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━Autora Independente do Cosmos.
Encerrada ✔️

— E aí? — disse a voz em seus ouvidos.
Taeyong abriu os olhos, sem emoção. O cenário da vez consistia em um pátio externo e muito verde, com arbustos da altura de seu peito e estrelas quadradas. Existiam duas luas, dispostas uma de cada lado do céu, enquanto este alternava sua cor entre rosa e amarelo, como um eterno fim de tarde. A brisa tinha cheiro de terra molhada, um cheiro de algo vivo e real.
Ele sabia o que significava. Aquele lugar não tinha absolutamente nada de real.
Mesmo assim, ele não se desprendia imediatamente da fantasia toda vez que era colocado nela. Lá fora, quando estava acordado e zanzando debilmente pela caixa branca e opaca, ele sentia uma ira e uma culpa que lhe apertavam o peito, vindas de lugar nenhum, tomando seu consciente em um estado de tortura. Quando estava na fantasia, todas as lembranças do mundo exterior iam embora, sem explicação. Aqui, tudo o que existia era paz e sossego, e todos os sentimentos que moravam há quilômetros de distância de tudo que parecia minimamente mal ou desconfortável.
Era o lugar onde ela sempre estava.
A coisa mais frustrante em relação à situação dos cenários fantasiosos era que Taeyong não conseguia controlá-los. Se pudesse, já teria imaginado sua casa nos arredores de Gangnam, os primeiros raios de sol invadindo a cama pelas janelas amplas e largas, onde ele dormia com ela aninhada em seu peito. Era simplista e clichê, mas parecia ser mais perfeito do que vê-la em cima de cabanas na água ou debaixo de árvores de algodão doce.
Agora, ela se aproximava pela estrada de areias escuras, com seus pés descalços e o mesmo vestido branco manchado de vermelho. Desta vez, a faísca escarlate passava pelo abdômen e subia até seus ombros, como uma fita externa do figurino. Nem uma única parcela de pele escapava do vermelho. Era como se já fizesse parte de seu próprio corpo.
— O que tanto você está olhando hoje? — ela perguntou quando estava perto o suficiente do rapaz.
Ele engoliu em seco e moveu os pés, desconcertado. As palavras que queria despejar não eram bem apropriadas para se dizer em voz alta sem um planejamento anterior.
— Você está bonita hoje — disse de forma branda e tranquila. Viu um sorriso singelo de canto nascer nos lábios dela.
— Sou um estado da matéria totalmente maleável, Taeyong. Eu sempre vou estar bonita.
— Não posso dizer que você está errada — levantou os ombros e, então, como em todos os outros dias, começou a caminhar lentamente pelo ambiente, sendo acompanhado por ela e seus passos incrivelmente leves e distintos, como se os visse mais do que ouvisse.
— Você perdeu muitos cenários que criei na semana passada — ela continuou, aproximando-se de seu ombro, o que era um alívio. Taeyong pensava constantemente que esqueceria gradativamente a sensação do calor que o corpo de outra pessoa ocupava no espaço — Por onde andou? Senti sua falta.
— Eu… Não sei direito — a voz de Taeyong não denotava emoção. Apesar disso, sua resposta foi sincera. Não havia como saber porque o termo “semana passada” remetia à ideia de tempo, e tempo era algo totalmente abstrato para quem não tinha mais memórias consistentes. O ontem era hoje, o hoje era ontem. Quando pisava naquele mundo fantástico, lembrava-se apenas dela e de que iria encontrá-la, e lembrava de seu próprio nome porque ela o repetia vez ou outra. Mas não sabia o que tinha do lado de fora - se é que existia um lado de fora.
Ela soltou uma risadinha.
— Você nunca sabe o que dizer quando volta — suspirou, fazendo um ruído com os pés que se assemelhava a uma raspadura sem entusiasmo, totalmente alheio à suas solas descalças — Vamos lá, Taeyong, o que vamos fazer hoje? Sair?
— Qual o seu conceito de sair?
— Sair da nossa caixa. Desencanar da fantasia.
Taeyong quase deu um salto quando o focinho frio de um cão em formato torto de android se enfiou em sua palma pendente. Ele não se lembrava da existência de outras coisas que se mexiam desse lado, mas a atitude fez com que um lapso em branco brilhasse em sua íris, como uma lembrança distante que mostrava a mesma garota ao seu lado brincando com um cão de verdade.
Sua cabeça doeu.
— Mas estamos na fantasia, não? — perguntou, com as sobrancelhas juntas — O mundo de verdade não tem duas luas e todo esse aspecto selvagem. Os vira-latas são de carne e osso também, e existem carros e essas coisas.
