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Codificada por: Cleópatra

Finalizada em: 28/08/2024

, finalmente! Entra aí — Norman abriu a porta da casa, dando espaço para que o recém-chegado passasse por ele.
— Desculpa o atraso, Norman. O trânsito dessa cidade tá uma coisa de louco hoje — se adiantou, porque conhecia muito bem o outro. Era daqueles que chamava a atenção fazendo alguma brincadeira.
— Isso é sério? Preciso levar até a faculdade hoje. Vamos ter que sair mais cedo, pelo jeito. — Fez uma careta enquanto caminhava com o rapaz até a sala de estar. — Aceita alguma coisa, cara? Um uísque, uma cerveja? — ofereceu, indicando o sofá.
— Não, obrigado. Não bebo em horário de serviço, Norman — negou, sentando-se diante do mais velho, vendo que um sorriso torto surgia nos lábios dele.
— Tá certo. Se aceitasse, ia perder alguns pontos com certeza. — Piscou, recebendo uma risada sem graça da parte de . — Fique à vontade. Vou buscar a papelada — anunciou, se afastando e deixando o outro sozinho no cômodo.
aproveitou a oportunidade para ajeitar a gravata, que tinha certeza de que estava torta pelo breve olhar reprovador do mais velho em sua direção. Não podia deixar que erros bobos lhe roubassem a chance que estava recebendo.
Dali a alguns dias, os funcionários da Laughton Enterprises conheceriam seu mais novo vice-presidente: . Nada poderia dar errado, nada poderia distraí-lo.
Ele havia começado em um cargo baixíssimo na empresa. Havia conseguido um estágio na área de sistemas de informação e permaneceu nessa mesma função por longos seis meses, quando então conheceu Norman Laughton, o dono daquele império.
Mais do que um vínculo entre patrão e empregado, uma amizade foi construída entre os dois. ajudou Norman durante o difícil período de seu divórcio e o conjunto entre a competência do rapaz e sua lealdade foram essenciais para que ele chegasse ao segundo cargo mais alto, algo que jamais havia imaginado quando colocou seus pés no prédio da empresa.
— Não precisa ficar sentado aí como se fosse um robô, cara. Se fosse assim, teria marcado contigo lá na empresa. — se sobressaltou ao ouvir a voz do chefe. Havia se perdido em pensamentos, mas disfarçou o máximo que pôde, rindo do que Norman havia dito e cruzando uma perna sobre a outra, tentando se mostrar mais à vontade.
— Não lembro da última vez em que estive em sua casa, Norman. Foi no dia de ação de graças? — Desviou o assunto, querendo evitar outro puxão de orelha porque obviamente o mais velho havia notado que não estava conseguindo seu propósito.
— Esse foi na casa do Kerrigan. A festa de ano novo da empresa que foi aqui — Norman o corrigiu.
— Ah, é mesmo. Mas tudo me parece ótimo por aqui desde então. Como andam... ahn, as coisas? — se repreendeu mentalmente por ter perguntado algo como aquilo. Havia soado invasivo, por mais amigo que fosse do chefe, e na verdade não era exatamente aquilo que ele queria saber. Sua curiosidade estava mais focada em , a filha de Norman.
Laughton, a tentação em forma de mulher. Não apenas por ser extremamente atraente aos seus olhos, mas porque ela usava cada um de seus atributos para provocar em toda oportunidade que lhe surgia.
— Está tudo andando nos eixos, . Não na velocidade que eu gostaria, mas uma hora chegamos lá, não é? Lyra está melhor do que eu, se você quer saber. — O tom de voz magoado do mais velho sugeria que ele não queria mais falar no assunto e entendia. Norman havia sido traído e deixado pela esposa, cutucar a ferida era sempre doloroso.
— Uma hora tudo se resolve. Já considerou as opções ao seu redor? Scarlett simplesmente não consegue esconder que diria sim a qualquer coisa que você propuser — sugeriu, arrancando uma risada maliciosa do mais velho.
— Scarlett é uma mulher deliciosamente tentadora, meu caro , mas é minha assistente. Isso não seria ético — lembrou, com uma sobrancelha arqueada.
— Deixe de se comportar como um robô, Norman. Vai lhe fazer bem — brincou com o outro, rindo junto ao chefe em seguida.
— Talvez eu aceite seu conselho. Me arrepender, sei que não vou. — Pensou por alguns minutos no que aquilo poderia dar, então balançou a cabeça, porque precisava se concentrar em outras coisas no momento. — Agora vamos focar nos negócios, que é o que nos interessa no momento — mudou de assunto e se endireitou no sofá, pronto para ouvir as instruções do mais velho.


🔥


Há alguns metros da sala, fechava o notebook soltando um suspiro de frustração. Não conseguia acreditar que havia perdido tantas horas preciosas de seu tempo assistindo a um filme ruim como Annabelle.
Por Deus, quem achava aquele filme assustador? O filme não havia sido bem-sucedido nem nas tentativas de susto e os efeitos estavam na verdade passíveis de boas risadas. E, de fato, a garota havia passado uma boa parte do filme rindo para não chorar de tão frustrante que aquilo havia sido.
Levantou da cama com uma tromba enorme porque tinha aula dali algumas horas e ela não estava com a menor vontade de ir naquele dia ou naquela semana inteira.
Época de TPM era um inferno para a moça.
Caminhou até o banheiro a passos lentos, e antes que chegasse ao seu destino, parou diante do espelho e resolveu procrastinar olhando para seu reflexo. Laughton vestia apenas uma blusa curta que ia até sua cintura, expondo sua barriga, e uma calcinha preta de renda porque ela amava lingeries pretas.
adorava seu corpo, sua pele, seus longos cabelos e principalmente sua bunda grande e redondinha. Passaria horas ali admirando aquela parte de seu corpo que compensava completamente a falta de seios da mulher, por mais que ela vivesse reclamando e suplicando para que o pai lhe pagasse implantes de silicone.
E, pensando bem, se ela aumentasse os peitos, era bem capaz de matar os funcionários da empresa de seu pai de ataque cardíaco.
— Peitos pequenos ou ataques cardíacos? — Um biquinho pensativo se formou nos lábios da moça e ela então o desfez em um sorriso maldoso. — Eu adoro ataques cardíacos, aposto que também consigo alguns com meus peitinhos assim do jeito que são.
Deu de ombros então e virou a bunda na direção do espelho, passando a mão por uma de suas nádegas e apertando, fazendo a cara mais safada que conseguia e rindo em seguida do quanto era boba.
— Gostosa sempre — murmurou e resolveu que ia logo tomar banho, mas algo muito melhor havia chamado sua atenção.
Ela sabia que o pai teria companhia naquela tarde porque ele só sabia falar na tal reunião e no quanto não queria ser incomodado. O que ela não sabia era que o convidado em questão era .
