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Codificada por: Cleópatra

Finalizada em: 04/09/2024

— Preciso ir, meu amor. Tenho uma transmissão daqui a pouco e aí você já sabe. — Uma piscadela foi lançada para a moça do outro lado da tela.
, ... — suspirou, balançando a cabeça em negação. — Já imaginou se a Margot descobre essas coisas que você faz? Eu duvido que o papai vá conseguir impedi-la de te colocar para fora de casa. — O semblante da mais velha demonstrava preocupação, mas apenas riu.
— Você fala em descobrir como se eu estivesse fazendo algum segredo, Debbie — retrucou, realmente achando graça. — No fundo, essa sua preocupação toda aí é medo que eu tenha que ir morar com você, não é? Já te falei que não vou roubar seu namorado dessa vez, fica tranquila. — Lançou um olhar maroto para a irmã, que revirou os olhos e soltou um suspiro.
— Até parece, . Não é nada disso. Já te falei mil vezes que minha casa tá de portas abertas pra você. Na verdade, eu nem sei o que ainda você faz aí. A Margot não gosta de você e o filho dela faz questão de discutir contigo a cada segundo em que vocês estão no mesmo cômodo. — Nada daquilo era mentira, mas a moça realmente não se importava a ponto de querer se mudar.
— E eu te falei que os incomodados que têm que se mandar. Eu não ligo se Margot gosta ou desgosta de mim, maninha. Quanto ao , acho divertido testar a paciência dele também, então tá tudo certo. — Deu de ombros.
— Mas, ...
— Esqueça essa história, Debbie. Não quero me mudar daqui. Você sabe que meu sonho é entrar na Columbia University. E assim que eu conseguir, essa grana toda que eu tô juntando vai quebrar todos os galhos que eu preciso — explicou pela milésima vez, tentando tranquilizar a irmã como ela sempre fazia a cada chamada de vídeo que faziam.
Debbie soltou mais um suspiro, mordendo o lábio inferior e calando mais uma infinidade de argumentos porque sabia que não tinha jeito. Quando metia algo na cabeça, não havia quem tirasse.
— Eu ainda acho que você não precisa fazer isso que você faz pra conseguir grana. — Debbie também era teimosa, tanto que não conseguiu segurar a língua.
— Ih, lá vem você me julgar de novo. Tchau, maninha. Quero tomar um banho gostoso antes de começar. Beijos e se cuida — já foi se despedindo, sem qualquer pingo de paciência pra aturar aquilo. Não era do tipo que ligava para o que os outros pensavam dela, mas odiava preconceito e, por mais que amasse Debbie, sabia que a irmã tinha muito que aprender.
— Beijos. Se cuida, tá? Não faz nada do qual possa se arrepender. — Sorriu fraco para a mais nova, que soltou um muxoxo e riu.
— Eu só me arrependo do que não fiz, Deb. — Encerrou a ligação e, num salto, correu até o banheiro para tomar o tão desejado banho.
Enquanto a água corria, se perdia em pensamentos, imaginando que seria muito engraçada a cara de Margot quando visse os vídeos que a moça fazia.
No início do novo casamento de seu pai, ela até tentou fazer amizade com a madrasta, mas a cara de nojo disfarçada da outra não ajudou nem um pouco. Sabia que Margot não via a hora de vê-la pelas costas e ela deixava isso muito claro na ausência de Ethan. Na frente dele, era outra história, a falsidade comia solta.
não ligava e nem fazia questão de que as coisas mudassem. Ela só queria ver o pai feliz, e se era de Margot que ele precisava, não ia se meter.
— Tem mais gente querendo tomar banho nessa casa, moça. — Era só ela pensar no diabo, que o capiroto filho vinha lhe perturbar a mente.
Seus olhos se reviraram no exato momento em que as batidas na porta lhe fizeram pular de susto. Não bastava obrigá-la a ouvir sua voz irritante.
— E desde quando você toma banho no meu banheiro, ? Vá embora daqui — gritou e enxaguou seus cabelos sem pressa nenhuma.
— O meu queimou, tá legal? — Um sorrisinho irônico se fez presente no rosto dela.
— Queimou? E eu com isso? Tome banho frio, ué! — Ela que não ia interromper seu banho por causa dele.
— Eu tô falando sério, moça. Sai daí de uma vez. Não é possível que você precise de mais do que cinco minutos.
— É o quê? Nem meu pai controla o tempo do meu banho. Vai procurar o que fazer, . Me deixa em paz! — gritou mais a última parte, tentando mentalizar a música de metal mais pesada que conseguia lembrar para conseguir ignorar aquela lengalenga.
— Desgraça — resmungou, irritado, e quis arrombar a porta e tirar a moça dali. Ele não ia tomar banho frio nem ferrando. Não era culpa dele, aquela porcaria precisava ser trocada há séculos.
Esperou mais uns minutos que pareceram eternidade, e quando ele escutou a voz de cantando, seu sangue ferveu de raiva.
Se ela não fizesse aquilo de propósito, não seria .
— Então é guerra — resmungou e, sem pensar duas vezes, andou até a caixa de luz e desligou a energia da casa inteira.
não ligava que aquilo tudo soasse como uma implicância boba entre os dois, apenas o grito que soltou era o bastante para que ele fosse às nuvens.
, eu vou arrebentar sua cara! — Então ela não hesitou em puxar a toalha, enrolar no corpo e sair do banheiro com os olhos faiscando de ódio.
a olhou com o humor nas alturas.
— Vai me arrebentar pelada? — Arqueou uma sobrancelha, o que fez bufar.
— Só nos seus sonhos você vai me ver pelada, ridículo — ela retrucou, enquanto ia até a caixa de luz para religar tudo. Ele merecia mais do que umas porradas por fazer aquilo.
— Eu tê acordado, ué. — Ela o fuzilou com o olhar. havia lhe acompanhado e ela não sabia o porquê. Ele não tinha medo de morrer, não?
— Por que você não procura o que fazer, rapaz?
— Eu já achei — retrucou, divertido. — E você vai tomar um belo choque mexendo nesse troço aí toda molhada.
— Pedi sua opinião? Sai daqui. — Ela não ligava em tomar choque nenhum. Queria era explodir aquele ser.
— É sério, . Deixe que eu ligo. — Se adiantou, levou a mão até a caixa de luz e recebeu um tapa da moça. — Ficou louca?
— Sai daqui! — gritou na cara dele e já ia erguendo a mão para lhe meter mais um tapa. foi mais rápido dessa vez e a segurou, mas ela não desistiu e investiu com a mão livre.
só havia esquecido que estava de toalha. Não deu dois segundos e a peça estava no chão.
Levou quase três para que ela se desse conta de que estava completamente nua na frente do filho insuportável de sua madrasta nojenta, então arregalou os olhos e abaixou logo para pegar a toalha de volta.
— Olha só, eu até te deixo me bater assim. — não conseguiu não olhar para o corpo de . Por mais irritante e implicante que a moça fosse, era bonita e definitivamente gostosa.
Pensando bem, o que era ser irritante mesmo?
— Você é nojento, . Sai da minha vida — grunhiu, ao ver o jeito que o rapaz lhe encarava. Então se enrolou de qualquer jeito e voltou correndo para o quarto. Nem pensou na luz que não havia religado, muito menos que minutos depois ele voltaria a lhe encher a paciência porque precisava usar seu chuveiro.
— Pelo amor da deusa! Você é burro ou só se faz? — resmungou, quando ouviu ele falar qualquer coisa que ela nem fez questão de entender.
— Você tá muito estressadinha, . É só um banho. — Riu, enquanto caminhava até o banheiro da moça.
— Vem cá, e por que você não foi ao banheiro de nossos pais? — arqueou uma sobrancelha para aquilo. Já havia conseguido ao menos se vestir antes que o rapaz voltasse a invadir seu quarto.
— Você sabe que minha mãe deixa o quarto trancado. Ela não confia em você. — Riu e deu de ombros.
— Nesse caso, você devia ouvir sua mãe. Qualquer hora dessas eu te mato dormindo, peste.
gargalhou daquilo e se trancou no banheiro.

