando com Heyoon, apenas no final da tarde que sua esposa telefonou e decidi deixá-la sozinha. Depois disso combinamos de sair no dia seguinte para ela conhecer um pouco da minha cidade. Parecia que éramos amigas há vários anos pelo tanto de assuntos que tínhamos a falar, mas se alguém nos perguntasse e soubesse a verdade, ficaria completamente surpreso.
Depois que Heyoon foi embora, fui junto com meus pais para a casa deles e acabei jantando por lá, até tentaram me convencer a dormir, mas falei que teria compromisso cedo e consegui voltar para casa. Ao chegar, tomei um belo banho, coloquei meu pijama e me deitei. Mandei uma mensagem para Heyoon apenas confirmando o horário do nosso passeio e dormi tranquilamente.
A semana passou voando. Entre um compromisso e outro, não vi os dias indo embora e muito menos as horas. Hoje já era sábado e eu tinha esquecido uma reunião, como sempre acontecia na minha vida. Por isso, fui acordado às pressas, nem tive tempo para comer alguma coisa decente antes de ir até o parlamento para a reunião com os governantes de outros estados.
Minha noite de cinema foi maravilhosa. Passar um tempo com minha irmã sempre me deixava de bom humor, ainda mais assistindo os nossos filmes favoritos com direito a pipoca e refrigerante. Foi um momento nosso, ultimamente é difícil termos momentos assim, já que agora tenho um reino pra comandar e mil deveres reais.
Durante todo o trajeto até o parlamento, minha mãe me questionou sobre quando eu iria arrumar uma namorada ou quando pretendia casar. Segundo ela, seria bom eu estar casado tempos depois de assumir o reino, porém isso não irá acontecer, já que eu não tenho ninguém. A última pessoa pela qual eu fui apaixonado se chamava Emilly. Ela morava nas Maldivas, mas nos conhecemos enquanto eu estava na Tailândia, ajudando a reconstruir as escolas que haviam sido destruídas durante um tsunami.
Começamos a nossa relação apenas como amigos, mas as coisas foram ficando mais intensas entre nós e durante um passeio noturno, resolvi me declarar para ela. Eu jamais imaginaria que iria acontecer aquilo, mas ela abriu um sorriso triste em minha direção e disse que já estava casada, seu marido era médico e ajudava no hospital tailandês. Meu coração quebrou, partiu-se em mil pedaços, mas eu continuei lá para ajudar as pessoas. Quando voltei para casa, jurei que jamais iria me apaixonar por alguém.
Enfim, durante a reunião no parlamento, recebi uma mensagem da minha cunhada, acabei me distraindo um pouco e perdi alguns minutos conversando com ela, até Yoon dizer que iria sair para conversar com uma nova amiga. Claro que ela curtiu me mandando umas indiretas de que a amiga dela é gente boa e que eu precisava conhecê-la. Afinal, Heyoon e eu crescemos juntos, tínhamos intimidade para isso, ela fazia parte da minha história desde sempre.
— Quando a senhora falou que a Yoon voltará? — perguntei depois de entrarmos no carro.
— Pelo o que ela me informou, ela deve chegar amanhã perto do horário do almoço, por que a pergunta? — minha mãe respondeu.
— Queria estar em casa quando Heyoon chegasse, temos mesmo que ir para Brantford amanhã? — falei e minha mãe sorriu fraco.
— Infelizmente, não vamos ver ela chegar, mas vou mandar prepararem um belo café da manhã na segunda para passarmos um bom tempo conversando com ela, já que só voltaremos amanhã à noite — explicou minha mãe e eu suspirei fraco.
— Tudo bem mãe... Como a senhora preferir — disse, vendo ela segurar minha mão.
— Eu sei que é difícil para você ter que pensar que em breve você terá que cuidar de tudo sozinho, mas mesmo assim, eu e Sina sempre estaremos aqui para lhe aconselhar. Além disso, Heyoon sempre será seu braço direito.
— Obrigada, mãe... — falei sorrindo para ela.
Não tardamos muito em chegar à nossa casa. Durante a tarde apenas teria alguns documentos para ler e atualizar, então pude almoçar tranquilo com minha família e depois sim, segui para mais uma longa tarde dentro de meu escritório.
Savannah P.O.V
A semana passou voando! Heyoon e eu nos tornamos muito próximas, era como se realmente fossemos amigas há anos. Na verdade, era isso que eu sentia. Durante aqueles dias, conheci mais sobre ela e claro que Heyoon também me conheceu melhor, tanto que até dormiu na minha casa e agora estávamos jogadas no meu sofá da varanda enquanto conversamos bobagens até o almoço ficar pronto.
— Eu acabei de ver alguns papéis na mesinha, sobre uma história, faculdade e tals, você já não é formada? — questionou Heyoon.
— Sim, mas estou fazendo o doutorado e preciso contar uma história real, de alguém que fez ou faz a diferença no mundo... Estou quase desistindo — falei, suspirando baixo, e ela me encarou.
— Por que vai desistir? Ainda tem histórias que precisam ser contadas. — Ri fraco.
— Eu só queria que uma história caísse no meu colo — falei e ela riu alto.
— Pois ela acaba de cair! Eu tive uma ideia! — ela disse toda animada e se levantou do sofá.
— Que ideia, Yoon? — questionei e ela soltou uma risadinha enquanto eu me levantava do sofá.
— Eu preciso dar um telefonema agora, é meio que urgente, mas assim que eu terminar, eu te conto.
— Tudo bem, fica à vontade para ligar, eu vou terminar nosso almoço.
Caminhei até a cozinha para ver se a carne já estava bem assada, tirei a mesma do forno e coloquei a forma de batatas com queijo no lugar da carne. Levei a carne para a mesa junto com o arroz e voltei para vigiar as batatas, afinal, eu não queria que elas queimassem.
Fiquei curiosa com a ideia que Heyoon teve. Ela estava me escondendo alguma coisa sobre ela, mas eu não sabia o que era e nem deveria perguntar, já que nos conhecemos há poucos dias, mas esse mistério todo me deixava intrigada. Ela me mostrou uma foto dela e de sua esposa, me contou um pouco da vida delas, mas eu ainda sentia que tinha algo bem misterioso que eu deveria saber. Só me restava esperar por ela me contar.
— Voltei! Sav? — Heyoon me chamou e saí da cozinha com a forma das batatas já prontas.
— Nosso almoço está pronto!
— Graças a Deus, eu estava pra sumir de tanta fome! Isso está lindo, Sav! — ela disse se sentando.
— Obrigada! Conseguiu dar o seu telefonema urgente? — perguntei e ela sorriu, concordando com a cabeça.
— Consegui sim, eu prometo que depois do almoço eu conto tudo.
Almoçamos no meio da bagunça, já que começamos a contar fatos aleatórios sobre nossas vidas, bobagens que havíamos feito, coisas engraçadas e quando percebi, já estávamos jogadas novamente no sofá, desta vez assistindo TV.
— Acho que agora posso te contar sobre a minha ideia — disse Yoon e eu prestei atenção nela.
— Sou toda ouvidos, pode me contar.
— Tem uma coisa que você ainda não sabe sobre mim ou sobre a minha família, mas eu sei que posso te ajudar com a história pra sua tese.
— Me conta logo, tô curiosa! – disse e ela riu.
— Você topa ir comigo pro Canadá e contar a história do Josh Beauchamp? — ela sugeriu e eu fiquei de boca aberta.
— O príncipe festeiro? Como você os conhece?
— Eu vou te explicar tudo... Meus pais eram amigos de longa data do rei John e da rainha Úrsula, cresci junto com os filhos reais... E agora sou casada com a princesa Sina e o Josh é meu cunhado, além de ser meu melhor amigo.
— Eu sabia que conhecia o nome “Sina” de algum lugar!
— Exatamente... Bom, a minha ideia é você ir comigo para o Canadá e morar conosco por alguns meses. Você seria a dama de honra da Sina, já que ela passa muito tempo sozinha quando eu estou viajando e assim você pode contar a verdadeira história do Joshua — ela disse animada.
— Espera aí... Eu ainda tô processando tudo na minha cabeça... Você é uma princesa?! Caramba, eu deveria te tratar mil vezes melhor — falei e ela riu alto.
— Eu não sou uma princesa, relaxa. Aliás, eu já lhe considero a minha melhor amiga então nem pense em me tratar diferente — falou a coreana rindo e eu ri junto.
— Você é casada com a Sina e não é princesa? – perguntei confusa.
— É isso, quando casei com ela eu ganhei o título de Duquesa e não de princesa — explicou.
— Enfim, como eu vou ir com você? Eu não posso largar tudo assim...
— Se acalma, Sav. Se você topar a ideia, damos um jeito de organizar tudo na faculdade sobre a sua pós e amanhã estaremos no Canadá — ela disse e eu suspirei, pensando no lado bom de tudo isso.
— Okay, eu topo! É isso aí, mundo, Savannah Clarke vai ser dama de honra de uma princesa — disse animada e ela soltou um grito de felicidade.
Josh P.O.V
Quando o dia terminou, saí do meu escritório direto para o quarto. estava tão cansado que iria pedir para alguém levar o jantar até meus aposentos reais, pois estava com preguiça. Enquanto caminhava para meu quarto, acabei passando em frente ao quarto de minha mãe e como a porta estava entre aberta, decidi entrar, mas observei que ela estava ao telefone conversando com alguém.
— Tudo bem... Claro! Eu amei a sua ideia! Irei preparar tudo para a chegada dela... Está certo, lhe vejo em breve... Beijos, querida. — ela desligou o telefone.
Com quem será que ela falava? O que ela iria preparar? Ela não estava muito íntima dessa pessoa? Eram tantas perguntas que eu queria saber a resposta, mas sabia que ela não me falaria agora.
— Mãe? Posso entrar? — perguntei da porta.
— Claro, meu filho, pode entrar sim.
— Está tudo bem? A senhora está bem animada... — Ela riu alto.
— Eu também posso ter meus segredos filho... No que posso te ajudar? — ela perguntou e eu sorri fraco.
— Posso jantar no meu quarto? Estou muito cansado e com dor de cabeça... — Ela deixou um beijo na minha testa.
— Claro, filho, vou mandar seu jantar para lá junto de uma aspirina, tome depois de comer e durma bem, vamos sair daqui antes do sol nascer.
— Ok, boa noite, mãe. — Deixei um beijo na bochecha dela e saí, indo direto para o meu quarto.
Aproveitei para tomar um banho relaxante. Vesti uma calça de moletom e saí do banheiro depois de secar os cabelos, encontrando meu jantar na bandeja. Coloquei um filme, jantei tranquilo assistindo TV e depois disso, aproveitei para descansar já que tinha que viajar antes do sol nascer. Boa noite!
Eu ainda não acreditava que tinha topado aquela ideia maluca da Heyoon, mas agora era tarde demais pra querer fugir da doideira. Quando eu topei, Heyoon e eu fomos conversar com meus pais e eles ficaram bem felizes com essa minha viagem de última hora e essa ideia maluca da Heyoon para que eu conseguisse escrever a minha tese... Depois voltamos para meu apartamento, arrumamos as minhas coisas e deixamos tudo organizado.
Na hora combinada, meus pais passaram na minha casa para nos levar ao aeroporto, agora já havíamos despachado as malas e estávamos indo em direção ao portão de embarque.
— Prometa que vai nos ligar sempre que tiver um tempo livre — pediu minha mãe me encarando.
— Prometo sim, mãe — falei sorrindo e recebi um abraço do meu pai.
— Tome cuidado, estrelinha, e não vá se apaixonar pelo príncipe... — ele brincou e todos riram.
— Savannah nem pode prometer isso... — disse Heyoon rindo.
— Posso sim e sei que isso nunca vai acontecer — falei e abracei minha mãe, que começou a chorar.
— Tá bem, se você diz — Yoon disse sorridente.
— Eu te amo, princesa... — disse minha mãe chorando.
— Amo vocês, se cuidem — falei sorrindo para ela e saí do abraço.
— Prometo devolver a filha de vocês em alguns meses sã e salva — disse Yoon e nós rimos.
— Nós sabemos disso... Façam uma boa viagem! — meu pai disse sorrindo e nós duas enfim entramos na parte de embarque.
Não tardou muito até acharmos o nosso portão de embarque, então esperamos alguns minutos até embarcar na primeira classe para que Heyoon não fosse reconhecida, já que ela fazia parte da alta sociedade do Canadá e era casada com a realeza, enfim... Quando finalmente nos sentamos, acabei olhando pela janela e pensando no quão doido era a reviravolta que minha vida havia acabado de levar, mas de uma coisa eu tinha certeza: Seria a melhor aventura!
Josh P.O.V
Pontualmente às 5h da manhã, minha mãe e eu entramos no carro. Até estranhei o fato dela ter ficado alguns minutos falando com os funcionários, mas devia ser apenas pelo fato de estarmos indo em uma viagem demorada e ela apenas querer manter as coisas em ordem estando fora de casa. Sei lá, parecia estranho já que Sina ficaria por aqui mandando em tudo.
Nossa viagem de carro demoraria em torno de três horas, mas como não era um horário de movimento nas estradas, chegamos na cidade às 7h20 da manhã, paramos na casa de uns amigos da família que nos convidaram para passar a manhã com eles e assim ficamos na casa deles até às 14h, e decidimos fazer a reunião ali mesmo. Depois minha mãe sugeriu que fôssemos até o orfanato das Irmãs de Serena Misericórdia, então fomos para lá.
— Boa tarde, majestades, sejam bem vindos ao nosso orfanato — disse a madre superiora depois de fazer uma reverência.
— Boa tarde, Madre, como andam as coisas por aqui? — minha mãe perguntou enquanto andávamos pelo orfanato.
— Estamos andando conforme conseguimos majestade... Tentamos fazer campanhas para arrecadação de roupas e calçados em todas as trocas de estações, para que todas as crianças possam ter roupas suficientes — a madre continuou explicando tudo para minha mãe enquanto elas andavam para sabe se lá onde.
Eu havia parado na metade do caminho encontrando algumas crianças jogando bola no grande jardim, então me aproximei devagar até a bola parar em meus pés. Comecei a fazer algumas embaixadinhas, as crianças comemoravam enquanto eu terminava. No final eu devolvi a bola para elas, que me puxaram para brincar.
Isso era algo que eu amava, sempre amei ajudar as pessoas, brincar com crianças e dar a atenção pro povo. Sentia vergonha em fazer discursos e desfilar por aí de forma elegante, me sentia melhor falando e conversando normalmente com as pessoas sem o peso do meu título nas costas. Ninguém me conhecia como o homem que sou, apenas me conhecem como o príncipe rebelde, o garoto que fugiu depois da morte do pai, para curtir festas e mulheres, mas isso era uma total mentira sobre mim.
— Josh! — minha mãe me chamou e eu parei o jogo rindo fraco.
— Desculpa mãe, acabei fazendo alguns amigos! — Ela riu.
— Crianças, dêem as boas vindas a rainha Úrsula e ao príncipe Josh — falou a madre superiora e as crianças calorosamente gritaram oi.
— O que acham de eu contar uma aventura para vocês? Se a madre permitir... — Vi as crianças suplicarem a madre.
— Claro que sim príncipe, Vossa Alteza pode ficar à vontade — ela disse e saiu dali com minha mãe.
Fiz as crianças se sentarem em uma roda e comecei a contar uma história que meu pai me contava quando eu tinha a idade deles. Era sobre um jovem que atravessava o deserto em busca de um tesouro perdido. Passei o restante de minha tarde ali, com as crianças, contando histórias e brincando até que tivemos que nos despedir e ir ao jantar na casa do primeiro ministro. O jantar era apenas uma formalidade, um encontro para falarmos sobre algumas pendências políticas que precisavam ser resolvidas e uma forma de eu me familiarizar ainda mais com as questões do meu país. Quando o jantar finalmente terminou, nos despedimos da família do primeiro ministro e seguirmos a nossa viagem até nosso doce lar.
Voltamos ao carro em um silêncio confortável, trocando apenas poucas palavras com minha mãe, já que tanto ela como eu estávamos exaustos. Quando finalmente chegamos em casa, já estava tarde, então não conseguiria ver minha cunhada já que ela e minha irmã deveriam estar matando a saudade, se é que vocês entendem.
Fui para meu quarto, tomei um banho rápido, vesti uma roupa mais confortável e ainda sem sono resolvi ir até a biblioteca. Andei em passos suaves já que o castelo estava quase todo escuro, pois já passava das 23h. Todos estavam em seus quartos e eu não poderia chamar atenção com o barulho, então com minhas habilidades adquiridas desde novo, consegui entrar na biblioteca fechando a porta sem fazer nenhum som. Apenas com a luz da lua que entrava pelas janelas, eu consegui chegar à sessão de livros que eu estava com vontade de ler, mas algo, ou melhor, alguém me fez perder o rumo ao me encarar com um belo olhar de safira.
Savannah P.O.V
Ao chegar no Canadá, eu pude notar de longe as grandes diferenças do meu país para esse, ao começar que aqui eles estavam no outono — ou seja, eu que viajei com roupa leve, acabei de me arrepender. Além disso, as belezas daqui não eram nada comparadas às da Austrália.
— Bem vinda ao Canadá, Sav! — disse Heyoon animada depois de entrarmos no carro que nos levaria direto ao castelo.
— Obrigada! Acho que estou num misto de animação com nervosismo. — Ela riu.
— Não se preocupe, apenas Sina vai estar em casa — ela disse e eu suspirei baixo, olhando pela janela.
Depois de alguns minutos, acabamos entrando na estrada real, e não tardou até eu ver o castelo. Ele era mais bonito ainda do que nas fotos que Heyoon me mostrou. O carro então parou na frente das escadas e logo um homem abriu a porta para nós.
— Bem vinda novamente, Duquesa — ele disse formal e Heyoon saiu do carro para que logo eu saísse.
— Obrigada! É bom estar de volta em casa — ela disse sorridente.
— Yoon! — gritou uma moça loira saindo do castelo e correndo em nossa direção. Vejo Heyoon abrir os braços e as duas se abraçaram com força.
— Oi, amor! Eu disse que não iria demorar — disse a coreana dando um selinho nos lábios da esposa.
— Eu acredito sempre... Oi, Savannah, é um prazer finalmente lhe conhecer — disse a loira sorridente me dando um abraço que eu retribuí.
— Eu posso falar o mesmo... Você é tão linda quanto Heyoon descreveu.
— Heyoon sempre fala como se eu fosse a pessoa mais linda do mundo — disse Sina rindo.
— Para mim você sempre será — disse Heyoon, beijando a bochecha da esposa.
— Obrigada, amor... Bom, vamos entrar para almoçarmos logo e depois fazer um tour pelo castelo — disse Sina empolgada e nós entramos.
Passamos por vários cômodos até chegarmos à sala de jantar, onde uma linda mesa estava preparada com vários pratos e flores decorando a mesa. Sentamos nos lugares livres e começamos a almoçar, claro que conversávamos sobre tudo durante o tempo. Depois da sobremesa, Sina e Heyoon me levaram para conhecer todo o castelo, além de me mostrarem o quarto no qual eu iria ficar e ali eu fiquei. Tomei um banho relaxante, troquei de roupa, enquanto as meninas foram matar a saudade. Liguei para meus pais, contei tudo até chegar aqui, aproveitei para organizar algumas coisas no meu closet e aí fui jantar com as meninas. Depois disso Sina e Heyoon foram passear e voltei para meu quarto mais cedo, para organizar minhas coisas e minhas roupas no closet.
Ao olhar no relógio, notei que já era próximo das 23h, como ainda estava sem sono e as garotas haviam permitido que eu fosse a qualquer lugar do castelo, aproveitei para ir à biblioteca. seria bom procurar algum livro para ler até me dar sono.
Depois de entrar na biblioteca, liguei a lanterna do telefone, andei pelas prateleiras até achar a sessão de livros de romance. Passados alguns minutos, eu estava me esticando para pegar um livro que estava muito alto até que vi um vulto, uma sombra, onde apenas os olhos azuis se destacavam. Era isso, eu estava muito ferrada.
Eu jamais imaginaria que ao entrar na biblioteca, encontraria uma pessoa tão linda como ela. seus cabelos de um castanho claro tinham um brilho a mais, parecia que a luz do luar dourado destacava ainda mais as belezas dela. seus olhos eram de um azul claro, mas estavam se tornando mais escuros conforme ela parecia perceber o que estava acontecendo conosco naquele momento.
Como um pequeno surto de lembrança da parte dela, vi ela soltar o livro de uma forma meio errada fazendo com que vários livros caíssem ao mesmo tempo. ela deu um gritinho de susto e tentei me aproximar para ajudar, mas em questão de segundos, a garota tropeçou e caiu sobre mim depois de um livro atingir sua cabeça.
Nós nos encaravamos agora com os rostos quase colados. reparei em suas bochechas coradas, na sua timidez e na sua vontade de rir, até que começamos a rir alto os dois e ela caiu ao meu lado ainda rindo.
Não conseguia explicar o que estava acontecendo, mas eu sabia que algo tinha mudado ali naquela hora, parecíamos dois amigos de longa data rindo de uma bobagem, sendo que eu nem sabia o nome dela. Levantei-me ajudando a bela dama a se levantar também depois de pararmos de rir, então achei que era a hora de uma conversa normal.
— Peço perdão pelo susto — falei educadamente.
— Perdoe-me, Príncipe Josh... — ela disse depois de fazer uma reverência.
— Posso saber quem lhe deixou vir aqui?
— A princesa Sina e a duquesa Yoon me autorizaram a andar por todo o castelo na hora que eu quisesse — ela respondeu e eu afirmei com a cabeça.
— Ok. Deixe-me lhe ajudar com os livros. — Ela sorriu sem mostrar os dentes. Não tardamos muito em organizar os livros no lugar.
— Peço perdão novamente, Vossa Alteza, devo voltar aos meus aposentos para deixá-lo a sós — ela disse depois de esticar a saia de seu vestido curto.
— Está tudo bem, senhorita... — fiz uma pausa na fala esperando descobrir seu nome.
— Ah! Chamo-me Savannah, mas todos me chamam de Sav... — ela disse sorrindo, e que lindo sorriso.
— Lindo nome, Savannah... Não precisa se retirar só porque apareci, se minha irmã e minha cunhada lhe autorizaram a estar aqui, você pode ficar à vontade, já que deve estar aqui pelo mesmo motivo que eu...
— Estou totalmente sem sono. majestade... Preciso me adaptar ao fuso horário... — ela disse rindo fraco e eu lhe acompanhei, soltando uma risada.
— Pode me chamar apenas de Josh quando não houver ninguém ao redor, prefiro assim sem o “majestade ou o príncipe”... Mas me diga, você é de onde? — perguntei andando até os sofás que haviam ali, vendo a loira me seguir.
— Eu sou da Austrália, acabei vindo pra cá por conta da duquesa Heyoon... — ela explicou se sentando e eu me sentei na poltrona à sua frente.
— Ah, eu nem lembrava que a baixinha iria voltar hoje. Deve ser amiga dela, certo?... Bom, espero que a viagem tenha sido tranquila e que você esteja gostando do meu país... — falei e ela sorriu.
— Com certeza, prínci... Quero dizer, Josh. Eu estou amando o Canadá, é tudo muito diferente do meu país, começando por aqui não ter cangurus que podem te bater na porta da sua casa... — falou e eu ri alto.
— Como assim tem cangurus querendo te bater? — perguntei e ela riu.
— É uma longa história, mas assim como cangurus, tem os crocodilos que podem te devorar... Enfim, aqui é maravilhoso, estou doida pra ver a neve... — ela falou sorridente.
— Você nunca viu neve? — Ela negou com a cabeça.
— Não neva no meu país e, quando viajamos, é somente para a praia — ela explicou.
— Então, Savannah... Conte-me sobre essa história dos cangurus... — pedi e ela riu.
Acabamos esquecendo as horas enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias. Ao ouvir as histórias da loira, acabei ficando ainda mais encantado por ela, mal havia visto a mulher a minha frente e já estava admirado com sua beleza, seu carisma, sua humildade e sua alegria de viver. Passamos mais um tempo conversando até que ao olhar no telefone, percebi que já passava das 3 da manhã.
— A nossa conversa está muito boa, mas já passou das 3 da manhã — falei e ela se assustou.
— Eu achei que tinha passado alguns minutos e não várias horas... — ela disse e nós rimos.
— Vamos dormir... Vou lhe acompanhar até seu quarto...
Nós nos levantamos do sofá, andamos até a porta e eu a abri devagar. Saímos da biblioteca, fecho a porta novamente, já que os guardas sempre abrem e fecham as portas em certo horário. Caminhamos lado a lado até chegarmos no quarto de Savannah. Ela abriu a porta, entrou no quarto e se virou para me encarar.
— Obrigada por me acompanhar até aqui Josh — disse ela sorridente.
— De nada, Savannah. Tenha uma boa noite — falei sorrindo.
— Até amanhã, príncipe Josh — ela disse, fechando a porta.
Sorri um pouco e andei até meu quarto. entrei, fecheo a porta, me joguei na cama e sorri igual um idiota pensando nesta final de noite maravilhosa que eu tive. não conhecia ainda Savannah, mas podia falar que já encontrei uma nova amiga, quem sabe... Ela era gentil e divertida e, com os pensamentos nela, acabei pegando no sono.
Eu acordei mais animado do que nunca naquela manhã. Estava feliz em ter que enfrentar pilhas de documentos para ler e organizar, além de possíveis problemas que surgissem durante o dia. Creía que minha animação tinha a ver com Savannah, já que a loira havia me feito rir muito na noite anterior, tanto que acho até que meu coração havia errado algumas batidas, mas devia ser bobagem da minha mente.
Entrei na sala de jantar encontrando minha mãe sorridente. ela me abraçou feliz e depois voltou a falar com uma das cozinheiras, parecia que eu não era o único de bom humor. Ficamos alguns minutos no aguardo de minha irmã e minha cunhada para tomarmos o nosso café da manhã em família, até que as duas entraram alegres, mas não estavam sozinhas. Era melhor eu me ajeitar, não queria parecer bagunçado.
Savannah P.O.V
A noite anterior foi maravilhosa. Confesso que fiquei com medo quando o príncipe chegou na sala, pensei até que ele seria grosso e babaca, como costumavam falar dele na internet. Ao contrário disso, ele foi gentil, atencioso, divertido e muito cavalheiro ao me deixar na porta do quarto para garantir minha segurança.
Já de manhã, tomei um bom banho, arrumei meus cabelos, fiz uma maquiagem básica para ficar apresentável. Já que seria a dama de companhia da princesa, precisava estar sempre bonita, então coloquei um vestido azul marinho ombro a ombro solto e de comprimento acima do joelho. coloquei um salto prata, meus brincos e me certifiquei que estava bonita quando ouço batidas na porta.
— Sav! Que bom que está acordada! Vamos tomar café! — disse Heyoon depois de adentrar no meu quarto junto de Sina.
— Bom dia, Sav! Você está tão linda! Acho que a princesa dessa relação vai ser você — disse Sina sorrindo.
— Achei que não estava vestida a altura do meu novo cargo, afinal, tenho que estar apresentável para ser sua dama de companhia — disse e elas riram.
— Você está deslumbrante! E não se preocupe com as roupas, sempre que precisarmos sair do castelo para algum evento ou tenha um evento aqui, eu lhe avisarei com antecedência, às vezes iremos fazer os vestidos com o nosso estilista... Até então, não se preocupe com isso, até porque eu mesma não me importo, gosto do básico — disse Sina.
— Tudo bem então... Eu ouvi bem, vou ter vestidos feitos por um estilista apenas pra mim? — falei rindo e elas riram saindo do quarto comigo.
— Sim sim, você vai amar ficar aqui, temos vários eventos que precisamos usar vestidos chiques... Em breve tem o baile de inverno — disse Heyoon sorrindo.
— Este é o baile que vocês fazem na chegada do inverno certo? Para comemorar o solstício de inverno? — perguntei curiosa.
— Este mesmo! Logo vai saber tudo sobre a gente — disse Sina rindo e entramos na sala de jantar da família real.
— Bom dia, meninas! — cumprimentou a rainha Úrsula sorrindo.
— Bom dia! — Sina e Heyoon responderam e eu fiz uma reverência.
— Bom dia, Majestade — falei após me levantar.
— Bem vinda, Savannah! Espero que tenha feito uma boa viagem e que todos estejam lhe tratando bem — ela disse se aproximando e me deu um abraço apertado.
— A viagem foi ótima e todos são muito atenciosos — falei depois de retribuir o abraço e ela sorriu, andando até a mesa.
— Meu filho, não seja mal educado... Savannah, este é meu filho, príncipe Josh — ela disse e o loiro se aproximou, fiz uma reverência e ele sorriu.
— Bem vinda, Savannah... — ele disse sorrindo e eu abri um sorriso.
— Obrigada, Majestade — falei e logo todos estávamos sentados.
Durante o café da manhã, respondi várias perguntas que a rainha fazia, tirei todas as dúvidas dela com toda certeza. Depois do questionário estar devidamente respondido, terminamos nosso café da manhã em conversas agradáveis e muita risada com algumas histórias sobre a família real.
— Bom, eu preciso ir, o dever me chama... — A rainha se levantou e todos a imitamos.
— Nos vemos no almoço, amor, vou mostrar algumas coisas para a Sav — disse Sina dando um selinho na sua esposa.
— Até a hora do almoço, divirta-se Sav — disse Heyoon saindo junto com Josh e Úrsula.
— Bom, parece que eu preciso aprender o que uma dama de companhia faz... — disse e ela riu alto.
— Não se preocupa, você não terá que fazer nada absurdo... Você só terá que ir em eventos, jantares, clubes e coisas do tipo, irá me acompanhar durante o dia a dia nas minhas atividades e me auxiliar com algumas coisas, tenho certeza que iremos ser melhores amigas — ela explicou enquanto andamos pelo castelo.
— Ah! Eu achei que iria ser igual nos livros de história... E sobre a nossa amizade, tenho certeza que vai dar certo — falei rindo e ela riu mais enquanto saíamos do castelo.
— Hã, não chega nem perto da história dos livros... Primeiro de tudo, hoje vou te mostrar no que eu me formei... — ela disse animada.
Acabei me aproximando de Sina durante a manhã. conheci os animais que viviam no castelo, vi Sina tratar e cuidar de cada animalzinho com tanto amor e dedicação, agora eu sei o porquê de a Heyoon ser doida pela esposa, a loira era um amor de pessoa. Durante o almoço, as conversas foram em torno de deveres, leis e projetos reais, nesse momento eu almocei bem quieta. Após isso, fomos para o atelier do estilista, ele tinha uma sala própria dentro do castelo, mas ele trabalhava no centro da cidade.
Harry tirou as minhas medidas, fez um teste de cores para saber quais combinavam mais com meu tom de pele e depois disso, fomos para o quarto da princesa Sina para ficar conversando. Na hora do jantar, comemos em silêncio, já que todos deviam estar cansados demais. Depois segui para meu quarto, tomei um belo banho, falei alguns minutos com meus pais e me joguei na cama para ficar apenas mexendo no celular.
Josh P.O.V
Meu dia havia sido corrido demais na parte da manhã, mal havia tido tempo para uma pausa de ir no banheiro ou algo do tipo. no almoço acabamos falando muito sobre trabalho, mas isso não me impediu de ficar observando Savannah. Ela havia se dado bem com minha irmã, tanto que as duas estavam em um papo animado entre cochichos e risadinhas. Não consegui falar direito com a loira, já que mal terminou o almoço, Sina já saiu puxando Savannah pelo braço enquanto as duas riam. Fiquei observando a cena enquanto as duas sumiam pelos corredores até que sou tirado dos meus pensamentos quando Heyoon me chamou.
— Terra chamando Joshua — ela disse com uma voz fina.
— Não enche, baixinha — disse e ela riu, me acompanhando para o escritório.
— É impressão minha ou você estava encarando a Sav durante o almoço? — perguntou ela fechando a porta do escritório.
— Impressão sua... Eu não estava encarando a “Sav” — brinquei com o apelido da loira e a coreana riu, mas logo cruzou os braços.
— Beauchamp, você não me engana, estava sim encarando a Sav! — ela disse animada e eu ri alto.
— Eu preciso te contar uma coisa... — Ela se sentou na cadeira na minha frente toda sorridente. Às vezes Heyoon me lembrava daqueles filhotes de cachorro que são super animados, até esquecia que ela era minha cunhada quando tinha que contar algo.
— Anda, fala logo que eu já estou curiosa... – falou sorridente tirando do bolso o chocolate que eu havia trazido pra ela.
— Você anda com chocolate por aí? — Ela afirmou.
— Ando, nunca se sabe quando vou ouvir fofoca... Não me enrola mais!
— Ok... Conheci a Savannah ontem à noite, na biblioteca... Ela estava tentando pegar um livro, se assustou comigo ali, derrubou tudo e ainda caiu em cima de mim, começamos a rir igual idiotas e depois arrumamos tudo... Ficamos conversando até as 3 da manhã, não vimos o tempo passar... — A menor arregalou os olhos.
— Peraí, você e Sav se conhecem em alguns segundos e já ficaram um por cima do outro? Que rápidos, deve ter sido uma boa forma de “prazer em te conhecer”... Isso vai dar casamento! — ela falou rindo.
— Não viaja, Yoon, mal conheço a menina... Além do mais, ela é só uma nova amiga na minha vida.
— Ok, eu não falo nada, mas quando precisar de um abraço para desabafar, eu estou sempre aqui — falou a mulher à minha frente e eu sorri, afirmando com a cabeça.
O restante do dia passou voando. Durante o jantar, ficamos todos mais quietos, afinal estávamos cansados e tudo que merecíamos era um pouco de silêncio. Fui reto para meu quarto, tomei um banho, vesti uma calça de moletom branca, fiquei sem blusa mesmo e me deitei na cama.
Peguei meu telefone e comecei a mexer no insta até achar uma foto que Sina havia postado ao lado de Savannah, junto com o insta dela. Então entrei no insta da loira e comecei a seguí-la, dei uma breve olhada nas fotos e depois desliguei meu telefone para finalmente dormir.
Já haviam se passado alguns dias desde que eu cheguei ao castelo, então eu já estava me acostumando à rotina, mas claro que nem todo dia era a mesma coisa. Isso se encaixava neste exato momento, onde eu estava prestes a andar de cavalo. Já havia andado antes, mas já tinha um tempão.
— Você vai andar na Twilight, ela é uma fofa e super calminha. — Sina trouxe uma égua preta com a crina meio prateada.
— Ela é linda, Sina! Oi, Twilight... — Fiz um carinho nela, que se aproximou mais.
— Ela gostou de você! Que ótimo! Eu vou no Dash, meu cavalo da sorte — ela disse rindo fraco e montou no cavalo marrom de manchas brancas.
— Tudo bem! Vamos lá — falei montando na égua.
— Eu vou indo na frente pra te guiar, você acha que consegue seguir meu ritmo?
— Claro que sim! Mostre-me o caminho, princesa. — Ela riu começando a cavalgar rápido com seu cavalo.
— Vamos lá menina... — falei e comecei a acompanhar Sina.
No início foi tudo maravilhoso, estava seguindo Sina e me divertindo. Fazia muito tempo que não sentia meus cabelos voarem, o vento me levar, a sensação de liberdade, isso até entrarmos em uma floresta.
Sina me disse que teríamos que passar por ela para chegarmos ao lago, onde ela queria tanto me mostrar a pequena casa que era de sua família. Estava dando tudo certo, até eu acabar perdendo Sina de vista. Diminuí a velocidade para tentar encontrar ou ouvir a loira, mas tudo que ouvi foram alguns sons esquisitos.
Twilight começou a rodar devagar, ficando assustada. Tentei acalmar a égua até que um barulho alto a fez ficar sobre duas patas e me jogar para trás. Fechei os olhos já imaginando o grande tombo que estava por vir, mas fui surpreendida ao cair em algo macio.
— Por acaso você tem um ímã pra cair sempre em cima de mim? — alguém perguntou e eu abri os olhos, encontrando os olhos claros de Josh.
— Josh! Graças a Deus! — disse ficando corada e ele riu, me soltando delicadamente no chão e acalmando, em seguida, a égua.
— Tudo bem, Twilight, já passou... — Ele fez um carinho na égua que ficou mais calma e foi até o cavalo branco que eu suspeitava ser de Josh.
— Obrigada por me ajudar... Eu provavelmente teria quebrado alguma parte do meu corpo agora — disse e ele riu, voltando a ficar em minha frente.
— Não precisa agradecer, o que importa é que você está bem e está segura... Onde estava indo sozinha?
— Na verdade, eu me perdi da Sina... Ela ia me mostrar o lago e a casa da sua família, mas perdi o ritmo quando ouvi um barulho estranho.
— Tudo bem... Vem, sobe aqui — Ele ficou em frente a égua.
— O que você quer fazer? — perguntei me aproximando devagar.
— Vou te ajudar a achar Sina... — disse o loiro e eu fiquei na sua frente.
— Tudo bem... Mas primeiro me diga como eu posso lhe recompensar por ter salvo a minha bunda de uma bela queda... — falei e ouvi sua risada.
— Você e sua bunda podem me agradecer em um outro momento... — ele disse rindo e eu ri junto.
Seus braços então rodearam a minha cintura, me deixando sem ar por alguns segundos. Suas mãos seguraram com firmeza o meu corpo até me levantar e me colocar sentada de lado na égua preta. Ainda um pouco aérea, observei o loiro montar rapidamente em seu cavalo branco e ri fraco dos meus pensamentos. Realmente Josh era um príncipe montado no seu cavalo branco, o sonho de toda garota e eu era a única apreciando a vista... E que vista.
— Sav? — Ele estalou os dedos me trazendo de volta a realidade.
— Sim, Josh? — perguntei e ele sorriu, um lindo sorriso por sinal. Merda Savannah, foca no garoto!
— Assim que eu descobrir a forma que você pode me agradecer lhe avisarei, tudo bem pra você?
— Nada mais que justo! — eu disse e rimos juntos.
Começamos a cavalgar novamente, dessa vez lado a lado, de forma tranquila até sairmos da floresta e logo uma casa de madeira clara estava à nossa frente. cavalgando mais um pouco deixamos os cavalos em uma parte fechada ao lado da casa para então irmos até a entrada da casa vendo Sina sair correndo da casa.
— Sav! Graças a Deus está bem! Eu tive que ir ao banheiro, mas já ia voltar correndo atrás de você! — disse a loira me abraçando.
— Está tudo bem, Sina, Josh me salvou — disse e ela encarou o irmão.
— Maninho, você não deveria estar com a mamãe? — ela questionou o irmão.
— A mamãe me deu duas horas livre já que ela e Heyoon iam sair, mas eu estava voltando ao castelo quando escutei o relincho da Twilight e voltei para encontrar Savannah quase caindo... — disse o loiro sorrindo e a irmã afirmou com a cabeça.
— Tudo bem... Obrigada por salvá-la, Josh... Vem Sav, quero lhe mostrar tudo! — disseSina indo em direção a entrada da casa.
— Obrigada mais uma vez, Josh... — eu disse e ele sorriu de uma forma galanteadora.
— Disponha, Savannah... Até mais tarde — ele disse indo em direção ao seu cavalo e eu acompanhei Sina em direção da casa.
Passamos a manhã toda conhecendo a casa e conversando sobre algumas ideias que ela tinha sobre ajudar o irmão a criar alguns programas de sustentabilidade para o reino, após isso voltamos ao castelo para uma longa tarde de tarefas da princesa.
Josh P.O.V
Mais uma manhã começava para mim de forma tranquila. havia ganhado duas horas livres já que minha mãe e Heyoon iriam dar uma saída, sabe se lá Deus para onde, mas com certeza elas estavam aprontando algo. Então enquanto eu tinha a minha liberdade, aproveitei o momento para pegar Maximus, meu belo cavalo branco, e dar uma volta pela floresta.
Acontece que durante o meu passeio, acabei cruzando com Savannah e a salvando de uma bela queda, depois disso, a deixei na casa do lago junto de Sina e voltei para o castelo.
Tive algumas aulas com minha mãe sobre o que eu deveria fazer em alguns dias, já que iríamos inaugurar o novo hospital infantil da cidade, então eu teria que discursar logo depois dela. isso me deixava extremamente nervoso e receoso, já que eu sabia que o povo pensava que eu era um egoísta mimado.
— Te dou um dólar pelos seus pensamentos — disse Heyoon sentando ao meu lado no sofá depois que minha mãe teve que sair do salão real.
— Eu não sei se vou conseguir fazer o discurso... — falei e ela sorriu fraco segurando na minha mão.
— Tenho certeza que você vai conseguir Josh. Você sempre teve a maior vontade de se tornar rei, isso significa enfrentar seus medos de cabeça erguida — diz a coreana sorrindo e eu acabo sorrindo junto.
— Obrigada, Heyoon... Você sempre me ajuda.
— Eu sempre vou te ajudar em tudo que precisar... Mas na verdade, hoje sou eu quem quer a sua ajuda pra uma coisinha... — ela disse e eu a encarei.
— Se eu puder ajudar... — falei e ela sorriu afirmando enquanto começou a me contar seu plano.
Depois de ajudar minha cunhada, fomos almoçar junto com a família toda. Agora Savannah parecia estar mais corada e alegre, tinha certeza que a amizade dela e de minha irmã era uma coisa incrível, já que eu nunca tinha visto Sina tão animada com uma amiga assim na vida.
Eu não deveria estar encarando a morena a minha frente, mas era quase impossível de não notar seus belos olhos azuis, que brilhavam enquanto ela conversava animada com minha mãe sobre algo que eu nem fiz questão de saber. Seu sorriso aquecia meu peito e quando ela trocava olhares comigo, suas bochechas ficavam rosadas. Ela era tão perfeita e eu era tão idiota.
Durante a tarde, fizemos tudo que precisávamos de uma forma rápida para que Heyoon pudesse levar minha irmã para jantar fora, já que o desejo dela era tirar algumas horas apenas para elas aproveitarem, então quando terminamos tudo, Heyoon correu para chamar Sina para sair. enquanto isso, voltei para meu quarto e tomei um belo banho. Após o banho, me deitei um pouco na cama até que minha mãe entrou no quarto.
— Filho! Você pode pedir o que quiser para o jantar, eu vou encontrar minhas amigas para um jantar com direito a jogos — ela disse e eu ri afirmando.
— Tudo bem mãe... Então vou ficar sozinho?
— Apenas você e Savannah. sua irmã e Heyoon acabaram de sair e eu já estou saindo também... Descanse ou divirta-se — disse a loira mais velha saindo do quarto e eu comecei a planejar algo.
Cheguei na cozinha cumprimentando a todos, conversei um pouco com eles e logo disse que eles poderiam ir descansar mais cedo. Pedi apenas para o chef ficar na cozinha, pois queria falar sozinho com ele.
— Sim, Majestade? — perguntou o chef.
— Poderia me ajudar a preparar uma surpresa para uma pessoa especial? — Ele sorriu.
— Com certeza, Príncipe Josh! — ele respondeu, então começou a sugerir algumas coisas para degustar.
Depois disso, saí da cozinha e encontrei um guarda, entreguei um envelope a ele para ele levar à dona e fui com a cesta até o estábulo. Esperava que desse tudo certo com o meu plano!
Savannah P.O.V
Estava terminando de me arrumar para o jantar quando ouvi batidas em minha porta. Soltei meus brincos na pia do banheiro, saí e abri a porta, encontrando um guarda real.
— Boa noite, senhorita, sua Majestade solicitou que eu lhe entregasse este envelope... — disse o guarda me entregando o envelope.
— Obrigada! — disse e ele saiu dali. Fechei a porta novamente, fui até o banheiro e decidi abrir o envelope.
Estive pensando sobre as formas que você poderia me agradecer e já decidi a melhor de todas. Poderia me encontrar na saída do estábulo em 10 minutos?
Com carinho, Josh
Sorri encarando o bilhete e o soltei na bancada do banheiro. Coloquei meus brincos e conferi mais uma vez a minha maquiagem. Saí, decidindo deixar o telefone no quarto, afinal, eu não sabia quanto tempo ficaria longe, mas merecia descanso. Coloquei minha sandália e saí do quarto, caminhei pelos corredores do castelo até chegar às escadarias laterais. Desci e então vi Josh me esperando na frente de seu cavalo branco.
— Savannah! Que bom que aceitou meu convite — ele disse sorrindo e eu sorri de volta.
— Eu disse que faria algo para lhe agradecer por hoje... Mas o que vamos exatamente fazer?
Ele estendeu a mão em minha direção.
— Garanto que não irá se arrepender da minha surpresa... — ele falou de uma forma mais arrastada que me deixou até com as pernas moles, mas então segurei sua mão e logo ele me colocou em cima do cavalo.
— Aonde iremos? Não me deixe curiosa — falei e ele riu montando no cavalo, passando os braços por minha cintura para segurar a corda que prende o animal.
— Prometo que vai descobrir já já... Apenas aproveite.
Logo começamos a cavalgar rapidamente até entrarmos na floresta. Nesse momento eu sabia para onde estávamos indo, mas não sabia o motivo de irmos lá, porém eu confiava em Josh e sabia que ele jamais faria algo para o meu mau. Prendi um pouco da minha saia nas pernas quando o cavalo começou a correr, mas logo paramos em frente à casa do lago. Josh desceu do cavalo e me ajudou a descer.
— Pronto, chegamos, mocinha... Poderia colocar Maximus no cercado enquanto eu vou arrumar alguns detalhes? — ele perguntou.
— Maximus? Igual o cavalo do filme do Enrolados? — questionei e ele riu afirmando.
— A ideia do nome foi da Sina... — ele disse rindo e foi se afastando. Segurei na corrente e abri o portão colocando Maximus no cercado. Fechei o portão e fiz um pequeno carinho no cavalo antes de caminhar em direção da casa.
Vi as luzes desligadas, apenas algumas velas acesas no gramado. Segui a luz e encontrei Josh terminando de colocar algumas comidas em uma mesa de madeira em frente a toalha em que o loiro estava sentada.
— Uau! Isso está lindo, Josh — disse e ele sorriu.
— Que bom que gostou! Planejei isso aqui para nós dois... Espero que goste das minhas escolhas de comidas — ele disse e eu ri tirando meu salto alto, já que ele não seria necessário na grama.
— Se você trouxe alguma coisa de chocolate, já me conquistou — brinquei e ouvi sua risada.
— Temos algumas opções com muito chocolate... Venha, sente-se comigo — ele falou e eu sorri me sentando ao seu lado. ele me entregou uma taça e logo serviu um vinho.
— Aposto que você já deve ter feito muito isso com as suas namoradas... Você realmente sabe o que escolher para um piquenique.
— Bem... É a primeira vez que faço isso, então sinta—se honrada de ter um piquenique que eu organizei... Ainda mais ao luar — o loiro disse e nos encaramos por alguns segundos.
— Ahn... Obrigada por me convidar e por preparar tudo isso... Não devia ter gastado seu tempo comigo — disse sincera.
— Eu seria um bobo de desperdiçar uma chance de fazer isso com você — ele falou e eu senti minhas bochechas corarem. Josh Beauchamp, o futuro rei de Montreal estava flertando comigo? Me belisca porque acho que eu morri!
Acabamos entrando em alguns assuntos aleatórios enquanto aproveitávamos os petiscos que ele havia separado. Eu estava extremamente surpresa de Josh ter se preocupado tanto com vários detalhes apenas para que eu pudesse agradecê-lo por ter salvo minha pele. Alguns minutos e algumas taças de vinho depois, estávamos dividindo um doce de chocolate com biscoitos e conversando sobre a vida.
— Uhum... Este doce é divino! — falei tomando o restante do vinho que ainda estava na minha taça e a solto na mesa.
— Fico feliz que tenha gostado... Então eu te conquistei pelo chocolate? — ele perguntou soltando a taça na mesa e eu o encarei rindo.
— Com certeza você conquistou.
Ele sorriu segurando na minha mão.
— Que ótimo... Eu devia ter falado mais cedo, mas você está linda, Sav — ele disse sorrindo.
— Obrigada Josh, digo o mesmo de você — respondi sorrindo com as bochechas coradas.
Senti o loiro se aproximar um pouco.
— Deixe-me tirar esse fio de cabelo do seu rosto... — Ele pegou a pequena mecha que caiu e a colocou trás de minha orelha.
Observei cada detalhe, cada movimento de sua mão tocando meu rosto com suavidade. Senti ele deslizar os dedos pela minha bochecha enquanto seu hálito quente se aproximou de meu rosto. Olhei para seus lábios e voltei a encará-lo, seus olhos estavam presos em meus lábios. Senti um formigamento no estômago ao encarar novamente seus olhos azuis brilhando com a luz das velas e a linda lua dourada no céu. Ao sentir nossos narizes se tocarem, fechei meus olhos para em seguida sentir o toque doce de seus lábios sobre os meus.
O nosso beijo foi calmo, apenas um encostar de lábios até eu entreabrir um pouco os meus para que pudéssemos começar um beijo com mais toques. Passei minha mão pelo seu braço até chegar em sua nuca e subi, deixando minha mão em seus cabelos. O loiro se aproximou mais segurando com uma das mãos em minha cintura. Suspirei fraco, sentindo sua língua deslizar sobre a minha.
Nossas línguas pareciam descobrir algum doce novo, pela forma tímida que se encontravam, mas tudo isso sumia conforme o tempo do beijo passava. o ar começou a fazer falta, então diminuindo o ritmo do beijo, acabamos o mesmo com um selinho longo. Nos afastamos apenas alguns centímetros e aí sim, ficamos nos encarando como dois bobos em uma noite estrelada.
Não conseguia explicar o motivo de eu ter feito o que fiz, mas conseguia descrever tudo o que senti depois do que eu fiz. Meu peito estava aquecido, minha barriga cheia de borboletas que me deixavam nervoso. Algo tinha mudado em mim para tomar essa iniciativa de beijar Savannah, eu só esperava que ela não quisesse fugir e pudesse me ouvir antes. Tínhamos acabado o beijo e estávamos nos encarando, seus olhos estavam mais claros, suas bochechas coradas e ela tinha um pequeno e tímido sorriso nos lábios. ela era perfeita em todos os sentidos.
— Sav... E—eu... Não deveria... — tentei formular uma frase, mas as palavras certas não estavam ao meu lado. A morena à minha frente, vendo que ia tentar falar novamente, apenas colocou seu indicador em meus lábios.
— Não tente estragar este momento com palavras de arrependimento Beauchamp... — ela disse sorrindo timidamente.
Abri um sorriso e deixei as preocupações que invadiam minha mente de lado. me deitei na toalha e a mulher ao meu lado fez o mesmo que eu. começamos a observar o céu estrelado até que eu resolvi virar e lhe encarar.
— Essa noite está tão linda... Acho que nunca vi um céu tão estrelado assim — ela falou ainda alheia enquanto observava o céu.
— Realmente está linda, mas não tanto quanto você... — disse e vi ela se virar, ficando de frente para mim.
— É impressão minha ou você está flertando comigo príncipe Josh? — perguntou em tom de brincadeira e eu solto uma risada.
— Depois do beijo, eu pensei que pudesse. tem algum problema de flertar com você?
