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Revisada por: Saturno 🪐

Última Atualização: 06/09/2024.

— Não, de jeito nenhum eu vou te ajudar com isso, . — Steve Harrington cruzou os braços na frente do corpo enquanto mantinha sua expressão o mais séria e irredutível possível. Era a estratégia usada por ele toda vez que queria dissuadir de alguma coisa. No fundo, sabia que não adiantaria, porém sempre tentava ainda assim.
— Por favor, Steve! Só hoje, vai? Não me deixe sozinha nessa! Você não tem ideia de como aquelas crianças são e…
— Espera, tá me dizendo que são pestinhas? Você é inacreditável, ! — Harrington bufou indignado.
— Steve! — continuou o encarando com a maior cara de pedinte do universo.
havia aceitado cuidar dos gêmeos do casal Andrews por uma semana porque precisava do dinheiro. Robin — a outra integrante do trio que ninguém imaginava que um dia se formaria em Hawkins — iria ajudá-la, porém, naquela noite em especial, a amiga havia arrumado um outro compromisso de última hora com a banda e deixou na mão.
Os gêmeos Andrews não eram crianças fáceis. De fato, na última vez quase deixaram maluca, e ela sabia que dessa vez seria loucura tentar fazer aquilo sozinha, porém realmente necessitava da grana, por esse motivo insistia que Steve a ajudasse naquela noite.
O rapaz não estava surpreso. Aquelas duas sempre o metiam em furadas.
Harrington a olhou de volta por alguns segundos, enquanto tentava se manter firme, porém sabia que não resistiria. Alguma coisa, principalmente em , sempre o fazia acabar cedendo.
Não era como se ele tivesse mesmo alguma chance de resistência, de qualquer forma.
Um suspiro e um rolar de olhos anunciaram sua derrota.
— Tá, tá bom, mas só dessa vez. — imediatamente começou a dar pulos animados à sua frente e ele precisou conter um sorriso, porque ainda queria manter o mínimo de dignidade.
Por que sempre cedia a ela?
— Você é um anjo, Steve! Obrigada, obrigada! — o abraçou forte, por cima do balcão da locadora, o que deixou Harrington momentaneamente sem saber como reagir.
Ele deu dois tapinhas nos ombros da garota, porém logo a empurrou gentilmente, a afastando para encará-la sério.
— Mas só para deixar claro: eu não levo o menor jeito com crianças! Tô fazendo isso porque você não vai me deixar em paz. — Então passou a mão pelos cabelos, ansioso.
continuava sorrindo largamente.
— Você tá fazendo porque me ama que eu sei. — Deu língua para o rapaz. — Se te serve de consolo, eu também não sou boa com crianças, porém os Andrews pagam bem e é lógico que vou dividir com você. — Ergueu uma sobrancelha de forma sugestiva.
Steve bufou.
— Você poderia ter poupado todo esse rolo se tivesse falado da grana logo no começo, sabe? — O comentário fez a garota gargalhar. — É sério. Por quanto tempo eles vão nos contratar mesmo? — Se afastou um pouco mais da garota e se apoiou na grande banqueta atrás de si.
Percebeu, pelo canto de olho, que um cliente se esgueirava pela seção restrita da locadora, porém, daquela vez aquilo não era tão interessante.
— Eles me pediram para olhar os pirralhos durante todos os dias dessa semana, mas não vou te torturar assim. Amanhã eu falo com a Robin de novo e tenho certeza que ela vai querer me ajudar.
— O quê? Não! Nada disso! Mal me contratou de ajudante e já está me dispensando? Achei que você tivesse coração, . — Fez uma careta magoada, que arrancou uma risada da amiga.
— Cadê o cara que estava reclamando cinco minutos atrás? — Estreitou os olhos na direção de Harrington.
— Não faço ideia. Deve ter ido ali na restrita bater uma.
— STEVE! — gargalhou e ele a acompanhou por alguns segundos.
— É sério. Vou te ajudar a semana toda. Não vou te deixar sozinha com os pirralhos e também tô precisando da grana.
A expressão de se iluminou e Steve jurava que ela o abraçaria outra vez. No entanto, a garota fez algo pior.
— Obrigada, Stevie. Você é o melhor. — Com mais um largo sorriso, se aproximou de Harrington e lhe deu um delicado beijo na bochecha.
Atordoado, o rapaz sorriu de volta enquanto sentia sua bochecha esquentar.
