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Revisada por Selene 🧚‍♂️ (Mia)

Última Atualização: Fanfic Finalizada

O amor é como uma chama
Ele te queima quando é ardente
— Nazareth, “Love Hurts”


— Você disse que ia me passar informações importantes! — resmunguei alto, saindo do bar atrás da mulher de cabelos escuros como a noite.
— Passaria em troca de algo, é claro. — Ela revirou os olhos. Já estava sem paciência para me aguentar. — Mas parece que você não queria a informação que eu tinha, não é mesmo?
— Queria saber sobre alguém que eu quero matar, alguém que se chama Lancaster, não Winchester — cuspi as palavras. — Não acredito que você me fez gastar tempo com isso. Encontro os Winchesters na hora que eu bem quiser.
— Não deveria nem ter te procurado, . — Ela me empurrou para longe, o que me irritou profundamente. — Achei que você…
— Você só pode estar brincando comigo. — Larguei minhas cervejas no chão com cuidado antes de terminar a frase: — Sua vadia demônio.
Desferi um soco no rosto dela. Demônios sempre me irritavam, ainda mais quando queriam me usar. E o pior de tudo era a troca que me ofereciam: a localização de pessoas como os Winchesters, aquelas que eu podia dar um jeito de encontrar em um estalar de dedos.
Exorcizamus te, omnis immundus spiritus. — A garota retorceu-se ao ouvir minhas palavras poderosas. — Omnis satanica potestas…
Ela me interrompeu com um belo punho fechado contra o meu rosto.
— Você é exatamente como os babacas dos Winchesters — vociferou.
Eu tinha sido descuidada. Em vez de tentar exorcizá-la de longe, havia me aproximado demais.
— Ah, então você prefere morrer a ser mandada de volta ao inferno. — Ri, e revirei os olhos. — Não é, garota demônio?
Peguei a faca de demônio que eu insistia em levar comigo a quase todos os lugares e tentei esfaquear a garota demônio. Sem sucesso. Ela segurou meu pulso e o apertou com tanta força que me fez grunhir de dor. E como se não bastasse, ainda o torceu, fazendo com que eu parecesse fraca e deixasse minha faca cair — a única faca que podia matá-la. Antes que eu conseguisse reagir, ela me socou com tamanha violência que me fez cair ao chão. Rastejei com rapidez até a faca de demônio, mas a mulher a pegou primeiro e tentou me esfaquear. Mantendo o meu bom reflexo, consegui desviar do golpe.
Levantei, veloz, e chutei a garota demônio e, com um esforço admirável, desarmei-a. Armada outra vez com a minha preciosa faca de demônio, fui para cima daquela mulher, e enfim fui capaz de exercer o meu trabalho e esfaqueá-la. Limpei a faca e a guardei. Do pescoço da mulher, agora morta, pendia um colar, com um pingente bonito de um símbolo estranho. Peguei-o e o observei. Tinha aparência de antigo, bem do jeitinho que eu gostava. Dei de ombros e coloquei-o em volta do meu pescoço. A mulher com certeza não poderia fazer mais uso dele, então por que não, né?
Olhei para trás, para a fachada distante daquele bar de beira de estrada em que havia encontrado a vadia demônio, e praguejei. O que me deixava incomodada era o fato de que eu deveria tê-la tirado de lá e a matado no mesmo instante em que percebi o que ela era. Afinal de contas, eu era uma , a última da família. E isso só significava uma coisa: caçar e matar esse tipo de monstro era o meu trabalho. No entanto, a sede de vingança que me consumia havia onze anos ainda estava ali, firme e forte, e por isso fiquei.
Quando pensei que ela pudesse ter a mínima informação que fosse ajudar e eu a encontrarmos o desgraçado do Lancaster, que assassinara nossas famílias, nem parei para pensar no meu dever como caçadora. Apenas aceitei que ela me pagasse a minha quarta — ou talvez quinta — cerveja do dia enquanto a escutava com atenção. A vingança sempre viria em primeiro lugar em qualquer situação que não fosse aquelas em que a vida de estivesse em risco. era a única coisa que sempre viria acima dessa vingança. Ela era a minha família, a família que a tragédia e a caçada colocaram na minha vida.
Sacudi a cabeça e peguei de volta os mantimentos que havia comprado mais cedo no bar — mantimentos estes resumidos em: cervejas. Respirei fundo e fiz uma ligação para a minha melhor amiga, que eu considerava uma irmã.
— Fala, vadia! — disse do outro lado da linha, e eu gargalhei.
— Parei em um bar de estrada — contei sem rodeios, e ela riu. Com certeza já esperava que isso acontecesse. — É, eu sei. Mas você acredita que dei de cara com um demônio e ganhei uma cerveja de graça? Ela disse que tinha informações de localização pra me passar e queria algo em troca.
— A localização do Lancaster? — gritou, quase empolgada demais. — Espera, espera. O que a vadia queria em troca?