Passou a língua pelos lábios ao lembrar do homem, escutando a voz dele ecoar até seu quarto como um delicioso convite, então sorriu leviana e não conseguiu resistir.
nunca teve vocação para boa menina obediente, seu pai devia saber daquilo.
Saiu de seu quarto e caminhou devagar até a beirada das escadas, de onde conseguiria uma perfeita visão da sala de estar. Conhecia seu pai bem o suficiente para saber que ele ofereceria o sofá para o convidado, evitando assim que este escolhesse sentar-se em sua poltrona, que só não era mais sagrada que a caneca que o mais velho usava para tomar café.
Achava a maior graça o sentimento de posse que o pai tinha com suas coisas, pelo menos aquilo não se estendia a pessoas.
A voz de ficou mais próxima e inconscientemente a garota mordeu o lábio inferior. Devia ser uma delícia ouvir aquele homem falando bem em seu ouvido.
Sentia-se uma adolescente repleta de hormônios quando ele estava por perto, por mais que já tivesse passado de seus vinte e quatro anos. Quando lhe viu pela primeira vez, era sim menor de idade, mas agora podia desejá-lo e provocá-lo o quanto quisesse, e ela sabia muito bem que cada uma de suas tentativas de deixar o rapaz maluco eram bem-sucedidas. Ele sempre demonstrava de alguma forma e isso só lhe deixava ainda mais instigada a continuar.
— Preciso que você esteja no Grand Luxury amanhã às onze em ponto. Esse almoço é crucial para conseguirmos o contrato com a Mercury, e gostando ou não, a partir daí eles te verão com bastante frequência, vice-presidente. — ergueu uma sobrancelha ao ouvir a última frase do pai.
— Vice-presidente? — murmurou com interesse. — Então é o novo vice-presidente. De repente, os negócios do papai não me parecem tão entediantes assim. — Segurou uma risada e então focou seus olhos em . O rapaz estava sentado de uma forma quase confortável, com a perna direita apoiada sobre a esquerda, prestando atenção no que Norman falava, mas seu nervosismo era denunciado pela trava no maxilar.
Aquilo era tão sexy.
Ainda mais quando ele engolia em seco.
Como se um ímã tivesse lhe puxado, olhou em direção às escadas, subindo pelos degraus e encontrando a figura parada no andar de cima, lhe encarando sem conseguir conter o próprio desejo.
Ele teria tentado desvendar o motivo de tanto interesse nos olhos dela, mas seria impossível não descer o olhar pelo corpo de , notando quais eram os trajes da moça e então engolindo em seco ao ver a calcinha minúscula que ela vestia.
Aquela mulher só podia ter sido enviada diretamente do inferno para lhe provocar.
Puta merda.
Ele havia dito aquilo em voz alta? Não saberia dizer, porque , adorando ver a reação de , levou uma das mãos até a lateral da calcinha e puxou, como se estivesse ajeitando a peça, de uma forma tão descarada e completamente inapropriada, já que seu pai estava bem ali, na frente de e de costas para ela.
Mas o que é que ela estava pensando? Não era nada divertido causar uma ereção em alguém em uma reunião importante com o chefe. Laughton queria matá-lo. Só não tinha certeza se era de ataque cardíaco ou estrangulamento quando o pai dela percebesse para onde ele estava olhando.
, ouviu o que eu disse? — Norman inquiriu, estranhando a distração repentina do rapaz. Ele não era de se desviar de assuntos importantes. costumava ser irritantemente correto.
— Eu... caramba, sim. Claro que ouvi. Estarei lá às dez e meia — respondeu, desviando seu olhar para o chefe, mas não conseguindo manter contato visual, porque sentiu o sorriso malicioso que havia lhe lançado em resposta.
Aquilo chamou mais a atenção de Norman do que o esperado e o mais velho virou-se para trás, percebendo então sua filha só de calcinha nas escadas e fechando sua expressão em uma cara feia. O comportamento estranho de estava explicado. O rapaz suou frio, temendo que aqueles segundos seriam os de seu último suspiro.
? — ele a repreendeu com o olhar.
— Desculpe, papai. Esqueci que você tinha companhia. Olá, senhor — se dirigiu ao outro, contendo a vontade de rir da cara de espanto dele.
— O-oi, — murmurou, completamente sem graça, engolindo em seco e mantendo a compostura da melhor forma que pôde. Pelo menos o chefe ainda não havia demonstrado sinais de violência. Seu pescoço estava a salvo.
— Vá para seu quarto se arrumar. E é melhor estar pronta logo, vou te levar até a faculdade. — Ela então assentiu e lançando um tchauzinho na direção dos dois, correu de volta para seu quarto, nem se preocupando em fechar a porta atrás de si.
Se jogou na cama com um sorriso travesso nos lábios.
Seria delicioso se pudesse levá-la.
— Foi mal, criar uma garota praticamente sozinho não é lá uma das tarefas mais fáceis. — Norman suavizou a expressão fechada ao voltar a encarar .
— Não se preocupe, chefe. Eu posso imaginar.
Realmente ele podia, ainda mais se tratando de uma garota como Laughton.
Norman não fazia ideia, no entanto, de todas as outras coisas que conseguia imaginar quando se tratava da filha do seu chefe.
Ele ia para o inferno com toda certeza.


🔥


O clique do elevador anunciou as portas se abrindo assim que alcançou o andar desejado. Dando uma última olhada em seu reflexo no espelho, ela caminhou até a mesa de Scarlett, retirando os óculos escuros e sorrindo para a moça excepcionalmente bem arrumada. não era boba, sabia muito bem o porquê.
— Scar, como vai? — Viu seu sorriso ser retribuído pela moça.
— Tudo ótimo e você? Como anda a faculdade? — puxou assunto, como sempre fazia quando a garota aparecia por lá. Ambas se conheciam há anos e saíram algumas vezes para tomar uns drinques e curtir uma balada.
— Você sabe, um saco. Meu pai está aí? — questionou, olhando para a porta logo atrás da mesa de Scarlett, como se assim conseguisse ver através dela.
— Oh, não. Seu pai foi a um almoço com o Ganshui, ou algo assim. Nunca acerto o nome desse cara. — Seu rosto se torceu em uma careta.
— Almoço? — Olhou o relógio na parede à sua direita. — A essa hora? Desde quando ele sai para almoçar às onze?
— Desde que ele deixou o vice-presidente dando conta da papelada. — Sorriu enviesado, e arqueou uma sobrancelha.
— Meu pai tem um novo vice? — Se fingiu de sonsa. — Onde ele está?
— Até parece que você não sabe que seu pai escolheu para o cargo. Conte outra, . Ele está aí na sala de seu pai. — Indicou a porta com um aceno de cabeça.