O gesto o fez se sentir esquisito, muito esquisito, e segundos depois ele se viu passando a mão pelos cabelos, nervoso.
— Tá bom, tá bom. Não precisa ficar toda melosa. Você vai ficar me devendo muito, hein? — Steve não tinha intenção alguma de falar daquele jeito, porém não se sentia completamente no controle de suas ações.
engoliu em seco e soltou uma risadinha sem graça.
— Tudo bem, não vou ficar, bobão. E não sei o que eu vou dever se você vai ganhar dinheiro. Te orienta, Harrington! — Estreitou os olhos, numa tentativa de disfarçar como de repente estava envergonhada por ter beijado Steve na bochecha.
Os dois riram e ficaram se olhando por alguns minutos, antes da moça coçar a nuca, num gesto claro de desconforto.
— Então, eu tenho esse negócio para fazer agora e… — Já começou a se afastar e, num gesto rápido, Harrington a segurou pela mão.
— Espera! Onde você tá indo?
— Embora. — riu e se soltou dele.
— Ah, é? — Steve estreitou os olhos para ela. — Vou te fazer um favorzão e você retribui saindo sem nem se despedir direito? — a provocou.
Foi a vez de estreitar os olhos.
Minutos atrás, ele estava todo sem graça, agora havia ativado o modo flerte.
Steve Harrington adorava enlouquecê-la.
A forma como ele sorriu cafajeste a fez desejar socar aquela cara linda. No entanto, não sairia por baixo. Se ele queria jogar, ela não recuaria.
— E como seria a despedida perfeita, Stevie? — Aproximou seu rosto do dele e sorriu satisfeita quando assistiu o amigo engolir em seco.
Levando a brincadeira mais adiante, Harrington manteve a proximidade e umedeceu os lábios.
— Ah, tenho certeza de que você sabe como seria, .
Os olhos da garota faiscaram em sua direção.
— Oh, Stevie. Não fique todo meloso. — Se afastou risonha. — Você sabe onde fica a casa dos Andrews, não é? Me encontre lá às sete.
E saiu da locadora.
Steve a acompanhou com o olhar e bufou.
— Espertinha.
Ele sabia muito bem que os flertes não passavam de uma brincadeira boba entre os dois. No entanto, por algum motivo, desejou que ela, de fato, quisesse beijá-lo, o que era loucura, afinal, eram melhores amigos.
ainda o deixaria louco.

🔥


Encostada em uma árvore na frente da casa dos Andrews, repetia para si mesma que não havia motivo algum para ficar tão nervosa. Aquela era apenas uma noite comum, onde seria babá dos gêmeos na companhia de seu melhor amigo Steve.
O mesmo Steve que às vezes parecia nervoso, às vezes fazia aquelas malditas brincadeiras de flertes, mas que no fundo sabia, não dariam em nada. Eles eram amigos demais.
Amigos. Como ela odiava aquela palavra às vezes.
Harrington não era diferente. Ainda não entendia bem o porquê, mas todo o negócio dos flertes despertou uma coisa nele. E essa coisa o fez quase se atrasar tentando conseguir o penteado perfeito antes de sair de casa.
Quando ele estacionou na frente da casa dos Andrews, imediatamente localizou a silhueta de , que se desencostou da árvore quando viu o carro dele parar.
Respirando fundo, Steve saiu do carro e os dois se encontraram no corredor que levava ao hall de entrada da casa.
— Ei, Steve. — sorriu. — Você veio mesmo.
Harrington soltou uma risadinha.
— Achou mesmo que eu deixaria você aqui sozinha e ainda levar a grana toda?
revirou os olhos e riu.
— Babaca.
Ele arregalou os olhos e levou uma mão ao peito, fingindo estar ofendido.
— Olha só como ela me trata! Que malvada.
— Vamos logo, bobão. — Negou com a cabeça e Harrington concordou, ainda rindo.
— Pronta?
— Só não me odeie demais por isso, viu? — De repente, ela lhe lançou uma careta. — Pronta.
— Espera, como assim? — Steve se assustou.
— Você vai ver. — tocou a campainha e esperou.
… — Porém Steve não teve mais chance de dizer nada porque Susan Andrews abriu a porta.
— Oh, ! Que bom que você veio. Ah, e olha, senhor…
— Harrington — Steve completou, embora não fosse de fato necessário. Hawkins era uma cidade pequena, todo mundo se conhecia.