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Um sorriso travesso se formou nos lábios de , então ela passou a língua lentamente pelo inferior enquanto encarava a tela à sua frente e brincava com a alça da blusa branca que usava, tão transparente que era possível ver o sutiã preto que usava por baixo. Ela até a abaixou, rindo ao fingir deixá-la escapar, então nem se preocupou em arrumá-la de volta, porque estava adorando as notificações de mensagem.
Levou uma das mãos até seus cabelos, os ergueu e expôs seu pescoço, se inclinou sobre a cama e balançou os quadris de um lado para o outro. O short que vestia era tão pequeno que mal cobria a bunda da moça, do jeito que ela adorava, e tinha certeza de que seus fiéis seguidores também aprovavam.
A música ecoava pelo cômodo, fazendo trilha para os movimentos da moça, que, agora virada de costas para a câmera, ficava quase de quatro sobre a cama. Por mais que o ar-condicionado de seu quarto estivesse ligado, ela sentia um calor absurdo percorrer seu corpo, mas provocaria só mais um pouquinho antes de tirar alguma peça de roupa.
Se endireitando, voltou a virar para frente, levou o polegar da mão esquerda até a boca e o chupou devagar, seu olhar faiscando na direção do computador, como se ali, na verdade, estivesse a pessoa mais sexy que ela havia conhecido.
I hope you like the view — cantarolou um trecho da música que tocava, então se aproximou para ler alguns dos comentários que chegavam. Não eram muito diferentes uns dos outros. Em meio a eles, algumas contribuições lhe garantiam uma renda além da remunerada pelo site.
— Vocês estão incríveis como sempre, meus meninos. Será que devo brindar a isso? Ou melhor, tirar essa blusa aqui? Tá quente aqui, vocês nem imaginam. — Até puxou um pouco da peça e deixou um pedaço de sua barriga à mostra.
Se ela dissesse que não gostava da quantidade absurda de elogios que recebia, estaria mentindo descaradamente. Talvez a maioria das pessoas achasse que eram comentários de péssimo nível, mas ela não encarava dessa forma. Seu ego ia lá em cima e talvez o negócio todo da faculdade fosse uma desculpa para continuar com aqueles vídeos e transmissões ao vivo.
— Hoje eu também estou generosa. — Sorriu de canto, então puxou a blusa para cima, tirou de seu corpo e jogou a peça em qualquer lugar de seu quarto. Se moveu no ritmo da música, sabendo que suas investidas em ser sensual estavam dando certo.
Logo o short curtíssimo de acompanhou a blusa e, usando apenas a lingerie preta rendada, ela resolveu dar mais uma espiadinha nos comentários.
Não soube exatamente o porquê, mas um deles lhe chamou a atenção.

