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Revisada por Selene 🧚‍♂️ (Mia)

Última Atualização: Set/2024

CAPÍTULO 1

Acordei super feliz, hoje faço 17 anos e, apesar da minha febre estar muito alta ultimamente, nada estragará o meu aniversário. Abri meus olhos e fiquei observando meu quarto, ele tinha as paredes rosas, bem claras, com uma estante de uma madeira bem clarinha perto da porta do meu banheiro. Minha escrivaninha, como a estante, abaixo da janela, que dava vista para uma floresta linda que fica atrás da minha casa, com o meu note da Minnie e alguns quadros em cima dela, além de uma poltrona branca na frente da estante para que eu pudesse ler meus livros queridos, e minha cama, que ficava de frente para a porta do quarto. Simplesmente perfeito, como eu sempre sonhei. Eu e minha mãe nos mudamos pro Canadá havia pouco mais de um ano, por causa do seu trabalho, foi difícil abandonar o calor aconchegante do Brasil para vir para o frio congelante, mas nada que eu não possa me acostumar, certo?

Quando eu estava pensando em levantar, minha mãe abre a porta do meu quarto, com uma bandeja enorme de café da manha.

— Parabéns, minha princesa.

— Ah, obrigada, mãe – Disse eu enquanto ela colocava a enorme bandeja no meu colo e se sentava na poltrona. Olhei para a bandeja, ela estava cheia das coisas que eu mais gostava de comer, chocolate quente, ovos com bacon, marshmallows e muitas coisinhas a mais que eu amo comer. – Não precisava...

— Ai, filha, claro que precisava. Agora coma logo e se vista para o colégio – Disse ela, rindo da cara que eu fiz quando falou que eu teria que ir pro colégio. – Menos, vai... Hoje é sexta, pense bem, amanha não tem aula. – Tentou me animar

— Mas não to a fim de ir pra escola hoje...

— Sem mais, mocinha, você vai sim.

— Ok, mãe...

Terminei de comer meu "singelo" café da manhã, que estava delicioso como sempre, e fui tomar banho. Assim que acabei, fui rapidamente me trocar, coloquei uma blusa de manga comprida de lã azul, uma calça jeans e um all star preto. Peguei minha mochila, coloquei alguns livros nela e desci as escadas. Lá em baixo tinha um bilhete da minha mãe:
Filha, tive que sair mais cedo, você sabe...
meu trabalho é um pouquinho corrido. De noite estou de volta. Te amo.

Às vezes tenho pena da minha mãe, ela trabalha muito para me sustentar. Acho que me esqueci de contar quem sou... Bem, sou Lawnt. tenho 17 anos e sou adotada. Minha mãe se chama Sophie e me adotou quando eu tinha mais ou menos uns 3 anos. Ela me disse que minha mãe verdadeira havia morrido em um acidente e meu pai teve que cuidar de mim e mais 3 irmãos cujo Sophie não sabia nada. Meu pai, não sabendo como sustentar-nos, pediu à minha mãe, que fazia uma pesquisa na cidade em que eu nasci (ela também não me falou o nome, acho que por medo de me perder, não sei) e ela ficou comigo. Enfim, eu sou morena, tenho mais ou menos 1,67 de altura e meus cabelos são lisos até a metade das minhas costas. Totalmente o contrário de minha mãe, que é branca como a neve, loira de olhos verdes e cabelos enroladinhos.

Olhei no relógio e vi que faltavam poucos minutos pra primeira aula. Legal, vou chegar atrasada de novo... Estranhei que o bilhete era meio pesadinho, olhei no seu verso e vi que tinha uma chave de carro, estranho... Tirei a chave que estava grudada com durex e vi outra mensagem:

Você já havia feito as aulas, certo? Então como merece, seu "brinquedinho novo" esta lá na garagem, sua carteira de motorista está no porta luvas caso precise. Aproveite, feliz aniversário, filha.

Dei um gritinho de felicidade e fui correndo pra garagem, e não acreditei no que eu vi. Era um volvo vermelho, o carro que eu ficava paquerando toda vez que saía com minha mãe e passávamos na frente da concessionária. Não acredito que ela havia comprado esse carro pra mim. Nota mental: Lembrar-se de abraçar minha mãe até os olhinhos verdes pularem pra fora. Corri pra dentro do carro, coloquei minha mochila no banco do passageiro, abri a garagem com um botão que tinha na chave do carro, mamis, pensando em tudo mesmo, pus o cinto de segurança, liguei o carro e fui em direção à escola.

Não demorou muito e lá estava ela. Estacionei rapidamente, por incrível que pareça hoje havia vaga, peguei minha mochila e fui pra sala pois logo o sinal iria bater. Sentei no meu lugar e logo chegaram e , meus únicos e melhores amigos na escola. Eles eram irmãos gêmeos, branquinhos como ninguém, só perdendo para minha mãe, tinham o cabelo castanho e os olhos caramelados. Umas figuras esses dois.

— Bom dia, lady – Disse , pegando minha mão e beijando a palma dela – Feliz aniversario, senhorita. – Completou ele, fazendo gracinha

— Bom dia, milorde – Fiz reverência – Obrigada nobre senhor, muito educado de sua parte – Rimos em seguida.

— Nossa, comeu um dicionário, ? – Disse , rindo de nós.

— Legal, bom dia pra você também, ... – Fingi estar triste.

— Own minha linda, bom dia – Ela fez aquela voz de quem está falando com um bebê, sabia que me irritava – Tá, parei. Feliz aniversário, mulher. Ai, minha garotinha cresceu... – Fingiu limpar lágrimas e depois riu. Mandei um beijo pra e depois comecei a rir também. não tinha parado de rir da nossa conversa ainda, bobão. Acabou que os três estavam rindo que nem idiotas. Amo esses dois, nhaa.

Logo a aula começou e, assim como todas as outras, foi um tédio só. Ainda bem que a sempre estava tagarelando alguma coisa ou o fazia alguma gracinha que nos fazia rir e acabávamos levando bronca de algum dos professores, fora isso, tédio total.

Assim que acabaram as aulas, nós três ficamos conversando mais um pouco e logo fomos para nossas casas. Cheguei em casa, minha mãe, claro, não tinha chegado ainda. Fiz um miojo pra comer (não gosto de cozinhar, ok?), assisti um pouco de tv, fiz algumas lições e fui mexer no computador. Depois de algumas horas comecei a sentir um cheiro doce, mas não era um doce bom. O cheiro era tão doce que deixava meu nariz irritado e fazia minha temperatura subir mais do que o "normal", já que minha febre estranha não saía da casa dos 39º. Estranho eu não ter tido uma convulsão ou algo do tipo ainda... O que será que está acontecendo?

Olhei pela janela e vi um vulto branco passar pela floresta, mas ele estava longe e muito rápido para que eu pudesse ver o que era aquilo. Assim que o vulto sumiu, o cheiro ficou mais fraco, quase que imperceptível. Deixei pra lá e voltei pro meu computador. Mas várias perguntas começaram a rondar minha cabeça. O que era aquele vulto branco que eu vi? Por que aquele cheiro me deixou um tanto enjoada de tão doce? Por que minha temperatura anda tão quente? Será que isso tem a ver com a minha verdadeira origem? E a pergunta que chegou e não saiu mais de minha cabeça: Quem eu realmente sou?