Ela corou.
— Nenhum problema, Josh... — ela falou sorrindo e eu retribuí.
Voltamos a nos encarar por algum tempo até começarmos a conversar sobre o céu estrelado. Uma corrente de ar frio acabou atrapalhando o clima que acontecia entre nós, já sabia que estava tarde. Então com a ajuda da mulher, guardamos todas as coisas, pegamos Maximus e voltamos ao castelo. Ao chegar novamente no estábulo, deixei o cavalo para então encontrar Savannah nas escadarias.
— Deixe comigo Savannah, vou levar essa cesta para a cozinha... — disse tentando pegar a cesta.
— Eu lhe acompanho até lá — ela disse me entregando a cesta. Estendi meu braço e a loira se segurou nele, subindo as escadas com uma mão levantando a saia longa que ela usava.
— Eu realmente tenho que dizer que você está linda está noite... — falei enquanto entrávamos na cozinha vazia.
— Não precisa ficar me elogiando apenas porque nos beijamos. — Ela soltou meu braço.
— Não estou lhe entendendo — disse soltando a cesta e a encarei.
— Josh... Nós dois sabemos que você pode ter a mulher que quiser, na hora que quiser, basta apenas você convidar, então porque eu?
Me aproximei segurando em sua cintura.
— Saiba que eu jamais brincaria com seus sentimentos, você é especial para mim Savannah... Eu quero entender o que sinto por você, o que acontece comigo perto de você, essas borboletas no estômago... Jamais se menospreze, pois você não imagina o quão linda és... — falei tirando mais uma mecha de cabelo de seu rosto.
— Josh... Eu não... — ela tentou falar, mas agora eu quem a calei com um selinho. Um simples e delicado selinho. seus braços rodearam meu pescoço e eu terminei, apenas encostando nossas testas.
— Me deixe descobrir estes sentimentos por você Savannah... — falei em um sussurro, como se contasse um segredo para ela.
— As pessoas podem não gostar... — ela abriu os olhos e então vi o brilho azulado em seu olhar.
— Será um segredo nosso Sav... Por favor... — ela abriu um sorriso sem mostrar os dentes.
— Tudo bem Josh... Será um segredo nosso.
Demos mais um selinho como uma forma de fechar um trato, antes de sairmos da cozinha de braços dados, caminhamos em direção ao quarto da morena em um silêncio confortável. Paramos em frente a porta do quarto dela, ela beijou minha bochecha e entrou no quarto. Fui para meu quarto, fechei a porta e fiz uma dancinha comemorativa. Tudo o que eu queria eu consegui! Me joguei na cama e fiquei sonhando acordado até cair no sono.
Savannah P.O.V
Ainda meio aérea aos acontecimentos da noite anterior, eu consegui ter uma boa noite de sono. Claro que os meus sonhos foram apenas as lembranças da noite maravilhosa que tive ao lado de Josh. Jamais pensei que ele estava criando sentimentos por mim, achei que eram apenas viagens da minha mente sonhadora, mas era mais real do que eu pensava.
Como Sina havia me informado na tarde anterior que hoje teríamos compromissos fora do castelo, decidi vestir uma calça cintura alta de cor rosa envelhecido, uma regata branca e um salto alto na cor da calça. Coloquei minhas joias, fiz uma make básica e deixei meu cabelo solto com pequenos cachos nas pontas.
Saí do quarto e andei tranquilamente pelos corredores até sentir alguém me puxar para uma sala escura e fechar a porta. Não sobrou tempo para eu falar algo antes dos meus lábios estarem colados aos lábios de Josh. suas mãos seguraram com firmeza minha cintura, me prensando contra a porta.
— Bom dia... — ele sussurrou quando afastou nossos lábios e eu suspirei, abrindo os olhos.
— Definitivamente um bom dia... — respondi ainda aérea e ele riu fraco.
— Desculpa pelo provável susto, mas eu precisava disso antes de trabalhar.
— Não se desculpe... Eu gostei da surpresa.
Ele riu.
— Vem... Vamos dizer que nos encontramos no caminho — ele falou abrindo a porta e saímos juntos da sala. Começamos a andar um pouco afastados para que não houvesse suspeitas até chegarmos na sala de jantar.
Josh abriu a porta e entramos juntos. Fiz uma reverência vendo a rainha sorrir alegre e as garotas sorriram também. Começamos a tomar o café da manhã todos juntos em uma conversa animada.
— Heyoon, como andam os diálogos com os Dinamarqueses? — questionou a rainha.
— Eles aguardam a minha presença para analisar o contrato antes de seguirmos com a construção do consulado, então já organizamos a viagem para amanhã cedo — explicou a coreana.
— Organizaram? — perguntou Josh.
— Sim! Eu vou com Heyoon desta vez e vamos aproveitar alguns dias na Dinamarca — disse Sina animada.
— Ah! Isso é ótimo, meninas! Aproveitem a viagem e se divirtam... Podem até planejar meu neto... — disse a rainha e todos rimos juntos.
— Em breve, mamãe — disse Sina.
— Eu terei que ir com vocês? — perguntei e Sina negou.
— Não se preocupa, Sav, você vai ter uns dias de folga — disse Heyoon.
— Na verdade... Eu gostaria da sua ajuda, Savannah, para organizar alguns eventos — disse Úrsula.
— Claro, Majestade! Será uma honra lhe ajudar.
— Perfeito! Começamos amanhã cedo — disse a rainha animada.
Após o café, Sina e eu pegamos nossas bolsas, fomos até a garagem e ela tirou a chave do carro da bolsa, entregando para mim.
— Você quer que eu dirija? — perguntei e ela afirmou sorrindo.
— Está na hora de você conhecer minha cidade e nada melhor do que dirigindo — ela disse e eu ri pegando a chave.
Entramos no carro e começamos a dirigir para a cidade. acabamos ficando a manhã toda em uma escola onde Sina havia ido discursar para uma turma do ensino médio e depois ler para as crianças das turmas iniciais. Almoçamos em um restaurante de comida caseira e depois passamos a tarde toda fazendo algumas compras para que Sina pudesse viajar com a esposa na manhã seguinte.
Josh P.O.V
Depois da noite anterior, tudo o que eu pensava era em Savannah: em como ela é linda, em seus lábios, seu sorriso, sua risada gostosa, o som de sua voz e tudo o que contemplava aquela mulher.
Durante o café da manhã, não consegui tirar os olhos da morena enquanto ela interagia com minha mãe planejando o que iriam fazer juntas. Isso me fez imaginar se no futuro, minha mãe aprovaria alguma relação entre mim e a morena, se isso tornasse real, se eu poderia me sentir novamente feliz com a australiana.
A manhã passou como um pulo, quase não percebi que o tempo estava correndo. Almocei junto com minha mãe e minha cunhada, já que Sina e Sav ainda estavam fora. Durante a tarde, comecei a montar um discurso para tentar falar na inauguração do hospital, já que ela se aproximava, seria no sábado pela tarde.
— Que droga... — suspirei.
— Falando sozinho, cunhadinho... — disse a coreana depois de entrar na sala.
— Eu não consigo escrever um discurso bom...
— Você deveria tentar escrever sobre as coisas que gosta... Tipo... Escrever sobre a Savannah — ela sugeriu com um sorriso.
— É verdade, pode ser... Espera! Sobre a Savannah? Eu não entendi, Heyoon.
Ela riu.
— Josh, todos que têm olhos percebem que você estava encarando muito a Savannah hoje pela manhã... Aconteceu algo que eu não sei?
— Por que eu não consigo esconder nada de você? Por acaso você é vidente? — perguntei brincando e ela riu divertida.
— Não sou vidente, mas sou sua melhor amiga e eu meio que vi algo ontem à noite. Na cozinha... Mas não contei para ninguém, nem para sua irmã e isso me deixa doida!
— Tudo bem... Ontem quando todos saíram, chamei Savannah para ir comigo na casa do lago... Fizemos um piquenique por lá, passamos a noite rindo e nos divertindo... Mas aí... — Eu parei de falar quando as lembranças invadiram minha mente.
— Vocês se beijaram! Aaaaaw! — ela falou toda boba.
— Sim... Nos beijamos e foi... Incrível... Eu não sei o que fazer, Heyoon.
— Eu não posso lhe dizer o que é o certo a fazer, mas você deveria seguir seu coração...
— Mas pode não ser...
— Joshua... Ela é uma pessoa incrível, isso eu posso lhe garantir. eu conheci a verdadeira Savannah Clarke quando fiquei na casa dela, sei que ela é uma mulher forte, decidida e que sabe o que quer. Se ela concordou com o que aconteceu ontem... Mostre a ela o verdadeiro Josh... — a coreana me interrompeu.
Depois de uma boa conversa com Heyoon, pude realmente abrir minha mente para saber o que eu deveria fazer, o que eu queria realmente e ter total certeza de que eu poderia conquistar Savannah sem ter medo de me machucar. Tenho certeza que a australiana jamais mentiria para mim.
Minha tarde no centro da cidade com Sina foi maravilhosa! Consegui conhecer uma nova cultura, tirei várias fotos para enviar aos meus pais, provei comidas maravilhosas e ainda me diverti ao extremo com uma amiga de verdade.
Eu nunca fui de fazer muitas amizades. Todas as amizades que eu já tive na vida sempre me abandonaram ou começaram a me ignorar quando entramos no ensino médio, então ter conhecido Heyoon e Sina foi como descobrir um novo mundo, duas amigas maravilhosas que não sabiam o bem que elas me faziam.
Como as garotas tinham que dormir cedo para a viagem, jantamos bem rápido. Depois disso, segui para meu quarto, coloquei o notebook em minha cama e liguei para digitar algumas coisas sobre Josh. Escrevi sobre quem ele era, as coisas que eu estava descobrindo sobre ele, o homem que ele era de verdade e isso me deixava mais animada para conhecer cada dia mais o verdadeiro Joshua.
Desliguei o computador depois de uma hora e o guardei na escrivaninha próxima da varanda. entrei no banheiro, tirei minha roupa e enchi a banheira, eu merecia um banho real e demorado. Joguei alguns sais perfumados na água e entrei, relaxando o corpo e fechando os olhos.
Em meus pensamentos, surgia Josh, em seu cavalo branco, cavalgando em minha direção, ele parava o cavalo e corria para me abraçar, o carinho em meu rosto, sua respiração sincronizada com a minha, nossos lábios quase se tocando...
Batidas na porta do quarto me fizeram voltar a realidade. Saí da banheira me secando de forma rápida, coloquei o roupão e andei até a porta do quarto para a abrir.
— Trouxe um pouco de sorvete se quiser ver um fil... — Josh parou de falar ao me ver enrolada no roupão.
— Vem logo... — Senti minhas bochechas arderem e o puxei para dentro do quarto, trancando a porta em seguida.
— Me desculpa, cheguei na hora errada... — ele disse constrangido e eu ri.
— Tudo bem, Josh... Porque não escolhe um filme enquanto eu visto algo? — sugeri e ele afirmou, indo até a cama.
— Eu não queria lhe atrapalhar, Sav...
— Até parece que nunca viu uma mulher nua ou de roupão... — falei rindo e ele fez uma cara safada.
— De roupão sim, quase todo dia vejo minha mãe e minha irmã assim... Agora nua faz tempo, se bem que eu poderia ver novamente se você abrisse o roupão... — Ele deu uma piscada e eu ri alto.
— Aproveita para sonhar um pouco antes disso acontecer — falei rindo e entrei no meu closet.
Peguei uma lingerie preta, coloquei um cropped de dormir preto e uma calça rosa com corações pretos, penteei os cabelos e saí do closet. Josh sorriu em minha direção e eu retribuí o sorriso, me sentando no outro lado da cama.
Discutimos rapidamente para achar um bom filme, então acabamos vendo um filme novo da Disney de aventura. Dividimos o sorvete de chocolate branco com caramelo e após isso, nos aconchegamos embaixo das cobertas, Josh passou seu braço pelo meu pescoço e eu deitei minha cabeça em seu ombro. Assistimos o filme até o loiro começar a fazer carinho em meus cabelos e, em menos de 2 minutos, eu dormi nos braços dele.
Josh P.O.V
Depois dos conselhos que ouvi de Heyoon, decidi deixar meu coração me guiar nessa nova descoberta de sentimentos por alguém. Queria poder entender tudo o que meu corpo gritava só de estar ao lado de Savannah, mas era confuso demais ainda, então a melhor opção era deixar o tempo me mostrar tudo o que ele queria que eu soubesse sobre o amor.
Ao chegar no quarto de Savannah e a encontrar sem roupa, pensamentos impuros dos mais perversos andaram pela minha mente. Não podia negar que Sav era uma mulher linda, com um corpo fenomenal e que que eu a desejava desta forma carnal, porém eu devia respeitar o tempo dela, para que quando ela se sentisse confortável, pudéssemos tornar o nosso momento extremamente especial para os dois.
Eu a admirava de várias formas. Ao vê-la sair do closet com um pijama fofo, conseguia imaginar essa cena se repetindo mil vezes na cabeça, mas ao sentir seu corpo colado no meu, enquanto servia como um travesseiro para os seus melhores sonhos, meu coração se aqueceu. Senti que faltavam palavras para descrever o momento. Eu jamais sairia dali para deixá-la desconfortável, então acabei desligando a televisão e dormindo ali mesmo, sendo o travesseiro de Savannah Clarke.
Abri os olhos devagar devido a claridade forte no quarto, me sentei na cama e soltei um bocejo olhando em volta. Não havia sinal de Josh ali, quando foi que ele saiu? Merda! Eu dormi no colo dele! Ele devia estar me achando uma boba.
Droga, Savannah, você sempre faz algo errado quando gosta de alguém. Levantei-me da cama vendo um bilhete voar para o chão, que peguei e comecei a ler.
Caso esteja se perguntando, eu saí logo quando o sol começou a raiar, ninguém me viu e eu não lhe acordei, pois seria maldade acordar um anjo. Vemo—nos mais tarde, infelizmente não estarei presente no café nesta manhã.
Josh
Sorri automaticamente e fiz toda a minha higiene matinal muito mais animada. Vesti um vestido de gola alta e manga longa branco com listras pretas, coloquei uma bota de salto preta e deixei o cabelo solto.
Peguei meu telefone e fui em direção à sala de jantar respondendo algumas mensagens dos meus pais e das garotas. Fiz uma reverência para a rainha quando entrei e me sentei na outra cadeira, já que ela havia mandado arrumar a mesa redonda para nós.
— Bom dia, querida! Dormiu bem? — a rainha perguntou depois de eu me sentar.
— Bom dia, Majestade... Dormi como um bebê e a senhora?
— Dormi muito bem, obrigada... Eu gostaria de saber se está precisando de algo e se está sendo bem tratada por todos...
— Não preciso de nada, Vossa Alteza, e com toda certeza estou sendo muito bem tratada aqui no palácio... — respondi e ela sorriu.
— Perfeito! Savannah, pode me chamar apenas de Úrsula. Não gosto muito de ser tratada com superioridade por amigos da família, ainda mais que seremos apenas nós duas nesta manhã...
— Perfeitamente, Úrsula, como desejar — disse e ela riu fraco.
— Bom, vou lhe explicar o porquê preciso de sua ajuda... Nesta tarde, um grupo de senhoras comparecerá ao nosso jardim para tomarmos um chá da tarde. Gostaria que me ajudasse a organizar tudo para que saia tudo perfeito. Preciso rever as flores, as mesas, as toalhas... Enfim, é por isso que gostaria da sua ajuda.
Afirmei, sorrindo.
— Eu estou ansiosa para começarmos a organizar tudo e, se a senhora permitir, eu já tenho algumas ideias.
Ela sorriu. Tomamos o café da manhã entre conversas agradáveis sobre os planos para o chá da tarde e até falamos sobre o inverno que chegaria em breve. Depois seguimos juntas para o jardim, onde tendas estavam montadas com mesas redondas, cheias de pratos e copos dos mais variados tamanhos. Algumas tendas só tinham mesas com os comes e bebes, enquanto outras estavam organizadas para várias senhoras sentarem e fofocarem a tarde toda. Ajudei a rainha a encontrar o melhor lugar para cada vaso florido, a decidir as cores que iriam decorar o local e até mesmo onde ficaria melhor cada senhora sentar.
Quando terminamos no jardim, segui a rainha até a cozinha, onde checamos cada doce e salgado que estava sendo feito. O aroma de baunilha com frutas vermelhas, chocolate e caramelo, menta e mirtilo pairava sobre o ar. Depois de conseguirmos fugir das tentações, seguimos para a sala de música, onde um pianista praticava algumas músicas com um grupo para tocar mais tarde na festa.
— Perfeito! Estas músicas estão lindas, tenho certeza que todos vão amar. O que acha Savannah? — perguntou Úrsula.
— Tenho certeza que vai ser o chá mais elegante do ano todo! Este piano é lindo, vai ficar perfeito com a decoração... Majestade, o que acha de quando os músicos fizerem uma pausa, deixar livre o piano para quem souber tocar? — sugeri e ela me encarou encantada.
— É uma excelente ideia, Savannah! Sabia que ter você me ajudando ia ser a melhor escolha de todas... Vou falar para todas quando os músicos fizerem a pausa, espero que as senhoras não fiquem tímidas... Adorei! — ela disse empolgada e saímos da sala juntas.
— Fico feliz em ter ajudado para que sua festa seja perfeita, Úrsula.
Ela sorri, me encarando.
— Será a nossa festa querida, afinal você quem me ajudou e quem irá participar também... — ela disse e eu sorri meio tímida.
— Aliás, você sabe tocar piano? — perguntou a mais velha
— Eu sei sim, fiz aulas quando criança — respondi e seguimos fazendo as coisas.
O horário começou a correr e logo chegou a hora do almoço. Comemos ainda discutindo algumas novas ideias para deixar tudo perfeito para a festa do chá. Parecia que a rainha e eu éramos amigas a vida toda! Infelizmente Josh não havia chegado ainda durante o almoço.Fomos fazer a última revisão no jardim antes de entrarmos novamente no castelo.
Corri para meu quarto, tomei um novo banho, vesti uma lingerie azul escuro e um conjunto de cropped e saia jeans. deixei meus cabelos soltos fazendo apenas uns cachos, fiz uma make simples. coloquei um salto alto branco, algumas joias e saí do quarto, caminhando pelo castelo até chegar no jardim.
A rainha me puxou, me apresentando para algumas mulheres e começamos conversas animadas enquanto bebemos chá gelado na sombra. Depois de uma hora, a banda fez uma pausa e algumas senhoras aproveitaram para nos agraciar tocando piano e cantando, até a rainha entrou na brincadeira para cantar.
— Quem deu a ideia de liberar o piano foi a Savannah, então eu quero uma salva de palmas para ela que vai nos agraciar agora tocando um pouco... — disse a rainha e eu fiquei corada, vendo-a rir.
— Vossa Majestade, eu não devo… — tentei falar, mas fui cortada pela mesma.
— Querida, você sugeriu, a ideia foi boa e você toca... Então por favor, toque algo...
Afirmei com o rosto ainda corado. Ainda sem acreditar que eu teria que tocar na frente de tantas pessoas, sentei no banco e encarei as teclas do piano. Respirei fundo fechando os olhos e senti meus dedos serem guiados pela minha mente para começar a tocar uma das minhas músicas favoritas. Suspirei baixo antes de tomar coragem e comecei a cantarolar enquanto tocava.
Josh P.O.V
Após sair do quarto de Savannah e ter deixado um bilhete para lhe informar que eu saí antes de alguém conseguir acordar no castelo, decidi me vestir para levar minha irmã e minha cunhada no aeroporto. Encontrei-as na garagem, entramos em meu carro e eu dirigi o caminho todo conversando com elas até o aeroporto.
— Então, irmãozinho... Estou sabendo de algumas coisas suas e de Savannah... — disse Sina com uma voz brincalhona.
— Não sei de nada que você está falando...
Ela riu.
— Não adianta mentir, Heyoon me contou sobre o beijo ontem à noite — ela afirmou.
— Fofoqueira — sussurrei para a coreana, que riu.
— Você sabe que sou péssima em esconder algo da Sina — a morena disse.
— Ela me contou do beijo no piquenique e na cozinha, tá tão avançado assim? — disse a loira bagunçando.
— Foi mal, Josh — disse a coreana e eu ri.
— Tudo bem... Na verdade ainda estou escondendo algo de vocês, mas não gosto disso e confio bastante em vocês duas e as amo também — falei e elas me encararam enquanto eu dirijo novamente.
— Pode abrir a boca, Joshua, não tenho bola de cristal — disse Sina.
— Sav e eu concordamos em sermos ficantes — disse e ouvi um grito das duas.
— Como é?
— Vão me deixar surdo! — disse rindo e elas riram alto.
— Vocês estão ficando? Eu já shippo! — disse a coreana.
— Meu irmão está apaixonado! — disse Sina emocionada.
— Duas dramáticas... Mas isso vai ficar escondido, era pra ser algo só entre eu e ela, então boca calada as duas — falei suspirando.
— Josh, você não deveria esconder isso de mim, eu sou sua irmãzinha e posso lhe ajudar com isso — disse a loira.
— Você me ajudaria de que forma, Sina? – perguntei parando o carro na frente do portão, esperando a liberação para seguir com o carro pela área VIP do aeroporto.
— Eu posso ajudar você a conquistá-la! Estou 24hrs com Savannah, trocamos segredos e fofocas, posso te ajudar a descobrir o que precisar sobre ela — sugeriu minha irmã.
— Está bem... Eu aceito sua ajuda, mas precisam me ajudar a dar algumas escapadas com ela sem a mamãe descobrir — falei e elas riram.
— Já fizemos tanto isso que somos craques — disse a coreana.
— Vamos montar um plano! — complementou Sina.
— Vocês são duas safadas, isso sim... Mas me digam, que tipo de plano? — questionei.
— Vamos ser um time secreto que vai ajudar você e Savannah a ficarem a sós e conseguirem namorar escondido — explicou Sina.
— Você vai ter que se virar durante essa semana, mas na próxima vamos te ajudar, Joshinho. — A coreana apertou minha bochecha.
— Está bem, obrigada meninas — disse e elas sorriram.
Depois de parar o carro, ajudei as duas a levarem as malas para o jatinho particular da família. Eu me despedi e voltei para o carro, seguindo para uma faculdade, onde o reitor me esperava para uma visita ao campus e uma conversa com os jovens alunos que começavam a sua caminhada. Acabei encontrando alguns ex colegas que estudaram comigo durante a visita no campus e conversei um pouco com eles. Perto da hora do almoço, me dirigi até o parlamento, onde alguns lordes queriam respostas para seus problemas. ajudei cada um deles com paciência e acabei almoçando no restaurante mais próximo que encontrei.
Quando terminei de almoçar, aproveitei para caminhar um pouco pelo centro da cidade que estava bem tranquilo. entrei em uma loja de brinquedos depois de dar uma olhada na vitrine, fiz uma compra e fui para meu carro. dirigi ouvindo música até chegar de volta no castelo, deixei a sacola no meu quarto e caminhei até o jardim ouvindo o som de músicas e risadas.
Entrei no jardim ficando no canto sem ninguém perceber minha presença. vi minha mãe falando algo com Savannah que corou e riu antes de ir até o piano. ela fechou os olhos e então começou a tocar e cantar a música Say You Won't Let Go.
Fiquei admirado com a voz e o talento de Savannah — ela havia me contado que sabia cantar e tocar, mas jamais achei que fosse tão linda a sua voz. ela parecia estar em outro mundo cantando como um anjo. Muitos aplausos foram escutados enquanto ela ainda corada saía do piano e caminhava em direção à minha mãe, que a abraçou e parabenizou. me aproximei devagar das duas sem chamar a atenção delas.
— A sua voz é linda, Savannah, fiquei lisonjeada de escutar você cantar. você toca muito bem, deveria ensinar Josh já que ele fugia das aulas — disse minha mãe e a morena riu.
— Obrigada por me dedurar, mãe – falei e as duas me olharam sorrindo. Algumas mulheres fizeram reverência e voltaram a conversas.
— Não estou mentindo, meu filho... Bom, vou pegar um chá... — Ela riu e saiu dali.
— Fiquei preocupada que você não apareceu no almoço... — disse a morena um pouco baixo.
— Acabei atrasando demais em alguns compromissos, então almocei na cidade... Você não prefere fugir um pouco daqui? — sussurrei e ela sorriu, afirmando com a cabeça.
Aproveitei a distração das mulheres enquanto minha tia e minha mãe contavam alguma das mil histórias de família e puxei Savannah para longe dali correndo. entramos no castelo ainda correndo e nos escondendo de todos. consegui chegar em meu quarto e puxei a linda dama comigo. tranquei a porta e ouvi a risada da mulher a minha frente.
— Estávamos realmente fugindo de todos — ela disse e eu ri junto, puxando-a pela cintura.
— Então quer dizer que sentiu minha falta hoje, senhorita Clarke? – perguntei, analisando cada detalhe de sua roupa. Ela sabia como me deixar maluco, mas claro que não ficaria para trás.
— Senti sim, senhor Beauchamp... Senti sua falta ao acordar e não te ver na cama... – ela disse com uma voz arrastada.
— Vamos resolver esse problema agora. já estou de volta e sou todo seu, Clarke.
Olhei em seus olhos e não tardei em grudar nossos lábios em um beijo cheio de saudade.
Por sorte, meu quarto estava bem trancado e possuía isolamento acústico, então nada do que acontecesse aqui seria ouvido por alguém do lado de fora. Por isso, aproveitei para descer uma das mãos pelas costas da morena chegando a sua bunda.
Nosso beijo começou a esquentar, nossas línguas brigaram para ter o comando, mas ao apertar sua bunda recebi um suspiro que cedeu ao meu domínio. Savannah era a mulher mais linda do mundo e eu iria prová-la agora.
Savannah P.O.V
Josh fazia meu corpo se aquecer de uma forma absurda. Depois daquela encarada dele enquanto eu abria a porta apenas de roupão, acabei ficando extremamente excitada, ainda mais vendo ele com uma camisa social branca meio aberta, a calça social azul marinho e os cabelos meio bagunçados.
Suas mãos percorriam meu corpo doidas para conhecê-lo melhor. segurei Josh pela camisa, pressionando-o contra a parede atrás de nós. ouvi seu gemido fraco com minha atitude e comecei a desabotoar sua camisa às pressas. o ar começava a nos fazer falta, afastei minha boca da sua e ele me encarou com os olhos escuros de excitação.
— Savannah... – ele suspirou depois de eu arrancar a camisa de seu corpo e jogá-la longe. Voltei a encarar seu peitoral bem definido, passei minhas unhas por cada curva de seu abdômen até chegar à barra de sua calça. Coloquei a mão por dentro da calça apertando seu membro por cima da cueca. Ele me encarou enquanto solta um gemido rouco.
Fui surpreendida por suas mãos habilidosas que tiraram rapidamente meu cropped. suspirei ao ser virada de costas e ele afastar meus cabelos, beijando minha nuca enquanto me apertava contra seu membro para sentir o quão duro ele estava. Minha saia deslizou pelas pernas enquanto Josh me virou novamente de frente para ele.
Voltamos a nos beijar com fogo, mas não demorou muito para eu cortar o contato dos nossos lábios. Comecei a distribuir beijos pelo seu abdômen enquanto me abaixava até ficar de joelhos, trazendo para o chão sua calça. Levantei meu olhar vendo seu sorriso malicioso. Antes de conseguir tirar sua cueca, Josh me puxou para cima, me pegando no colo e me pressionando na parede que ele estava. Senti o salto alto voar para longe, mas nem liguei - o que me importava era conseguir gozar.
— Você está me deixando maluco, Savannah. – ele distribuiu beijos pelo meu pescoço.
— Então fique maluco comigo, Josh – gemi e ele suspirou contra minha pele depois de pressionar seu membro em minha calcinha.
Seus lábios desceram pelo meu tronco até chegar a meus seios ainda cobertos pelo sutiã. Ele andou comigo em seu colo até me colocar em uma mesa que havia no seu quarto e senti algumas coisas caírem.
Suas mãos retiraram meu sutiã, jogando-o no chão. Seus olhos quase saltaram de seu rosto enquanto encarava meus peitos. Suspirei baixo ao sentir suas mãos os apertarem e logo gemi alto quando ele começou a chupar meu seio esquerdo enquanto brincava com o direito. Passei minhas pernas pela sua cintura, gemendo mais uma vez ao sentir ele trocar de seio. Arranhei fraco suas costas segurando em seus cabelos e arqueei as costas.
— Josh... – gemi seu nome de forma arrastada.
Já satisfeito de meus seios, o loiro desceu seus lábios pela minha barriga até chegar a minha calcinha. Levantei os quadris e ele tirou minha calcinha, deixando-a na poltrona do seu lado. Ele se ajoelhou, fixando seus olhos em mim com um sorriso malicioso.
— Você é perfeita em todos os sentidos, Sav... Não tire os olhos de mim – ele mandou e eu afirmei com a cabeça, vendo-o enfiar sua cara na minha intimidade.
Gemi alto, sentindo sua língua gelada explorar minha intimidade. Seus olhos se fecharam por alguns segundos, como ele se aproveitasse o novo gosto. Não tardou para que me encarasse novamente, ele abriu ainda mais as minhas pernas, colocando-as em cima da mesa.
— Josh! Ah, porra! – gemi alto, segurando firme em sua nuca, quando sua língua me penetrou.
Arqueei as costas sem cortar nosso contato visual. Minhas pernas tremeram e então ele piscou extremamente sexy, o que me fez gemer seu nome quando gozei forte em sua boca. Quando ele terminou de me chupar, ele se levantou tentando me pegar no colo, mas fui mais rápida e fiquei de pé, empurrando-o para o puff em frente da sua cama. Ele caiu sentado e tirei rapidamente sua cueca, vendo o quão grande ele era. Sorri maliciosa para Josh antes de segurar com firmeza seu membro.
Ele suspirou enquanto comecei a fazer uma massagem em seu membro. Aproximei meu rosto e comecei a lamber de cima para baixo. Chupei uma de suas bolas ouvindo o gemido do loiro, que segurou em meus cabelos. Eu o encarei começando a colocar seu membro na boca. Seus lábios se abriram em um perfeito O enquanto ele começou a gemer meu nome.
— Savannah... Porra de boca gostosa... – ele disse entre um gemido.
Continuei chupando seu membro enquanto masturbava o restante que não coube na boca. Passei minha língua bem devagar pela cabeça, vendo-o fechar os olhos. Desci minha língua por toda a extensão do membro até voltar a enfiá-lo em minha boca, apertei, sentindo puxar meus cabelos até que seu gozo invadiu minha boca. Engoli tudo limpando-o e o loiro sorriu, me puxando pela mão, segurando em minha cintura.
Ele me beijou de forma feroz, nossos lábios brigando para comandar, nossas línguas brigando pelo comando. Passei minhas mãos pela sua nuca arranhando enquanto ouvi seu suspiro entre o beijo. Me senti leve por alguns segundos, mas logo meu corpo aterrissou na cama. Seu olhar feroz me excitou ainda mais, vendo-o descer devagar os olhos por meu corpo. Ele ficou por cima de mim, fazendo nossas intimidades se tocarem pela primeira vez sem pano nenhum.
— Você é extremamente gostosa, Savannah – ele disse beijando meu pescoço.
— Me faça sua, Josh – sussurrei sensual vendo seus olhos brilharem. Ele se levantou brevemente apenas para puxar uma cartela com algumas camisinhas. Ele vestiu uma delas e logo voltou pra cima de mim.
— Eu te farei minha pelo resto da noite, baby... – ele disse em meu ouvido enquanto seu membro ainda roçava pela minha intimidade.
— Então faça logo... – suspirei e ele me penetrou aos poucos, com cautela. ele fez uma pequena pausa para eu me acostumar com seu tamanho antes de começar a me foder.
Seu membro entrava e saia rápido, nossos corpos se chocando. Arranhei suas costas enquanto gemia em seu ouvido. Ele segurou uma de minhas mãos acima de minha cabeça e me beijou, um beijo quente e cheio de desejo. Sua outra mão apertou minha cintura enquanto ele começou a se mover com mais força contra mim. Passei as pernas pela cintura dele, sentindo uma onda de calor me atingir quando gozei gritando seu nome.
Ainda não satisfeito, ele me puxou rapidamente me colocando de quatro. Senti seus lábios em minha bunda antes de morder fraco um dos lados dela. Soltei um gemido baixo quando ele apertou minha cintura, penetrando novamente seu membro em mim. Empurrei meu quadril para trás e fui surpreendida com um tapa forte em minha bunda que me fez gemer.
— Gostosa pra caralho! Como você é apertadinha – ele disse gemendo.
— Josh! Isso, mais... – falei gemendo enquanto suas estocadas ficaram mais rápidas.
— Me fala o que você deseja, Clarke... – ele suspirou, dando outro tapa em minha bunda.
— Mais fundo... Ah, Josh! Isso... Continua!
— Seu desejo é uma ordem...
Começando um ritmo forte e continuo, Josh me fez empurrar cada vez mais o quadril para trás, sentindo suas bolas baterem em minha intimidade. Perdi as forças nos braços sentindo que estava gozando mais uma vez naquela noite. Josh diminuiu os movimentos e saiu de dentro de mim. Me virei, o vendo tirar a camisinha e a jogar no lixo que ficava escondido na mesinha ao lado da cama.
Aproveitei que o loiro estava sentado e me aproximei engatinhando para cima dele. Sentei em seu colo e ele sorriu malicioso, me puxando para mais um beijo. Raspei minha língua na dele, segurei em seu membro ainda o beijando e ele segurou em minha cintura enquanto eu posicionei seu membro em minha intimidade. Deslizei por ele conseguindo o sentir de verdade, sentindo sua pele. Soltamos um gemido ao mesmo tempo enquanto nos encarávamos. Comecei a cavalgar em seu membro o sentindo brincar com o meu seio, arranhei seus ombros enquanto jogava os cabelos para trás e ele gemeu meu nome com uma voz grossa que me fez tremer por inteira.
Sentindo seus lábios em meu pescoço, gemi alto deixando toda a onda de calor invadir meu corpo e gozamos ao mesmo tempo. Senti seu gozo escorrer por dento de mim em jatos quentes e fortes que me fizeram gemer mais uma vez.
Josh tirou seu membro de dentro de mim respirando tão rápido quanto eu. Ele me puxou para o seu peito e ficamos em silêncio apenas regularizando nossas respirações. Ele fez um breve carinho em meus cabelos que me fez sorrir e encará-lo.
— Antes que a gente comece a conversar, estávamos tão excitados que eu acabei gozando dentro de você — ele disse.
— Não se preocupa, eu não estou no meu período fértil e mesmo assim eu tomo remédio todos os dias, por isso decidi fazer aquilo — respondi.
— Agora podemos conversar sobre — ele disse rindo.
— Nesse caso, jamais pensei que eu precisava tanto transar com você até eu transar com você – falei respirando mais devagar e ele riu.
— Tem tempos que não transo. Aliás, você foi incrível... Espero que tenha gostado tanto quanto eu.
Sorri.
— Com certeza eu gostei... Podemos repetir isso mais vezes – falei maliciosa e ele riu da mesma forma.
— Certamente, gatinha, mas agora estou sem forças... Que tal tomarmos um banho e descansarmos um pouco? – sugeri e eu afirmei sorrindo.
— Claro, mas eu preciso ir para meu quarto... – disse e ele negou.
— Dorme aqui, ninguém vai saber e ninguém entra aqui sem permissão, nem minha mãe... Sério, eu deixo você escolher alguma camisa minha para usar.
— Ok, eu fico. e vamos logo para o banho ou irei dormir com seu carinho – disse e ele sorriu.
Nós nos levantamos e entramos no banheiro de seu quarto, Ele ligou o chuveiro na água morna, já que estava escurecendo e em breve ficaria frio, prendi meus cabelos de qualquer forma antes de entrar no chuveiro com ele.
Tomamos nosso banho trocando alguns carinhos doces, apenas toques e beijos. Nos secamos e saímos do banheiro enrolados nas toalhas. Ele entrou em seu closet e eu consegui pegar minha calcinha para vestí-la. Então entrei no closet com Josh, vendo-o vestir uma calça de moletom cinza e eu acabei pegando a blusa do conjunto.
Depois de nos vestirmos, soltei meu cabelo e ele me pegou no colo, me soltando apenas em sua cama. Ele deitou me puxando para seu peito e começou um carinho em meus cabelos.
Fechei os olhos e caí no sono enquanto Josh Beauchamp me fazia carinho.
Abri meus olhos devagar, ouvindo o som da ventania passando pela fresta da janela. me sentei devagar na cama, pegando o telefone para ler e responder as mensagens que eu recebi, largando o telefone em seguida. Bocejei fraco olhando para o lado e vi Savannah dormindo como um anjo — seus lábios levemente entreabertos, seus cabelos espalhados pelo travesseiro e uma respiração tranquila me fizeram sorrir.
Peguei novamente o telefone, mandei mensagem para o chef da cozinha pedindo um café para comer no quarto. Me levantei devagar, fui até o banheiro para fazer minha higiene básica e escutei batidas na porta. Abri, agradecendo ao cozinheiro que trouxe o carrinho, e fechei depois de entrar com a comida. Soltei tudo na frente da cama e me aproximei de Savannah, me abaixando para fazer um carinho em seu rosto.
— Sav... Baby... Hora de acordar, gatinha — chamei, a vendo bocejar e abrir os olhos com um sorriso doce nos lábios.
— Bom dia, Josh... — ela disse sorrindo e se sentando na cama.
— Bom dia, gatinha... Pedi café pra gente, imaginei que estaria com tanta fome quanto eu, então vamos aproveitar que minha mãe foi até a inauguração do hospital para conferir os últimos detalhes antes de irmos para lá de tarde — expliquei vendo-a passar a mão pelos cabelos.
— Tudo bem... Preciso usar seu banheiro antes de comermos — ela disse e eu sorri, levantamos e ela entrou no meu banheiro.
Em poucos segundos ela ressurgiu, com os cabelos mais arrumados e com o rosto lavado. Sorri me aproximando dela, segurei em sua cintura e deixei um beijo na sua testa.
Nos sentamos no puff em frente a cama e começamos a comer em um silêncio bem confortável. Após terminarmos o café da manhã, lembrei da sacola que eu havia comprado, então deixando o carrinho em um canto do quarto, entreguei a ela que me olhou sem entender nada.
— O que é isso, Josh? — perguntou curiosa.
— É um presente para você... — respondi e ela sorriu, abrindo a sacola e retirando dois ursinhos, mais especificamente um castor segurando a bandeira do Canadá e um canguru segurando a bandeira da Austrália.
— Aw! Josh! Eles são tão fofos! – ela sorriu alegre.
— Fico feliz que tenha gostado deles... Ao vê-los na vitrine, pensei logo em você, agora você tem o mascote oficial do meu país e ainda tem um pedacinho do seu país... Para amenizar a falta que você deve sentir de sua casa.
Ela se levantou me abraçando.
— Obrigada, Josh! Eu amei esse presente — disse a morena toda sorridente.
— De nada, gatinha... — disse deixando um beijo em sua testa.
— Bem, é melhor eu ir para meu quarto... Preciso de um banho — ela falou rindo fraco.
— Tudo bem... Você acha que consegue ir sem ser vista? — perguntei e ela afirmou.
— Consigo sim... Mas preciso trocar de roupa — ela falou guardando os ursinhos na sacola.
— Não precisa não, te ajudo a colocar tudo na sacola e você corre pro seu quarto assim mesmo, ele é aqui ao lado.
— Tudo bem, vamos logo então. — Ela riu fraco e começou a pegar todas as roupas dela e os sapatos.
Abri a porta do quarto observando o corredor vazio e silencioso, olhei para Savannah que já estava pronta para correr e abri mais a porta deixando-a passar. Ela beijou minha bochecha antes de correr até seu quarto e desaparecer no corredor. Fechei a porta do quarto, entrei no meu banheiro, tirei minha roupa e tomei um longo banho.
Algumas Horas Depois...
Minha mãe e eu estávamos à espera de Savannah para irmos na inauguração do hospital no centro de Montreal. Estávamos distraídos conversando enquanto a morena não chegava.
— Filho, você sabe que depois de hoje, o povo irá lhe ver de outra forma, a imprensa estará presente, isso vai ajudar você a tirar a fama que tem — disse minha mãe passando a mão sobre meu ombro.
— Tenho certeza que ainda vão me achar um idiota — falei e ela suspirou.
— Não irão, meu filho... Ah! Deveria andar de braços dados com Savannah – ela sugeriu.
— Por que, mãe? Qual a intenção disso? — questionei surpreso.
— Savannah ainda não conhece a cidade, e você ser visto como uma mulher linda como ela pode te trazer benefícios com a imprensa.
— Está certo mãe, como achar melhor – falei vendo-a sorrir e começar a falar sobre o discurso.
Quando minha mãe terminou de me explicar como funcionaria a hora do discurso, as portas foram abertas e Savannah saiu do castelo descendo as escadas. Ela sorriu um pouco tímida ao se aproximar de nós andando igual uma modelo em seu salto preto, enquanto o vento balançava seus cabelos soltos e ondulados. Ela vestia uma saia prata solta e um cropped preto.
Ela parou na nossa frente fazendo uma reverência e eu acabei vendo um pouco dos seus seios. Merda, Savannah. .
— Savannah! Você está deslumbrante! — disse minha mãe sorrindo.
— Obrigada, Majestade — ela agradeceu um pouco tímida.
— Josh e eu conversamos e achamos melhor você andar de braços dados com ele, para que não se perca no meio de toda a multidão enquanto andarmos para ver o hospital... Não é mesmo, filho? — disse a rainha.
— Claro... Sim... É melhor sim... — disse ainda desconcertado com a beleza dela.
— Tudo bem, então vamos fazer o que é o certo — ela respondeu sorrindo.
Entramos no carro e durante o caminho todo, fui pensando em minhas palavras, no que deveria falar durante o discurso. Ao chegarmos no local, descemos do carro e eu automaticamente segurei o nervosismo ao ver vários sorrisos e gritos de alegria, caminhamos entre o povo os cumprimentando e acenando para eles.
Nos aproximamos do palco e minha mãe começou a discursar. Nessa hora, eu realmente lembrei o porquê estou nervoso.
— Você está bem? — questionou Savannah ao meu lado e eu a olhei.
— Eu estou quase pra surtar... — respondi sinceramente e ela sorriu.
— Você tem que se acalmar, respirar fundo, subir naquele palco e dar ao povo a visão do futuro rei de Montreal. O rei que traz esperança ao povo, que deixa a mentira de lado mostrando que não é um garoto mimado e sim um príncipe que monta um plano para tornar o país um lugar melhor — disse a morena toda sorridente e eu acabei sorrindo. — Você vai subir naquele palco e dar orgulho ao seu pai, pois ele não está aqui para ver você agora, mas ele está te vendo lá de cima e tem o maior orgulho em ter você como filho... Agora, suba naquele palco e faça o povo gritar seu nome com a esperança que você irá transmitir a eles... Fale a verdade, Josh. Você é o futuro líder desta nação.
Ouvi minha mãe me chamar e respirei fundo antes de pisar no palco e mostrar a todos quem era.
Savannah P.O.V
Quando Josh subiu no palco, ouvi as palmas diminuírem a medida em que o loiro se aproximava do microfone até que o silêncio total, em que nem o som dos pássaros era escutado, começasse.
O loiro, depois de agradecer a presença de todos, começou a discursar sobre o hospital e sobre como o país estava mudando e logo o povo começou a comemorar. Não tardou muito para Josh deixar todos animados com sua fala. Sua mãe ficou emocionada no canto do palco, logo o diretor do hospital entregou a tesoura para Josh cortar a fita. Ele sorriu e seus olhos se encontraram com os meus.
Fiz dois positivos com os dedos vendo-o rir e acabei rindo junto. Quando as portas do hospital foram abertas para todos visitarem, a família real desceu do palco e Josh veio até mim estendendo o braço. Segurei no braço dele sorrindo e ouvi alguns gritos enquanto vários flashes disparavam em todas as direções.
1 Hora Depois...
Ainda estávamos visitando as instalações do hospital, enquanto Josh andava um pouco mais a frente junto do diretor e de sua mãe, vi uma sala onde algumas crianças brincavam e riam divertidamente. Me afastei do grupo parando no corredor e sorri ao ver as crianças correndo. Entrei na sala e algumas meninas pararam de brincar para me olharem chocadas.
— Você é uma princesa? — perguntou uma garotinha negra.
— Eu não sou uma princesa... Mas eu sei a história de uma princesa muito corajosa que derrotou o dragão que protegia um tesouro perdido muito secreto — falei e todos olharam para mim.
— Você pode nos contar? — um menino ruivo perguntou animado.
— Sentem-se aqui... — pedi indicando os puffs e logo várias crianças se reuniram para ouvir a história.
Comecei a contar uma antiga história que meu avô me contou quando eu tinha a idade destas crianças. Fiz as vozes dos personagens, ouvindo as risadas dos menores. Quando terminei a história, ouvi algumas palmas e sorri agradecendo. Olhei para a porta vendo Josh ali de braços cruzados com um sorriso travesso no rosto. Me despedi das crianças e me aproximei do loiro.
— Então quer dizer que a princesa, depois de dar o tesouro ao povo, pega o cavalo voador e volta ao seu castelo no céu perto do arco íris para brincar nas nuvens com seus cachorrinhos de pelo brilhante? — ele perguntou sorrindo e eu corei.
— Era a minha história favorita quando era pequena — falei e ele riu, apertando fraco minha bochecha.
— Isso é uma gracinha, Sav. — ele riu e colocou minha mão em seu braço para andarmos para fora do hospital.
— Não venha me zoar com essa história, eu só fiz algo legal pelas crianças — rebati e ele sorriu, afirmando com a cabeça.
— Eu jamais zoaria você pela fofura que eu vi — ele disse e nós saímos sorrindo do hospital.
Voltamos para o castelo depois de darmos uma volta pelo centro da cidade, conversamos um pouco com o povo e eu pude perceber que isso fez bem ao Josh. Ele gostava de estar com o povo, sendo gentil e atencioso com todas as pessoas ao seu redor, parando para tirar fotos e abraçando, brincando com as crianças e escutando os mais velhos. Josh não tinha muita confiança para ser o novo rei, mas todo o seu povo via que ele seria um ótimo rei para todo o Canadá.
Depois que chegamos, a rainha chamou o filho para uma reunião, então resolvi ir para meu quarto. Liguei o notebook e escrevi algumas coisas sobre o dia de hoje, aproveitei também para deixar alguns slides prontos, já que eu precisava apresentar meu trabalho em um pequeno auditório quando voltasse ao meu país. Enquanto estava terminando de digitar, recebi uma chamada de vídeo de Sina e resolvo atender.
— Sav! — ela gritou alegre e eu ri alto.
— Sina! — eu a imitei, vendo-a rir.
— Estou morrendo de saudades de você – disse a loira.
— Eu também estou! Quando vocês voltam? — perguntei.
— Acho que em alguns dias... Hoje vamos a um baile a convite do presidente... Onde você foi toda elegante? — ela perguntou curiosa.
— Seu irmão foi discursar na inauguração do hospital, então tive que me vestir de uma forma mais arrumada.
— Soube que você e meu irmão tiveram que andar juntinhos... — diz a loira, que afirmou sorrindo.
— Foi uma ideia da sua mãe, ela sugeriu porque não conheço a cidade e poderia me perder na multidão.
Ela riu alto.
— Mas você deve ter amado ficar grudada com meu irmão... — sugeriu a loira e eu corei.
— Eu não posso negar, mas é estranho falar disso com você, Sina — falei tímida e ela riu.
— Sav, eu sou sua amiga e, além disso, você gosta do meu irmão. não precisa ficar tímida, ainda vamos ser cunhadas.
— Tudo bem... Quando você voltar, eu preciso contar uma coisa... — disse.
— Nada disso! Pode ir abrindo o bico... — ela falou.
— Tem que ser pessoalmente... — neguei e ela suspirou.
— Você e Josh acabaram fazendo algo? — ela questionou e eu afirmei com a cabeça.
— A gente transou na noite passada... — falei e ela abriu a boca em choque.
— Heyoon! A Sav e o Josh transaram! — gritou a loira e eu fiquei mega corada ouvindo os gritos de alegria das duas.
— Finalmente, Sav! Eu sabia que ia dar nisso! — gritou a morena, aparecendo na tela enquanto ajustava um vestido preto no corpo.
— Vocês torcem por mim e pelo Josh ficarmos juntos né?
Elas afirmaram.
— Com toda certeza, cunhadinha! — disse Heyoon rindo e eu neguei com a cabeça.
— Vocês não prestam! — disse rindo com elas.
Acabamos conversando por mais alguns minutos antes delas precisarem terminar de se arrumar para o jantar. Desliguei depois o notebook e jantei em meu quarto. Estava muito cansada do dia de hoje. Depois de tomar um belo banho, coloquei meu pijama e peguei um livro apenas para relaxar. Quando o sono bateu, apenas desliguei as luzes do meu quarto, peguei meu telefone colocando-o no silencioso e abracei meus dois novos ursinhos para finalmente dormir tranquila.
Josh P.O.V
Eu tive uma boa reunião com minha mãe. Acabamos conversando um pouco sobre o discurso e ela me deixou mais animado, me motivando ainda mais para me tornar rei. Jantamos juntos e estranhei quando Savannah não apareceu, mas minha mãe informou que ela estava cansada demais para nos encontrar. Então, depois de jantar, resolvi ir para meu quarto e dormir. Queria deixar Sav descansar para que ela estivesse melhor amanhã. Isso, ia dormir!
Savannah P.O.V
Nem parecia que o tempo estava voando. Já estávamos no mês de novembro, o frio começava a ficar mais forte, mas ainda nada de nevar. Eu estava ansiosa para ver a neve, mais animada que uma criança.
Sina e Heyoon haviam voltado da Dinamarca com boas notícias: as obras do novo consulado estavam iniciadas, o que fez todos nós comemorarmos com um belo jantar com direito a horas de boas conversas e algumas doses a mais de vinho. Foi a primeira vez que eu vi a rainha muito mais alegre, acho que foi culpa do álcool.
As organizações para o baile de inverno estavam a mil. O castelo todo estava sendo preparado para tal evento, que segundo os cálculos da rainha, seria no fim de semana, então todos estavam voando para conseguir deixar tudo dentro do prazo. Segundo Úrsula, o baile acontecia no primeiro fim de semana depois de nevar e, pelo o que todos diziam, a neve não deveria demorar muito.
Como era uma tradição, eu estava nervosa já que seria a minha primeira vez em um grande evento neste nível. Eu estava ensinando Sina a tocar piano, já que ela queria aprender e depois do que sua mãe revelou, insistiu para eu a ensinasse. A loira decidiu que deveria me ensinar algo, então aqui estávamos no pequeno estúdio espelhado que existia no castelo, em uma parte bem escondida e vazia, enquanto eu aprendia a dançar com um cabo de vassoura.
— Você está indo bem, Sav, mas precisa lembrar que você estará com um vestido longo, então terá os movimentos um pouco mais limitados... — a loira explicou e eu suspirei, olhando para ela.
