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Revisada por: Saturno 🪐

Última Atualização: Julho/2024.

Quioto, primavera de 2018


A família Yamazaki era famosa da região de Quioto, não somente por possuir a Waffle House, a cafeteria mais famosa do país, a qual administravam com maestria, mas também pelo cavalheirismo e charme de , combinados à beleza e criatividade de sua esposa . O casal dedicava parte do seu dia nos negócios, pois manter a reputação da cafeteria lhes exigia algumas cobranças de seus funcionários, atendimento impecável e um menu recheado de tortas saborosas e cafés instigantes.

Não que toda a família fosse a favor deste casamento, e se fosse depender do patriarca, o senhor Haruki, seu jovem neto teria se casado com a doce Hana Kitamura, neta de seu melhor amigo. Porém, bastou um olhar casual em meio ao festival das lanternas em Osaki, para despertar o interesse de pela turista misteriosa, que apenas mantinha sua atenção nas diversas paisagens em sua volta e a câmera profissional em sua mão.

— Acordou cedo hoje — a voz de soou na cozinha, e logo o olhar de seu marido se voltou para ela. — Ou não conseguiu dormir?
— Você sabe muito bem o motivo. — Ele colocou sobre a bancada os instrumentos que estavam em sua mão, mantendo o olhar sério e a face rígida para ela.

tinha um exímio dom para a confeitaria, o que o tornou o responsável por todas as sobremesas vendidas na cafeteria. Cada uma das receitas foi criada ou aperfeiçoada por ele, levando seus negócios a um patamar superior, principalmente com o auxílio de e suas noções de investimentos e marketing.

— Amor…, do que está falando? — Ela deu um sorriso de canto presunçoso, ao se aproximar dele, deslizando as mãos pela bancada até chegar à faca afiada.

Em um movimento ligeiro, pegou no cabo da faca e avançou contra ele. , no susto de defesa, pegou o rolo de massa de madeira e o colocou na frente como bloqueio.

— É sério? — Ele a segurou com a outra mão, a fazendo soltar a faca. No impulso do confronto, o objeto foi arremessado na direção da porta dos fundos. — Vamos voltar a esta conversa?
— O que você acha? Querido? — se aproximou mais e deu uma joelhada entre as pernas dele, o fazendo sentir uma dor agonizante, então lançando a perna no rolo de massa, o fez soltar também.
— Golpe baixo a essa hora do dia? Querida, ainda queremos ter filhos — brincou ele, forçando uma risada para ignorar a dor. — Achei que já tinha finalizado esse assunto.

Ela riu junto, dando dois passos até o rolo de massa e o pegando, se voltou para o marido e, aproveitando que ele ainda estava se recompondo, bateu em seu ombro com o objeto para derrubá-lo mais uma vez.

— Pode ter finalizado para você, mas, para mim, continua em aberto. — Mantendo o tom áspero e seco, ela se colocou na frente do marido, o olhar suave e singelo. — Querido, sabe que tenho responsabilidade fora do nosso casamento tanto quanto você.
— Já disse que não quero que aceite esse trabalho. — abaixou seu tom, se sentando no chão para se acalmar e respirar fundo. — Combinamos que não faria mais isso por fora, apenas pela agência.
— Eu tenho uma vida antes de você, e sei que é recíproco da sua parte. — Ala arqueou a sobrancelha direita, o fazendo refletir.

A questão é que o casal Yamazaki tinha uma vida dupla, ambos com segredos que tinham segredos. O festival das lanternas no qual se conheceram não foi de fato um encontro casual de dois corações, mas, sim, a missão de um e o trabalho da outra. , apesar de família tradicional, terceiro neto e filho único, ele tinha uma forte atração por perigo e aventuras, e foi seu dom natural de se misturar que a agência Royals que o recrutou para fazer parte de sua lista de agentes secretos. , por sua vez, mesmo tendo um início triste por crescer em um orfanato, foi adotada pelos Tenebrae, uma família italiana de assassinos, a qual a treinou arduamente ao longo dos anos para que seguisse a mesma profissão.

Quando um descobriu sobre o outro? Exatamente no mesmo evento em que se conheceram. Por uma sorte do destino, ambos estavam atrás da mesma pessoa: Hector Spencer, diretor executivo de um conglomerado londrino. Ele precisava do homem para ser testemunha em uma investigação interna da Interpol, ao contrário dela, que havia sido paga para eliminá-lo. Aquela foi a primeira briga do casal, que, no final, terminou com um beijo e um acordo em que ambos se beneficiaram.

Ele ficaria com o alvo, e ela faria alguns trabalhos rentáveis para a agência.

Tenebrae. — se levantou, a olhando com seriedade.
— Me chamando pelo nome de solteira, querido? — Ela deu um sorriso de canto, o que o fez estremecer por dentro. — O que vem a seguir? O divórcio? E como ficariam as crianças?

tocou a barriga com suavidade, o fazendo entender a mensagem.

, não brinca — sussurrou ele, a chamando pelo apelido. — Não é justo.
— Não brinco quando o assunto é nossa família. — A segurança em sua voz acelerou o coração dele.
— Eu te amo, sabia? — tocou na cintura da esposa, a trazendo para mais perto. — Eu te amo, até quando tentamos nos matar na cozinha da Waffle House.
— Eu também te amo. — Com doçura e suavidade na voz, ela tomou impulso e iniciou o beijo da reconciliação.

Assim é a família Yamazaki.

Mas você sabe que sempre iremos resolver
Conversas profundas na Waffle House
Pai obstinado e mãe determinada
Ah, é por isso que em algumas noites tentamos nos matar
Mas você sabe que é sempre amor.
— Waffle House / Jonas Brothers



Amor: Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.” [ I Coríntios 13 ] — Pâms.


FIM


Nota da autora: Sem nota.

🪐


Nota da Beth Saturno: O impacto que eu tive com essa fic porque, pelo nome, achei que seria algo fofinho. AMO ESSAS COISAS KKKKKKK. Quero mais desses dois, como faz?

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