— Parece que ela estava fugindo de alguns demônios e queria a minha ajuda. Só não sei o motivo. Não deu tempo de perguntar antes de matá-la — debochei, ouvindo a risada de em resposta. — Mas não, a informação que ela queria me passar não dizia respeito àquele que estamos procurando há anos. Era só a localização atual dos Winchesters. — Revirei os olhos e passei a mão livre pelos cabelos. — Já faz um mês que não os vemos, né? Não é como se quiséssemos encontrá-los agora.
— Se ela soubesse metade da nossa história com eles, saberia que não iríamos querer vê-los em qualquer lugar perto da gente agora — comentou. Eu mordi meu lábio, mas soltei uma risada para acompanhá-la e concordei. — Não à toa já estamos chamando eles de “O Problema Winchester”.
— Pois é, mas falando neles… — Tentei levar a conversa para um novo rumo. Detestava esconder coisas dela. — Como está indo com o diário?
— A única coisa que achei sobre Lancaster nessa coisa foi sobre algo que acontece na cidade de Lancaster, na Pennsylvania — relatou, sem nenhuma animação. — Ou seja, nada relacionado à nossa vingança, mas continuarei procurando.
— Tudo bem — falei. — Mas não se esquece de descansar um pouco a cabeça também, viu?
— Juro que tentarei — prometeu. — Mas e aí, você ainda não chegou ao show, então?
— Não, ainda estou na frente daquele maldito bar. Te falei que era longe. — Ri um pouco. — Agora vou desligar, porque tenho que dirigir.
— Tá bom. Vai logo ou vai se atrasar. Já está noite — lembrou-me. — Bom show!
Entrei no carro e dei partida. Eu não estava longe de onde eu queria ir. A verdade era que eu estava quase chegando. Doía em mim ter que mentir para , mas era necessário. Eu não podia arriscar. Disse a ela que iria a um show de uma banda de rock antigo que eu sabia que ela não gostava. Era o único jeito de fazer com que ela não quisesse vir comigo. Eu sabia que o que eu estava fazendo era errado, mas não tinha conseguido me conter.
Parei no estacionamento daquele motel, também de beira de estrada, e olhei ao redor. Além do motel e da construção assustadora que parecia abandonada a uns metro dali, não havia mais nada em um raio de alguns quilômetros. Fiquei surpresa ao perceber o quanto aquele local era, de fato, isolado. A minha intenção sempre fora essa, mas não tinha sequer imaginado que pudesse ser tão afastado do resto do mundo.
Bem, pelo menos meu carro não era o único estacionado por ali. Peguei um quarto e enviei uma mensagem com seu respectivo número, mesmo sabendo que era provável que eu passasse a noite sozinha. Era altamente improvável que ele respondesse ao meu chamado. Ainda assim, ali estava eu, agarrada à migalhas de esperança. O quarto era maior do que eu havia esperado. Tinha até mesmo um banheiro e um frigobar — onde guardei minhas cervejas, exceto a que eu já estava acabando de beber. Tudo bem que eu havia pagado caro pelo quarto, mas ainda esperava que fosse apenas um quarto qualquer de motel.
Comecei a cantarolar a música “T.N.T.” do AC/DC com vontade enquanto usava minha garrafa de microfone. Fiz uma dancinha ridícula ao beber o último gole da cerveja e joguei a garrafa no lixo. Sentei na cama, mas não perdi meu ritmo.
Ain’t got no gun, ain’t got no knife. Don’t you start no fight. — Joguei minha cabeça para trás e cantei: — ‘Cause I’m TNT, I’m dynamite. TNT, and I’ll win the fight!
— Então, você veio mesmo para brigar. — Uma voz grave que eu conhecia bem falou de repente, me fazendo parar de súbito e fechar a boca. — E para ganhar a briga.
Olhei, surpresa, para o cara na porta. Uau! Ele tinha mesmo vindo. Quem diria!?
Você veio para isso? — rebati em tom áspero. — Sinto muito, tá bom? Eu não quis ser grossa.
— O que você quer, ? — Ele foi curto e grosso.
— Quer saber, Winchester? Esquece! — Passei a mão em meus cabelos e me levantei. — Isso é tão errado. — Caminhei de um lado para o outro no quarto, já me arrependendo do que eu mesma havia armado. — Nós não deveríamos estar aqui. Nem você, nem eu.
— Tem razão — concordou ele. Meu estômago se contorceu.
— Dean, eu… — Olhei para ele, que apenas me observava. Não consegui falar nem sequer mais uma palavra. Seu semblante… Aquele olhar que expressava por mim tudo o que eu não gostaria de ver ali.
— Você não deveria ter ligado — proferiu de forma rude.
— E você não deveria ter vindo! — gesticulei, aumentando o tom de voz mais do que eu desejava.
— Mas você fez a ligação — destacou. — Você me chamou.
— E você veio me encontrar! — Suspirei pesadamente, pendendo minha cabeça para o lado. — Pensei que você não fosse vir.
— Estou aqui. — Dean levantou as sobrancelhas e deu de ombros, como se aquilo não fosse nada demais. E decerto não era mesmo. — Eu vim na esperança de que você fosse desfazer a merda que fez há um mês, sabe? — Ele andou pelo quarto, observando todos os cantos, e então olhou para mim. — Quando você roubou o meu diário.