— Eu sei, Sininho, mas ainda acho que a culpa é do meu parceiro de dança — respondi, ouvindo sua risada.
— Ele também está muito duro e não tem jogo de cintura...
— Você deveria dançar comigo e me ensinar melhor... — sugeri.
— Com certeza vamos fazer isso, mas eu também tenho outra ideia... Espere aqui... —Ela saiu da sala com pressa.
Vocês devem se perguntar sobre mim e Josh, é claro... Josh e eu estávamos em um bom relacionamento. éramos amigos com benefícios e, com a ajuda das meninas, conseguimos ficar escondidos em alguns lugares do castelo apenas para aproveitarmos a companhia um do outro e, claro, nos pegarmos também.
— Voltei, Sav, e com um incentivo para você dançar. — Sina entrou na sala com uma saia longa na cor branca. Parecia parte de um vestido de princesa, como aqueles de filme.
— Você quer que eu vista a saia para tentar dançar, não é? — questionei, vendo o sorriso dela se abrir.
— Claro que sim! Vista por cima da calça, é apenas um teste.
Ela me entregou a saia, ri baixo antes de a pegar e vestir, sentindo um peso a mais no corpo.
— Essa saia é um pouco pesada demais, não acha? — perguntei e ela deu de ombros.
— Nós não sabemos ainda como vai ser seu vestido do baile. Ele pode ser como o Harry quiser e ele só vai revelar nossos vestidos amanhã, para os ajustes finais — ela falou enquanto me segurou para dançar.
— Tudo bem, princesa, me ensine a dança do seu país. — Rimos juntas.
Começamos a bailar pela sala enquanto Sina ia me ajudando a corrigir os erros. Dançamos uma música inteira antes de ouvirmos algumas palmas e uma risada baixa. Nos soltamos e vi Heyoon e Josh na porta nos espiando.
— Você está dançando muito melhor que eu, Sav! — disse Heyoon sorrindo enquanto eles entravam na sala.
— Você deve dançar mil vezes melhor que eu, Yoon, não minta — respondi, vendo-a rir.
— Heyoon aprendeu tudo com Josh — disse Sina e eu o encarei.
— Você não me disse que gostava de dançar... — falei e ele sorriu.
— Eu sempre gostei de dançar, só não faço com frequência por conta da falta de tempo... — Ele sorriu e deixou um beijo na minha testa.
— Vocês dois sabem que podem se beijar na nossa frente, não sabem? — falou Heyoon.
— Não quero humilhar vocês — disse Josh e todos riram.
— Jamais humilharia, irmão — respondeu Sina puxando sua esposa para um beijo delicado.
— Por que não aproveitamos a deixa? — sugeri baixo e ele riu, colando nossos lábios em um selinho delicado.
— Se eu te beijar assim como elas fizeram, não conseguiria parar — ele sussurrou me fazendo corar.
— O papo tá bom, mas precisamos ir jantar — Sina nos chamou.
— Vamos logo então... — falei, tirando minha saia e soltando-a na cadeira que havia ali.
Saímos todos juntos, entramos na sala de jantar e fiz reverência para a rainha que nos esperava sorrindo para comermos todos juntos em harmonia. Josh P.O.V
Durante o jantar, entramos em conversas animadas sobre os possíveis convidados do baile que iriam dar vexame. Comemos um brownie com sorvete e calda quente, que fez Savannah suspirar ao meu lado, já que jantamos na mesa redonda.
Sobre Savannah, era cada vez mais difícil negar que eu não estava apaixonado por ela. Toda hora que via um sorriso dela ou escutava sua risada, meu coração parecia derreter por dentro. Mesmo tentando esconder de minha mãe, ela havia percebido algo, já que estava sempre me incentivando a andar com Savannah quando saíamos para realizar algo fora do castelo. Como no último evento que fomos, era um chá beneficente para arrecadar fundos para a compra de agasalhos para os mais necessitados. Neste chá, minha mãe falava para algumas amigas que Savannah e eu éramos grandes amigos, do tipo que não se desgrudavam. Acho que se eu contasse para minha mãe que estou apaixonado pela morena, ela faria uma festa para anunciar ao mundo a novidade. E isso não era exagero.
Depois de jantarmos, minha mãe foi para seu quarto descansar, enquanto nós quatro havíamos ficado para trás, sem sono e sem ideias de algo para fazer, até que vi Heyoon me encarar como quem tinha algo a dizer.
— No que está pensando? — perguntei meio baixo enquanto minha irmã e Sav conversavam sobre algo.
— Sala de cinema apenas nós quatro, um filme legal, chocolate quente e alguns doces, cobertinhas fofinhas e poltronas para casais... — ela respondeu sorrindo e eu sorri fazendo um hi five.
— Do que estão falando? — perguntou Sina.
— Heyoon sugeriu para irmos para a sala de cinema — disse e as duas sorriram.
— Com direito a pipoca, doces e chocolate quente — completou a coreana.
— Eu topo! — concordou Sav.
— Eu também, mas quero colocar um pijama antes — pediu minha irmã.
— Okay, enquanto vocês colocam os pijamas, eu levo o chocolate quente pra lá — disse e elas afirmaram.
Nos separamos por alguns instantes, enquanto as garotas iam para o quarto. Passei na cozinha, aproveitei que estava vazia e peguei o chocolate quente que minha mãe havia mandado preparar para ela. Servi 4 xícaras, peguei alguns doces e levei tudo para a sala de cinema. Organizei tudo na bancada no canto da sala onde havia a máquina de pipoca e preparei as pipocas doces e salgadas.
Nossa sala de cinema privada tinha um enorme telão que pegava a parede toda, uma lateral com a bancada com alguns potes para pipoca e copos para as bebidas do mini bar e a máquina de pipoca que faz doce e salgada ao mesmo tempo. As poltronas eram de casal, tendo um grande espaço para mais de 2 pessoas sentarem juntas. Eram 4 ao total e as do fundo ficavam um pouco mais elevadas. Havia alguns leds no teto e no chão para que ninguém se machucasse, ela era toda escura, mas tinha uma pequena porta que dava acesso a uma mini varanda e tinha um mini banheiro no fundo.
Deixei tudo pronto e fui para meu quarto, ondei tomei um banho quente e vesti um conjunto de moletom aquecido preto. penteei os cabelos e voltei para a sala de cinema, vendo Heyoon chegar com duas cobertas peludas.
— Trouxe as cobertas! — Ela colocou as cobertas nas poltronas.
— Ótimo! As pipocas estão prontas e o chocolate está bem quente, com marshmallows.
— Que bom! Uma sessão de cinema em casais! Finalmente eu estou te vendo com alguém que te deixa feliz de verdade — disse a menor.
— Ela realmente me faz feliz... — respondi e ela sorriu me abraçando.
— Não a deixe ir embora — ela falou depois de eu retribuir o abraço.
Logo as garotas entraram na sala com seus pijamas fofos. Claro que minha irmã e a esposa estariam combinando nos pijamas, mas Sav — ah, ela estava linda, como ela sempre era. Ela vestia um pijama preto, a blusa era um moletom com uma frase em letra branca e a calça era preta de estrelinhas brancas.
Ela percebeu que eu a encarava e acabou ficando um pouco corada. Sina logo se jogou na poltrona ao lado da esposa e se enrolaram na coberta com as pipocas.
— Já escolhi o filme, tudo bem? — disse a loira.
— Claro né, Sininho, era a sua vez de escolher — respondi.
— Então sentem a bunda logo na poltrona pra gente ver — disse a coreana.
Assim que Sav se sentou, eu a cubri, lhe entreguei o balde de pipocas e coloquei uma xícara ao seu lado. ela sorriu me agradecendo e então me sentei ao seu lado, me cobrindo. Sina logo deu play no filme, neguei com a cabeça sabendo que ela escolheria alguma comédia romântica, e me ajeitei para assistir ao filme.
Mais da metade do filme já havia se passado enquanto minha irmã e a esposa trocavam carícias e beijos. olhei para Sav, mais afastada de mim enquanto tremia um pouco de frio, e decidi chamar sua atenção.
— Sav... Baby... — sussurrei, vendo-a me olhar.
— Aconteceu algo? — ela perguntou.
— Vem mais pra cá, você está tremendo de frio... Deixa eu te esquentar.
Ela afirmou com a cabeça se aconchegando ao meu lado. Eu a abracei, trazendo-a para mais perto e ela suspirou baixinho antes de deitar a cabeça em meu ombro.
— Obrigada por isso — ela sussurrou.
— Eu sempre vou cuidar de você... — respondi, dando-lhe um selinho, e ela sorriu.
Voltamos a nos aconchegar para terminarmos de ver o filme, já que estava chegando no final. Quando ele acabou, percebi que era o único acordado. minha irmã dormia abraçada com a esposa e Sav estava dormindo tranquila em meus braços. desliguei tudo com o controle e me deitei para aconchegar melhor Sav nos braços.
Savannah P.O.V
Não tinha certeza da hora em que peguei no sono, acho que foi perto do fim do filme, quando Josh começou a fazer carinho em meus cabelos...
Eu ainda ia morrer por conta desse homem: além de ser lindo, carinhoso, gentil, atencioso, divertido, educado e ser quente na cama, ele ainda me surpreendia todo dia com uma nova atitude.
Abri os olhos, sentindo suas mãos passarem pela minha bochecha e dei um sorriso tímido, já que eu devia estar toda feia e descabelada.
— Que bom que acordou... Quero lhe mostrar algo... — ele sussurrou e eu me sentei ajeitando os cabelos.
— Você sabe que estamos no meio da noite, não sabe? — perguntei e ele afirmou.
— Eu sei, mas eu te fiz uma promessa e agora preciso cumpri-la — ele disse baixinho e estendue a mão para mim. Eu me levantei e caleio minha pantufa.
— Então me mostre o que você está querendo... — Ele sorriu, me levando para fora da sala de cinema.
— Quero que feche os olhos — ele disse e eu o encarei.
— Como vou andar até o lugar se tivermos que descer as escadas? — perguntei e ele sorriu.
— Apenas feche os olhos, Sweet — ele sussurrou e eu senti um arrepio em meu corpo antes de fechar os olhos.
Senti meus pés saírem do chão e soltei uma risada baixinha, abraçando o pescoço de Josh. Ele riu fraco e começou a andar pelo castelo. não escutei nenhum barulho em todo o tempo que permaneço de olhos fechados.
— Você me chamou de Sweet... — sussurrei com o rosto deitado em seu ombro e senti ele se arrepiar.
— É isso que eu penso de você... — ele disse parando de caminhar.
— Posso abrir os olhos?
Ele riu fraco.
— Você é curiosa demais, Sweet... — Ele me soltou no chão ainda segurando em minha cintura.
— Eu estou realmente curiosa... — sussurrei e ouvi sua risada enquanto ele me abraçava por trás.
— Agora, você pode abrir os olhos.
Obedeci. Estava tudo coberto de neve: o jardim todo estava branco, não com uma grande camada, mas estava tudo ficando branco. enquanto os flocos caíam do céu, estendi a mão para frente, deixando alguns caírem sobre a palma da mão e soltei uma risada animada. Era a primeira vez que eu via neve e eu estava com vontade de chorar de alegria.
— Josh! Está nevando! — disse animada e ele riu, me virando para ele.
— Eu prometi que você veria a neve assim que ela surgisse...
— Você é realmente incrível, Darling — disse e ele sorriu de lado.
— Darling?
— Não é só você que pode ter apelido fofo para mim — respondi.
— Justo... Sav, eu tenho algumas coisas para lhe falar...
— Você sabe que pode desabafar comigo... — falei, sorrindo fraco, e ele segurou minha mão.
— Sav... Você chegou do nada, no momento que eu menos esperava e de repente comecei a pensar em você todos os minutos do meu dia. Eu não queria admitir isso, mas a cada olhar ou sorriso seu, meu coração fica mais aquecido...
“Eu já andava desacreditado do amor, parecia algo que nunca iria voltar para minha vida, era quase impossível... O pior foi quando meu coração errou a batida ao lhe ver pela primeira vez, na biblioteca, sozinha no escuro, em busca de um livro... Você não imagina o quanto meu coração acelerou naquele momento, vi seus olhos brilharem no meio da escuridão, foi aí que soube que algo havia mudado dentro de mim...
“Quando me dei conta, já estava te amando, de uma maneira tão intensa que eu jamais havia sentido antes, eu não aguentava mais ficar sem você ao meu lado, sem ver seu sorriso, ouvir sua risada e sentir seu cheiro doce... Hoje e agora eu sei que é apenas você que eu preciso e que eu quero, e não preciso esconder de ninguém, eu apenas quero segurar sua mão e não largar nunca mais, eu só quero viver esse momento intensamente sem o medo do que vem pela frente...
“Savannah, eu sei que parece meio assustador eu estar falando tudo isso agora na sua frente, mas eu só quero você pra sempre... Se você quiser manter escondido ou contar ao mundo, eu entendo, mas por favor aceite meu pedido... Namora comigo?
Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, que sua mão delicada limpou enquanto eu abria um sorriso bobo.
— Josh, eu... É claro que eu aceito! — falei emocionada e ele sorriu me puxando para um beijo.
Começou calmo e carinhoso, meus braços ao redor de seu pescoço enquanto uma de suas mãos fazia um carinho em seu rosto. Não aceleramos o beijo, apenas ficamos aproveitando o momento, trocando carícias e deixando nossos lábios o máximo de tempo juntos até o ar começar a faltar.
— Fico tão aliviado que você aceitou... Droga, eu não tenho um anel pra você — ele disse e eu soltei uma risada.
— Darling, tudo bem... Eu não me importo com isso... Eu só me importo com você Josh.
Ele me deu um selinho.
— Está bem... Agora eu posso te chamar de minha namorada — ele falou.
— Você pode me chamar como quiser, Josh Beauchamp, porque eu sempre serei sua — disse e lhe dei um selinho.
— Está bem, minha princesa, mas agora vamos entrar. a neve está começando a ficar mais grossa... —
Eu afirmei sorrindo.
— Vamos descansar que o dia de amanhã promete ser longo — falei e ele beijou minha testa enquanto entramos no castelo de mãos dadas.
— Vamos sim... Vamos voltar pra sala de cinema — ele disse baixo.
Andamos em silêncio até a sala de cinema. entramos devagar, encontrando as meninas ainda dormindo. nos deitamos no sofá cama e Josh me puxou para seu peito, trocamos mais alguns beijos antes de acabarmos deixando o sono tomar conta de nossos corpos.
Acordei na manhã seguinte extremamente animado. A noite anterior havia sido perfeita! Ainda mais o fato de eu ter conseguido desabafar e contar tudo o que realmente sinto por Savannah.
Fiquei com o coração mais quente ao saber que ela aceitou meu pedido de namoro, mas acabei lembrando que preciso comprar um anel para ela. Ela falou que não se importava com isso, mas se tinha algo que eu sabia sobre as mulheres e aprendi com meu pai, é que mesmo que negassem, elas adoravam receber presentes. Nada mais que justo do que eu comprar um lindo anel para ela e entregar em algum momento especial.
Depois de todos acordarmos, organizamos a sala de cinema e fomos cada um para seu quarto. Precisava tomar logo meu café e conversar com Heyoon, ela sempre sabia o que fazer, então pediria a ajuda dela para comprar o anel, já que ela também conhecia todos os gostos de Savannah.
— Bom dia, meus queridos — disse minha mãe alegre entrando na sala de jantar. Hoje ela havia se atrasado para o café.
— Bom dia, mãe — respondemos Sina e eu.
— Bom dia, sogrinha! Dormiu bem? — perguntou Heyoon.
— Bom dia, Majestade — disse Sav depois da reverência.
— Dormi sim, norinha... Queridos, devo lhes avisar que teremos um jantar importante hoje. O primeiro ministro virá com a família para tratar de algumas pendências da construção da fábrica têxtil em Quebec — explicou minha mãe se sentando.
— Eu já deixei tudo organizado, eles chegam as 16h no hotel, um carro real irá buscá-los às 19h e o jantar deve começar pontualmente as 20h — disse Heyoon depois de mexer em seu tablet.
— Você consegue ser tão eficiente — disse Sina sorrindo e beijou a bochecha da esposa.
— Tá mandando ver, hein, cunhada — disse e ela riu.
— Hoje Sav e eu vamos provar nossos vestidos para o baile de inverno — disse Sina animada.
— Harry nos espera às 10h no ateliê — disse Sav.
— Que bom, meninas! Josh, espero que tenha provado seu terno, você deve estar elegante para causar uma boa impressão a todos — disse minha mãe.
— Meu terno já está pronto, mãe — disse e ela afirmou sorrindo.
Entramos em algumas conversas bobas durante o café da manhã, mas logo todos saíram para seus compromissos. antes de Sav seguir Sina, ela deu uma piscadinha com um sorriso lindo para mim que me fez suspirar igual um idiota. Essa morena me deixa maluco em todos os sentidos.
— Te dou um dólar pelos seus pensamentos — disse Heyoon e eu ri a encarando.
— Que tal ao invés de tentar adivinhar, você me ajudar com algo? — perguntei e ela sorri animada.
— Claro que sim! Diga-me o que posso fazer por você vossa alteza — disse ela debochada.
— Ah, minha cara duquesa, vamos sair. Pegue seu casaco e me encontre na garagem — disse saindo da sala e ela deu um grito animado antes de correr para o quarto. Às vezes, achava que Heyoon ainda era criança.
~ 1 Hora Depois....
Já estávamos no centro, mais precisamente na frente de uma joalheria. Entramos depois de tirar o excesso de neve da nossa roupa e então a dona logo veio nos atender. Pedi para ver alguns anéis e Heyoon me encarou enquanto a mulher saía para pegá-los.
— Espera! Não me diga que está comprando isso para pedir Sav em namoro! — ela começou a falar.
— Na verdade, eu já fiz o pedido, só esqueci do anel... — disse e ela me encarou em choque.
— Peraí, Josh! Me conta tudo por favor!
— Okay! Tudo começa quando eu prometo a ela que seria o primeiro a lhe apresentar a neve... Então ao acordar de madrugada e ver que estava nevando, a levei para o jardim e no meio da alegria dela de ver a neve, eu me declarei — disse e ela sorriu.
— Estou orgulhosa de você! Sabia que você ia conseguir amar alguém de novo — ela disse me abraçando de lado.
— Obrigada, baixinha... Obrigada por ter trazido Savannah para a minha vida.
— Eu sabia que trazê-la ia mudar as nossas vidas... Afinal, como meu pai costumava dizer, às vezes a alegria está debaixo do nosso olhar, basta apenas abrirmos nossos olhos — ela falou e eu ri.
— Então, para me ver feliz, me ajuda com isso?
— Tá brincando? É lógico que vou ajudar! Eu amo ser a cupido de vocês! — disse rindo e eu ri junto.
— Heyoon, obrigado por ter nascido — disse e ela riu mais.
— Obrigada por me deixar ser sua melhor amiga.
— Obrigado por ser uma irmã pra mim.
— Obrigada por me deixar casar com a sua irmã — ela falou e nós rimos juntos.
— De nada! E a propósito, como foi a viagem só de vocês?
— Foi maravilhosa! Tivemos tempo para aproveitarmos juntas, conseguimos sair, passear, fazer compras, namorar e tudo que casais normais podem fazer.
— Queria poder fazer isso com Sav, mas se todos descobrirem que estamos juntos, posso acabar estragando um pouco da vida dela — disse suspirando.
— Hey! Se ela escolheu estar com você, ela sabe bem o que pode acontecer... Por que você não começa conversando com ela sobre isso? Depois vocês podem contar a sua mãe e, se ela achar bom e vocês concordarem, vocês anunciam ao mundo... — a baixinha me aconselhou.
— Você sempre tem boas ideias — disse e sorrimos.
Passamos alguns minutos na loja, até Heyoon encontrar, segundo ela, o anel perfeito. Almoçamos no cenro e somente depois de irmos a alguns lugares que nós voltamos ao castelo. Quando chegarmos, fui logo esconder o anel em meu quarto, pretendia dar ele a Savannah depois do jantar. já havia combinado tudo com Heyoon e é claro que ela e Sina iam me ajudar com isso.
Savannah P.O.V
Durante a manhã, Sina e eu fomos provar os vestidos para o baile de inverno e eu não podia negar que meu vestido estava perfeito! Harry realmente sabia fazer mágica com as mãos, ele transformou simples pedaços de pano em uma obra de arte! O vestido de Sina também estava deslumbrante, mas todos só iriam ver no dia seguinte, na hora do baile.
Depois de almoçarmos com a rainha em uma conversa agradável, Sina e eu fomos para o quarto da loira. Nós nos jogamos na cama e cada uma estava em seu notebook, e eu aproveitei a hora para escrever minha tese sobre Josh Beauchamp.
— Sav... O que você está fazendo? — perguntou a loira.
— Ah, eu estou terminando de escrever uma parte da minha tese sobre seu irmão... — disse parando de digitar.
— Eu posso ler? Estou bem curiosa — disse ela e eu afirmei lhe entregando o notebook.
— Claro que pode... Na verdade quero que leia e me fale se estou escrevendo a verdade, se tá faltando algo...
Passamos alguns minutos em silêncio até que a loira terminasse de ler. quando finalizou a leitura, ela soltou o notebook limpando o rosto e me abraçou forte. eu retribuí o abraço sem entender muita coisa.
— Acho que nunca li algo tão lindo sobre meu irmão... — a loira falou emocionada.
— Você acha que está bom?
— Sav, você está contando ao mundo quem realmente é Josh Beauchamp, você escreveu toda a verdade sobre ele! Sua tese está ficando incrível! — ela disse e eu sorri.
— Fico feliz em ter conseguido escrever algo que remete a pessoa que ele é.
— Você já mostrou isso pra ele?
Neguei.
— Não vou conseguir mostrar pra ele... Ainda mais agora que... — suspirei e ela abriu um sorrisinho.
— Ainda mais agora que você é apaixonada por ele... — ela fala e eu fico corada.
— Eu tenho algo pra lhe contar... — disse.
— Sav, você sabe que se tornou minha melhor amiga, claro que você pode me contar qualquer coisa.
— Ontem, durante a madrugada... Seu irmão me pediu em namoro na neve.
Ela abriu a boca em choque.
— O QUE? JOSH FINALMENTE FEZ ISSO? — ela gritou de alegria e eu ri alto.
— Calma, Sina!
— Você não imagina a alegria que eu estou! Tenho uma cunhada! Você sabe o quão legal é isso? — ela disse e eu ri mais.
— Sininho, se acalma — disse rindo e ela riu junto comigo.
— Tudo bem... Eu estou tão feliz por vocês! Ele te deu um anel? Como foi o pedido?
— Ele fez um pedido lindo. se declarou olhando em meus olhos, enquanto a neve caía, parecia que não existia mais ninguém no mundo além de nós... — relembrei os detalhes e ela riu fofa.
— Aaawww, meu irmão é romântico... Cadê o anel? Quero ver! — Ela puxou minha mão e eu ri.
— Ele não me deu um anel.
Sina fechou a cara.
— Ele precisa te dar um anel! Pra selar o namoro — ela disse triste.
— Sina, eu não me importo com bens materiais, eu só me importo com a pessoa... Seu irmão é mais importante que um anel.
— Você realmente é a melhor cunhada do mundo — ela disse me abraçando e eu soltei uma risada.
Ficamos conversando por mais algum tempo antes de Heyoon voltar para o quarto delas. Deixei as duas sozinhas já que elas também iriam se arrumar para o jantar.
Entrei no meu quarto fechando a porta e fui ao banheiro tomar um belo banho. Fiz uma make clara, deixei meu cabelo cacheado e de lado.
Saí do banheiro, entrei no closet e comecei a procurar uma roupa. Depois de alguns minutos atrás de uma roupa bonita, peguei um vestido lilás brilhante com um decote em V na frente. Coloquei uma calcinha da mesma cor do vestido e um salto prata, meus brincos e saído closet ouvindo batidas na porta.
— Pode entrar — falei me olhando no espelho ao lado do closet.
— Sav, você está pronta? Mamãe quer todos no salão principal — disse Sina entrando no quarto e eu me virei para ver a loira.
— Você está linda! – disse. Ela usava um vestido prata brilhante com comprimento abaixo do joelho.
— Obrigada, Sav! Mas você está divina! Quer matar meu irmão?
— Não é intencional... Vamos?
— Vamos! Heyoon foi com Josh na frente – ela disse e saímos do meu quarto juntas.
Chegamos ao salão e os convidados ainda não haviam chegado. Fiz uma reverência para todos. Josh me encarou de boca aberta, mas depois disfarçou dando um sorriso lindo. Logo os convidados chegaram e então o filho do primeiro ministro se aproximou de mim com um sorriso nos lábios. Ele era um garoto moreno e tinha um jeitinho de homem metido, mas era muito bonito.
— Boa noite, senhorita... Creio que ainda não fomos apresentados, eu me chamo Noah Urrea – ele segurou em minha mão e a beijou.
— Boa noite, senhor Urrea, me chamo Savannah Clarke... – sorri um pouco envergonhada.
— É sempre bom ver uma nova joia no castelo... — Soltei uma risada sem graça.
— Você como sempre já está cantando as amigas da minha irmã, Noah – ouvi a voz de Josh e então os dois se abraçaram rindo fraco.
— Joshua! Faz muito tempo que não lhe vejo... Quando vamos marcar aquele rolê que você me deve? – perguntou o moreno.
— Já parei com esse tipo de rolê a muito tempo, Urrea, não tenho mais interesse... Vejo que conheceu Savannah – disse o loiro.
— Claro, não ia perder a oportunidade para conhecer essa princesa – disse o moreno e eu senti minhas bochechas corarem.
— Sinto muito, senhor Urrea, mas não estou disponível... – disse e o moreno suspirou.
— Que pena! Iriamos nos divertir muito gatinha... – ele disse e antes de Josh falar algo, escutamos que o jantar estava servido.
Quando nos sentamos a mesa, acabei sentando de frente para Josh, ao lado de Heyoon, até que as conversas se iniciaram e eu acabei ficando um pouco acanhada já que não sabia o que conversar.
Após jantarmos, todos voltaram ao salão principal para beber um pouco de vinho enquanto as conversas continuavam. Josh conversava com Noah em um canto e os dois me encaravam.
— Hey... Está tudo bem? – Yoon perguntou.
— Está sim... Eu só fui cantada pelo filho do ministro — falei e ela riu baixo.
— Todas já foram... Ele cresceu estudando com Josh, então sempre estava por aqui quando éramos menores. Ele dava em cima de mim e de Sina — disse a coreana e nós rimos.
— Eu imagino, mas acho que Josh não gostou dele dando em cima de mim... Ele chegou bem na hora pra me defender.
— Josh te ama e você sabe disso, então é claro que ele vai te defender... — ela sorriu.
— É mesmo... Como foi o passeio de vocês hoje cedo?
— Foi muito bom! Ah, eu preciso lhe dar um recado... Josh quer encontrar com você mais tarde na biblioteca — ela disse baixinho e eu afirmei sorrindo.
— Diga a ele que eu estarei lá na hora que ele quiser.
— Adoro ser o cupido de vocês — disse a coreana saindo dali.
Algumas horas depois a família do primeiro ministro foi embora. Era visível que seu filho estava um pouco alcoolizado, já que ele ria do vento frio daquela noite. Após me despedir da rainha que foi se deitar, fui para meu quarto encontrando um bilhete na porta. Peguei o mesmo e entrei no quarto. No papel só estava escrito um horário, 23h55.
Pontualmente eu estava entrando na biblioteca devagar. Ainda não havia conseguido trocar de roupa já que quando cheguei ao quarto, já eram 23h50. Só deu tempo de escovar meus dentes rapidamente. Acabei dando uma volta pela biblioteca e lendo alguns papéis, eu estava nervosa e nem sabia o motivo, mas tudo se acalmou ao ouvir a voz dele.
Josh P.O.V
Sim, eu atrasei alguns minutos, já que fui apenas conferir se minha mãe estava bem. Por sorte, mesmo ela tendo bebido um pouco a mais, ela estava bem, já havia até caído no sono. Era a hora do meu plano.
Com a ajuda de Sina, que incentivou a minha mãe a beber a mais, fui para o corredor da biblioteca onde encontrei minha irmã e minha cunhada sorrindo.
— Você está preparado? — perguntou Sina.
— Na verdade, eu estou... Estava mais nervoso ontem — confessei e elas riram baixo.
— Não se preocupa, ela vai amar a surpresa e, além disso, vocês são perfeitos um pro outro — disse Yoon.
— Eu só não quero mais esconder de ninguém... Mas estou com medo da mamãe — disse rindo.
— A mamãe, se descobrir, vai amar a notícia. ela já tem um carinho enorme pela Savannah, dá pra ver — minha irmã falou.
— Nesse ponto, Sininho está certa. A sogrinha e Sav estão sempre conversando sobre algo. elas se deram muito bem quando fomos viajar — disse a coreana.
— Tudo bem... Vou conversar com ela amanhã... — disse e as duas afirmaram.
— Conta pra ela apenas se ela estiver calma, porque amanhã é o dia do baile — disse a loira.
— Tem razão... Vamos resolver isso em breve, mas agora eu preciso ir, estou atrasado — falei.
— Vai logo! Já deixei as coisas lá pra você e Sav já está na biblioteca — disse Heyoon.
— Boa sorte, maninho! — desejou Sina.
— Obrigado! — suspirei e fui em direção da biblioteca.
Entrei na biblioteca vendo tudo escuro, não conseguia encontrar a mulher em lugar algum. Estava tudo silencioso e calmo, até que ouvi um barulho de salto no chão. Agora sim sabia que ela estava aqui.
— Sweet? — chamei e a vi sair do meio das prateleiras com um lindo sorriso e aquele vestido que havia me deixado maluco durante o jantar inteiro.
— Eu estava preocupada com você, Darling. — Ela se aproximou e passou os braços pelo meu pescoço.
— Não há motivos para isso... Quero lhe mostrar um lugar secreto.
— Adoro lugares secretos — ela disse rindo e eu lhe dei um selinho.
— Então venha comigo... — Segurei sua mão, andamos até o fundo da biblioteca e eu mexi em uma estátua, tirando-a do lugar.
Uma passagem secreta se abriu nas paredes, revelando uma escadaria. Puxei-a para dentro, começando a subir as escadas com ela até chegarmos ao topo onde uma porta antiga de madeira impedia nossa caminhada. empurrei a porta com um pouco de força, revelando a ela uma sala cheia de puffs e colchões. Heyoon e Sina haviam organizado tudo para mim, então havia um colchão no centro da sala com cobertas e travesseiros, uma mesa com duas taças de champanhe, alguns bombons e um buquê de flores violetas.
Sav sorriu surpresa ao observar toda a sala e se virou para me encarar.
— Você preparou tudo isso? — perguntou ela.
— Eu tive uma pequena ajuda das garotas... Você gostou?
— Eu amei, Josh! Eu estou me sentindo em um conto de fadas onde a garota é mimada pelo príncipe — ela disse e eu ri, puxando-a pela cintura.
— Você estando comigo sempre será mimada por mim, princesa.
— Não prometa o que não poderá cumprir — ela sussurrou e eu aproximei nossos rostos.
— Eu sempre cumpro tudo o que prometo... Eu tenho algo pra você.
— O que você tem pra mim? — perguntou ela curiosa.
— Senta e fecha os olhos — disse, e ela logo se sentou no colchão de olhos fechados.
— Já estou esperando — falou e eu ri, pegando a caixa do bolso. me ajoelhei na sua frente e abri.
— Pode abrir os olhos — falei e ela obedeceu, encarando a caixa da aliança em minha mão.
— Josh... — ela disse baixo em tom de surpresa.
— Eu prometo te dizer eu te amo todas as noites e te provar isso todos os dias se você me deixar e aceitar ser a minha namorada.
Ela sorriu emocionada.
— Eu lhe disse sim ontem e lhe direi novamente sim quantas vezes você quiser.
Eu sorri, pegando o anel e colocando em sua mão.
— Seja minha, Savannah... — sussurrei com os nossos lábios quase colados.
— Eu sempre serei sua, Josh — ela sussurrou em resposta e então eu colei nossos lábios em um beijo delicado.
— Quer um pouco de champanhe? — perguntei deixando a caixa na mesa e ela sorriu, tirando o salto.
— Quero sim. — eu lhe entreguei uma taça, fizemos um brinde e logo bebemos um pouco.
— Aqui, prova. — Peguei um bombom e lhe dei na boca, ela riu provando um pedaço do chocolate.
— Uhum... Ele é muito gostoso — disse a morena rindo e eu ri provando a outra metade.
— Ele não é tão gostoso quanto você — falei e ela riu, soltando a taça na mesa.
— Muito menos gostoso que você Beauchamp — ela disse e eu soltei minha taça colando nossos corpos.
— Não me provoque, Clarke. — Ela riu perto do meu ouvido.
— Me torne sua oficialmente, meu amor — ela sussurrou e eu segurei em seu rosto.
— Seu desejo é uma ordem, minha princesa.
Eu a beijei delicadamente, deitando-a aos poucos no colchão e ficando por cima dela. Não tínhamos pressa em fazer nada, tudo era feito com calma e carinho. Suas mãos tiraram minha camisa de botão enquanto eu a ajudava a tirar o vestido. Logo estávamos os dois nus enquanto nossos corpos pareciam querer se tocar pela primeira vez, uma nova descoberta como namorados.
O mundo parecia ter parado naquele momento, éramos apenas Savannah e Josh, apenas um casal se conectando pelas lindas formas de amar alguém. Peguei a camisinha que estava em meu bolso da calça e a vesti antes de penetrar a morena abaixo de mim. ela soltou um gemido baixo enquanto eu segurava suas mãos acima de sua cabeça.
— Josh... — ela disse baixo enquanto eu comecei a me mover dentro dela.
— Savannah... — gemi seu nome e ela fechou os olhos, sentindo meus lábios em seu pescoço.
Continuei os movimentos enquanto nos entregávamos um ao outro, nossos gemidos, nossos corpos e até nossos corações naquele momento estavam em sintonia. Apenas no ritmo do amor.
Logo chegamos juntos ao ápice e depois de sair de dentro da morena, tirei a camisinha usava a jogando no lixo e volto para me deitar com ela no colchão.
— Agora que eu percebi que o teto é de vidro — disse a mulher ao meu lado e eu soltei uma risada fraca.
— Não tinha como você ter visto antes... Estávamos mais ocupados com outras coisas.
— Tem total razão. Josh... — ela me chamou e eu a encarei, vendo o lindo brilho de seus olhos.
— Sim, princesa?
— Eu te amo... — ela falou abrindo um sorriso e eu senti um salto no meu coração.
— Eu também te amo — respondi, puxando-a para um selinho.
E assim acabamos a nossa noite mágica, completamente cansados, mas me sentindo inteiro. Eu era uma pessoa nova e tudo graças a Savannah Clarke. Amar ela foi a melhor escolha que eu fiz em minha vida e eu esperava jamais me arrepender de ter escolhido amá-la.
Eu me sentia viva! Viva de uma forma nova! Era como se eu tivesse renascido em um conto de fadas. Eu me sentia a princesa de um reino mágico onde no final tudo dava certo e o príncipe se casava com a princesa. Claro que a vida não era assim, mas não custava nada eu sonhar que isso poderia acontecer!
O único problema que me impedia de ser feliz por completo era ter que esconder a tese de Josh. Eu não queria saber qual seria a sua reação ao descobrir que vim morar no castelo para escrever sobre ele. não podia e nem queria pensar nisso que meu coração já começava a doer.
Ao acordarmos na manhã seguinte, ajudei o loiro a organizar a sala e depois de pegar meu buquê, fui para o quarto. Ainda era cedo, então não havia perigo de ninguém nos ver saindo da biblioteca juntos. Eu estava nas nuvens e não podia negar.
— Eu preciso ir para meu quarto — disse Josh me deixando na porta do meu quarto.
— Tudo bem... Eu te vejo mais tarde? — perguntei e ele sorriu.
— Você ainda vai me ver daqui a pouco... Apenas no baile que vai ser meio complicado
Afirmei com a cabeça.
— Tudo bem. afinal, todas querem dançar com o futuro rei — falei meio enciumada e ele riu fraco.
— Prometo que a primeira e última dança serão com você. — Eu abri um sorriso.
— Cumpra suas promessas, Darling — disse e ele sorriu, beijando minha testa.
— Eu cumprirei... Te vejo daqui a pouco — ele se despediu e eu afirmei, entrando no quarto.
Depois da noite mágica, tomei um banho bem relaxante, fiz uma make bem simples e coloquei uma calça jeans justa, uma blusa branca bem quentinha com algumas flores pequenas e uma bota marrom de salto grosso. penteei os cabelos antes de ir para a sala de jantar.
durante a caminhada, encarei o anel em minha mão e abri um sorriso novamente. fiz uma reverência ao entrar na sala e vi Heyoon vir correndo com Sina.
— Quero ver, mostra a mão — Yoon pediu discreta.
— Rápido, antes que mamãe note que estamos cochichando — disse a loira e eu mostrei o anel a elas, que deram um gritinho animado.
— Sabia que você ia amar esse anel, eu ajudei ele — disse a coreana e eu sorri.
— Obrigada por estarem nos ajudando a esconder isso de todos... Eu amo vocês — disse emocionada e elas sorriram me abraçando.
— Você já é da família, Sav. Família cuida da família — disse a loira.
— Posso saber o que as mocinhas estão cochichando? — perguntou a rainha rindo.
— Estávamos falando que Savannah vai amar o baile! É o primeiro da vida dela — disse Heyoon.
— O primeiro de muitos — sussurrou Sina.
— Eu espero — respondi sussurrando e rimos juntas.
— Já notei que vocês estão bem animadas... Até você, meu filho, acordou muito animado — disse Úrsula sorridente.
— Sabe o que é, mãe... Às vezes temos um raio de sol que nos faz rir pro vento — ele disse e me encarou enquanto eu sentava ao lado das garotas.
— Eu percebi... — disse Úrsula intercalando o olhar entre todos.
— Vamos comer, gente? Acordei com uma fome de leão — disse a coreana mudando de assunto e eu a agradeci mentalmente.
A manhã passou voando após o café. Fomos pegar os vestidos no ateliê de Harry e separar os sapatos, pois logo após o almoço, uma equipe de beleza viria fazer nossa maquiagem e nossos cabelos para a grande noite. Durante a manhã ainda tivemos algumas sessões de massagem e eu confesso que poderia me acostumar muito mal com esses mimos.
— Savannah — ouvi alguém me chamar e eu me virei, dando de cara com Úrsula.
— Majestade — disse em forma de respeito, fazendo a reverência.
— Querida, me chame de Úrsula... Poderia vir comigo por alguns minutos? — ela perguntou sorrindo.
— Claro, Úrsula... Sua filha ainda vai demorar na massagem facial... — falei, lhe acompanhando para fora da sala.
— Perfeito... Sabe, querida, eu tenho notado que você e Josh são bem próximos... — ela disse andando e eu a segui.
— Somos sim... Nós nos tornamos bons amigos... — Sorri.
— Perfeito... Sabe, quero arrumar uma pessoa para ele... E queria a sua ajuda para arrumar alguém especial para meu filho.
Fiquei indignada, mas continuo sorrindo por fora.
— Claro, Úrsula... Eu... Posso ajudar sim — falei e ela parou de andar, me olhando até que começou a rir.
— Ah, querida, você precisava ver a sua cara de ciúmes. — Ela riu e eu corei sem entender nada.
— O que a senhora está tentando dizer?
— Apenas uma pessoa cega não consegue ver que vocês estão gostando um do outro... Eu só quero o bem dele e se é de você que ele precisa, seja o bem dele — ela falou e eu sorri meio tímida.
— A senhora não está com raiva? — perguntei a ela que destrancou e abriu uma porta.
— Claro que não! Mas vou esperar ele me contar, então fingirei que ainda não sei de nada e espero que possa contar com seu sigilo — disse ela entrando na sala e eu acompanhei.
— Claro, Úrsula... Não irei falar a ele que a senhora já sabe... — disse e ela sorriu me abraçando.
— Obrigada por fazer ele feliz — ela disse e eu retribuí o abraço.
— Não precisa me agradecer... Ele faz o mesmo por mim.
— Perfeito! Bom, mudando o assunto... Bem-vinda à sala de joias reais! — Ela ligou as luzes e em volta vi várias coroas, colares, brincos e anéis belíssimos.
— Uau... Isso tudo é lindo!
— Eu também acho... Algumas são joias de gerações e as outras eu ganhei de meu falecido marido... Mesmo eu negando, ele sempre comprava algo pra mim — disse ela e rimos fraco.
— Tenho certeza que era apenas para lhe mostrar o como ele lhe amava.
— Com certeza, minha cara... Agora, escolha o que você quiser para usar está noite — ela disse indo mexer em algumas joias.
— Úrsula, eu não posso aceitar isso.
— Você pode e deve... Por favor, não faça desfeita... — ela disse e eu sorri começando a olhar as joias.
Ao procurar um pouco, achei um conjunto de brincos e colar que ficariam lindos com o meu vestido, então falei com a rainha antes dela fechar a caixa e me entregar. Agora tudo o que eu queria, era usar logo aquele vestido.
Josh P.O.V
Depois do café da manhã, ajudei minha mãe a organizar as coisas para o baile, verificar todas as mesas, conferir se estava tudo na ordem e coisas do tipo. Claro que como um bom filho eu deveria ajudar em todos os preparativos, mas minha mãe era mais rápida, ela já estava com tudo montado na mente e no tablet dela. Logo chegou a hora do almoço e todos nos juntamos na mesa.
— Estão, prontas meninas? — perguntou minha mãe.
— Pra nós é apenas mais um baile normal, mas eu sei que Savannah está mega empolgada — disse Sina.
— É o meu primeiro baile... Eu não sei nem como agir nessas ocasiões — disse a morena e as mulheres riram.
— Não se preocupa, Sav, vai dar tudo certo — tranquilizou Heyoon.
— Esse será apenas o seu primeiro de muitos bailes que ainda virão, querida — disse minha mãe sorrindo para Savannah.
— Você vai poder dançar e aproveitar cada segundo! — disse Sina sorrindo.
— Vai poder até dançar igual nos filmes... — disse Heyoon e elas riram.
Começamos a almoçar em meio a conversas sobre o baile e percebi que minha mãe ria e se divertia ao falar com Sav. Não sabia o que ela poderia pensar sobre eu namorar a mulher a minha frente, mas torcia para que ela não mudasse a opinião dela sobre a mulher que fazia meu coração errar as batidas.
Quando terminamos o almoço, as quatro foram para uma sala que havia sido montada como um salão de beleza para elas se arrumarem, então fui para meu quarto aproveitar as horas livres que eu teria disponível.
Tirei minha camisa e me joguei na cama aproveitando que meu quarto estava bem quente. Peguei o telefone e vi algumas notificações, entre elas, uma foto que Savannah havia postado que era da noite anterior. Ela estava linda demais com aquele vestido lilás, aliás, quando que essa mulher conseguiria ser feia?
Resolvi mandar uma mensagem pra ela já que estava entediado.
J: Hey Sweet, está ocupada?
S: Não Darling, já terminei de pintar as unhas...
J: Confesso que não entendo nada sobre isso, só mandei mensagem porque estava me sentindo sozinho..
S: Ah baby, eu queria poder lhe fazer companhia, mas eu preciso ficar bonita para hoje.
J: Mais bonita do que você é será impossível.
S: Não custa tentar kkk... Preciso ficar bonita para todos terem uma boa impressão minha.
J: Eu entendo, mas todos vão ter uma boa impressão sua quando descobrirem que estamos juntos.
S: Primeiro você precisa falar com sua mãe, bay...
J: Eu sei disso Sweet, mas vou resolver isso com ela em breve.
S: Está bem... Eu preciso ir, chegou a minha vez de fazer a maquiagem, não vou conseguir ficar conversando com você.
J: Tudo bem princesa, vá ficar linda para mim esta noite.
S: Não só pra você amor kkk
J: Ah! Está querendo conquistar outros? Tudo bem!
S: Queria estar aí pra ver sua cara de ciúmes kkkkkk, você sabe que só tem espaço pra vc no meu coração.
J: Espero que seja verdade...
S: Claro que é! Te vejo mais tarde, te amo!
J: Te amo, princesa.
Guardei meu telefone e suspirei baixo. eu estava entediado, com saudade da minha namorada e sem nada para fazer! Que ótimo! Já sabia o que fazer! Me levantei colocando uma blusa quente e um casaco grosso. saí do quarto para o estábulo, arrumei a cela no Maximus e cavalguei por algum tempo.
Ao voltar para dentro do castelo, tirei o casaco grosso o limpando para tirar a neve que havia nele. Caminhei escondendo as flores que eu havia pegado no bosque ao norte e fui até o quarto de Savannah. Bati, sem respostas, e abri a porta devagar. Perfeito, ela ainda estava fora.
Deixei as flores em cima de sua escrivaninha com um bilhete. Ao me virar para sair do quarto, notei que na mesa havia seu notebook aberto e ligado. Ela estava assistindo High School Musical 3 e alguns livros de história, da história da minha família? Ela apenas devia estar querendo aprender um pouco sobre a realeza, talvez... Com esses pensamentos fui para meu quarto me arrumar para o grande baile.
Saí já pronto e encontrei minha mãe no corredor, linda com um vestido escuro. me aproximei dela e ela abriu um sorriso, segurando em meu braço.
— Você está idêntico ao seu pai — ela falou e eu sorri.
— Espero que não seja apenas pela roupa. — Ela riu.
— Você parece com seu pai em muitos detalhes, meu filho... Ele teria orgulho de lhe ver assim.
— Tenho certeza que ele está feliz, mãe — disse e ela sorriu.
— Com certeza... Bom, vamos indo antes que Savannah apareça e você esqueça da sua pobre mãe — ela falou rindo e eu ri começando a andar com ela.
— Por que está falando que vou esquecer de você por conta de Savannah? — Ela deu de ombros.
— Apenas falo que se alguma garota aparecer você vai me ignorar para focar na garota — ela explicou e eu neguei com a cabeça entrando no salão de baile com ela pela outra entrada.
Para entrarmos no salão de baile, tínhamos duas entradas, a que estava aberta para os convidados e a de uso exclusivo da família real, que descia pelas escadas, assim como nós acabamos fazendo.
— Me engana que eu gosto, dona Úrsula — disse e ela riu fraco.
Acabamos cumprimentando alguns convidados e o baile começou a ficar animado, várias pessoas entravam pelas portas do salão, convidados riam e conversavam de forma discreta.
Logo minha irmã e a esposa foram anunciadas e todos do salão fizeram uma reverência enquanto as duas desciam as escadas. algumas pessoas pararam para conversar comigo e então Sina veio ao meu lado me salvar de algumas garotas atiradas.
— Maninho... Você está um gato — ela disse sorrindo.
— E você quer matar a Heyoon? Está linda demais — disse e ela sorriu corada.
— Obrigada... Talvez eu queira matar sim a minha esposa... Mas eu nem sou a única tentando matar alguém. — Arqueei a sobrancelha.
— O que quer dizer com isso? — perguntei e logo ouvi o nome de Savannah ser anunciado enquanto ela visivelmente nervosa descia as escadas.
— Vai lá buscar a sua garota — sussurrou Sina e eu me aproximei devagar da escada, vendo aquela linda mulher descer com cuidado.
Savannah P.O.V Eu estava nervosa! Mas não era uma coisa simples, eu estava gelada por dentro, eu precisava entrar no salão e estava morrendo de vergonha.
Conversei com minha mãe por vídeo chamada para tentar me acalmar, claro que não entrei em detalhes sobre mim e Josh, já que ela nem deveria saber de nada, mas mesmo falando com ela, eu ainda estava tremendo e tensa demais por dentro.
— Senhorita, está tudo bem? — um dos guardas que estavam na porta perguntou.
— Claro... Tudo bem... — falei respirando fundo e entrei na sala, sentindo alguns olhares se voltarem para mim.
Meu rosto ficou vermelho ao ouvir meu nome ser pronunciado em alto e bom som para que todos do salão logo voltassem seus olhos para mim. Segurei na barra do vestido azul mostrando um pouco mais da fenda que havia na perna e desci as escadas com cuidado.
Josh se aproximava da escada com a boca aberta em forma de choque. meu corpo arrepiou ao ver seu olhar passar por cada detalhe de minha roupa. ao chegar no final da escada, ele segurou minha mão e a beijou, abrindo um sorriso.
— Você está deslumbrante, princesa — ele disse e eu corei, dando um sorriso tímido.
— Não me deixe com vergonha na frente de tanta gente, Josh... — sussurrei e ele sorriu.
— Todos merecem ver a sua beleza... — ele disse me guiando para o centro do salão.
— O que você está fazendo?
— Eu vi que você estava assistindo um filme adolescente bem famoso hoje — ele disse e eu sorri.
— É um dos meus filmes favoritos... Sabia que você tinha entrado em meu quarto ao ver as flores... — respondi.
— Se você gosta tanto desse filme... Vamos recriar a dança do filme já que a música é a mesma... — ele disse e eu fiquei sem entender.
Ele logo segurou em minha cintura e uma música começou a tocar, a minha favorita do filme. ah Josh, você vivia pra me surpreender.
Ele me puxou para mais perto antes de começarmos a dançar pelo salão. Naquele instante não existia ninguém ali, éramos apenas nós dois, rodando pelo grande salão. Ele segurou na minha cintura me levantando e eu soltei uma risada baixinha antes de voltar pro chão.
Ele segurou em minha mão me girando e eu fiquei de costas para ele segurando em sua mão e em seu ombro. Começamos a dançar assim até ele me rodar novamente para voltar a ficar de frente a ele. Ele me inclinou para baixo um pouco e logo me subiu novamente.
Nossos passos estavam ritmados ao som da música, ele me fez rodar algumas vezes até me erguer e rodar comigo em seu colo. Ao pousar no chão, dançamos um pouco mais devagar já que a música estava no final, até que ele segurou em minha mão me fazendo rodar apenas mais uma vez antes de rodarmos um na frente do outro e a música parar.
Volto a realidade com várias palmas, então vejo que haviam mais casais dançando conosco, mas estávamos bem no meio. fiquei vermelha antes de Josh, segurando em minha mão, me tirar do meio do salão.
— Que casal é esse? E essa química? Nunca vi nada assim — disse Yoon me oferecendo uma taça de champanhe.
— Eu acho que se vocês estavam tentando esconder algo, falharam porque até a mamãe bateu palmas pra vocês — disse Sina entregando uma taça para o irmão.
— Eu perdi o controle vendo Savannah assim... Aliás, você é a mulher mais linda desse baile — ele disse me encarando.
— Obrigada... — falei um pouco corada e bebi um pouco do champanhe.
— Gente... Eu juro que vi a mamãe chorando... Melhor você ver se ela está bem, maninho — disse a loira.
— Eu vou sim... Nos vemos mais tarde? — ele perguntou segurando minha mão.
— Claro que sim — disse sorrindo e ele beijou minha mão antes de sair dali.