CAPÍTULO 2

Essas perguntas, por mais que eu tentasse tirá-las da minha cabeça, ficaram me rondando até minha mãe chegar. Assim que ela entrou em casa, eu senti aquele cheiro doce estranho, meu corpo deu um leve tremor. “Estou ficando louca, só pode”. Saí do meu quarto e fui até a sala, onde estava minha mãe. Conforme fui chegando ao cômodo, o cheiro foi ficando cada vez mais forte, minha mãe não estava sozinha. Com ela, havia um homem que eu nunca tinha visto na vida. De pele branca, parecendo porcelana, aparentando ter uns 40 anos no máximo; seus olhos eram castanho-escuros, mas havia um toque de falsidade em seu olhar, a cor de seus olhos não parecia ser real. Era como se ele estivesse usando lentes de contato, pois era possível observar uma espécie de fundo em tom avermelhado. Seus cabelos eram de um castanho perfeito, ele era de uma beleza sobrenatural.

Quando vi o jeito que ele olhava para minha mãe, de uma forma que parecia que iria devorá-la a qualquer momento, fiquei incomodada. Algo dentro de mim dizia que ele era perigoso e que eu deveria proteger minha mãe dele, ele deveria sair da minha casa e nunca mais voltar. Meu corpo começou a tremer mais, era como se eu estivesse em um terremoto, se espalhando por todo o meu corpo de uma maneira que eu não conseguia entender. Era como se eu fosse explodir a qualquer momento. Sem que eu percebesse, estava soltando um som estranho. Seria isso um rosnado? Eu devia estar delirando. Não é possível.

Antes que minha mãe ou aquele estranho perigoso, segundo aquele… “instinto” me vissem, voltei pro meu quarto correndo, indo direto para o banheiro. Liguei o chuveiro no frio, eu estava louca? Nem pensava mais, só precisava parar isso de algum jeito. Entrei debaixo da água gelada de roupa e tudo, depois a roupa seca. A cada segundo que sentia a água congelante no meu corpo quente o tremor diminuía, era tranquilizante… fiquei nisso por mais alguns minutos, até o tremor chegar a quase não existir mais, e saí do banheiro. Me sequei, coloquei as roupas molhadas penduradas e fui me trocar. Coloquei um moletom e uma camiseta, tomei coragem e desci as escadas de novo. Chegando na sala, vejo o homem sentado no sofá, e pelo jeito minha mãe está na cozinha fazendo o jantar. Esse cheiro ainda vai me fazer vomitar, certeza disso. Passei pela sala sem ao menos olhar para ele e fui à cozinha falar com a minha mãe.

– Oi, mãe. – eu disse seca. Odiava ser assim com ela, mas eu não conseguia me controlar mais, meu corpo havia voltado a tremer de leve e minha temperatura também aumentara.

– Oi, filha, o que houve?

– Eu que te pergunto o que houve, quem é esse cara sentado no nosso sofá? Quando ia me contar? Pensei que não escondia nada de mim. – eu falei, demonstrando desgosto.

– Só seja educada, ok? Depois conversamos. – ela me disse, enquanto me deixava sozinha na cozinha e ia arrumar a mesa para o jantar. Estou vendo que esse cara já está começando a mudar minha mãe. Por um momento senti como se fosse perdê-la, esperava que fosse só um pressentimento. Respirei fundo e fui para a sala. Esse cara estava me dando nos nervos, sinceramente. O cheiro dele já estava impregnado na minha casa, iria ser difícil tirar esse odor das minhas roupas. Mal saí do chuveiro e já quero tomar outro banho para tirar qualquer resquício de mim. Ficamos sentados na sala, com um silêncio que me deixava cada vez mais incomodada, acho que minha mãe também sentiu a mesma coisa, porque logo falou alguma coisa.

– Cris, este é Stevan, Stevan, esta é Cris. — ela nos apresentou. — Nós estamos juntos tem um tempo e acho que hoje era o dia perfeito para que vocês se conhecessem.

– Prazer em conhecê-la.

– Prazer. – eu disse, demonstrando indiferença e recebendo um olhar de advertência da minha mãe.

Depois disso o silêncio se instaurou novamente. Ficamos assim mais um tempo, até minha mãe ir até a cozinha e avisar que o jantar estava pronto. Comi quieta enquanto minha mãe conversava animadamente com o tal Stevan, algo nele me incomodava, mas não sabia ao certo o que era. Assim que terminei de comer, disse:

– Se me dão licença eu vou lá fora um pouco.

Saí sem ao menos olhar para trás, e fiquei sentada no banco da varanda por não sei quanto tempo. Comecei a admirar o céu, ele estava todo estrelado, coisa que eu não via há muito tempo, e a lua estava cheia, e naquele momento era a única que parecia me entender... Não sei quanto tempo fiquei lá fora ou o que pode ter acontecido lá dentro, na verdade já estava pouco me lixando pra tudo, estava com uma vontade imensa de entrar naquela floresta e nunca mais voltar, começar uma vida nova. Eu sei, uma loucura, mas não aguentava mais a minha condição atual, não digo que eu não tinha o que eu queria, muito pelo contrário, eu tinha o bom e o melhor, mas na realidade eu não tinha nada, entende? Eu tinha amigos e uma mãe maravilhosa, mas eu nunca tive um amor verdadeiro, por exemplo. Era como se eu nunca tivesse me encontrado, como se eu fosse uma estranha, uma forasteira em meu próprio lar. Estava com uma vontade louca de saber da onde eu vim, saber minhas origens, conhecer minha verdadeira família, quem sabe eles não tinham as respostas para o que estava acontecendo comigo?

Estava perdida em pensamentos quando ouvi a porta da varanda ser aberta, e vi minha mãe — que parecia estar furiosa —, sair.

– Me conta o que está acontecendo com você, ? – exclamou ela alterada, sentando-se ao meu lado.

– Eu que te pergunto, o que está acontecendo com você? Não me conta mais as coisas. Isso nunca aconteceu. Por que está fazendo isso agora? – Estava quase gritando e meu corpo tremia muito, mas acho que ela estava tão “descontrolada” que nem percebeu. — Não precisa se preocupar comigo, pode voltar para o seu namoradinho.

– Ele foi embora, ficou incomodado com a sua ceninha. Mas o que você quer saber? Pode perguntar tudo, madame. – Cinismo, ótimo. 

– Por que nunca me contou sobre o Stevan?

– Achei que você não precisava saber.

– Eu, que sou sua filha, não precisava saber? Ótimo. Você mal começou a sair com esse cara e não me conta mais nada, achei que fôssemos amigas. – Eu tremia mais que nunca, meu corpo estava a ponto de entrar em erupção de tão quente, o que eu tinha!? – E saiba que eu não gostei nem um pouco dele.

– Não interessa se você gostou dele ou não. E acho melhor você ir se acostumando, porque ele vai morar com a gente. — OI?

– O QUÊ? E VOCÊ FALA ISSO NA MAIOR NATURALIDADE? MINHA OPINIÃO NÃO É NADA? EU MORO AQUI E VOCÊ NEM AO MENOS FALA SOBRE ISSO COMIGO?!

– CHEGA, LAWNT! A CASA É MINHA, ENQUANTO VOCÊ MORAR AQUI, VAI TER QUE ACEITAR AS MINHAS REGRAS!

Essa foi a gota d’agua, quando eu menos percebi eu, que já tinha me afastado de Sophie há muito tempo, e que por incrível que pareça conseguiu continuar sentada durante toda a discussão, senti meu corpo tremer muito, parecia uma convulsão, algo inexplicável. Uma dor enorme me atingiu, senti meu corpo se contorcer todo e se esticar, não pude conter um grito de dor. Minha temperatura estava muito elevada, sentia como se eu fosse derreter de tão quente que fiquei. Tudo isso ao mesmo tempo. Logo passou... E algo estranho estava acontecendo.

