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Codificada por: Saturno 🪐

Última Atualização: 06/09/2024.

Os encontros passaram a ser propositais, ele ia em todos os lugares que tinha a certeza que estaria lá. Hábito de falar que era apenas uma caminhada rotineira como desculpa para todos, passou a ser um vício.
Não tinha um dia da semana que conseguia ajustar todos seus compromissos só para vê-la andar pelas ruas olhando as novas tendências que Birmingham tinha a oferecer, ou apenas andar para tirar o tédio que estava no quarto de hotel. Naquele começo do anoitecer, que sempre ficava em uma loja do outro lado da rua — e de frente — do The Garrison, por um longo tempo saiu deixando seu casaco marinho para trás e Shelby se questionando o que ela planejava para aquelas horas.
Da mesa onde ele estava, ficava monitorando toda a movimentação da loja à frente. Com a bebida no copo e ignorando todos que tentavam entrar em assuntos de negócios naquele momento, ele interagia sim, não podia deixar que percebessem que seu verdadeiro motivo era uma mulher no restaurante à frente.
que sempre passava cerca de duas horas lá dentro escrevendo ou apenas comendo lentamente e apreciando a música local, saiu sem ao menos agradecer a garçonete, deixou o dinheiro em cima da mesa junto do seu casaco marinho pendurando na cadeira; ele estranhou, olhou através da janela confuso com a atitude dela, não era de se fazer isso.
Thomas se levantou rapidamente deixando o copo de bebida ainda cheio, colocando o casado e a boina e deixando um dos homens com quem conversava sem entender o motivo daquela mudança de comportamento repentina. Ele a seguiu o mais rápido que pode e discreto.
entrou em um casarão vazio. Olhando de fora, quem era novo naquele bairro não teria a informação de que era um pequeno teatro abandonado, onde tudo se mantinha muito bem conservado porém desativado. A mulher andou até o palco e tirou o tecido branco que cobria o piano preto de cauda. Passou ao lado dele tocando cada parte do instrumento, sentou-se à frente dele e tocou algumas notas, seu coração se acalmava ali com o soar das notas, seus olhos eram mantidos fechados a cada melodia que tocava.
Uma parte dela se acalmava e se conectava com ela mais uma vez. não havia percebido que ele estava ali, saiu tão centrada no que queria fazer que realmente não sentiu a presença dele no começo das cadeiras.
Os aplausos ecoaram por todo o teatro, assustando ela e claro chamando a atenção para Thomas.
— Está aqui desde que momento?
— Desde que você entrou.
Estava tentando lembrar se tinha mais alguém ali quando entrou. Mas, não havia ninguém, ela sabia muito bem que a chave estava apenas com ela e isso a fez sentir medo.
— Me seguiu. — suspirou. — Não tem mais nada para fazer?
— Não. Você quer que eu faça algo? Ou está escondendo algo?
Ela suspirou pesado, como ele deixava sem postura, justamente ela.
— Não, para as duas perguntas. — se levantou. — Eu estou de saída.
— Não, continue. — sentou-se em uma das cadeiras mais próximas — toque mais uma para mim. — memórias similares compareceram.
— Agradeço por me admirar, mas eu não faço as vontades dos homens, só por aqueles que estou atraída.
Aquelas palavras mexeu com Thomas, umas milhares de perguntas se passavam pela sua cabeça naquele momento. Então resolveu se levantar e ir até ela, já que a mesma permaneceu parada na frente do piano.
— Conhece o dono desse lugar?
— Não conheço. Pretende trazer seu trabalho pra cá? Comprar esse velho teatro?
— Hm.
Ela o ignorou e desceu pela escadinha lateral do palco com um pouco de pressa, e só quando a brisa gélido passou pela porta se deu conta que estava sem seu casaco. Só estava com a chave, pois havia pego a bolsa antes de sair e a mesma ela tinha jogado em uma das cadeiras da primeira fileira. Seu corpo arrepiou todo, passou suas mãos em seus braços para aquecer.
, onde você conseguiu a chave?
— Que chave?
Thomas a olhou enquanto encostava no palco. Colocou as mãos nos bolsos e apenas esperou ela fazer.
— Thomas. — estava frente a frente, tinha colocado de volta sua bolsa na cadeira. — Se eu ao menos soubesse de quem pertencia esse teatro eu teria comprado só pelo tédio que estou passando aqui.
Suas palavras saíram tão convictas que Thomas quase acreditou nela, entretanto um pequeno detalhe chamou a atenção dele, sua herança era o suficiente para o teatro? E ao mesmo tempo se lembrou de uma das conversas que eles tiveram.