Voltei a conversar com Sina e Heyoon antes de ser chamada para dançar. Eu nunca estive em um baile, mas não me arrependeria de nada daquela noite.
O baile continuou por horas a dentro. A madrugada já havia se iniciado e todos estavam aproveitando e dançando. Eu estava conversando com minha mãe até que vi Sina ir dançar com Heyoon, logo depois vendo Savannah se despedir de um garoto moreno. Não sabia quem era o garoto, mas já não gostava dele por ter se aproveitado de minha namorada. Resolvi ir até ela e, chegando perto, já senti o cheiro de seu perfume floral que me deixava louco. Tudo nela me deixava louco.
— O que acha de sairmos daqui? Todos já estão bem alegres com álcool em seus corpos — falei baixo segurando em sua cintura de uma forma discreta e ela se virou para me encarar.
— Será que conseguiremos sair de forma discreta? — Sav perguntou.
— Vá para a saída embaixo das escadas, apenas nós podemos usá-la. Fique lá e te encontro em dois minutos — sussurrei perto do seu ouvido e a soltei, caminhando para o outro lado do salão.
— Josh! Não vai mais dançar com Sav? — perguntou minha cunhada chegando ao meu lado.
— Estou querendo sair daqui com ela... — falei e ela sorriu.
— Vá logo aproveitar sua garota... Dou um jeito com Sina em tudo — disse a coreana e eu sorri grato. Deixei um beijo na testa da menor antes de começar a desviar das pessoas.
Minha mãe falava com algumas mulheres no fundo do salão, nem parecia notar meu olhar, então consegui chegar embaixo da escada. Abri a porta entrando com Sav e logo fechei rapidamente, puxando-a pela cintura.
— Josh! Não podemos fazer nada aqui — disse ela rindo e eu lhe dei um selinho.
— Eu sei disso, meu amor, mas não vamos ficar aqui essa noite...
Ela me encarou surpresa.
— Para onde vamos? — ela perguntou e eu a puxei por alguns corredores até chegarmos às escadas do jardim, onde meu cavalo estava pronto e não havia mais nenhum guarda.
— Vamos para um lugar que podemos aproveitar em paz — disse e ela sorriu. Eu a ajudei a subir no cavalo, logo sentando atrás da morena, e comecei a cavalgar em direção a casa do lago.
Enquanto cavalgávamos, o perfume de Savannah invadia minhas narinas me deixando doído. Desde a hora que a vi descer as escadas, queria sentir seus lábios nos meus, mas me controlei por conta dos protocolos de um rei. Claro que se a mulher aceitasse no futuro ser minha esposa, eu poderia a beijar em qualquer momento, mas agora, neste momento, eu precisava ainda esconder do mundo que Savannah Clarke era o amor da minha vida.
— Chegamos... — Desci do cavalo e a ajudei a descer antes de colocar Maximus no estábulo aquecido.
— Por que viemos para cá? — perguntou curiosa.
— É o lugar que podemos descansar em silêncio, o único lugar que eu posso ter você pra mim sem me preocupar com o mundo lá fora — falei e ela sorriu me dando um beijo.
— Mas vamos entrar... Aqui fora está um gelo e vai começar a nevar novamente — disse ela e eu afirmei, entrando com ela na casa que já estava aquecida.
Eu havia conversado com um dos guardas que era meu amigo, fiz ele vir até aqui e deixar a casa já preparada para agora. Claro que o fiz jurar que não abriria a boca para contar nada a ninguém.
— Sav, deixe-me dizer como você está extremamente linda nessa noite... Esse vestido realça os seus olhos, esse decote que faz querer descobrir o que há escondido e a fenda que revela sua perna me deixa maluco para beijá-la em todos os pedaços do seu corpo — falei colando nossos corpos.
— Pelo visto não fui a única a ficar excitada... Você pode até achar que não, mas eu amo te ver com esses trajes tão formais e de cabelo bagunçado... Parece que você acabou de aprontar algo — ela disse sorrindo maliciosa.
— Então vamos aprontar algo agora, meu amor... Apenas eu e você pelo resto da noite — disse tirando o blazer do terno e a puxei para mim colando nossos lábios em uma fome desesperada.
Andamos um pouco, ainda sem cortar o contato de nossos lábios, até chegarmos ao sofá da casa em frente a lareira. Nós nos afastamos por poucos segundos. Eu a virei de costas para mim, abrindo o zíper de seu vestido e o deixando cair no chão antes de a pegar no colo e deitá-la no sofá.
Não conseguiria resistir, eu queria fazer amor com Savannah desde quando a vi entrar naquele salão. Era fora do normal a atração que eu sentia por ela, a morena conseguia mexer com minha cabeça e meu coração... Encostei Sav no sofá e aprofundei o beijo, nossas línguas travavam uma guerra deliciosa envolta em um mix de sentimentos. Passei minhas mãos pelo corpo da morena, e ela se arrepiou com meus toques, soltando um gemido baixinho.
O ar começou a faltar em meus pulmões, então encerrei o beijo com um selinho para distribuir beijos e pequenas mordidas no pescoço dela. O clima foi esquentando e desci os beijos até chegar em seus seios. Logo abocanhei o seio direito de Savannah, que já estava tão excitada quanto eu. Enquanto trabalhava um seio em minha boca, uma de minhas mãos cobriu o outro seio de carícias e amassos, assim comecei a revezar entre ambos.
— Josh... Não enrola... — disse a morena abaixo de mim, gemendo baixo.
— Não sinta vergonha em gemer meu nome... Esta noite você será minha, Savannah.
— Eu sempre serei sua, amor... — ela gemeu ao sentir eu apertar seu seio.
Ela, sem muita paciência, me empurrou me fazendo cair sentado no outro lado. Ela subiu em meu corpo apenas de calcinha, já que ela não usava sutiã por baixo do vestido e puxou a minha camisa de uma forma rápida, fazendo alguns botões estourarem.
Distribuí algumas carícias no corpo da morena enquanto ela beijava meu pescoço, se mexendo para tentar colar mais nossos corpos. Ao fazer isso, ela involuntariamente rebolou em meu membro, me deixando cada segundo mais excitado. Segurei firme em sua cintura, fazendo-a contorná-la com suas pernas e me levantei com ela no colo. Subi as escadas do segundo andar em direção ao quarto, enquanto Savannah torturava meu pescoço. Ao entrar no quarto principal, eu a deitei cuidadosamente na cama.
Distribuí beijos em locais aleatórios do corpo de Sav, fazendo-a arfar de vez em quando. Desci até a intimidade dela rodeando com o dedo a entrada, deixando um beijo em cada coxa da morena e comecei chupar toda sua extensão, revezando entre lambidas e chupadas para deixar a morena cada vez mais louca de tesão.
Não demorou muito para que Savannah gozasse a primeira vez, e eu fiz questão de lamber tudo sem deixar uma gota. Após isso, retirei minha calça, deixando-a cair com pressa junto da cueca. estendi a mão até a carteira e tirei de lá uma camisinha, colocando-a
— Olha pra mim, Savannah — pedi sério e ela me encarou.
Com os olhos fixos, comecei a penetrá-la devagar e fui aumentando os movimentos de vai e vem, fazendo Sav gemer. Deixei um beijo em seu pescoço, ouvindo-a suspirar e ela começou a arranhar as minhas costas.
— Mais forte, Josh — ela disse ofegante.
Levantei o quadril de Savannah e abri mais as pernas da morena para que as estocadas ficassem mais fortes e profundas. Nossos corpos se movimentavam em sincronia total, um sobe e desce bem gostoso, até que Savannah gozou pela segunda vez e eu, a primeira.
— Senta, Josh, agora é minha vez de te fazer gozar de novo — a morena disse e assim eu o fiz.
Savannah começou deslizando sua língua por todo o meu abdômen, até chegar no meu membro totalmente duro. Ela tirou a camisinha e começou a passar a língua pela glande e depois colocou o membro em sua boca. Eu já estava tão excitado vendo ela fazer isso, sabia que não demoraria muito para gozar.
Soltei um gemido um pouco alto ao sentir meu membro quase todo na boca da morena. Ainda sentado, consegui pegar outra camisinha e entreguei à morena, que a colocou em meu membro. Savannah logo entendeu que eu queria que ela montasse nele. Apoiando-se nos meus ombros, ela foi descendo devagar, fazendo com que eu sentisse cada vez que ela descia, deixando-me com muito tesão.
— Porra, Savannah... — gemi e ela jogou os cabelos para trás.
— Ah Josh! — ela não se conteve em gemer meu nome.
Segurei firme em sua cintura para lhe ajudar com os movimentos. Savannah cavalgava com muita facilidade, nossos corpos já estavam tomados pelo suor e pela paixão. O orgasmo de ambos estava se aproximando, Savannah sabia disso e começou a rebolar em cima do meu membro, me fazendo dar um tapa em sua bunda.
— Eu vou gozar, Josh.
— Eu também vou gozar... Goza comigo, amor — falei em um gemido.
E então gozamos juntos. Savannah deixou seu corpo cair sobre o meu corpo. Saí de dentro da morena, jogando a camisinha fora e me deitei, abraçando-a enquanto nossas respirações normalizavam. Abri um sorriso para a morena que retribuiu e logo a beijei.
— Essa com certeza foi a melhor transa que já tivemos — disse a morena com a respiração mais calma.
— Tenho que concordar com isso, acho que sem a pressão de estarmos no castelo se tornou melhor.
— Com toda a certeza, amor — ela disse e eu abri um sorriso.
— Eu amo ouvir você me chamando assim, Sweet.
— Eu amo quando me chama de Sweet — falou ela e eu lhe dei um selinho.
— Precisamos dormir, Sweet... O sol vai começar a nascer em breve — falei e ela olhou pra janela.
— Nossa! Nem vi as horas passando... É verdade o que minha mãe sempre disse.
— O que ela disse?
— Que quando estamos com a pessoa amada, esquecemos do mundo lá fora — falou ela sorrindo.
— Então vamos continuar esquecendo lá de fora — falei, puxando-a em um beijo tranquilo.
Mesmo cansados e com uma enorme preguiça pós sexo, nos levantamos e fomos tomar um banho. Depois, vestimos nossas roupas íntimas e nos deitamos abraçados para dormir enquanto o dia amanhecia no lado de fora da casa.
Savannah P.O.V
A noite passada havia sido perfeita! Ficamos acordados até o nascer do sol, depois acabamos dormindo na cama de casal que havia no quarto todo de vidro. Ao levantarmos, já estava próximo do meio dia, precisávamos voltar ao castelo já que poderiam estar a nossa procura.
Josh e eu nos vestimos rapidamente e montamos no cavalo antes de irmos embora da casa do lago. Quando chegamos ao castelo, Sina e Heyoon estavam a nos acobertar para a rainha, então corremos para nossos quartos para nos trocarmos.
— Sav? — chamou Sina batendo na porta.
— Entra, Sininho — falei alto enquanto terminava de me vestir.
— Graças a Deus vocês chegaram logo — ela disse entrando no quarto.
— Sua mãe estava preocupada? — questionei saindo do closet tentando fechar o vestido.
— Não! Heyoon que estava morrendo de fome e mamãe falou que só íamos almoçar quando vocês chegassem — disse a loira me ajudando a fechar o vestido.
— Me desculpa por isso — falei rindo e ela riu.
— Tudo bem... Pode me contar tudo mais tarde. — Assenti, arrumando os cabelos.
— Claro que vou lhe contar tudo... O que posso lhe dizer agora é que seu irmão é perfeito! — Suspirei.
— Efeito Josh Beauchamp — ela disse rindo e eu ri saindo do quarto com ela.
— Com certeza ele tem muito efeito.
— Acho que todos perceberam isso depois daquela dança ontem... Mamãe ficou em choque com vocês dois — disse a loira enquanto andávamos para a sala de jantar.
— Eu não quero nem imaginar o humor dela hoje... Ela deve querer me matar.
— Tá brincando? Ela parece estar nas nuvens... Ela não vai falar, mas tenho certeza que ela já sabe sobre vocês – disse Sina e entramos na sala de jantar.
Após entrarmos na sala de jantar e nos sentarmos, a rainha puxou assunto para saber o que tínhamos achado do baile e ficamos conversando durante todo o almoço sobre a noite anterior.
Depois, como todos ainda estavam cansados na noite agitada, a rainha liberou todos de suas atividades para descansarem pelo restante do dia. Aproveitando para voltar ao meu quarto, me joguei na cama com o notebook aberto e resolvi ligar por vídeo para falar com meus pais, já que eu morria de saudades deles e logo seria Natal, o meu primeiro longe de quem eu amo.
— Estrelinha! Que surpresa boa — disse meu pai sorridente.
— Oi, paizinho! Onde está a mamãe? — perguntei.
— Sabe como sua mãe fica nessa época do ano, ela saiu tem alguns minutos para comprar algumas decorações para o café — disse o homem sorrindo.
— Eu queria estar aí para o natal, mas não vou conseguir voltar.
Ele abriu um sorriso triste.
— Nós sabemos, meu amor, mas papai promete que quando você voltar vamos fazer todas as suas comidas favoritas e aquela maratona de filmes de Natal que você ama – ele disse e eu ri.
— Eu vou dormir na sua casa por uns dias apenas pra matar a saudade de vocês.
— A sua mãe não ia deixar você voltar pro seu apartamento nem se você quisesse, estrelinha — ele disse e rimos juntos.
— Como estão as coisas por aí, papai?
— Tudo bem, filha... Sua mãe e eu estamos trabalhando muito no café nesse fim de ano e todo final de semana, ela vai limpar e organizar suas coisas.
— Meu apartamento deve estar com tudo fora do lugar — disse rindo.
— Não duvide nada... Como estão as coisas por aí, querida? Conseguiu escrever sua tese?
— Consegui sim, pai, mas acho que ainda vou adicionar algumas coisas depois da coroação — falei e ele afirmou.
— Tenho certeza que sua tese será a melhor de todas elas! — ele disse animado.
— Eu assim espero, papai...
— Estrelinha, eu preciso voltar ao trabalho, mas saiba que o papai te ama e estará sempre aqui para conversar — ele disse e eu sorri.
— Tudo bem, pai... Eu te amo, mande um beijo pra mamãe!
— Mandarei sim, te amo estrelinha! — ele disse antes de desligar a chamada de vídeo.
Desliguei meu notebook, colocando-o novamente na escrivaninha e voltei a me deitar, ligando a televisão para ver algum filme. Deixei em um canal qualquer e desliguei meu telefone, eu precisava de algumas horas deitada sem dar sinal de vida para me recuperar da maravilhosa noite com Josh...
Josh P.O.V
Passar a tarde descansando foi a melhor ideia que minha mãe poderia ter tido. Claro que todos estavam realmente muito cansados do baile, minha mãe deve ter ficado até o último minuto de festa, já que como rainha ela devia mostrar ao povo toda a educação que temos. Minha irmã e cunhada também ficaram até o final da festa e depois elas tiveram a própria festa no quarto. Como eu sei disso? Pelo pequeno e discreto chupão que Heyoon tem no ombro, ela tentou esconder, mas eu consegui ver.
Acabei jantando no quarto e falando com Savannah apenas por mensagem, porque ela falou que estava cansada e iria dormir logo. Então após eu jantar, liguei a televisão e assisti alguns episódios de Chicago PD antes de deixar o sono me levar.
Acordei com várias batidas na minha porta. Alguém queria com urgência falar comigo, então depois de levantar e vestir o meu roupão desesperadamente, corri pra porta e abri, encontrando Heyoon toda sorridente, que invadiu meu quarto animada.
— Vamos viajar! — disse a morena fechando a porta do meu quarto.
— Bom dia pra você também, Heyoon — falei rindo fraco.
— Bom dia, Sav! Arruma sua mala, vamos viajar.
— Vamos pra onde? — questionei vendo-a se jogar na minha cama.
— Vamos descansar nas montanhas, Úrsula quem reservou o local pra nós — ela explicou e eu a encarei confusa.
— Vai ser uma viagem em família?
— Não! A sogrinha reservou só pra nós 4, um lindo chalé nas montanhas, super reservado e longe de paparazzi, vamos passar o feriado lá! — comemorou Heyoon.
— E quando é o feriado?
— Na terça, nós voltamos de tarde para cá. A sogrinha liberou tudo — disse a coreana sorridente.
— Entendi... Eu vou tomar um banho rápido antes de arrumar a mala — falei e ela afirmou pegando o telefone do quarto.
— Vou pedir café da manhã pra gente, Sina vai vir pra cá já já — ela disse mexendo no telefone e eu entrei no banheiro negando com a cabeça.
Eu agradeço pelas amigas malucas que eu fiz, mas às vezes tinha medo de Heyoon e Sina juntas. Tinha horas que as duas pareciam querer aprontar a todo momento e isso me deixava preocupada. Na semana passada, as duas estavam com vontade de comer brigadeiro, até aí tudo bem, mas eram 4 da manhã! Elas me acordaram para ir com elas invadir a cozinha e fazer o brigadeiro. Agora me perguntem o que elas estavam fazendo acordadas nesse horário? Prefiro evitar responder.
Quando terminei de tomar meu banho, Sina já estava lá e o cheiro gostoso de café e panquecas também invadia o quarto. Tomamos café juntas enquanto conversávamos mais sobre a casa e sobre a viagem. depois elas me ajudaram a arrumar uma mala com algumas roupas. Ficaríamos apenas 2 dias, já que só chegaríamos no final da tarde e voltaríamos na terça pela manhã para chegar aqui no final da tarde.
— Acho que minha mala está prontinha — respondi e Sina saiu do meu closet com 2 pares de biquínis.
— Ainda faltou o biquíni — ela disse colocando na mala e Heyoon fechou.
— Por que biquíni se estamos indo pro meio da neve? — perguntei.
— A casa tem piscina aquecida, claro que vamos usar — disse Yoon sorrindo.
— Tudo bem... Vocês precisam me contar tudo o que essa casa tem ou eu posso achar que estão tentando me matar — brinquei e elas riram.
— Vamos te contar sobre a casa, vem ver as fotos! — disse Sina mexendo no telefone.
Acabei vendo algumas fotos da casa que ficaríamos, era linda demais. Possuía uma sala com lareira, uma cozinha enorme, sala de jantar, banheiro social e uma porta que levava para a varanda. Além disso, tinha área de lavanderia e atrás, um corredor que levava até a casa onde ficava a piscina. Já no segundo andar eram os três suítes e um quarto de solteiro com banheiro.
Ficamos conversando por mais um tempo até chegar a hora de deixarmos as malas na garagem para serem colocadas no carro. então fomos para a sala de jantar para almoçarmos, já que a rainha queria falar com todos antes de irmos.
— Queridos, eu espero que vocês se divirtam, vocês merecem esse tempinho para vocês. Aproveitem a viagem, descansem e sejam vocês mesmos — disse a rainha depois de almoçarmos.
— Essa viagem vai ser maravilhosa para a Sav! — disse Sina animada.
— Realmente, eu estou bem animada — falei sorrindo.
— Você vai amar! Vamos te ensinar a esquiar e vai poder brincar na neve — disse Yoon rindo fraco.
— Pena que não é igual ao wakeboard, se não eu conseguiria bem fácil — falei e elas riram.
— Você praticava esportes Savannah? — perguntou a rainha com curiosidade.
— Sim, meus pais e eu somos doidos por esportes na água. digamos que sou boa em esportes aquáticos.
— Pena que não estamos no verão, senão você iria adorar ir pro lago com as garotas — comentou a rainha sorridente.
— Bom, eu não quero atrapalhar a conversar, mas está na hora de irmos — disse Josh entrando na sala de jantar. Quando foi que ele saiu?
— Vamos sim, irmãozinho! — disse Sina animada e todos saímos da sala.
Depois de nos despedirmos da rainha, entramos no carro com cobertinhas para ficarmos aquecidos durante a viagem. Heyoon e Josh tinham combinado quem iria dirigir, então as garotas entraram no banco de trás e eu fiquei na frente ao lado do loiro. colocamos algumas músicas e a viagem começou de forma animada.
Josh P.O.V
A viagem estava tranquila, eram cerca de 3 horas de carro até a pequena vila de Mont—Lauriet, uma cidade montanhosa e de poucos habitantes. sempre íamos com meu pai para lá passar algum feriado, então o povo local era discreto e reservado, não teríamos problemas com paparazzi ou jornalistas.
No começo da viagem, as garotas estavam bem animadas, cantando e improvisando dancinhas no carro, até que o casal no banco de trás acabou dormindo. diminuí o volume da música e percebo Sav distraída olhando pela janela.
— Está tudo bem, princesa? — perguntei baixo.
— Está sim... Só estava de olho na paisagem — ela disse voltando a me olhar, dando um sorriso, e voltei a prestar atenção na estrada.
— Entendo... Quer dizer que a senhorita pratica esportes na água e nunca me contou? Estou surpreso. — Ela riu baixinho.
— Você nunca perguntou sobre isso... Mas tudo bem, eu pratico sim, com meus pais, era nossa programação do fim de semana... Sempre vamos ao cais para pegarmos o barco e irmos para o rio ou para o mar.
— Ah, que legal! E o que vocês fazem?
— Geralmente fazemos wakeboard ou esqui aquático, eu confesso que amo... Meu pai gosta de surfar e a mamãe gosta de stand up paddle... Nosso antigo cachorro adorava ficar na prancha com a mamãe.
— Isso parece divertido... Seus pais parecem bem aventureiros — falei e ela riu afirmando com a cabeça.
— Não queira saber o quanto... Meu pai já tirou uma colmeia com um taco de golfe na antiga casa dos meus avós — ela disse rindo.
— Eu quero conhecer seus pais — falei rindo.
— Você vai conhecer eles um dia... Acho que minha mãe morreria ao te conhecer, meu pai ia ficar com ciúmes, já que segundo ele eu ainda sou a estrelinha dele.
— Por que esse apelido? — perguntei e ela corou enquanto ria.
— Digamos que eu meio que me enrolei num pisca-pisca e subi no topo da árvore de Natal aos 3 anos... — falou ela e eu a encarei rindo antes de voltar o olhar para a estrada.
— Você realmente é única, Savannah.
— Chega de falar sobre mim... Hum — ela disse fingindo estar brava e eu ri mais uma vez.
Acabamos voltando a ficar em silêncio por algum tempo, até que precisei parar o carro em um posto para abastecer. Nessa hora, minha irmã acabou acordando, avisei que iria abastecer e ela quis ficar no carro, mas queria um suco. então enquanto eu abastecia, Sav foi até a loja de conveniência para comprar. Depois de alguns minutos, acabei de abastecer o carro e avisei Sina que ia encontrar Sav, ela apenas fez um sinal de positivo enquanto fazia carinho nos cabelos da esposa. Às vezes minha irmã e minha cunhada eram um poço de fofura e isso me deixava feliz de ver as duas felizes.
Entrei na loja de conveniência e procurei por Sav até achar ela escolhendo alguns doces. Sorri lhe abraçando por trás e ela soltou um gritinho enquanto ria e se virou para me encarar.
— Josh! Você quase me mata de susto — ela reclamou e eu ri.
— Já deveria estar acostumada comigo fazendo isso... Que chocolate está escolhendo pra gente? — perguntei e ela parecia estar com uma interrogação no rosto.
— Pra gente? Isso é pra mim — ela disse e eu fiz uma cara triste.
— Você não vai dividir comigo? Estou magoado — falei saindo do abraço e ela riu, me puxando para a prateleira alta que a pessoa no caixa não conseguiria nos ver.
— Claro que eu vou dividir com você, amorzinho — falou ela sorrindo e eu abri um sorriso.
— Repita o que você disse por que eu não entendi — falei, apenas para ouvir ela me chamando de amor novamente.
— Eu vou dividir com você, amor — ela disse rindo e eu a puxei lhe dando um selinho.
— Amo quando me chama assim, Sweet.
— Eu amo lhe chamar disso, Darling — falou ela sorridente.
Depois do nosso pequeno momento na loja, pagamos pelos doces e sucos antes de voltar para o carro e seguir o restante da viagem, ainda havia mais 1 hora pela frente. Sina voltou a dormir depois de um tempo, deixando Sav e eu novamente sozinhos. Ficamos conversando bobagens enquanto dividimos um chocolate, até que sou surpreendido quando começou a tocar Angels Speak do Justin Bieber. Sav aumentou um pouco o volume do rádio enquanto começava a cantarolar baixo.
— Você gosta dele? — perguntei e ela me encarou sorrindo.
— E quem não gosta? Justin era meu crush na adolescência — falou ela rindo baixinho.
Passamos o restante da viagem cantando músicas do Justin Bieber enquanto aproveitávamos as poucas horas que ainda restavam. Quando estávamos chegando, as garotas acordaram, ficamos conversando sobre a casa até chegarmos. colocamos o carro na garagem e finalmente entramos na casa com nossas malas.
— Finalmente chegamos! — disse Sina olhando em volta.
— Eu faço o jantar hoje, vocês ficaram acordados a viagem toda — disse Heyoon.
— Eu agradeço por isso — falei e ela ri fraco.
— Aqui é tudo tão bonito! — disse Sav olhando a casa.
— Eu falei que você ia gostar — respondi.
— Bom, depois eu te mostro a casa, Sav, primeiro vamos deixar as malas nos quartos — disse Yoon.
— Pelo menos os pombinhos vão poder dividir o quarto aqui... — disse Sina dando um soquinho no meu ombro e eu ri.
— Tudo se Savannah quiser dividir o quarto, ela também tem opção de ficar no quarto sozinha — falei educadamente.
— Eu adoraria dividir meu quarto com você, Beauchamp — disse a morena sorrindo em minha direção.
— Todos já sabiam – disse Yoon rindo.
— Vem, Sav, quero te mostrar tudo – disse Sina puxando Sav pela mão e as duas saíram rindo dali.
— Aproveita esses dias, Josh, nunca se sabe quando você vai dividir o quarto com Sav de novo — disse a coreana com um tom de malícia.
— Eu vou aproveitar ao máximo!
Ajudei a coreana a deixar as malas nos quartos e resolvi entrar no quarto que iria dividir com Sav. Deixei a mala dela no canto junto com a minha e logo ouvi sua risada no corredor enquanto minha irmã gritava algo, logo a porta se abriu e Savannah entrou rindo.
— Sua irmã é uma traíra! Ela me jogou de cara na neve – ela disse rindo e eu olhei seu cabelo ainda com neve soltando uma risada.
— Vou te ajudar a se vingar depois — falei e ela afirmou rindo, indo até a mala.
— Se importa se eu tomar banho primeiro? Estou ficando com frio — falou ela.
— Hey, casal, vamos para a piscina, a menos que estejam se pegando – gritou Heyoon do corredor e eu abri a porta a encarando.
— Você deveria deixar de ser doida, mas esqueci que seu neurônio ficou na Coreia ano passado. — ela me mostrou a língua.
— Vai se ferrar, Joshua – ela disse rindo e desceu as escadas.
— Por que ela perdeu um neurônio? – perguntou Sav e eu me virei, vendo ela tirar algo verde da bolsa.
— Ela tem que te contar essa história.... Vamos nos trocar que eu faço ela falar na piscina.
A morena entrou no banheiro para se trocar enquanto me trocava no quarto. Depois de colocar meu calção de banho preto, mandei uma mensagem para minha mãe lhe avisando que chegamos bem, que logo respondeu, e deixei o telefone na cama. Savannah saiu do banheiro usando um maio verde e uma saída de praia branca por cima. segurei sua mão, puxando-a para mim e lhe dei um selinho.
— Você está linda, Sav – disse e ela sorriu.
— Obrigada Josh, você também está. — eu ri fraco.
— Eu só coloquei um calção, Sweet. — Ela passou a mão pelo meu peito.
— Mas eu gosto dessa visão — disse sorrindo e me puxou para fora do quarto.
Soltei uma risada baixa e desci junto com Sina e Savannah para irmos para a piscina. O dia nem tinha terminado, mas já era o melhor dia daquele ano. com toda a certeza ele sempre seria o melhor dia.
Savannah P.O.V
Ao chegarmos na piscina aquecida, Josh foi jogado na piscina por Sina que pulou atrás dele rindo alto. tirei minha saída de praia e a soltei em uma das cadeiras que haviam ali e me jogo na piscina junto deles rindo. Heyoon entrou na mini casa de vidro que havia nos fundos onde era a piscina com 4 copos coloridos e deixou na beira da piscina.
— Vocês não sabem nem esperar — disse a coreana entrando na água.
— Desculpa, baby, mas eu empurrei o Josh e caí junto – disse Sina rindo.
— Tudo bem, gente... Trouxe uma bebidinhas pra gente começar curtindo muito esse feriado — disse Heyoon sorrindo.
— Então, amor, como eu estava lhe falando... Ano passado, na Coreia... — começou Josh e eu soltei uma risada baixa vendo a cara de Yoon.
— Ah não! Não vem falar disso não! — disse a coreana e a esposa riu.
— Vamos lá, amor, conta pra Sav — pediu Sina.
— Okay! Ano passado, viajamos para a Coreia cerca de um mês antes do meu casamento com Sina. fomos por negócios diplomáticos, mas resolvemos ficar um pouco mais, para eles conhecerem melhor meu país — falou a coreana e os dois loiros riram.
— Já começa dando errado aí — disse Josh.
— Numa noite, fomos em um restaurante jantar, depois fomos psts um barzinho, e fomos no karaokê, então acabamos bebendo um pouco demais da conta... Nesse tempo, quando saímos do karaokê em torno de 2h da manhã, fomos andando até o hotel, mas no meio do caminho, Sina quis abraçar um cachorro — disse Heyoon começando a rir.
— Ele era muito fofinho! Eu não tive culpa — disse Sina rindo.
— Ela acabou ficando presa em uma grade abraçando o cachorro, tivemos que usar muita força, mas ela não saía dali, acabamos chamando a atenção de uma viatura da polícia que passava por alí... Nisso eu acabo indo pegar a bolsa que caiu perto de um bueiro e do nada uma caixa voa na minha cara — contou a coreana e eu soltei uma risada imaginando tudo.
— Josh estava tentando me tirar ainda da cerca — disse Sina.
— Só que Josh escorregou ao tentar puxar o braço de Sina e caiu com a bunda na minha cabeça, os policiais começaram a tentar nos ajudar, mas Josh falando em inglês e bêbado só fez tudo piorar — falou Yoon.
— Me lembrem de ser a sóbria quando sairmos — falei rindo e eles riram.
— Empurrei Josh de cima de mim e levantei explicando a situação para os policiais, acabaram chamando os bombeiros para cortar a cerca, tivemos que pagar o estrago e ainda fomos multados por termos invadido uma propriedade — terminou de falar a coreana e todos choram de rir.
Acabamos passando o restante da tarde e começo da noite rindo de besteiras que já fizemos enquanto bebíamos na piscina. Depois jantamos uma deliciosa macarronada que Heyoon preparou e fomos descansar, já que todos queriam aproveitar mais o dia de amanhã.
Já no quarto, depois de eu tomar meu banho e de pijama, encontrei Josh esfregando a mão nas costas.
— Você está bem, Darling? — perguntei me aproximando da cama.
— Estou sim, Sweet, apenas acho que vou ficar com dor nas costas por dirigir hoje... Mas vai passar — ele disse sorrindo e deixou um beijo em minha testa.
— Amor, deita de barriga pra baixo, vou fazer uma massagem em você — disse me levantando e fui até o banheiro para pegar o creme.
— Não precisa disso, Sav. Vamos dormir, baby.
— Não seja teimoso, Beauchamp — falei e ele riu fraco antes de deitar de barriga para baixo.
— Você não precisa fazer isso, amor... — ele disse e eu sentei em sua bunda abrindo o vidro de creme.
— Mas você merece uma massagem para descansar melhor... E não me custa nada fazer isso amor — falei passando o creme nas costas dele.
Ele resolveu ficar calado enquanto eu espalhava bem o creme e começava uma massagem suave, apertando os ombros para ele relaxar. Fiz pressão com as mãos nos lugares que ele resmungava de dor e logo terminei a massagem saindo de cima dele.
Fui ao banheiro, deixei o creme na pia, lavei as mãos e voltei para a cama. ele me puxou para seu colo e beijou meus lábios com carinho.
— Obrigada, amor, prometo lhe recompensar — ele disse e eu sorri.
— Você estando bem já está perfeito pra mim... Boa noite, Darling — falei e ele me cobriu direito.
— Boa noite, Sweet — disse deixando mais um beijo em minha testa antes de desligar o abajur do quarto.
Senti um carinho suave em meus cabelos enquanto eu passava a mão pelo seu pescoço até que deixei o sono me levar e esquecer do momento apenas para dormir.
Na manhã seguinte, acordei primeiro que Sav. A mulher dormia de barriga pra baixo com um sorriso sereno enquanto os poucos raios de luz invadiam o quarto chegando próximos de seu rosto. Me levantei com cuidado para não acordá-la e fui ao banheiro, tomar um belo banho e fazer minha higiene. Saí do banheiro enrolado na toalha vendo que a morena ainda dormia tranquila na cama. Abri a mala com cuidado, peguei uma roupa e me vesti rapidamente.
Saí do quarto em silêncio e desci as escadas, não encontrando ninguém. Vi a hora no relógio e ainda eram apenas 8h da manhã, então comecei a preparar um belo café da manhã.
Sim, por incrível que pareça, eu não era inútil. Aprendi a cozinhar quando fui para a faculdade nos EUA junto com Noah. morávamos juntos em um apartamento do lado do campus. Foi depois de ter terminado com Sabina. Ela era minha prima e acabamos tendo um romance durante 2 anos, mas acabou quando ela teve que voltar ao seu país, México, depois que sua mãe ficou doente. Sabina e eu éramos muito ligados, tivemos um relacionamento muito bonito.
— Está realmente pensando longe, né? — Alguém me chamou e me virei, encontrando minha irmã.
— Eu nem te ouvi chegando. — Ri fraco e reparei que ela usava um casaco pesado.
— Foi sem querer... Eu vim te avisar que você pode fazer pouco café, Heyoon quer me levar para um passeio no centro, então vão ter a casa só pros dois — disse a loira abrindo um sorriso malicioso.
— Você só pensa bobagens.
— Não transe no sofá, nem na cozinha e nem na piscina, ou transem e limpem — ela disse dando de ombros e eu neguei rindo.
— Vamos, baby? — Yoon disse entrando na cozinha.
— Bom dia, cunhadinha — falei e ela sorriu.
— Bom dia! Uau, parece que Sav é uma garota de sorte... Bom, aproveitem! Voltamos em 1 hora para irmos esquiar... Vamos comprar algumas coisas que precisamos levar — falou a coreana puxando a esposa.
— Tchau e bom passeio! — falei alto, ouvindo o "Obrigada" delas antes da porta da frente se fechar.
Como havia terminado de preparar o café, arrumei tudo numa bandeja. saí olhando em volta e vi uma pequena planta no fundo da casa. andei até lá achando algumas flores violetas que ainda que um pouco congeladas continuavam bonitas. colhi algumas e voltei, colocando as flores em um vaso com um pouco de água na bandeja.
Subi devagar as escadas e entrei no quarto, encontrando a cama vazia. A voz de Savannah cantando algo no banheiro era o que eu precisava para saber que ela estava bem, então soltei o café no centro da cama. Não tardou muito para a morena sair do banheiro cantando.
— Ah! — ela soltou um gritinho de susto ao me ver ali.
— Desculpa, mas você deveria cantar mais vezes... A sua voz é de um anjo, na verdade você é um anjo — falei e ela riu fraco um pouco corada se aproximando da cama. Consegui sentir o cheiro de flores dela de longe.
— Você me assustou, Darling... Uau! Você trouxe café na cama! — ela disse surpresa sentando de frente pra mim.
— Eu também sei algumas coisas sobre como agradar as mulheres... Principalmente a minha namorada.
Ela sorriu me puxando pela gola da blusa para um beijo.
— E eu confesso que amo isso — ela disse depois com um sorriso lindo nos lábios que me faz suspirar de tão bobo que sou por ela.
— Eu sei disso... Melhor comermos antes que esfrie, depois vamos ir lá fora.
Tomamos o café da manhã entre risadas e brincadeirinhas bobas de casal. Depois do café, descemos juntos e Sav acabou lavando a louça antes de pegarmos os casacos para irmos para o jardim da casa.
— Vem aqui, mocinha — disse a puxando para perto de mim para fechar direito o casaco dela.
— Você me lembra meu pai fazendo isso — disse rindo.
— Só não quero você doente — falei, beijando sua testa e ela sorriu antes de sairmos de casa.
— É a primeira vez que vejo tanta neve assim na minha vida toda... — disse ela andando de mãos dadas comigo.
— Por que não brincamos até as meninas voltarem?
— Tipo, aquelas brincadeiras na neve igual dos filmes? — perguntou e eu ri.
— Claro, amor... Tudo o que você quiser fazer!
— Então não vamos perder tempo! — falou ela animada.
Começamos montando um boneco de neve, depois fizemos mais 2 iguais para não ficarem sozinhos, fizemos anjos de neve e começamos a brincar de guerra de bolas de neve.
— Se prepare para uma bolada bem gelada, Sav — disse rindo.
— Que a guerra comece! – ela gritou pegando um pouco de neve fazendo a bola e jogando em mim.
Começamos a rir enquanto brigávamos no meio daquela guerra de neve. Cerca de uns minutos depois, as garotas chegaram com alguns equipamentos que faltavam para esquiarmos, mas elas largaram tudo para participarem da nossa guerra.
Após um tempo, quando cansamos, tiramos a neve de nossos cabelos e pegamos o bondinho para subirmos uma montanha e esquiar. Ao chegarmos no topo, as garotas explicaram rapidamente pra Sav como ela deveria fazer enquanto eu terminava de fechar os equipamentos na morena.
— Vocês vão descer devagar comigo né? — ela questionou.
— Claro, Sav! Eu vou descer na frente com Heyoon e Josh vai ficar atrás de você caso você precise — disse Sina.
— Tudo bem! Vamos lá — disse a morena empolgada.
— Tomem cuidado, vocês duas... Nos esperem na metade da descida e depois descemos todos juntos — falo e elas afirmaram antes de descerem.
— Você não vai rir! — disse a morena me encarando e eu ri.
— Eu vou te segurar caso você precise... Vai descendo como as meninas mostraram.
Começamos a nossa descida e Sav estava indo muito bem, um pouco torta no começo, mas logo ela pegou o jeito e conseguimos descer todos aproveitando esse momento só nosso. Quando chegamos no final da montanha subimos novamente, mas dessa vez para descermos de trenó.
— Só não vou apostar corrida com você porque você vai perder — disse Sina me encarando.
— Está me desafiando, irmãzinha? Desafio aceito! — Estendi a mão para a loira que riu a apertando.
— Vocês vão acabar se machucando — disse Sav preocupada.
— Eles são sempre assim... Todo ano competem no trenó pra ver quem é melhor — explicou Yoon.
— Esse ano eu serei o melhor... Igualzinho ano passado, eu ganhei até do papai — falei confiante.
— Você só ganhou porque eu bati na árvore! — resmungou Sina saindo do bondinho.
— E você quebrou o braço — acrescentou Yoon rindo fraco.
— Misericórdia, vocês são malucos — disse a morena rindo.
— Desculpa, Sweet, mas vou mostrar pra essa doidinha aqui quem manda nas corridas — disse beijando sua testa e ajeitei o trenó.
— Vamos ser justos! Não vale empurrar o outro pra se machucar, não vale jogar neve durante a descida e tem que parar o trenó na frente da casa... Eu mal casei e não quero perder minha mulher — disse Yoon fazendo uma linha com o pé aonde Sina e eu ficamos posicionados atrás.
— Você não vai me perder, baby — disse Sina sorrindo e eu pisquei para Sav que riu.
— Vamos lá...1...2...3 e... JÁ! — gritou Heyoon e eu não perdi tempo em me empurrar pra frente deixando o trenó correr.
Sina e eu começamos uma descida a mil para tentar ganhar. A loira havia me passado um pouco, mas jogando mais o corpo pra frente eu consegui passar dela. Precisei desviar de um galho, o que me fez perder a corrida. Vi o grito e pulos animados de Sina que dançava na frente da casa onde estávamos.
Um trenó passou a jato ao meu lado enquanto Savannah gritava alto. Me levantei às pressas vendo o trenó dela cair em um monte de neve nos fundos da casa. Sina correu comigo para resgatar a morena e logo Heyoon chegou.
— Savannah! Ela tá bem? — perguntou preocupada com a voz abafada.
— Ela caiu aqui! — gritou Sina tentando tirar a neve de cima de Savannah.
— Amor! Sav! Me responde! — falei preocupado e consegui ver a mão da morena. puxei para ela sair da neve e ela começou rir enquanto tremia um pouco.
— E—eu quero de novo... Mas e—estou com muito frio a—agora — ela disse enquanto batia o queixo de frio.
— Você quase me mata de susto, amor! — falei a pegando no colo enquanto as meninas riam.
— Savannah vive no perigo, amores — disse Sina rindo e todos rimos.
— Vamos entrar, deve estar perto da hora do almoço e ela precisa se aquecer um pouco — disse Yoon e todos voltamos pra dentro de casa depois de uma manhã de altas aventuras.
Savannah P.O.V
Josh me colocou sentada no sofá depois de tirar meu casaco, cachecol, luvas e botas. Ele me enrolou em uma coberta e aqueceu mais a lareira. As garotas subiram para trocar de roupa enquanto o loiro fazia de tudo para me ver bem.
— Você se machucou? Tem algo doendo? — ele perguntou pela quarta vez.
— Darling, eu estou bem, amor... Foi só um susto e foi bem divertido... — disse e ele negou com a cabeça.
— Você quase me matou de susto, pensei que você tinha se machucado ou que iria precisar de um médico.
— Mas eu estou bem, amor, tudo o que eu quero agora é apenas descansar e comer algo — falei e ele suspirou beijando meus lábios em um selinho.
— Tudo bem, princesa... Vou me trocar e já desço pra te fazer companhia.
— Está bem, amor... — falei e ele subiu as escadas. deixei a coberta no sofá e fui pra cozinha preparar o almoço.
Eu não conseguia nem acreditar que estava vivendo tudo isso. Jamais imaginei que eu um dia iria entrar em um castelo, quem diria morar em um alguns meses e ainda me tornar amiga da princesa... Eu sempre sonhei em namorar um príncipe encantado, mas claro que nada é como nos sonhos.
Meus antigos namoros foram bons e ruins, alguns eram insuportáveis, mas tive namorados legais, que me apoiavam e estavam ali pra me ajudar. Infelizmente quando os namorados eram legais até demais comigo, acabavam voltando com a ex ou preferiam seguir a vida sozinhos. Eu ficava abandonada, jogada às margens da bad ouvindo música triste enquanto comia sorvete de madrugada na minha varanda.
Mas com Josh era tudo tão diferente! Ele realmente era um príncipe, que em poucas semanas se tornaria um rei, mas além disso, Josh era um melhor amigo, um namorado compreensivo, companheiro, carinhoso e lindo. Às vezes me perguntava se eu fiz algo de bom para receber o amor dele... Esperava que nosso relacionamento não acabasse como os meus antigos sempre acabaram...
Enquanto cortava alguns temperos, escutei meu telefone tocar. lavei as mãos e logo atendi, colocando no viva voz para voltar a cozinhar.
— Oi, filha! Mamãe está com saudades! — falou minha mãe.
— Mãe! Que bom ouvir a sua voz! Como estão as coisas aí? E o papai? — perguntei curiosa.
— Estamos bem, meu amor. Está tudo uma loucura, estamos cheios de encomendas de doces para o Natal... Você virá? — ela perguntou.
— Ainda não, mãe... Eu acho que volto no início de fevereiro... Ainda tenho algumas coisas pendentes aqui.
— Tudo bem, amor. vamos deixar seus presentes na sua cama, você abre quando voltar.
— Claro, mãe... — falei rindo.
— E então... E o príncipe bonitão? Já conseguiu escrever sobre ele?
— Já sim... Preciso terminar algumas coisas aqui, mamãe... — disse e ela ri fraco.
— Já entendi... Te amo, filha!
— Te amo, mamãe... Manda um beijo pro papai...
— Mando sim, querida... Até logo — ela disse antes de desligarmos o telefone.
— Príncipe bonitão? Sua mãe é a melhor — disse Heyoon entrando na cozinha e eu ri fraco.
— Você foi a única que escutou né? — perguntei e ela afirmou.
— Claro que sim... Eles estão falando com a rainha no andar de cima.
— Ainda bem... Você sabe que ele não pode saber.
— Você não vai mesmo contar a ele, Sav? Vocês estão em um relacionamento agora... — disse a coreana.
— Eu sei disso, Yoon, mas tenho medo de contar a ele sobre tudo e nunca mais o ver na minha vida... Infelizmente eu fiz o que não deveria ter feito, eu me apaixonei por ele — confessei e ela suspirou fraco.
— Sabe... Eu ainda acho que mesmo você fazendo isso... Ele não deixaria de te amar...
— Eu torço por isso, Heyoon... Todas as noites eu torço por isso — suspirei fraco e ela me abraçou de lado me dando um carinho.
Acabando o almoço, Sina e Josh desceram e ajudaram a arrumar a mesa para almoçarmos juntos. Comemos enquanto conversávamos e Josh não parava de tomar conta de mim. Amava todo o cuidado que ele tinha comigo, mas eu realmente tinha medo disso acabar depois de contar que escrevi tudo sobre a vida dele.
Quando terminamos de almoçar, Sina lavou a louça com a ajuda do irmão e depois nos vestimos de forma aquecida antes de irmos até um lago próximo para patinarmos no gelo. Era a minha primeira vez, mas eu estava bem empolgada!
— Prontinho, princesa, já está com os patins arrumados — disse Josh se levantando.
— Obrigada, amor — falei lhe dando um selinho.
— Confesso que não sei andar muito bem com isso, mas eu ainda tento — disse a coreana rindo enquanto a esposa a ajudava a subir no gelo.
— Você pode demorar pra acostumar, mas vai conseguir, Sav — disse a loira sorrindo.
— Preparada? — Josh estendeu a mão para mim e eu a segurei andando um pouco.
— Preparada! — falei corajosa.
Passamos a tarde toda patinando no gelo. Depois de alguns tombos e talvez uns roxos na bunda, eu aprendi um pouco mais a ter equilíbrio sozinha, então conseguimos fazer algumas brincadeiras no lago. Ainda fizemos uma guerra de neve voltando para casa, até que uma tempestade de neve nos fez correr para não ficarmos presos para fora.
Depois do banho, jantamos juntos um risoto de frango e no final da noite, enquanto assistíamos televisão, a luz acabou caindo. tivemos que procurar velas e acabou que cada casal foi para seu quarto.
— O que está achando da sua experiência com neve, Sweet? — ele perguntou enquanto eu terminava de pentear o cabelo no banheiro.
— Eu estou amando cada segundo... Só quero que isso não acabe nunca! — falei saindo do banheiro. ele estava sentado no centro da cama com apenas a luz das velas iluminando o quarto.
— Enquanto estiver nevando, eu prometo que jamais vai acabar a sua diversão com ela — ele disse e eu ri subindo na cama.
— Não prometa o que não pode cumprir, Darling — falei me aproximando dele e ele sorriu me puxando para seu colo.
— Tudo o que eu lhe prometer, eu irei cumprir, pelo resto de minha vida se você aceitar um dia... — ele disse e eu sorri, sonhando com o dia que seria pedida em casamento. Droga, Savannah, você está fodida.
— Quem sabe... Mudando de assunto... Por que não aproveitamos um pouco já que estamos sem luz?
— Tudo o que a minha princesa quiser... — ele disse antes de segurar em meu rosto com cuidado e me beijar.
Nossos lábios se encaixaram com delicadeza, sem pressa, já que o mundo estava parado. Com todo o cuidado, Josh tirou meu pijama e o jogou em algum canto antes de me deitar na cama. Separando nossos lábios por alguns segundos, nossos olhos se encontraram no meio da escuridão, trazendo luz e calma um ao outro.
Podia estar cometendo um erro ao amar Josh e não contar o real motivo de eu estar ali, mas agora eu apenas queria me entregar de verdade. no futuro eu poderia me machucar, mas agora eu apenas queria amar.
— Eu não canso de olhar em seus olhos e encontrar tudo o que eu preciso... — ele disse em um sussurro.
— Porque você é tudo que eu preciso — sussurrei de volta.
Ele sorriu, voltando a me beijar com cautela. Nossos lábios que já se conheciam bem demais pareciam querer explorar cada detalhe um do outro. Nossas peças de roupa foram saindo de nossos corpos conforme o tempo foi passando. Tudo o que conseguia escutar era o som de nossas respirações irregulares. O perfume suave de Josh se concentrava no ar, certeza que ele deveria estar sentindo o cheiro do meu shampoo de flores, ele disse que amava esse cheiro.
Já sem roupas, Josh colocou a camisinha voltando para cima de mim. Nossos olhares se encontraram novamente. O azul de seu olhar estava intenso, escuro, deixando apenas o brilho da vela o clarear. Ele abriu um sorriso encantador que me fez sorrir involuntariamente.
Ele se encaixa em minha entrada e segurando minha mão ao lado de seu rosto, entrelaçando nossos dedos, ele começa a me penetrar. Gemi fraco apertando a mão do loiro.
— Sav... Eu sei que já te falei isso algumas vezes... Mas eu quero que saiba que eu te amo! — ele disse.
— Eu te amo, Josh... — respondi puxando-o para um beijo enquanto nossos corpos se uniam em um só.
Ele fazia movimentos fortes enquanto apertava meus seios, eu suspirava entre os seus lábios arranhando suavemente suas costas. Nossos corpos eram apenas um e sempre seriam.
Suas mãos deslizaram pelo meu corpo o conhecendo melhor enquanto os movimentos ficavam mais intensos, mostrando que logo chegaríamos ao ápice juntos. Soltando um gemido, o loiro voltou a colar nossos lábios enquanto minhas pernas tremiam anunciando que havíamos chegado ao nosso limite juntos.
Nossas respirações irregulares denunciavam o que havíamos feito, mas jamais iríamos nos arrepender de algo. Naquele momento, éramos apenas dois apaixonados que haviam acabado de exibir o seu amor um pelo outro, das maneiras mais lindas. No final, um selinho foi depositado na minha testa, como uma forma de carinho depois de toda a explosão que tivemos.
Josh P.O.V
Quando nosso fôlego voltou, tomamos um banho de banheira, colocamos nossos pijamas de novo e então nos deitamos na cama. Apaguei as velas antes de me juntar a cama com a morena cansada. Puxei o edredom branco para nos cobrir e me deitei de lado vendo-a sorrir para mim.
— Está feliz, Sweet? — perguntei.
— Sim... Eu me sinto completa com você, Darling...
— Será sempre assim... — respondi e ela me soltou um bocejo fraco.
— Você promete? — perguntou.
— Claro que prometo, princesa... — falei começando a fazer um carinho em seu rosto e ela fechou os olhos com um sorriso tímido.
— Boa noite, Darling... — ela sussurrou logo caindo em sono profundo.
— Boa noite, minha princesa... — respondi em um sussurro beijando sua testa e acabei fechando meus olhos e deixando o sono me levar.