— Não sabia formalmente, você para. — Riu e conteve uma expressão maliciosa quando uma ideia lhe surgiu. — Mas já que ele está aqui tão perto, acho que vou ali lhe dar os parabéns. — Já foi caminhando até a porta, arrumando os cabelos rapidamente.
— Você é o diabo, Laughton. — Scarlett balançou a cabeça negativamente. — Não perde a chance de provocar o coitado do .
— E você adora me caluniar, eu sou um anjinho. — Piscou.
— Você sabe muito bem que se ele tocar em você, seu pai o mata com as próprias mãos — advertiu.
— Meu pai não vai fazer nada disso, Scar. Desde quando ele precisa saber? — Jogou um beijo na direção da assistente e abriu a porta da sala.
A primeira coisa que notou foi que estava de costas para a porta e aparentemente tinha se abaixado para pegar alguma coisa porque sua bunda estava virada na direção de .
— Bela bunda — murmurou para si mesma, e quando ele notou a presença de alguém, ela voltou a fazer a cara de sonsa. — Hey, daddy!
se sobressaltou ao ouvir a voz da garota e levantou rapidamente, se virando para encará-la.
— Oh, desculpe, Sr. . Achei que meu pai estava aqui. — fez um biquinho, mas não se afastou, pelo contrário, caminhou lentamente até a mesa, parando diante dela.
— N-não. Seu pai foi resolver umas coisas — gaguejou de início, ficando nervoso com a presença da moça. Aquela era a primeira vez que via desde a reunião, há alguns dias, e foi inevitável não lembrar da calcinha de renda da garota.
Estaria ela vestindo algo parecido por baixo da calça jeans apertada? O cropped de renda preto sugeria que era possível.
— Coisas, é? Que tipo de coisas? — questionou, notando os olhos dele passearem pelo seu corpo. Ela adorava o quanto ele era transparente em suas reações.
— Você sabe. — Umedeceu os lábios, procurando se manter são, erguendo seu olhar para os olhos dela e notando o sorriso divertido que ela continha. — Almoços com clientes, negociações, essas coisas.
— E deixou você na sala dele por quê? — Era impossível que ela não soubesse o motivo. Provavelmente o pai teria lhe contado, já que teriam uma comemoração da empresa dali a dois dias.
— A essa altura você já deve saber que seu pai me nomeou vice-presidente da empresa, . — Ergueu uma sobrancelha para ela de forma sugestiva, orgulhoso por ter conseguido soar firme e não demonstrado que suava frio. A simples presença dela naquela sala trazia reações em seu corpo totalmente inadequadas para o momento.
— Oh, é mesmo, vice-presidente. Posso te abraçar? — Mal esperou a resposta do rapaz e deu a volta pela mesa, indo em sua direção.
— O quê? — ele soltou, confuso. — Não acho que seja apropriado.
— E por que não? — riu. — Quero te dar os parabéns, ué!
Ele não podia negar, poderia soar grosseiro e aquela era a filha de seu chefe.
Precisava manter aquilo em mente, se excitar com a proximidade estava fora de questão.
Sorriu de canto para a garota, aceitando quando ela envolveu os braços por volta de seu pescoço, levando suas mãos para a cintura dela e fazendo o máximo para se conter e não apertá-la contra si.
Parecia um adolescente patético.
Mas não fez questão alguma de se conter, apertou seu corpo contra o dele, descendo as mãos pelos seus ombros e apertando os músculos definidos de seus braços. Então se afastou minimamente de .
— Você tem braços mais fortes do que eu imaginava, senhor .
O homem engoliu em seco.
— Bem, eu malho bastante. Ou malhava até seu pai me escolher como vice. Tenho a impressão de que não vou ter mais tanto tempo para os treinos.
— Você vai dar um jeito de se exercitar. Posso te ajudar com isso, se quiser. — Sorriu de canto. Ambos ainda não haviam se afastado e então notou que na verdade estavam próximos até demais. Pigarreou, tentando se afastar.
— Sim, claro.
— Espera, bobo. Ainda não terminei. — Riu, impedindo-o de se afastar.
... — tentou adverti-la, mas isso não lhe parou. aproximou seu rosto de e conteve um sorriso leviano antes de levar seus lábios até o canto da boca dele, deixando um beijo ali antes de voltar a afastar seu rosto.
— Parabéns, . Tenho certeza de que você será um vice-presidente incrível. — Piscou para o homem e, à contragosto, se afastou completamente dele, começando a caminhar de volta para a porta.
— Obrigado, . — Escutou-o murmurar em resposta, o que fez seu sorriso se alargar.
— Até mais. — Então saiu da sala, lançando mais uma piscadela para Scarlett quando passou pela moça.
Enquanto chamava o elevador, deixou mais um sorriso malicioso surgir em seus lábios.
Talvez ela realmente fosse o diabo.


🔥


ajeitou a gravata enquanto lançava um último olhar para o espelho retrovisor de seu carro. Engoliu em seco, tentando deixar de lado todo o nervosismo.
Não havia motivos para se sentir daquela forma, havia?
Tudo bem que seu chefe estava lhe oferecendo uma festa na própria residência, em uma comemoração formal ao cargo que o rapaz havia recém recebido, mas ele havia batalhado por aquilo desde o primeiro dia em que pôs os pés na empresa. Ele não devia estar nervoso, devia estar orgulhoso e entrar confiante.
Não conseguia entender quando aquilo havia mudado nele. nunca teve problemas com insegurança e baixa estima, na verdade, ele se considerava audacioso e sabia muito bem que Norman confiava nele exatamente por aquele motivo. Se havia características que Norman Laughton prezava, eram a ambição e a audácia.
Era isso, precisava recuperar a confiança. E foi com determinação que ele saiu de seu carro, fechou os botões de seu paletó, como mandava a boa etiqueta, e caminhou até a porta da casa, tocando a campainha e sendo recepcionado por um Laughton sorridente.
— Aí está ele! O homem do momento. — Puxou o rapaz para um abraço, o qual nem hesitou em não retribuir, sorrindo largamente.
— Dar bolo na própria festa não é do meu feitio. — Se separou do abraço e encarou o chefe.
— Muito menos chegar atrasado, não é? Você precisa relaxar um pouco. Está quinze minutos adiantado. Se essa festa fosse minha, eu enrolava no mínimo uma hora só pra chegar com estilo. — Deu dois tapinhas nos ombros de e começou a conduzi-lo pela casa até o grupo onde estava antes, formado por alguns colegas de trabalho e sócios de Norman.
— Enrolar uma hora é a tua cara, Norman. Mas não sei se sou capaz do mesmo — afirmou, sincero, embora concordasse com o chefe. Realmente ele precisava relaxar.