— Isso, senhor Harrington. Obrigada por ter aceitado nos ajudar. Aqui, vou pagar a diária de hoje adiantado, como sempre e… — Entregou alguns dólares a e cochichou para a garota. — Eles estão lá na sala. Podem distraí-los para Paul e eu sairmos? Paul!
Só então Steve notou Paul Andrews parado logo atrás da esposa.
prontamente concordou e se despediu rapidamente do casal para seguir até os gêmeos e atender ao pedido de Susan.
Meio sem jeito, Harrington assentiu e acompanhou a garota para dentro da casa.
A sala estava um tremendo caos. Brinquedos e almofadas espalhados pelo chão, uma bacia de pipoca derramada na mesa de centro e um copo posicionado na beirada da mesa, prestes a se espatifar.
Steve se sentiu idiota por não ter perguntado a idade das crianças. Simplesmente topou aquela ideia cegamente porque… bem, porque tinha pedido.
Os gêmeos Andrews não deviam ter mais que seis anos e eram tão agitados que seus rostos pegavam mais fogo que seus cabelos ruivos.
Um deles pulava no sofá, enquanto o outro estava deitado e resmungava porque não conseguia assistir a televisão.
— Então, os pais deles costumam sair assim e pagar babás? — Steve puxou assunto, aproveitando que as crianças ainda estavam distraídas.
assentiu.
— Sim, mas nunca por tantos dias seguidos. Essa semana é especial… Algo bem brega sobre comemorar o aniversário de casamento indo a todos os lugares onde se encontraram pela primeira vez. — Ela rolou os olhos e Harrington ergueu uma sobrancelha.
Provavelmente zoaria da cara dele se dissesse que não achava a ideia tão brega assim.
— Tia ! — Ben Andrews, o gêmeo que tentava assistir televisão, se deu conta da presença dos dois e correu na direção da garota, então pulou em seu colo.
Eric, o outro gêmeo, não demorou a perceber a mesma coisa e imitou o gesto do irmão.
— Ei, minha vez! Solta ela! — Tentou puxar Ben.
— Não, é minha vez. Você fica com o sofá!
Simples assim, os dois começaram a se empurrar e discutir.
Steve arregalou os olhos e soltou uma risada baixa e incrédula, enquanto assistia os gêmeos se batendo logo abaixo das pernas de .
— Uh… Precisa de ajuda? — Havia um certo divertimento na expressão dele e, ao notar isso, a garota revirou os olhos.
— Ei, ei, ei! Saiam já das minhas pernas, seus diabinhos! — A voz autoritária de imediatamente chamou a atenção das crianças. — O que nós conversamos sobre ficarem se batendo quando eu venho aqui? E vocês não perceberam que hoje temos uma nova babá para brincar com a gente também? — E sorriu diabolicamente na direção de Harrington. — Esse é o Steve.
Ao arregalar os olhos mais uma vez, o rapaz cambaleou e acabou caindo sentado no sofá, o que foi a deixa perfeita para Ben e Eric correrem para o colo dele.
— Ei, tio Steve. Seu cabelo é o máximo! — Ben tentou tocá-lo.
— Uh, obrigado, carinha. — Harrington se recuperou de um breve momento de desconforto e arrumou Ben sentado ao seu lado no sofá. — Qual é o seu nome, campeão?
— Ben! E esse feioso ali é o Eric. — Apontou para o irmão, que havia pulado do outro lado de Steve.
gargalhou.
— Vocês são iguais, espertinho.
— Não somos, não. Mamãe disse que tenho uma manchinha nas costas — Ben retrucou, como se aquilo fosse uma mudança drástica.
— Vou contar pra ela que você tá me chamando de feio — Eric resmungou, com os braços cruzados.
— Antes que vocês dois comecem a brigar de novo, que tal arrumarmos essa bagunça aqui na sala? Não acredito que vocês dobraram a mãe de vocês de novo. — estreitou os olhos para os gêmeos. Eric a respondeu com um olhar sapeca, mas Ben resmungou na hora.
— Ah, não, tia!
— Se arrumarmos tudo, podemos brincar do que vocês quiserem.
sabia que a chantagem funcionaria.
E em menos de dois minutos os quatro organizavam tudo em seus devidos lugares.
De canto de olho, Steve observava a amiga um tanto admirado. Para quem dizia não ter jeito com crianças e até não gostar muito, ela levava jeito. No entanto, ele percebeu que os moleques haviam gostando dele tanto quanto gostavam dela.
