Revisada por: Calisto
Finalizada em: 26/01/2025Londres, Inglaterra.
O frio predominava do lado de fora e , pela janela, acompanhava a neve cair sem precedentes e pensou no dia seguinte, como seria acordar cedo para trabalhar e fazer tudo que precisava.
Mordeu o próprio lábio inferior, enquanto abraçava os braços. Ouviu passos e virou o pescoço, vendo Hanna, sua colega de apartamento, aparecer apenas com seus pijamas quentinhos. Um sorriso se formou nos seus lábios e a loira deu um suspiro ao se aproximar.
— Estou com cólica — murmurou, fazendo um biquinho.
— Que pena. Tomou remédio? Se quiser, podemos combinar de assistir algo divertido na televisão. O que acha? Aquelas suas séries engraçadas podem ajudar. — soltou um riso fraco.
— Já tomei remédio, mas, além da minha série de comédia, preciso de Nutella. — Outro bico se formou e riu.
— Acabou.
A morena se colocou em pé, passando por Hanna e dirigiu-se até a cozinha. Uma vez no cômodo, pegou uma caneca no armário, ficando nos pés ao fazer isso e deu uma olhada ao redor.
— Por favor. Amanhã eu pago a pizza! Do sabor que você quiser. — Ouviu o sotaque carregado de Hanna ao perceber que ela estava na cozinha.
— Está nevando. Eu não vou sair. — se virou e encarou a mais velha.
— Vamos tirar na sorte? — Arqueou as sobrancelhas.
— Eu nunca tenho sorte! — etrucou.
— Talvez seja medo.
Soltou um suspiro forte e mostrou a mão em punho fechado, girou e mentalizou que teria que ganhar essa, nunca ganhava qualquer brincadeira contra Hanna, era impressionante.
— Par! — Hanna disse, firme.
— Ímpar!
Fechou os olhos ao escolher um número de dedos qualquer, sabia que não iria ganhar. Ouviu a comemoração de Hanna e sabia que havia perdido e teria que sair com a neve que caía diante da janela. Abriu os olhos, resmungo algo inaudível e caminhou em direção ao interior da residência.
— Vai ser rápido. — A voz de Hanna estava distante.
— Tá, tá, tá. — Entrou no quarto.
☕❄️
Durante todo o trajeto até o supermercado, que era perto do apartamento de ambas, pensava em como conseguia, toda vez, perder um jogo bobo desses. Empacotada e abraçando os próprios braços, chegou ao local que desejava e antes de entrar, deixou que uma senhora saísse com seu cachorrinho.
Seus olhos doeram um pouco por conta da iluminação do supermercado, passou os olhos ao redor, sentindo vários cheiros e agradeceu pelo movimento ser mínimo.
— Eu poderia facilmente matá-la. Posso envenenar com a Nutella — resmungou para si enquanto caminhava em um corredor específico.
O cheiro de produtos de limpeza invadiu as narinas e a mulher fez uma careta com isso, pensou em qual corredor poderia estar a droga da Nutella e olhou por cima dos seus ombros, vendo uma placa enorme que dizia onde o doce estava.
Caminhou, sentindo as botas baterem no chão do local e avistou o corredor que queria, um sorriso brotou em seus lábios, pois em questão de minutos estaria fora dali e na sua casa, onde estava quente e confortável.
No entanto, seu sorriso sumiu ao se aproximar do produto. Estava com o braço esticado em direção ao pote de Nutella, no entanto outra mão apareceu na sua frente. Virou seu rosto para o rapaz, era um rapaz. E ela sentiu algo crescer em seu peito, seu coração bateu forte, manteve a expressão séria e o olhou com o cenho franzido.
— Ei!
Ele a olhou no mesmo instante, e, por segundos, ficou paralisada com a beleza do rapaz. Moreno, com o cabelo meio bagunçado, um lindo sorriso e um rosto que ela não conseguia parar de olhar. Pigarreou.
— Era sua?
Algo dentro de si dizia para ser mal-educada e dizer que sim, no entanto, ela não era desse jeito. O fitou, respirou fundo e riu.
— Tudo bem, você viu primeiro. Eu vou...
Deu uma olhada ao redor e sentiu o olhar dele sobre si, seu rosto corou de leve, talvez fosse pelo frio? Colocou uma mecha do seu cabelo atrás da orelha e voltou a encará-lo.
— Eu encontro em outro lugar, sem problema.