Cumprimentou a todos, agradecendo as congratulações e logo eles voltaram a engajar a conversa que estavam tendo antes. , de início, tentou acompanhar o assunto, mas falar sobre ações e a burocracia do escritório não era exatamente o que ele queria no momento. Havia lidado com tanta papelada e queria um ar para seus neurônios, por mais que soubesse que aquele era apenas o começo.
Seus olhos varreram toda a festa, analisando os convidados, reconhecendo boa parte dos rostos ali presentes, mas não encontrando um em especial e isso lhe fez franzir o cenho.
Onde estaria ?
Não se lembrava de ter sido informado de que ela compareceria à festa, mas também não lhe disseram o contrário, e depois do acontecido na sala da presidência, ele esperava que ela viesse.
Recriminou-se por pensar daquela maneira. não podia desejar . Perderia o emprego e o pescoço se Norman sequer desconfiasse do que se passava em sua cabeça.
Suspirou, voltando seu olhar para o grupo falante e decidiu pegar uma taça de champanhe e circular um pouco pelo local, já que ninguém notaria sua escapada.
— E você, ? — Antes que pudesse de fato se afastar do grupo, ouviu a pergunta direcionada a ele e parou no ato, encarando Warrick, o autor da pergunta, com uma grande interrogação na cara.
— Eu o quê? — Balançou a cabeça, se recompondo. — Desculpem, me perdi na conversa.
— Quando vai nos apresentar a vice-primeira-dama? — Warrick repetiu a pergunta.
não se surpreendeu por ouvir aquilo vindo dele, já que aquele ali tinha o título de maior fofoqueiro da empresa, mas se perguntou quando o assunto havia mudado de ações para primeiras-damas.
— Ah, não tenho ninguém para apresentar, não. Estou focado demais no trabalho para isso no momento.
“Ou focado demais na filha do meu chefe”.
— E aquela sua namoradinha… Como era o nome dela? Alguma coisa com J? — Norman questionou.
— Dana. — Deu risada porque ele nem havia chegado perto no chute. — Não deu muito certo. Nós dois tínhamos ambições diferentes. Ela queria viajar o mundo e eu queria ficar com o rabo sentado em uma cadeira todos os dias — brincou, ouvindo todos do grupo rirem. — Mas, falando sério, ela passou em uma universidade do outro lado do país. Não acredito que relacionamentos à distância funcionem. Ela pensava da mesma forma e foi embora. Vida que segue. — Deu de ombros.
— Sinto muito, cara — soltou Isaiah, do departamento de marketing.
— Fala sério, . Eu duvido que não tenha se metido em nenhum rabo de saia — Norman comentou, dando risada da cara do rapaz. Sabia muito bem que era todo correto no trabalho, mas não era santo.
— Não to dizendo isso. Só to dizendo que não encontrei ninguém que valesse tanto a pena. — E aquela era a mais pura verdade. Desde o rompimento com Dana, não havia sentido sequer a necessidade de ficar com outra pessoa da mesma forma.
Bem, ele havia se interessado significativamente por alguém, mas esse interesse em especial ele precisava esquecer.
— Essa Dana é uma maluca. Deixar um homem desses solto por aí. — Scarlett sorriu enviesado para ele, que retribuiu com uma risada. Os dois eram bons amigos. Na verdade, além de Norman, Scarlett era com quem mais conversava no ambiente de trabalho.
— Eu concordo com você, Scar. Se eu fisgasse um cara incrível como o Sr , eu o manteria na coleira.
E lá estava ela. havia se distraído tanto se sentindo desconfortável com a conversa sobre sua vida pessoal que não havia notado chegar à festa. Desejou internamente ter feito aquilo antes, só assim conseguiria ao menos disfarçar suas reações ao dar de cara com a jovem.
Ele lhe lançou um olhar embasbacado, tanto pelo comentário, quanto por sua aparição repentina, e precisou de todo o autocontrole possível para não a observar dos pés à cabeça por tempo demais, já que não fazer aquilo estava completamente fora do alcance de suas capacidades.
Laughton usava um vestido preto, totalmente colado, fazendo um desenho perfeito de sua silhueta. Era de gola alta, com a manga direita indo até o pulso, enquanto no lado esquerdo ela não existia, já que havia um detalhe prateado que ia do ombro esquerdo diagonalmente até metade do direito. A peça ia até metade das coxas de , com uma fenda em uma delas, deixando à mostra algumas tatuagens que a garota possuía. Nos pés, ela usava sandálias pretas com tiras prateadas, seus cabelos estavam soltos e o piercing no septo completava o visual de uma forma diferente.
Laughton não era o tipo de mulher de corpo excepcionalmente escultural, algumas pessoas até diriam que ela era magra demais e seus peitos eram pequenos, mas sua bunda avantajada compensava e na verdade não conseguia ver nada daquilo como defeito. Mais um pouco e ele acabaria babando diante da garota e todos os colegas de trabalho, então precisou engolir em seco e se recompor da forma mais discreta que pôde.
— Finalmente resolveu se juntar a nós, minha filha — Norman se pronunciou, levando o comentário da moça na brincadeira. Ele sabia o quanto sua filha era brincalhona, então não tinha motivos para encanar ou fazer uma cena por conta daquilo.
— Sabe como é, papai, ocasiões especiais requerem produções especiais. Você só falava nessa comemoração e se não for pra chegar causando, eu nem apareço. — Deu de ombros. Scarlett soltou uma risada baixinha ao ouvir aquilo e o pai de balançou a cabeça em negação.
— Bom, agradeço por ter vindo, . Sua presença é capaz de animar qualquer lugar — se pronunciou, sorrindo para a garota ao vê-la lhe encarar. Percebeu uma certa faísca nos olhos de , pensando por alguns segundos se não era obra de sua imaginação.
— Hoje é seu dia, Sr . Se você está animado, já fico bastante empolgada. — Retribuiu o sorriso dele de forma enviesada e se sentiu afetado por suas palavras de uma forma completamente inapropriada para o momento, o que o deixou também nervoso. E se Norman percebesse o flerte disfarçado na conversa?
Desviou o olhar da moça, procurando o chefe e contendo um suspiro de alívio ao perceber que o mais velho havia mudado sua atenção para engatar em alguma conversa aleatória com algum sócio. nem se deu o trabalho de lembrar quem era, já que o perfume característico da garota de repente estava próximo demais.
— Meus parabéns mais uma vez, . Ouvi dizer que prepararam um jantar maravilhoso pra você — ela comentou, parando ao lado dele e lhe encarando com interesse. — Não se preocupe. Meu pai se distrai fácil com as conversas com os sócios — completou, interpretando o desconforto do homem de forma correta.
— É mesmo? Vai me contar o que é? — perguntou, ignorando o último comentário de e tentando soar curioso, mas na verdade algo havia lhe feito esquecer completamente que haveria um jantar naquele evento.
Festas formais eram sempre uma surpresa para ele, principalmente porque ainda não havia tido oportunidade de ir a muitas delas.