— Tecnicamente, o diário não é bem seu. Ele era do seu pai. — Fiz uma careta. — Eu não estou me ajudando, não é?
— Nem um pouquinho. — Negou devagarinho com a cabeça. — Está planejando devolver o diário ou não?
— Qual é, Winchester! Você me conhece bem melhor do que isso. — Revirei os olhos, impaciente. — Pensa que sou tão burra a ponto de trazer o diário aqui para você apontar sua arma para mim, pegar o que talvez seja a única chance que tenho de vingança e depois chutar a minha bunda?
— Vingança? — Demonstrou surpresa. — Que vingança?
Fechei os olhos por um mísero segundo e contive um longo suspiro. Eu não tinha contado a ele. Era óbvio que não.
— Acha mesmo que te abandonei naquela loja de conveniência há um mês e roubei o diário apenas para pregar uma peça em você? — Engoli em seco ao perceber que, além de manter o contato visual por muito tempo, Dean tinha cerrado os punhos. Tentei não deixar aquilo me afetar. — Sabe, já começou a chamar vocês de “O Problema Winchester”.
— “O Problema Winchester”? — Ele quase riu, mas estava bravo demais para isso. Suas próximas palavras me atacaram como um objeto cortante: — Parece que você tem mais esse problema do que , já que ela não entrou em contato com o meu irmão.
— É, pode ser que eu tenha mesmo. Mas agora eu e ela temos um lema. Na verdade eu acabei de inventar ele, mas tenho certeza que ela vai concordar comigo. — Ergui o queixo e o encarei com confiança. — Vingança primeiro, Winchesters depois.
— Ainda assim, você me chamou. — Ele me empurrou contra a parede, com raiva.
— Não esqueça de que você veio, querido — provoquei, rindo da minha própria situação de perigo.
— Eu odeio você — declarou pausadamente.
Abaixei o olhar ao perceber que ele nem mesmo piscou ao pronunciar aquelas palavras.
— Eu vou te devolver assim que a gente terminar nosso estudo, Dean. Eu prometo — suspirei, mas não ousei sequer tentar me desvencilhar dele. Eu não conseguiria. E nem queria.
— E de que vale uma promessa sua, ? — Sua voz cortava mais do que uma faca bem afiada. Repetiu: — Eu odeio você.
Mantive a cabeça baixa por mais alguns longos e dolorosos segundos. Eu odiava aquelas palavras. Era difícil aceitar bem, independente de quem estivesse falando isso. Com o Dean, no entanto, era ainda pior. As coisas eram mesmo complicadas. Respirei fundo e levantei a cabeça, voltando a fitar seus olhos verdes.
— Por mais que doa em mim admitir isso, eu sei. — Abri um sorriso triste e forçado. — Acharia estranho se não estivesse me odiando, para falar a verdade. Não seria o mesmo Dean por quem…
— Por quem o quê? — Ele me soltou e deu um pequeno passo para trás.
— O quê? — Fiz-me de desentendida.
… — pronunciou em tom de alerta.
— Fale a verdade, Dean, você me odeia mais por ter roubado o diário ou por ter te abandonado naquela loja de conveniência? — provoquei. Ele me pressionou contra a parede outra vez. Soltei um grunhido baixo. Dessa vez havia doído. — Porque sabe, poderia ter sido pior — continuei, com um sorriso de lado que era puro deboche. — Eu poderia ter levado você para a cama e ter feito tudinho o que eu quisesse. — Olhei para a boca dele e umedeci o lábio antes de mordê-lo. Com a boca entreaberta, olhei em seus olhos. — Depois teria roubado o diário e te deixado lá. — Soltei uma risadinha. — Você se sentiria muito mais usado, pode ter certeza.
— Eu vou matar você. — Ele pressionou seu antebraço esquerdo contra o meu pescoço na mesma hora em que escutei o som da porta sendo aberta.
— Ah, parece que estamos atrapalhando uma briga aqui — disse um cara alto e, então, mostrou seus olhos, completamente negros. E ele não era o único. Havia outros dois o acompanhando.
— Vocês, demônios, não se cansam de mim, né? — gritei, irritada com a situação.
— Viemos pegar o colar que Martina roubou — explicou um deles, apontando para o meu pescoço. — Você o tem.
— Ah, então era de vocês que aquela mulher estava fugindo — constatei, colocando minha mão direita sobre o colar.
— Vocês não vão levar nada — Dean se pronunciou, sacando sua faca de demônio.
O demônio de cabelos claros — que havia entrado no quarto primeiro — fez sinal, e os outros vieram para cima de nós. Dean lutava contra um deles enquanto eu corria até o balcão para pegar a faca que tinha deixado ali. Como eu era idiota! Por que diabos tinha largado aquela faca? Dean realmente me deixava fora do ar às vezes.