Moveu-se para sair dali após dar um sorriso fechado simpático, mas a mão do rapaz tocou seu braço e ela o encarou por alguns segundos, intercalando da mão dele até o seu rosto.
— Desculpa — ele disse ao afastar a mão. — Pode ficar, eu... não preciso tanto assim.
A sobrancelha de arqueou de leve ao fitá-lo.
— Mas antes você queria.
— Sim. Acredito que você precise mais do que eu. — Uma risada baixa ecoou dos lábios dele.
Entregou o pote de Nutella nas mãos da mulher, e ao fazer isso, tocou a pele dela que estava gelada por conta do frio e ela não usava luvas. Ficaram se olhando, não quis se afastar e nem ele.
— Desculpa. — Foi a vez da morena falar e fechou os olhos momentaneamente, já os abrindo. — Qual é seu nome? Pra eu saber quem me ajudou nessa noite fria. Eu não poderia voltar pra casa sem um pote de Nutella — dramatizou, rindo fraco.
O rapaz riu da piada dela, não conseguia parar de olhá-la e notar como as bochechas da mulher estavam coradas e quis acreditar que era pelo frio intenso que fazia naquela noite em Londres.
— Bradley. Brad. Você pode me chamar de Brad. Me chamam assim. — Esticou uma das mãos e ficou ansioso para sentir a pele dela junto a sua novamente.
— Sou . — Fez o mesmo gesto que ele, apertando as mãos.
Sorriram um para o outro e sentiu uma vontade imensa de passar as mãos pelo cabelo dele, pareciam tão macios e saudáveis, dava vontade de bagunçá-los. Conteve seus pensamentos ao sentir o polegar do rapaz acariciar a sua mão.
— Prazer em te conhecer, . Vem muito aqui? — indagou ao começar a andar.
Soltaram as mãos e ela riu da pergunta dele, concordou com a cabeça, segurando o pote de Nutella na outra mão enquanto ainda o encarava.
— Eu moro aqui perto, então, esse é meu supermercado — falou sem pensar e deu de ombros.
— Seu supermercado? — O rapaz arregalou os olhos e imediatamente a garota entendeu o que ele queria dizer, por isso revirou os olhos de brincadeira. — Então, você está me devendo uma Nutella, pois deve ter um monte dessas em casa — brincou.
— Só por isso eu não vou te dar.
Novamente, risadas foram ouvidas no corredor. Era como se já estivessem acostumados com a presença um do outro, depois de apenas alguns minutos desde que se conheceram.
— Bom, preciso ir. Tenho que levar essa Nutella pra alguém, senão há probabilidade de morte. — parou de andar e se virou, o olhando.
— Tudo bem, eu preciso ir também — Brad acrescentou ligeiramente.
— Tchau. — Riu a garota e se virou para sair.
— , espera...
Ela se virou imediatamente e acabou esbarrando no corpo, dele que se aproximou rápido demais.
— Você gosta de café? Chá? Chocolate quente? Qualquer tipo de bebida? Pensei em... — Mordeu o próprio lábio inferior e coçou a cabeça, rindo fraco. — Irmos. Nos encontrarmos em um café. Conheço um. Aqui perto. The Village.
O coração no peito dela triplicou as batidas e suas mãos ficaram levemente suadas ao ver um homem como aquele pedindo pra sair com ela, engoliu seco e respirou em razão da boca entreaberta.
— Seria ótimo. O café é novo? Conheço vários por aqui e nunca ouvi esse nome. — Franziu o cenho.
— Sim, é. — Um sorriso gigantesco brotou nos lábios dele.
— Então, estamos marcados?
— Amanhã? Ou depois?
— Posso ir lá amanhã depois do trabalho, tudo bem por você? Saio às 18h.
— Marcado às 18h então.
O peito dele parecia que iria explodir de felicidade tamanha era a emoção que sentia naquele momento. Concordou com a cabeça, balançando o rosto, pois novamente ela disse tchau e caminhou em direção ao caixa rápido, no entanto, olhou pra trás uma vez.
Seu rosto corou ao acenar e percebeu que ele estava da mesma forma, riu disso e mordeu seu próprio lábio inferior pensando que sim, poderia ser algo bom.
☕❄️
intercalava o lápis entre os seus dedos e fitava com atenção o horário no canto inferior do computador que marcava 17:56h. O tocar do telefone em sua mesa fez com que a morena se sobressaltasse e seu coração fosse parar na boca, tirou o aparelho do gancho.