— Hmm... não tenho certeza. O quanto você quer saber? — fez um biquinho pensativo e seu olhar na direção de só demonstrava o quanto aquela garota era perigosa para ele.
— Eu sou naturalmente curioso, . E a curiosidade me deixa bastante impaciente. — respondeu, simplesmente, fazendo a garota erguer uma sobrancelha.
— Oh, é mesmo? — Sorriu, travessa. — Essa realmente é uma ótima informação. Acho que nunca vi impaciente. Como é?
— O que eu preciso fazer pra você me contar? — ele insistiu, se sentindo genuinamente incomodado, ignorando a pergunta dela. Sabia que a moça estava lhe provocando.
— Mas eu não quero te contar, Sr . — A insolência dela fez com que ele precisasse se controlar mais do que antes.
Por alguns segundos, se imaginou puxando-a para seu colo e lhe enchendo de palmadas.
Fechou os olhos e prendeu a respiração, encarando o sorriso provocativo dela quando voltou a abri-los.
— E por que não? — questionou, entrando no jogo.
— Eu prefiro te mostrar. — piscou para ele, desviando sua atenção para pegar uma taça de champanhe com um dos garçons que passava, de forma totalmente proposital.
levou as mãos à gravata em seu pescoço e afrouxou um pouco, já que se sentiu um tanto sem ar. Nada se comparava, no entanto, às imagens que continuaram se formando em seu cérebro. Ele tinha uma imaginação fértil demais e se não se controlasse, ficaria praticamente impossível não realizar pelo menos uma delas.
Por um minuto, ele se perguntou o porquê de tanto se conter.
Chegou quase a morder a boca para conter a próxima fala, mas foi em vão.
O minuto foi o suficiente para que sua sanidade escapasse pelo ralo, e quando se deu conta, as palavras ecoaram de seus lábios.
— Então me mostre.
O sorriso de então se alargou em satisfação. Ela levou a taça aos lábios calmamente, sorvendo todo o seu conteúdo como se tivesse todo o tempo do mundo, e no instante seguinte, passou por ele, lhe entregando a taça vazia e se afastando como se não tivesse acabado de aguçar a curiosidade do rapaz ao extremo, indo em direção para onde ele deduziu ser a cozinha.
ficou parado onde estava, ponderando se deveria seguir a garota ou não. Todas as suas terminações nervosas gritavam para que fizesse aquilo, mas um certo arrepio em sua espinha lhe alertava sobre o erro que estaria cometendo.
O caminhar de Laughton era hipnótico. O balançar de seus quadris poderia ser assistido por horas e jamais iria se cansar, mas ele sabia que haviam formas ainda melhores de observá-los. Passou a língua pelos lábios e engoliu em seco mais uma vez.
Aquilo foi o bastante para que ignorasse todos os impulsos que gritavam para que permanecesse onde estava ou até mesmo procurasse o chefe, buscasse de alguma forma a sanidade perdida, uma maneira desesperada de tirar a garota da cabeça.
Largando a taça sob uma bandeja, ele mandou tudo para o inferno, cansado de lutar contra seus impulsos, então fez o mesmo caminho de , sendo cumprimentado por alguns colegas lhe parabenizando pelo caminho e agradecendo rapidamente.
Ela não havia ido muito longe, mas de repente ele se sentiu confuso por não ser mais capaz de encontrá-la.
Entrou na cozinha, olhando tudo ao redor. Não estava deserta, mas também não havia sinal algum da moça por ali. Era impossível ela simplesmente ter sumido.
? — chamou, se sentindo meio idiota.
— Oh, não, Sr . Não pode entrar aqui. — Reconheceu Judith, a governanta da casa.
— Desculpe — murmurou atordoado, saindo da cozinha.
De repente, ele estava ainda mais impaciente, e como um menino birrento, deu as costas e decidiu voltar para sua festa. Mal deu dois passos e a voz de chamou sua atenção.
— Psiu! — ela cantarolou o sobrenome dele, o que o fez balançar a cabeça em negação e se voltar para a direção do som.
— Você vai se arrepender por esses joguinhos, Laughton — murmurou, escutando a risada dela e seguindo pelo corredor.
Nunca havia andado por aqueles lugares da casa, mas também não frequentava tanto a casa de Norman. Só ia até lá quando estritamente necessário.
Enquanto passava por uma porta, todos os seus pensamentos saíram de foco quando sentiu algo lhe puxar pela camisa.
Reconheceu prontamente as unhas compridas de e não protestou nem um pouco, deixando-se levar para dentro do banheiro. A garota empurrou-o contra a pia e fechou a porta atrás de si, passando a chave e se aproximando tanto que seus corpos ficaram colados.
— Fiquei me perguntando quanto tempo você ficaria me procurando na cozinha. — Ela sorriu de canto.
— Fui expulso de lá — ele contou, ouvindo a gargalhada gostosa dela em resposta. — ... — Num lapso de sanidade, ele ia repreendê-la por trancá-los no banheiro.
— Pobrezinho. — Fez um bico, entrelaçando uma das pernas ao redor da coxa do rapaz, pressionando um pouco mais seu corpo no dele, lhe tirando completamente o foco do que quer que fosse.
até tentou responder algo, seus lábios se abriram, mas nada inteligível saiu por eles, e teria se sentido frustrado se não estivesse completamente entorpecido.
— Ainda curioso, ? — provocou, sabendo que estava afetando o rapaz porque ele não conseguia nem disfarçar.
— Muito — por fim, ele sussurrou e cansado de se conter, agarrou a cintura da garota com suas duas mãos, apertando-a de forma que seu quadril se pressionasse contra o corpo dela, mostrando à garota que todas as suas provocações lhe causavam os efeitos que ela desejava.
umedeceu os lábios ao senti-lo, mas dessa vez não teve tempo para retribuir ou provocá-lo ainda mais. juntou seus lábios aos dela, sugando o inferior e a moça soltou um suspiro baixinho antes de sentir a língua dele invadir sua boca. Prontamente, ela retribuiu, agarrando os ombros de com vontade, cravando suas unhas por cima da camisa social e desejando arrancá-la do corpo dele naquele exato momento.
Mais uma vez, ela sentiu os músculos bem desenhados do rapaz e quis desesperadamente vê-lo sem nada só para poder redesenhar seu corpo com a língua.
sentiu seu corpo reagir de imediato quando ela retribuiu o beijo. O desejo que sentia pela jovem cresceu descomunalmente, e suas mãos foram deslizando com volúpia pela cintura dela, descendo por seu quadril, apertando sua bunda e subindo com uma das mãos pela perna entrelaçada ao seu redor.
Uma vez provando dela, ele não se via conseguindo parar de beijá-la, não se via capaz de ficar sem sentir como era poder tocá-la daquela forma.