Eu vejo tudo mais nítido, quase que perfeitamente, cada coisa na noite escura do Canadá. Comecei a sentir vários cheiros diferentes, como o das árvores da floresta. Os sons ficaram mais altos, conseguia ouvir cada animal da floresta, o vento, tudo. Quando olhei pra mim mesma, vi que no lugar dos meus braços e pernas havia quatro patas, com pelos caramelos em um tom mais escuro. Tentei dar um grito, mas na verdade o que saiu foi um uivo. Ai, meu deus, virei uma loba/lobisomem? O que é isso?

Lembrei por fim que minha mãe se encontrava lá. Ela estava me olhando espantada, pra não dizer apavorada. Tentei me aproximar dela, com um olhar de agonia, pedindo ajuda, pois não tinha a mínima ideia de como pude ficar assim, estava desesperada para voltar ao normal. Pelo jeito minha tentativa foi falha, pois, quando eu mexi minha primeira... pata... ela se afastou como se estivesse sendo atacada por um monstro, que provavelmente era o que eu aparentava ser.

– SAI DE PERTO DE MIM! – Parei no mesmo instante em que vi o medo em seus olhos.

“Mãe, sou eu, me ajude, por favor...” – Tentei falar, mas só saíam latidos.

– O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA FILHA? SE AFASTE DE MIM, SEU MONSTRO! – Monstro… era o que eu era, não é? Um monstro horrível.

“Mãe, eu sou a sua filha” – Mais latidos…

Do nada ela saiu correndo e foi até o telefone, como estava longe só consegui ouvir o que ela falava:

– Alô, polícia? Tem um lobo enorme aqui, por favor, me ajudem! - Logo ela voltou para fora e começou a gritar: – VAI EMBORA DAQUI, SEU MONSTRO!

Fiquei estática. Não sabia o que fazer, foi um choque para mim ouvir minha mãe me expulsando de casa.

– VOCÊ NÃO É A MINHA FILHA, É UM MONSTRO, VÁ EMBORA DAQUI E NEM PENSE EM VOLTAR, NEM MESMO NA FORMA NORMAL, SE É QUE ELA EXISTE.

Sem saber o que fazer, virei para a floresta e saí correndo. Tropeçando nos galhos e batendo nas árvores que estavam na minha frente. Não sei quanto tempo passei correndo sem rumo naquela imensa floresta, só via o dia amanhecendo e anoitecendo naquele bosque sem fim. E a lua sendo a minha única companhia.




CAPÍTULO 3

Correr, correr, correr. Era tudo o que eu fazia desde o ocorrido há umas semanas. Não parei nem para dormir, pois não havia onde fazê-lo. Comer, bem, tentei caçar um cervo, mas não gostei nada do gosto da carne crua, e desde então não como mais. Também, não faz muita diferença, já que não ando sentindo muito fome... Pensando bem... Eu tenho fome, só não tenho como voltar para a minha forma humana...

Meu estômago roncava muito, não sabia onde estava, muito menos como voltar à forma humana, se é que conseguiria. Vi uma macieira ao longe, só tinha um problema: estava dentro de uma fazenda, não tinha como eu ir pra lá sem que me vissem. Vamos lá, , hora de tentar voltar a ter duas pernas ao invés de patas. Me concentrei, ficando o mais calma possível, e aos poucos senti que já estava sob minhas pernas de novo. Tinha agora um pequeno detalhe, eu estava nua. Perfeito, perdi o meu moletom preferido quando virei esse bicho. Fui andando bem devagar rumo à macieira, de maneira que ninguém me visse, e peguei todas as maçãs que cabiam em meu braços; peguei quase todas, hihi. Corri para a floresta, sentei debaixo de uma árvore e comi todas, todas as maçãs, estava com muita fome, aquilo me saciou um pouco. Fiquei sob a sombra, pensando no que havia me acontecido, ou o porquê de tudo isso. Mal percebi que já tinha passado muito tempo ali quando meu corpo começou a ficar mais relaxado, e, antes que eu pudesse evitar, acabei caindo no sono.

Enquanto isso em algum lugar….


Pov’ desconhecido

Estava assistindo à tv com minha filha quando uma noticia me chamou a atenção:

Lobo gigante aparece em cidade no Canadá


Sophie Lawnt, 45 anos, afirma que sua filha , 16, se transformou em um lobo gigante 2 semanas atrás. Essa noticia, infelizmente, só pode ser divulgada agora por causa dos transtornos emocionais que Sophie vem passando desde o que supostamente ocorreu. Nada disso está realmente confirmado. Fontes disseram ter visto, durante estas últimas semanas, pegadas na floresta e uivos. Será um lobo comum que se perdeu do seu bando ou algo maior do que isso? Traremos mais informações assim que possível.



Olhei para meu filho, que me fitava com o mesmo espanto e esperança nos olhos.

– É ela.



Pov’

Acordei assustada, havia tido um pesadelo/lembrança do dia que me transformei. Já estava de noite. Tinha que me transformar de novo... Mas como? Olhei para a pequena fazenda, nada me ajudaria... Levantei e fiquei olhando pra floresta, precisava pensar no que fazer daqui pra frente, viver em forma de lobo para sempre não era uma opção muito legal.

Tenho quase certeza que meu lugar de origem tem muito haver com isso, porque acho que essa transformação que me aconteceu não poderia acontecer assim, do nada. É isso que eu vou fazer, vou procurar minha família verdadeira em qualquer lugar que eles estiverem. Primeiro eu só preciso voltar pra minha forma animal (rawr selvagem). Concentrei-mei, como se estivesse deixando meus instintos me dominarem, e logo a dor, a temperatura extremamente alta, os tremores e o corpo se contorcendo voltaram. Quando olhei pra baixo, onde estavam minhas pernas, eu já estava sobre patas. Até que não foi tão difícil, estava quase entrando na floresta para ir em direção às respostas que tanto me rondavam quando ouço algo se aproximar de mim. É um homem, de aparência humilde, provavelmente o dono da pequena fazenda que está procurando quem roubou suas maçãs.

Assim que ele me viu ficou estático. Ótimo, era só isso que eu precisava para recomeçar minha vidinha com chave de ouro. Ele ficou me olhando por um longo tempo, certeza que ele estava com medo, o pavor estava estampado no seu rosto. Tentei me afastar, mas, quando ameacei mexer minha pata traseira, ele saiu correndo. Fiquei parada, sem reação. Na verdade, queria saber o que ele ia fazer, ainda bem que obtive sucesso, ia ser muito estranho ter uma loba parada na frente da sua casa. Acho que ele morava lá, né, sem fazer nada. Sim, seria estranho, , você está ficando louca. Aguço minha audição e consigo ouvir ele dizer algumas coisas.

– Polícia? – De novo não... – Aquele lobo gigante que falaram na televisão está na saída da floresta perto da minha horta. Sim, tenho certeza de que não é um lobo comum. Certo. – Ele desligou o telefone e ficou olhando pela janela.

Acho melhor eu sair daqui antes que a policia chegue, se é que vão vir pra cá... Virei em direção à floresta e desatei a correr feito uma louca, se eles entrassem na floresta poderiam seguir meu rastro, aí eu estaria ferrada.

Dias depois...


Entrei numa caverna, há quanto tempo não ficava desse jeito... Na verdade, não sabia mais ao certo há quanto tempo tinha saído de casa, mas não se passava de duas semanas. Até porque, essa é uma das primeiras vezes desde que me transformei naquela coisa que não volto à minha forma “humana”, se é que sou realmente isso...