“HunterD: Estou em dúvida no que acho mais enlouquecedor em você. Se são os olhos ou esse sorriso travesso”.

Analisando o conteúdo, na verdade, ela percebeu o motivo. Normalmente, os caras falavam de seus peitos, no quanto queriam vê-la se masturbar, ou se ofereciam para transar com ela. Aquele ali estava soando quase poético.
— HunterD, tem algo que eu possa fazer para te ajudar a decidir? — respondeu, lendo rapidamente outras mensagens, porém ignorou seus conteúdos.

“HunterD: Consigo pensar em uma coisa, ou até duas, mas talvez o dilema só aumente. Está mesmo disposta a me ajudar?”

Deu risada da resposta dele. Se sentiu subitamente nervosa e tentou recobrar o juízo, porque era ridículo. Não podia flertar com um cliente, ela nem sabia a aparência do cara. Vai que era algum psicopata.
— E não é para isso que eu estou aqui? — Piscou em direção à câmera. — Whose the topic of your conversation? I am — cantarolou e voltou a dançar, girou pelo cômodo e rebolou lentamente, enquanto passeava com suas mãos delicadas desde seu colo até a barriga. Tocou a lateral de seus quadris e enroscou os dedos no elástico da calcinha. Brincou, ameaçando puxá-la, mas apenas a fez estalar contra sua pele.
Estava mais afastada do computador, mas ainda assim conseguiu identificar a resposta do admirador.

“HunterD: Se existe uma outra definição de perfeição que não seja você, eu desconheço”.

E, após as palavras, seguia uma mensagem informando que HunterD havia lhe presenteado com 100 dólares.
Sua expressão não foi contida dessa vez e ela olhou surpresa para a tela.
— É sério, HunterD? Minha nossa, muito obrigada! Acaba de fazer o meu dia! — Ela estava tão animada que poderia sair pulando por ali. Quem era aquele cliente? De repente, ela queria muito conhecê-lo, não pelo dinheiro que pagou, mas pelas palavras dele.

“HunterD: E você alegre desse jeito acaba de fazer o meu. Aproveite o presente”.