Um grunhido dele foi contido pelo beijo, enquanto este se tornava cada vez mais intenso. A voracidade expressava o anseio de ter mais e não estava diferente. Cada toque dele em seu corpo era como brasa, o aquecendo por inteiro.
Sugando o lábio inferior dela devagar, ele pôde sentir o quanto era gostoso, quase soltando outro grunhido com a sensação. Em vez disso, desceu seus beijos pelo pescoço de Laughton, apertando mais a coxa dela e movimentando seu quadril na direção da jovem. gemeu baixinho, sentindo-o cada vez mais excitado e aquilo era o suficiente para que ela também se sentisse daquela forma.
aproveitou a fenda do vestido para explorar o local, deslizando seus dedos pela coxa descoberta e subindo, dedilhando o caminho com gosto. O tecido acabou subindo junto ao movimento de suas mãos, e quando chegou à bunda da garota, soltou uma risada maliciosa contra o pescoço dela.
— Sem calcinha? — Sua voz soou mais rouca do que ele imaginava. — Desse jeito, a sua insolência precisa ser tratada. — Foi a vez de rir, até jogando os cabelos para trás.
— Mas eu tenho um bom motivo, Sr — retrucou, mordendo o canto da boca com o quanto aquele homem estava sexy.
— Tem? E qual seria? — Mais uma vez, ela lhe deixava curioso com algo, porém nesta ele garantiria uma resposta dela.
— Eu sou a sobremesa, — respondeu, tão direta que ele não entendeu.
— Como é?
— Você me ouviu bem. Eu sou sua sobremesa. — Foi a vez dele rir.
— Você não presta. — E ele não estava muito longe, já que voltou a beijar os lábios da garota com intensidade, apertando bem sua bunda, apalpando sem pudor algum.
desceu suas mãos pelo peitoral do rapaz, seguindo até o cós da calça, ameaçando adentrar o tecido, mas preferindo seguir por cima e acariciar o pau dele por cima da calça.
soltou um gemido baixo e trouxe sua mão até a virilha dela.
Quando estava prestes a tocá-la, batidas na porta chamaram sua atenção.
Ambos se assustaram e esperaram que quem quer que fosse partisse, mas seria bom demais para ser verdade.
— Oi? Alguém aí? — arregalou os olhos ao reconhecer a voz de seu pai. Se desvencilhou de à contragosto, notando pela relutância dele que a ideia também não o agradava, o que fez algo nela querer sorrir feito idiota.
Mais uma vez, bateram à porta, e vendo que não daria para ignorar, ambos trocaram um olhar, questionando qual deles entregaria sua presença no lugar.
— O-oi, Sr Laughton — acabou respondendo, fazendo sinal para que não dissesse nada. Se enrolasse o chefe, quem sabe conseguiriam sair do banheiro sem nenhuma desconfiança.
? — Norman questionou, apenas para ter certeza.
— O próprio — o rapaz respondeu.
— Finalmente! Estão todos te procurando para começarmos o jantar. — Por um momento, ele se perguntou o motivo de todos estarem esperando por ele, então a pequena falha na memória se foi e lembrou que era ele mesmo o motivo daquela confraternização. Quase riu de si mesmo.
— Só um minuto, chefe. Já estou indo. — Olhou para a descarga, pensando se seria uma boa ideia puxá-la para disfarçar.
— Tá certo. Não demora não, cara. Eu to com fome. — riu, murmurando um “pode deixar”.
— Deixa só ele terminar a sobremesa primeiro — sibilou, então piscou para ele.
mordeu um sorriso e voltou a puxar a garota para si, beijando seus lábios com gosto e suspirando por ter que se separar logo naquele momento.
— Acho melhor você ver se a barra tá limpa e sair primeiro — sugeriu.
— Hmm, mas por quê? — se fez de boba. estreitou os olhos e desviou seu olhar na direção de seu pau. Mesmo com a interrupção, ainda estava dolorosamente excitado.
— Oh, entendi. — Ela deu uma risadinha. — Mas isso aqui não acabou, não, viu? Vou te cobrar. — Aquilo não havia soado como brincadeira.
— Vá logo, — ele insistiu, mesmo desejando o completo oposto. A moça deu mais um beijo nos lábios dele, e tomando cuidado, conseguiu sair do banheiro sem ser vista.
Assim que a porta se fechou, se virou de frente para a pia e abriu a torneira. Passar um pouco de água fria no rosto poderia lhe ajudar.
Encarou seu reflexo no espelho, notando seus cabelos bagunçados e se perguntando quando Laughton havia feito aquilo.
— Essa garota vai me enlouquecer — murmurou, então um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.
Naquele momento, ele não achava que enlouquecer seria uma má ideia.


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Já fazia quase duas semanas que não havia mais visto a filha de seu chefe. Desde o acontecido na festa, ela não aparecia em lugar algum e aquilo o intrigava. Seria algo que ele tinha feito?
Talvez não, talvez ela só estivesse bastante ocupada com a faculdade. Evitar alguém não era bem o jeito da garota lidar com as coisas.
Aqueles dias longe dela haviam sido o bastante, no entanto, para que destacasse duas coisas.
A primeira era que não podia jamais deixar que aquilo acontecesse novamente, por mais vontade que sentisse.
A segunda era que não conseguia tirar Laughton da cabeça, o que dificultaria um bocado a execução da primeira.
A reunião daquela tarde havia sido um verdadeiro inferno. Norman havia viajado à negócios e deixado assumindo seu papel de vice-presidente, dando conta de todos os problemas sem ele.
Assim que a reunião foi dada por encerrada, relaxou sua postura na cadeira, preferindo não sair dali e se despedindo de cada um que se afastava.
Ele tinha algum tempinho antes que precisasse resolver outras coisas, então apoiou os dois braços sobre a mesa e deitou a cabeça por cima delas, bufando alto e fechando os olhos.
Permaneceu daquela forma por algum tempo, ignorando inclusive o barulho de passos se aproximando. Provavelmente era só Scarlett vendo se estava tudo ok.
Sentiu duas mãos delicadas tocarem seus ombros, então os apertarem, e foi aí que reconheceu quem era.
— Você tá tão tenso, Sr . — Continuou apertando os músculos dele, massageando de uma forma gostosa.
— Você não faz ideia — confessou, podendo quase ver o sorriso dela mesmo estando de costas.
— Quer ajuda com isso? Aposto que seu estresse vai embora rapidinho.
Se viu tentado a deixar que ela continuasse. Então lembrou do que havia prometido a si mesmo.
— Não posso, . Não dá. — Segurou uma das mãos dela para que parasse com a massagem.
, não contente, passou a acariciar os ombros dele, descendo pelos braços, apertando, então tornando a subir e adentrando a camisa.
— Eu te falei que ia cobrar — ela murmurou, com a boca bem próxima ao ouvido dele, o que fez o rapaz sentir seu corpo arrepiar.
