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Revisada por: Saturno 🪐

Atualizada em: Jul/2024

São Paulo, Brasil.
Quinta-feira, 21 de março.
14h.


Assim que o vento mais frio tocou o seu corpo, no instante em que desceu do táxi em frente ao hotel no centro da cidade, deixou que uma careta brotasse em seu rosto. No entanto, logo emendou um sorriso para o motorista e pegou a sua mala. Viu a sua irmã ao seu lado fazer o mesmo.
— Nem acredito que estamos aqui. Nem acredito que o papai deixou eu vir. — sorriu a olhando enquanto andavam em direção a entrada.
Lá, fizeram o check-in. Iriam ficar em um quarto reservado até segunda-feira pela manhã. havia conseguido alguns dias de férias, ainda assim, sabia que poderia vir a fazer algumas coisas relacionadas ao trabalho nos dias que se seguiriam, e conhecendo a sua chefe essa probabilidade era altíssima.
— Sabe que o papai só deixou você vir por que eu vim, né? Ou seja, você está sob minhas ordens e cuidados. — A mais velha falou no elevador ao olhar para a mais nova ao seu lado, a vendo fazer um biquinho.
— Você se lembra dele, né? De Austin & Ally?
Era a décima vez que perguntava a irmã se ela se lembrava de Ross Lynch, tendo em vista que ele foi um crush da mais velha, na época em que ela tinha mais ou menos a idade de .
— Essa pergunta faz com que eu me sinta tão velha, Gabi. Toda vez. — riu ao abrir a porta do quarto no qual ambas ficariam.
— Você é velha. Tem quase 30. — brincou a outra.
— Sim, da mesma forma que Ross Lynch. — a provocou ao colocar a sua mala sobre a cama de solteiro que ficaria. Suspirou pesadamente, vendo a irmã fazer o mesmo e pegar o celular para checar algumas mensagens. — Avisa o papai que chegamos? Ele fica preocupado.
— Sério? Mas o voo de Porto Alegre pra cá durou uma hora e pouco. — sentiu o olhar da irmã pra si e deu de ombros.
Ouviu uma notificação vinda do seu celular e pegou o aparelho de dentro do bolso do casaco enquanto dava uma espiada rápida pelo quarto básico, camas de solteiro, paredes brancas, uma TV pequena, uma bancada de madeira, do lado esquerdo uma porta que as levava para o banheiro. Pensando ser seu o seu pai, no entanto era uma mensagem do seu ex-namorado e isso fez com que a mulher soltasse uma grande quantidade de ar dos seus pulmões.
— Que merda! — resmungou baixo.
Outra notificação apareceu na tela, mas dessa vez era uma mensagem da sua chefe e ela não se surpreendeu nenhum pouco.