O demônio maldito que me perseguia pegou em meus cabelos e me puxou para trás na tentativa de me afastar do balcão. Mas eu fui mais rápida. Consegui pegar a minha faca de demônio e, assim que ele tentou tirar o colar antigo do meu pescoço, apunhalei-o e girei a faca. E então foi apenas assisti-lo morrer.
Desviei da luta de Dean com o outro demônio e fui até o chefe deles. Esse lutou comigo de igual para igual. Ou nem tanto assim, afinal, em menos de trinta segundos de luta, eu já havia sido desarmada. O maldito demônio de cabelos claros era muito forte. Ele colocou sua mão direita em volta de meu pescoço e me empurrou contra a parede. Então, ainda me segurando pelo pescoço, me ergueu no ar enquanto eu tentava me manter respirando.
— Eu preciso disso. — Sua mão esquerda arrancou o colar do meu pescoço com brutalidade. — Mas não preciso mais de você.
— Larga ela — Dean alertou. Eu nem mesmo havia percebido que ele já havia acabado com o outro demônio.
e um Winchester, é? — Em um movimento rápido, ele me colocou em sua frente como um escudo, segurando minhas mãos para trás e usando sua outra mão para colocar uma faca em meu pescoço. — Parece que as fofocas que estão circulando por aí são verdadeiras, então. — Ele riu, dando um pequeno passo em direção à porta e me arrastando junto. — Eu não tinha acreditado nisso nem por um minuto. Não depois de ouvir que Dean Winchester se aposentou por um ano para ficar com uma mulher. — Ele se aproximou da minha orelha, o que me fez tentar me afastar, com nojo. — Uma mulher que não era você, querida.
— Eu disse para deixar ela ir. — O tom de voz de Dean havia aumentado consideravelmente, soando ainda mais ameaçador do que antes.
— Dean — chamei, e ele me olhou. — Mate ele!
— O que vai fazer se eu não deixá-la ir? — provocou o demônio, em tom de deboche. — Se arremessar essa faca, vai acabar matando a sua garota. Não quer perder outra, quer?
— Hey, idiota! — chamei o demônio que me segurava. — Quem é o seu chefe? O Crowley? Diz para ele que a Thelma ou a Louise mandou um oi. — Fiz careta. Crowley chamava e eu por aqueles apelidos por causa do filme, mas eu nunca lembrava qual era qual.
— Não estou a mando do Rei do Inferno, mas você mesma pode dizer isso quando for para lá — ele falou antes de voltar-se para Dean. — E é isso que vai acontecer com essa vadia agora se você não largar essa faca.
Dean olhou bem para mim e então, sem hesitação alguma, largou a faca no chão e chutou na nossa direção. Meu queixo caiu. O demônio deixou que o objeto passasse e batesse na parede, afinal, ele não precisava daquilo. A única coisa que ele precisava era de um escudo, e eu era isso nesse momento. Ele me levou com ele até a porta, ainda mantendo meus braços imobilizados e a faca pressionada apenas o suficiente contra a minha garganta.
O homem abriu a porta para que pudesse sair, e, quando já estava do lado de fora, me empurrou com força para dentro do quarto. Com a falta de equilíbrio, acabei colidindo com Dean, que me segurou em seus braços.
— Você está bem? — Dean demonstrou preocupação.
— Eu pareço bem? — rebati, me desvencilhando dos braços dele e indo até a cama, onde podia me sentar. — Parece que vocês gostam de machucar meu pescoço, né! — Olhei para ele. — E por favor, dê um jeito nesses corpos.
— O quê? Por quê?
— Ora essa! — resmunguei. — Porque eu não vou passar a noite nesse quarto com dois cadáveres no chão.
— Deveríamos ir para outro quarto, então — disse, impaciente com o modo como eu estava agindo. — Acho que seria melhor.
Concordei com a cabeça e me levantei. Peguei minha faca de volta e a sacola que havia deixado no frigobar e saí dali. O quarto era igualzinho ao outro, sem tirar nem pôr. Virei-me para Dean assim que ele fechou a porta.
— Como pôde deixar aquele demônio ir? — Soltei o questionamento que estava se repetindo em minha cabeça. — Eles queriam muito aquele colar que eu peguei da garota demônio que matei no caminho para cá. Deve ser algo importante e provavelmente ruim. Não podia ter deixado ele ir embora com aquilo.
— E que escolha eu tinha? — Dean rebateu. — Ele ia matar você. E você está sangrando.
— Não é nada demais, eu garanto. — Olhei para o pequeno corte ao lado de trás do meu braço esquerdo, quase na altura dos ombros. Fui até o banheiro. — Olha, essa é nova. Eles têm até mesmo álcool gel. Eu só preciso limpar. — Peguei um paninho e coloquei o álcool nele. Olhei no espelho, tentando limpar o pequeno ferimento. Grunhi, frustrada. — Aquele filho da puta tinha que me acertar no único lugar que não consigo alcançar?
— Me dá aqui.
Dean tirou o pano molhado da minha mão antes que eu negasse e começou a limpar o corte. Encarei-o através do espelho e suspirei.