— . Você pode vir até a minha sala? Sei que está próximo ao seu horário de saída, mas vai ser rápido, prometo. — Era a sua chefe.
A mulher apenas concordou com um murmúrio simpático, se levantou, desligando o computador e pegando sua mochila. Caminhou em passos apressados até a sala da chefe, no entanto seus pensamentos estavam nas próximas horas.
— Com licença. — Bateu na porta antes de abrir e ouviu a autorização da mais velha, desse modo entrou na sala que já havia entrado milhares de vezes, com uma janela enorme ao fundo, a bancada cheia de papéis e atrás da cadeira da chefe vários moveis com livros. — A senhora queria falar comigo?
— Vou ser rápida. Sente-se, por favor.
As palavras da mulher a sua frente pareciam lentas, ela entendia, mas as ouvia de um jeito bem devagar. Seus olhos começaram a marejar e, quando ela terminou de falar, percebeu que seu punho estava fechado em seu colo.
— O que, espera. Eu estou demitida?
— Sim, estamos cortando gastos e...
Eu sempre dei os melhores números para a empresa e você é uma completa escrota, pensou.
Concordou com a cabeça, apenas balançou a cabeça como se estivesse no automático e se levantou.
— Amanhã é seu último dia.
— Não. Hoje foi meu último dia — respondeu, séria.
Fitou a mulher a sua frente por longos segundos antes de dar as costas pra ela e caminhar em direção ao elevador. Uma vez lá dentro, sozinha, respirou fundo de olhos fechados e tentou acalmar seu coração. Acabara de ser demitida. De uma empresa que trabalhou por anos.
Caminhou pra fora do prédio, olhando o local pela última vez por cima dos ombros e, assim que chegou no metrô, achou um lugar pra sentar-se e foi impaciente, balançando os pés até chegar aonde gostaria.
Desviando de algumas pessoas e esbarrando em outras, chegou ao caos de Londres depois das 18h. Eram todos os tipos de veículos tentando ir para todas as direções, da mesma forma que as pessoas. Localizou-se e viu que se encontrava apenas a algumas quadras da cafeteria mencionada por Bradley.
Acabou pensando nele e um sorriso formou em seus lábios. Era tímido, ainda sim mordeu seu próprio lábio inferior ao se lembrar do jeito que ele sorria pra ela e como fazia piadas idiotas. Atravessou uma rua, apertando o casaco mais pesado e notando o tempo ficar feio no horizonte, mas ignorou.
Ao chegar na The Village, gostou do que viu. Os letreiros eram grandes, chamavam a atenção e se perguntou como nunca havia entrado ali, sendo uma amante de café. Se aproximou da porta, girando a maçaneta, todavia notou a placa que dizia: FECHADA. Franziu o cenho, bateu na porta em um impulso de coragem.
— Merda — resmungou consigo mesma e fez um biquinho.
Seu coração batia forte, talvez por ter andado até ali, talvez por tudo que ouviu da sua chefe há instantes, talvez por estar batendo na porta de um local que uma pessoa estranha lhe convidou na noite anterior, talvez...
Os pensamentos de ir embora foram interrompidos pelo destrancar e abrir da porta, assim que ela botou os olhos nele, com os cabelos bagunçados e o mesmo sorriso de ontem nos lábios, não conseguiu evitar e sorrir. Parecia que acontecia espontaneamente.
Bradley fitou a garota a sua frente, com um sobretudo preto por cima de uma camiseta branca simples e uma saia plissada da mesma cor do sobretudo. Notou que, a olhava há tempo demais e não tinha dito nada, ainda.
— Oi — soprou. — Oi, por favor, entra.
— Está fechado? Desculpa, eu posso voltar outra hora. — foi entrando no estabelecimento.
Era pequeno, porém aconchegante. O piso era de madeira, assim como as cadeiras e mesas dispostas por todo o local. De um lado, havia uma janela, grande, de vidro, pensou como deveria ser com Sol. Um pouco pra trás, o painel, com o cardápio do café, em branco com as letras e os preços em preto. Embaixo, uma bancada, com os copos e as comidas vendidas.
O cheiro de café recém coado fazia com que ela sentisse vontade de morar ali.
— Você é o dono? — Se virou para olhá-lo com um sorriso nos lábios.