Ana Clara:
Oi, . Está em São Paulo? Nós da redação tivemos uma ideia. Estamos recebendo muitas mensagens nas nossas redes sociais das fãs da banda dos irmãos Lynch e queríamos uma entrevista. Já solicitamos ao staff deles, eles nos encaixaram em um bom horário no sábado, quando ambos estarão de folga, pensando no show do Lolla no domingo. Nem preciso perguntar se você pode fazer, né?
A loira com cabelos cacheados pegou uma mecha dos seus fios e enrolou no dedo indicador enquanto lia a mensagem. Não via problema em fazer a entrevista, a questão era “Nem preciso perguntar se você pode fazer, né?”.
Precisava sim, pensou.
— O que houve? — ouviu a voz da irmã e tirou os olhos do celular.
— Ah! Acho que você vai gostar disso. — riu.
Notou juntar as sobrancelhas e uma covinha aparecer em sua bochecha e sorriu com isso, a covinha sempre aparecia quando ela estava confusa.
— Minha chefe quer que eu entreviste os meninos. Ela já marcou um horário para a revista.
Os olhos da mais nova se arregalaram no mesmo instante, ela abriu a boca e um gritinho saiu entre seus lábios. Não demorou para sentir os braços de envolta do seu corpo e acabou rindo disso.
— Você vai conhecer os meninos? — se afastou e segurou a irmã pelos ombros.
— Você vai conhecê-los daqui a algumas horas no Meet.
— Uma entrevista! Caralho!
A loira acabou gargalhando e negou com a cabeça.
— Vamos comer alguma coisa, estou faminta. E depois já vamos pro Meet. — segurou com mais firmeza na alça da sua bolsa preta lateral.
— Você vai rever seu crush. Já imaginou como vai ser? — foi indo em direção a porta, já a abrindo.
— A personalidade dele é tirar a camiseta durante os shows? — fez uma careta para a irmã no corredor.
— Cala a boca!
se lembrava dele em Austin & Ally. Se lembrava bem dos momentos em que ficou fantasiando ser Ally com Austin, por mais que amasse a química dos dois. Anos depois, imaginava ser Sabrina ou Roz em “O Mundo Sombrio de Sabrina”. No entanto, com o passar do tempo, a faculdade, o trabalho e o namoro deixaram a sua vida de fã pra lá.
Mas há um ano, descobriu que a sua irmã mais nova, de 17 anos de idade, era fã da banda daquele rapaz que fez com que ela dormisse pensando nele, sonhasse com ele, usasse fotos dele como seu plano de fundo de um Motorola antigo. Contudo, esses detalhes ela nunca assumiria para ninguém.
— Você tá há muito tempo quieta. — ouviu falar assim que pegou seu Big Mac antes de dar uma mordida.
Alcançou uma batatinha bagunçada em cima da bandeja e comeu, ganhando certo tempo antes de responder, e não falar nenhuma besteira referente as coisas que fazia e pensava relacionados a Ross no passado.
— Com qual roupa você vai? É o que eu — pigarreou — pensava. — Deu de outros e logo emendou uma mordida no hamburguer que estava em suas mãos.
— Sei... você tá com cara de quem estava pensando no Ross. — riu.
e encarou e fez a sua maior cara de debochada que constava em revirar os olhos demoradamente e fazer um bico, bebeu um pouco do refrigerante gelado e suspirou.
Pensou se a irmã poderia estar certa. Não. Nunca. Jamais. Ela não pensaria em alguém que teve um simples crush há anos. Sua vida agora era outra. Pronto.



São Paulo, Brasil.
Quarta-feira, 20 de março.
19h.