Era impossível acordar de mau humor quando se estava cheia de boas companhias ou depois de acordar com alguns beijos do seu príncipe encantado.
— Vamos lá, acorde princesa... — disse o loiro enquanto eu abria os olhos devagar.
— Eu sou a bela adormecida... Com a juba do rei leão — disse e ele riu me dando um selinho.
— Você é a mulher mais linda que eu vejo acordando...
— Você diz isso para todas...
— Jamais falaria isso pra outras mulheres... Sina acordando parece um urso — ele disse e eu soltei uma gargalhada.
— Não ofenda sua irmã, amor... — falei e ele riu comigo.
— Tudo bem... Que tal um banho juntos antes de sairmos?
— E onde vamos tão cedo? — perguntei me sentando na cama.
— Vamos explorar a cidade antes de comprarmos algumas coisas para a nossa volta... — ele disse e eu suspirei fraco.
— Nem acredito que logo vamos embora daqui...
— Infelizmente precisamos voltar amanhã, mas ainda iremos aproveitar hoje, amor.
— Queria que o mundo parasse — resmunguei e ele riu me abraçando por trás.
— Eu sei, Sweet... Eu tenho uma surpresa pra você, mas só irá saber mais tarde... Agora vamos logo tomar banho... — ele disse me pegando no colo e correndo pro banheiro.
Tomamos um banho quente juntos com direito a muito carinho e trocas de beijos apaixonados. Depois, nos vestimos com bastantes blusas quentes e descemos as escadas encontrando as garotas na sala. entramos no carro e fomos para a cidade até chegarmos em uma padaria fofinha na rua principal.
— Estou cheia de fome — disse Sina suspirando enquanto entrávamos na padaria.
— Eu disse que Sina é um urso ao levantar... Ela come o que estiver na frente — disse Josh nos fazendo rir.
— Por isso ela me comeu ao acordar — falou Heyoon vendo Josh fazer cara de nojo enquanto nos sentávamos.
— Eu não quero saber de detalhes sórdidos seus com a minha irmã... Jamais conseguiria sonhar que Sina faz sexo — ele disse rindo.
— E você acha que não sabemos o que você faz com a Savannah? — questionou Sina.
— Desculpa amor, mas garotas fofocam sobre isso — falei e ele riu dando de ombros.
— Eu já sabia disso, mas você se juntando com minha irmã é uma novidade — ele disse.
— Nem tão nova assim né, já que ela veio pra ser minha companhia — disse a loira rindo.
No clima de brincadeiras e piadinhas, acabamos tomando nosso café naquela padaria fofinha. depois disso, andamos pela cidade fazendo algumas compras para levarmos de presente para a rainha e eu aproveitei para comprar também coisinhas para meus pais. Almoçamos em um restaurante no centro da cidade bem movimentado e cheio de decorações fofas de Natal.
Nem conseguia acreditar que ia passar essa data longe dos meus pais, mas era tudo tão diferente quando dávamos uma chance para o mundo e ele nos faz virar de ponta cabeça. Eu literalmente virei do avesso e estava feliz assim.
Josh P.O.V
Enquanto andávamos pelo centro depois de almoçarmos, acabei parando para conversar com algumas pessoas, apenas para saber como estavam as coisas ali e se precisavam de alguma ajuda extra do reino. ouvi muitas histórias e tirei algumas fotos... isso me fazia bem: saber que o povo começava a confiar mais em mim e que viam o meu eu verdadeiro e futuro rei de todos, o rei que iria ajudar e não se achar como todos da mídia falam diariamente.
— Eu queria ir ali na livraria... — ouvi Sav dizer.
— Eu vou com você! Quero ver se tem um livro que estou doida pra ler — disse minha irmã pegando no braço da morena.
— Tá bem, Josh e eu vamos indo pro mercado para comprarmos as coisas de amanhã... — disse a coreana.
— O que temos que comprar mesmo? — questionei ouvindo a risada das 3 mulheres.
— Eu fiz a listinha... Vamos Josh, esperamos vocês no mercado meninas — disse Yoon enquanto Sina e Sav concordaram antes de atravessarem a rua e entrarem na livraria.
— Então vamos... — disse começando a andar, mas Heyoon me segurou no braço.
— Espera, cunhadinho — ela disse me puxando para uma loja de vestidos.
— O que você quer? Eu não entendi — falei e ela riu fraco.
— Quando você e Sav começaram a namorar? — ela perguntou.
— Tem algumas semanas, por quê?
— Você bem que podia fazer algo romântico pra ela hoje... Deixa a casa sozinha pra mim e Sina — ela sugeriu.
— Ok ok... Já entendi o que você quer com minha irmã... Mas pra onde eu iria com Savannah? — perguntei enquanto entrávamos em uma loja de roupas.
— Eu tenho tudo no esquema, mas ela precisa de uma roupa nova e linda... — disse a coreana andando pela loja.
— O que vai comprar aqui?
Ela suspirou.
— Você é lerdo ou se faz de trouxa? Me ajude a procurar um vestido bonito pra sua namorada! — ela falou brava e eu ri fraco, indo ajudar.
Depois de alguns minutos, chegamos no mercado. Heyoon escondeu a caixa do vestido em uma das sacolas de compras dela e entramos no mercado, encontrando as garotas com um pequeno carrinho de compras.
— Finalmente! Estávamos procurando vocês pelo mercado — disse Sina.
— Desculpa, amor, alguns turistas pararam Josh no caminho para tirar fotos e autógrafos — disse a coreana.
— Todos querem foto com o futuro rei — disse Sav rindo fraco.
— Até você quer, meu amor — disse e ela riu, dando um rápido selinho já que não haviam pessoas ali.
— Eu já tenho — ela retrucou.
— Essa doeu, hein, irmãozinho — disse Sina. Todos rimos e começamos a fazer as compras.
Passamos a tarde toda vendo filmes depois de voltarmos da cidade. Acabamos vendo alguns musicais clássicos da Disney que fez todos cantarmos e rirmos juntos. Logo o dia começou a passar mais rápido e a noite chegava de mansinho.
— Sav, eu acabei de ir arrumar tudo lá em cima e vi uma caixa no quarto de hóspedes pra você — disse Sina voltando a sala.
— Caixa para mim? — a morena perguntou ao levantar do meu colo.
— Sim... Melhor nós irmos ver! — disse Heyoon curiosa se levantando do sofá. ela me encarou e piscou discretamente.
— Vamos sim... Eu já volto, amor — ela disse me dando um selinho.
— Tudo bem, Sweet — falei e ela sorri sendo arrastada pelas meninas.
Aproveitei que elas subiram e fui para o quarto tomar um banho rápido. Vesti uma calça social escura, uma blusa de manga longa branca, um suéter escuro e um casaco quente por cima. Calcei meus sapatos e desci as escadas para esperar minha linda namorada para jantar.
Depois de alguns minutos, escutei passos e correria no andar de cima. Logo minha irmã e cunhada desceram correndo as escadas e então surgiu ela, com o vestido branco de tricô que eu ajudei minha cunhada a escolher, botas de cano longo pretas e um sobretudo nas mãos preto. ela usava pouca maquiagem, mas estava linda como sempre era.
— Você está linda — falei segurando sua mão depois que ela desceu as escadas.
— Você está um gato, Darling — ela respondeu sorrindo.
— Vamos... Vou te levar em um lugar especial, minha princesa... — disse pegando o casaco de suas mãos e ela se virou enquanto eu a ajudava a colocar o mesmo.
— Aproveitem a noite de vocês! — disse Sina sorrindo depois que saímos da casa.
— Se divirtam! Usem proteção, ainda está cedo para sobrinhos — gritou Heyoon e nós rimos entrando no carro.
Passamos o trajeto todo conversando e nos distraindo até chegarmos em frente a um pequeno e singelo bistrô, escondido no centro da cidade. Entramos e logo nos sentamos na mesa separada para nós. Tiramos o casaco e ficamos conversando um pouco antes de pedirmos nosso jantar.
— Como você se sente passando o Natal longe de sua família? — perguntei a ela depois de bebermos um pouco de vinho.
— Ao mesmo tempo que estou triste de não ter meus pais, não conseguir fazer as tradições que temos em família, estou feliz de estar aqui, de estar com sua família e de estar ao seu lado — ela falou sorrindo.
— Meu amor, posso tentar trazer eles para cá se é um desejo seu — falei e ela sorriu negando fraco.
— Não se preocupe com isso, amor. Eu estarei completa em estar ao seu lado na noite de Natal.
— Eu lhe prometo que estaremos juntos na noite de natal, apenas eu e você... E na virada do ano, estaremos juntos vendo os fogos de artifício iluminarem o céu — falei beijando a mão dela.
— Não prometa coisas que não pode cumprir — falou ela.
— Tudo o que eu lhe prometo, eu irei cumprir — disse e ela sorri.
Jantamos em uma conversa agradável sobre a vida dela na Austrália, sobre os nossos sonhos e sobre o que queríamos para o futuro. Depois do jantar, paguei a conta e saímos, Savannah segurando em meu braço para darmos uma volta. Havia pouco vento naquela noite, as estrelas iluminavam a rua junto do luar dourado.
— O que está achando da nossa noite? — ela me perguntou.
— Estou me sentindo uma pessoa "normal"... Apenas Josh... Sem ser o Josh, futuro rei de tudo... — falei e ela sorriu.
— Fico feliz de estar se sentindo assim... Confesso que quando eu era pequena, eu queria ser princesa... Igual as princesas da Disney, ter um castelo para morar com meus pais, vários quartos para brincar e andar de carruagem todos os dias... — ela disse suspirando fraco.
— Isso é sério? – perguntei enquanto começávamos a andar na praça.
— Sim, eu queria ser princesa... E agora eu namoro um príncipe.... Isso é bem maluco mesmo – ela disse e eu rimos juntos.
— Quem sabe em breve você não será uma princesa.... Isso se você aceitar – disse e ela me encarou.
— Se depender de mim, você não irá escapar das minhas mãos – ela falou e eu ri lhe dando um selinho.
— Então eu espero o meu “sim” no futuro – disse e ela afirmou rindo enquanto nos aproximávamos de uma pequena feirinha de Natal. Por ter muitas pessoas, tivemos que nos separar, já que minha mãe achava melhor eu só assumir Savannah depois da coroação, para que não a julgassem como interesseira.
Andamos um pouco pela feira apenas lado a lado e de vez em quando parávamos para eu tirar fotos com algumas pessoas. Depois de uns minutos, consegui tirar um tempo para mim e Sav novamente.
— O que você quer fazer? Tem algumas barracas de jogos que podemos tentar... – sugeri e ela concordou.
— Vamos sim, mas sinto muito se você perder... – ela disse andando até uma barraca.
— Você está me desafiando, Clarke?
— Se sinta ameaçado, Beauchamp – ela disse rindo e pagando o senhor da barraca para jogarmos.
— Vamos ver quem ganha... O perdedor vai ter que pular no lago congelado, topa? – estendi a mão a ela, que apertou fortemente.
— Fechado! Que o melhor ganhe, vulgo, a mamãe aqui – ela disse se preparando e eu ri alto.
O jogo era simples, haviam arminhas com água na nossa frente, que precisávamos usar para encher o balão o mais rápido possível. A morena estava toda concentrada antes do aviso sonoro tocar e começarmos a atirar.
Usei uma das mãos para bater na arma dela, mas ela continuou destemida a me ganhar. Virei minha arma por alguns segundos para tentar jogar água em seu rosto, mas ela desviou ainda focada. Voltei a tentar encher meu balão, mas já era tarde demais.
— Eu ganhei! – ela gritou feliz e eu soltei uma risada alta.
— Parabéns senhorita, pode escolher seu prêmio... – o senhor da barraca falou.
— Impressionante... Não sabia que era tão competitiva – disse me levantando do banco e ela riu pegando o bichinho que escolheu.
— Me desculpa, mas eu sou assim... Agora quando voltarmos, você vai ter que cumprir o desafio.
— Eu vou fazer isso sim... Amanhã à noite resolveremos isso – disse e ela sorriu afirmando enquanto voltamos a andar.
— Aqui, eu ganhei, mas eu quero lhe dar de presente – ela disse me entregando um dragão branco de pelúcia.
— Você quem ganhou, baby, fique com ele – disse tentando lhe devolver o dragão.
— Você me deu dois já, agora é a minha vez de lhe dar um bichinho – ela disse sorrindo.
— Está bem... Obrigada, princesa – agradeci beijando sua bochecha gelada.
— De nada, Darling... – ela responde sorrindo.
Andamos brincando em mais algumas barracas, tiramos fotos com crianças e fiz Sav tirar fotos com os duendes e o papai Noel. A morena ficou tímida, mas tirou as fotos rindo de algo que falaram pra ela.
Eu simplesmente estava amando ver Savannah assim, alegre e se divertindo sem as pressões da realeza caindo em sua cabeça. Tudo o que eu queria é que ela fosse sempre alegre assim!
Savannah P.O.V
Ao chegarmos no final da feirinha de Natal, paramos em uma barraquinha de doces. Josh disse que era um doce tradicional do país e queria que eu provasse, então escolhi um de creme de avelã e sorvete de baunilha, já Josh pegou um de creme de amendoim e biscoitos, também compramos um chocolate quente para cada.
— Aqui está, princesa — ele disse me entregando o doce em um pratinho de papel e colocando os copos quentes na mesinha que havíamos encontrado.
— Obrigada, amor... Que doce fofinho... — disse observando o doce de forma engraçada.
— Ele se chama Beaver Tail, é bem tradicional aqui. Minha mãe costumava fazer muito, mas no Natal ela faz todo ano, é uma tradição da família... Espero que você goste — ele disse se sentando a minha frente.
— Bom, vou provar pra ter certeza que vou gostar... — disse e dei uma mordida no doce, um bolinho frito em uma forma esquisita com recheio.
— Esse formato é porque antigamente, falavam que ele lembrava o rabo do castor — ele me explicou enquanto começava a comer.
— Eu sabia que tinha forma de algo que já vi... Isso é delicioso! Estou doida pra provar o que sua mãe faz — disse e ele sorriu.
— Ela tentou ensinar a Heyoon a fazer, mas não deu muito certo... Posso falar com ela para que ela te ensine — ele disse bebendo o chocolate quente.
— Eu vou amar! Seria incrível cozinhar algo com sua mãe, ela é muito fofa — falei terminando de comer.
— Você sabe que ela te ama, né? Mamãe vive falando pra mim o como você é incrível — ele falou e eu ri corando.
— Ela só está sendo gentil...
— Mamãe realmente te acha encantadora, Sav... É impossível alguém não falar isso de você — ele disse sorrindo enquanto segurava minha mão.
— Pare Josh, está me deixando com vergonha — falei sentindo as bochechas queimarem e ele sorriu mais.
— Você fica linda assim — disse ele.
— Josh! — eu o repreendi, rindo com vergonha, e ele ri comigo.
— Tudo bem... Já parei... Vamos voltar pra casa? — ele perguntou.
— Vamos sim, está tarde e precisamos sair cedo — falei e ele concordou antes de jogarmos os lixos fora e voltarmos para o carro de braços dados.
Chegamos em casa depois de 20 minutos de carro. havia começado uma tempestade de neve o que dificultou um pouco a nossa volta, mas chegamos em paz em casa. Ao entrarmos, estava tudo escuro e silencioso. provavelmente as garotas já estavam dormindo para voltarmos amanhã cedo.
Josh e eu subimos as escadas e nos trancamos no quarto. Tomamos um banho quente juntos e logo vestimos nossos pijamas. Josh ajeitou o pequeno dragão de pelúcia no puff em frente a cama e soltei uma risada baixinha. — Você nem me falou o nome dele — disse e ele sorriu se deitando ao meu lado. — Vou chamar ele de Fogo... Afinal é o que ele cospe — ele disse rindo. — Gostei! Um dragão chamado Fogo... Parabéns pelo bebê, papai Joshua — falei e ele me abraçou. — Parabéns pelo bebê, mamãe Savannah — ele respondeu e rimos juntos. — Boa noite, Darling — disse beijando seus lábios antes de me deitar em seu peito. — Boa noite, Sweet baby — ele disse beijando minha testa. Dormimos juntos enquanto a neve caía em peso no lado de fora da casa, deixando o mundo em completo silêncio.
Na manhã seguinte, levantamos logo cedo para arrumar tudo. Preparamos um café da manhã rápido e todos comemos, deixamos a casa limpa e descemos com as malas para voltar pra casa.
— Então, casalzinho, vimos que vocês voltaram tarde... — disse Sina.
— Como foi a noite? — questionou a coreana.
— Foi maravilhosa! — disse Sav sorrindo.
— Me contem o que fizeram! — disse minha irmã.
— Eu levei Sav para um jantar no restaurante que Heyoon me ajudou a reservar — falei e elas sorriram.
— Eu sei, eu arraso... Contem os detalhes — disse a coreana rindo fraco.
— Passamos o jantar todo conversando sobre o passado e sobre nossas infâncias, depois fomos andar juntos na praça. Josh tirou algumas fotos e fomos brincar em umas barracas de jogos — contou Sav sorrindo.
— Isso parece ter sido tão divertido! — disse a loira sorrindo.
— E foi! Vocês sabiam que Savannah é super competitiva? Ela me ganhou em um jogo — disse e as meninas riram alto.
— Desculpa se eu fui melhor que você... Mas eu te dei o prêmio — disse a morena ao meu lado rindo.
— Que fofa! Deu o ursinho pro namorado — disse Yoon.
— É, eu ganhei um filho, ele se chama Fogo — disse mostrando o dragão.
— Aaaw, um sobrinho! Finalmente — disse minha irmã pegando o dragão de pelúcia e o abraçando.
— Tá na hora de vocês terem um bebê — joguei a indireta e minha cunhada riu.
— Nós queremos um filho sim, mas acho que ainda vamos esperar um pouquinho... Casamos tem apenas alguns meses — disse a coreana rindo fraco.
— Mas olha o tanto de tempo que vocês se conhecem — disse e elas se encararam.
— Josh está certo amor... — disse Sina.
— Vocês se conhecem desde bebês não é? — questionou Sav.
— Sim! Eu vi Sina bebê, brincávamos com as mesmas coisas e dividimos fraldas — disse a coreana sorrindo.
— Acho que eu já nasci sabendo que o amor da minha vida estava ali comigo — disse a loira beijando sua esposa.
— Muito gay isso, obrigada — disse rindo e elas riram comigo.
— Não reclama não, Josh, você e Sav vão curtir muito — disse a loira.
— Vocês tem razão, Josh e eu vamos mesmo aproveitar a viagem para um chamego — falou Sav sorrindo.
— Iti, mas é fofa demais minha princesa — disse beijando a bochecha da morena que corou rapidamente.
— Bom, eu vou ir no banheiro vomitar arco íris e depois podemos viajar em paz — disse Heyoon indo ao banheiro e todos começamos a rir.
Dentro de alguns minutos, os quatro já estavam no carro, bem acomodados e com o cinto de segurança. A coreana começou a dirigir enquanto minha irmã arrumava as músicas para cantarmos. Nossa viagem prometia ser divertida e isso era tudo o que eu queria para voltar para casa em paz.
Savannah P.O.V
A volta estava super divertida, cantávamos, riamos, brincávamos e sempre tinha alguma piada para fazer. Paramos para almoçar em uma lanchonete no meio do caminho, saímos do carro entre brincadeiras e piadas. Nos sentamos em uma mesa no fundo do estabelecimento e conseguimos aproveitar como pessoas normais, já que geralmente as pessoas pediam fotos e abraços da família real.
— O que vocês vão querer? – Josh perguntou olhando o cardápio.
— Por que não comemos hambúrguer com fritas e tomamos milk-shakes? — sugeriu Sina.
— Eu amei a ideia de Sina, podemos comer besteira de vez em quando — falei e ela fez um hi-five comigo.
— Está bem, vamos pedir nosso lanche, mas que a sogrinha não descubra — disse Yoon rindo e Josh chamou o garçom, logo fazendo os pedidos.
— Espera, onde está seu filho, irmãozinho? — perguntou Sina.
— Aqui! Não ia deixá-lo sozinho no carro — ele disse mostrando o dragão de pelúcia.
— Você vai ser um excelente pai, cunhadinho. Não deixou nem seu ursinho no carro, você nunca deixava os seus brinquedos sozinhos — disse Heyoon.
— Isso é sério? — perguntei lhe encarando e ele riu afirmando.
— Não gostava de deixar meus brinquedos sozinhos, eles ficavam tristes.... Lembrando que eu pensava isso aos seis anos — ele explicou e todas rimos.
— Josh pegava minha Barbie para ser a namorada do super-herói dele, todo dia eu encontrava ela nas coisas dele — explicou a loira.
— E quando brincávamos de casinha juntos? Eu e Josh éramos casados e Sina era a nossa bebezinha — contou a coreana.
— Deve ter sido muito divertido fazer isso — falei e eles afirmaram.
— Falando nisso, nunca nos divorciamos, Heyoon. E você ainda casou com nossa filha — disse o loiro rindo enquanto o garçom deixava nossa comida na mesa.
— Realmente... O que você quer fazer a respeito? — disse a coreana séria.
— Que tal selarmos o divórcio com um brinde? — ele sugeriu rindo.
— Perfeito! — ela riu e os dois brindaram com os milk-shakes.
— Divorciados! Agora sim minha esposa pode ser minha esposa — brincou Sina e beijou sua esposa.
— E eu posso continuar planejando uma nova esposa — disse o loiro me dando um selinho enquanto eu ria de tudo.
— Oh, em breve vamos ter um casamento? Isso é sério? — a loira me questionou animada.
— Eu ainda não recebi pedido algum — disse rindo e ela riu comigo.
— Mas quando for... Você falou que aceitaria — disse Josh e eu afirmei.
— Vamos discutir isso mais tarde, Beauchamp — retruquei.
— Isso aí, Sav! Coloca ele na coleira! — disse a coreana e todos rimos juntos.
Terminamos de comer e depois de 15 minutos já estávamos de volta no carro. O restante do caminho seria mais tranquilo, já que faltava apenas 1h30 de viagem, então aproveitei para me deitar no colo de Josh e relaxar. Peguei no sono depois de uns 10 minutos, porque o loiro começou a fazer um carinho em meus cabelos e eu sempre dormia com carinho.
— Estamos chegando. — Escutei Heyoon enquanto abria os olhos devagar e me sentei novamente no banco.
— Nossa, foi bem rápida a nossa volta — disse a loira no banco da frente.
— Foi mesmo... A Bela Adormecida aqui acordou... Boa tarde de novo, amor — disse Josh e eu ri sem graça.
— Desculpa por dormir... Eu fiquei cansada... — disse um pouco envergonhada e eles riram fraco.
— Você não precisa se desculpar por dormir, Sav, todos fazemos isso — disse Sina.
— Olha lá, a sogrinha está a nossa espera — disse a coreana parando o carro nas escadarias principais.
— Tinha que ser a mamãe — falou o loiro ao meu lado rindo e todos saímos do carro juntos.
— Finalmente vocês chegaram, eu estava morrendo de saudades! Meus bebês! – disse Úrsula abraçando os filhos juntos.
— Mãe, você vai nos sufocar — disse o loiro mais velho rindo.
— Está me apertando muito — disse a mais nova.
— Vocês são dois chatos... Minha nora linda! — disse a rainha abraçando Heyoon que retribuiu o abraço rindo.
— Oi, sogrinha! — disse a coreana saindo do abraço.
— Minha outra nora linda! — ela disse vindo me abraçar e eu retribuí o abraço meio corada.
— Oi, Úrsula.
— Pode me chamar de sogrinha, minha querida.
— Vou me acostumar a lhe chamar assim — disse e ela riu.
— Como foi a viagem? Aposto que se divertiram muito — ela nos perguntou enquanto entrávamos no castelo novamente.
— Foi divertida, mãe! Ensinamos Sav a esquiar, a andar de trenó, fizemos guerra de bola de neve... — contava Sina agarrada em sua mãe.
— Isso deve ter sido super divertido... Venham, mandei preparar um lanche para vocês... — ela disse e todos entramos na sala da lareira, onde a árvore de Natal já estava preparada para receber as decorações.
— Vamos decorar a árvore mais tarde? — perguntou Josh.
— Claro que sim, estava esperando todos voltarem... Espero que tenham boas notícias para mim... — disse a loira mais velha.
— Que notícias a senhora quer sogra? — perguntou a coreana rindo e nos sentamos nos sofás para comermos biscoitos com chocolate quente.
— Talvez aquela que você e Sina vão fazer o tratamento para ter um bebê... Talvez Savannah esteja grávida! — disse a rainha empolgada e eu fiquei quase sem cor, rindo de nervoso.
— Mãe! Savannah não está grávida e muito menos Sina ou Heyoon... Um dia você vai ter seus netos — disse Josh rindo fraco.
— Eu estou velha! Logo morro e nem tenho netos — resmungou a rainha e todos rimos juntos.
Ficamos mais algum tempo conversando antes de cada um ir para seu quarto descansar. A rainha fazia questão em deixar tudo em silêncio para que pudéssemos relaxar antes do jantar.
Aproveitei que minha mala já estava no quarto e arrumei novamente as roupas nos lugares e após isso, deitei na cama para dormir algumas horas.
Josh P.O.V
Na hora do jantar, conversamos sobre a viagem e contamos os detalhes de tudo para minha mãe. Claro que ela já deveria imaginar tudo que fizemos na viagem, então após isso, nos reunimos na sala da lareira para decorar a árvore de Natal.
Minha namorada estava no piano tocando algumas músicas de natal, já que minha mãe insistiu para ouvi-la tocar novamente, enquanto a família decorava a linda árvore.
— Majestades, chegou uma visita — disse um mordomo depois de fazer a reverência ao entrar na sala. A música parou.
— Ah, eu não sabia que alguém estava chegando... Por favor, deixe a entrar... — minha mãe pediu.
— Sim, Vossa Alteza... — disse o mordomo dando espaço para ela entrar.
— A prima favorita chegou! — ela anunciou toda animada e sorridente.
— Sabina! Ah querida, que surpresa boa... — disse minha mãe indo abraçar a morena.
— Tia Úrsula, eu espero não estar incomodando em nada, só quis fazer uma visitinha já que o Natal está perto — ela falou depois de abraçar minha mãe.
— Incômodo nenhum, querida sobrinha... Já havia falado com seus pais para todos virem ao Natal... — disse minha mãe sorrindo.
— Que ótimo... Prima Sina, quanto tempo — disse a morena indo até minha irmã.
— Sabina... Que desprazer lhe ver esse ano — disse a loira debochada.
— Digo o mesmo, queridinha... — sussurrou minha prima com um sorriso irônico. Minha irmã e minha prima se odiavam desde um ocorrido na adolescência.
— Sina! Tenha modos! — reclamou minha mãe.
— Oi Sabina, como vai? — perguntou Heyoon educada.
— Vou bem, japonesinha, obrigada... Priminho querido! Eu estava morrendo de saudades! — disse Sabina vindo me abraçar e eu retribuí sem graça.
— Oi, prima Sabina... — cumprimentei e ela sorri de forma fofa para mim.
— Sabina, deixe-me lhe apresentar Savannah! — disse minha mãe apresentando minha namorada a Sabina.
— Olá, senhorita, é um prazer lhe conhecer — disse a morena educada.
— Ah, oi... Você é nova empregada? — questionou Sabina.
— Na verdade, ela é minha dama de companhia! — disse Sina sorrindo.
— Ah, não sabia que uma princesa tão velha precisava ainda de babá.. — disse ela soltando uma risada.
— Savannah não é minha babá, é minha melhor amiga — bufou Sina.
Minha cunhada teve que acalmar os ânimos entre as duas, ou iria rolar uma bela briga. Queria ver quem ia ganhar, mas não podia falar nada. Voltamos a decorar a árvore até que minha mãe falou com Savannah no fundo da sala, vindo logo falar comigo.
— Filho... Preciso que mantenha segredo entre você e Savannah, não queremos que todos saibam ainda.. — ela sussurrou e eu afirmei.
— Claro, mãe... Se Sabina descobrir, pode acabar falando demais... — disse e ela concordou.
— Ela é sua prima, mas não queremos mais confusão... — minha mãe falou e logo voltou a agir normalmente.
Sabina e eu namoramos quando éramos mais novos. Tivemos um relacionamento por cerca de 1 ano enquanto ela morava conosco. Meus pais nunca reclamaram de eu namorar minha prima, mas não somos primos tão próximos então estava tudo bem.
Sobre a confusão que minha mãe queria evitar: no passado, quando Sina começou a gostar de Heyoon, Sabina viu as duas trocando um beijo e espalhou para todos do castelo, antes de minha irmã conseguir falar com nossos pais. Acabou tudo bem pro lado das duas, o que deixou minha prima morrendo de raiva.
Terminamos quando ela voltou ao México para namorar um jogador de futebol. Sim, minha prima foi bem interesseira nessa época, mas parece que ela mudou, segundo minha tia. Depois da surpresa com a chegada de Sabina, terminamos a decoração e fomos cada um para seu quarto. Esperava dormir em paz e que o dia de amanhã fosse tranquilo.
Eu queria estar de bom humor, mas acabei perdendo toda a minha animação durante o café da manhã. Sabina conseguia me irritar com tanta facilidade que eu estava nervosa tomando meu café. Mal consegui comer enquanto ela me deixava desconfortável ao me encarar de forma ruim.
— Sabina, por que não se junta a Sina e eu em algumas compras? — perguntou Úrsula.
— Eu vou adorar, tia, mas precisamos de gente para carregar as coisas... Vai conosco, Savannah? — ela perguntou me encarando.
— Savannah não é uma empregada, Sabina... Se você se referir a ela desse jeito novamente, vamos ter problemas — Sina disse nervosa
— Na verdade, a Sav vai ficar comigo, estou precisando da sua ajuda para alguns projetos... — disse Heyoon me olhando.
— Claro, Yoon, ficaria feliz em lhe ajudar — disse sorrindo.
— Bom, já que todas estão ocupadas.. Que tal vir conosco reizinho? — perguntou a latina com uma voz irritantemente forçada para tentar ser fofa.
— Não posso ir, Sabi... Tenho alguns deveres a fazer. Na verdade, já estou atrasado... Bom passeio a vocês — disse o loiro se levantando e saindo dali às pressas.
— Ok... Então vamos logo, meninas, o dia vai ser longo — disse a rainha se levantando junto de sua filha e sua sobrinha antes de sair dali.
— Graças a Deus que aquela nojenta vai sair... — resmungou Heyoon e eu a encarei.
— Por que você e Sina odeiam tanto a Sabina? — perguntei curiosa.
— Josh também não é muito fã dela, mas ele consegue esconder. Quando éramos adolescentes, Sabina e Josh namoraram por um tempo. Ela fazia chantagem com ele para ficarem juntos, mas ele realmente foi apaixonado por ela. Ela acabou descobrindo que eu e Sina estávamos começando a ter algo e fez chantagem em cima de nós. Foram dois meses de puro inferno, até que durante um jantar, em que Sina e eu já planejávamos contar a Úrsula para ela nos ajudar, Sabina abriu a boca na frente de todos... Tudo isso porque ela iria embora e Josh não aceitou ir com ela. Foi horrível, mas deu tudo certo... — desabafou a coreana se levantando e eu a acompanhei.
— Uau, ela é realmente duas caras... Parece ser legal, mas não é — falo e ela afirmou.
— Não queira se meter com ela, Sav, ela pode fazer coisas absurdas contra você... — disse a coreana.
— Mudando de assunto... Por que queria minha ajuda?
— Eu não preciso da sua ajuda, só quis te livrar de uma fria. Além disso, tem alguém lhe esperando pra um passeio... — ela disse indicando Josh, que estava falando com alguns guardas na porta de saída para o jardim.
— O que? Ele não estava super atrasado para algo? — perguntei rindo meio nervosa.
— É mentira pra fugir da Sabina. Ele disse que tem algo pra fazer com você e eu remarquei a reunião dele para a tarde... Então voltem depois do almoço — ela disse animada e saiu dali me deixando sem entender muita coisa.
O loiro sorriu e me chamou com a mão. Fui em sua direção e ele apenas segurou minha mão me puxando para fora do castelo. Seu cavalo já estava pronto, então ele me colocou em cima da sela e sentou atrás de mim, guiando o animal pela neve.
— Darling, aonde estamos indo? — perguntei sem entender muito.
— Eu tenho um desafio a cumprir, não tenho? Então eu vou mergulhar no lago congelado conforme combinado — ele disse rindo.
— Amor, eu não quero que você faça isso, você pode ficar gripado ou pior — tentei falar mais coisas, só que ele beijou meu pescoço.
— Nada vai acontecer comigo se a minha princesa cuidar de mim — ele falou com uma voz arrastada que me faz arrepiar por inteira.
— E—eu sempre vou cuidar de você... — gaguejei e ele riu fraco.
— Então vamos lá minha princesa...
Percebi que já havíamos chegado na casa do lago. Descemos do cavalo e o colocamos no estábulo quentinho. Fomos em direção da casa e entramos. Josh arrumou a lareira para deixar a casa aquecida e começou a tirar a roupa.
— Amor, você tem certeza que quer fazer isso? Eu mudo o seu desafio! — falei e ele negou.
— Eu prometi e eu irei cumprir... Gosta do que vê? — ele disse ficando apenas de cueca preta. Ah, Josh, você sabia me provocar.
— Eu amo o que vejo... Ok! Já que fui eu quem inventou esse desafio, eu vou fazer isso com você — disse tirando meu casaco e comecei a tirar as roupas quentes.
— Sav, meu amor, você não precisa fazer isso — ele disse suspirando enquanto me encarava tirando a roupa e se sentou no sofá.
— Eu vou me sentir muito mal de te ver fazendo isso sozinho, então eu vou com você e ponto final — disse ficando apenas de sutiã e calcinha.
— Puta merda, Savannah... Eu acho que esse desafio vai ficar para depois... Por que você tem que ser tão gostosa? — ele disse me puxando e eu caí sentada em seu colo.
— Eu não sei, Vossa Alteza... Hum... Josh... — Perdi a fala enquanto ele distribuía beijos em meu pescoço.
— Você me deixa maluco, Clarke... — ele disse apertando minha cintura e eu suspirei, rebolando sem querer em cima de seu membro.
— Jo—Josh... — suspirei já me sentindo fraca de prazer por esse homem.
— Vamos lá, amor... Continua assim... Rebola gostoso pra mim... — ele falou de forma rouca levando suas mãos até meu sutiã azul.
— Amor... — gemi baixo, rebolando em seu membro enquanto ele jogava meu sutiã pelo chão da sala.
Ele segurou ambos os seios os apertando enquanto alternava com a boca neles. Fechei os olhos para aproveitar aquela carícia deliciosa enquanto sentia seu membro cada vez mais duro abaixo de mim. Quando a ponta de sua língua tocou em meus mamilos sensíveis, senti uma pontada forte em minha intimidade que me fez rebolar mais forte ouvindo o gemido do loiro. Ele se levantou comigo em seu colo, mas logo minhas costas estavam em algo macio. ele ficou por cima de mim no sofá e apertando alguns botões, o sofá se tornou um sofá cama.
Os lábios dele deslizaram pelo meu corpo chegando as minhas coxas, deixando beijos suaves pelas minhas pernas até terminar de tirar minha calcinha. Ele parou por alguns segundos para encarar minha intimidade antes de voltar seus olhos para mim. Aquele azul que era sempre claro, agora estava intenso, escuro, cheio de desejos.
— Olha essa buceta toda molhada... — ele gemeu aproximando o seu rosto de minha intimidade e logo sua língua me penetrou com força, me fazendo gemer alto.
— Josh! — gemi seu nome segurando no sofá enquanto nossos olhares se encaixavam em um só.
Ele me provocou penetrando lentamente sua língua em mim. Gemi enquanto ele aumentava os movimentos, minhas pernas começaram a tremer e gozei forte. Assim que o efeito de moleza passou, vi meu namorado colocando sua camisinha, mas fui mais rápida. Joguei Josh sentado contra as costas do sofá e subi em seu colo e, entendendo minha ideia, ele segurou em minha cintura e me penetrou de forma suave enquanto eu descia por todo o seu comprimento.
Soltamos um gemido juntos quando eu já estava com seu membro todo dentro de mim. Segurando em seu ombro, comecei a cavalgar aumentando a velocidade. Ele, todo gentil, me deixou ditar meu ritmo, apenas me segurando pela cintura, às vezes apertando minha bunda. Não demorou tanto para que nós dois chegássemos ao ápice juntos. Depois de ele sair de dentro de mim, tirou a camisinha, colocando-a no lixo ao lado do sofá e me puxou para seu colo.
Ficamos deitados apenas relaxando por alguns minutos, o que me fez pensar que era isso que eu queria para minha vida — estar sempre nos braços daquele loiro maravilhoso.
Josh P.O.V
Estar com Savannah em meus braços era a melhor coisa que poderia acontecer no meu dia. Eu jamais machucaria aquele precioso anjo que havia chegado de forma tão repentina na minha vida.
Ainda me lembro do momento em que nossos olhos se cruzaram pela primeira vez. Ela estava toda fofa assustada enquanto tentava achar um livro. Seus olhos tinham aquele mesmo brilho desde que a conheci, sempre com aquele sorriso tímido e aquela curiosidade para descobrir tudo. Consigo afirmar que era e sempre seria ela, o meu coração não permitiria mais ninguém além dela. Sei que na hora certa, ela falaria o “sim” que eu desejava ouvir e se tornaria minha para sempre.
— Amor, você está com os pensamentos bem longe... Posso saber o que é? — ela perguntou curiosa e eu ri fraco a encarando, encontrando seus olhos azuis que eram a minha perdição.
— Sabe, nós viemos aqui para eu cumprir o desafio e eu não pulei no lago... — falei rindo e ela riu comigo.
— Mas você fez algo muito melhor Beauchamp... — ela disse se virando e ficando deitada de lado com o rosto sobre meu peito.
— Não posso negar que isso foi mil vezes melhor... Qualquer coisa ao seu lado é mil vezes melhor.
— Você é muito galante mesmo, Joshua... — ela disse sorrindo.
— É um dom de família... — disse convencido e ela ri.
— Humilde também... Amor, queria saber um pouco sobre você e Sabina... — ela disse e eu suspirei fraco.
— Eu sei que as meninas já devem ter contado algo... Eu namorei a Sabina aos 16 anos, ela veio morar conosco enquanto a casa dela estava em reforma. Eu sempre gostei dela, sempre foi uma garota que me atraiu muito e ela também gostava de mim, pois vivia me provocando. Nossos pais não se importavam muito se estávamos tendo algo ou não, desde que só ficasse entre os muros do castelo, mas a Sabi queria algo a mais... — expliquei. — Ela queria nos expor para o mundo, algo que não podia acontecer, então começamos a brigar. Ela queria aparecer na mídia, ficar famosa por estar comigo, então meus tios voltaram para a casa deles e eu terminei com ela.
— Tudo bem... Queria apenas saber sobre o que tiveram... — ela disse meio receosa.
— Hey... Não fique assim... Sabina é alguém do passado, eu não sinto mais nada por ela. A única pessoa que eu quero na vida é você e sempre será você, Savannah Clarke Bardot, minha futura rainha.
Ela suspirou sorrindo novamente.
— Você me deixa maluca assim, Josh... – ela disse rindo e eu a puxei lhe dando um selinho.
— Você me deixa assim, Savannah...
Voltamos ao castelo antes do almoço e conseguimos almoçar junto de Heyoon antes de minha mãe voltar com minha irmã e minha prima. Sabina, ao me ver, correu até mim me abraçando forte com uma risada alta e eu fiquei sem entender muita coisa.
— Priminho! Eu tenho tanto pra lhe contar... Consegui comprar um vestido lindo para o baile de natal, você precisa ver como eu fiquei nele! — ela falou animada.
— Eu sei que verei você muito bonita no baile, mas agora não é o momento... – tentei continuar falando, mas ela me ignorou enquanto me puxava para fora da sala.
— Você sempre fez tudo comigo, então me ajuda! – ela resmungou me entregando as sacolas e eu suspirei afirmando.
— Tudo bem... Eu te ajudo a levar isso pro quarto – falei e ela sorriu enquanto andávamos pro quarto.
— Josh, eu preciso conversar com você sobre uma coisinha... – ela disse depois de entrarmos em seu quarto e eu soltei as sacolas na ponta da cama a encarando.
— Não pode ser mais tarde, Sabi? Estou meio atrasado para um compromisso...
Ela negou segurando minha mão.
— Olha, eu sinto muito por tudo o que aconteceu no passado entre nós... Eu era ingênua, burra e queria me sentir mais reconhecida e errei muito ao lhe tratar mal e ter lhe feito sofrer. Eu realmente sinto muito, Josh – ela disse arrependida e eu suspirei fraco vendo que era real.
— Tudo bem, Sabi... Todos nós erramos às vezes, o importante é que você reconhece e se arrepende.
— Eu me arrependo muito. Desculpa ter feito você sofrer... Eu sei que você pode não sentir mais a mesma coisa, mas eu ainda sou apaixonada por você, sempre fui, esse amor é verdadeiro – ela disse deixando um beijo em minha bochecha e eu sorri fraco.
— Desculpa, Sabina, mas não é recíproco... Olha, que tal você se arrumar? Um fotógrafo está vindo para tirar algumas fotos da família e você pode aproveitar e tirar também... Sei que pode ajudar na sua carreira de modelo – disse e ela sorriu animada.
— Obrigada Josh, você é o melhor primo do mundo! – ela falou animada e eu sorri saindo do quarto dela.
Cerca de duas horas já haviam passado quando eu terminei uma reunião virtual com os governantes de cada estado do país. Estávamos apenas regularizando algumas coisas que deveriam ser modificadas no início do ano e, logo após a minha coroação, tudo sairia do papel. Eu estava nervoso com a coroação.
Depois de amanhã já seria Natal, eu ainda precisava ajudar minha mãe com o baile de Natal e não havia comprado o presente de Savannah. Estava pronto para ficar maluco, mas acho que consegui respirar aliviado ao encontrar minha mãe na sala tirando algumas fotos dela.
— Querido, que bom que chegou! Venha, vamos logo tirar as suas fotos sozinho, depois as de Sina e então uma foto de todos juntos – minha mãe falou sorrindo.
— Está bem, mãe...
Logo me ajeitei para as fotos. Abri um sorriso ao ver a porta se abrir, mas logo ele diminuiu ao ver que era apenas minha prima.
— Tia! Você está linda, aposto que as fotos vão ficar lindas demais – disse a latina animada.
— Obrigada, querida, você também está muito bonita... Josh, filho, tire algumas fotos com Sabina. Vamos mandar essas fotos para seus pais, querida – minha mãe sugeriu e eu estava pronto para gritar que não queria, mas a latina correu para tirar fotos ao meu lado.
— Tudo bem, majestade. eu gostaria que abraçasse sua prima de lado e abrissem um sorriso – disse o fotógrafo e eu apenas fiz tudo o que ele pediu.
Não demorou muito para Sabina começar a inventar poses mais quentes e de casal, algo que eu não estava afim, mas ela estava bem animada. Não percebi quando minha irmã e minha cunhada entraram na sala, mas vi a cara que minha namorada fez quando viu Sabina ajustar o vestido, deixando os seios quase à mostra, e eu agarrado a ela de lado. Tinha certeza que ela ficou desconfortável com isso, mas conversaria com ela no jantar. Eu me distraí por alguns segundos e depois das fotos com Sabina terem acabado finalmente, a pessoa que eu procurava já não estava ali na sala.
Não tardou mais de uma hora para terminarmos aquelas fotos e irmos todos jantar. Estranhei que Savannah não havia chegado ainda quando a comida foi servida, mas minha irmã me encarou com um olhar furioso enquanto minha cunhada apenas negava com a cabeça.
— Devíamos mandar chamar a Savannah para o jantar... – disse minha mãe.
— Ela não deveria estar grudada em você, Sina? Parece que sua babá resolveu fugir ou você é péssima companhia – disse Sabina fazendo minha irmã ficar com raiva.
— Se falar comigo de novo, juro que arrebento sua cara — Sina disse super raivosa.
— Sina! Tenha modos — Úrsula advertiu.
— Desculpe, mãe! E sobre a Sav, não é necessário chamá-la, ela não estava se sentindo muito disposta, tanto que voltou para o quarto durante as fotos – respondeu Sina, voltando a me encarar com raiva.
— Ah, espero que ela melhore, adoraria a ajuda dela amanhã para rever alguns detalhes do baile... – disse minha mãe suspirando e chamando uma das empregadas.
— Até amanhã ela estará melhor, quem sabe ela não melhore ainda hoje – disse Heyoon me encarando.
Percebo que eu deveria ir ver Savannah depois, já que as duas mulheres na minha frente não tiravam os olhos de mim. terminei de jantar de uma forma bem desconfortável e assim que consegui, fugi daquela sala de jantar para ver minha namorada.
Savannah P.O.V
Eu sei que devia ter ficado ao lado das garotas durante a sessão de fotos, mas eu já estava enjoada e com uma raiva absurda daquela garota, a prima deles. Sabina conseguiu me tirar do sério em poucos segundos desde que chegou, então eu não queria vê-la quase obrigar Josh a cair nos peitos dela.
Confio muito em Josh em relação a isso, mas como toda mulher, é claro que eu ficava insegura. Sabina era modelo, tinha uma carreira internacional bem conhecida, já havia participado de alguns eventos chiques e iria assinar um contrato com uma grande marca de maquiagem. Ela tinha uma beleza diferente e isso me deixava mal, eu sentia que podia sair machucada no meio dessa luta.
Acabei jantando no quarto mesmo. Úrsula mandou para mim o jantar e ainda mandou alguns doces para eu me animar junto com um cartão de melhoras. Ela era uma fofa, me lembra muito a minha mãe e isso me faz ficar com mais saudades ainda da minha família. Queria que Josh pudesse conhecer eles. Meu pai iria deixar Josh envergonhado, mas eles iriam ser bons amigos, já minha mãe iria me constranger mostrando minhas fotos de criança, toda mãe faz isso.
Enfim, eu acabei tomando um banho quente de banheira e fiquei algum tempo lá relaxando. Depois jantei, escovei os dentes, peguei meu notebook e me deitei na cama para assistir alguma série na Netflix.
Acabei colocando Bridgerton para assistir e não percebi mais o tempo passar, apenas voltando a realidade quando alguém bateu a porta. olhei a hora no computador e vi que já passava da 1h da manhã, então nem me preocupei com a roupa sabendo que era Josh. me levantei, fui até a porta e abri, o encarando.
— Eu posso entrar? — ele perguntou sussurrando e eu o deixo entrar no quarto antes de fechar a porta novamente.
— O que você quer a essa hora, Josh? — perguntei séria.
— Eu sei que você está irritada com aquilo que viu hoje à tarde, mas eu posso lhe falar que eu estava tão desconfortável com aquilo que só estava tentando fugir — ele disse e eu ri irônica andando até a cama.
— Você não me pareceu muito desconfortável com aquilo... — disse e ele me seguiu, ficando em pé na minha frente depois que eu me sentei na cama.
— Eu sei, e sinto muito por ter lhe deixado assim, Sweet, mas saiba que você é a única que eu quero em minha vida. Sabina é apenas minha prima.
— Ela pode ser sua prima, mas você já namorou com ela... Você pode preferir ela. Ela é linda, é modelo, famosa... E eu sou só... Eu — disse meio cabisbaixa e ele segurou meu queixo com delicadeza antes de me fazer lhe encarar novamente.
— Você é a pessoa pelo qual meu coração bate mais rápido, pelo qual me falta até o ar ao encontrar seus olhos azuis com esse lindo brilho que eu estou vendo agora... Ah, Savannah, você é a minha rainha, a única na minha vida.
— Ah, Darling... — disse meio tímida e ele sorriu aproximando nossos rostos.
— Sempre será você, Sweet... — ele sussurrou e me beijou delicadamente.
Nosso beijo era suave, começando com apenas um encostar de lábios delicado. Abri minha boca quando sua língua pediu passagem para intensificar o beijo. Seus dedos fizeram um carinho em meu rosto enquanto nosso beijo se alongou até o ar começar a faltar. Terminamos com selinhos delicados e nos afastamos um pouco apenas para nos encararmos novamente.
— Me desculpa pelo meu ciúmes... — disse envergonhada e ele sorriu fraco.
— Tudo bem amor, eu também teria ciúmes de você, caso a situação fosse ao contrário... E eu trouxe duas coisas para você — ele disse sorrindo.
— O que são?
— Uhum, minha garota é curiosa... Aqui estão, amor — ele disse me entregando um pote com biscoitos em formato de coração e também um pote de Nutella.
— Ah amor, você sempre sabe o que me trazer... Parece que adivinhou que eu queria doce — disse e ele riu.
— Eu sempre sei o que a minha namorada precisa — disse ele sorrindo.
— Bom, o que sua namorada precisa agora é dormir e você também, meu rei... — disse e soltei os doces na mesinha ao lado da cama. Ele deu a volta no quarto pegando meu notebook e o desligando.
— Então vamos dormir para acordarmos descansados — ele disse soltando o notebook na mesa de estudos e trancando a porta de meu quarto.
— Ah, que bom que vai dormir aqui comigo! — disse e ele sorriu, vindo deitar ao meu lado.
— Não tenho lugar melhor no mundo para dormir se não for com você em meus braços — disse ele me abraçando.
— Uhum... Você está extremamente romântico ultimamente... Vai me deixar mais apaixonada do que já sou... Se for possível — falei e rimos juntos.
— Tudo por você meu, amor. Boa noite, princesa — ele disse beijando minha testa.
— Boa noite, Darling... — respondi antes de cair no sono nos braços do meu amor.
Sabina P.O.V
Eram mais de 1h da manhã quando eu estava com o plano de ir no quarto de Josh. Iria fingir que tive um pesadelo para que ele deixasse eu dormir com ele, mas ao abrir a porta de meu quarto, eu o vi passando no corredor em silêncio.
Abri um pouco mais a porta para observar tudo, até que ele parou na frente da porta de um quarto e esperou a porta se abrir. Ouvi ele perguntar se podia entrar e logo depois sumiu do corredor. Mas de quem será esse quarto? O que meu Joshua anda aprontando? Melhor eu dormir para descobrir mais amanhã...
Acordei muito mais cedo do que deveria, mas eu precisava sair do quarto da morena ou poderia me meter em confusão. Minha mãe havia deixado claro que ninguém além de quem já morava ou trabalhava no castelo deveria saber. Eu me levantei devagar da cama para não acordar Sav e a cubri novamente, deixando um beijo em sua bochecha. Fui para meu quarto enquanto o dia começava a clarear e me deitei novamente na minha cama.
Quando chegou a hora, tomei meu banho, me vesti e fui para a sala de jantar. Estranhei que estava vazia, mas logo minha mãe chegou conversando com alguns guardas.
— Por favor, revisem os protocolos com os novatos para que não ocorram erros amanhã... Somente isso, obrigada — ela disse aos guardas.
— Sim, Vossa Majestade — respondeu o capitão da guarda real fazendo uma reverência e saindo dali junto dos outros dois guardas.