As mãos dela continuaram acariciando , então foram descendo, quase chegando à barriga dele. mais uma vez não conseguiu manter o controle.
Afastou a mão dela apenas para se virar de frente para a garota, então levantou da cadeira onde estava, e sem dizer uma palavra sequer, puxou para um beijo.
O efeito foi automático. A sede de um pelo outro ainda estava ali, mais forte do que antes e poucos segundos foram necessários para que logo um já estivesse praticamente engolindo o outro.
levou uma das mãos até a nuca da garota, segurando nos cabelos dela, puxando enquanto a voracidade do beijo aumentava. A outra pousou na cintura, descendo até sua bunda e apertando-a contra seu quadril.
Laughton suspirou com o gesto, envolvendo o pescoço dele com seus braços e passando as unhas pela pele, seguindo para frente e dando um jeito de abrir todos os botões de sua camisa.
Rompeu o beijo apenas para observar o peitoral desnudo e lambeu os lábios, sorrindo marota ao encará-lo rapidamente nos olhos. Sem aviso, ela se abaixou, deslizando a língua desde a base de seu abdômen, passando pelo peito de até chegar ao seu queixo, onde mordeu de leve.
A provocação havia mexido tanto com o homem, que assim que ela estava em pé novamente, ele segurou sua cintura com força e inverteu suas posições, empurrando contra a mesa de reuniões. A mulher pegou impulso e se sentou em cima dela, enlaçando as duas pernas ao redor da cintura de quando ele ocupou o espaço entre elas.
Daquela forma, ela conseguia sentir com mais evidência a ereção do rapaz que se formava e isso a fez suspirar, cada vez mais excitada, movendo o quadril contra o dele, se esfregando com cada vez mais afinco no pau duro de .
Propositalmente, havia escolhido um vestido curto para sua visita, então o homem tinha acesso livre por toda a extensão de sua pele.
Voltaram a se beijar cheios de desejo, e aproveitou para subir suas mãos pelo busto de , apalpando seus seios, mas se incomodando com o tecido do vestido. Procurou as alças dele e não demorou muito para que ele puxasse ambas para baixo, expondo o colo da garota, já que ela não usava sutiã.
Percebendo aquilo, soltou um grunhido alto, sugando o lábio inferior de Laughton com intensidade e afastando sua boca da dela para encarar seu busto despido.
A garota adorou a atenção, sorrindo levianamente com o brilho desejoso nos olhos dele.
— Gosta do que vê, Sr ? — instigou, levando uma mão ao próprio seio e deslizando seus dedos por ali.
Pressionou mais as pernas enroscadas nele e moveu seu quadril na direção dela, se sentindo tão excitado que estava quase explodindo.
— Puta que pariu, — ele retrucou afetado, substituindo o toque dela pelo de suas duas mãos, tomando os seios com vontade, acariciando e sentindo toda sua extensão.
A moça passou a língua pelos lábios, encarando as feições dele enquanto sentia um tesão absurdo, ainda mais quando os dedos dele passaram a brincar com seus mamilos, apertando de leve, puxando.
Não demorou muito para que a boca de se aproximasse dos peitos dela e sua língua deslizou por toda a auréola bem devagar. soltou um gemido um tanto mais alto, algo que se transformou em um gritinho quando ele sugou seu seio. Enquanto a boca dele trabalhava em um, sua mão continuava no outro, adorando todas as expressões de prazer que ela fazia, sentindo-a se esfregar com mais intensidade contra seu quadril, aumentando a fricção de um jeito delicioso.
sentiu seu pau pulsar dentro das calças, latejando de desejo. Havia mais algo pelo qual ansiava. Desde a festa, desde aquelas provocações que o deixaram maluco, não conseguia pensar em outra coisa.
Subiu com sua boca pelo pescoço de , encontrando seus lábios e dando selinhos de leve, enquanto voltava a tocar as coxas da garota, subindo por elas e levando o vestido junto, decidindo que o melhor mesmo era livrá-la da peça de uma vez.
Ao atirá-la longe, notou que mais uma vez Laughton andava sem calcinha.
— Você quer me enlouquecer de vez mesmo, não é? — soltou, entredentes, sentindo seu pau pulsar mais uma vez em excitação.
— Estou conseguindo? — Ela arqueou uma sobrancelha.
— Definitivamente — ele retrucou, passando suas unhas curtas pelo interior das coxas dela até chegar à sua virilha, vendo a pele ficar levemente vermelha e adorando ouvir a forma como a mulher gemer com aquilo. — Tem dias que não consigo pensar em nada a não ser no quanto eu quero chupar essa sua bocetinha molhada e depois te encher de palmadas por andar por aí assim sem calcinha.
Laughton fechou os olhos com as palavras dele, sentindo cada centímetro de seu corpo estremecer.
Por Deus, ele também iria enlouquecê-la e aquela era a melhor parte.
— Por que você não para de pensar então e ajoelha pra me chupar bem gostoso? Eu tô pingando de tesão por você, — ela o desafiou, notando as íris de escurecerem pela provocação.
Ele roçou os dedos pela boceta dela, já sentindo o mel de escorrendo, e aquilo o fez passar a língua pelos lábios. Suas mãos fizeram com que a moça abrisse mais as pernas e então ele se abaixou o suficiente para ficar à altura da mesa.
Numa breve provocação, passou o nariz pela parte interna da coxa de , vendo-a estremecer e soltando uma risada rouca com aquilo.
Ele então colocou mais firmeza em seus dedos, deixando as pernas dela bem abertas e a boceta bem exposta para si. Sua boca salivava de vontade de chupá-la.
Quando finalmente sua língua a tocou, Laughton não conseguiu controlar o gemido que ecoou por toda a sala e acabou gemendo junto. As pernas tremeram ainda mais, porém não lhe daria trégua. Se deliciou, explorando toda a extensão da boceta dela, lambendo seu grelinho com vontade, passando pelos grandes lábios e voltando a se concentrar nele, onde começou a sugar com gosto.
Segurou uma das pernas de ao senti-la se contorcer e os gemidos que foram se tornando frequentes soavam como música aos seus ouvidos.
Se deliciou, descendo até a entrada da garota, ameaçando penetrá-la e o grunhido alto que ela soltou o incentivou a continuar. foi metendo a língua e tirando com gosto, repetindo o gesto uma, duas, três vezes. Os olhos dela foram se revirando nas órbitas, o prazer tomando conta de cada uma de suas terminações nervosas.
— Porra — ela deixou escapar, apertando suas mãos em punho, mas então resolvendo descontar nos ombros de , onde apertou, cravando suas unhas e deixando ali uma sensação dolorosa e ao mesmo tempo prazerosa.
