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Revisada por: Selene 🧚‍♂️ (Mia)

Última Atualização: Fanfic Finalizada

Tudo indicava que eu estava andando em círculos, perdida no meio daquela floresta. tinha dito para encontrá-lo em uma cabana, mas eu já tinha rodado aquele lugar todo e não encontrei cabana alguma. Uma sensação estranha de que estava sendo observada me dominou, e eu tentei ficar calma. Se fosse alguém se esgueirando em meio aos arbustos, tudo poderia dar errado; eu não deveria estar ali. A sensação ficou mais forte e então eu comecei a correr, se alguém estivesse realmente ali, os seus passos logo atrás o entregariam. Escutei a pessoa correr também e segurei meu vestido longo, de modo que não tropeçasse nos meus próprios pés. Uma mão me agarrou pela cintura e então eu caí em cima de quem quer que fosse; era . Comecei a respirar um pouco mais aliviada, e um sorriso descontraído se formou nos meus lábios.

— Você parecia uma gazela encurralada — ele disse, com resquícios de riso na voz.

— E você um super boboca. — Eu me desvencilhei dele e levantei, tirando um pouco de terra e folha do meu vestido.

— Você se saiu muito bem, minha bela dama.

— Me poupe dos seus elogios sem fundamento.

— Por que está assim? Você não é tão arisca comigo. — ele disse, ao passo que se aproximava de mim e colocava minha franja atrás da minha orelha.

— Meu pai, ele aceitou o dote que o Conde ofereceu por minha mão.

— Mas ele disse que eu poderia ter a chance de apresentar o meu dote, disse que me daria a sua mão em casamento. — me encarou, desnorteado.

— Não sei como acreditou nele. Ele só queria ganhar tempo, querido. — Eu acariciei a mão dele, que estava caída ao lado do seu corpo. Ele parecia abatido e triste.

— Quando isso aconteceu??

— Hoje pela manhã. Eu os vi tomando café e saí pelos fundos — eu disse, apreensiva ao me lembrar da cena em que os dois homens apertaram as mãos.

— Graças aos céus eu te mandei o bilhete ontem. Ele deve querer casar vocês no início do mês; eu não a veria mais. — me abraçou com uma urgência que eu nunca tinha visto.

— Eu estou aqui, vamos ficar juntos por agora. — eu disse, enquanto tentava não pensar no tal casamento.

— Agora, mas e depois?

— Eu só preciso do agora para ser feliz, , porque o meu agora é você.

selou os nossos lábios com delicadeza e me abraçou novamente. Ele se sentia traído por meu pai tê-lo passado para trás, e se sentia fraco por não poder impedir o casamento. Eu sabia que ele estava se martirizando por dentro por não ter condição o suficiente para cobrir o dote do Conde, e sabia também que ele cedo ou tarde abriria mão da nossa relação; ele sempre dizia querer o melhor para mim. Eu não queria me casar com um cara que eu mal conhecia, aquilo esmagava meu coração e me deixava com falta de ar só em pensar. Nunca imaginei que casaria por outro motivo que não fosse o amor, e lá estava eu, divagando mais uma vez sobre todas as coisas que nunca aconteceriam, mas que eu imaginei. Apertei os meus braços ao redor do seu corpo robusto e segurei a lágrima que estava prestes a cair. Eu amava com todas as minhas forças.

— Onde fica essa cabana realmente? Andei pela floresta toda e não a achei. — Eu quebrei o silêncio depois de alguns minutos.

— Por aqui, madame. — se afastou e pegou a minha mão; me guiando para o lado oposto ao que viemos.

Andamos por alguns minutos, até a cabana ficar visível a alguns metros. Ela era pequena e parecia ser bem aconchegante por dentro. Várias folhas pintavam seu telhado e também perto da porta. me guiou até ali e abriu a porta, com o que parecia ser um pedaço de madeira.

— É meio que uma fechadura. — ele disse quando notou que eu observava.

Seguimos para dentro da cabana, e lá era realmente aconchegante. O cheiro ali dentro era bom, um pouco doce, porém nada enjoativo. Ele colocou a sua capa em cima de uma estante e me ajudou a tirar a minha também. Eu andei em direção à mesa perto da janela e observei cada detalhe daquele móvel. Parecia ter sido feita com muito cuidado, pois os seus detalhes eram muito bem feitos.

— Eu que a fiz. Minha mãe costumava vir aqui antes de morrer com a gripe, essa foi a casa da minha avó por um tempo antes de…

— Antes de a executarem na fogueira. Sinto muito por isso, . — Eu completei a sua fala receosa.

— Enfim! A minha mãe sempre me disse para trazer a garota que um dia eu quisesse me casar e então… Esse lugar foi muito importante para as duas únicas mulheres que eu já amei na vida, e espero que de certa forma seja para você agora. — disse tranquilamente e me abraçou por trás, apoiando seu queixo na minha cabeça, por ser mais alto.

— Eu nunca esquecerei este lugar.