— Sim. Abri há pouco tempo. Talvez seja por isso que você não conhecia. — Bradley fechou a porta atrás de si, a trancando. — Vou trancar pra que ninguém nos interrompa — explicou.
— Que incrível.
Os olhos dela ainda passeavam pelo café, tentando absorver todos os detalhes possíveis daquele lugar. Estava encantada. Colocou as mãos nos ombros a fim de tirar o sobretudo, mas ele se aproximou no mesmo instante e tocou as mãos dela.
— Te ajudo — sussurrou.
fechou os olhos, sentindo seu corpo se arrepiar com a proximidade dos lábios do rapaz da sua orelha. Pode sentir o hálito quente dele, e isso fez com que ela segurasse uma ofegada.
— Obrigada — tratou de responder, antes que parecesse estranho.
Observou-o colocar o sobretudo que usava em um dos cabideiros que havia por ali para que os clientes usassem. Passou a língua pelos lábios, tentando se recuperar do que havia acontecido há instantes.
— Fez bom proveito da Nutella ontem? — Bradley foi andando em direção a bancada onde estava o café pronto. Percebeu o olhar dela sobre si e segurou uma risada. — Desculpa, pareceu meio erótica a minha pergunta. — Acabou soltando uma risada.
— Não. Não. Não. Não. — Negou com a cabeça rapidamente enquanto ria e se aproximou de uma mesa, apoiou-se no encosto da cadeira. — Eu comprei para uma amiga. Ela estava precisando. Problemas femininos — explicou, por fim.
Bradley concordou com a cabeça e pegou duas canecas, se aproximou da mesa onde ela estava e as colocou em cima. Olhou para , passou as mãos pelos seus cabelos, os jogando pra trás.
— Nem perguntei de qual tipo de café você gosta. E como um bom britânico, deveria ter feito chá. Você bebe chá? — A olhou, ansiando pela resposta dela.
— Eu gosto de todos os tipos de café. — novamente sorriu — E bebo chá sim, mais pelo costume de morar em Londres, mas não sou britânica.
— Por favor, sente-se. — Apontou a cadeira, e logo que ela se sentou, ele fez o mesmo. — Você não é britânica? Seu sotaque...
— Meus pais se mudaram pra cá quando eu era muito pequena. Então, tenho um pouco de sotaque. — Riu ao pegar a caneca. Assoprou antes de beber um gole. — Hm, mas você é britânico? — brincou ao perguntar o obvio.
— Sim, de Sutton Coldfield. — Um sorriso que ela julgou como perfeito apareceu nos lábios dele.
— Há quanto tempo daqui até lá? — Cruzou as pernas.
— De carro, duas horas, pelo menos.
Beberam suas bebidas ao mesmo tempo, e sem tirar os olhos um do outro. conteve um suspiro, mas ao colocar as mãos ao lado da caneca e sentir a temperatura quentinha do objeto, sentiu-se bem.
— Estou feliz em estar aqui — disse ela, baixinho.
— Também estou feliz que você esteja aqui. — Usou o mesmo tom.
Mais um gole no café e fez com que ela se sentisse revigorada. Era como se pudesse fazer qualquer coisa naquele momento.
— Perdi meu emprego hoje. Fui demitida — falou tudo de uma vez.
O rapaz a sua frente se ajeitou na cadeira e a observou com toda atenção do mundo.
— Você quer conversar sobre isso?
respirou fundo, mantendo as mãos já aquecida envolta da caneca.
— Não sei. Não. Não sei. — Uma careta formou em seu rosto e riu, tirou uma das mãos e trouxe até o seu queixo. — Me conta mais sobre você.
— O que você quer saber sobre mim? — Sorriu ele, a olhando.
Piscou algumas vezes sem saber o que pergunta, então abriu a boca e fechou.
— Me conta algo que você quer que eu saiba sobre você.
— Você é inteligente — falou ao coçar o topo da cabeça. — Hm.
A expressão dele pensativa a deixou petrificada. A forma como Bradley semicerrava os olhos, olhava para um ponto qualquer e fazia um mínimo bico, fez com que mordesse a parte interior da sua bochecha.
— Sempre foi um sonho bem distante abrir esse café, sabe? Bem distante mesmo. Meus pais sempre disseram que esse tipo de coisa não é vida e muito menos dá dinheiro. Mas, eu gostava tanto de aprender sobre bebidas, como elas são feitas, o porquê as pessoas gostam.
concordou com a cabeça, sorrindo, enquanto o incentivava a continuar falando.