Droga, por que ele tinha que ser gentil daquele jeito? Ela não conseguiria se segurar. Talvez fosse louca, mas nem ligava de qualquer forma.
— Sinto que devo recompensar. Me passe o seu e-mail.
Obviamente, os outros clientes estavam em um grande alvoroço. Houve outras contribuições, e nunca havia faturado tanto antes de propriamente tirar suas roupas.
Ela não via a hora de acabar aquela transmissão. Mal conseguia se conter de curiosidade para saber mais sobre o tal HunterD, mas, ao mesmo tempo, tentava manter os pés no chão, já que não sabia mesmo quem estava do outro lado da tela.
Será que ela conseguiria ao menos uma dica?
E se ele fosse casado?
Um velho tarado?
Um assassino em série?
Droga, ela havia lido tanto sobre Jack, O Estripador e Ted Bundy, mas ainda assim cometeria uma loucura como aquela.
Precisou se conter para não soltar o bendito nickname de HunterD enquanto suas mãos se ocupavam massageando seu clitóris, e o orgasmo veio com uma intensidade gritante que a fez morder os lábios com força para não chamar muita atenção.
Despediu-se de seus clientes com um sorriso satisfeito e tratou de correr para o banheiro tomar outro banho para acalmar o calor. Provavelmente era ele que estava lhe deixando louca daquele jeito.
Resolveu que não ia se vestir muito, uma camiseta folgada e uma calcinha eram o suficiente, já que estava praticamente sozinha em casa, se não fosse pela presença de . A moça sempre escolhia horários estratégicos para fazer seus vídeos e transmissões. Não fazia segredo de seu trabalho, no entanto também nunca havia contado e não seria nada legal um flagrante.
Ouviu uma movimentação no quarto ao lado do seu quando suas músicas pararam de tocar e revirou os olhos, se aproximou da parede e a socou.
— Não sei o que você tá fazendo aí, mas tem gente aqui tentando estudar, ! — berrou, sem se importar pela mentira e, na verdade, o barulho não estava incomodando em nada, ela só queria implicar com o irmão postiço mesmo.
— Não sabia que você estudava com música alta, . Dá um tempo. — O ouviu resmungar.
— Morre que eu dou — retrucou e deu play, repetindo a música, sentindo que algumas partes da letra se encaixavam perfeitamente ao momento.

HunterD havia passado seu e-mail de prontidão para a moça, mas ela não enviaria nada para ele de imediato. Por isso, resolveu que só o faria no dia seguinte, caso sua consciência ainda estivesse ausente. Desligou o som quando a música acabou pela milésima vez e ponderou se devia assistir algo na Netflix.

Você recebeu um novo e-mail.

Havia acabado de resolver vasculhar suas redes sociais quando recebeu a notificação e a abriu sem muita surpresa, já que recebia e-mails o tempo todo.

“Eu acabei de te ver, mas preciso de mais – HunterD”.

Como ele havia descoberto o e-mail dela? não havia deixado escrito em lugar algum que se lembrasse.

“Como você descobriu meu e-mail?”

Foi inevitável que não perguntasse.

“Bruxaria. Estou em meu último ano de Hogwarts. Sonserina, com orgulho”.

soltou uma gargalhada alta com a resposta que recebeu.

“Nesse caso, vou querer aprender essa sua magia. Sonserina, sim!”

Não podia flertar com ele, não podia flertar com ele, não…
Franziu o cenho. Talvez fosse coincidência demais ela ouvir a risada de quase ecoar a sua do outro cômodo.

“Estava pensando em como poderia te presentear, HunterD.”

“Você não precisa fazer isso. Não te dei nada pensando em receber algo em troca”.

Aquilo a deixou confusa. O intuito do site não era pagar para vê-la tirando a roupa?

“Ah, não? E por que fez isso, então? Não estávamos em um site de troca mútua?”

Arqueou uma sobrancelha, balançando a cabeça em negação em seguida ao perceber que estava realmente fazendo aquilo, como se estivessem conversando pessoalmente. Talvez ela estivesse maluca mesmo.

“Só quis ver o seu sorriso um pouco mais.”

Era o quê?
De onde aquele cara havia surgido?

“Meu sorriso e meus peitos, pode falar a verdade”.

Deu risada mais uma vez, e mais uma vez ouviu fazer o mesmo de seu quarto.
Que droga aquele rapaz estava fazendo?
Era zoação com a sua cara ou…
Estreitou os olhos.
Era ele o HunterD? Não podia ser, não…
O que ele fazia em um site daqueles?
— O óbvio, — resmungou, para si mesma.