Ross tropeçou no último degrau da escada do avião ao descer e fez com que Rocky gargalhasse ao seu lado, mesmo estando no celular. Negou com a cabeça, colocando as mãos dentro do moletom preto e viu um dos seguranças se aproximar. Deu uma olhada rápida no céu, estava nublado, mas quente.
— Vocês querem entrar normalmente? Podemos pedir pra van parar aqui na pista. — seu sotaque era bem carregado provavelmente por ser brasileiro.
Olhou pra trás, em busca dos outros irmãos e Ryland, que era quem comandava a banda por trás, e esperou que o irmão respondesse a pergunta.
— Nós vamos entrar normalmente pelo saguão. Obrigado.
O loiro já estava acostumado com a fama, afinal lidava com isso há anos desde que começou a fazer Austin & Ally e depois vieram Teen Beach Movie e O Mundo Sombrio de Sabrina, o que fez com que mais pessoas o admirassem.
Deu uma olhada por geral no aeroporto tão logo que adentrou o local atrás de Riker, um dos seus irmãos. Não estava tão movimentado, no entanto, algumas garotas se aproximaram deles, uma caneta foi colocada na sua mão e em questão de segundos já estava autografando uma foto, depois um poster da banda, uma camiseta, a capa de um CD e riu de algumas coisas que elas falavam.
— Qual é a estação do ano agora? — franziu o cenho para uma das meninas ao seu lado quando foi perguntado se estava com frio. — O ar-condicionado estava ligado dentro do avião. — respondeu ele, calmamente.
Tentou ao máximo dar atenção a todas que o rodearam, olhou para frente, vendo que os meninos já estavam indo e tirou uma última foto com uma menina morena com as pontas do cabelo verdes e reparou nisso sorrindo pra ela.
— Gostei do seu cabelo. — assim que falou notou o rosto dela tomar uma coloração avermelhada.
Andou com algumas fãs para fora do aeroporto, atendeu mais algumas, deu mais autógrafos e principalmente tirou fotos. Agradeceu a atenção de todos e acenou antes de entrar na van e se sentar mais próximo da janela. Ao fazer isso, tirou a mochila das suas costas.
— O que vocês querem jantar? — Ross ouviu Ryland perguntar mais alto dentro do veículo, mas sua atenção se encontrava em seu celular, respondendo uma mensagem da sua mãe.
— Vamos jantar no hotel? — Riker perguntou.
Terminou de digitar a mensagem e adicionou vários emojis de coração, da forma que ela gostava. Disse que havia chegado bem ao Brasil e ficariam ali até Domingo, e na segunda-feira de manhã voltariam para os Estados Unidos.
Deu uma espiada entre a cortina e a janela, olhando lá fora. Carros e prédios. Bem igual a Los Angeles, pensou.
Cerca de alguns minutos depois, parte da banda se encontrava no restaurante do hotel no qual ficariam no centro de São Paulo, escolheram cada um seus pratos favoritos e pediram muitas bebidas, pois além de tudo, estavam sedentos.
Ross deu uma bela olhada pelo restaurante no minuto em que largou os talheres em cima do prato, o barulho das conversas o fascinava desde pequeno. Lembrava sempre que saiam para comer em família, e como eles eram muitos, ficava sozinho observando as outras mesas e inventando histórias para cada um deles.
Riu dos seus próprios pensamentos e apoiou a mão no queixo.
— Você está pensando na...
— Não. — tratou de cortar Rocky imediatamente.
Engoliu seco e levou ambas as mãos até as têmporas, as acariciando.
— Ei, Ry, é estranho se eu subir? Já quero dormir. — levou uma das pernas até a do irmão que estava na sua frente, a chutando.
— Rocky está te enchendo? — tirou os olhos de um caderno, a fim de olhá-lo melhor e riu.
No entanto, seu olhar caiu na mesa ao lado onde uma família parecia jantar, e a filha que tinha a mesma idade que eles trocava olhares com ele desde que haviam chegado uma hora antes.
— O que você acha, huh?
— Acho que vou subir. O cartão. — olhou para Rocky ao estender a mão.
Assim que recebeu o objeto nas mãos, piscou para o irmão ao seu lado e mostrou o dedo do meio para Ryland, que riu. E logo se despediu dos outros na mesa com um aceno.
Com o cartão que abriria a porta do quarto em mãos, pegou o elevador e apertou o botão do 14º andar e aquela caixa metálica começou a subir, o cantor coçou os olhos sentindo seu corpo se render ao cansaço dos shows e acontecimentos dos últimos dias.
Sacou o celular de dentro do bolso do agasalho e andando lentamente, caminhou até a porta do quarto que dividiria com Rocky, não se importava, afinal era assim costumeiramente. Ao entrar, viu as camas de solteiro, uma ao lado da outra com uma distância razoável, suas malas estavam no quarto e o homem se aproximou delas, após fechar a porta atrás de si.

—————


São Paulo, Brasil.
Quinta-feira, 21 de março.