— Agora nós podemos brincar de esconde-esconde! — Eric propôs empolgado, quando finalmente terminaram a arrumação.
não era boba, a estratégia de arrumar a sala e brincar com os dois era uma forma de cansá-los para que não ficassem acordados noite adentro.
— É verdade! Agora temos quatro pessoas e não vai ficar tão chato! — Ben concordou e os dois se aproximaram de Steve. — Vamos, tio Steve?
— Claro, claro. — Deu uma olhada rápida na direção de . Com o olhar, a amiga se desculpou pela enrascada onde havia o metido e Harrington retribuiu como se dissesse que não tinha problema.
Os gêmeos eram agitados, brigaram algumas vezes durante a arrumação, mas não eram tão terríveis assim.
— Então, como vocês querem fazer isso, espertinhos? — Steve se dirigiu aos gêmeos, que riram animados.
— Vocês contam e a gente se esconde! — Eric respondeu empolgado e, num piscar de olhos, os dois gêmeos se esgueiraram pelos cômodos da casa.
— Ei, desculpa te meter nessa. Sei que falei que eles eram terríveis, mas eles são piores do que isso, pode dizer — murmurou, enquanto fingia contar ao lado de Harrington.
— Relaxa, . Nem tá sendo tão ruim assim. Eles são uns pestinhas, mas são divertidos. — O rapaz sorriu e foi retribuído por ela.
— Prontos ou não, aqui vamos nós! — não demorou a gritar e eles seguiram pelos cômodos da casa, em busca dos gêmeos.
Era muito óbvio o local onde se esconderiam porque repetiam o local em noventa por cento das vezes, porém enrolou um pouco e incentivou Steve a fazer o mesmo para a brincadeira durar mais.
O local escolhido por Ben e Eric era sempre dentro do pequeno balcão da cozinha.
— Agora vocês dois se escondem! — Eric apontou animado, como se os dois não tivessem acabado de perder.
Steve e se entreolharam, achando graça.
— Contando então, rapazinho. — fez final para que os dois se virassem de frente para a parede. — Vamos nos esconder então. — Ergueu uma sobrancelha para Harrington, que assentiu.
Os dois caminharam pela casa enquanto ouviam as vozes dos gêmeos contando e Steve deu uma boa olhada em volta, à procura de um bom lugar para se esconder.
— Alguma ideia de onde nós podemos ir? — sussurrou e percebeu tarde demais suas próprias palavras.
— Ah, você quer se esconder comigo, espertinho? — o provocou e Harrington enfrentou dois segundos de desconcerto antes de sorrir para ela.
— Eu quero. Sei o quanto você fica assustada se escondendo sozinha, — devolveu, cruzando os braços no peito.
— Assustada? Não sou eu que me mijo assistindo filmes de terror. — revirou os olhos e riu enquanto ainda caminhava em busca de um bom lugar para se esconderem.
Harrington ergueu uma sobrancelha e soltou um muxoxo alto.
— Ei, eu não me mijo assistindo filmes de terror! Sou um homem feito, tá maluca? — O tom de ultraje fez debochar ainda mais.
— Ah, claro. Um homem desses! — Soltou um falso suspiro e acabou rindo enquanto apontava para um armário no quarto dos Andrews.
O objeto parecia grande o suficiente para os dois.
Steve revirou os olhos.
— Cala a boca! — O resmungo foi seguido por um franzir de cenho quando a garota abriu a porta do armário. — Tem certeza de que nós dois caberemos aí? — Seu tom foi incrédulo.
— Entra logo aí, Steve. — revirou os olhos mais uma vez.
Devolvendo o gesto, o rapaz atendeu o pedido e entrou no armário depois de afastar alguns casacos, abrindo espaço para que o seguisse.
— Anda, espertinha. Antes que eles terminem de contar! — resmungou.
— Cala a boca, Harrington — retrucou por pura birra e logo se viu dentro do armário junto dele, fechando a porta atrás de si.
O ambiente imediatamente ficou escuro, porém não foi o que lhe despertou um alerta.
não estava errada, os dois couberam dentro do armário. Ela só não esperava que no processo fossem ficar tão… próximos.
Seus corpos roçavam um no outro e conseguia sentir a respiração de Steve em seu rosto.
Harrington imediatamente se deu conta de que aquela era uma péssima ideia. Ter seu corpo tão próximo ao de , em uma situação de pura adrenalina e com o cheiro do perfume dela invadindo suas narinas era demais para sua sanidade.