“Eu não vou mentir. Gosto muito dos seus peitos.”

Com uma ideia na cabeça, levantou rapidamente e pegou o celular em mãos. Correu até o quarto de e parou encostada do lado de fora da porta fechada.

“Gosta mesmo? Quer vê-los de novo? Acho que você vai gostar de uma sessão privada”.

A exclamação de “puta que pariu” vinda do quarto de deixou claro o que já estava reluzente.
Então a forma como HunterD escrevia também se tornou bastante óbvia para ela, o que fez a moça se sentir burra por não ter percebido aquilo antes.
E por que ela continuava mandando coisas a ele, mesmo sabendo que o cliente generoso era na verdade o filho insuportável de Margot?
Vamos lá, ele era um gostoso, por mais irritante que fosse. E, sim, ela havia se imaginado sentando naquela cara linda dele de várias formas, isso até ele abrir a boca e implicar com ela por respirarem o mesmo ar.

“Não consigo nem pensar em algo melhor que isso.”

O sorriso malicioso de teria entregado a moça completamente se eles estivessem em um mesmo cômodo.

“Ah, mas eu consigo. Se eu puder ver você, com toda certeza nós nos divertiremos muito mais”.

demorou para responder aquela mensagem.

“Eu gostaria mesmo, e tenho certeza de que nos divertiríamos. Infelizmente, minha webcam não está funcionando.”

Aquela havia sido a desculpa mais esfarrapada de todas.

“Não está, é? E se eu te dissesse que não acho que ver meu admirador por uma tela seria o suficiente?”

“Seu pai nunca te ensinou a não sair com estranhos da internet?”

Sabia que era ele, não lhe restaram dúvidas.

“E a sua mãe nunca te ensinou a inventar uma desculpa menos esfarrapada que essa da webcam? Mentir é feio.”

engoliu em seco ao ler aquela resposta. Ela havia o descoberto?
Talvez fosse apenas coincidência ou…

“Vai demorar quantas horas para abrir a porta,
?”