— Agora se me der licença. — pegou a bolsa. — Acho que sua mulher não vai ficar tão feliz em que o senhor Shelby está seguindo outra mulher.
— Você sabia?
— Sempre, todos os dias, faz o que... Um mês quase? Ou mais já não sei. Eu realmente me pergunto qual a sua desculpa para Lizzie.
Elas se conheceram numa bela tarde em uma das lojas mais bem frequentadas, na verdade, Lizzie entrou apenas para conhecer a nova mulher que andava pelas ruas de Birmingham.
— Não preciso falar para ninguém os locais que frequento.
— Porém está me dando informações de como você age, tudo bem faz sentido.
Riu do que pensou, queria ter falado mais um pouquinho, mas sua mãe a educou muito bem e também não podia esquecer que sua passagem nas terras Inglesas era breve. não iria dar mais atenção para aquela conversa que não fazia sentido nenhum, a essa hora Helga estava a esperando para ver os vestidos... de noiva.
— Obrigada por me idolatrar, senhor Shelby. — sorriu. — e espero que consiga comprar o teatro.
— Leva, depois você me devolve.
Já tinha tirado o sobretudo, só estava esperando ela pegar.
— Agradeço, mas realmente não estou com vontade que me vejam usado a roupa de um homem casado.
Seus olhos azuis estavam mais intensos naquele frio, sentiu a vontade de ficar ali por um segundo a mais antes de estender a mão e segurar o sobretudo dele. Se conter para não vestir e sentir o cheiro do perfume dele, lembrava tão bem uma fragrância familiar com couro preto, e aquele olhar azuis para ela. Haveria lógica em assumir para si mesmo que talvez pudesse estar sentindo sentimentos por outro homem?
— Me devolve aqui, amanhã.
— Não vai ser preciso.
Colocou na cadeira e deu apenas um passo para trás.
Desejo proibido, sentimentos errados, ele casado desejando outra mulher que não sabia o sobrenome; com o casamento marcado em Paris e mesmo assim não conseguia dormir sem ao menos imaginar o toque de Thomas em seu corpo.
O vento soprou novamente a fazendo ficar com mais frio e sem importar ele não iria oferecer o sobretudo outra vez, apenas se aproximou e pegou o mesmo sobre a cadeira. A fragrância suave, delicada e marcante de flor de íris que exalava o deixou atordoado.
A pequena inclinação que ele fez apenas para pegar a peça de roupa, fez Thomas ficar mais perto dela, poucos centímetros que ele se recusou a se distanciar.
Se olhavam mantendo a respiração controlada, deixando o tentar deles que estava tudo certo. Mais uma vez o vento entrou pela porta, porém dessa vez fazendo a porta bater e assustar os dois — que se assustou mais, deu um pequeno pulinho. Ela olhou para trás por instinto e depois voltou seu olhar para o homem que estava mais perto. Se já estavam lá e a ocasião estava dando muita oportunidade, por que não aproveitar?
Shelby colocou sua mão no pescoço de e a beijou com todo desejo que sentiu desde que ela chamou sua atenção. Seus beijos desceram para o pescoço, deixando cada uma lentamente e sentindo o compasso da respiração da mulher aumentar conforme ia deixando os beijos. segurou o braço dele numa tentativa de chamar a atenção dele.
Olhar diretamente para aqueles olhos azuis, era como olhar para o fogo. Sentiu seu corpo todo esquentar mais ainda ao ver o que ele a desejava com todo prazer.
— Algum problema? — sua voz saiu arrastada e rouca.
Sim, havia vários.
— Não. — umedeceu os lábios. — Continua.
As mãos de Tommy passaram pela cintura de até entrelaçar seus dedos na mão dela e caminhou até o palco colocando de frente para ele.
Mordiscou seu lábio inferior para ele enquanto soltava o coque e em seguida apoiou suas mãos do palco inclinando sua cabeça para trás. Shelby voltou a beijar com sua paixão cheia de fogo, queimando para senti-la sem roupa junto ao seu corpo. Passeando sua mão pelo corpo, Tommy procurava pelo fecho do vestido enquanto massageava o peito por cima do tecido.
— Não tem.
A ouviu falar mas não deu tanta atenção, na verdade ele não estava raciocinando e também pensando naquele instante. conduziu as mãos dele para baixo e assim puxou o vestido.
— Não há fecho. — desta vez, falou olhando nos olhos dele para compreender.
colocou o vestido ao lado do palco quando sentiu passar por seus braços; não estava tão fácil se concentrar para desabotoar a social que ele estava usando, no mesmo momento em que Shelby estava em seus peitos.