— Muitos detalhes para rever para amanhã, mãe? — perguntei e ela sorriu vindo ao meu encontro.
— Você nem imagina, meu filho... Por isso que seu pai sempre deixou as festas por minha conta — ela disse beijando minha testa e eu ri fraco.
— Eu sei, as mulheres conseguem mantém a calma e organizar mil coisas... — disse e ela afirmou sorrindo.
— Com certeza... Ainda bem que Savannah se disponibilizou ontem à noite a me ajudar com alguns detalhes que faltam... No baile de inverno, ela foi meu braço direito nessa parte — disse ela.
— Que ótimo, mãe! Fico feliz por estarem se dando bem.
— Como não me daria bem com ela? A garota é um anjo que veio do céu para nossas vidas... Quem sabe, no futuro, não seja ela quem irá organizar as festas?
— O futuro não nos pertence, mãe... Porém, se depender de mim... — disse e rimos.
— Se depender de você o que, priminho? Desculpa interromper algo — disse Sabina entrando na sala sem se importar em fazer a reverência.
— Ah, não atrapalha em nada, querida... Como dormiu, minha sobrinha? — minha mãe perguntou.
— Dormi bem, tia. Obrigada novamente pela hospitalidade — ela disse sorrindo e logo se sentou ao meu lado na mesa.
— De nada, querida, você sempre será bem-vinda aqui... Seus pais já avisaram que chegam em poucas horas, mas eles preferiram ficar no hotel — minha mãe falou e logo as duas começaram a conversar.
Não tardou muito para Sina e Yoon entrarem na sala, logo atrás das duas vinha Savannah anotando alguma coisa no tablet. A morena logo fez a reverência e sorriu muito tímida se sentando ao lado de minha irmã. Eu, como o bobo apaixonado que era, fiquei encarando a garota de forma discreta durante todo o café da manhã.
— O que vocês pretendem fazer hoje? — minha mãe perguntou a Sina.
— Heyoon e eu temos alguns assuntos para resolver no centro da cidade, depois voltamos para almoçar e à tarde vamos levar os presentes para o orfanato — disse minha irmã sorrindo.
— Você vai conosco não é, Sav? — perguntou Heyoon.
— Claro que sim, meninas... Se a rainha não precisar de mim, é claro — disse a morena.
— Não se preocupe, se minha tia precisar de algo, eu estarei aqui para ajudar, já que sou da família... — disse Sabina em forma de deboche.
— Sabina, será que dá pra você parar de ofender Savannah? Ou você quer receber um olho roxo de presente? — minha irmã falou irritada.
— Chega as duas! É quase Natal, não estraguem esse clima bonito do fim de ano — falei aumentando a voz.
— Josh tem razão meninas... Quanto a ajuda, Savannah, fique tranquila, só gostaria da sua opinião para algumas coisas que resolvemos até o almoço. Durante a tarde tenho um evento das mulheres para ir... Pode vir comigo, Sabina, sua mãe também irá — disse minha mãe.
— Claro, tia Úrsula... — resmungou a latina.
Depois disso a discussão cessou. Logo minha irmã e minha cunhada saíram para seus compromissos. Sabina saiu logo em seguida, esperava que tivesse saído do castelo para que eu conseguisse respirar. eu me sentia sufocado com ela aqui, pois ela ficava toda hora atrás de mim.
Notei Savannah e minha mãe rindo enquanto a morena mexia em algo no tablet e as duas saíram entre risos e sorrisos. isso me deixava extremamente bobo, afinal tudo o que eu sempre sonhei estava se realizando. encontrei alguém que fazia meu coração enlouquecer, uma pessoa por quem minha irmã e minha cunhada eram doidas pela e que minha mãe já amava como uma filha. Savannah tinha esse poder.
Savannah P.O.V
Passar a manhã toda com Úrsula me fazia bem. Era uma mulher muito sábia que criou 2 filhos de sangue e 1 filha de coração, além de ter que cuidar de milhões de pessoas como se fossem da sua família. isso me fazia perceber que ser uma rainha era uma grande responsabilidade. Era preciso ter um grande controle, além de estar sempre atenta para os problemas do reino. Fora isso, ainda era preciso ter empatia com todo e qualquer problema que viesse a surgir, para no final do dia, abraçar a família e cuidar de cada um deles sem demonstrar o cansaço que podia ter se acumulado durante o dia.
— Úrsula, posso fazer uma perguntou? — questionei depois de terminarmos de ver as flores.
— Claro, querida, pode me perguntar qualquer coisa — ela disse sorrindo.
— Como você consegue governar um país e ainda ter tempo para cuidar dos filhos, cuidar de si mesma e de um castelo?
— Querida, quando se tem um marido maravilhoso como o meu sempre foi, você não vê tudo o que faz com esses olhos de cansaço.... Eu sei que você estava estudando, trabalhando em uma empresa e ainda ajudando os seus pais na cafeteria deles, como você dava conta?
— Bem... Eu não sei explicar, acho que apenas a minha força de vontade de ajudar meus pais e conquistar as minhas coisas me faziam ter força pra fazer tudo — disse e ela sorriu.
— Pois bem, aí que está a sua resposta, eu só quero o bem-estar de todos. Por isso, todos os dias ao levantar, lembro do meu amado John e de meus filhos, então coloco o melhor sorriso que eu conseguir e fiz tudo de cabeça erguida — ela falou sorrindo e eu retribuí.
— Eu acho você uma mulher incrível — disse e ela sorriu mais.
— Nós mulheres somos incríveis... Se você está preocupada com algo do futuro, saiba que além de poder contar comigo e com as meninas, ainda terá um homem maravilhoso ao seu lado... E não disse isso por ele ser meu filho!
— Obrigada mesmo, Úrsula.
— Não me agradeça, eu quem devo lhe agradecer por fazer meu filho sorrir... Bom, vamos voltar ao trabalho? — ela disse.
— Claro! — concordei.
~ Algumas Horas Depois...
O tempo frio não diminuía nem um pouco e a neve começava a cair novamente enquanto Sina dirigia de volta ao castelo.
Havíamos acabado de sair do orfanato em que as garotas sempre traziam os presentes de Natal. A alegria no olhar daquelas crianças me fez ficar com o coração quentinho em agradecimento. Milhões de crianças gostariam de ganhar algo no Natal, mas poucas tinham condições de comprar, são poucas as almas bondosas que tiravam um dinheiro de seu bolso para fazer o próximo feliz.
— O que achou de hoje, Sav? — Heyoon me perguntou, virando-se para me encarar.
— Eu adorei, gente, obrigada por me convidarem... Só fiquei meio pensativa... — disse e a coreana suspirou fraco.
— Também ficamos assim depois de sair daqui... É triste saber que essas crianças não tem família ou alguém para dar amor e cuidar delas... — disse a coreana triste.
— Sim, mas eu acho que vocês deveriam criar um projeto que possa ajudar mais a todos... Não somente as crianças, mas toda a comunidade.
— Explica mais sua ideia... — disse Sina parando o carro em um drive-in do Starbucks.
— Seria mais ou menos assim: além da doação de presentes que são comprados com uma parte do dinheiro recolhido dos impostos, vocês deveriam pensar em também comprar cestas básicas para entregar junto com os presentes... Claro que vocês podem expandir com os anos e entregar para todos os lugares do país, quem sabe até para outros países? — disse sonhando e as duas abriram um sorriso.
— Savannah, você é um gênio! — disse a coreana animada.
— Você precisa conversar com minha mãe sobre isso, tenho certeza que ela vai amar a ideia e vamos conseguir tornar isso real — sugeriu a loira.
— Vocês não acham que estou exagerando? Foi só um sonho bobinho... — disse sem graça.
— Nada de sonho bobo! Isso é incrível! Josh vai ficar muito orgulhoso ouvindo a ideia da esposa dele — disse Sina rindo fraco.
— Ainda não somos casados, Sina!
— Tudo porque Josh é lerdo pra te pedir em casamento — falou Heyoon e todas rimos.
Após jantarmos, Heyoon sugeriu que víssemos um filme de Natal na sala de cinema, mas infelizmente Sabina ouviu o nosso plano e quis participar. Para não gerar intrigas, Josh concordou com a presença dela e todos fomos para a sala.
Sina e Heyoon ficaram na poltrona de sempre, mas eu lembrei que não poderia sentar com Josh por conta de sua prima. Ela ficou feliz em ver Josh sozinho e se jogou logo ao lado dele, então eu acabei sentando na poltrona atrás das meninas.
— Savannah, querida, pega pipoca pra gente... Eu quero salgada — disse Sabina com uma voz enjoada.
— Ela não é empregada, Sabina. Você tem duas pernas e dois braços, vai você mesma pegar — respondeu Sina brava.
— Calma, Sina, sua babá só iria pegar algo pra mim e pro Joshua — ela disse irritando a todos com sua voz chata.
— Escuta aqui, sua mal-amada... — disse Sina se levantando, mas sua esposa a puxou logo para sentar novamente.
— Amor, não vale a pena — a coreana falou baixo.
— Isso mesmo, japonesa. Controle a raivinha do seu cão de guarda e pede pra ela parar de latir pra mim — disse a latina debochando.
— Ah não! Aí já chegou longe demais! Eu sou coreana, sua insuportável — disse Heyoon levantando com raiva.
— Vou te matar, sua mexicana maldita! — Sina disse com muita raiva
— Eu te ajudo, amor — disse a baixinha.
— Heyoon! Sina! — gritei me levantando para puxar a coreana junto com a loira.
— Me solta! Essa Hija está merecendo levar uns tapas até aprender que sou coreana — disse a baixinha raivosa enquanto a esposa a puxou novamente para o sofá.
— Já chega todas vocês! Estão piores que crianças! Sabina, se quiser pipoca, levanta e pega. Sina, se controla por favor e Heyoon... Me lembre de nunca te irritar — disse o loiro rindo no final e a coreana riu junto.
O filme logo começou, o clima meio pesado foi dando lugar ao bom filme de Natal que escolhemos, uma comédia romântica da Netflix. Estava tudo bem até que Sabina começou a se jogar para cima de Josh. Ele não se importava, pelo o que me pareceu, e isso foi a gota d'água pra mim. me levantei devagar sem chamar atenção e saí da sala pela porta dos fundos. Melhor eu deixá-los se divertir e me recolher.
Josh P.O.V
O filme havia chegado ao final, Sabina estava caída em meu colo dormindo. me levantei com cuidado para não acordar a latina. me estiquei, vendo minha irmã se levantar e estranhei ao olhar em volta e não encontrar Savannah.
— Ela já foi — sussurrou Sina.
— Você viu a hora que ela foi? — perguntei.
— Você deveria falar com ela amanhã... — A loira se abaixou e pegou a coreana no colo.
— Okay... Boa noite — sussurrei e ela apenas se despediu antes de sair da sala.
Fico com dó de acordar minha prima então a peguei no colo, levei até seu quarto e a soltei na cama. Eu a cobri e saí do quarto, pensando em ir falar com Savannah, mas já estava muito tarde. A morena deveria estar dormindo, então fui reto para meu quarto, me deitei na cama e acabei pegando no sono.
Aquela manhã estava fria, a neve estava se acumulando cada vez mais no lado de fora do castelo. Por sorte, as estradas seriam limpas até o final do dia para que todos chegassem em segurança ao baile.
Aproveitei que ainda estava cedo para tomar um bom banho de banheira. Aqueci a água, coloquei alguns sais de banho e prendi os cabelos antes de entrar. Após meu adorável banho relaxante, sai do banheiro usando meu roupão e entrei no enorme closet. Vesti uma roupa quente, soltei os cabelos e voltei até o banheiro para me maquiar.
Quando o meu notebook tocou, me aproximei e atendi, vendo os meus pais.
— Mamãe! Papai! — falei animada e eles sorriram.
— Feliz Natal, meu amor! — disse minha mãe.
— Feliz Natal, estrelinha! Como você está? — meu pai perguntou.
— Eu estou bem... Estaria melhor se vocês estivessem comigo.
— Vamos fazer um jantar como se fosse o Natal apenas pra comemorar com você na sua volta — disse meu pai.
— Como vai ser o Natal por aí? — minha mãe perguntou curiosa.
— Bom, a rainha Úrsula sempre dá um baile de Natal na véspera, que aqui é hoje, e amanhã é um dia mais caseiro, ela sempre libera todos para irem ficar com suas famílias.
— Eu esqueço que o horário é bem confuso... Aqui já está noite — disse meu pai rindo.
— E aqui eu acabei de acordar — falei e eles riram.
Conversei com eles por mais alguns minutos até ouvir batidas na porta. Josh entrou em meu quarto e percebeu que estava falando com alguém, então ficou quieto no canto até eu terminar.
— Mãe, pai, eu preciso ir... Estou quase atrasada para o café da manhã e depois tenho alguns compromissos — falei e os dois sorriram.
— Claro, meu amor... Mais tarde mande uma foto para nós da sua roupa de baile, quero ver o como você estará linda — disse minha mãe.
— Aproveite o café da manhã aí, estrelinha. Quando você voltar, papai vai fazer seus biscoitos favoritos... Ah, e nada de subir na árvore de Natal daí — disse meu pai sorrindo e eu corei ao ver Josh abrir um sorriso quando ouviu meu apelido.
— Tudo bem, gente... Eu amo vocês — falei sorrindo.
— Nós te amamos, filha! — disse minha mãe e logo desligamos.
— Ouviu seu pai, nada de subir na árvore de Natal... — disse o loiro rindo.
— Eu já passei dessa época... — Ri e suspirei baixo lembrando que estava meio brava com ele.
— Olha, eu queria saber se está tudo bem... Ontem não lhe vi no final do filme – ele alou.
— Eu não quis ficar, estava cansada demais e preferi vir para o quarto. — Levantei com meu notebook e ele sorriu fraco.
—Tudo bem... Você sumiu e eu fiquei preocupado. — Ele se aproximou de mim, mas eu desviei, passando com o notebook nas mãos.
— Não parecia muito preocupado pra mim — disse soltando o notebook na mesa de estudos.
— Como é? — ele questionou.
— Você não estava preocupado comigo, estava mais preocupado com sua prima que quase levou um tapa e estava muito bem deitada coladinha com você — disse o encarando.
— Sav, está com ciúmes? — ele questionou andando devagar até mim.
— Eu não tenho ciúmes — resmunguei brava e ele me puxou segurando firme em minha cintura.
— Me parece que você está com ciúmes... Você fica linda assim — ele disse com um sorriso divertido nos lábios.
— Eu não fico bonita assim, Joshua — reclamei tentando me soltar e ele me segurou com mais força, colando nossos corpos. Que pegada!
— Ah, você fica sim... Incrivelmente sexy também. — Ele passou a ponta do nariz por meu pescoço, me arrepiando.
— Josh.... — suspirei baixo seu nome, sentindo seus lábios pelo meu pescoço até que algumas batidas na porta me fizeram o empurrar rapidamente.
— Savannah? Já está acordada querida? — Ouvi a voz de Úrsula e me ajeitei indo até a porta para abrir.
— Bom dia, Úrsula — disse sorrindo e ela sorriu.
— Bom dia, minha querida! Poderia me dar uma mãozinha antes do café da manhã?
— Claro! Vou apenas pegar o meu tablet — disse e ela afirmou.
— Tudo bem, vou lhe esperar aqui mesmo — disse a rainha enquanto eu voltei pra dentro do quarto.
— Sav... Olha... — o loiro tentou falar.
— Josh, conversamos mais tarde... Vá lá ficar com sua amada prima — disse brava pegando o tablet e saí novamente do quarto.
— Bom dia, filho... — disse a rainha olhando o homem dentro do quarto e então começamos a andar enquanto ela ria fraco e eu ficava vermelha.
A manhã passou extremamente rápido, estávamos tão atarefados que mal consegui respirar, mas tudo valeria a pena no fim. Depois de almoçarmos, a rainha convidou todas as mulheres para uma tarde no salão, onde uma equipe de cabeleireiros, maquiadores e manicures estariam a nossa disposição para nos deixar bonitas para a grande noite.
Josh P.O.V
Não estava entendendo o porquê de Savannah ficar com tantos ciúmes de Sabina, mas confesso que amava ver aquela morena enciumada. Ficava completamente bobo por ela, mais ainda do que eu já era. Qualquer coisa ligada a Savannah Clarke já me deixava assim.
Quando as mulheres da minha vida foram ao salão para se produzir, eu acabei indo para meu quarto. Não tinha muito o que se fazer naquela tarde, então acabei ficando jogado no meu quarto.
Aproveitei a folga que era rara, peguei meu violão e voltei a praticar um pouco. Sabia tocar violão, guitarra e baixo, mas já fazia um bom tempo que não tocava, então estava meio enferrujado. Fiquei praticando por um tempo até que um estalo surgiu na minha cabeça e eu me sentei na cama meio nervoso.
Droga, eu havia esquecido o presente de Savannah.
Levantei às pressas, vesti meu casaco preto, peguei meu telefone e saí do quarto à mil dando de cara com Sina.
— Maninha! Perfeito! — disse puxando-a para dentro do quarto.
— Josh! Está doido? Aonde você vai? – ela me questionou.
— Eu esqueci uma coisa muito importante e preciso ir resolver, me dá cobertura?
— Voltamos à adolescência onde um dava cobertura para o outro? — Rimos juntos.
— Por favor, Sina... Pelos velhos tempos irmãzinha — pedi e ela sorriu afirmando com a cabeça.
— Tudo bem... Eu te dou cobertura sim, vai lá resolver o presente que faltou — ela disse rindo e eu beijei sua testa.
— Obrigada, irmã!
Saí correndo do quarto, fui pra garagem, peguei a chave do meu carro e fui para o centro da cidade resolver um pequeno erro de cálculo.
~ Um tempo depois...
Estava tudo pronto, já havia deixado os presentes na sala da lareira, embaixo da árvore. Só abriríamos na manhã seguinte, já que tínhamos uma tradição a seguir. Depois de deixar tudo na sala, voltei ao meu quarto, tomei um bom banho, vesti meu terno, arrumei meu cabelo e sai do quarto indo para o salão do baile.
Achei minha mãe falando com alguns guardas na entrada do salão e entrei junto dela. O baile já estava começando, as pessoas iam chegando e já nos cumprimentavam. Ainda não tinha encontrado minha namorada e muito menos minha cunhada, apenas minha irmã que já estava na festa.
— Josh, priminho! — Sabina me chamou e me virei encarando-a.
— Oi, prima Sabina. Você está muito elegante — falei educado.
— Obrigada... Que tal uma dança? Sempre fazíamos isso no Natal — ela disse relembrando o passado.
— Claro, podemos dançar sim...
Levei-a para a pista de dança e acabei dançando com a latina mais de uma música, mas logo fiquei cansado de ouvir suas vontades e dei a desculpa de ir cumprimentar algumas pessoas para escapar dela. Quando saí da pista, encontrei minha irmã e minha cunhada rindo fraco enquanto conversavam.
— Posso ouvir as risadinhas de longe... Qual a fofoca da vez? — questionei e as duas me encararam.
— A fofoca é a sua namorada... — disse Sina rindo baixo.
— Ela estava morta de ciúmes aqui até agora — completou Heyoon.
— E cadê ela? Estou procurando ela há um tempo...
As duas indicaram com a cabeça, me virei para olhar na mesma direção e lá estava ela.
Minha amada Savannah, linda em um vestido azul com dourado, de cabelos soltos com cachos, presos por uma presilha brilhante, com um lindo sorriso enquanto conversava com Noah.
Sorri ao vê-la virar o rosto e me encarar, logo seu sorriso se fechou e ela voltou a encarar o homem a sua frente com um sorriso. O que deu na cabeça dessa mulher? Fui até dois enquanto Noah virou seus olhos para mim e, ao ver minha aproximação, falou algo com a mulher, beijou a mão da mesma e saiu, me dando a brecha que eu precisava.
— Posso falar como está linda nesse vestido? — Abri um sorriso e ela fez uma reverência já que não estávamos sozinhos.
— Vossa Majestade... Obrigada pelo elogio... — ela disse um pouco tímida.
— Me daria a honra de uma dança? — Estendi a mão a ela, que soltou a taça em uma mesa antes de segurar.
— Claro, alteza.
Eu a guiei até a pista de dança, segurei em sua cintura e começamos a dançar no ritmo da música.
— O que aconteceu? Você está estranha, amor — perguntei a ela.
— Que tal perguntar para sua prima? — ela debochou e eu segurei a vontade de rir.
— Eu não vou cansar de falar o quão linda fica com ciúmes... — disse e ela corou.
— Já disse que não tenho ciúmes de você, Beauchamp.
— Bom... Se não tem ciúmes, por que está brava?
— Pergunte a sua prima, Josh — ela disse ao finalizarmos a dança, antes de fazer uma reverência e sair da pista de dança, me deixando sozinho.
Savannah P.O.V
O baile seguia animado e a rainha havia feito um breve discurso antes de continuarmos a festa. Nada parecia que poderia estragar aquela linda festa. Eu já havia dançado com alguns cavalheiros, tanto que Josh parecia que ia ter um troço enquanto eu dançava com vários rapazes, até com Noah eu dancei! Isso deixou o Josh mais enciumado, já que ele acabou saindo do meu campo de visão.
— Sav... Tem uma pessoa lhe esperando na sala da lareira... — Sina falou baixinho para mim.
— Ele deve ter ficado cheio de ciúmes, não é? — questionei e a loira afirmou.
— Ele ficou se mordendo de ciúmes, mas quer conversar com você... Agora.
— Tudo bem... — falei sorrindo e deixei minha taça de champanhe na mesa ao lado da loira.
Saí do salão de baile, olhando em volta para não ser seguida, em direção a sala da lareira. Entrei e encontrei o loiro perto da varanda observando algo do lado de fora, parecia não notar minha presença ali.
— Que bom que você não demorou, princesa... — ele disse se virando e me encarando.
— Achei que não tinha me escutado chegar... Parecia bem distraído — falei e ele sorriu.
— Não preciso mais ver você, só o cheirinho do seu perfume já te denuncia — ele respondeu e eu me aproximei dele, sorrindo fraco.
— Olha, me desculpa pela ceninha de ciúmes... Eu sei que foi bem bobo da minha parte, mas eu realmente fiquei enciumada.
Josh segurou minha mão.
— Não se preocupa com isso, você jamais teria motivos para ter ciúmes... Já sabe que meu coração é todinho seu, Savannah — ele disse sorrindo e eu sorri.
— Não me prometa o que não pode cumprir...
— Eu sempre cumpro minhas promessas... Eu tenho um presente pra você. — Ele mexeu no bolso do terno e me entregou uma caixinha preta de veludo.
— Josh... O que é isso, amor? — perguntei curiosa e abri a caixa, vendo um lindo colar com flores delicadas.
— Eu espero que você tenha gostado do meu presente — ele falou.
— Eu amei... Ele é lindo demais... — falei ainda meio surpresa e o olhei sorrindo.
— Isso é ótimo... Posso? — Ele pegou o colar e eu afirmei, levantando o cabelo enquanto ele dava a volta para colocar o colar em mim.
— Amor... Ele é perfeito, obrigada. – Sorri e me virei para encará-lo novamente, que segurou em minha cintura e sorriu de volta.
— Ficou lindo em você. Sabia que eu havia acertado no presente — ele disse sorrindo e logo o relógio antigo da sala bateu doze badaladas.
— Parece que já é meia noite... — falei sorrindo e olhei pra cima acompanhando o olhar do loiro.
— E estamos bem debaixo do visco... Feliz Natal, meu amor.
— Feliz Natal, amor — disse e então colamos nossos lábios em um lindo beijo debaixo do visco na noite de Natal.
Sabina P.O.V
Notei algo estranho ao ver Josh saindo da sala e me segurei para não o seguir, mas não me contive ao ver Savannah saindo logo atrás dele. Soltei minha taça na mesa e segui os dois.
Olhei em volta ao sair do salão do baile antes de conseguir entrar no mesmo corredor que a garota estava indo, me escondendo atrás de estatuas até vê-la entrar na sala da lareira. O que ela queria ali? Eu me aproximei da sala, abrindo devagar a porta e espiando os dois ali, Josh e Savannah estavam juntos! Aquela conversa e aquele beijo provavam tudo.
Isso era perfeito... Savannah iria ganhar um bom presente nesse Natal...
Depois de entregar o colar a minha namorada, ficamos aproveitando mais alguns minutos antes de termos que voltar para o salão onde o baile acontecia, já que estavam soltando alguns fogos em comemoração ao Natal que chegava.
Parabenizei algumas pessoas até conseguir chegar a minha mãe, que me abraçou forte deixando um beijo na minha testa.
— Feliz Natal, meu filho — ela disse sorrindo.
— Feliz Natal, mãe — respondi, sorrindo e beijando sua bochecha.
— Logo será a sua vez de fazer o discurso antes dos fogos. Em breve, teremos a sua coroação, mas não quero que fique nervoso com isso... Quero que saiba que seu país está muito orgulhoso do filho maravilhoso que você é — ela disse e eu sorri.
— Obrigada, mãe... Obrigada de verdade... — agradeci e logo fui abraçado por minha irmã.
— Feliz Natal, maninho! — disse a loira empolgada e eu sorri mais.
— Feliz Natal, minha irmã! — Retribuí o abraço e observei Heyoon e Sav se abraçando forte mais ao fundo de onde eu estava. As duas realmente se tornaram melhores amigas, além de minha irmã.
— Vamos, filhos... Aproveitem mais ainda, pois agora que a noite está começando — disse minha mãe sorrindo e logo a levei para dançar comigo.
As horas pareciam correr contra o a diversão de todos, logo o baile foi chegando ao fim. Já era madrugada, então meus tios, pais de Sabina, acabaram ficando para dormir no castelo. Isso atrapalhou meus planos de dormir com minha amada, mas claro que na manhã seguinte eu poderia ficar mais um pouco com ela.
Fui para meu quarto depois de mostrar o quarto que meus tios ficariam, tomei um banho rápido e coloquei uma roupa confortável, eu precisava dormir por algumas boas horas. Ao abrir meus olhos na manhã seguinte, não lembrava que horas eram, nem aonde eu estava direito, então após um belo banho, consegui acordar direito. Peguei meu telefone e descobri que minha mãe havia saído com meus tios, então só iríamos trocar nossos presentes à noite. Era ótimo, já que eu finalmente poderia relaxar e ficar com minha namorada.
Como estava sem fome ainda, peguei meu violão, saí do meu quarto e fui em direção da estufa de vidro, um presente de meu pai para minha mãe de alguns anos atrás, onde ela tinha um cantinho para relaxar além de ficar cercada das rosas que ela tanto amava. Eu me sentei no sofá com o violão e toquei um pouco até ver minha prima entrando na estufa.
— Que linda canção, Joshua — disse a latina vindo até mim.
— Obrigada, Sabi. Achei que havia saído com seus pais e minha mãe — falei soltando o violão e me levantando.
— Eu estou muito cansada pra sair — ela disse ficando próxima de mim.
— Todos estamos bem cansados mesmo.
— Claro, ainda mais depois da noite de ontem... Conseguimos aproveitar bastante, não acha?
— É claro! Faz meses que não me divirto tanto dessa forma — disse e ela riu fraco.
— Eu fico feliz que você se divertiu tanto quando eu... Bem que poderíamos repetir a dose — ela sugeriu.
— Sim, podemos repetir em breve, mas não agora.
— Eu queria lhe dar um abraço de feliz Natal, não consegui lhe desejar isso ontem, Josh.
— Claro! Feliz Natal, Sabina — disse e lhe abracei.
— Feliz Natal, Josh... Na verdade, eu tenho algo para você. Fecha os olhos — ela sussurrou o final e eu obedeci.
Nesse momento, ouvi um barulho estranho e senti os lábios dela grudados nos meus. No início, acabei ficando em choque, estático, sem conseguir ter qualquer reação enquanto ela estava com os braços ao redor de meu pescoço pelo abraço que tínhamos acabado de dar. Assim que meu corpo pareceu voltar, a empurrei de leve para trás.
— Você está maluca, Sabina? Por que me beijou? — questionei bravo.
— Era o meu presente de Natal para você! Você sabe que eu sempre te amei, Josh! Somos um casal perfeito! — ela disse.
— Não somos um casal, muito menos perfeito, Sabina. Supera isso, nós dois nunca mais vamos ser um casal!
— Mas Josh! Eu te amo!
Peguei meu violão bravo.
— Mas eu não te amo mais, Sabina! Supera! Acabou a anos atrás, jamais voltará!
Saí daquela estufa e fui direto para meu quarto. Meu dia mal tinha começado, mas já estava horrível, só queria que melhorasse quando estivesse com minha namorada.
Savannah P.O.V
Acordei naquela manhã animada. A noite havia sido um sucesso, o baile foi perfeito, tive um sonho maravilhoso com minha família e ainda estava animada demais com o lindo colar que ganhei de Josh. Era uma preciosidade aquele colar de flores de diamante, eu jamais usei uma jóia tão cara assim que fosse minha!
Depois de tomar um bom banho, coloquei uma roupa quentinha e sai do quarto para ir tomar café.
— Bom dia, senhorita Clarke. O príncipe mandou lhe entregar esse bilhete — disse um dos guardas me entregando o papel.
— Bom dia, muito obrigada — agradeci. O guarda saiu dali e eu abri.
Não tardou muito para eu descobrir tudo o que significavam aquelas frases, logo os dois já estavam abraçados e trocando um beijo. Josh estava me traindo com ela! Eu sabia que tinha algo estranho nisso!
Sem conseguir ficar mais tempo ali vendo aquela cena, corri para meu quarto, ignorando o fato de eu ter feito algum barulho ou não. Entrei, tranquei a porta e me joguei na cama sentindo um mix de raiva com tristeza, o que me fez chorar sentindo uma dor terrível no coração.
~ Um tempo depois...
Abri os olhos devagar, tampando com as mãos a claridade que entrava em meu quarto. Ouvi algumas batidas na porta, então me levantei e ainda sem abrir escutei a voz de Sina.
— Sav? Você está acordada? — a loira parecia preocupada.
— Oi, Sina... Eu acordei agora... — falei tentando não mostrar que havia chorado.
— Ah, que bom! Estava preocupada... Mamãe mandou eu lhe chamar, ela já vai mandar servir o almoço, mesmo tendo passado um pouco do horário.
— Ah sim... Eu vou pra lá em alguns minutos...
— Tá bem... Te vejo lá!
Ouvi seus passos indo embora pelo corredor, fui até o banheiro e me encarei no espelho, vendo meu rosto destruído, minha maquiagem estragada e meu cabelo bagunçado demais. Passei cerca de dez minutos para voltar a ficar bonita sem parecer que eu havia me acabado de chorar por algumas horas. Arrumei meus cabelos e saí do quarto, dessa vez indo direto para a sala de jantar.
— Ah! Olá, querida — disse a rainha.
— Olá, Vossa Majestade... — disse sorrindo e fiz uma reverência já que haviam algumas pessoas na sala.
— Venha, querida, vou te apresentar algumas pessoas — ela disse e eu a segui para conhecer alguns parentes da família real.
Acabei conversando com alguns parentes maravilhosos da rainha, pessoas super divertidas e animadas. Vi Josh enquanto ele falava com uma de suas tias, ele sorriu para mim, mas eu não retribuí. Durante o almoço, notei alguns olhares de Josh, mas continuei ignorando o loiro. Não queria conversar agora sobre o que eu vi logo cedo.
Passamos a tarde todos na sala da lareira conversando e tomando chá. Josh tentou falar comigo algumas vezes, mas sempre alguém o chamava. Eu agradecia mentalmente, não queria ouvir a voz dele perto de mim.
— Eu vou voltar pro quarto, se vocês não se importarem... — avisei as garotas.
— Mas já? Você está se sentindo bem? — Sina me questionou.
— Sav, estou te achando tristinha... Quer contar algo? Desabafar? — Heyoon me perguntou e eu sorri fraco.
— Não, gente, eu estou bem... Acho que apenas a saudade de casa está me deixando tristinha... — falei e elas sorriram fraco.
— Você tem certeza? — Sina perguntou.
— Tenho sim... Vou ir pro quarto tentar falar com meus pais... Vejo vocês mais tarde?
— Claro! Vamos jantar juntinhas, como sempre — falou a coreana sorrindo.
— Okay... Até depois.
Saí da sala, minha maior vontade era correr para o quarto, mas por educação tinha que ir caminhando. Estava quase chegando quando senti alguém me puxar para dentro da biblioteca. A porta se fechou e o loiro me colocou encostada na porta.
— Oi, amor... Aconteceu algo? Você não está falando comigo... — ele disse e eu desviei de seus braços ficando longe dele.
— Eu não quero conversar agora, Josh — disse séria e ele me encarou.
— O que está acontecendo, princesa? — ele questionou tentando chegar perto de mim, mas eu desviei novamente.
— Não me chame assim, Josh, não depois do que eu descobri hoje — falei de forma seca.
— Me explica o que descobriu!
— Eu descobri que você apenas me usou como um brinquedo! Você me enganou todos esses meses! Eu não consigo nem olhar direito na sua cara de tanta raiva que eu estou sentindo! — falei brava segurando a vontade de chorar.
— Sav, eu não estou te entendendo, amor.
— Como assim você não está entendendo? Joshua! Eu vi com meus próprios olhos o que aconteceu nessa manhã! Você me enganou todo esse tempo e quando sua prima volta, você decide reviver o amor de vocês? Por quanto tempo você estava fazendo isso? Por quanto tempo eu estava sendo traída? Você estava me beijando e transando comigo e com Sabina ao mesmo tempo! — Segurei a vontade de bater nele, mas senti uma lágrima descer pelo meu rosto.
— Savannah, não é nada disso que você está achando! Me deixa falar... — ele disse ficando na minha frente e tentou tocar meu rosto, mas eu me virei.
— Eu não quero ouvir nada, Joshua, eu sei o que eu vi e o que ouvi! Eu estou extremamente machucada e brava com você, só estou segurando a vontade de lhe dar um belo tapa no rosto porque você é o futuro rei. Olha... Eu preciso de um tempo. Um tempo pra pensar e um tempo pra conseguir ouvir você. Eu só... Desculpa.
Senti mais lágrimas caírem pelo meu rosto, tirei o anel que ele havia me entregado e coloquei em sua mão.
— Sav... Sav... Não... Deixa eu falar...
— Desculpa... Eu... Preciso ir... — disse sem conseguir controlar mais as lágrimas, apenas saí da biblioteca e entrei no meu quarto. Tranquei rápido a porta antes de sentir as pernas ficarem fracas e eu escorregar pela porta, desabando novamente em lágrimas.
Josh P.O.V
Eu não consegui acreditar em tudo o que Savannah havia acabado de falar, ela achava que eu estava a traindo com Sabina! Eu jamais seria capaz de fazer algo para machucar aquela mulher. Savannah era uma mulher tão incrível que eu ficava com medo até de falar algo que a fizesse sentir dor. Ver aqueles lindos olhos azuis se transformando em uma piscina de lágrimas fez meu coração se partir em mil partes. Não aguentaria ver ela chorar, mas saber que eu não poderia lhe abraçar e lhe confortar por ela achar que eu a havia traído, fez eu me sentir o pior ser humano da terra.
— Josh! Que bom que te achei, sua mãe... — ouvi a voz de Sabina enquanto eu tentava ir para meu quarto.
— Você! Eu não quero nunca mais olhar em sua cara! Sabina, faça suas malas e vá embora da minha casa para nunca mais voltar — falei bravo e ela me estranhou.
— Mas o que aconteceu, priminho?
— Você! O que aconteceu foi você! Suma da minha vida! Você já aprontou demais nesse Natal, então desapareça da minha vida pra sempre! Eu te odeio! — falei bravo e ela tentou falar, mas eu entrei em meu quarto fechando na porta dela.
Eu precisava de um tempo sozinho. Uma parte de mim estava maluca para correr e falar tudo para Savannah, mas a outra estava com tanta raiva que poderia destruir metade do castelo, então fiquei no quarto até minha raiva passar. Só esperava que Sav conseguisse me ouvir mais tarde.
Batidas na porta me fizeram abrir os olhos. Eu havia só fechado os olhos, era o que pensava, mas ao olhar para a janela e ver que estava escuro, soube que dormi. Eu me sentei devagar começando a sentir as dores do chão — não era confortável, mas eu acabei dormindo ali mesmo. Eu me levantei sentindo tudo dolorido e abri a porta vendo Heyoon com um carrinho de comida.
— Eu soube o que aconteceu... Trouxe comida para você e algumas bobagens também — ela disse sorrindo fraco e entrando no meu quarto.
— Obrigada, Yoon, mas não se preocupa, eu estou bem... — disse e ela fechou a porta do quarto me encarando.
— Não se finja de forte, Sav. Você tem todo direito de chorar e ter o tempo que quiser para pensar. Estranhamos que você não apareceu o resto do dia, então Sina foi falar com o irmão e enfim... — ela disse dando de ombros.
— Obrigada, Yoon... Mas eu estou sem fome — falo me sentando na cama.
— Não começa, vou cuidar de você até ver um sorriso de verdade no seu rosto — ela disse sentando ao meu lado.
— Você não precisa fazer isso, Heyoon — falei e ela sorriu segurando nas minhas mãos.
— Preciso sim. Você é minha melhor amiga, eu cuido sempre de todos que eu amo, então nada de reclamar. Vai primeiro jantar, depois tomar um banho quente, colocar o seu pijama e aí vamos ver filme comendo alguns doces — ela disse e eu sorri lhe abraçando.
— Obrigada, Yoon.
— Não precisa me agradecer.
Jantei, tomei um belo banho, vesti meu pijama e deitei na cama com a coreana. Ficamos vendo séries e comendo alguns chocolates até que eu acabei dormindo.
No dia seguinte, eu me sentia um pouco melhor. Acordei e vi que Heyoon tinha deixado um bilhete no meu criado mudo avisando que ela havia ido dormir com sua esposa, mas que já estaria acordada quando eu despertasse. então tomei um banho, vesti uma roupa quente e prendi os cabelos.
Saí do quarto indo até a sala de jantar e dei de cara com Josh na entrada, apenas fiz uma reverência sem troca de olhares antes de ir até Sina e Heyoon.
— Bom dia, Sav. Eu não quis te acordar de madrugada pra falar que estava saindo do quarto, desculpa — disse a coreana.
— Não se preocupa com isso. Bom dia, meninas — falei me sentando ao lado de Sina.
— Olha, eu sinto muito pelo o que aconteceu entre vocês dois. Saiba que você pode contar comigo e com Yoon para tudo — disse a loira segurando minha mão e eu sorri fraco.
— Obrigada. Vocês são as melhores amigas que eu poderia ter no mundo — falei e elas duas sorriram.
— Você quem é a melhor amiga que poderíamos ter ganhado — disse a loira me abraçando de lado.
Passamos o café da manhã tranquilamente entre conversas discretas. Josh estava parecendo meio distante, conversava baixo com a mãe e comia parecendo que os pensamentos estavam longe. Eu queria entender o que se passava em sua cabeça, tanto que acabei encarando um pouco demais o loiro, já que ele notou e me encarou de volta. Eu sentia um choque passando pelo meu corpo enquanto aqueles olhos azuis me olhavam intensamente. Sentia que ia desabar a qualquer momento, tanto que minhas bochechas ficaram coradas, então os flashes daquele beijo dele com outra vieram forte na mente me fazendo desviar o olhar.
— Garotas, eu quero convidar vocês pra ir no spa agora, já que teremos um grande evento em poucos dias. — disse a rainha e eu lembrei que a coroação estava chegando.
— Eu adoraria ir, mas vou ficar para ajudar no estábulo. Shine acabou de ter um filhote, quero ir cuidar do bebê e batizar ele — disse a loira.
— Bom, então eu vou adorar ir com você, sogrinha, e sei que Sav vai amar um dia de spa — disse a coreana e eu afirmei.
— Eu adoraria lhe acompanhar, Majestade — disse e ela sorriu.
— Pois bem, então peguem um casaco grosso e vamos logo — disse Úrsula e nós três nos levantamos da mesa para sair dali.
Josh P.O.V
Aquela manhã estava sendo estranha. Acordar e sentir o peito vazio, sem alegria era ruim. Eu senti muito depois que meu pai partiu, tanto que dava vontade de gritar e estar sentindo novamente essa mesma sensação era como se uma parte de mim já não existisse mais. Doía demais pensar que a mulher da minha vida estava a poucos metros de distância, mas eu não podia correr para lhe acordar com beijos, muito menos dormir ao seu lado enquanto sentia sua pele macia sobre mim, seu perfume floral e sua mania fofa de agarrar o que estiver próximo para dormir abraçando. Aquela mulher era a minha vida e eu precisava dar um tempo agora para que ela pudesse pensar melhor.
— Josh? Josh! — Alguém me chamou e pisquei algumas vezes, focando nos dedos que estalavam em frente ao meu rosto.
— O que foi, Sina? — questionei e ela me encarou.
— Você tá há mais de 5 minutos encarando seu prato, você tá bem? — ela perguntou.
— Eu... Acabei pensando meio longe e fiquei sem fome — disse me levantando e ela me imitou.
— Hey, eu sei como tudo isso pode estar sendo dolorido, não só pra você, ela também sente isso, mas você não pode deixar de se cuidar — ela disse me abraçando de lado.
— Eu sei... Sinto muito por isso.
— Eu só te perdoo se você não voltar a ser aquele Josh de quando o papai morreu... E se me levar para uma volta — ela disse e eu beijei sua testa.
— Não vou mais ser aquele Josh que nem parecia viver, prometo. Quanto à sua volta... Que tal um passeio de cavalo? — sugeri e ela sorriu animada.
— Vamos lá, desde que saiba que vai perder — disse ela brincando e eu ri fraco seguindo-a para o estábulo.
Depois de colocarmos um casaco quente, pegamos nossos cavalos, os selamos e começamos o nosso passeio. Muitas vezes eu só me sentia bem assim, cavalgando com o vento batendo em meu rosto enquanto eu sentia a minha vida ficando para trás. Após Sina e eu chegarmos no topo de uma montanha ao redor do castelo, deixamos os cavalos parados numa árvore enquanto andávamos para ver a cidade ao longe.
— Sabe... Às vezes é bom se abrir com alguém... Ajuda a dividir o peso que você carrega nos ombros — disse a loira passando o braço pela minha cintura e eu sorri passando o braço pelos seus ombros.
— Está parecendo nosso pai ao falar assim... — disse e ela sorriu fraco.
— Ele provavelmente falaria o mesmo... Eu sinto falta dele, todo dia.
— Eu também, maninha... Não sonhava em me tornar rei tão cedo... Sem ele aqui pra me guiar... — Suspirei.
— Hey, saiba que ele estará sempre te guiando daqui — ela disse colocando a mão em meu peito e eu sorri segurando sua mão.
— Você tem razão... Você acha que eu vou conseguir, Sina?
— Você vai ser o melhor rei de todos... Sei que o papai também pensa assim — disse a loira sorrindo.
— Obrigada, Sina... É bom escutar isso de alguém que confia em mim.
— Eu confio em você maninho, assim como a mamãe e a Heyoon também — ela disse e eu suspirei fraco.
— Menos a Savannah... — falei meio triste.
— Ela confia em você, só... precisa pensar melhor. Ela está em conflito mental, com medo de lhe escutar achando que o que ela viu pode ser verdade. Você sabe que ela sempre foi insegura?
— Eu sei disso, mas ela precisa me ouvir mana, ela tem que saber que nada daquilo foi real. Sabina quem me apertou contra ela naquele beijo, eu tentei fugir.
— Eu sei disso... Dê um tempinho a ela... Sei que vocês vão conseguir se acertar logo e vão ser o melhor casal depois de mim e de Yoon — ela disse se gabando e eu ri fraco.
— Você é a melhor irmã do mundo — disse beijando sua testa e ela sorriu.
— E você o melhor irmão — ela disse.
Cavalgamos mais um tempo, até que o telefone de Sina tocou e ela precisou voltar ao castelo. O vestido dela para a coroação precisava ser provado antes de finalizar, então ela iria se encontrar com as outras mulheres. Enquanto isso, decidi cavalgar naquela neve branca até um local que fazia um bom tempo que eu não ia.
Deixei o cavalo na entrada do jardim das homenagens, um jardim criado pelos meus tataravós com plaquinhas, estátuas, objetos ou até plantas favoritas daqueles que já partiram. Caminhei até onde havia uma placa com uma pintura de meu pai em frente ao seu barco e me sentei ali observando aquela pintura e suspirando fraco.
— Oi, pai... Sinto sua falta. Eu não sei o que fazer... Em alguns dias eu vou ser o rei, mas sinto que não deveria ser. Sinto que não sou a melhor pessoa para isso... Eu não consigo controlar minha vida para ser rei... Eu mal consegui ter uma namorada que a deixei escapar de mim. — Suspirei fraco sentindo uma brisa leve.
Parecia bobo ficar falando sozinho enquanto olhávamos para uma foto antiga, mas eu me sentia bem assim. Parecia mesmo que estava falando com meu pai, mas sem ouvir seus conselhos ou sua risada... Com certeza ele estaria brigando pelo o que eu havia falado, ele provavelmente amaria Savannah, iria adorar a companhia dela para a prática dos esportes na água, iria querer fazer competição no piano com ela ou até faria ela ficar com vergonha ao ter que cantar com ele alguma música boba.
Após meu desabafo, me levantei sentindo mais uma vez aquela brisa suave antes de pegar meu cavalo e voltar para o castelo. Eu queria ter Savannah comigo aqui nesse momento, ela me abraçaria, beijaria meu rosto daquele jeitinho carinhoso e iria me acolher em seu colo quando a dor de não ter meu pai aqui chegasse me fazendo chorar.
Savannah P.O.V
Quando terminamos a prova dos vestidos, jantamos todos reunidos. Josh tentou puxar assunto comigo, mas só respondi por educação já que ele era o futuro rei. Eu não conseguia mais falar com ele normalmente, mas eu sentia tanto a falta dele que meu coração até doía quando eu descansava a cabeça no travesseiro e encarava as fotos que revelamos de todos os nossos momentos juntos. Acabei dormindo depois de chorar por um longo tempo abraçada ao castor que Josh havia me dado.
Alguns dias haviam se passado, já estávamos na véspera do Ano Novo e como uma tradição dos antepassados, hoje era o dia da coroação, o dia em que eu me tornaria rei do Canadá. Sentia meu corpo em febre enquanto eu tentava pensar em tudo o que estava acontecendo naquele dia.
Minha relação com Savannah estava de mal a pior. Nesses dias que se passaram, ela parou de vez de falar comigo, só falava quando era necessário. Eu tentei falar com ela algumas vezes, mas ela conseguia fugir de alguma forma, desviando de mim ou fugindo quando ficávamos sozinhos em um cômodo. Isso me deixava cada vez mais pra baixo. Ela estava cada vez mais longe de mim, eu sentia que estava a perdendo a todo tempo, não sentia mais aquela alegria que sentia ao ver aquela mulher linda entrando em um lugar, aquele brilho que havia em seu olhar estava perdido.
— Josh! Josh! — disse Sina animada entrando no meu escritório.
— Oi, Sina... — disse virando para lhe encarar.
— Hoje é o seu dia! Eu estou tão animada! — disse a loira dando uns pulinhos e eu ri.
— Parece que nunca teve algo tão bom para lhe deixar assim.
— É a primeira coroação que vou ver na vida! Eu estou muito animada — disse ela sorrindo.
— Pelo menos alguém tem que estar animado hoje... — Suspirei e ela sorriu fraco segurando minha mão.
— Não fique preocupado com hoje, eu sei que você deve estar nervoso, mas é o seu dia e dará tudo certo, maninho. — Ela sorriu e me abraçou.
— Obrigada, Sina. — Retribuí o abraço.
— De nada. Olha, a mamãe estava querendo falar com você no salão das mulheres — disse a loira.
— Tudo bem, vou falar com ela... Você virá? — Ela negou.
— Não, Heyoon está me esperando. Vamos dar uma voltinha juntas — ela disse sorrindo e beijando minha bochecha.
— Tudo bem, bom passeio para vocês — disse beijando sua testa e ela sorriu saindo da sala.
Desliguei o meu computador e pego meu telefone antes de sair do meu escritório e ir até o salão das mulheres, mas um som suave no piano me faz parar no caminho. Pela fresta da porta, vi Savannah no piano, apertando algumas teclas até que ela começou a tocar uma música que eu conhecia bem. Já havia escutado ela cantando algumas vezes enquanto tomava banho ou enquanto estava distraída com algo, ela me mostrou essa música, ela escreveu depois que nos conhecemos pessoalmente... Após aquele beijo no nosso piquenique.
— 'Cause we are the Earth, they are the Moon...You are the sunlight in the room... Over thе ocean, it's overflowing... Colors of blue... But you makе it....... Golden... — ela parou de tocar enquanto sua voz ficava pesada de tristeza. Ela fechou o piano e limpou seu rosto.
Aquilo me partiu por inteiro, ouvir sua voz triste enquanto cantava uma música, a ver limpando as lágrimas, tudo me deixou mais triste por não poder abrir a porta e correr para lhe proteger de quem fez mal, pois quem lhe fez mal fui eu mesmo. Suspirei saindo dali e indo ao encontro de minha mãe, que me aguardava sorrindo fraco.
— Oi, meu filho. Precisamos conversar sobre algumas coisas... — ela disse e eu apenas me sentei ao seu lado.
— Oi, mãe... Tudo bem, pode falar — disse sem muita animação e ela segurou minhas mãos fazendo um carinho.
— Eu sei que o peso do dia de hoje está sobre seus ombros e eu quero lhe dar um conselho... Tente não julgar uma pessoa sem antes conhecer suas dores, sua vida e sua história — falou ela e eu a encarei.
— O que isso tem a ver com o peso de ser rei sem o papai aqui pra me guiar?
— Não é somente com seu pai que você pode aprender a ser um rei... Você tem que estar aberto a escutar muitas pessoas e saber selecionar o que é viável do inviável. Saiba que o dia de hoje vai ficar na história para sempre, mas o que importa não é aquela coroa, o cetro ou qualquer título, o que importa está bem aqui — ela disse colocando a mão no meu peito e eu sorri fraco.
— Obrigada, mãe... Isso me ajudou muito.
— Eu sei, meu amor... Agora, sobre a sua vida amorosa... Quando você realmente anseia pelo amor, pode encontrá-lo esperando por você. Sei que já encontrou a pessoa que lhe completa e tenho certeza que ela está sofrendo tanto quanto você, mas se o tempo não mudar, corra atrás antes do relógio dar a última badalada para destruir tudo.
— Mãe... O que a senhora comeu que lhe deixou falando coisas sem sentido? — perguntei e ela riu fraco, negando.
— Ah, criança... Quanto menos esperar, você vai entender as minhas palavras. Apenas quero que respire fundo e aproveite essa noite. Amanhã um novo ano estará começando e com ele, uma nova fase na vida de todos nós — ela disse beijando minha testa com carinho.
— Obrigada, mãe, você é a melhor — falei e ela sorriu.
As horas passaram voando, mal pisquei e já estava terminando de colocar meu terno. terminei de colocar as medalhas no lado esquerdo e passei a mão arrumando o tecido até achar dentro do bolso um lenço dourado, aí as memórias começam a surgir...