O dia na vida dos integrantes da banda The Driver Era era sempre repleto de compromissos, não deixou que fosse diferente em São Paulo. Assim que os irmãos tomaram café da manhã, aproveitando a culinária brasileira, rumaram para conhecer alguns pontos turísticos da cidade de São Paulo.
Ross, que havia encontrado nas coisas dos seus pais, uma câmera analógica, a trouxe para a tour e tirava fotos do que podia, para que pudesse revelar no estúdio do seu pai, assim que voltassem para Los Angeles.
Passaram por uma loja de artigos esportivos no centro, onde aproveitaram uma pista de skate dentro do local. Ross se encontrava no céu, e não queria ir embora de jeito nenhum. Além do hóquei, o skate era um dos seus hobbies favoritos.
— Precisamos ir. Vamos embora! — Ryland falou mais alto com uma prancheta em mãos, provavelmente com os itinerários da banda.
O loiro deixou que seus ombros caíssem e fez um bico muito infantil em resposta aquela fala do irmão, mesmo sabendo que possuíam horários para tudo quando estavam em tour. Não era um passeio de família.
— E agora? — ao entrar na van, se virou um pouco para falar com Ryland que entrava logo depois.
— Num lugar que anotei como “tem comida” — mostrou a prancheta fazendo com que ele risse.
E novamente experimentaram a culinária brasileira e Ross se sentia completamente a vontade para fazer isso, o que lhe davam para experimentar, ele experimentava. Gravaram para um telejornal de São Paulo, falaram a respeito dos shows e quais eram as suas expectativas em terras brasileiras.
— Eu poderia comer isso até morrer. — Ross murmurou de boca cheia ao voltarem para a van, na outra mão ele carregava vários pães de queijo.
— Eu só comi um. — Rocky riu ao se sentar.
— Não vou te dar. Tá muito bom. — riu ao olhá-lo.
Sentou-se dessa vez ao lado do irmão, colocando o cinto com a mão livre e teve dificuldades para isso. Colocou outro pão de queijo na boca e resmungou algo que ele mesmo mal entendeu.
— Já estamos a caminho do Cine Joia, pessoal. — Ryland falou mais alto.
A adrenalina que sempre sentia antes dos shows cresceu no peito de Ross no mesmo instante em que ouviu aquelas palavras. Seu coração bateu mais forte, e mesmo comendo, a sua barriga roncou e certo suador se apossou das suas mãos. Engoliu seco, mordendo seu lábio inferior de leve e respirou fundo.
Seu coração bateu forte durante todo o trajeto, notou que a van estava em silencio, cada um inserido em seu próprio mundo, até Rocky ao seu lado jogava algo no celular, no entanto ele não conseguia se distrair. Queria fazer algo para que a adrenalina se extravasasse, mas isso aconteceria só no show.
O tranco delimitou que haviam chegado ao local, pegou a sua mochila no chão, ao se levantar bateu a cabeça em um dos compartimentos de mala da van e murmurou, levando a mão até o local.
— Você é um desastre. Tá tudo bem? — ouviu Rocky lhe indagar enquanto ria.
— Talvez eu esteja passando mal. — usou seu tom mais sério, fazendo seu irmão rir mais ainda.
Permitiu que algumas pessoas saíssem antes dele e desceu as escadinhas, tão logo que colocou seus pés no chão, olhou para o lado e viu fãs ali, novamente o seu coração palpitou e ele acenou para eles, que gritaram em resposta. Sempre se surpreendia pelo fato de, por mais que fossem uma banda relativamente pequena, pessoas gostavam deles.
— Vocês precisam de mais alguma coisa?
Ouviu um rapaz questionar da porta, ele parecia ser simpático, mas estava envergonhado, já que as suas bochechas tinham certo rubor. Ross negou, tomando um gole da garrafinha de água aberta há instantes.
— Está tudo perfeito, obrigado. — Ryland respondeu por todos e sorriu para o tal rapaz.
— Preciso ir fazer xixi. — o loiro se levantou.
— Lava as mãos. — Rocky acrescentou, fazendo com que todos rissem.
Recebeu um dedo do meio do irmão e não ligou, continuou olhando para o próprio celular. Ross caminhou calmamente até o banheiro e fez o que tinha que fazer, aproveitou para lavar o rosto e jogar um pouco de água em sua nuca.
Cerca de algumas horas depois já haviam passado o som, e tudo estava ok para o show de mais tarde, no entanto, antes de tudo aconteceria o Meet & Greet, onde tirariam foto com fãs e conversariam um pouco.