— Por que não pegou aquele desgraçado? Por que não atirou nele? — insisti no questionamento. Dean acabou de limpar, largou o pano e saiu do banheiro sem falar nada. Fui atrás dele, batendo o pé. — Você não disse que ia me matar? Poderia muito bem ter deixado o cara fazer o serviço. Pelo menos ia poupar algum mal maior.
— Eu não quero matar você, . Eu nem poderia — Ele virou-se para mim. — Quer dizer, eu quero acabar com você depois do que fez. É tudo o que eu mais quero. — Ele olhou para baixo por um breve instante e voltou a olhar em meus olhos. — Mas quando eu estou perto de você é diferente, eu não sei… Algo acontece.
— Ah, Dean, como eu senti sua falta! — admiti antes que pudesse me conter. Levei minha mão direita ao seu rosto, e algo se acendeu dentro de mim ao vê-lo fechar os olhos em vez de se afastar. — E eu quero estar com você, aqui e agora.
Coloquei minha outra mão em seu rosto e o puxei para um beijo. Eu esperava que ele correspondesse, mas sabia que minhas esperanças poderiam ser em vão. Dean hesitou por um momento, como esperado, porém correspondeu. Devagar, ele colocou suas mãos ao redor da minha cintura. Levou uma delas, então, até minhas costas, e deslizou-a levemente sobre o tecido da minha regata branca. Senti algo dentro de mim se acender com o arrepio que percorreu cada parte do meu corpo. As boas sensações sumiram de forma abrupta quando ele interrompeu o beijo e tirou suas mãos de mim em um movimento rápido, como se tivesse sido repelido para longe. Suspirei, mostrando meu descontentamento com aquela interrupção.
— Eu… — Ele abaixou a cabeça e passou ambas as mãos nos cabelos. — Não dá.
— Claro que dá! Não consigo acreditar que você não sente falta disso. — Dei um passo em sua direção e envolvi suas mãos nas minhas. — Eu sinto falta do toque, do seu toque. — Levei aquelas mãos de volta para a minha cintura, dessa vez por baixo da blusa.
… — falou baixinho, porém não fez menção de se afastar. Bom.
— Você e eu, você sabe, sentindo cada parte um do outro. — Aproximei ainda mais os nossos rostos. Umedeci meus lábios e respirei fundo. — Nossos movimentos, nossa sintonia… — Encarei os lábios que eu tanto desejava e necessitava sentir outra vez e, em seguida, subi meu olhar até seus encantadores olhos verdes, com pupilas levemente dilatadas, que me encaravam de volta. — Nossa conexão, Dean, que eu sei que você também sente.
Dean apertou minha cintura e me puxou contra ele. Seus lábios vieram de encontro ao meus com urgência. Era um beijo que demonstrava que ele sentia o mesmo que eu, que ele viera me encontrar nessa noite esperando que algo acontecesse. Mordisquei seu lábio inferior para esquentar ainda mais aquele beijo. Suas mãos, que ainda estavam por baixo da minha blusa, subiram pelas minhas costas com um toque gentil. Meu sutiã foi aberto, o que me fez deixar uma risada escapar. Ele me lançou um olhar de divertimento antes de puxar minha regata para cima e me fazer tirá-la. Desceu seus beijos para o meu pescoço, e eu sorri em aprovação. Dean me conhecia bem. Ele sabia como eu gostava de beijos no pescoço.
Levei a mão direita até o seu queixo e o fiz levantar seu rosto. Ficamos olhando nos olhos um do outro por alguns encantadores e duradouros segundos. Então puxei, sem pressa alguma, sua camiseta para cima, até que ele estivesse completamente sem ela. Pressionei nossos lábios com uma delicadeza controlada e o empurrei até a cama, fazendo-o se deitar. Tirei meu sutiã, já aberto, e o joguei para longe. Abri suas calças e puxei tudo o que tinha para tirar para baixo. Terminei de o despir com sua ajuda e encontrei uma camisinha no bolso — o que me fez rir outra vez antes de a jogar para ele, que a largou na mesinha ao lado da cabeceira da cama. Subi por cima de Dean, beijando seus lábios outra vez. Desci meus beijos até seu peito e parei, encarando a tatuagem anti-possessão do lado esquerdo do seu peito. Beijei o local e olhei para Dean, que me lançava um olhar peculiar com um pouco de curiosidade.
Ele se levantou apenas o suficiente para me puxar para outro beijo ávido. Com um movimento rápido, me deixou com as costas contra o colchão, ficando por cima de mim. Aquilo me arrancou uma risadinha. Dean abriu meus shorts e o puxou para baixo junto com minha calcinha. Então trouxe seu rosto até o meu e mordeu de leve o meu lábio inferior, puxando-o com delicadeza. Sua boca foi descendo, distribuindo beijos quentes pelo meu pescoço, ombros e seios. Mas foi embaixo deles que ele parou, bem onde ficava a minha tatuagem anti-possessão. Fitei-o, curiosa por vê-lo parar algo que estava claro que ambos queríamos tanto. Dean manteve seu olhar penetrante em meus olhos.