FLASHBACK ON
A morena ria enquanto saia da sala do estilista junto com as garotas, conseguia distinguir sua risada das demais já que eu a conhecia bem. Quando as vi se aproximando, Heyoon espirrou, que era o sinal combinado por mim e ela para conseguir puxar Savannah pelo braço sem minha prima ver. Tapei a boca da morena que me olhou segurando o riso e nos tranquei dentro de uma minúscula sala.
— Josh! Você quase me mata do coração, Darling! — Nós rimos.
— Me desculpa, Sweet, era a única forma de eu conseguir te dar um beijo antes de sair com minha irmã — disse e ela sorriu, escondendo algo atrás do corpo.
— Tudo bem, amor, eu adoro quando fazemos isso apenas para nos beijarmos.
— O que tanto esconde aí? — questionei tentado pegar, mas ela riu, desviando todas as vezes até que a prendi contra parede ouvindo seu suspiro.
— Era pra ser uma surpresa... É um lenço que foi feito com o tecido do meu vestido para sua coroação — ela disse suspirando já que nossos corpos estavam tão colados e ela usava saia dentro do castelo por ser quente.
— Uhum. Vestido dourado. Você vai ficar linda nele, tenho certeza — falei analisando o lenço e ela sorriu.
— Obrigada, amor. Agora que você ficou bem animado com a ideia... — ela disse olhando pra baixo e eu vi um volume em minha calça.
— Você me deixa assim, Savannah Clarke. Independente de qualquer coisa... Ter você com essa droga de saia contra a parede nessa sala escura me deixou com muitas ideias na mente — disse com voz rouca de excitação e ouvi seu gemido fraco quando pressionei mais ainda nossas intimidades.
— Ah, Josh... Quanto tempo temos? — ela perguntou.
— 15 minutos — respondi enquanto ela colocava o lenço no meu bolso.
— Fique com o lenço, vai te dar sorte na coroação, mas agora me faça sua em 15 minutos — ela disse sensual e não perdemos mais tempo em nos amarmos mais uma vez.
FLASHBACK OFF
Respirei fundo segurando aquele lenço dourado, o cheiro do perfume dela naquele pedaço de pano. Suspirei fraco guardando-o novamente no bolso, me encarei mais uma vez naquele pequeno espelho antes de tomar coragem para sair do quarto e ir para o salão principal, onde seria a coroação e o baile.
— Meu filho... Você me lembra seu pai... — disse minha mãe emocionada ao me encontrar perto da porta fechada.
— Obrigada, mãe — disse e então ela se aproximou com minha irmã e minha cunhada.
— Maninho! Boa sorte, respira fundo e vai lá — disse Sina sorrindo.
— Boa sorte cunhadinho, vai dar tudo certo — desejou Heyoon.
— Vamos meninas, está na hora! — disse minha mãe e ela saiu com Sina e Heyoon, deixando apenas Savannah ali.
— Melhor você seguir elas... — falei e ela piscou parecendo voltar a tona.
— Claro... Boa sorte... — ela disse antes de dar as costas. Seu perfume ficou no ar enquanto ela lindamente caminhava para longe de mim.
Savannah P.O.V
Eu não sei o que tinha dado na minha cabeça naquela hora, mas eu queria correr para abraçá-lo e falar que tudo ia ficar bem, que ele não precisava ficar nervoso que eu estaria ali na frente enviando boas energias e que, depois disso, ele seria um ótimo rei. Eu senti minhas pernas tremendo enquanto me afastava dele, tanto que quando achei o lugar que Sina havia separado para mim, sentei rapidamente sentindo que iria passar mal a qualquer segundo.
— Sav, tá tudo bem? Você está branca, até parece que viu um fantasma — perguntou Heyoon baixinho.
— E—Eu vou ficar bem... — Respirei fundo.
— Calma, Sav... Estamos aqui com você... — disse Sina segurando minha mão e Yoon segurou a outra mão.
— Sabemos que ficou assim por conta dele... Estamos do seu lado, vai tudo melhorar... — disse a coreana.
— Obrigada, meninas — falei controlando a respiração e então o som da orquestra começa a ficar alto, era a hora.
Logo a cerimônia de coroação começou. Um bispo chegou no palco, onde logo a rainha se posicionou ao lado direito, onde estava a coroa do rei. Em seguida, Josh começou a caminhar em direção do palco, ficando à esquerda do bispo. O bispo fez um breve discurso antes de Josh se sentar no trono. Ele lhe abençoou e então entregou o cetro ao loiro, junto de um vaso pequeno que ele equilibrava na outra mão. Nessa hora, Úrsula se aproximou do filho, tirando a coroa de príncipe deixando agora na almofada vazia, já que a coroa do rei estava nas mãos do bispo que a abençoava.
Nessa hora, nossos olhos se encontraram. Ele parecia procurar alguma coisa antes de me encarar. Seus olhos brilharam e ele abriu um pequeno sorriso antes de voltar a ficar sério enquanto o bispo colocava a coroa real em sua cabeça.
— E pelos poderes em mim direcionados, eu tenho a honra de coroar agora nosso novo rei... Rei Joshua Kyle Beauchamp, o rei do Canadá — declarou o bispo e então Josh se levantou do trono ainda segurando os outros objetos enquanto todos se levantavam e aplaudiam.
Após ele soltar os objetos, três crianças entraram no salão, cada uma carregando um objeto para representar os desejos deles para o novo rei, era uma tradição. Quando a coroação acabou, fomos todos direcionados até o salão de baile, onde a festa já havia começado. Aproveitei para beliscar uns doces junto de Sina antes do novo rei invadir o salão de festas.
Como uma tradição da monarquia, ele deveria dançar a primeira valsa com a mãe, depois com sua irmã e então escolher uma menina qualquer do salão para a terceira valsa. Nessa hora, todos os outros casais poderiam se juntar e dançar, apenas as danças com membros da família que seriam apenas a família no centro. Durante a dança dele com Úrsula, pude notar que eles conversavam um pouco enquanto a mais velha parecia emocionada. Já na dança com Sina, eles conversaram e a loira ria de algo que o irmão havia fofocado, mas quando chegou a hora da terceira dança, vi ele me encarar e andar em minha direção, mas a sorte estava do meu lado, pois Noah estava ali.
— Senhorita Savannah... Que honra lhe encontrar novamente. Me daria a honra de uma dança? — ele disse sorrindo, estendendo a mão em minha direção.
— Com todo prazer, senhor Noah — falei segurando sua mão.
Vi a decepção no olhar de Josh ao ver que ele havia convidado Heyoon para dançar com ele. A música começou e Noah me guiava pelo salão seguindo as notas musicais no ritmo certo. Após a música acabar, saí da pista de dança com Noah, que sorriu segurando em minha mão.
— Fico feliz em ter tido uma linda companhia para a primeira dança — ele disse.
— É um prazer dançar com você — falei e ele sorriu mais.
— Ainda tenho chance de conseguir mais uma dança até o fim do baile? — ele perguntou.
— Claro que sim.. — Sorri.
— Ótimo. Obrigada novamente, Savannah, e saiba que está deslumbrante nessa noite — ele disse antes de beijar minha mão e sair dali.
— Menina, parece que o Noah não se toca mesmo... — disse Heyoon parando do meu lado e eu a encarei, pegando uma das taças que ela segurava.
— Qual o problema? Ele só queria uma dança. — falei e ela riu fraco.
— Eu sei bem disso. O problema não é tanto o Noah, já que ele sabe que você está de compromisso com outro, o problema foi Josh — disse ela bebendo um gole de champanhe.
— O que Josh falou?
— Que Noah vai roubar você dele, que você ficou perfeita nesse vestido, que ele queria dançar com você e lhe pedir desculpas.
— Que bobagem... Noah é um amor, mas ele sabe que estou comprometida... Ou melhor, estava, por isso ele me respeitou e apenas dançamos juntos — falei bebendo o champanhe.
— Meninas, vamos lá pra fora, vai começar a contagem regressiva — disse Sina animada parando ao nosso lado.
Acompanhei as duas até o jardim onde haviam vários convidados já esperando para a queima dos fogos. Todos começaram a contar em voz alta e, na hora exata, à meia noite uma chuva de fogos de artifício iluminou o céu enquanto todos se abraçavam gritando feliz ano novo.
Josh P.O.V
Os fogos iluminaram o céu limpo enquanto todos se abraçavam desejando feliz ano novo. Abracei minha mãe sorrindo e logo depois recebi um abraço forte de minha irmã e de minha cunhada. Cumprimentei mais algumas pessoas olhando em volta em busca de uma única mulher que eu queria poder abraçar. Então a encontrei, afastada da multidão enquanto seus olhos pareciam encantados com as luzes coloridas.
Não tardou para eu tentar ir ao seu encontro, mas parei ao vê-la atender o telefone abrindo um sorriso e sumindo para dentro do castelo novamente. Será que estava mesmo perdendo Savannah para sempre?
Depois do primeiro dia do novo ano, tudo começou a andar muito rápido. Mal havia piscado e já havia se passado 1 semana. O clima ainda estava frio, mas não havia nevado naquela madrugada. Sabia disso pois havia passado uma boa parte acordada, pensando sobre tudo o que está acontecendo comigo.
— Sav? Posso entrar? — Sina perguntou e eu apenas afirmei com a cabeça, esquecendo que ela não estava me vendo.
— Pode entrar, Sina! — falei alto e a porta do quarto se abriu e fechou em seguida.
— Bom dia, Sav! A mamãe mandou chamar todo mundo, pois ela quer tomar café com todos antes de viajar — disse a loira e eu saí do closet.
— Bom dia, Sina... Tudo bem, vamos lá tomar café — falei terminando de colocar a fita no cabelo.
— Vem, vamos! — ela falou animada pegando na minha mão e saindo do meu quarto comigo.
Andamos rápido até a sala de jantar onde Úrsula e Heyoon estavam rindo alto de alguma coisa. Abracei Heyoon e Úrsula antes de me sentar ao lado da loira para tomarmos o café da manhã.
— Olha só, eu vou viajar pra visitar a tia de vocês, então não destruam tudo, por favor — disse Úrsula.
— E se colocarmos fogo na biblioteca? — perguntou Sina.
— Por que colocariam fogo lá? Você e Heyoon têm um quarto, usem por favor! Já basta ter escutado aquela vez que vocês duas foram pegas na torre... — disse Úrsula soltando uma risada e as duas coraram.
— Alguém me conta essa história — pedi e Heyoon negou.
— Nunca mais quero lembrar o mico daquele dia... — disse a coreana rindo.
— E quem pegou as duas em flagra prefere fingir que isso nunca existiu. Bom dia a todas — disse Josh entrando na sala e todas elas retribuíram o bom dia.
Tomamos o nosso café da manhã em um clima agradável, menos entre mim e Josh já que o silêncio reinava. O clima até era pesado quando estávamos só nós dois. A última vez que falei com ele foi na noite da coroação. Depois disso, fiz uma greve de silêncio, não conseguia ficar próxima dele, não conseguia mais o olhar.
— Bom, agora está na hora de eu ir... — disse Úrsula se levantando e todos a imitaram.
— Você precisa que eu a deixe no aeroporto, mãe? — perguntou o loiro.
— Ah, eu iria adorar filho. Vá lá pegar um casaco, te encontro lá fora — disse a mais velha e o homem não tardou em fazer o que sua mãe falou saindo dali.
— Vamos sentir saudades, mãe. Manda um beijo para a titia — disse Sina abraçando a mãe.
— Eu também vou ficar com saudades, mas eu preciso descansar um pouco... Eu mando o seu beijo para ela sim — ela disse retribuindo o abraço.
— Sogrinha! Aproveita bastante essas férias, passeia bastante e aproveita um pouco das praias — disse a coreana abraçando sua sogra.
— Ah, obrigada, querida, eu irei aproveitar sim — disse a mais velha retribuindo o abraço.
— Úrsula, faça uma boa viagem e descanse bastante — falei a abraçando e ela sorriu retribuindo meu abraço.
— Obrigada, querida, eu irei aproveitar sim. Volto em alguns dias, então aproveitem — ela falou sorrindo e depois a acompanhamos até a frente do castelo onde Josh já a esperava no carro.
Depois das despedidas, eu voltei para meu quarto. Fui até a sacada do quarto e fiquei observando a cidade ao fundo, o jardim do castelo e meus pensamentos voaram. Respirei fundo sabendo que a decisão já havia sido tomada na minha mente e entrei novamente no quarto. Fui até o closet, abri minhas malas e comecei a organizar minhas roupas nela. Quando terminei, me sentei em frente ao notebook, liguei e abri meu email para pesquisar algumas coisas, mas fui interrompida por alguém batendo e abrindo a porta do meu quarto.
— Sav? Podemos conversar? — perguntou Heyoon entrando no quarto.
— Claro que sim... — Ela deixou a porta entreaberta antes de sentar na cama enquanto eu estava na cadeira da escrivaninha.
— Eu tenho a impressão de que você não está muito bem desde ontem, mas fiquei com receio de vir perguntar... — ela disse e eu deixei o notebook ligado, indo sentar ao lado dela na cama.
— Você não precisa se preocupar comigo, Yoon... — falei e ela sorriu fraco segurando minhas mãos.
— Claro que me preocupo. Afinal, você é minha melhor amiga, eu preciso me preocupar com quem amo.
— Obrigada, Heyoon. Sabe, em todo esse tempo aqui, eu descobri o que é uma amizade de verdade. Não fiz apenas uma, mas duas melhores amigas e mais que isso, você e Sina se tornaram minhas irmãs de coração e eu nunca vou esquecer nada do que vocês fizeram por mim — falei emocionada e ela sorriu, também emocionada.
— Você não tem que agradecer nada, Sav. Você é a melhor pessoa que poderia ter entrado nas nossas vidas, e não disse apenas por mim, sei que Sina pensa o mesmo que eu — ela falou quase chorando.
— Está me fazendo chorar, coreana... — disse rindo fraco enquanto limpava uma lágrima.
— Você quem começou, australiana... Mas por que parece que está se despedindo? — Suspirei fraco.
— Yoon... Eu acho que meu tempo aqui acabou. Eu já não consigo mais ficar aqui depois do que aconteceu. Sinto meu coração quebrado, eu preciso respirar longe daqui sabe? E—Eu tomei uma decisão sobre tudo.
— Qual foi a decisão? — ela perguntou e senti meus olhos encherem de lágrimas novamente.
— Eu vou voltar pra Austrália, tá na hora de ir pra casa.
Josh P.O.V
Entrei no carro e esperei minha mãe por alguns minutos, até que ela apareceu novamente com as garotas. Elas falaram mais algumas coisas antes de minha mãe descer as escadas e entrar no carro comigo.
— Podemos ir, mãe?
— Claro, meu filho, vamos sim.
Passamos o caminho todo conversando sobre algumas coisas bobas e sobre os planos de férias da minha mãe. Quando chegamos no aeroporto, entrei na parte privada com o carro e parei próximo ao nosso jatinho.
— Chegamos, mãe, aproveite suas férias — disse saindo do carro com ela e ela sorriu.
— Eu irei aproveitar sim... Filho, será que posso falar um conselho para você? — minha mãe pediu ficando na minha frente.
— Claro, mãe, eu sempre vou lhe escutar — falo e ela sorriu fraco.
— Você precisa correr contra o tempo. Parece que você está preso em algo que não aconteceu, explique tudo para Savannah antes que você se arrependa — disse minha mãe.
— Eu tentei já, mãe, ela não quer me ouvir... — Suspirei.
— Tenha calma... Aproveita que estarão apenas vocês hoje e fala com ela, abra seu coração para não perder o amor de sua vida... Boa sorte, filhote — ela disse beijando minha testa.
Voltei pro castelo com as palavras de minha mãe na cabeça. Fiquei com muita vontade de falar com Savannah. Ao chegar, vi minha irmã indo para o estábulo. Aproveitei e entrei no castelo com pressa. Quase corri até o quarto de Savannah, mas antes de entrar, escutei a voz dela e de Heyoon. Espiei pela fresta da porta e vi apenas o rosto de Heyoon, já que a mais alta estava de costas.
Comecei a escutar a conversa quando Savannah disse que Heyoon estava a fazendo chorar, então continuei prestando atenção até a hora que Savannah disse decidida que irá voltar para a Austrália! Minha vontade era de invadir ali naquele momento e pedir para ela me escutar, mas continuei ali ouvindo tudo.
— Você vai embora? Sav! Você não pode ir... Não agora... — disse a coreana.
— Eu preciso, Yoon... Não consigo mais ficar aqui, não consigo mais agir como se Josh não existisse, como se eu não estivesse quebrada por dentro, não consigo mais esconder isso. Eu já tomei minha decisão — disse a australiana.
— Mas Sav... Ah, eu não acredito que vou te perder — disse a coreana abraçando a maior enquanto chorava.
— Jamais vão me perder, nem você e nem Sina... Vocês são minhas irmãs, eu sempre vou estar disponível para vocês duas — respondeu Savannah e eu ouvi sua voz falhando por conta das lágrimas enquanto elas continuavam abraçadas.
— Eu juro que irei fazer Josh se arrepender amargamente de ter feito você ir embora — falou Heyoon abrindo um sorriso mesmo ainda chorando.
— Isso não é mais sobre mim e ele, já não existe mais nós dois. Isso é sobre mim, Yoon. Eu tenho que voltar para minha casa, seguir a minha vida... Eu não tenho mais nada para fazer aqui — disse Savannah.
— Você tem certeza disso? — perguntou a coreana e eu vi Savannah concordar com a cabeça.
— Eu tenho... Eu já fiz o que eu precisava aqui — falou ela.
— Tudo bem, Sav... se você quer ir embora, você tem esse direito.
— Será que você e Sina podem me levar pro aeroporto? — perguntou Sav.
— Claro que sim... Termina de arrumar as suas coisas, vou chamar Sina e voltamos daqui a pouco para te levar... — disse a coreana sorrindo fraco enquanto se levantava da cama e ia até a porta.
Era a minha deixa, corri até o final do corredor e fiquei escondido enquanto Heyoon falava algo na porta para Savannah antes de ir para o lado oposto ao que eu estava.
Esperei Heyoon dobrar no corredor antes de sair do meu esconderijo para ir ao quarto de Savannah. Abri a porta não a encontrando, mas ouvi sua voz no banheiro enquanto a porta estava fechada. Suspirei um pouco andando até a porta do closet dela vendo suas malas prontas. Droga, ela iria embora mesmo. Meu peito chegava a doer com aquela cena.
Vi seu notebook aberto, me aproximei para ver o que ela pesquisava, então vi seu e—mail aberto, que ela estava provavelmente lendo e é nele que eu tive um estalo.
"Cara senhorita, Savannah Clarke
É com um grande prazer que lhe escrevo interessada em sua história sobre a família real. Gostaríamos de publicar o seu artigo em nossa revista. Se for de seu interesse, por favor responda este e—mail ou, se preferir, pode vir pessoalmente na nossa sede. Seria uma honra ter um artigo tão incrível quanto o seu em nossa publicação. Fico ao aguardo de sua resposta."
Eu não conseguia acreditar no que eu tinha acabado de ler, Savannah era jornalista! Ela me enganou durante todo esse tempo! Ela veio para cá apenas para descobrir mais sobre mim e minha família antes de divulgar para o mundo inteiro! Se eu já sentia um aperto no peito, agora sentia que não tinha mais um coração depois de ser traído pela mulher que eu amava.
— Josh? O que faz aqui? Você não deveria ter entrado em meu quarto! — disse Savannah me encarando e eu a encarei com raiva.
— Então é isso, Savannah? Você veio aqui para quê? Qual era sua real intenção vindo aqui? — perguntei bravo me aproximando dela que recuou um pouco.
— Do que você está falando Josh?
— Não se faça de boba, eu já descobri a verdade sobre você! Você veio para cá apenas para me enganar esse tempo todo! Você me manipulou, me fez ficar apaixonado por você para quê? Para você jogar tudo em um artigo? O que você vai ganhar com isso Savannah? Destaque? Um aumento de salário? Vai ser reconhecida no seu país? Qual é o seu problema? — gritei e ela parece assustada.
— J—Josh, me deixa falar.
— Não! Eu não vou deixar uma impostora falar! Você me enganou, Savannah, se é que esse é seu verdadeiro nome!
— Josh, me deixa te explicar tudo! — ela falou indo até mim, mas eu desviei dela.
— Eu não quero ouvir as suas explicações! Eu não acredito que você foi tão baixa para chegar aqui e mentir para todos escrevendo sobre mim!
— Mas Josh!
— Mas nada! Qual era o seu objetivo aqui, Savannah? Escrever um artigo? Ser uma jornalista? Eu escutei toda a sua conversa com Heyoon, eu já sei que você é uma jornalista, e posso falar que é uma jornalista de merda!
— Josh, eu não sou jornalista e abaixe seu tom de voz comigo ou teremos problemas sérios aqui — ela falou irritada.
— Não me peça para abaixar o tom, eu sou o rei aqui. Se você não é uma jornalista de merda, é o que então? Você é uma aproveitadora, que queria parar na minha cama para no outro dia amanhecer rica e casar com o futuro rei? — perguntei bravo e senti meu rosto arder forte com o impacto da mão dela em meu rosto.
— Tenha mais respeito comigo, Joshua!
— Você agrediu o rei? Pois suma desse castelo agora! Eu só não lhe mando sumir daqui apenas com as roupas do corpo, pois você está de malas prontas — gritei e as portas do quarto se abriram depressa. Minha irmã e minha cunhada entraram correndo e foram até Savannah.
— Você está bem, Sav? — perguntou Sina.
— Eu estou bem, meninas... E Rei Josh, não precisa me pedir para ir embora, pois eu já estava indo! — disse Savannah pegando as malas e saindo do quarto.
— Sina, acompanha a Sav, me esperem lá fora no carro — disse a coreana.
— Seu idiota — disse Sina dando um soco forte em meu braço antes de pegar o notebook e a bolsa de Savannah saindo do quarto.
— Não venha querer defender a sua amiga, Heyoon — falei irritado e a coreana me encarou.
— Mas eu vou! Qual é o seu problema? Você caiu quando nasceu? Você é um babaca de alta classe! Seu idiota! — gritou Heyoon me enchendo de tapas no peito.
— Como é? Ela quem nos enganou todo esse tempo e a culpa é minha? — falei alto segurando as mãos dela.
— Você não sabe calar a boca e escutar o que os outros tem a dizer? Como você quer ser o rei sendo assim? Você foi um extremo idiota, arrogante, babaca e desgraçado que machucou a pessoa que te amava de verdade! — gritou Heyoon pisando no meu pé e eu dei um grito de dor a soltando.
— HEYOON! Que merda! — Me sentei na ponta da cama e a coreana ficou cara a cara comigo.
— Saiba que você está fazendo a maior burrada da sua vida Josh, Savannah não é jornalista! Ela estava tentando te contar isso a muito tempo, mas você foi estúpido o suficiente para magoar uma garota ao extremo! Sabe o que você é agora, Josh? Um rei babaca! Um rei idiota e medíocre! — ela falou com o rosto perto de mim enquanto queimava em raiva. — Eu tenho pena dos seus súditos que não sabem o rei idiota que eles têm. A coroa subiu mesmo a sua cabeça, o antigo Josh jamais teria feito esse escândalo... Quando você abrir os olhos de verdade e se arrepender, vai ser tarde demais! Espero que tenha escutado bem todas as minhas palavras.
Ela saiu do quarto e eu fiz o mesmo indo para meu quarto. Eu não consigo acreditar que eu me entreguei de corpo e alma, me apaixonei de verdade por alguém que só fez brincar com a minha cara. Eu realmente não nasci para ser feliz no amor.
Savannah P.O.V
Não conseguia acreditar que depois de tudo, a minha viagem iria terminar daquela forma. Josh não quis nem que eu explicasse, mas eu não iria dar o braço a torcer, não voltaria mais atrás. O caminho até o aeroporto foi um completo silêncio, não quis perguntar o que Heyoon falou com o reizinho, resolvi apenas ficar observando a paisagem que eu veria pela última vez.
— Sav, me desculpa pelo meu irmão... Você não precisa ir... — disse Sina quase chorando.
— A culpa não é sua, Sininho. Eu preciso realmente ir, preciso voltar a minha realidade... — falei e ela suspirou fraco, triste.
— Por favor, mantenha o contato conosco, fale com a gente todo dia, eu não suporto perder uma amiga irmã — disse a loira começando a chorar e as lágrimas invadiram meu rosto quando a abracei forte.
— Eu vou sempre... Sempre ligar... Mesmo com o grande fuso horário... Jamais vou deixar vocês, vocês são minhas irmãs. Eu cheguei aqui pensando apenas em fazer uma amizade com você, mas eu conquistei duas irmãs. Você e Heyoon são muito especiais para mim... Eu amo vocês — falei chorando e Sina sorriu no meio das lágrimas.
— Nós também te amamos, Sav! — disse a coreana abraçando a nós duas.
— Atenção, senhores passageiros. Iremos iniciar o embarque do voo 741 com destino a Sydney, Austrália. Embarque iniciado no portão C8 — a voz do autofalante anunciou e senti meus olhos se encherem ainda mais.
— Chegou a hora. Eu amo vocês de verdade, meninas — falei e elas sorriram tristes.
— Nós também te amamos. Faça uma boa viagem, Sav — disse Sina me abraçando de novo e eu retribuí o abraço.
— Obrigada, Sina. Se cuidem e prometam que irão me visitar. — Ela afirmou com a cabeça.
— Nós prometemos — disse a loira saindo do abraço e eu abracei logo a coreana.
— Nos avise quando chegar na sua casa. Se cuida, qualquer coisa me liga a qualquer momento que eu irei atender — disse a coreana me abraçando.
— Obrigada, Yoon. Se cuidem, amo vocês — disse saindo do abraço e elas sorriram triste enquanto eu pegava a minha bolsa.
— Tchau Sav! — elas falaram juntas e eu fiz um tchau com a mão seguindo para o meu portão de embarque.
Ao entrar no avião, fui direcionada às poltronas da primeira classe. Eu mataria Heyoon por isso, mas ela era incrível e eu apostaria que foi ideia de Sina. Era triste demais ter que deixar minhas novas irmãs ali, mas tudo o que eu queria agora era um abraço e um colo dos meus pais, voltar à minha realidade e superar aquele que machucou meu coração.
Depois daquela manhã conturbada, eu precisei limpar minha mente e focar em todos os deveres que eu precisava fazer, o que foi bem difícil já que minha vontade era apenas ficar no quarto trancado. O dia passou voando, não fui jantar com as garotas, pois eu conseguia imaginar que elas com certeza queriam me matar, então preferi ficar em meu quarto.
~Alguns dias depois...
Se passaram dias desde que tudo aconteceu. Minha mãe voltaria hoje das férias dela na casa da minha tia. Minha irmã e minha cunhada me ignoravam, não trocavam uma palavra comigo e eu já estava de saco cheio disso.
Eu não dormia mais tão bem quanto antes, às vezes ainda sonhava com ela e isso me fazia ficar o resto da noite acordado com raiva por tê-la deixado magoar meus sentimentos.
Naquela manhã em especial, eu estava indo direto para o orfanato. A madre superiora precisava falar comigo sobre um problema de encanamento que estava acontecendo em uma parte do orfanato, então eu precisava estar lá para entender o que acontecia e qual seria o orçamento para concerto.
— Bom dia Madre, como vai? — cumprimentei.
— Bom dia, Majestade. Vou bem, mas podemos melhorar... Obrigada por responder tão rápido ao meu recado — ela agradeceu.
— Imagina Madre, vamos fazer o que é o melhor para todos. Por favor, me mostre o que aconteceu.
Ela afirmou andando comigo para dentro do orfanato. Acompanhei a Madre enquanto ela me contava tudo o que aconteceu, observei o desastre que estava o banheiro das meninas enquanto algumas freiras tentavam limpar o estrago causado pela água. Vou para o escritório do orfanato junto com a superiora para ligarmos aos técnicos e fecharmos o orçamento. Cerca de 20 minutos depois, uma equipe preparada já estava consertando o banheiro. Quando eles terminaram o serviço, já entreguei o cheque com o valor certo e deixei um para a Madre no caso de outra coisa quebrar.
Na hora do almoço, voltei para o castelo, tirei meu casaco na entrada e fui direto para a sala de jantar. Me sentei e fui servido, logo minha cunhada entrou no local e se sentou em seu canto. Ela não me olhou e nem falou nada, apenas se preparou para começar a comer até que minha irmã entrou toda animada na sala.
— Amor, eu tenho novidades! — disse a loira se sentando ao de sua esposa.
— Qual novidade? — perguntou a coreana.
— Sav ligou! Ela falou que está bem nervosa já que ela vai mostrar o artigo amanhã — falou Sina.
— Isso é ótimo! Eu estou orgulhosa dela! — disse Heyoon animada.
— Vocês duas estão de palhaçada com a minha cara, né? Depois de tudo o que a amiga de vocês fez, ainda estão do lado dela? Façam-me o favor! — falei irritado me levantando e saio da sala indo para meu escritório.
Não conseguia acreditar que as duas mulheres que eu sempre iria amar e proteger estavam do lado de uma vigarista! Fiquei com tanta raiva que acabei não terminando de almoçar.
Sentado na minha cadeira, fiquei encarando papéis que eu precisava assinar, mas minha cabeça parecia em outro lugar do mundo e isso me fez ficar mais irritado ainda, mas eu não era o único. A porta do meu escritório foi aberta com tanta força que bateu na parede antes da Heyoon fechá-la e me olhar com raiva.
— Você vai ficar calado e escutar tudo o que eu tenho entalado aqui — disse a coreana cruzando os braços.
Savannah P.O.V
O dia em que eu voltei para Sydney foi o mais alegre e mais triste da minha vida. Triste por tudo o que aconteceu e por ter deixado para trás minhas duas irmãs de coração, mas alegre por estar novamente com meus pais, no meu apartamento e voltando com a minha vida.
Depois que desembarquei, meus pais me esperavam com um cartaz fofo com meu nome e vários confetes, então eu fui para a casa deles para ficar uns dias, já que eu havia prometido, além de ser bom ficar na companhia deles. Quando se iniciou a semana, minha mãe fez uma limpeza no meu apartamento enquanto fiquei na cafeteria com meu pai e, no final do dia, eu finalmente estava de volta na minha casa.
Naquele dia em especial, fui até a minha universidade para conversar com o professor, já que ele havia me telefonado e precisava falar comigo pessoalmente. Depois de resolver tudo com ele, combinamos que no dia seguinte seria a minha apresentação de trabalho para que eu pudesse ganhar o meu certificado do doutorado. Após isso, fui para cafeteria dos meus pais e passei o resto da minha tarde lá. Somente quando o céu estava para se pôr que eu saí de lá, mas antes de ir para casa resolvi dar um pulo na praia e aproveitei para tomar um belo banho de mar.
Havia acabado de sair do banho quando recebi algumas notificações no telefone, eram mensagens de Sina, ela estava querendo conversar um pouco comigo e é claro que eu não tardei em ligar meu notebook para falar com ela.
— Oi, Sav! Ai meu Deus, que saudade! — falou a loira animada.
— Oi, Sininho! Eu também estou morrendo de saudades — falei e ela sorriu.
— Como estão as coisas por aí?
— Tudo bem. Passei o dia com meus pais e depois fui dar uma voltinha na praia... Aproveitei para dar um pequeno mergulho... Mas e por aí?
— Que bom, Sav! A minha mãe chega hoje no final da tarde, descobrimos que a Twilight está prenha e um dos cavalos mais velhos veio a falecer pela idade.
— Uau! Muita coisa aconteceu... E Heyoon? Cadê a coreana mais canadense que eu conheço? — perguntei rindo e a loira riu comigo.
— Ela estava em uma ligação com o Rei indiano, estamos fechando um acordo com eles que vai trazer benefícios para os dois países... Talvez até receberemos a visita da família real indiana em breve — ela contou animada.
— Isso é ótimo! Meus pais já viajaram para a Índia quando eles fizeram a segunda lua de mel deles... Minha mãe disse que lá é incrível e tem os tecidos mais lindos do mundo.
— Queria que você estivesse aqui para conhecer eles... Heyoon e eu sentimos a sua falta aqui.
— Eu também sinto falta de estar com vocês duas... Também tenho novidades, falei com meu professor nessa manhã e eu vou apresentar o trabalho amanhã! — falei animada e ela soltou um gritinho alegre.
— Isso é fantástico! Minha irmã vai ter seu doutorado amanhã! — ela comemorou e eu ri alto.
— Não exagera, Sininho, mas eu estou bem animada e nervosa também!
— Fica tranquila, o seu artigo está incrível e você vai arrasar! Quando formos lhe visitar, eu juro que vamos comemorar muito — falou Sina.
— Eu ficarei no aguardo! Bem, melhor eu deixar você ir almoçar, já que pelo fuso horário, já está na hora — disse e ela afirmou sorrindo.
— Está bem e pelo fuso, você precisa dormir! Boa noite Sav, eu ligo amanhã junto com Heyoon para comemorarmos à distância — disse a loira sorrindo.
— Tudo bem Sininho, ficarei esperando. Bom resto do dia para você, manda um beijo para a coreana.
— Eu mandarei! Bye bye! — ela disse desligando e eu sorri desligando meu notebook.
Soltei o computador na mesa antes de me deitar na cama, me cobri e observei a lua pela janela. Aquela noite estava linda, até me lembrava da noite do piquenique com ele... Melhor eu dormir, pois meu dia amanhã seria incrível!
Josh P.O.V
Eu estava chocado com a atitude de Heyoon. Ela se aproximou batendo com força as mãos na minha mesa.
— O que você tá fazendo? — perguntei.
— Shiu! Você vai ficar bem calado e ouvir tudo o que tenho para falar! — Concordei rápido com a cabeça, afinal as baixinhas são raivosas.
— Claro! — falei rápido.
— Joshua, eu tô cansada de ficar nesse clima ruim com você, mas você tem que entender que foi um grande babaca depois do que falou para Savannah.Você é como um irmão para mim e sempre vai ser, então me deixa contar toda a verdade para você... — ela suspirou e se sentou na cadeira a frente da mesa.
— Estou ouvindo...
— Quando eu conheci Savannah, ela me contou que precisava escrever uma história sobre uma pessoa de verdade, então eu conversei com sua mãe e ela concordou com a minha ideia... Sav viria para ser dama de companhia da minha esposa e em troca ela iria escrever sobre você! — a coreana explicou.
— Savannah veio para escrever mentiras sobre mim... — tentei continuar falando, mas ela me olhou torto.
— Ela não veio para escrever mentiras e sim a verdade... Savannah não é jornalista, ela é uma estudante finalizando o doutorado em relações públicas. Ela veio para mostrar ao mundo quem é você de verdade. Tudo o que Sav escreveu foi desmentir aquilo que o mundo todo pensa que você é — contou Yoon e eu suspirei fraco.
— Ah, droga. Eu acho que cometi um erro enorme... — disse e ela afirmou com a cabeça.
— Fez uma grande cagada Josh. Magoou de verdade uma pessoa que só estava tentando fazer o bem para você, tudo o que ela queria era tirar a sua fama de príncipe mimado e festeiro. Acabou julgando alguém sem deixar ela mostrar a verdade. Sav tentou lhe contar sobre tudo algumas vezes, mas não conseguiu... Agora que você sabe, espero que esteja bem arrependido de tudo o que falou para ela — Heyoon desabafou se levantando.
— Heyoon... Você deve me achar um idiota... — suspirei e ela afirmou.
— Você é mesmo, foi um grande idiota e não apenas ela ficou magoada, mas Sina e eu também ficamos chateadas com você — disse a baixinha.
— Acha que é tarde demais para pedir desculpas? — perguntei.
— Para mim e sua irmã, não. Nós podemos te perdoar, mas para Savannah pode ser tarde... Você só vai saber se tentar — ela falou sorrindo fraco.
— Droga... O que eu fiz... O que eu fiz...
— Faz o que seu coração mandar, ele é o único que está certo agora — disse a menor.
— Eu vou pra Austrália! — falei decidido e ela sorriu.
— Nós vamos para a Austrália! Eu faço questão de ir com você cunhadinho, já que eu sei onde ela mora... E vamos levar Sina também! — comemorou a coreana.
— Então vamos logo para a Austrália! — disse sorrindo e ela sorriu também.
Mais uma linda manhã começava em Sydney e eu já acordei com um frio enorme na barriga. Tomei um banho refrescante já que começava a ficar calor e depois arrumei meus cabelos com pequenos cachos nas pontas, fiz uma make simples e saí do banheiro entrando no meu closet. Coloquei um cropped azul bebê rendado, uma calça soltinha na mesma cor, um tênis branco e minha jaqueta jeans branca. Saí do quarto e fui para a sala pegar minha bolsa que estava com meu notebook para finalmente sair de casa.
Dirigi até a casa dos meus pais e entrei ouvindo suas risadas da cozinha.
— Mãe! Pai! Cheguei — falei alto soltando a bolsa na poltrona antes de ir para a cozinha.
— Bom dia, filha! Está animada? — perguntou minha mãe.
— Bom dia, estrelinha! — meu pai disse.
— Bom dia! Eu estou animada, mas bem nervosa também... Estou com um frio na barriga desde que acordei — falei e eles sorriram.
— É normal filha, quando temos algo importante, também ficamos assim — meu pai falou beijando minha testa.
— Concordo com seu pai. Venha, sente—se logo para comer, preparei waffles de morango para você ter um grande dia! — falou minha mãe e eu me sentei ao lado do meu pai sorrindo.
Tomei meu café da manhã com eles rindo e me divertindo. Isso era o que minha família sempre fazia, tentávamos nos distrair quando estávamos nervosos demais para no final dar tudo certo. Quando terminamos o café, ajudei meu pai com a louça suja antes de todos sairmos juntos da casa.
— Que tal hoje à noite sairmos para comemorar o seu doutorado? — sugeriu minha mãe.
— Vocês nem sabem se eu vou realmente ganhar o certificado... — falei e meu pai negou com a cabeça.
— Não seja negativa, Savannah, não foi assim que te criamos... — resmungou James e eu ri abraçando-o de lado.
— Desculpa, papai... Eu vou adorar sair para jantar com vocês!
— Perfeito! Que tal no seu restaurante favorito? Aquele de frente pra praia — falou Emma.
— Tudo bem, eu vou ligar e reservar a mesa para nós... Às 20h? — perguntei.
— Ok, podemos fechar a cafeteria mais cedo para dar tempo de virmos pra casa... Nos vemos mais tarde, filha — falou meu pai beijando minha testa e eu sorri me despedindo deles.
Entrei no meu carro, coloquei minha playlist favorita e dirigi até a universidade, precisava estar calma até a hora de apresentar meu trabalho e eu sabia que ia dar tudo certo!
Quando cheguei na universidade, estacionei meu carro, entrei no prédio onde eu estudei e fui até o auditório encontrando alguns colegas do curso. O professor passou algumas instruções e fez um pequeno discurso de incentivo antes de dar início as apresentações. Por ser por ordem alfabética, vi os trabalhos de vários colegas e consegui saber o que devia falar. Liguei meu computador já o deixando preparado para apenas conectar o cabo lá no palco e mostrar tudo o que eu escrevi sobre o Rei do Canadá.
— Seu trabalho foi incrível, parabéns Mike... Você está aprovado! Agora é você Savannah, por favor venha até o palco... — chamou o professor e eu respirei fundo.
Vamos lá garota, é a hora de mostrar pra todos o que é a verdade.
Josh P.O.V
Eu estava nervoso, mais nervoso do que no dia da minha coroação ou nas primeiras reuniões como Rei. Estava mesmo para explodir o jatinho de tão agitado que eu estava.
— Josh, maninho, será que você pode parar de andar em círculos? Estou ficando enjoada de te ver assim — disse Sina e eu suspirei me sentando a frente dela.
— Desculpa mana, eu estou a ponto de surtar... Eu não sei explicar tudo.
— Eu entendo, mas você precisa respirar fundo antes de chegarmos ou vai morrer antes de pousar — ela brincou e eu ri fraco, suspirando.
— Acabei de falar com o piloto, ele disse que já está em contato com o aeroporto de Sydney e que dentro de uns minutos vamos pousar — disse Heyoon sentando ao lado da esposa.
— Já não era sem tempo... — falei colocando o cinto e elas riram.
— Nunca vi meu cunhado tão nervoso assim... Aproveita a vista da janela e observe o país da mulher que você ama, já que logo logo vai observar ela — disse a coreana rindo fraco.
Neguei com a cabeça antes de focar meu olhar para as paisagens. Não lembrava de ter vindo alguma vez para a Austrália, mas agora tinha certeza de que eu viria muitas outras vezes. Quando o avião tocou o solo, eu quase voei para fora de ansiedade, mas esperei as garotas para saber onde deveríamos ir.
— Ok, temos opções de lugares no qual a Sav pode estar... — disse Heyoon saindo do jatinho conosco.
— Então vamos em cada um desses lugares atrás dela? — questionei.
— Sim, é nossa única opção no momento... — respondeu a coreana.
— Gente... Acho que sei onde ela está. Acabei de receber uma mensagem dela dizendo que está esperando as apresentações do trabalho começarem — respondeu minha irmã.
— Claro! A universidade! Vamos, eu sei onde fica! Precisamos de um carro — falou Yoon animada.
Saímos do aeroporto indo até a direção de alguns táxis, entramos em um e minha cunhada passou o endereço para o motorista. Ele acabou nos reconhecendo, então pedimos discrição antes de continuar a viagem, ele animado só pediu uma foto que nós tiramos com ele no final da corrida.
Em frente a Universidade, respirei fundo antes de acompanhar o casal a minha frente que iam me guiando por aquele lindo lugar. Entramos em um prédio e andamos até um auditório começando a escutar vozes. Abri a porta devagar e observei o local, um belo auditório no estilo antigo. Sentamos nas cadeiras mais altas na parte escura já que alguns alunos estavam bem lá na frente junto com os professores.
— Você acha que ela está aqui? — perguntei sussurrando para a coreana.
— Eu tenho quase cer... — Heyoon falou, mas escutamos a voz de um professor.
— Seu trabalho foi incrível, parabéns Mike... Você está aprovado! Agora é você Savannah, por favor venha até o palco.
— Ela está aqui — sussurrou a loira ao meu lado toda animada.
— Aproveita e escuta tudo o que ela vai falar sobre você — sussurrou a baixinha.
Virei para o palco e vi a mulher que eu amava arrumando sua apresentação, logo os slides aparecem no telão atrás dela e ela respirou fundo antes de abrir um sorriso para começar a apresentar seu trabalho.
— Bom dia, caros professores e colegas de curso. Eu me chamo Savannah Clarke e hoje vou apresentar a vocês a história do atual Rei do Canadá, Joshua Kyle Beauchamp. A verdade é que ele nunca foi o tipo de pessoa que a mídia disse, vou contar os fatos verídicos na minha história... — ela falou sorrindo enquanto começava a mostrar os slides e contar tudo.
Aquele trabalho dela era toda a minha realidade: ela contava a verdade sem poupar detalhes para mostrar que eu não era o idiota que a mídia adorava mostrar, mas sim um homem de coração bom querendo o bem de seu povo. Algumas fotos minhas com as crianças do hospital, do orfanato e abraçando os cidadãos naquela viagem durante o inverno me fizeram perceber o quão incrível era aquela morena por me defender com unhas e dentes mesmo depois de tudo o que eu fiz para ela.
— Gostaria de finalizar meu trabalho mostrando um breve vídeo sobre uma pessoa incrível e mostrar quem verdadeiramente é o rei Josh — disse Savannah dando play e um pequeno vídeo meu brincando com crianças na neve apareceu no telão.
— Savannah! O seu trabalho ficou maravilhoso! Você trouxe a essência de um membro da família real que sempre foi julgado de maneira negativa... Você nos mostrou que não devemos julgar alguém sem conhecer... Parabéns, Savannah! Você foi aprovada! — disse o professor batendo palmas e todos bateram palmas.
— Obrigada! — disse a morena meio tímida indo pegar seu notebook.
— Vai Josh, tá esperando um convite? — falou Sina me empurrando e eu saí das cadeiras me levantando.
— Parabéns pelo trabalho Savannah! Estou muito grato por você ter mostrado a todos quem eu sou de verdade — falei batendo algumas palmas e indo em direção do palco.
— Meu Deus! É o Rei! — Ouvi alguém gritar enquanto eu subia no palco.
— Josh? Você não deveria estar aqui depois de me magoar tanto... — falou a morena.
— Calma Sav, me deixa explicar... — falei parando em sua frente e ela negou desviando de mim.
— Eu não quero te ouvir... — disse ela descendo do palco e eu peguei o microfone o ligando.
— Apenas me escuta, Savannah, depois você pode fazer o que quiser. Peço licença a todos, mas eu preciso falar algumas coisas para essa mulher — falei e os professores afirmaram.
— F—Fique à vontade Majestade — disse um professor.
— Savannah, eu quero me desculpar por tudo o que eu falei pra você naquele dia. Eu acabei fazendo o que mais odeio, que foi julgar alguém sem ouvir... Sinto muito por todas aquelas coisas idiotas que eu falei, por ter lhe ofendido e magoado com palavras tão cruéis. Quando você voltou para cá, eu passei o resto daquela noite acordado, pensando na gente. Ficava pensando em você aqui e eu lá, olhando o mesmo céu. Eu assistia o tempo passar, tentei me dispersar olhando o celular, mas encontrei apenas as nossas fotos, nossos vídeos. — falei descendo do palco e andando até a morena.
— Awww! — Ouvi um coro dos alunos ao redor.
— E nessas horas meu sorriso era passageiro, é aí que eu percebi a falta que você me fazia. Nessas horas que nem ligo pra dinheiro, pra eu me sentir inteiro, eu só precisava de você. Lembro claramente quando nossos olhares se cruzaram pela primeira vez, na biblioteca no meio da noite, foi ali que eu sabia que algo havia mudado dentro de mim... Naquele instante, descobri que eu te amava mesmo sem te conhecer por inteira. Sav, eu sou completamente louco por você, como jamais fui por qualquer pessoa. Metade do meu coração só pensa em você, enquanto a outra metade só está completa com você ao meu lado... Sav, você quer casar comigo? — perguntei ficando próximo dela.
Ela ficou surpresa me encarando por alguns segundos antes de sair correndo daquele auditório. Eu acabei de perceber que já era tarde demais.
Savannah P.O.V
Eu precisava sair dali, eu precisava de ar, eu ia morrer, meu corpo estava tremendo por completo, meu coração estava disparado, só queria fugir daquele auditório. Consegui correr até meu carro antes de sentir o ar voltando aos pulmões. Sentia meu rosto arder e meu coração não se acalmava até uma mensagem me assustar. Era Sina.
Sininho:Sav, você está bem? Por que saiu correndo?
Sav: Eu vou ficar bem... Você pode me encontrar no estacionamento? Preciso da sua ajuda!
Sininho:Claro! Vou apenas avisar Heyoon...
Sav: Ok! Peça para Yoon distrair seu irmão. Ele me pegou de surpresa, mas agora é a minha vez de fazer uma surpresa pra ele...
Sininho: Oooh, já quero saber tudo... Estou indo!
Não demorou muito para que Sina chegasse no estacionamento. Fiz um sinal de luz com os faróis e ela correu até entrar no meu carro.
— Sav! O que vai aprontar? — perguntou a loira curiosa.
— Vou te contar tudo. Deixa eu só pedir uma ajudinha a mais — falei mexendo no telefone e liguei para minha mãe.
— Oi filha, está tudo bem? — perguntou Emma.
— Oi, mãe. Você e papai podem me encontrar no meu apartamento? Preciso de ajuda, não posso explicar mais agora... — falei e ouvi ela gritar para meu pai.
— Claro, princesa! Estamos a caminho — disse ela e eu desliguei.
— Você chamou seus pais? Vai me contar o plano? — perguntou Sina.
— Claro... Ouça bem.. — comecei a explicar enquanto ligava o carro e dirigia até minha casa.
~ Alguns minutos depois...
— Filha? Savannah? O que aconteceu? — Ouvi a voz de preocupação de minha mãe na sala.
— Mãe! Pai! Aqui no quarto — falei alto.
— Estrelinha! O que está acontecendo aqui? — perguntou meu pai entrando no meu quarto.
— Sav, você precisa levar esse casaco lindo... Ah, olá! — disse a loira depois de sair do closet olhando para meus pais.
— Espera aí... Essa não é a... A... — meu pai tentou falar e eu ri fraco.
— É sim pai, ela é a princesa Sina — falei e ele se aproximou segurando nas mãos da loira.
— Majestade, é uma honra lhe conhecer! — meu pai cumprimentou várias vezes a princesa.
— James! Pare de balançar a menina, você precisa fazer reverência! — falou minha mãe, fazendo meu pai a soltar com um sorriso tímido.
— Me desculpa pela animação deles, Sina — falei e ela riu.
— Tudo bem! Eu amei conhecer seus pais — disse a loira.
— É uma honra ter Vossa Alteza em nosso país. Eu sou Emma e esse é meu marido James — falou minha mãe tentando fazer uma reverência.
— Senhora Clarke, não precisa de reverência. É um prazer conhecer os pais da minha melhor amiga — disse Sininho sorrindo e eles sorriram.
— Eu sei que o clima tá lindo, mas eu tô precisando de ajuda pra fazer as malas... — chamei a atenção de todos.
— Por que essa pressa em arrumar malas? — meu pai questionou.
— Savannah vai voltar comigo, minha esposa e meu irmão pro Canadá. Ela está tentando fazer uma surpresa pra ele — disse Sina sorrindo meio tímida.
— Aaaw filha... Eu sabia que íamos te perder para ele. Você tem que ser feliz — falou minha mãe beijando minha testa.
— Querida, você pode até voltar pro Canadá, mas só depois do nosso jantar! — falou meu pai.
— O que você acha, Sina? — perguntei e a garota me olha sorrindo.
— Podemos voltar amanhã, sei que Josh e Heyoon vão adorar a ideia. Falando neles, precisamos ir! — disse a loira olhando o telefone.
— Droga! Mãe... — falei e ela sorriu.
— Deixa comigo, vão logo fazer o que precisam. Nos vemos mais tarde no restaurante — disse a mais velha e eu sorri beijando a bochecha dos dois antes de sair correndo com Sininho.
~ Tempos depois...
— Chegamos... Ele ficou para trás para tirar fotos com alguns turistas, eu corri na frente pra avisar — disse Heyoon entrando na cabine do quarto.
— Vai lá Sav, é a sua hora... — disse Sina e eu respirei fundo.
— Me desejem sorte — falei sorrindo nervosa antes sair da cabine.
Esperei alguns minutos até ouvir passos subindo as escadas do jatinho. Olhei para a porta abrindo um sorriso e ele me encarou surpreso.
— Ai ai ai, Joshua. Se esse fosse o nosso casamento, o noivo quem estaria atrasado — disse e ele me encarou confuso e sorridente.