Porra, ele podia sentir o corpo dela praticamente colado ao dele, e quando tentou se ajustar para conseguir o mínimo de distância apenas piorou a situação, já que acabou acidentalmente esfregando a coxa em .
As coisas se agravaram porque, no mesmo instante, a moça também tentou se mexer, o que fez seus corpos se roçarem com mais intensidade.
Os batimentos cardíacos de estavam acelerados, sua respiração falha e ela precisou de toda a sanidade mental possível para não suspirar porque aquilo foi… gostoso.
— Desculpa… — ela murmurou, quase sem voz. Steve estremeceu e precisou de muita força de vontade para não segurar nos quadris dela e a colar ainda mais a si.
— Tudo bem. — Sua resposta veio tardia, após alguns segundos onde tentou conter as batidas também aceleradas de seu coração.
— Não imaginei que fôssemos ficar tão apertados. — Era tentador demais ficar colada nele daquele jeito.
Vamos lá, era seu melhor amigo Steve. Por que não conseguia se convencer daquilo e se afastar?
As palavras sussurradas de espalharam arrepios pelo corpo dele e Steve procurou clarificar os pensamentos antes que fizesse alguma besteira.
— É… é bem apertado mesmo.
Droga, queria não ter levado aquilo para outro sentido. Não era hora e nem lugar.
Engoliu em seco.
se inclinou um pouco para observar através da fresta da porta e o movimento fez com que seus quadris se esfregassem em Harrington mais uma vez.
Sem aguentar, Steve ofegou audivelmente e apertou os olhos com força quando uma onda de eletricidade percorreu seu corpo inteiro, o deixando quase louco.
Caramba, como ele queria segurar os quadris dela.
— P-pare de se mexer, … — gaguejou com a voz estrangulada.
— Desculpa! — O sussurro dela era incerto porque a reação dela a fez desejar repetir o movimento.
— Pare de pedir desculpas também! — O resmungo era sofrido, porque até mesmo a voz sussurrada dela enviou imagens completamente inapropriadas aos seus pensamentos. Imagens onde a proximidade forçada seria muito bem vinda.
— O que você quer que eu faça então? — retrucou e seu corpo clamava tanto por contato com o dele que acabou sutilmente se movendo de novo, quase como se não fosse intencional.
Mas era. Ambos sabiam que era.
Steve ficou tenso e sua respiração escapou estremecida. Ele tentava reunir toda a força de vontade que possuía para não reagir e suas mãos se fecharam em punhos ao lado do corpo.
— Você não faz ideia do que está fazendo comigo, — grunhiu. — O quanto eu quero… — Sua fala morreu.
— O que, Steve? — Ela se moveu mais uma vez e sussurrou contra os lábios dele.
Aquilo foi a gota d’água para Harrington. Sem conseguir mais se controlar, as mãos do rapaz foram para os quadris de e a seguraram com firmeza para que não escapassem.
— Você realmente quer saber? — Steve rosnou, com a voz rouca, e ofegou.
— Sim, eu quero saber, Steve. — Engoliu em seco.
O aperto dele aumentou nos quadris dela e Harrington a pressionou com mais intensidade contra si, o que apenas o deixou ainda mais insano.
— Eu quero você. Quero você pra caralho, — confessou, com a voz grave e, em resposta, a garota se esfregou com vontade, se encaixando na ereção que apontava contra ela.
— Steve…
Porra. Gemer o nome dele daquele jeito estrangulado era sacanagem! A respiração de Harrington ficou ainda mais irregular, o aperto ficou mais firme e se ajustou na cintura dela, os dedos se afundando em sua carne.
Sem conseguir pensar em mais nada, Steve fechou os olhos, o calor o sufocando enquanto se esfregava nele mais uma vez.
— Você vai me matar, garota…
A resposta de foi um ofegar sonoro. Ela encaixou sua umidade perfeitamente na ereção de Harrington e se moveu com mais afinco.
A respiração irregular de batia contra os lábios de Steve, o que o enlouquecia ainda mais e o fazia se mover de encontro a ela. O prazer aumentava a cada segundo e ele não hesitou em segurar em uma das coxas da garota, a enlaçando em sua cintura para que pudesse esfregar seu pau com mais vontade contra a boceta encharcada de .
— Caralho, você é muito gostosa, . — A apertou ainda mais contra si e revirou os olhos.
— Porra, Steve… Assim você me deixa louca. — A resposta excitada dela arrancou mais um rosnado dos lábios dele, que se moveu com ainda mais afinco. rebolou no pau de Harrington e ele precisou de muita força de vontade para não gemer alto.