Sim. Ela havia o descoberto.
Levantando em um salto, foi até a porta e encontrou uma lhe sorrindo com malícia quando a abriu.
— Eu deveria fazer picadinho de seu pau por isso. — A voz dela, no entanto, não era a de quem faria algo sanguinário com o rapaz.
A julgar pelo olhar de , o analisando de cima a baixo e parando no baixo ventre, onde ele abrigava o início de uma ereção só de conversar com a moça, ela tinha um rumo bem mais interessante para .
— Mas não vai fazer isso — ele retrucou, arqueou uma sobrancelha e passou a língua por seus lábios.
— Ainda não.
Ao sentir quebrar a distância que havia entre eles, a moça não hesitou em puxá-lo pelo colarinho da camiseta e iniciar um beijo ardente, revertendo cada momento de raiva que havia passado com ele em um desejo enlouquecedor.
a abraçou pela cintura sem pestanejar, grudou o corpo da moça no seu e a puxou para dentro do quarto, fechou a porta e prensou contra ela.
Grunhidos escapavam de ambas as bocas, como se fosse aquilo que quisessem fazer desde a primeira vez em que se viram. levava suas mãos até a nuca do rapaz, o arranhava e adorava sentir o corpo dele sacudir em arrepios. O gesto o instigava mais e, por alguns segundos, ele encerrou o beijo, encarou os lábios vermelhos da moça e achou aquela cena tão sexy que mordeu a própria boca.
— Você gosta, ? Gosta do que vê? — o viu afirmar positivamente. — Não te ouvi — provocou mais.
— Gosto, e muito — admitiu, fazendo a moça sorrir, e, antes que pudesse voltar a beijá-la, o empurrou até que o rapaz caísse deitado em sua cama.
Os olhos dele brilharam de expectativa quando ela parou diante dele e se posicionou entre suas penas.
— Há quanto tempo você me assiste, ? — questionou e se moveu como alguma música tocasse. Passou as mãos pelo próprio corpo e o acariciou sensualmente, enquanto mantinha contato visual.
— Eu… algumas semanas. — Pensou em negar, mas não conseguiu.
— Me mostra. — Ela sorriu de canto quando puxou um pouco a camiseta para cima.
se embasbacou na própria fala, sem saber se prestava atenção nas palavras ou nos gestos de .
— Mostrar o quê? — murmurou, confuso.
— Quero que mostre como me assiste, . O que você faz, HunterD? — O instigou com o nickname.
Sem dar tempo para que o rapaz respondesse, puxou sua camiseta para cima de vez e nem olhou para onde a jogava, expondo os peitos que o rapaz havia deixado claro gostar até demais.
Usando apenas uma minúscula calcinha vermelha, ela acariciou seus peitos com as duas mãos, brincou com o bico de um deles e mordeu a própria boca antes de então seguir por seu ventre e ameaçar adentrar a calcinha.
Hipnotizado pela cena, quase não conseguiu reagir e fazer o que havia pedido.
Num movimento repentino, o rapaz fez questão de tirar a camiseta e abrir a braguilha da calça, se livrou das peças e continuou encarando os movimentos de cheio de desejo. A mão de adentrou a cueca boxe e ele começou a se acariciar com movimentos de vai e vem em seu pau.
Com os olhos fixos no que fazia, passou a acariciar sua boceta por cima do tecido da calcinha, soltou gemidinhos baixos e só puxou a peça para o lado para um maior contato quando ele empurrou a cueca para baixo e deixou à mostra seu pau.
— Droga, como você é gostoso, — ela resmungou e se segurou para não parar o que fazia e avançar em cima dele.
— Não mais do que você, — respondeu e a fez rir meio rouca.
parou o que fazia para se movimentar novamente, enroscou os dedos no elástico de sua calcinha e então a puxou para baixo, se livrando da peça para permitir que a contemplasse nua.
O rapaz não se conteve e a puxou para si. A beijou com ainda mais fervor, enroscando sua língua na dela, e desceu os beijos pelo pescoço de .
As mãos dele se encheram com os seios dela e a moça quase quis gritar de tesão ao senti-lo esfregar e beliscar os bicos. Quando sentiu a língua dele tocar a mesma região, grunhidos mais altos escaparam.
inverteu as posições e fez com que caísse sob a cama só para que ele pudesse apreciar aquela mulher deliciosa.
A boca dele passou por toda a extensão do corpo da mulher e a lançou um sorriso arteiro quando parou próximo à virilha da moça, não hesitando em se colocar entre as pernas da mulher e sentir como era o gosto da boceta dela.
Sua língua passou a fazer movimentos circulares em seu clítoris, adorando sentir como ela se contorcia enquanto ele segurava suas pernas abertas. estava tão quente e pronta para ele que precisou se conter para não a foder de uma vez. Foi chupando a moça com vontade, explorou toda extensão de sua vulva sem deixar de encarar as reações da moça, que estremecia cada vez mais, mordia seus lábios, deixava gemidos escaparem e segurava nos cabelos de com força, os puxando sem dó.
Quando ela sentiu os dedos dele lhe penetrarem foi quase como se suas entranhas se revirassem de prazer e ela soltou um gemido mais alto. Suas pernas contraíram com mais intensidade e o rapaz aumentou o ritmo de seus movimentos a um ponto em que a moça não conseguiu mais se conter e explodiu em um delicioso orgasmo que lhe deixou momentaneamente de pernas bambas.
espalhou beijos lânguidos no interior das coxas de , que enroscou as unhas entre os cabelos dele e o puxou pela nuca para que suas bocas voltassem a se encontrar em mais um beijo ávido.