Peguei uma navalha, roubada, obviamente. Sei que é errado, mas era a única maneira de conseguir uma sem que me vissem.. sem roupas. Segurei meu cabelo, fazendo um rabo de cavalo não muito alto, e segurei aquele objeto, tomei coragem e cortei aqueles fios que eu tanto amava. Não pude segurar as lágrimas que, aos poucos, caíam sobre meu rosto. Mas essa era a coisa certa a se fazer, devia deixar a minha vida antiga para trás. Eu nunca mais seria a mesma. Uma nova surgiria. E ela era uma loba.

Fiquei olhando meus cabelos enquanto meu rosto era banhado pelas lágrimas. Isso era necessário, além de querer começar minha vida novamente do zero, precisava cortar meu cabelo, meu pelo estava muito comprido e isso estava dificultando na hora de correr pela floresta.

Estou sentindo que as minhas explicações estão próximas, então é bem provável que eu esteja há poucos dias da minha verdadeira família. Sinceramente, estou muito animada para chegar até lá, não vejo a hora de conhecer meu pai, se este ainda estiver vivo, e meus irmãos. Quero ver se eles são parecidos comigo, só espero que me acolham bem, seria muito bom estar em um lugar que eu sei que é meu, assim por dizer.

Hora de partir. Sequei minhas lágrimas, joguei a navalha numa pequena fenda que tinha na caverna, me transformei e saí correndo. Corri, corri como nunca na minha vida, algo parecia estar me motivando, acho que a esperança de reencontrar minha família. Não sentia fome, cansaço, nada. A cada passo que eu dava com minhas patas enormes sentia que estava cada vez mais perto. Devo ter corrido uns 3 ou 4 dias sem parar, e nada nem ninguém iria me parar agora.

Depois de correr muito, de repente meu corpo parou, eu não conseguia me mover mais, estava perto, bem perto de uma pequena estrada, que por sinal estava deserta. Havia uma placa perto de mim, do outro lado da rua. Forcei meu corpo para mais perto da tal placa, para que eu conseguisse ler o que estava escrito sem sair muito da floresta, afinal, por mais que esteja deserta agora, nada garante que alguém não passe por aqui…

A Tribo Quileute te deseja boas-vindas à La Push


E antes que eu fizesse alguma coisa, meu corpo caiu ao chão da floresta. Eu não estava desmaiando, tinha apenas acabado de sentir o cansaço de tanto tempo sem parar de correr nem por um minuto sequer. Agora eu sabia, tinha chegado ao meu lugar, meu lar. 

La Push.




CAPÍTULO 4

Juntei todas as minhas forças para levantar e seguir em frente. E ainda bem que consegui. Voltei para a floresta, afinal, não seria nem um pouco agradável para ninguém se vissem um lobo enorme andando pela estrada, certo? Certo. Assim que cheguei à floresta, prestei mais atenção ao lugar. Ele era lindo, cheio de árvores, vários animais e flores diferentes. Estava envolta em pensamentos quando vi uma figura muito estranha ao longe em cima de uma árvore, e, de repente, aquele cheiro enjoativo de tão doce chegou até mim. Ainda bem que o vento estava a meu favor, senão aquela coisa em cima da árvore poderia sentir meu cheiro, caso fosse desenvolvida. Aquele cheiro me lembrava muito o daquele cara cujo o nome não tenho a mínima vontade de pronunciar. Ele/ela/aquilo estava apenas observando o lugar, mas algo me dizia que não era coisa boa. Meu instinto dizia que eu deveria acabar com aquela coisa, e seria agora.

Fiquei em posição de ataque e me preparei. Soltei um uivo, na verdade tentei gritar, mas como não dá, sabe, corri em direção àquela coisa. Conforme fui chegando mais perto, vi que na verdade era uma mulher, de cabelos ruivos, linda, por sinal. Em muitas coisas se parecia com ele, o que a diferenciava eram seus olhos; eles eram vermelhos igual sangue. Aquilo me assustou, de verdade. Mas nada me faria parar, eu iria acabar com ela, nem que eu precisasse que morrer para que isso acontecesse. Com toda a minha força me joguei pra cima dela e tentei morder seu ombro, mas ela tinha uma velocidade sobrenatural e conseguiu desviar, tive que derrapar até conseguir parar. Fui pra cima dela de novo e começamos a lutar. Ouvi que tinha algum animal grande chegando perto da gente por um lado e por outro, um humano, o humano estava mais perto e estava sozinho. Acho que ela também ouviu os dois chegando e, quando eu menos percebi, ela me jogou contra uma árvore e senti alguma coisa quebrando em mim, e em seguida saiu correndo em direção ao mar, se jogando.

Me levantei com dificuldade e olhei na direção em que ouvi o humano, e tomei um susto; ele estava a mais ou menos 5 metros de mim. Ele se assustou quando me viu, óbvio. Ele aparentava ter uns 50 anos no máximo, tinha um bigode preto, cabelos curtos também pretos e vestia uma roupa policial. Fiquei encarando-o durante um tempo, eu sei, sou idiota e fico encarando policiais, pensei bem e fui dar meia-volta. Mas o que eu não sabia era que ele iria dar um tiro em mim. Em menos de 10 segundos após o som do tiro senti meu ombro ser perfurado e soltei um uivo de dor, aquilo era horrível, tinha que sair daqui antes que eu fosse morta. Mas não sabia pra onde correr, estava desorientada por causa da dor.

Ouvi então que o animal ainda se aproximava de mim, pelo som era grande e veloz, pois já estava a poucos metros de distância. Sem controlar, meu corpo enorme de lobo foi correndo, sem ligar pra minha dor no ombro, em direção ao grande animal. Enquanto corria ouvia que o humano se afastava, provavelmente estaria correndo na direção contrária à minha. Corri por mais alguns poucos minutos, chegando no animal, e não acreditei no que vi. Era um lobo enorme, parecido comigo, só que seus pelos eram de um marrom avermelhado. Algo nele me parecia familiar, mas acho que era apenas coisa da minha cabeça.

Assim que vi que ele se aproximava de mim, senti meus ossos doerem, aposto que tinha quebrado alguns, e meu ombro latejar como se a bala estivesse me perfurando mais. Olhei para o lobo, que tinha um olhar de desespero, e falei para mim mesma, querendo poder saber falar com ele: “Me ajude” e comecei a me entregar à escuridão. Apenas tive tempo de sentir meu corpo voltando a forma humana e ver, sem foco nenhum, o lobo se transformar em um homem e colocar rapidamente uma bermuda, cuja cor não identifiquei, vindo na minha direção.

Pov’ Jacob

Estava andando pela floresta, coisa que fazia recentemente, não sei por quê; estava ficando louco. Quando de repente ouço um uivo, parecia estar com raiva de alguma coisa, mas não conseguia ouvir a mente de nenhum dos meninos, nem de Leah, estranho.

Deixei meus instintos me dominarem e saí correndo em direção ao uivo. Conforme fui chegando comecei a sentir aquele cheiro de vampiro insuportável, aquele cheiro me era familiar, Victória. O que ela está fazendo aqui? Já basta ter matado o Harry, ainda está atrás da minha Bella?

Corria com toda a minha velocidade, quando ouvi um tiro e um uivo de dor. Senti como se algo dentro de mim também sofresse, então comecei a correr mais rápido. Ouvi que o lobo se aproximava de mim, então diminuí um pouco a corrida. O lobo se movia lentamente, provavelmente estava muito ferido. Corri mais um pouco e então eu o vi, não era um lobo, era uma loba. Ela parou no mesmo instante em que me viu e ficou me olhando, do nada uma estranha sensação de que já a conhecia começou a me rondar. Comecei a me aproximar dela, bem devagar para tentar ajudar, quando ouço uma voz, quase como um sussurro na minha cabeça.