— Eu senti falta... — começou a confessar, mas hesitou. Respirou fundo e trouxe seu rosto de volta até onde nossas respirações se mesclavam.
— Disso? — sugeri, sorrindo de lado, e mordi meu lábio. Ele selou nossos lábios mais uma vez e então voltou a olhar em meus olhos.
— De você.
Ele desceu seus lábios por meu corpo outra vez, com uma lentidão que me deixava louca. Para acabar com a tortura, usou suas mãos para explorar minuciosamente cada parte de mim. Joguei minha cabeça para trás quando seu toque deslizou até a umidade entre as minhas pernas. Sorri em deleite com a sensação que cada movimento repetitivo causava em meu âmago. Quando finalmente estava pronta para seguir em frente, peguei a camisinha da mesinha e entreguei a ele. Dean olhou bem para cada parte do meu corpo, e eu pude perceber um misto de emoções em seu olhar quando seus olhos pararam nos meus. Aquilo não necessitava palavras. Eu o entendia com cada partícula do meu ser. A propósito, devia olhar para ele nesse instante com exatamente o mesmo olhar. Sentíamos as mesmas coisas um pelo outro, ao menos naquele momento. E aquilo era instigante.
Instigante demais.
— ele chamou.
— Eu sei, Dean — garanti. — Eu sei.
Minhas últimas palavras saíram em meio a um gemido lascivo que fez Dean sorrir. Ainda que nos conhecêssemos havia pouco tempo, ele já sabia bem o que me agradava, o que só tornava tudo ainda mais estonteante. Impulsionei-me contra ele, buscando ainda mais atrito, mais contato. Levei sua mão até um dos meus seios e o fiz apertar o local. Bem do jeito que eu gostava, o que só me deixava ainda mais extasiada.
Senti-lo em mim, contra mim, dentro de mim outra vez, era absolutamente fascinante e enlouquecedor. Eu sentia falta disso tudo. Fazia só um mês, e eu não era de me apegar. Ainda assim, sentia falta de cada parte. Os beijos, seguidos de pequenas mordidas. Os gemidos. Suas mãos tocando com afeição cada parte do meu corpo que mais me causava prazer. Os sussurros. Nossos nomes murmurados em meio a incríveis sensações. Minhas unhas vermelhas arranhando suas costas. As carícias. Os suspiros… Ah, os suspiros! Também tinha a sensação de nossos corpos unidos, movendo-se em uma sintonia impecável. E o mais extraordinário de tudo: o quanto nosso olhar transmitia para o outro tudo aquilo que sentíamos.
Fechei minhas pernas ao redor dele ao estremecer, deixando que ele sentisse de todas as formas o prazer e a satisfação correndo em minhas veias. Com relutância, descolei o meu corpo do dele quando acabamos. Ele caiu na cama ao meu lado, também ofegante e com certeza satisfeito. Demorei-me, observando e apreciando cada partezinha do seu corpo. E foi então que o nosso olhar se cruzou. Ele estava olhando em meus olhos esse tempo todo, e aquele olhar que transmitia tudo permanecia ali. Aquilo me satisfez quase tanto quanto o recém feito sexo.
— Dean... — hesitei por um momento, ponderando se eu deveria ou não falar o que se passava pela minha cabeça. — Eu sabia que você tinha meio que se aposentado enquanto seu irmão estava… Bem, preso no inferno. E com o retorno dele, você acabou voltando à ativa também. As notícias correm, você sabe. — Retorci os lábios. — A mulher de quem o demônio loiro falou… Eu vi o olhar em seu rosto. Ela está…?
— Morta? — sugeriu quando deixei o questionamento no ar. — Não, ela está viva e bem.
— O que aconteceu? — questionei, e então fiz uma careta. — Desculpa, sei que você não deve gostar de falar sobre isso.
— Não gosto — respondeu de maneira simples. — Resumindo: Crowley mandou um demônio atrás dela, ela foi possuída e quase morreu. Castiel a curou e eu pedi para que ele apagasse as memórias dela sobre mim.
— Sinto muito, eu sei como é. — Fui sincera. — Pelo menos ela está segura agora, né? Ficar longe de pessoas como você e eu é o único jeito de ficarem seguros — lamentei. — Cada pessoa que se envolve com a gente acaba terrivelmente machucado… Ou morto.
Levantei abruptamente e fui para o banheiro. Eu detestava essa coisa de sentimentalismo e esse era um jeito rápido de fugir. Ter aquela conversa me fez lembrar do que acontecera com meu ex-namorado por minha causa e, ainda pior, o que eu havia passado depois de tudo aquilo. Respirei fundo algumas vezes antes de voltar para onde estava. Peguei minha calcinha do chão e a vesti.
— Você não vai embora, vai? — Dean pareceu insatisfeito com a sua própria suposição.
— Por quê? — Encarei-o, surpresa. — Quer outra vez?
— Você quer? — Ele abriu um sorrisinho sacana. Aquele sorriso.
Umedeci meus lábios. Não pude evitar sorrir de lado.
Dean! — o repreendi, ainda com o sorriso dançando em meus lábios.