fez voltar a deitar na cama, montou sobre o colo dele e abriu um sorriso tão travesso quanto o que ele havia feito antes ao rebolar devagar sobre seu pau. soltou um gemido rouco e levou suas mãos até a cintura dela, apertando com força, já desesperado para que ela parasse com aquela provocação. riu e se movimentou mais uma vez, e outra, esfregou sua boceta nele com gosto e pressionou seus lábios fortemente, porque, por mais que o intuito fosse deixá-lo maluco, ela sentia seu corpo responder aos movimentos. Era gostoso demais se esfregar nele e sentir o quanto ele a desejava, quanto estava duro em sua entrada.
… — ele suplicou.
— Hum? — Foi a resposta dela, enquanto se inclinava para lamber o lóbulo da orelha do rapaz.
— Por favor… — Tentou novamente. Sabia que era de propósito.
— Por favor o quê? — Pirraçar nunca havia sido tão gostoso.
— Eu não aguento mais. — E antes que ela levasse adiante aquela brincadeira, desceu suas mãos até a bunda de , a apertou e a fez se encaixar nele.
A sensação de estar dentro dela era indescritível. Por mais clichê que aquilo fosse, desejava aquela moça desde a primeira vez em que a viu. Adorava implicar com ela, porque suas reações lhe deixavam doido, e descobrir os vídeos que ela fazia apenas alimentou ainda mais aquilo que ele chamava de intensa atração.
Ele não conteve o gemido que ecoou de sua garganta, assim como não controlou a força em que as próximas estocadas vieram, intensas, firmes, enquanto ela se movimentava sobre e se fundia cada vez mais a ele.
sentia seu corpo vibrar de prazer, estava adorando a vontade com que o rapaz a tocava e apertava cada centímetro de seu corpo, o trazendo para ele enquanto guiava cada movimento de vai e vem dela sobre si.
A cada estocada, ele ia mais fundo e atingia pontos que a faziam enlouquecer e gemer mais alto. Sentia seus cabelos grudando em suas costas, o suor correndo em seus corpos e uma vontade de rir ao mesmo tempo em que o prazer o enlouquecia.
Fincou suas unhas nas costas do rapaz, sem se importar se marcas seriam deixadas, e grunhiu alto em aprovação ao gesto, sentindo o prazer aumentar intensamente.
Suas bocas se uniram mais uma vez e um beijo seguiu, se interrompendo diversas vezes para que gemidos ecoassem. O fôlego se esvaía aos poucos, mas a cada sensação de prazer era como se este se renovasse ao mesmo tempo.
Ao sugar o lábio inferior de , desfez o beijo e desmontou do colo dele, sentindo falta imediata de tê-lo dentro de si. Colocou-se de quatro sobre a cama, com sua bunda empinada para ele e um sorriso sacana nos lábios.
— Toda sua, HunterD. — Se aquilo era possível, sentiu o desejo por aquela mulher aumentar ainda mais.
Ele não hesitou em se colocar sobre ela e penetrar com gosto. A posição o favorecia e seu pau estocava cada vez mais fundo.
segurou nos cabelos de e a puxou para beijá-la, se contentando em espalhar selinhos por seu rosto enquanto voltava a estocar dentro dela. Aumentou cada vez mais a intensidade, sentiu seu quadril se chocar com o dela e ouviu os gemidos de ecoarem cada vez mais intensos, ritmados, como uma deliciosa sinfonia.
Com a mão livre, ele apertou a bunda dela com vontade, então a abriu para que pudesse ver seu pau entrando a cada estocada na boceta encharcada de . Ela gemeu mais alto e começou a rebolar, o que deixava tudo cada vez mais gostoso, e, daquele jeito, não aguentaria mais tanto tempo.
Ao perceber o estado de , fez questão de intensificar ainda mais seus movimentos. Entrou e saiu com velocidade, estocou mais fundo, forte, de um jeito tão delicioso e enlouquecedor que a moça gemeu sofregamente, suas pernas amoleceram e seus quadris contraíram violentamente quando o segundo orgasmo a atingiu.
Ela fez o melhor que pôde para se manter na mesma posição, já que seu corpo estava entorpecido pelo prazer. continuou estocando numa velocidade incrível, e ela sabia que não faltaria muito para que seu ápice também chegasse.
— Quero que goze nos meus peitos, . — Ela soou tão sexy que ele nem cogitou negar.
Deu mais algumas estocadas, apertando a bunda de com força, então tirou seu pau de dentro dela rapidamente, viu a moça se virar pra ele e fez movimentos intensos de vai e vem sobre seu pau ao senti o gozo vindo. Grunhiu alto, o prazer lhe deixou zonzo, enquanto seu ápice se derramava sobre os peitos da moça.
Precisou se apoiar sobre ela para não desmoronar, suas respirações irregulares era tudo que se ouvia por alguns minutos e risadinhas cúmplices se seguiram.
, você acabou comigo. — O comentário fez a moça gargalhar.
— Ah, querido, eu mal comecei. — Piscou para o rapaz e se levantando da cama, porque precisava logo tomar um banho antes que os pais dos dois chegassem ali e os vissem naquela situação.
— Aonde você vai? — ficou atordoado.
— Tomar banho, é claro. — Riu dele novamente.
— Meu chuveiro queimou, lembra? Vou com você. — Ele se levantou também, mas o parou.
— É claro que não vai. Meu chuveiro funciona, querido. Se vire. — Piscou travessa e então saiu correndo.
— Desgraça, você me paga.


Fim.


Nota da autora: Nossa, esses dois acabaram comigo, viu. Espero que vocês tenham gostado!

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