Não conseguia acreditar que Savannah havia saído correndo, ela basicamente me deixou ali depois de não aceitar o meu pedido. Acabei pedindo desculpas para todos no auditório pelo o que tinha acontecido e acabei tirando algumas fotos e respondendo perguntas sobre a vida de um rei. Quando saímos da universidade, Heyoon e eu fomos atrás de um táxi para voltar ao aeroporto. Demorou um pouco, mas conseguimos pegar um táxi de volta.
— Espera, onde está Sina? — perguntei à coreana.
— Ela vai nos encontrar no aeroporto — respondeu a baixinha.
— Tudo bem... Eu estraguei tudo, Yoon... — disse suspirando triste e ela me abraçou de lado.
— Vai ficar tudo bem, cunhadinho. Tenho certeza — disse ela otimista.
O resto da viagem até o aeroporto foi silenciosa. Quando chegamos, Heyoon me falou que precisava ir ao banheiro com urgência, então deixei ela correr pro jatinho enquanto dava atenção para alguns turistas antes de chegar no avião que já me esperava para voltar para meu país. Mas ao entrar nele, vi a mulher que eu sonhava em encontrar de novo ali, sorrindo para mim.
— Ai ai ai, Joshua. Se esse fosse o nosso casamento, o noivo quem estaria atrasado — ela brincou e eu a encarei ainda surpreso com um sorriso leve.
— Savannah... O que... — tentei falar me aproximando devagar.
— Desculpa pelo sustinho que eu lhe dei saindo correndo, mas você tem que entender que eu não esperava por tudo aquilo. Fala sério, eu estava apresentando um trabalho sobre você e do nada, você aparece me pedindo em casamento... Parece até um filme! — ela disse rindo fraco e eu segurei sua mão.
— Me desculpa por isso. Mas se você está aqui, é por que... — tentei falar e ela afirmou sorrindo.
— É claro que eu não iria deixar você fugir tão fácil assim da minha vida. Você é o homem dos meus sonhos e se ainda me aceitar, eu pretendo ser a sua esposa — falou a morena sorrindo e eu sorri.
— É claro que eu quero você como minha esposa! É agora que eu te beijo? — perguntei animado e ela ri alto.
— Achei que agora seria a aliança, mas eu aceito o beijo no lugar — brincou ela e eu neguei rindo antes de me ajoelhar a sua frente, tirando a caixinha do bolso.
— Agora na maneira tradicional... Savannah, aceita se casar comigo e me tornar o homem mais feliz do mundo? — fiz a pergunta abrindo a caixinha da aliança feita apenas para o dedo dela e ela sorriu emocionada.
— Sim! Sim sim sim! Eu aceito! — ela falou toda animada e eu sorri colocando a aliança em seu dedo antes de me levantar segurando em sua cintura.
Agora sim eu me sentia o homem mais sortudo do mundo novamente. Estava com a mulher da minha vida em meus braços, voltando a sentir o toque doce de seus lábios aos meus enquanto o mundo parecia ter sumido.
— FINALMENTE! — gritou minha irmã comemorando.
— Beauclarke voltou e vai casar! — gritou Heyoon estourando confetes dourados dentro do avião. Isso me fez desgrudar meus lábios dos lábios de minha noiva enquanto ela virava para olhar as duas malucas e eu a abracei por trás ouvindo os gritos e risadas delas.
— De onde surgiu esse confete? — perguntei curioso.
— Eu comprei em uma loja aqui do aeroporto antes de correr pra cá. Não me julguem — falou a coreana e todos riram.
— Às vezes eu acho que tenho as irmãs mais loucas do mundo e agora tenho certeza — disse minha noiva rindo.
— Okay, agora mudando de assunto, podemos ir comer algo? Está na hora do almoço... — disse a loira.
— Nós não íamos voltar pro Canadá? — perguntei e minha noiva me olhou com um sorriso de lado.
— Na verdade... Meus pais querem jantar com todos nós. Sina disse que não teria problema nenhum! — disse a morena em meus braços.
— Ah, Josh acabou de pedir Sav em casamento e vai conhecer os sogros. Isso vai ser bom demais! — comentou Heyoon sorrindo.
— Tudo bem! Estou ansioso para os conhecer e isso vai deixar você feliz, eu faço com muita vontade — disse beijando a bochecha da morena que sorriu animada.
— Ótimo! Vocês trouxeram roupas, não é? — perguntou a australiana.
— Trouxemos sim! Vamos para seu apartamento? — perguntou Sina.
— Sim! Vamos pra minha casa — disse a morena animada e eu ri fraco. Aquele dia prometia.
Savannah P.O.V
Acabamos indo para minha casa, eles deveriam estar bem cansados pela longa viagem, já que eram mais de 22h de vôo. Ao chegarmos no meu apartamento, mostrei o quarto de visitas para Sina, que ficaria nele com sua esposa, e deixei Josh em meu quarto. Enquanto eles foram tomar um banho para colocar uma roupa bem mais leve, claro que aproveitei e troquei de roupa, pois o calor estava forte demais naquela tarde, e fui para a cozinha preparar o almoço.
O nosso almoço foi cheio de risadas e conversas boas, depois as garotas me ajudaram com a louça suja antes de comermos um doce. Elas preferiram ir descansar um pouco, já que estavam com sono por conta da viagem, e fui para meu quarto com meu noivo.
— Espera... Você os trouxe para cá? — ele perguntou olhando os ursinhos na cama e eu sorri.
— Claro que trouxe. Você me deu, não ia deixá-los lá... — falei e ele sorriu.
— Agora vamos ter que levar de volta, afinal, eles são nossos filhos... — disse ele sorrindo e eu me deitei na cama fazendo sinal para ele deitar comigo.
— Claro que sim! Eles vão conosco amanhã. Que tal descansarmos um pouco? Precisa recarregar suas energias para o jantar hoje — falei e ele me puxou para deitar em seu peito.
— Então vamos descansar juntinhos, assim eu me sinto muito melhor — ele falou beijando minha testa.
~ Horas Depois...
Havia terminado de preparar um lanche para todos antes de nos preparar para o jantar. Montei a mesa, coloquei suco de laranja, mini sanduíches, um bolo de chocolate com cobertura, salada de frutas, uma Nutella, biscoitinhos e também morangos com chantilly. Preparei tudo enquanto as garotas ainda descansavam e Josh dormia no meu quarto. Abri a geladeira para beber um pouco de água e senti a pegada firme na minha cintura me puxando para trás enquanto beijos molhados eram deixados no meu pescoço.
— Josh... — suspirei baixo.
— Savannah, que droga... Eu estou morrendo de saudades de você por completo... Do seu corpo colado no meu... — ele disse de maneira sexy em meu ouvido e eu soltei um gemido baixo me virando para ficar de frente a ele.
— Josh, se contenha, a sua irmã e sua cunhada estão aqui, esqueceu? — falei séria e ele abriu um sorriso malicioso.
— Eu não estou nem aí! Estou morrendo de saudade de você — ele falou apertando minha cintura.
— Mas eu estou, vem cá — segurei a mão dele puxando-o para a dispensa.
Fechei a porta ligando a luz. Ele me puxou com força pela cintura enquanto nossos lábios se grudaram em paixão. Nosso beijo quente fez aquele espaço tão pequeno pegar fogo em minutos. Josh me colocou sentada em uma bancada vazia antes de descer sua calça com pressa.
— Temos algum tempo até elas aparecerem... Eu quero você — ele falou tirando minha calcinha.
— Me faça logo sua! — disse depois de levantar minha saia.
O loiro não tardou em me penetrar com vontade. Segurei em seus ombros enquanto ele apertava minha cintura. Nossos movimentos eram ritmados e rápidos, sentia seu membro me preencher por inteira enquanto eu arranhava sua nuca tentando conter meus gemidos.
— Josh... — gemi baixo jogando a cabeça para trás.
— Ah, que gostosa do caralho... Vai, Savannah... — ele gemeu, aumentando a velocidade das estocadas. Eu sentia minhas pernas começarem a tremer, sabia que estava próxima de gozar.
— E aí Sav, o lanchinho sai ou não? — ouvi a voz de Sina entrando na cozinha e então congelei, empurrando Josh para trás.
Ele, tão nervoso quanto eu, me colocou no chão e começou a vestir sua calça. Peguei minha calcinha e a vesti de novo, arrumei minha saia e saí da dispensa arrumando a blusa. O canadense saiu logo atrás de mim arrumando seu cinto.
— Ah não! Ah não, não, não! Vocês tinham que fazer isso na hora do lanche? Eu vou falar pra Heyoon que vamos lanchar no Starbucks aqui perto, isso não é seguro! — falou Sina completamente chocada.
— Pode comer, Sina, eu já tinha feito tudo antes — falei ficando vermelha de vergonha.
— Sério isso? Tem certeza que é seguro? Eu não vou engravidar comendo isso? — perguntou a loira.
— É seguro sim, porque na hora que eu ia gozar você apareceu para atrapalhar! — falou Josh atrás de mim.
— Muito obrigada maninho, vou ficar com essa imagem na cabeça, obrigada! — debochou a loira.
— Nem vem, Santa. Desce desse altar porque eu já vi você e Heyoon fazendo coisa pior! — retrucou o canadense.
— Gente, o que foi? Por que a demora no lanche? — questionou a coreana entrando na cozinha. Será que eu conseguia me enterrar de vergonha ali mesmo?
— A demora é porque esses dois foram fazer filhos e esqueceram de avisar a gente — falou Sininho.
— Mas é seguro comer isso? — perguntou Yoon.
— Ah, vão a merda! Comam logo, nós não íamos fazer nada sem terminar os lanches antes — falou Josh parecendo irritado.
— Que vergonha, meu Deus... Mas é seguro sim. Pode comer, Heyoon, eu já tinha terminado de fazer o lanche antes de... Vocês sabem!
Todos me olharam começando a rir enquanto eu não entendia nada. Após o lanche, fomos cada casal para seus quartos nos arrumarmos para o jantar. Claro que terminamos o que havíamos começado na dispensa em meu banheiro, dessa vez com tudo trancado e com privacidade.
Vesti um vestido azul de alcinhas com flores que era mais curto na frente e longo atrás, coloquei uma sandália de salto prata e fiz uma make simples, deixando meus cabelos ao natural antes de sair do meu closet e ver meu noivo, com uma camisa polo da mesma cor que meu vestido.
— Eu tenho mesmo a sorte de ter o noivo mais gato desse mundo! — falei e ele sorriu, me fazendo dar uma voltinha.
— Você que é a noiva mais gata do mundo inteiro e apenas minha para sempre — ele falou me dando um selinho e eu sorri.
— Vamos, já que combinamos na roupa, está na hora de ir — falo sorrindo e ele sorriu enquanto saímos do quarto de mãos dadas.
Josh P.O.V
As horas voaram, logo estávamos chegando ao restaurante onde Savannah havia combinado o jantar com os pais. Descemos do carro e sinto um nervosismo bater em mim. Acho que nunca fiquei assim para conhecer os pais de alguma namorada, mas agora era totalmente diferente, estava para conhecer os pais da minha noiva.
— Aqui é lindo demais! Preciso vir mais vezes para conhecer tudo — disse Sina sorrindo.
— Eu queria que pudéssemos ficar mais tempo, levaria vocês a tantos lugares... — disse minha noiva trancando o carro.
— Infelizmente não podemos ficar mais tempo, mas viremos quantas vezes conseguirmos — disse a olhando e ela sorriu afirmando.
— Aw, vocês são tão fofos, nem parece que estavam fazendo bebês numa dispensa há pouco tempo — falou Heyoon e todos rimos antes de ir até o restaurante.
Savannah falou com a recepcionista que nos levou até o segundo andar. Logo vi minha noiva agradecer e andar até um casal em uma mesa ao céu aberto. Era agora! Meus sogros.
— Filha! Que bom que já chegaram, você está linda — disse a mulher de cabelos loiros.
— Oi mãe! Oi pai! — disse a australiana sorrindo.
— Estrelinha, está linda — falou o pai dela beijando sua testa.
— Ai meu Deus, olha quem veio junto! Heyoon! Quanto tempo, querida! — disse a moça loira abraçando minha cunhada.
— Oi Emma! Oi James! Acho que vocês já devem ter conhecido a minha esposa Sina — disse a coreana.
— Conhecemos hoje cedo Como vai, princesa? Gostando daqui? — perguntou o homem de cabelos castanhos sorrindo.
— Estou amando cada vez mais aqui... — minha irmã falou tímida.
— Mamãe, papai, quero lhes apresentar o Josh — disse Sav segurando em meu braço.
— Ah! Rei Josh! É muito bom lhe conhecer pessoalmente. Ele é tão bonito quanto nas fotos, filha. Eu sou Emma e esse é meu marido James — disse a mais velha.
— É uma honra lhes conhecer, sua filha falou muito bem dos senhores — falei educado.
— Uhum... Rei Josh... Eu só não lhe acerto um soco na cara porque você é rei, mas saiba que eu sei tudo o que você fez para a minha filha — disse James sério com cara de mau, o que me deixou assustado.
— O—Olá, senhor C—Clarke... — disse engolindo em seco e logo ouvi a risada do homem a minha frente.
— Vocês viram? Eu coloquei medo nele! — disse o homem rindo alto e todas riram junto.
— Desculpa por isso, amor, meu pai tem um senso de humor bem diferente... — disse Sav rindo.
— Vamos, sentem—se para conversarmos melhor e... Savannah Clarke Bardot! O que é isso na sua mão? — falou a mãe da morena toda animada segurando a mão dela e vendo a aliança.
— Eu vou me casar! — disse minha noiva toda sorridente.
— O que? Ah! Minha garotinha vai casar! — comemorou Emma abraçando a filha.
— Bem-vindo a família, Rei Josh! — falou meu sogro me abraçando e eu retribuí o abraço sorrindo.
O restante da noite foi muito divertida. A comida estava incrível, o papo estava divertido e todos riam das piadas de James. Descobri que a família da minha noiva era pequena, divertida e muito amorosa. Aquela noite ficaria guardada em nossas memórias com toda certeza.
— Que horário vocês pretendem ir amanhã? — perguntou minha sogra.
— O mais cedo que conseguirmos, pois queremos chegar no Canadá ao amanhecer — falei e ela afirmou.
— Pois então eu levo vocês no aeroporto, vocês podem ir comer na cafeteria antes da viagem — falou o pai da noiva.
— Uhum... Já consigo sentir o cheirinho gostoso daquele cupcake — falou a coreana rindo fraco.
— Ah, se não for nos atrasar muito, eu gostaria de ir lá... Uma última vez — fala Savannah e eu a olhei sorrindo.
— Nós iremos sim! — confirmei e todos sorriram.
Ficamos mais alguns minutos conversando antes de todos irem para suas casas. Ao chegarmos no apartamento da Savannah, fomos todos nos trocar e dormir, já que precisávamos de energia para o dia seguinte.
Eu não conseguia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo: era a hora de voltar para o Canadá. Eu me sentia bem em falar isso, meu coração estava mais alegre em pensar que em algumas horas, eu estaria de novo no castelo — dessa vez, para morar permanente e criar novas raízes em um lugar novo, mas com pessoas que eu amo.
— Eu não acredito que estou vendo você partir de novo filha... Mas dessa vez eu te vi completa... Realizada — falou minha mãe quase chorando e eu sorri emocionada.
— Ah, mãe... Promete ir me visitar sempre? — perguntei e ela riu fraco.
— Eu prometo sim, irei sempre que conseguirmos — ela disse.
— Tudo bem. Faça o papai pegar mais leve na cafeteria e não deixem de me ligar sempre, eu deixei anotado a diferença de horário para ninguém se perder — falei e ela sorriu me abraçando.
— Vá ser feliz, minha filha, você merece — ela disse no meu ouvido e eu retribuí o abraço segurando as lágrimas.
— Obrigada, mãe... — sussurrei para ela, que sorriu me soltando.
— Josh! — disse minha mãe indo falar com ele.
— Estrelinha... Eu estou tão orgulhoso de te ver voando — meu pai falou.
— Ah, pai... — falei emocionada.
— Sem lágrimas... Sei que ele é o homem que te faz feliz, consigo ver nos seus olhos, o mesmo brilho que o de sua mãe. Seja você mesma sempre e nunca perca a sua essência... Se ele estiver te fazendo mal, liga que o papai resolve — ele falou sorrindo e eu ri antes de abraçá-lo.
— Obrigada, pai. Eu te amo — falei baixinho e ele me apertou no abraço.
— Eu também te amo, estrelinha... Vá lá brilhar que esse é o seu destino — disse ele me soltando e olhou Josh que se aproximou sorrindo para nós.
— É a hora, princesa — ele falou e eu sorri concordando com a cabeça.
— Faça minha menina feliz, Josh! — disse meu pai abraçando o loiro.
— Eu prometo que darei o mundo se ela pedir... Nos vemos logo, espero vocês na nossa casa em breve — o canadense disse me abraçando de lado.
— Nós iremos sim! Boa viagem! — disse minha mãe e nós subimos no jatinho.
Acenei pra eles até o jatinho começar a andar, então coloquei o cinto observando pela janela. Josh segurou minha mão e eu o olhei sorrindo antes de me deitar em seu ombro para aproveitar a longa viagem.
~ Horas Depois...
Novamente em solo canadense! Uau! Tudo mudava em questão de segundos na minha cabeça, eu havia deixado ainda pouco o clima quente do verão para chegar em Montreal tremendo de frio. Minha sorte foi Josh ter lembrado de pegar um casaco grosso para mim antes de fechar as malas. Já dentro do carro indo para o castelo, conseguia ver a neve caindo devagar enquanto crianças brincavam pelas ruas da cidade.
— Bem-vinda de volta ao seu novo lar! — disse Sina animada.
— É muito bom estar de volta! — falei e ela sorriu pra mim.
— Úrsula acabou de mandar mensagem perguntando se chegamos, já avisei que estamos voltando pro castelo, mas não falei que Savannah veio junto — disse a coreana e eu ri fraco.
— Ela vai ter duas surpresas logo cedo... Já estou até prevendo a festa — meu noivo disse rindo.
— Ela só vai querer exibir a nova nora, igual ao que ela fez com Heyoon — falou a loira.
— Mesmo eu já sendo da família não oficialmente — disse Yoon rindo fraco.
— Você sempre foi da nossa família, Heyoon, não adianta nem negar. Dividimos as fraldas, baixinha — disse Josh rindo e dando um soquinho na baixinha.
— Savannah! Precisamos ver os detalhes do seu casamento! — falou Sina com os olhos brilhando.
— Calma, gente, eu fiquei noiva não tem nem 24h — disse rindo e ela riu.
— Se contar o fuso horário tem mais... — brincou meu noivo rindo.
— Ele tá certo, mas a Sav também está certa... Vocês têm que decidir juntos o dia do casamento e todos os detalhes — falou a coreana.
— O dia pode ser hoje? — brincou Josh rindo e todas rimos.
— Amor! — Ri e ele deu de ombros.
— Mas, agora, falando sério... Você pode escolher a data que quiser, contanto que esteja linda indo até o altar — ele falou todo romântico e eu corei sorrindo.
— Aw, Darling... Você vai me ajudar a escolher tudo, não vai? — perguntei e ele afirmou sorrindo.
— Com certeza, na hora do bolo principalmente — disse o loiro rindo e eu ri lhe dando um selinho.
— Ah gente, isso é muito fofo! Estou quase pra vomitar arco-íris aqui — disse minha cunhada e eu ri alto.
— E eu estou enjoada de verdade, mas vocês são fofos — respondeu a coreana rindo fraco.
Logo o carro parou nas escadarias do castelo. A porta do carro foi aberta e todos descemos, minha sogra não estava na porta a nossa espera, ela deveria estar na sala de jantar, já que sabia que iríamos chegar com fome, então Sina e Heyoon foram na frente enquanto eu andava de mãos dadas com agora total liberdade pelos corredores do castelo.
— Quero fazer uma surpresa pra Úrsula — falei para o loiro.
— Tudo bem, nós entramos e eu vou falar que tenho uma surpresa, nessa hora você entra... O que acha? — perguntou ele.
— Claro, amor... Vai lá — falei beijando sua bochecha e ele entrou na sala.
Ouvi Úrsula falar com eles bem animada, rindo e conversando até que eu escutei o silêncio, então Josh falou da surpresa e eu sorri entrando na sala de jantar.
— Savannah! Graças a Deus! — gritou Úrsula animada me abraçando e eu retribuí sorrindo.
— Oi, sogrinha! Que saudade!
— Ainda bem que colocaram juízo na cabeça do meu menino e ele conseguiu lhe trazer de volta — disse a mais velha sorrindo.
— Nós sabemos o quão feliz você está mãe, mas é melhor você sentar, temos uma notícia — disse Josh e a mãe o encarou se sentando no sofá.
— Na verdade, são duas notícias... — disse Sina e todos a olharam.
— Duas notícias? Que sejam boas... Andem, contem tudo — disse minha sogra rindo fraco.
— Pois bem, a primeira notícia é que... Savannah e eu vamos nos casar! — disse o canadense depois de me abraçar pela cintura.
— AH! Finalmente! — gritou Úrsula comemorando e todos rimos.
— Ainda tem a outra notícia... — falei e ela riu respirando fundo.
— Essa notícia é algo bom também... Vamos ter um bebê! — falou Heyoon e nós gritamos ao mesmo tempo comemorando a notícia.
— Meu Deus! Eu caso o mais velho e viro avó! Aí meu Deus! Eu vou chorar — disse a mais velha já chorando.
— Caramba! Vou ser tio! — comemorou Josh abraçando Sina e eu abracei Heyoon.
— Meus parabéns, meninas! Desde quando estão escondendo isso? — perguntei curiosa.
— Descobrimos no dia em que eu gritei com Josh para ele tomar vergonha na cara e ir atrás de você — disse a coreana e eu ri alto.
Passamos a manhã toda nesse clima gostoso, fazendo brincadeiras, conversando sobre as notícias e tomando o café da manhã como uma boa família.
Josh P.O.V
Aquele dia não poderia ficar melhor do que já estava. Com as duas boas notícias pela manhã, eu estava mais do que animado para trabalhar de tarde. Tive uma reunião com o novo primeiro ministro, além de uma reunião com o presidente americano. Tratamos de vários negócios até o início da noite, então precisei ir ao meu quarto tomar um banho, já que iríamos receber a visita dos reis da Índia para um jantar.
Entrei em meu quarto e não encontrei as coisas de Savannah, achei que eu havia mandado deixarem as malas dela no meu quarto.
— Maninho, mamãe falou que está nos esperando lá embaixo em 10 minutos — disse Sina abrindo a porta do meu quarto.
— Tudo bem... Sina, você sabe o porquê das coisas de Sav não estarem aqui? — perguntei e ela me encarou rindo.
— Vocês só vão ter um quarto de casal quando casarem e, por enquanto, nada de dormirem juntos até o casamento, ordens da mamãe — disse a loira e eu revirei os olhos.
— Mamãe e suas ideias bobas — resmunguei.
— Ela fez o mesmo comigo, esqueceu? Hey... Você sabe que eu posso te ajudar... Você me ajudou — disse ela piscando e saindo do quarto.
Soltei uma risada fraca antes de ir logo tomar meu banho. Pontualmente às 20h, o rei e a rainha da Índia chegaram para nosso jantar. Eles ficariam dois dias conosco enquanto eu e o rei tratávamos de um negócio. Jantamos e conversamos muito, rimos e ainda aproveitamos para tratar de negócios.
— Rainha Shivani, eu só queria comentar que seu sári é lindo — disse minha noiva sorrindo.
— Ah, obrigada, Savannah. W pode me chamar apenas de Shivani ou Shiv — disse a morena.
— Tudo bem, Shiv. Eu sempre quis aprender a usar, acho tão delicado e deslumbrante ao mesmo tempo — falou Sav.
— Bom, se você quiser, posso te ajudar a usar um deles — disse a rainha sorrindo.
— Isso seria uma honra! — falou a morena ao meu lado.
— O que estamos esperando então? Vamos — disse a indiana se levantando.
— Tudo bem! Tchau, amor. — Sav sorriu antes de sair dali toda animada com Shivani.
— É, parece que elas se deram muito bem... — disse Bailey sorrindo.
— É mesmo... Creio que vão se tornar amigas — falei e ele sorriu concordando.
— As esposas felizes que nos fazem homens felizes — disse ele levantando a taça e eu brindei com ele antes de voltarmos a falar de negócios.
As horas passaram depressa. Logo estava em meu quarto, já de pijama, completamente sem sono. Não conseguia dormir, queria minha noiva ao meu lado, mas devido a bobagem que minha mãe inventou, eu não poderia... Ou poderia?
Calcei minhas pantufas e saí do quarto em silêncio, andei devagar pelo corredor escuro indo em direção ao quarto da morena, mas ao passar pela biblioteca, observei a porta entreaberta. Entrei fechando a porta e caminhei devagar entre as estantes, vi o flash da lanterna e abri um sorriso, andando até ela.
— Foi bem aqui que nos conhecemos pela primeira vez... Eu lembro da bagunça que você fez — disse e ela me olhou surpresa, dessa vez com um livro na mão e não vários caindo em nossas cabeças.
— E você como um belo cavalheiro, riu do nosso tombo e depois me ajudou com os livros... — ela disse vindo até mim.
— Foi então que eu descobri o amor, ouvindo suas histórias sobre os cangurus, escutando sua risada fofa e até vendo a sua marca de nascença. Eu me apaixonei por você, Savannah, no momento em que seus olhos brilharam para mim. — Eu lhe puxei pela cintura e ela abraçou meu pescoço, soltando o livro em algum lugar.
— Eu senti que algo tinha acontecido entre nós naquela noite, que não era uma maluquice da minha mente... Mas o convite para o piquenique e aquele beijo no luar... Isso me fez derreter por completa — disse ela sorrindo.
— Bom... Acho que onde começamos a nossa história deveria ser onde vamos dar mais um passo da nossa vida... Eu te amo, Savannah e jamais cansarei de falar isso — falei sincero e vi ela abrir um lindo sorriso.
— Eu te amo, Josh e pretendo falar isso pelo resto das nossas vidas... — ela falou antes de selarmos nossos lábios em um doce beijo a luz do luar.
Savannah P.O.V
Eu não poderia me encontrar mais feliz em algum momento da minha vida se não fosse naquele instante. Josh era o homem que me completava de todas as formas e era com ele que eu passaria o restante da minha vida. Eu jamais me arrependeria de tudo o que fizemos para chegarmos aqui.
Josh P.O.V
Eu não conseguia estar tão calmo quanto parecia, ainda mais vendo toda a correria que estava no castelo. Muitos tentavam decorar todo o jardim e o salão de baile, nem lembrava que tudo havia começado a uma semana atrás quando milhares de pessoas chegaram para decorar o castelo e a basílica de Notre Dame, onde iria acontecer o meu casamento. Sim, era isso mesmo, eu estaria casado até o final do dia com a mulher mais linda do mundo inteiro.
Falando na minha noiva, eu não a via faziam três dias. Segundo as tradições dos ancestrais, os noivos não deveriam se ver ou se falar durante três dias antes do casamento. Isso mostraria a verdade aos dois, para que eles realmente se sentissem prontos para falar "Sim".
— Toc Toc... Olha se não é meu cunhadinho quase casadinho! — disse Heyoon entrando no meu escritório.
— Olha se não é minha cunhadinha bem gravidinha — brinquei com ela, que riu fechando a porta.
— Você deveria falar bem gordinha, isso sim. Eu estou comendo não por dois, mas por um exército — ela disse rindo e se sentou na cadeira à minha frente.
— Você continua linda, Yoon, minha irmã com certeza fala isso o tempo todo — falei e ela afirmou.
— Isso é mesmo... Mas eu não vim pra falar sobre mim ou sobre esse bebezinho aqui, eu vim pra saber como você está hoje — disse a coreana apoiando as mãos nas pernas.
— Ah, Heyoon... Eu estou uma pilha de nervos, tudo que eu quero é ver minha noiva, saber se ela está bem, sentir ela... Eu acho que vou explodir até a hora do casamento, por isso vim pra cá tentar me distrair — disse ouvindo a risada dela.
— Se acalma Josh... A Sav está bem, Sina ficou com ela para a acalmar, voltamos do spa faz uns minutos. Daqui a pouco ela já vai fazer a maquiagem e o cabelo, porque faltam poucas horinhas pro seu grande dia — disse a menor animada.
— Não me lembra, baixinha, eu já estou nervoso o suficiente... Espero que eu consiga terminar os votos a tempo — disse e ela riu alto.
— Josh, você não deveria se preocupar tanto com isso. Quando me casei com Sina, eu não escrevi os votos, simplesmente ao vê—la andando na minha direção eu soube exatamente o que falar. Os votos vão vir do seu coração, pode ter certeza e quem sabe, daqui a um tempinho, você e Sav não vão estar assim como eu e sua irmã? — ela disse colocando a mão na barriga enquanto sorria e eu sorri junto.
— Espero em breve estar assim com ela... Se ela quiser filhos — disse e a menor riu.
— E você ainda dúvida disso? Ainda nem sabemos se é menino ou menina e sua noiva comprou ontem seis roupinhas neutras. Ela é doida por crianças e sei que ela pensa sim em ter filhos, já conversamos uma vez sobre isso... Bem, agora eu preciso ir, estou ficando com vontade de comer sorvete com mel e não vou deixar meu bebê passando fome — disse a coreana se levantando e eu ri me levantando para ajudar.
— Vai lá, baixinha e obrigada pela conversa... — falo a abraçando e ela retribui o abraço.
— De nada, cunhadinho. Agora relaxa que as horas passam rápido e logo vai ter sua australiana nos braços — ela respondeu sorrindo antes de sair da sala e eu me sentei novamente na cadeira.
Meus pensamentos voaram ao imaginar Savannah grávida, nossos filhos brincando no jardim, minha vida toda ao lado dela... Realmente, eu era um doido apaixonado.
Tudo passou muito rápido. Na hora do almoço, me encontrei com minha mãe e meus sogros na sala de jantar, então foi cheio de conversas gostosas e risadas para distrair um pouco.
— Bom, se vocês não se importam, eu estou doidinha pra ver a minha filhota, então eu vou lá — disse minha sogra se levantando.
— Ah, eu vou com você, Emma. Quero ver se elas estão bem e mimar um pouco minhas duas norinhas — disse minha mãe se levantando e as duas saíram dali conversando e rindo.
— Aproveitando que ficamos somente eu e o senhor, eu tenho uma proposta a lhe fazer... — disse e meu sogro me olhou curioso.
— Pois bem, meu filho, não vamos perder o dia falando de negócios, hoje é o dia do seu casamento — ele disse e eu ri fraco.
— Não se preocupe com isso. Bem, a minha proposta é o seguinte... — expliquei tudo ao homem que abre um sorriso interessado em ouvir tudo.
Algumas horas depois, já estava na hora de ir para a igreja. Ao chegar, cumprimentei algumas pessoas e fui até minha mãe para entrar com ela, mas então lembrei que minha sogra acabaria entrando sozinha.
— Mãe... Espera aqui um segundo – falei soltando o braço dela e fui até minha sogra que estava mexendo no telefone.
— Ok, querido... Até daqui a pouco. — Esperei ela guardar o telefone.
— Sogrinha... Eu não vou deixar você entrar sozinha — falei estendendo o braço e ela riu fraco.
— Meu anjo, você precisa entrar com sua mãe na igreja — disse Emma.
— E eu vou sim, vou entrar com minhas duas mães — falei sorrindo e ela riu fraco antes de segurar no meu braço.
— Então vamos que a sua noiva já está chegando — disse a senhora Clarke.
Voltei com ela até minha mãe, as duas seguraram em meus braços e assim nós entramos na igreja. Chegamos no altar, dei um beijo na testa das duas e elas foram para seus lugares, minha irmã veio até mim e sorriu, dando uma arrumadinha na minha gravata.
— O papai estaria muito orgulhoso de você agora... — disse a loira.
— Você acha mesmo? Acha que ele estaria feliz de verdade? — perguntei e ela afirmou.
— Tenho certeza disso. E você sabe que ele seria louco pela Savannah, afinal quem não gosta dela? — ela questionou e nós rimos.
— Amor, vamos sentar, a Sav chegou — disse a coreana sorrindo.
— Vão lá... Agora é a minha vez de esperar a noiva — disse sorrindo e elas sorriram antes de irem para seus lugares.
Respirei fundo mantendo minha ansiedade e olhei em direção a porta de entrada. A música começou a tocar, a grande porta se abriu, as daminhas entraram jogando flores para todos os lados. Era hora!
Savannah P.O.V
Era hoje! O grande dia! Eu estava surtando há uma semana, mas hoje era o pior dia, ou melhor, as piores horas, já que eu estava trancada em um quarto, esperando uma equipe vir arrumar meu cabelo e minha maquiagem, enquanto o meu vestido estava bem ali no closet. De tão nervosa eu não consegui nem comer direito, só andando de um lado para o outro, o que deixou Sina rindo de mim.
— Cunhadinha, você vai acabar ficando tonta. Senta aqui e termina de comer ou vai passar mal também — disse a loira e eu suspirei me sentando.
— Desculpa, mas eu não consigo ficar parada, estou quase para explodir aqui — falei e ela sorriu segurando minha mão.
— Eu sei disso, Sav, eu também fiquei assim, mas você precisa se acalmar... Respira fundo e tenta terminar de comer, não queremos você passando mal hoje — disse ela e eu afirmei com a cabeça, voltando a almoçar.
— Eu voltei, desculpa a demora, fui ver o Josh e parei para matar um desejo... — disse Heyoon entrando no quarto enquanto comia algo.
— Graças a Deus você voltou, amor, já estava preocupada! Oi, amor da mamãe — disse minha cunhada indo até a esposa e deixando um beijinho em sua barriga antes de lhe dar um selinho.
— Como ele está, Yoon? Ele comeu direitinho? Ele está bem? Feliz? — perguntei e ela riu sentando a minha frente junto da esposa.
— Ele está tão nervoso quanto você, mas está doido pra te ver, então respira que os dois estão ansiosos e logo tudo isso passa... — ela respondeu voltando a comer uma batata frita?
— Amor, que mistura é essa? — questionou Sina.
— Eu queria sorvete com mel, mas fiquei com vontade também de batata frita com chantilly, então o chefe fez tudo isso pra mim — ela disse e nós rimos.
— Será que toda grávida tem desejos estranhos? — perguntei e elas riram.
— Tem! Com certeza, eu quando estava grávida de Josh, comi abacaxi com sal — disse minha sogra entrando no quarto.
— Eu comia muita maçã com canela e manteiga — disse minha mãe e todas rimos.
— Nossa, as vontades de Heyoon ainda não chegaram nesse nível — comentou a loira mais nova e todas rimos alto.
— Isso é apenas o começo, minha nora — disse minha sogra.
Ficamos conversando por algum tempo. Eu adorava ficar rodeada das mulheres que faziam parte da minha vida, isso me deixava mais calma. Logo a equipe chegou e começamos a nos preparar, algumas horas mais tarde já estávamos todas prontas. Eu estava sozinha no quarto, completamente vestida, já havia tirado algumas fotos e agora só esperava por meu pai para me levar ao altar para então eu me casar com o homem que mudou a minha vida... Era tudo um sonho que eu ainda não havia acreditado.
— Filha? Está na hora — disse meu pai entrando no quarto e eu respirei fundo saindo do closet.
— Oi, pai. — Ele abriu um sorriso e notei seus olhos cheios de lágrimas.
— Minha garotinha... Você está tão linda... Não acredito que você está se casando hoje... Eu ainda te vejo como a minha garotinha... — meu pai falou emocionado.
— Ah pai, eu sempre vou ser a sua garotinha — falei sorrindo emocionada.
— Eu sei, minha menininha. Bom, não vamos chorar, hoje é o seu dia... Vamos para a igreja — ele disse e eu afirmei sorrindo.
— Vamos, está na hora de eu me casar!
Saímos do castelo junto, entramos no carro e o motorista começou a dirigir até a igreja. Meu pai ligou rapidamente para minha mãe e eu comecei a observar tudo pela janela... Quem diria que eu estaria aqui hoje, vestida de noiva, pronta para me tornar uma rainha e prestes a me casar com o homem dos meus sonhos...
Ao chegarmos na igreja, meu pai desceu do carro me ajudando a descer, respirei fundo e subimos as escadas da igreja. Sentia uma chuva de flashes na minha direção, mas nada parecia me distrair.
As portas da igreja se abriram, as daminhas começaram a andar e então eu segurei o braço de meu pai e o buquê e respirei fundo antes de começar a andar na direção dele. Josh estava sorrindo todo bobo enquanto me encarava, sorri sem tirar os olhos dele antes de meu pai segurar minha mão e colocar sobre a mão do loiro.
— Cuide da minha garotinha — meu pai falou sorrindo.
— É o que eu pretendo, pelo resto da vida — disse Josh sorrindo.
Meu pai foi para seu lugar, Sina pegou meu buquê e então o padre começou a cerimônia. Depois de alguns minutos de discurso, chegou a hora de nos virarmos ficando frente a frente. Nos encaramos sorrindo antes do padre liberar que falemos os nossos votos.
— Agora os noivos vão declarar seus próprios votos. Começando pela noiva... – disse o padre e eu respirei fundo antes de começar.
— Josh... Eu jamais imaginei que um dia estaria aqui, vivendo um sonho de criança, mas ao teu lado, descobri que qualquer sonho pode se tornar realidade se vivido com a pessoa certa. Eu descobri o amor ao teu lado, descobri uma nova vida com você... A forma como nos conhecemos naquela madrugada na biblioteca, mostra que duas pessoas completamente opostas podem se apaixonar com apenas um olhar. Por mais que a vida se complique, que surjam dificuldades, momentos ruins, tenho certeza que sempre estaremos de mãos dadas, unidos e enfrentaremos todas as tempestades juntos. Mais do que meu marido, você é meu melhor amigo, minha pessoa favorita e a única pessoa que me completa... Eu te amo, Josh — falei emocionada e ele sorriu, também emocionado.
— Agora, os votos do noivo — disse o padre.
— Minha doce Savannah, graças ao brilho dos seus olhos, eu consegui voltar a sorrir. Devido a te encontrar na biblioteca, meu coração aprendeu o significado de amar. Após ouvir sua risada doce, ninguém no mundo me fez sorrir tão rápido quanto aquela sua forma desastrada de tentar guardar um livro na estante... Eu nem tenho palavras suficientes para descrever como sou grato por ter uma mulher tão forte ao meu lado e só quero poder acordar todos os dias e dizer eu te amo a todo momento — ele falou e eu sorri, limpando uma lágrima teimosa.
— Senhorita Savannah Clarke Bardot, você aceita Joshua Kyle Beauchamp como seu legitimo esposo e promete ser fiel, amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de suas vidas? — o padre perguntou.
— Eu aceito — falei sorrindo e o padre me entrega a aliança.
— Coloque no dedo de seu noivo e repita “Ao colocar essa aliança em seu dedo, uso—a como símbolo de nossa união, jurando—te amor pelo resto de nossas vidas” – disse o padre baixinho.
— Ao colocar essa aliança em seu dedo, uso—a como símbolo de nossa união, jurando—te amor pelo resto de nossas vidas — falei colocando a aliança no dedo do canadense.
— Joshua Kyle Beauchamp, você aceita Savannah Clarke Bardot como sua legitima esposa e promete ser fiel, amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de suas vidas? — o padre perguntou e ele sorriu me encarando.
— Eu aceito e ao colocar essa aliança em seu dedo, uso—a como símbolo de nossa união, jurando—te amor pelo resto de nossas vidas — disse o loiro pegando a aliança e colocando em meu dedo.
— Para seguirmos a tradição real, peço agora que nossa amada rainha Úrsula suba aqui para a entrega das coroas — disse o padre, minha sogra andou até nós subindo no altar, pegou a coroa do rei e olhou sorrindo para o filho.
— Eu estou aqui fazendo isso por mim e por seu pai, ele está tão orgulhoso de ter um filho dedicado e talentoso como você — disse a loira colocando a coroa na cabeça do filho.
— Obrigada, mãe — ele respondeu abraçando a mais velha, que retribuiu o abraço, pegou a coroa que era dela e se virou para mim.
— Eu quero que você entenda que o peso que essa coroa possa representar não deve ficar apenas guardado em você. Jamais deixaremos você sozinha, não pense nisso como um título. Pense nisso como sua família, vai tornar a sua vida mais leve e feliz. Além disso, você pode sempre contar comigo ou com o marido maravilhoso que você terá — disse Úrsula colocando a coroa em minha cabeça e eu a abracei sorrindo.
— Obrigada por tudo, Úrsula — falei baixinho e ela retribuiu o abraço.
— De nada, querida e bem-vinda mais uma vez à família — ela disse sorrindo e desceu do altar.
— Para finalizarmos a cerimônia, pelo poder em mim investido, perante Deus e a sociedade, eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva — disse o padre sorrindo.
Josh sorriu me encarando antes de me puxar pela cintura e colar seus lábios nos meus em um beijo de recém—casados, o melhor de todos.
Depois que saímos da igreja, voltamos para o castelo para nossa festa de casamento. O jardim estava todo decorado com flores, as mesas ficavam embaixo de tendas para evitar o sol, mesmo ele já começando a ficar fraco. Nossa primeira valsa como casados foi linda, ao som da nossa música de amor. Após a festa, trocamos de roupa e encontramos todos da nossa família na porta do castelo, nos despedimos deles antes de entrarmos no carro para irmos para a nossa lua de mel nas Maldivas.
— E chegamos — meu marido disse abrindo a porta do quarto. Ele colocou as malas dentro e voltou, me pegando no colo.
— Amor! — Ri e ele entrou com o pé direito no quarto, fechando a porta comigo ainda em seu colo.
— Jamais deixaria de fazer as tradições que trazem sorte para nós, ainda mais que o meu desejo é ter sorte pelo resto da vida ao seu lado — ele falou me deitando na cama e eu sorri puxando-o pela gola da camisa.
— Nós já temos sorte, meu amor. Se não tivéssemos, não estaríamos aqui agora. Eu te amo, Josh — falei baixinho e ele sorriu.
— Eu te amo, Savannah — ele disse baixinho e nos beijamos.
O dia poderia ter acabado, as horas poderiam correr, o sol poderia nascer, a lua brilhar, as estrelas cair, mas naquele momento, o que importava era apenas Josh e Savannah, o nosso amor e o que nosso destino nos reservava.
Josh P.O.V
Eu odeio estar longe da minha esposa, mas eu sabia que ela não poderia viajar comigo. Estar em uma cidade tão bonita quanto Toronto não era nada quando minha amada não estava ao meu lado. Eu só queria terminar aquelas reuniões, entrar no jatinho e voar de volta pra minha casa, ainda mais que amanhã era meu aniversário.
Saí dos meus pensamentos ao escutar meu telefone tocar e abri um sorriso ao atender a vídeo-chamada e encontrar o rostinho de minha esposa ainda sonolenta.
— Bom dia, minha princesa. Você não deveria estar acordada tão cedo assim... — falei e ela abriu um sorriso.
— Bom dia, Darling. Eu liguei pra ver como você dormiu... — ela falou bocejando e eu sorri todo bobo observando cada detalhe dela.
— Eu dormi com saudade do seu corpo grudadinho no meu, mas parece que você não dormiu muito bem... Está com um pouquinho de olheiras — falei e ela suspirou fraco.
— Eu não dormi muito bem, acho que comi algo que me fez mal. Mudando de assunto, que horas você vai chegar? — ela perguntou curiosa.
— Eu chego no cair da noite, meu amor... Bom, eu preciso correr agora para a reunião ou não vou conseguir sair daqui tão cedo quanto eu gostaria — falei e ela sorriu afirmando.
— Tudo bem, amor. Eu te amo, até mais tarde — disse minha mulher e eu sorri.
— Te amo. Até a noite, princesa — me despedi e desliguei o telefone.
O restante das horas passou tão devagar que eu não aguentava mais ficar esperando tudo terminar. Quando consegui, peguei o táxi para o aeroporto e fiz o mais rápido possível para voltar para minha casa.
Ao chegar novamente em Montreal, pedi para o motorista parar em uma joalheria antes de seguirmos para o castelo. Assim que o carro parou, entrei no palácio e logo vi minha irmã, minha cunhada e meu sobrinho saindo de casa. O pequeno Thomas era a cópia de Sina, Heyoon só havia emprestado o corpo dela para ele. Agora era a vez de minha irmã estar grávida: ela esperava por Melissa, uma garotinha que prometia ser a cópia de Heyoon.
— Irmão! Que bom te ver! Como foi a viagem? — perguntou Sina.
— Titio! — gritou o garotinho loiro que era a cara de minha irmã, Heyoon realmente só gerou o pequeno.
— Foi tudo bem irmãzinha... Oi, carinha! — falei pegando ele no colo, que riu me abraçando.
— Vamos blincar titio! — disse o pequeno e eu ri fraco.
— Agora não, filho, vamos jantar na casa do Dylan esqueceu? — disse Heyoon e ele se jogou no colo da morena.
— Vou blincar com o Dy — falou Thomas.
— Se divirta, carinha, amanhã nós brincamos juntos, o titio promete — falei e ele afirmou sorrindo.
— Vamos logo ou iremos atrasar... — disse a loira.
— Vocês viram minha esposa? — perguntei e elas negaram.
— Ela estava indisposta e foi para o quarto depois do almoço... — falou a coreana.
— Tudo bem... Bom passeio, meninas — falei e elas agradeceram sorrindo.
Fiquei observando até elas saírem de casa e abri um sorriso ao imaginar quando isso iria acontecer comigo. Gostaria de ver uma mini Savannah e um mini Josh correndo pelo jardim, jogando bola e nos acordando todas as manhãs pulando na cama.
Andei até nosso quarto e entrei encontrando tudo escuro. Liguei as luzes, peguei um bilhete que estava sobre a cama e abri. Era da minha mulher, ela estava me esperando na casa do lago. Sorri deixando meu casaco na poltrona, tomei um banho rápido, troquei de roupa.
Saí do castelo, peguei meu cavalo e fui direto para a casa do lago. Ao chegar na casa, deixei Maximus no cercado e entrei, sentindo um aroma maravilhoso, um cheiro perfeito de flores enquanto minha amada Savannah cantarolava na cozinha.
— Savannah? Amor? — chamei por ela que saiu da cozinha com um sorriso lindo.
— Josh! Amor! — ela disse animada e correu para me abraçar, eu a abracei lhe dando um longo beijo cheio de saudade.
Ficamos em um clima gostoso de carinho e beijos até depois do jantar. Fomos pra fora da casa, já que o clima estava bem agradável e então nos sentamos em uma toalha na grama.
— Eu tenho um presente pra você — disse e ela me encarou sorrindo.
— Mas amor, é o seu aniversário e não o meu. Eu que deveria lhe dar o seu presente — disse ela rindo e eu sorri lhe entregando a caixinha.
— Você merece presente todos os dias, amor. Afinal, você que é o meu presente... Agora abre, quero ver se vai gostar.
Ela sorriu abrindo a caixinha e encontrando a pulseira de borboleta.
— Ah amor, ela é linda! — disse a morena sorrindo para mim.
— Eu achei ela perfeita para você... Agora vamos ver como fica com você usando. — Peguei a pulseira, ela estendeu a mão para mim, coloquei a pulseira nela e beijei sua mão.
— Você realmente não para de me surpreender. Mas agora que já passou da meia noite... Feliz aniversário, meu amor. — Ela me deu um beijo e entregou uma caixinha branca pra mim.
— Ah, Sweet, você sabe que não precisa comprar nada pra mim...
— Esse presente é especial. Abre, amor — ela falou sorrindo e eu sorri antes de abrir a caixinha. Surpreso, li a mensagem sentindo os olhos ficarem cheios de lágrimas.
— Isso... Isso é... Sério? — perguntei e ela sorriu emocionada.
— Sim, amor. Feliz aniversário, futuro papai — disse ela e eu a abracei quase chorando. Com certeza era o melhor presente de aniversário que eu poderia ganhar na vida.
~ 5 Anos Depois...
Savannah P.O.V
Abri meus olhos me acostumando com a claridade e bocejei sentando na cama. Olhei em volta não encontrando Josh, suspirei fraco me deitando de novo, então ouvi um barulho na porta e fingi estar dormindo ouvindo as conversas.
— Vocês têm que ir devagar e então pular na cama — Josh falou e segurei a vontade de rir.
— Tá bem, papai... — Ouvi as crianças sussurrarem e então elas se jogaram na cama rindo alto.
— Aaah! — fingi acordar com o susto ouvindo a risada deles.
— Feliz aniversário, mamãe! — as crianças gritaram animadas e me abraçaram fazendo eu cair na cama agarrada neles.
— Obrigada, meus amores... Uau, é muito bom ser acordada com esse tanto de abraços quentinhos! — Eles riram alto quando enchi os rostos deles de beijos.
— Mamãe, temos um presente pra você — disse Ayla.
— Fizemos juntos ontem! — falou Justin animado.
— Aqui, mamãe — disse Louise entregando o desenho e eu sorri toda boba olhando o desenho.
— Isso é lindo, meus amores, eu amei!
— Okay, filhotes, hora de irem se arrumar pra escola... — disse Josh.
— Ah não, papai! — resmungou Justin.
— Ah sim sim... Vamos lá ou não vão poder comer doces de tarde — meu marido ameaçou e os três pularam da cama correndo pra fora do quarto.
— Isso sempre dá certo — falei e ele riu fechando a porta do quarto antes de vir até mim.
— É mesmo. Feliz aniversário, minha princesa, eu te amo muito — disse o loiro se inclinando e eu sorri.
— Obrigada, meu amor, eu também te amo muito! — falei lhe dando um selinho.
— Vem, eu preparei um banho gostoso de banheira pra gente e nós dois vamos dar uma fugidinha à noite — ele falou e eu sorri me levantando da cama.
— Uhum, isso parece ser uma proposta bem tentadora. — Abracei seu pescoço e ele riu me puxando pela cintura.
— Tenho certeza que você vai achar mais tentadora ainda quando descobrir os meus planos... — ele disse e eu ri alto.
— Que tal me mostrar um pouco dos seus planos para à noite ainda agora? — sugeri e ele me segurou pelas coxas enquanto eu dava um impulso para ficar em seu colo.
— Você quem manda em tudo, minha rainha — disse ele me levando pro banheiro.
~ Horas depois...
Era surreal ainda pra mim acreditar que eu estava realmente vivendo tudo aquilo que a minha "eu" de cinco anos sonhava. Estar casada com um rei que era o homem mais perfeito do mundo, ser mãe de três crianças lindas — a minha doce Ayla de 6 anos, a nossa mistura perfeita, uma réplica misturada de mim e Josh, enquanto meus amados gêmeos Justin e Louise de 3 anos, eram mesmo parecidos conosco, Justin era um mini Josh e a Lou era uma mini eu. Tinha dois lindos sobrinhos, Thomas e Melissa, além de meus pais mais pertinho de mim, minha sogrinha e minhas duas irmãs de coração, Sina e Heyoon. Jamais pensei que minha vida seria dessa maneira, mas se tinha algo para pensar nesse dia, é que devemos acreditar em nossos sonhos, pois eles sempre se tornarão realidade.