Arranhou sutilmente as costas de Tommy enquanto ele descia até sua intimidade. Seus olhos o acompanhavam até a melhor sensação explodir e eles perderem o contato visual e apoiar seu corpo no palco. A língua de Tommy passava lentamente pelo clitóris e os lábios. Os gemidos escovam pelo teatro junto do pedido dela para ele não parar, apenas ir mais rápido e mais rápido. Ele soube que ela estava quase gozando — em sua mão — e parou bruscamente, seus olhares se encontram depois de um tempo, não reprovou o ato dele nem mesmo reclamou, estava deixando ele fazer o que bem queria com ela.
A mão de soltou o cabelo de Thomas e ele se levantou, estavam tão frente a frente, colados, suados, quentes.
Seus pensamentos de todas as noites onde imaginava ele entre suas pernas em milhares de posições estavam silenciados naquele segundo, nem pensou que tudo podia acabar ali, apenas num oral e ele ir embora.
Thomas enxugou os lábios e a beijou bem breve, tirando o foco dela para a primeira estocada.
Ela gemeu seu nome entre seus lábios e apertou o ombro dele com suas unhas. Quente, apertada e gostosa, ele estava em seus delírios, mas ousados de um longo tempo.
Colocando a perna dela em sua cintura e a segurando para entrar melhor, se segurava nos ombros que em alguns momentos estava o mordendo e beijando.
o empurrou enquanto sentiu sua perna ser solta por Thomas. Com um impulso subiu no palco e caminhou retirando seus saltos; debruçou sobre a cauda do piano e o esperou com um dos sorrisos mais filho da puta que tinha.
Chamas quentes, tão quentes, vinha dos olhares azuis de Thomas que a segurava com força em sua cintura, apertando-a com força; seus dedos desceram para seu clitóris, se tocaria sentindo o pau dele entrar cada vez mais forte e rápido. O que poderia lhe garantir que aquela áurea de queimaria tanto ao encostar seus dedos no corpo, agora era ele que a dedilhava e mantinha o ritmo perfeito.
— Senta em mim. — não sou nem um pouco como um pedido.
Sentando no banco do pianista, Thomas esperou por ela. apoiou nos ombros dele, segurou o pau e sentou-se bem devagar, rebolou devagar, cavalgava devagar e aos poucos aumentava o ritmo. Colocou suas mãos em cima das teclas do piano soando a mais incompreensível melodia, à medida que foi mudando para os gemidos deles, repercutindo pelos quatro quantos do teatro, aquela sentada apenas na cabeça está deixando ele anestesiado, não queria gozar ainda.
— Para... Para.
Apenas riu.
— Achei que daria conta, você sempre dá conta de tudo não? Vamos terminar no chão.
Thomas só concordou com a cabeça. Uma pequena arrumada e ele estava deitado no piso de madeira vendo peitos dela balançarem a cada sentada rápida dela, sem ao menos se preocupar quando eles iriam gozar.
Os olhos azuis, azuis como chama do fogo mais intenso estávamos nela, em seu corpo, o mesmo que tinha as mãos apertarem ele, cada parte, seus peitos, pescoço e a cintura, mais e mais forte.
Agora com as mãos apoiando no tórax dele e Tommy com as mãos na cintura dela, decidiu que só pararia ao sentir que ele iria gozar nela; voltou a sentar e alterar para os rebolados na cabeça do pau, mais intenso, mais prazeroso.
Prestes a gozar ele a puxou para cima tirando de cima dele e colocando com cuidado ao lado dele.
Seus corpos estavam cansados, ficaram deitados sobre o lençol do piano por um tempo e depois se vestiram.
— Você volta amanhã? — Tommy acariciou o rosto dela alternando para o cabelo.
— Venho, porém mais tarde.
— Estarei te esperando. — a beijo com desejo. — Estou indo, até amanhã.
— Até amanhã senhor Shelby.
Nenhum dos cônjuges saberia daquele começo de noite e nem das outras, era errado, mas tão gostoso que aquele teatro escutou os gemidos deles por umas longas semanas até ela ir embora depois da festa que seria convidada.


FIM


Nota da autora: Oi, Leitora!
Pra quem não sabe eu sou muito apaixonada por Thomas Shelby, não é primeira fic dele e não será a última! Mas para quem ficou curiosa para saber da festa que ela foi convidada é só dar uma passadinha em “Writer in the Dark”. E desculpa faz anos que não faço cenas de sexo e acho que to beeem enferrujada.
Espero que tenham gostado da shorfic. ❤
"Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo" – Alanzoka. ❤
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