— Uau! — Lynch arregalou os olhos e abriu a boca levemente ao ver uma fã ao seu lado mostrar uma tatuagem para a banda. — Doeu?
— Nada. — Ela riu e ele acabou rindo também logo depois que tiraram a foto.
No instante em que as fãs saíram, pegou a garrafinha de água que deixava no bolso da sua calça jeans e tomou um gole, olhou pra Rocky, o vendo distraído conversando com alguém da produção, até que algo chamou a sua atenção e parou imediatamente de beber. Seu coração bateu forte tão logo que colocou os olhos nela.
Tateou pelo lado, procurando pelo irmão, mas não o encontrou. Engoli seco, piscou algumas vezes e viu que o segurança deu passagem pra ela e mais uma garota virem até eles. Sentiu seu rosto queimar, como se lá estivesse mais de quarenta graus e com umidade alta. Não soube o que fazer, viu como ela sorriu simpaticamente para o homem que as deixava passar, seus cabelos loiros e enrolados caiam sobre os seus ombros.
Bebeu mais um pouco de água, que chegou a doer quando o líquido passou pela sua garganta.
— Oi. — notou Rocky falar com elas e fechou a garrafinha, a colocando no mesmo lugar de antes.
Não conseguia tirar os olhos dela, seu rosto com o nariz delicado, a pouca maquiagem, a forma como ele conseguia sentir dali o cheiro do xampu dos cabelos daquela mulher. Abriu a boca pra falar, todavia nada saiu. Certo desespero tomou conta do seu corpo.
— Oi. — disse baixinho e com as bochechas totalmente coradas.
Sentiu o olhar do irmão sobre si, como se perguntasse a ele o que estava acontecendo, mas Ross não saberia dizer, já que aquilo nunca aconteceu. Pigarreou.
— Oi, sou Ross. — balbuciou tão rápido que mal entendeu o que disse.
Agora ele sentia o olhar dos três sobre si, acabou sorrindo e riu.
— Prazer. — o loiro olhou para e depois para a irmã, quis julgar a idade dela, sabia que era péssimo nisso. — Hã, oi. — seu tom de voz voltou a ser baixinho.
— Como vocês querem a foto? — Rocky indagou com seu tom de voz firme, mas simpático.
— Pode ser algo normal. Não tenho muita criatividade. — a mais nova riu caminhando em direção ao outro Lynch.
— Sou . — riu ela ao olhá-lo.
Mais de perto ele era ainda mais bonito, mais charmoso, mais sensual de um jeito perfeito e... muito, muito gostoso. Os pensamentos da loira começaram a aflorar e ela sentiu as bochechas esquentarem. Seu coração palpitava.
— A foto é com a minha irmã. Só estou de companhia. — sorriu.
— Por favor, eu faço questão. — o cantor não conseguia tirar os olhos dela. Era como senão tivesse mais ninguém ali, ele não ouvia barulhos, nem vozes, ou a conversa ao lado dos dois. Ela existia. Fim.
— Tudo bem, então. — concordou com a cabeça.
A garota deu dois passos pra frente se aproximando mais do loiro, fitou seu rosto por breves segundos, no entanto, seus olhos pararam na boca dele sem ter controle nenhum, era como se outras forças estivessem agindo naquele momento. Se colocou ao lado dele para a foto, viu que o fotógrafo já estava ali e sorriu.
Conseguia sentir o cheiro do cabelo dele, manteve os braços do mesmo jeito, todavia de uma forma muito cavalheira, Ross tocou o meio das suas costas com uma das mãos, nesse instante seu corpo se arrepiou e ela engoliu seco, tentando disfarçar aquelas sensações que predominavam.
— Obrigada! — agradeceu com um sorriso ao olhar para Rocky que estava ao seu lado.
Seu olhar voltou para o loiro, percebeu como ele fitava seus olhos, lambeu os lábios e notou o olhar dele descer um pouco, quis rir disso e foi pra se afastar. Sua pulseira enroscou na dele, de leve, tentou puxar o seu braço e os seguranças já se aproximavam, as tirando dali. Olhou pra trás assim que começou a andar e viu Ross se abaixar para pegar algo no chão.
— O que aconteceu? — a irmã riu sacana logo que foram encaminhadas para outro lugar.
não saberia explicar nunca o que havia acabado de acontecer. O que sentiu naqueles segundos que ficaram próximos um ao outro era algo surreal, uma vez que ela não gostava dele, não via a mínima graça naquele loiro e o crush nele ficara no passado.
Será? Pensou.





Continua...


Nota da autora: sem nota.


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