“Me ajude” – Veio dela. Assim que disse isso ela caiu ao chão e foi voltando à forma humana. O desespero começou a me consumir, tinha um grande medo de perdê-la. Rapidamente voltei ao normal, coloquei minha bermuda que ficava amarrada em minha perna/pata e peguei-a no colo.

Corri em direção à minha casa, acho que meu pai e Rachel, que estava passando as férias por aqui, poderiam me ajudar. Enquanto ia até a casa, olhei para seu rosto: ela tinha traços doces, bem delicados, parecia um anjo, porém estava bastante arranhada, e seus cabelos lisos e escuros como a noite estavam um pouco acima de seus ombros. Foi quando eu vi que ela havia levado um tiro, que provavelmente teria vindo do Charlie, pois ele estava caçando sozinho hoje... Com isso corri mais rápido.

Quando estava quase chegando perto da minha casa, voltei a encará-la. Ela tinha algo muito familiar, mas não conseguia me lembrar direito o quê... Foi quando a imagem da minha mãe veio à minha mente. Há tempos que não lembrava mais de seu rosto, mas essa garota era praticamente igual à minha mãe, seguida por duas lembranças que julgo serem bem antigas.

Flash Back on –

corria para todos os lados, e eu, como um bom irmão um ano mais velho, corria atrás para protegê-la. Papai e mamãe estavam sentados na varanda, observando tudo enquanto Rachel e Rebecca conversavam sobre alguma coisa que eu não conseguia entender.

Fiquei sentado na grama, olhando enquanto ela ia atrás de uma borboleta, mas ela voou alto e ela desistiu dela, então pegou uma flor; muito bonita, por sinal, e veio até mim.

– Jake, jake, ola que for mais bunita! – disse ela com sua vozinha infantil, e depois deu uma risada. – Bem! – Pegou minha mão e me puxou. – Mãe, pai, ola que for bunita! – Meus pais riram dela, então papai me pegou no colo e mamãe pegou , que colocou a flor no cabelo da nossa mãe e começou a rir. – Mamãe, ta lindaaa! – Gritou, e depois começou a rir.

Flash Back off-

Essa lembrança era muito antiga, bem antes dos meus pais sofrerem um acidente de carro e minha mãe não resistir. Mas depois veio uma lembrança triste para todos nós...

Flash Back on –

Estava chovendo, eu não parava de chorar. Fiquei olhando para a janela quando sinto uma mãozinha me cutucar. Era , ela estava com seu ursinho e uma mochilinha nas costas, claro que o resto de suas roupas já tinham sido levadas pro carro.

– Jake, não chora, eu vou voltar... – Ela havia sido adotada por uma mulher que estava fazendo uma pesquisa aqui na reserva, e meio que se apaixonou por ela. Meu pai estava passando por dificuldades pra cuidar de mim e da minha irmã depois que minha mãe morreu, no acidente de carro que o deixou numa cadeira de rodas. Não havia outra saída, já que minhas irmãs saíram de La Push para escapar das tantas lembranças que tinham da mãe aqui.

– Vai mesmo, ? – perguntei com a voz chorosa.

– Vou, sim. – disse ela, limpando minhas lágrimas. – Promete uma coisa pra mim?

– Prometo.

– Promete nunca esquecer de mim?

– Prometo, nunca vou esquecer da minha pequena Sarah. – Era como minhas irmãs e eu a chamávamos, por causa da sua grande semelhança com a minha mãe.

Ela sorriu, me abraçou, deu um beijo na minha bochecha e saiu de casa, indo em direção ao carro. Vi ela derramar uma lágrima enquanto acenava pra mim. É, minha pequena Sarah se foi…

Flash Back off –

Antes que eu percebesse, já estava chorando. Como eu pude esquecer-me dela? Tudo bem, eu era uma criança, mas nunca deveria ter me esquecido dela.

– sussurrei com a voz embargada –, você voltou pra nós.


CAPÍTULO 5

Pov’ Jacob

Entrei em casa correndo, sem ver quem estava, e coloquei na cama, indo ao quarto da Rachel pegar uma roupa pra ela, vai que serve... Assim que entrei em seu quarto, ela levou um baita susto.

– Que isso, Jake, tá louco?

– Rachel, só me da uma blusa sua e um shorts, rápido, ou melhor, me ajuda, por favor! – Tá bom, eu estava só um pouquinho desesperado.

– Como que eu posso te ajudar se eu não tenho a mínima ideia do que você está falando?

– Olha, Rachel, se eu te contar você vai falar que estou louco, então é melhor vir aqui comigo e ver com seus próprios olhos. – Peguei-a pelo braço, junto com uma regata e um shorts, e fui até o meu quarto, onde estava. O que me preocupou foi seu estado, ela não havia melhorado nada, mesmo sendo uma loba.

– Pera, Jake, é quem eu estou pensando que é? – Rachel estava estática ao meu lado, como se o que estivesse vendo fosse apenas um fruto da sua imaginação.

– Bem, se pensamos igual... Sim. – Assim que terminei de falar Rachel começou a chorar, sério, nunca vi minha irmã assim...

– Não acredito, como que ela conseguiu chegar aqui, como sabia aonde ir? – Rachel chegou bem perto dela e passou a mão no seu rosto, tendo certeza que aquilo não se passava de um sonho. – Ela é que nem você, né, Jake? – Até que Rachel aceitou bem o fato de eu virar lobo, bem, agora ela aceita bem, no começo foi bem confuso, mas, até que ela reagiu bem.

– Sim, Rachel, e isso é o que mais me preocupa. - Ela se virou para mim com uma cara de quem não estava entendo absolutamente nada. – Ela já devia estar se curando, mas não vi nenhuma melhora, mesmo que tenha se passado pouco tempo desde que eu a encontrei na floresta.

– Bem, não sei se ajuda, mas acho melhor você ir procurar o Carlisle, eu fico aqui com ela. – Fiquei meio receoso em deixá-la, tinha tanto medo de perdê-la novamente… – Tudo bem, ela vai estar aqui quando voltar. – Ela me deu um sorriso. Fiquei mais um pouco e fui para a casa dos Cullen.

Não demorou muito para que eu chegasse na fronteira. Sentia o cheiro daqui, que horror. Voltei à minha forma humana e fui até a porta da casa deles, antes que eu batesse nela, Edward já estava abrindo-a.

– Lá em cima, Jacob. – disse ele, que já havia lido meus pensamentos.

Apenas assenti e fui até o escritório do Carlisle. Quando cheguei à porta, novamente não precisei bater.

– Entre, Jacob. – Entrei silenciosamente na sala e fiquei mudo, não sabia o que falar. – Edward me disse que você precisava de mim, o que aconteceu?

– É a minha irmã... Na verdade vocês nunca devem ter ouvido falar dela, ela foi adotada quando minha mãe morreu, porque meu pai não tinha como cuidar de nós dois sozinho, já que minhas irmãs saíram de La Push. Eu não me lembrava dela, até que do nada ela apareceu na floresta lutando com a Victória, que estava aqui fazendo sei lá o quê. Depois o Charlie, que estava caçando na floresta, deu um tiro nela achando que ela iria atacá-lo. Eu a levei pra casa e Rachel está com ela, mas o problema é que ela deveria estar se recuperando, como todos nós transmorfos quando nos machucamos, e até agora ela está do mesmo jeito, toda arranhada, deve estar com ossos quebrados e com um tiro no ombro. Por favor, Carlisle, tem como você examiná-la? – Desespero e medo. Era isso que me dominava nesse momento. Desespero por ter de ver daquele jeito e não poder fazer nada e medo por talvez perdê-la.