— Foi você quem perguntou primeiro, . — Ele riu, mas logo em seguida ficou sério outra vez. — Não está mesmo indo embora?
— Não estava planejando fazer isso. — Peguei a camiseta preta do chão e a vesti. Virei-me para Dean e fiz uma pose ridícula. — O que acha, Winchester?
— Que você está sexy vestindo a minha camiseta — observou. — Apesar de ela esconder a bela visão que eu estava tendo.
— Você é um tarado. — Revirei os olhos e peguei as duas garrafinhas de cerveja dentro da sacolinha no frigobar.
— Você tinha cerveja dentro daquela sacola esse tempo todo? — Demonstrou surpresa.
— Ora essa, é claro que eu tinha! O que eu iria fazer se você não viesse e me deixasse aqui sozinha? — Joguei-me na cama ao lado dele. — Pelo menos teria uma cerveja para me fazer companhia, como sempre.
— Mas você tinha exatamente duas garrafas. — Ele bebeu um gole da sua cerveja.
— Parece que você sabe contar, Winchester — brinquei, e então levantei a garrafa em sinal de brinde. — A esperança nunca morre, bonitão.

***

Acordei ao som de trovões. Escutei o barulho da chuva lá fora enquanto via os clarões dos relâmpagos adentrarem o quarto pelas frestas da janela. Talvez fosse só um temporal passageiro. Pelo menos era isso o que eu esperava. Eu não gostava de dias chuvosos. Esse tipo de dia me fazia lembrar do pior ano da minha vida. Eu me sentia horrível só de pensar em lembrar das coisas que aconteceram naquele ano. Mantinha os acontecimentos daquela infame época enterrados a sete palmos debaixo da terra. Eu não havia contado sobre isso nem mesmo para . Mas eu não queria pensar sobre isso. Não quando tinha coisas melhores para se pensar.
Olhei para o lado e distingui o rosto de Dean Winchester, que dormia tranquilamente. Estávamos muito próximos. Ajeitei-me na cama sem me afastar, enquanto tentava não me mexer muito para não acordá-lo. Suspirei. Eu gostava de acordar acompanhada, mas não estava nem um pouco acostumada a isso. E nem sequer podia pensar em me acostumar, na verdade, mas isso não vinha ao caso agora. O importante era que eu estava me sentindo bem até demais, mesmo com toda aquela situação. Isso, sim, era novidade.
The night we met I knew I needed you so… And if I had the chance I never let you go — cantarolei baixinho. — So won’t you say you love me? — Quis rir por estar cantando aquilo, porém não o fiz, e só deixei sair a música que estava presa na minha cabeça. — I’ll make you so proud of me. We’ll make them turn their heads every place we go. So won’t you please...? — Virei minha cabeça para o lado e parei repentinamente antes de entrar no refrão.
Os olhos de Dean estavam abertos e olhavam diretamente para mim.
— Por que parou? — indagou em uma voz baixa e um pouco rouca. — Continua.
— Você estava acordado esse tempo todo? — Arregalei os olhos. — Não era pra você estar acordado!
— E por quê não? — Arqueou a sobrancelha e abriu um meio sorriso. — Não queria que eu ouvisse você cantando?
— O quê? Não! Não é isso — respondi rápido demais. — E não é como se você já não tivesse me visto cantando e dançando na sua frente.
— Não é a mesma coisa. — Ele riu. — No karaokê, você estava bêbada e queria me provocar. — Agora quem riu fui eu, no entanto, tive que concordar. — Dessa vez você está cantando Ronettes e acabou de acordar.
— Sabe a parte em que o Bob Seger diz que começou a cantarolar uma música de 1962 em “Night Moves”? — comentei. — Ele estava falando da música que eu estava cantando agora.
— Mas “Be My Baby” é de 63 — interviu na mesma hora.
— Pois é! — exclamei. — Mas se não me engano ele disse que pensou nessa música quando escreveu aquele verso, mas que achou que 1962 soava melhor que 1963.
— Bem, o cara é um dos melhores compositores de rock de todos os tempos — Dean disse. — Melhor não questionar.
— Concordo com cada palavra. — Sentei-me na cama e olhei para Dean ao meu lado. — É isso que estamos fazendo aqui? — Ri um pouco antes de cantarolar: — Working on our night moves…
— Não sei. O que acha, ? — devolveu o questionamento. — I used her, she used me — pareceu ponderar, ainda olhando para mim. — But neither one care. — Eu não sei. — Parei para pensar. Eu me importava com muita coisa ali, e achava que ele também. Mas nenhum de nós queria admitir tudo em voz alta, então falei apenas: — Parece mais com a noite em que nos conhecemos.
— No banco de trás do Impala. — Ele abriu um sorriso malicioso.
— Tire esse sorriso do rosto, Winchester. Noite passada foi muito melhor do que em qualquer um dos nossos carros. — Levantei e vesti meus shorts. — Mas agora é a hora do adiós.
Peguei a carteira de cigarros e o isqueiro que tinha trazido comigo.
— Eu não gosto do adiós. — Ele fez careta.