Eu me virei, ficando de frente para o corpo dele, e o beijei com intensidade. Suas mãos apertaram a minha cintura, e eu apertei a sua nuca. Podíamos sentir o sabor da saudade ao passo que o nosso beijo se estendia. me guiou para um canto e eu caí sentada num espaço macio, me dando conta depois de que era uma cama. Se fosse ser uma despedida, eu iria eternizar aquele momento. Nos encaramos por um breve minuto e ele entendeu o que eu queria, me ajudando com o vestido logo em seguida. Nos despimos em sincronia, sem cortar o nosso contato visual. Ele me beijou como se fosse a última vez, e eu apertei o seu ombro. O seu cheiro cítrico se misturou com o doce do lugar e eu me senti entorpecida. Seu corpo estava colado ao meu sem nenhuma peça de roupa impedindo isso. O nosso contato era intenso, rápido e ardente. Eu o queria mais que tudo, e ele demonstrava o mesmo. estava por cima e parecia ansioso por aquele momento. Eu não fazia ideia do que fazer, mas ele sim. Ele pediu que eu fechasse os olhos, e então senti os seus lábios passearem pelo meu corpo. Me arrepiei quando ele chegou aos meus seios e colocou um deles em sua boca; o contato quente e frio era delirante e fazia com que a região entre as minhas pernas começasse a latejar. Apertei os seus ombros e gemi no seu ouvido, despejando todo desejo que eu tinha acumulado. Senti a sua boca tocar meu pescoço e então beijar meu ombro, num sinal delicado e apaixonado. Eu poderia ficar desse mesmo modo pelo resto da minha vida, mas meu corpo implorava por mais e eu só queria atendê-lo. Enlacei minhas pernas na sua cintura, e ele me encarou com os olhos transbordando desejo, eu não aguentaria esperar por mais tempo. Beijei-o com intensidade mais uma vez enquanto acariciava sua nuca e afundava mais e mais minha mão nos seus cabelos negros. segurou a minha cintura com firmeza e aproximou ainda mais o seu corpo do meu, colando os nossos corpos nus. Senti as nossas intimidades se tocarem de leve e o meu íntimo implorar por um contato maior. Puxei a sua cintura em direção à minha, e ele travou o corpo.

— Tem certeza que quer isso, ?

— Sim! — eu disse sem hesitar.

— Assim que fizermos isso, seremos um do outro para sempre.

— Quero ser sua para sempre. — eu disse, com toda a confiança que consegui reunir.

Ele relaxou seus braços e os colocou ao meu redor como um abraço meio frouxo. Ao passo que ele fazia isso, as nossas intimidades se aproximavam mais. pegou uma de minhas mãos e a ajudou a guiar o seu membro ereto até o seu ponto de partida para dentro de mim. Minha mão tremeu de leve e ele a segurou com firmeza, ao passo que eu sentia o seu membro me preencher. Soltei a respiração que eu nem percebi que prendia e me permiti aproveitar aquela mistura de sensações. Fechei os olhos quando senti uma dor um pouco aguda me atingir e recuar. Eu era virgem. Isso não era novidade alguma para ele, contudo, sua expressão era tão dolorosa quanto a minha. Indiquei com a cabeça para que ele continuasse com os movimentos e ele continuou; eram movimentos de vai e vem, com o tempo eu consegui me adaptar e aproveitar a parte boa daquilo tudo. Minha intimidade pulsava em dor e prazer, não demorando muito para o prazer me dominar e os meus gemidos encherem o ambiente. Ele colou os nossos lábios, e eu senti o suor escorrer pelas suas costas, se misturando com os que escorriam entre meus seios. Estava selado.

A noite tinha caído lá fora e eu estava deitada na cama com . A sua respiração era suave e me fazia relaxar. Eu não consegui dormir, mas percebi que ele estava num sono profundo. Seus lábios entreabertos revelavam o dia exaustivo de trabalho que tivera. Observei cada detalhe do seu rosto como se fosse a última vez, e beijei a sua testa. Sem dúvidas, ele era o meu desejo mais ardente e o meu amor mais vermelho.



FIM.


Nota da autora: Muito obrigada por ter lido essa história, e eu espero muito que tenham gostado. (um obrigada a Taí por ter dado sinal verde para o envio dessa fic ) 🥰 ❤🥰 ❤?
Nota da bethinha 🧚‍♂️: Que saudades que eu tava de ler algo da May! Eu amo a sua escrita de paixão, sério. Ela é gostosinha demais de ler e também de revisar. Amei essa pp, muito fofa, apesar do destino triste que a cerca em meio a uma era tão machista. Fiquei me perguntando se no fim ela se casou mesmo com o outro homem. Vou torcer na minha cabeça pra que ela tenha resolvido fugir e ficar com o amor dela, no fim. Ela merece ser feliz... e dá pra ver que os dois são fofinhos demais juntos. Triste demais estarem proibidos. Eles me passaram muito aquela vibe de casais destinados, do fio vermelho. Como se independente do tempo ou do lugar, sempre encontrarão o caminho de volta um para o outro. 🥺 amei o hot também, extremamente romântico. Amo hots assim. Nos traga mais agora mesmo, dona May. Isso é uma ordem!


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