– Claro que sim, Jacob, vamos lá. – disse ele enquanto pegava sua maleta. – Tudo bem eu ultrapassar a fronteira?

– Sim, qualquer coisa eu conto pro pessoal o porquê.

Saímos da casa dos Cullen e fomos em direção à minha casa. Logo chegamos lá, e foi logo examinada. Fiquei ao lado dela a todo momento, segurando sua mão, não correria o risco de perdê-la novamente, não mesmo. Enquanto Carlisle fazia os curativos na , percebi que ela estava muito magra, parecia que não comia direito havia muito tempo. Um calafrio percorreu minha espinha só de pensar no que ela poderia ter passado. Ainda me pergunto como ela chegou aqui, mas só conseguiria saber quando ela acordasse. Acho que umas 2 ou 3 horas depois Carlisle finalmente terminou.

– Bem, Jacob, a bala não chegou a perfurar muito, ela quebrou duas costelas que logo estarão novinhas em folha e os arranhões são superficiais. Mas ela está muito fraca, então eu vou dar um pouco de soro pra ela, isso vai ajudá-la na cicatrização. Ela vai acordar em no máximo dois dias devido aos remédios, mas ela está bem agora.

– Obrigada, Carlisle – eu agradeci, aliviado.

– Não há de quê, Jacob, e não se esqueça de levá-la para uma visita quando ela acordar.

– Pode deixar. – E assim ele se foi.

– E aí, está tudo bem com ela? – disse Rachel, entrando no meu quarto.

– Agora está... – eu falei, suspirando. Ficamos em silêncio alguns minutos, só observando , que agora dormia tranquilamente. Ela estava bem, apesar dos curativos e das ataduras.

– Sabe, Jake – começou Rachel –, como vamos contar pro Billy? – Agora ela me pegou de surpresa, não tinha a mínima ideia de como contar isso ao meu pai.

– Me contar o – ferrou, agora que meu velho morre do coração – quê? Rachel, eu estou sonhando?

– Não, pai, não está.

– É ela? É a minha ? – disse meu pai, com lágrimas nos olhos.

– Sim, pai, é ela – Dessa vez eu que respondi.

– Jake, meu filho, você, lembra dela? - indagou meu pai com surpresa.

– No começo não me lembrava, mas depois da última vez que nos vimos veio na minha cabeça, e tudo ficou claro novamente. – eu expliquei, sorrindo enquanto olhava pra .

– Mas, o que houve com ela? Onde você a encontrou?

– Eu estava na floresta e senti cheiro de vampiro, a vi lutando com Victória, não me pergunte o que aquela coisa estava fazendo aqui. Victória a machucou, um caçador viu e se assustou, claro, um lobo enorme no meio da floresta… enfim, e atirou nela. Trouxe ela pra cá, Carlisle passou aqui, está tudo bem, ela só está com duas costelas quebradas, alguns arranhões, o tiro não foi tão grave e está fraca. – Falei rápido, eu sei.

– Ótimo. E em quanto tempo ela acorda?

– No máximo 2 dias.

– Agora é só esperar pra ver, vamos ter que contar a ela toda a verdade. Só espero que ela reaja bem. Meu medo agora é perdê-la.

– O meu também, pai, o meu também.


CAPÍTULO 6


Pov’


Aos poucos minha consciência voltou para mim. Foi quando senti que estava deitada numa cama, mas aonde? Possivelmente em um hospital ou algo do tipo. Bem, era o que eu achava, até eu abrir meus olhos e descobrir que estava num quarto comum, mas de quem?

Tentei me sentar devagar, mas foi algo bem difícil, logo soube por quê. Estava cheia de ataduras nas minhas costelas, pelo jeito tinha quebrado algumas quando aquela mulher estranha me lançou contra a árvore, e tinha um curativo no meu ombro por causa do tiro. Mas quem será que me trouxe aqui...

Resolvi então olhar o lugar onde eu estava. Era muito simples, mas também muito bonitinho, apesar de estar um pouco desorganizado... Quarto de menino, pensei. Enquanto passava o olho naquele pequeno cômodo, um cheiro amadeirado me invadiu, e uma lembrança de quando eu era criança veio até a minha mente.

Flash Back on –

– Jake, não chora, eu vou voltar... – eu disse enquanto limpava as lágrimas do meu irmão.

..................................................

– Promete nunca se esquecer de mim?

– Prometo, . – Sorri com a resposta.

Flash Back off –


Mal percebi e já estava chorando. Eu consegui, eu achei minha família, depois de tanto correr sem rumo, eu realmente consegui. Foi aí que me entreguei às lágrimas e aos soluços, quando percebi, a porta do quarto se abriu rapidamente, e alguém, que julgo ser um homem, me abraçou, e aquele cheiro amadeirado ficou mais forte. Abracei-o de volta com o braço que não estava enfaixado.

– Jake, não acredito que é você – disse em meio aos soluços. Ele me abraçou mais forte, e quando vi, nós dois chorávamos. Ficamos assim por um tempo, até que nos afastamos um pouco. – Quanto tempo...

– Concordo. – disse ele. – Mas, espera aí, como você lembrou?

– Seu cheiro. – Dei um sorrisinho tímido, que ele retribuiu com um enorme sorriso.

– Então quer dizer que minha irmãzinha é uma loba que nem o irmão aqui. – Se acha? Nem um pouco.

– Inha? Irmãzinha? Olha o meu tamanho, menino, não tenho mais 4 anos pra você cuidar de mim. – Por favor, né, odeio que me tratem como criança. Tudo bem que ele é mais velho que eu, mas não tanto.

– Você sempre vai ser um bebê pra mim. – Ele bagunçou meu cabelo.

– Ei, não faça isso, só vai piorar a situação do meu cabelo. – Estávamos rindo quando me lembrei da mulher com quem lutei, do tiro e do lobo, que já sabia ser o Jake. – Jake, eu lutei com uma mulher muito bonita e perigosa, ela tinha um cheiro muito doce e enjoativo. Você sabe o que ela é?

– Ela é uma vampira. Sei que parece mentira, mas não é, o nome dela é Victoria, e digamos que ela não é uma vampira boa.

– Como assim, boa?

– Não são todos os vampiros que são “maus”. – Fiz uma cara de interrogação – Alguns vampiros não se alimentam de sangue humano para saciar a sede, tipo os Cullen, que são uma família que se alimenta do sangue animal. Neles eu meio que confio, um pouco. Se não fosse o Carlisle, que é uma espécie de pai da família, você talvez demorasse mais que dois dias pra acordar, foi ele quem fez esses curativos em você.

– Ah tá, acho que entendi... E o que eu, quer dizer, nós somos?

– Na verdade, não somos apenas nós dois, tem mais umas 8 ou 9 pessoas. – Ok, fiquei espantada. — Somos transmorfos, podemos nos transformar em um animal, que no caso de todos aqui é o lobo. Nós existimos para proteger o povo de La Push, e qualquer humano dos vampiros. Sempre que um vampiro novo se aproxima das nossas terras, algum garoto começa a ter os sintomas da transformação, que aposto que você já sabe, e depois de algum acesso de raiva tem sua transformação completa.

– Pera, você disse garoto?