— E depois que me formei em Matemática, fiz alguns cursos e fui atrás do meu sonho. O investimento foi alto — falou sorrindo. — Só que, quando vejo as pessoas entrarem aqui, fazerem os seus pedidos e saírem felizes, tudo vale a pena.
— Pera, você é formado em Matemática? — indagou ela, após juntar as sobrancelhas.
— Sim. Não acredita? — Copiou o jeito dela.
Ambos soltaram risadas ao mesmo tempo e levou as mãos até a boca, a tapando, e ele achou aquele gesto a coisa mais fofa do mundo.
— Eu dou aula de Matemática para os pequenos. Eles ainda não odeiam matemática, como você — Brad murmurou, ainda rindo.
— Bingo! — Ela levantou um dedo, confirmando o que ele dizia.
O tempo foi passando, depois do café, tomaram cappuccino. Depois do cappuccino, quiseram algo salgado, entre risadas e conversas. dizia saber fazer o melhor queijo quente que ele já provou na vida, e foi o que sucedeu.
— Uau! — ele disse após uma mordida e arregalou os olhos ao olhá-la.
As mangas da camiseta de estavam afrouxadas até o cotovelo, seu cabelo preso de um jeito qualquer um coque e as bochechas coradas por conta do calor do fogão.
— Tá bom? — A mulher pegou a outra parte do triangulo e deu uma mordida, colocando a mão em frente a boca e riu. — Ok, está comível.
— Comível? Está incrível. Quer trabalhar comigo? — questionou ligeiramente.
Seus olhares se encontraram por longos segundos, estava sendo assim desde o início da noite. sentiu um calor ainda maior tomar conta do seu corpo, quis puxar a camiseta para que ventilasse na parte de dentro, no entanto, não conseguiu desviar o olhar.
Ao se virar para limpar a mão em um guardanapo, notou as horas. Era noite. Quase madrugada. Pensou em Hanna. Sentiu seu coração apertar e dirigiu-se para Bradley.
— Você viu as horas?
— Não me importei. Estava me divertindo com você.
O rosto de queimou tão instantaneamente que era como se estivesse no sol, em uma praia. Riu disso e negou com a cabeça.
— Me diverti com você também. Você até gostou da minha comida — brincou.
— Eu gostei de muitas outras coisas. — Aproximou um pouco mais seus corpos.
— Ah, é? Do que você mais gostou? — Arqueou uma sobrancelha.
Fitou os lábios dela e seu coração bateu mais forte, não iria conseguir responder verbalmente. Acabou com a distante entre seus corpos, passando ambas as mãos pela cintura da mulher, a trazendo pra mais perto de si em um puxão e grudou seus corpos. Gostou da sensação do calor do corpo dela junto ao seu.
Subiu uma das suas mãos até a nuca de , fechando os olhos ao aproximar seus lábios, dessa forma, a beijou de forma delicada, sentindo a maciez dos lábios dela. A morena riu fraco, porém abriu mais a boca, permitindo que o beijo se tornasse intenso em questão de segundos. Um arrepio percorreu as costas dela, subindo até a nuca ao notar como encaixava tão bem, como tudo acontecia lentamente e ambos podiam aproveitar um ao outro.
Bradley desceu a mão que se encontrava no quadril da mulher, passeou pela lombar, subindo pelas costas enquanto o beijo ainda acontecia. Mas, pararam de se beijar ao perceberem que precisavam respirar.
Ficaram com os lábios roçando, levou as suas mãos até a nuca do rapaz, adentrando seus dedos nos cabelos dele e puxando um pouco.
— Me beija — pediu ele.
Riu do pedido e afundou mais os seus próprios dedos nas madeixas dele. Ofegou ao passar a sua língua pelos lábios do rapaz, puxando mais o cabelo de Bradley e emendando um beijo intenso. Quis gemer ao sentir as mãos dele em sua cintura, pressionando o quadril contra o dela, e tombou um pouco a cabeça pra trás com isso.
Os beijos dele foram da bochecha para o pescoço, onde o rapaz deixou algumas mordidas, fazendo com que a pele da mulher ficasse levemente avermelhada. O calor tomava conta do corpo dela, segurou firmemente na camiseta que ele usava, deixando o tecido entre os dedos.