Uma das mãos de então seguiu para o clitóris da mulher, fazendo movimentos circulares enquanto continuava chupando a boceta de , socando a língua com vontade, aproveitando a forma como a mulher rebolava em sua boca para ir cada vez mais fundo.
Laughton era deliciosa e sentindo que ela estava cada vez mais próxima do orgasmo, intensificou ainda mais suas chupadas, movimentando a língua com maestria, saindo de dentro dela, voltando e a girando com intensidade enquanto sua mão acompanhava o ritmo, esfolando o grelinho com gosto.
Laughton se controlava para não gemer muito alto. Sabia que as paredes da empresa não eram tão grossas assim e não queria ser interrompida, não quando estava tão perto de gozar.
Aquele homem estava a deixando louca. Cada vez que a língua dele se atolava em sua boceta ela via estrelas e o suor escorria por suas costas. O ar era escasso aos seus pulmões, mas aquilo não importava. Tudo o que queria era continuar sentindo aquela boca gostosa lhe chupando.
Até que, de forma avassaladora, Laughton sentiu o ápice atingi-la. Cada parte de seu corpo foi entrando em combustão e os olhos da mulher se reviraram nas órbitas. Sem que conseguisse se refrear, um gemido agudo ecoou de sua boca, então ela mordeu os lábios, se sacudindo inteira de tesão.
A visão do rapaz se levantando com a boca melada pelo seu prazer era deliciosa. Laughton, ainda meio zonza pela sensação do orgasmo, não resistiu e o puxou, levando uma mão ao seu pescoço e grudando seus lábios nos dele, beijando-o ferozmente, querendo partilhar o gosto dela que estava na boca dele. retribuiu as carícias de sua língua com vontade, dando um jeito de se livrar das calças enquanto isso porque estava louco para se enterrar todo nela, e tendo que desfazer o beijo por alguns segundos para caçar um preservativo dentro da carteira em seu bolso.
Ver a mulher estremecer daquele jeito havia sido a gota d’água para ele e sabia que não aguentaria mais nenhuma provocação, precisava fodê-la naquele momento.
assistiu enquanto o homem vestia a camisinha, mordendo os lábios de leve e até sentindo vontade de chupá-lo. O pau de era delicioso e ela estava louca para que ele socasse com força dentro dela.
Quase riu ao se lembrar das vezes que se masturbou enquanto fantasiava com aquilo, mas a risada foi substituída por um gemido torturado quando sentiu a cabecinha do pau dele roçar sua entrada, mas não entrar.
Encarou quase indignada, então viu o sorriso enviesado dele ao voltar a brincar por ali, esfregando seu pau, acariciando o grelinho e a fazendo quase enlouquecer de tanta expectativa.
— ela advertiu, não conseguindo formar coisas muito inteligíveis.
— O que foi, Laughton? — ele provocou, adorando vê-la daquela forma.
— Me fode logo. Atola esse seu pau gostoso logo em mim, vai — soltou de forma quase mandona, e teria rido se a provocação não mexesse com ele também.
Respondendo ao pedido desesperado da garota, a penetrou devagar, fechando os olhos e os apertando ao sentir seu pau entrar por inteiro.
Se recuperando da primeira investida, ele tirou e voltou a meter com mais força, repetindo o gesto e grunhindo cada vez que ficava todo socado naquela bocetinha. Na sala, se ouvia os gemidos contidos de ambos, o atrito dos corpos se chocando e a mesa balançando.
Por mais cuidado que quisessem tomar para não serem pegos, o prazer falava mais alto naquele momento.
levou as mãos até os seios da mulher, apertando-os enquanto colocava mais velocidade nas investidas. Laughton enroscou as pernas nele, facilitando ainda mais a penetração e procurou os lábios dele, beijando com uma certa dificuldade porque não conseguia parar de gemer, mas sentir a boca dele na dela era quase uma necessidade.
O suor começou a tomar conta dos corpos, o ambiente estava tão quente, parecia que as coisas explodiriam ao seu redor. O cheiro de deixava o homem cada vez mais enlouquecido e seu pau pulsava com tanta intensidade que grunhidos baixos escapavam de sua boca.
A cada investida que dava, Laughton retribuía rebolando com vontade, sentindo o pau dele tocar cada centímetro de sua boceta e o apertando com afinco, aumentando ainda mais a sensação de prazer que os consumia.
investia com mais e mais vontade. Desceu uma das mãos até o grelinho de , estimulando com movimentos circulares enquanto metia, tremendo junto a ela conforme o tesão ia aumentando.
— Isso, rebola gostoso no meu pau. Puta que pariu, você é deliciosa — resmungou, intensificando ainda mais os movimentos de sua mão e socando com mais vontade. Seu corpo todo tremia de tesão e ele sabia que se continuasse daquela forma não aguentaria por muito tempo.
— Ah, . Soca bem forte. Eu vou gozar tanto no seu pau. — A voz dela era quase um sussurro, porém não deixou de atender o pedido, socando com mais força, chocando seus quadris contra os dela e sentindo sua bolas baterem na bunda da mulher.
— Porra... Que bocetinha gostosa, . Aperta meu pau com ela, vai. Engole todinho. — Foi se atolando intensamente, grunhindo mais alto quando a boceta de Laughton se apertou no pau dele.
Os gemidos de foram se tornando mais e mais agudos, então as pernas dela voltaram a estremecer, denunciando o segundo orgasmo. continuou investindo com força, sabendo que também estava muito perto.
E foi quando ele puxou a mulher pela nuca, beijando-a com vontade que tremeu violentamente, o que o levou a se render e gozar logo em seguida. O corpo dele inteiro parecia pegar fogo, em uma sensação deliciosa que fazia tudo girar ao seu redor.
deixou seu tronco desabar sobre o de em cima da mesa, e ele buscou seu lábios para beijá-la de leve, sorrindo de uma forma idiota por perceber o que havia acabado de acontecer.
Tinha acabado de foder a filha de seu chefe e sabia que somente aquela transa rápida não seria o suficiente.
— Esse vai ser o meu fim. Seu pai vai me matar — murmurou, dando risada.
— E quem disse que ele precisa saber disso? É o nosso segredinho, Sr . — Retribuiu o sorriso dele, lhe dando mais um selinho.
poderia prometer mais uma vez a si mesmo que se manteria longe daquela mulher, mas ele sabia muito bem que não conseguiria. Não depois do que havia acabado de acontecer.
Laughton era seu próprio Armagedom, o precipício de onde ele se atiraria de olhos fechados e uma vez que havia se lançado em queda livre, não haveria como voltar atrás, muito menos como frear.
Ele mal havia a provado e já a desejava novamente.
— Você tem planos para mais tarde?



Fim.


Nota da autora: Olá, meu bem. Espero que tenha gostado da história!
Confesso que foi uma delícia escrever esse casal. Comenta comigo o que achou.
Beijos e até a próxima.
Ste.

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