– Sim, você e Leah são as únicas mulheres em toda a história quileute que se transformaram. Bem, continuando, quando nos transformamos, nosso corpo se desenvolve muito rápido, geralmente isso acontece na hora que viramos lobo pela primeira vez, e a parte boa é que perdemos a capacidade de envelhecer. É como se o nosso corpo parasse no tempo. O bom é que nos curamos rápido e nunca ficamos doentes. Ficamos do mesmo jeito até pararmos de nos transformar, e começamos a envelhecer normalmente. Ah, e como lobos não falam, obviamente, nos comunicamos mentalmente, mas essa parte não é muito boa, porque qualquer coisa que a gente pensar os outros vão “ouvir”, então controle seus pensamentos. – Ele riu.

– Estranho isso, tem mais alguma coisa que acontece com a gente?

– Tem, mas não acontece com todos. Se chama imprinting, é uma coisa louca que acontece quando encontramos a nossa “alma gêmea”, é como a gravidade. Toda a força dela muda. De repente não é mais a terra que te prende aqui. Você faria qualquer coisa, seria qualquer coisa que ela precisasse. Um amigo, um irmão, um protetor. (n/a: sim eu peguei a fala do Jake em amanhecer part 1)

– Nossa, que profundo, mas eu acho meio injusto… — Nessa hora, Jake olhou para mim como se eu estivesse falando besteira.

– Como assim injusto?

– Você é obrigado a amar essa pessoa, ela pode ser uma desconhecida, e, quando você olha pra ela, BUM, se apaixona feito um idiota. A pessoa pode ter bafo ou chulé, mas não, você tá amarrado a ela para sempre. – Ele riu. – Quem já teve?

– Por enquanto só o Sam e o Jared.

– Leah não? - Jake negou e acrescentou:

– Na verdade, como vocês são as únicas mulheres que se transformaram, não sabemos se vocês podem sofrer isso ou não.

– Isso é bom, sabe. Sinceramente, eu acho que nunca quero ter um imprinting. Não quero ser obrigada a amar uma pessoa. – Disse enquanto encostava minha cabeça no ombro do Jake e suspirava. – Cara, seu cheiro é muito bom. – Ele riu. Fiquei um tempo encostada nele, depois tive uma ideia. – Que tal me levar pra conhecer aqui?

– Com essas ataduras? – Ele levantou uma sobrancelha.

– Aposto que já está tudo curado, você disse que nos curamos rápido, não é? – Ele assentiu. – Então, minhas costelas nem doem mais, por favorzinho, Jake! – Fiz carinha de cachorro sem dono.

– Tudo bem — ele disse derrotado. — Vamos tirar, ver como está esse ombro primeiro. – Ele foi até o ombro que eu havia levado um tiro e tirou o curativo pela metade: não havia mais nada. Dei um sorriso de alívio. – Novinho em folha, agora vamos tirar essas coisas de você. Vou pegar uma tesoura, já venho. – Ele saiu do quarto, e acho que foi pro banheiro, não sei. Olhei pra mim mesma e vi que estava com uma regata e um shorts, mas de quem será? Hum... Logo ele voltou com a tesoura. – Vire de costas pra mim. – Fiz o que ele pediu, logo ele estava cortando aquelas faixas.

– Jake, de quem são essas roupas? Porque você deve saber que quando voltamos à forma humana estamos... – Não precisei terminar, ele soltou uma risadinha fraca. Sinceramente, eu não ligo do Jake ter me visto sem roupa, ele é meu irmão, confio nele, tenho certeza que ele nunca faria nada de mal comigo.

– São da Rachel.

– Da Rachel? Ela está aqui também? – falei toda esbaforida e animada, não via a hora de rever a todos.

– Sim, mas ela foi para Seattle fazer compras.

– E o papai? – Tinha medo da resposta, não o via havia tanto tempo...

– Ele foi pescar com o xerife Charlie, só volta de noite. – disse ele, terminando de cortar as faixas. – Pronto, agora é só você puxar. – Claro que ele não ia fazer isso, elas estavam enroladas por todo o meu tórax.

– Obrigada, Jake. – Abaixei a blusa e virei pra ele. – Jake, será que a Rachel não se importaria de me emprestar mais uma blusa e um shorts? Queria tomar um banho. – Sorri envergonhada.

– Certeza que não, vou te levar no banheiro e vou pegar as roupas no quarto da Rachel.

Ele me ajudou a levantar, assim que fiquei de pé, senti tudo rodar um pouco. Jake segurou forte na minha cintura.

– Desde quando você não come, pequena?

– Desde que eu fiz 17 anos. Nesse meio tempo vindo pra cá eu comi algumas maçãs, mais nada, e tentei comer um cervo, mas o gosto é horrível. — Fiz careta, fazendo Jake rir. — Então tem…  — Pensei —  acho que um mês, mais ou menos.

– Pelo jeito Carlisle estava certo sobre você estar fraca.

Ficamos parados até minha tontura passar, ele me levou ao banheiro e foi buscar umas roupas da Rachel. Assim que ele entregou-as para mim, tirei as faixas, jogando todas no lixo, e então entrei debaixo do chuveiro, deixando a água cair no meu corpo. Enquanto lavava meus cabelos curtos que precisavam urgentemente de um corte profissional, pensei em como eu fui sortuda em conseguir chegar até aqui, e em como eu consegui lembrar do Jake. Agora eu estava mais que ansiosa pra rever a Rachel e o meu pai.


CAPÍTULO 7

Terminei de tomar meu banho e fui me secar com uma toalha que o Jake havia trazido pra mim, junto com as roupas de Rachel. Troquei-me, sequei meus cabelos, pendurei a toalha e saí do banheiro. Assim que pisei no corredor, senti um cheiro de comida, muito bom, por sinal, então comecei a caminhar em direção àquele aroma delicioso. Cheguei à cozinha, sentei numa cadeira perto e vi que Jake preparava panquecas, várias panquecas, pra dizer a verdade. Elas podiam muito bem alimentar umas 4 pessoas, eram muitas mesmo.

— Nossa, Jake, quantas pessoas vão comer? – eu disse, rindo. – Aliás, tá um cheiro muito bom. – Ouvi meu estômago roncar.

— Pelo ronco do seu estômago, acho que no mínimo 3. – respondeu ele, rindo. – Valeu. – Meu estômago roncou novamente. – Acho que vou ter que fazer mais... – Ele riu. Senti minhas bochechas corarem.

— Para com isso, já está bom, eu como duas e você come duas e eu como duas.

— É preciso muito mais pra alimentar o lobo aqui. – Ele apontou pra si mesmo com a espátula. 

— Já disse que você é convencido? Já? Só relembrando.- Ele riu. – Ok, então, lobo foda do bando. Falando nisso, já que eu tô aqui, eu vou ter que entrar pro bando?

— Se for ficar, que é o que eu mais quero, acho que sim. Mas ainda temos que falar com o Sam.

— O alfa?

— Sim.

— E quando vamos falar com ele? – indaguei animada, queria conhecer o pessoal do bando.

— Se ele estiver em casa, assim que terminarmos de comer. – Jake colocou um prato na minha frente. Deviam ter umas 3 panquecas; no dele tinham umas 5.

— Comilão, ainda bem que não engordamos mais... – Acho que se não fosse assim meu irmão já teria explodido de tanto comer.

— Isso é verdade. E por conta da transformação sentimos mais fome também. – disse ele com a boca cheia. 

— Não fale de boca cheia – eu repreendi, batendo na cabeça dele e depois rindo.

— Doeu, . – Ele passou a mão no lugar onde eu havia batido.

— Blábláblá. – Ri.