Sentia como o seu corpo pedia pelo dele, não queria que aquilo acabasse tão cedo. Fechou os olhos mais fortemente com a sensação dos lábios dele em seu pescoço e desceu a sua mão, que antes estava segurando o tecido da camiseta, até o cós da calça do rapaz.
— Você é tão linda. — Desceu os beijos pelo colo da mulher, percebendo como a pele dela se arrepiava a cada selar que deixava em sua pele. No entanto, ele sentia-se da mesma forma.
Sua calça estava apertada, e queria se livrar dela o mais rápido possível. Ao sentir a mão de em um local próximo, ofegou e se afastou um pouco, a olhando nos olhos. Ela, entendendo isso, passou a mão por cima do tecido da calça jeans, acariciando o volume e fazendo com que ele fechasse os olhos.
Novamente, encontrou-se petrificada nas expressões do rosto dele, mas dessa vez, ao vê-lo com as bochechas coradas e a boca entreaberta, ela quis mais. Dessa vez, adentrou a sua mão dentro da calça que ele usava, depois de desabotoar os botões.
— Isso. Fecha os olhos e aproveita — sussurrou bem próxima a orelha dele, mordendo o lóbulo de leve.
O movimentar da sua mão aumentou assim que segurou o membro do rapaz, mesmo que fosse por cima da cueca. As ofegadas dele aumentaram, assim como os gemidos, e isso a incentivava a fazer tudo em uma velocidade ainda maior. A mão dele direcionou a cintura da morena, apertando conforme o prazer aumentava, mas sentia as mãos ficando suadas e o prazer percorrendo seu corpo inteiro.
— Eu quero você. Eu quero você agora. — Foi a vez dele de sussurrar desesperadamente.
Tomou conta da situação e voltou a unir seus lábios de um jeito intenso. Suas línguas brincavam na boca um do outro, e ao mesmo tempo, empurrou o corpo dela, chegando a uma das bancadas e puxou a cintura de , fazendo com que ela ficasse sentada em cima, e um sorriso tomou conta dos seus lábios ao perceber que a mulher estava da mesma forma ao notar a umidade da calcinha dela.
Iniciou movimentos circulares por cima da região mais sensível, ouvindo um gemido sair entre os lábios dela. Isso fez com que o corpo dele se arrepiasse, ao passo que aumentou a velocidade dos seus dedos. A mão da mulher se fechou sobre o ombro de Bradley, o apertando, e riu, mordendo o próprio lábio inferior, contendo um gemido.
— Geme pra mim — implorou ele, com seus lábios roçando.
levou as suas mãos até a mão dele, após soltar outro gemido longo, e fez com que ele parasse. Assim, em um gesto ligeiro, tirou a calcinha que usava enquanto o observava abaixar a calça juntamente com a cueca. Esperou ansiosamente que ele se colocasse entre as suas pernas, e ao se encaixarem, deu um gemido rouco e fincou as unhas nas costas do rapaz.
Quis xingar, mas mordeu seu lábio inferior. Bradley apertou a cintura de fortemente e não aguentou mais segurar, jogou seu quadril contra o dela, e cada gemido que saía entre os lábios de , incentivavam que ele fizesse mais e mais.
Sua mão adentrou a saia da mulher, indo até o quadril dela, puxando o corpo pra mais próximo de si, queriam que ficassem mais grudados, como se aquilo fosse possível. Levou seus lábios até a orelha de , mordendo o lóbulo de leve.
Nenhum dos dois aguentaria por muito tempo depois das provocações que aconteceram anteriormente, mais algumas movimentadas de quadril de ambos, um na direção do outro, um entrando em uma sincronia perfeita com o outro, levaram ambos, ao mesmo tempo, a alcançarem o prazer o máximo.
Novamente, arranhou as costas dele, sem saber se estava machucando ou não. Precisava demonstrar o prazer que sentia em algum lugar. O rapaz gemeu bem próximo da orelha da mulher, rindo com o prazer se dissipando pelo seu corpo.
A morena se afastou um pouco, e mesmo diante do frio insuportável que fazia lá fora, onde eles estavam a temperatura era altíssima. Alguns fios do seu próprio cabelo grudaram em seu rosto e o fitou.
— Eu te levo em casa — Bradley falou baixinho com o roçar dos seus lábios.
— Dorme lá em casa hoje. Amanhã podemos comer alguma coisa com a Nutella. — Riu soprado e notou como ele pensava no que ela havia dito, depois soltando uma risada gostosa.
— Feito.