— Ninguém gosta. — Acendi o cigarro e dei uma tragada. Parei na soleira da porta e olhei para ele, ainda na cama. — Talvez um dia você entenda porque precisei fazer tudo aquilo para pegar o diário. — Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas neguei com a cabeça e fiz sinal para que não falasse. — Você pode me odiar o quanto quiser, Dean, porque isso não vai mudar nada.
Virei as costas e fechei a porta atrás de mim. Ainda caía alguns pingos de chuva, bem pouco. O tempo estava limpando e já dava para sentir o sol querendo aparecer. Entrei no Charger 69 e dei partida. Só então percebi que algo estava faltando. Que droga! Eu havia esquecido de colocar o sutiã. E eu gostava dele! Mas eu sabia que se voltasse para aquele quarto, não ia querer sair de lá outra vez, então me mantive na estrada.
Depois de bastante tempo dirigindo, cheguei no motel de beira de estrada que e eu havíamos pego havia dois dias. Entrei no quarto e fui surpreendida por , que já estava acordada e bocejando.
— De quem é essa camiseta? — Ela questionou assim que me viu. Olhei para baixo e me dei conta de que ainda estava vestindo a camiseta do Dean. — Você não estava com ela quando saiu, sua safada.
— Eu esqueci o meu sutiã favorito! — resmunguei, colocando a mão na região do meu peito para demonstrar que estava sem a peça.
— Aquele preto? — perguntou, e eu concordei. — Será que vou precisar repetir a pergunta sobre a camiseta?
— Eu saí com um cara… — Cocei a cabeça, resignada. Eu odiava mentir para , então, quanto menos falasse, melhor.
— E o “problema Winchester”? — investigou, estranhando a informação.
— O que tem? — Fiz-me de desentendida.
— Pensei que seria difícil superar Dean Winchester — explicou o que quis dizer com aquilo. — Ainda mais depois de tudo aquilo que você conversou comigo quando estávamos na casa do Bobby Singer. De não ter ter sido só sexo e tudo o mais.
— Bem, eu dormi com outro cara noite passada, não dormi? — respondi com um sorrisinho nos lábios, como se aquilo resolvesse todo o problema.
E não. Eu não havia dormido com outro cara. Eu provavelmente não dormiria com outro cara por dias, semanas… Talvez anos. A verdade que eu evitava admitir até para mim mesma era mais explícita do que nunca.
Eu jamais superaria Dean Winchester.



FIM.


Nota da autora: Oiie! Essa short marca finalmente a minha volta pro mundo das fanfics. Talvez a maioria aqui nem me conheça, mas eu tô nesse mundo das fics desde 2010. O rolê foi que deixei de postar as fics há alguns anos e tava só na publicação de e-books pela Amazon. Mas agora eu tô de volta por aqui também e é isso que importa.
Então, gente, essa short de Supernatural surgiu do meu vício em especiais e do desespero por enviar uma fic pra um deles. Aí fui catar onde eu tinha cena de sexo nas coisas que eu escrevia antigamente e, no fim, a fanfic de SPN que eu escrevia com a Sereia Laranja era a única hahaha Só que era uma long que não terminamos. Então tive que pegar um pedacinho dela e adaptar o suficiente para fazer funcionar como uma short, e aqui estamos.
Eu ando em contato com a Sereia Laranja pra gente publicar uma short nossa de Halloween e, no meio disso, surgiu a ideia de ressucitarmos a fic de SPN, então olha aí, quem sabe um dia venha aí mesmo.
Bom, é isso! Esperam que tenham gostado da fic e, se sim, deixem um comentário <3

Nota da bethinha 🧚‍♂️: Revisar um texto da Francy foi uma experiência engraçada: me senti com um diamante preciosíssimo nas mãos que precisava apenas de leves pinceladas para alcançar a perfeição. Meus amores, que escrita boa! Nós do ffverse somos sortudos demais por poder encontrar tantos talentos por aqui. Por poder ler de suas essências e compartilhar da gota do universo incrível que existe dentro de cada escritora. E foi assim que me senti betando The Winchester Problem; aventurando-me devagar rumo à mente de uma escritora fenomenal.

OBRIGADA por estar aqui conosco, Francy. E obrigada mesmo por nos proporcionar uma história tão incrível quanto essa. Você escreve bem demais, minha nossa. Nunca havia lido nada do universo de Supernatural, mas passaria horas lendo mais e mais dessa fanfic. (Até sua lista de compras, possibly). Agradeço imensamente por ter confiado a mim a revisão de TWP, foi uma honra muito grande. E, POR FAVOR, pelo bem das fanfiqueiras, continue aqui conosco trazendo muita fic, viu?! Hahahahaha a Amazon que lute, vai ter que te dividir com a gente. Não quero nem saber, temos autoras maravilhosas demais pra ficarem escondidas por aí. E TRAGA MAIS FICS DE SUPERNATURAL, PORQUE AGORA EU ME VICIEI E QUERO LER MAIS. (E de preferência traga de outros universos também, que quero ler horrores dessa sua escrita maravilhosa).


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