Ficamos conversando mais um pouco, até terminarmos de comer, então fomos lavar a louça e saímos. Ficamos andando pelas ruas de La Push enquanto conversávamos, ele me contava tudo o que havia acontecido nesses anos em que não estive por aqui, enquanto eu contava os mínimos detalhes das minhas pequenas mas super divertidas aventuras. Assim que chegamos na praia e nos sentamos na areia, eu perguntei:

— E aí, tenho alguma cunhada? – Ele riu pelo nariz.

— Não tem, não – ele disse suspirando, parecia deprimido.

— Que foi, Jake? - Olhei pra ele, que encarava o mar agora. – Tem alguma coisa que você queira me contar?

— É que – Ele suspirou –, Tem uma garota que eu meio que, sou apaixonado. – terminou cabisbaixo.

— Mas isso é ótimo, por que não conta pra ela?

— Ela tem namorado...

— Mas o que ele tem de tão especial que você não tem? Você é lindo, forte, alto, fofo, engraçado e tudo mais.

— Mas eu não sou um vampiro. – Ok, confesso que fiquei chocada, a garota namorava um vampiro! Acho que ela quer morrer, tipo, só tô achando mesmo. Garota louca, meu Deus.

— Ela é retardada ou o quê? – Ele me olhou surpreso. – Sério, Jake, ela namora um vampiro, ela quer morrer, é? – Ele deu uma gargalhada gostosa. Esse era o meu Jake, não o garoto triste e cabisbaixo de cinco minutos atrás.

— E olha que você não sabe nem da metade, ela quase morreu, depois quase virou vampira, tentou suicídio e tudo mais, tudo em menos de dois anos de namoro.

— Que menina louca! – gritei, indignada; ele só ria. – E você ainda gosta dela? – Ele deu os ombros. – Louco você também. Mas enfim, me conte essas histórias aí.

E assim ele fez, me contou cada detalhe, desde o vampiro que estava louco pra dar uma chupada no sangue da “Bellinha” até o dia em que ela se jogou do penhasco. Realmente essa garota não bate bem da cabeça. Mas a parte que me deu mais raiva foi quando ele contou que, enquanto o namorado havia sumido, ela tinha procurado por ele, passou um tempo gigante com ele, enquanto ele pensava que ela gostava dele mais que um amigo. Ele inclusive se transformou nessa época e teve que se afastar dela, foi quando ela se jogou do penhasco também, e depois da cena do penhasco, ainda voltou correndo pros braços do vampirinho, como se fosse um cachorrinho, e não quis mais saber dele. 

Não conheço essa menina, mas se eu a visse seria capaz de socar a cara dela, que ficaria um pouquinho, só um pouquinho machucada. (n/a: eu não gosto muito da Bella ook? Acho que já deu pra perceber um pouco.) Ficamos conversando mais um pouco até que vimos que estava escurecendo.

— Vamos ver se o Sam está em casa? – Nossa, verdade, eu havia esquecido que íamos falar com ele...

— Vamos. – E lá fomos, rumo à casa do Sam.

Chegamos lá e Emily, noiva do Sam, nos atendeu. Jake havia me contado que Sam tinha ficado com muita raiva e se transformou perto demais da Emily, causando uma cicatriz no seu rosto. Ele se culpava até hoje pelo ocorrido, mesmo eu achando que foi apenas um acidente, afinal, acidentes acontecem todos os dias.

— Olá, Emily – Jake disse enquanto entrávamos. – Essa é a .

— Me chame de – eu disse enquanto apertava sua mão. Ela estalou os olhos e me olhou assustada.

— Já vai saber, Emily. – Jake deve ter visto o jeito com que ela me olhou. Ela assentiu. – Sam está?

— Está sim, ele acabou de voltar da ronda. – disse ela de um jeito todo delicado. – Querido, Jacob está aqui. – Logo ele veio, vestia apenas uma bermuda surrada e tênis; que nem o Jake.

— Oi, Jake. – Ele sorriu pro amigo, então me olhou. – E você é , certo? – Como ele sabia? Ah, verdade...

— Super audição, verdade – sussurrei pra mim mesma. Mas acho que ele ouviu, porque me olhou espantado, como se eu tivesse falado algo terrível. – Apenas , por favor – falei, sorrindo de lado.

Ele olhou para o Jake e disse:

— Algo pra me contar, Jake? – Ele assentiu. – Venham, vamos nos sentar. – Assim que sentamos, Jake contou tudo ao Sam, desde a história de eu ser irmã dele até me encontrar na floresta depois de ter lutado com a vampira Victória. – Mas o que será que ela estava fazendo aqui? E como não descobrimos nada? Temos que aumentar as rondas, mas, voltando ao assunto inicial; , você vai ficar por aqui, então?

— Sim, ela vai. – Antes que eu pudesse responder, Jake já se adiantou. – Meu velho não a vai deixar ir embora de novo depois que ele a viu. – Sorri. Meu pai já havia me visto, mas eu deveria estar desacordada.

— Então creio que irá entrar para o bando. Mas enquanto você não conhece o pessoal, pode ir fazer a ronda com o Jacob e a Leah, assim você conhece a floresta, tudo bem? – Assenti.

— E quando é sua ronda, Jake?

— 5 horas da manhã. – Daora...

— Ok... – eu disse triste. – Vou ter que acordar cedo... — Rimos. Ficamos conversando, nós quatro, até umas oito horas. Foi quando fomos embora, nosso pai já devia estar em casa. Não via a hora de vê-lo.

Chegamos em casa, e, assim que subimos na varanda, ouvi o barulho da televisão e cheiro de comida. Rachel e Billy estavam em casa.

Abrimos a porta e, logo que eu entrei com Jake atrás de mim, não acreditei no que vi.


Continua...


Nota da autora: Sem nota.
Nota da bethinha 🧚‍♂️: "Desde o vampiro que estava louco pra dar uma chupada no sangue da “Bellinha” até o dia em que ela se jogou do penhasco. Realmente essa garota não bate bem da cabeça.” KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK EU TÔ PASSANDO MAL COM ISSO AQUI! QUE ÓDIO! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Confesso que to curiosíssima pra saber quem vai ser o par romântico dela e COMO isso vai acontecer, já que descobrimos que o menino Jake é irmãozinho da nossa lobinha. Apesar de que a capa já nos entrega um pouco dele, né? Hahahahaha. Como nossa Stephanie Meyer nunca focou muito nos quileuttes (o que eu acho um verdadeiro crime), vai ser divertido acompanhar as aventuras da pp do outro lado da reserva. Descobriremos mais sobre o bando do Jacob, o que eu vou achar bom demais, pois pensa nuns homi gostoso que são esses lobinho, hein. Sempre babo vendo os filmes. Espero muito que essa pp aproveite bem esses homi, hehe. Uma fic nos mostrando o universo deles era tudo o que eu precisava. LA PUSH, BABY. LA PUSH!
(Também espero muito que a Bella não seja uma chatinha com a pp, porque convenhamos, ela parte bastante o coração do Jacob nessa história KKKKKKKKKKKKKK COITADO!)
Tô louca pra ver nossa pp descobrindo como ser uma loba incrível e brabona. Bora dar um sacode nessa Victoria pra ver se ela aprende a ser gente. Eu quero é muita confusão.
E, AFF, O QUE FOI ESSE FINAL, DONA MARI? ME DEIXOU MORRENDO DE CURIOSIDADE! MALDADE TERMINAR O CAPÍTULO ASSIMMMMMMM, O QUE ELA VIU????? EU PRECISO DE MAISSSSSS 😩

Enfim, não se esqueçam de deixar um comentário para a autora se chegou até aqui. Tô de olho, hein!


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