, você vai me fazer perder o controle… — Steve se encaixou com mais intensidade e a garota mordeu os próprios lábios.
— Isso tá tão gostoso! — Fez ainda mais pressão. Era como se estivessem fodendo completamente vestidos e aquilo estava levando Harrington ao limite.
… — O rapaz mordeu os lábios com força e apertou ainda mais a cintura dela. — A gente precisa parar…
Nem ele mesmo acreditava no que dizia. Não queria parar, não queria perder o contato com o corpo dela, muito pelo contrário. Queria mais, queria rasgar as roupas de e se afundar na boceta ensopada dela, que continuava se esfregando tão gostoso no pau dele que era impossível resistir.
— Steve!
O jeito que ela gemia baixo no ouvido de Harrington só piorava a situação. Seu pau latejava de vontade de penetrá-la, precisava tê-la ou enlouqueceria.
, eu vou perder o controle, puta que pariu!
não parava e rebolava com mais afinco, seus lábios sempre colados nos dele, porém sem beijá-lo propriamente.
… — Harrington implorou, porém seu tom cheio de tesão dizia o contrário.
Um grunhido rouco escapou de sua boca quando sentiu que as unhas de se cravaram em seus quadris. Ainda com a perna enlaçada, moveu a cintura com afinco, fazendo a cabeça do pau dele quase deslizar para dentro dela.
Se não fossem aquelas roupas…
— Steve, estou tão perto!
Puta que pariu. Como ele conseguiria parar agora?
… Para… Não vou conseguir me controlar… — A voz dele estava rouca, necessitada, uma vez que seu pau estava tão rígido que a qualquer momento explodiria e melaria toda a sua calça.
— Não consigo parar, você tá me fazendo gozar…
O gemido baixo e manhoso dela o pegou de jeito.
Steve aumentou o ritmo da fricção, esquecendo completamente das coisas ao seu redor. Nada mais importava, ele só queria ver gozando.
Afundou o rosto na curva do pescoço dela, bombando com vontade.
… — gemeu rouco e ela rebolou mais.
— Steve… Steve, eu vou gozar. — O aviso era uma das coisas mais gostosas que já tinha ouvido.
— Então goza pra mim, vai. Se derrama toda no meu colo, .
As palavras dele foram o suficiente para que se rendesse. Ela se esfregou com mais força, com mais vontade.
— Steve…
— Isso, repete o meu nome. Goza pra mim gemendo o meu nome.
— Meu Deus, Steve! — rolou os olhos, seu corpo começou a estremecer mais intensamente.
— Olha como você tá ensopada, . Não para, continua esfregando essa boceta gostosa… Goza gostoso pra mim. — Ele estava quase se derramando dentro das calças e os gemidos sufocados dela não ajudavam em nada.
— Porra, Steve!
— Vem pra mim.
— Meu Deus! — Ela estremeceu mais.
— Isso. Isso, .
Ao afundar as unhas na pele dele com mais força, se deixou levar pelo orgasmo e seu corpo tremeu convulsivamente. O prazer dela se derramou e ensopou ainda mais a calcinha da garota e se Steve não a segurasse, a garota desfalecer ali mesmo.
Nunca havia gozado de forma tão intensa e sem sequer ter sido devidamente tocada.
— Meu Deus, Steve… — Sua voz estava fraca, porém ela se deu conta da situação dele e queria fazer algo a respeito.
No entanto, antes que pudesse fazer qualquer coisa, um flash de consciência a fez congelar.
Harrington sentiu o corpo de congelar e temeu a resposta.
— O que foi, ?
— Os gêmeos, Steve.
Foi a vez dele sentir o corpo congelar.
Porra.
Puta que pariu.
O que tinham na cabeça? Aquilo não podia ter acontecido.
Envergonhada, desenroscou sua perna da cintura de Harrington e correu esbaforida para fora do armário.
Steve tentou ouvir as movimentações do lado de fora, mas não conseguia se concentrar em nada.
Ainda estava dolorosamente excitado, a culpa o corroía e ela ainda sentia o calor do corpo de no seu.
Definitivamente, ela iria matá-lo.


Continua...


Nota da autora: Olha eu aqui postando um surto com o Steve Harrington. NÃO ME JULGUEM E COMENTEM MUITO. Logo eu venho com a continuação da fic hehehe.

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