— Uau. — Ela parou de andar, abaixando-se na mesma altura do cachorro de lata — Você se lembra assim de todas as coisas do mundo real? Como não consegue se lembrar do principal? — seus dedos acariciaram as orelhas roídas da máquina sem nenhuma relutância, e a memória piscou novamente, mais forte. A imagem dela naquela mesma posição, sorrindo com alegria enquanto o animal pulava para receber mais atenção.
— O que seria o principal? — perguntou, ouvindo o cão latir metalicamente.
— Descobrir o que está fazendo aqui.
Ele pensou sobre a frase enquanto a garota agora se levantava e começava a se mover para frente de novo. Em algum ponto daquele caminho, encontrou algum espaço confortável o bastante para se sentar, uma elevação do solo que se parecia com um banco de praça totalmente feito de grama verde. Taeyong a acompanhou, dobrando os joelhos, que estavam expostos pelos rasgados na calça cargo camuflada, por motivos que ele desconhecia. Ele também usava uma camiseta gasta da Coca-Cola.
Por fim, seu rosto também parecia gasto, amarfanhado. O rosto de alguém que não dormia há dias.
— O que é isso na sua cabeça? — perguntou ela, apontando para o hematoma que se estendia desde a lateral da testa até a maçã do rosto, vermelho e inchado como uma galáxia. Taeyong levou os dedos até ele, mas não sentiu dor. Não sentiu absolutamente nada.
— Não sei — respondeu sinceramente. Não tinha como saber. Às vezes, ele sentia a ponte do nariz um pouco dolorida quando estava no mundo real, e mais flashes surgiam em sua cabeça, flashes estranhos que eram mais sentidos do que vistos, o tipo de coisa que o mostrava dor, muita dor.
Ele disse imediatamente:
— Quando vai embora comigo?
Ela não se moveu nem um centímetro com a pergunta. Apenas moveu um pouco mais os pés, que não tocavam o chão.
— Você sabe o que está falando? — disse com graça. Taeyong engoliu em seco.
— Eu sei. Tem algum jeito de sair daqui, caso contrário, você não notaria a minha falta.
— Ir embora daqui só vai piorar as coisas. Eu preciso estar aqui. Você também, de alguma forma. — Respondeu, virando a cabeça para o garoto — Ainda não descobriu o que está fazendo aqui, não é?
— Mas por que raios preciso descobrir uma coisa dessas? — ele jogou as pernas para o chão, segurando uma respiração pesada — Isso é o que, um sonho? Eu estou sonhando no mundo real? Ou esse é o mundo real? Você é fruto da minha imaginação ou uma pessoa de verdade? É alguma garota famosa que canta lá fora e me faz ter fantasias com você? Você não sabe que eu existo e por isso não pode ir embora comigo?
Para sempre. Ele queria dizer isso, mas não teve coragem. Não quer ir embora comigo para sempre?
— São muitas perguntas e todas elas estão erradas — o sorriso alegre se transformou em uma linha fina, contida. Taeyong quis se aproximar para testar se todo o calor que emanava dela tinha ido embora, mas algo naquela postura não o permitiu que fizesse isso. — Não vou embora para outro lugar. E não sou fruto da sua imaginação, sou uma pessoa de verdade. Eu aconteci. Mas o que você está sentindo por mim agora, não deveria estar acontecendo.
— Por que não? Acha que eu não sou capaz de aguentar uma rejeição? Que não sou capaz de...
— Não se trata de rejeição. Se trata de ilusão.
Em um segundo, aquela mesma linha de sorriso não havia desaparecido, mas tinha se transformado. O rosto dela, antes lindo e banhado pela luz cálida do ambiente, agora parecia escurecer, como se fosse alvo de um enxame de carvão. O vestido branco também se sujava com o vento fresco e a fita vermelha começava a aumentar. A testa acima da sobrancelha começava a tomar um leve tom arroxeado.
— Quero que você entenda que as coisas aconteceram como tinham que acontecer. Quando você fecha os olhos, vê esse mundo entulhado de formas porque o seu mundo real não tem forma nenhuma. Você me vê constantemente porque sou a última pessoa que viu lá fora.
Chega. Ele se levantou, um pouco assustado pela mudança da imagem dela, a transformação de seu rosto contente. De repente, pequenas gotas de chuva saracotearam alegremente em seus pés, como se uma tempestade estivesse subindo do chão para o céu. Um temporal invertido. Um mundo em cima de uma corda bamba.
— O q-que é isso? — a garganta se apertou em agonia. Um raio atravessou os céus, que agora se transmutavam em escuridão, como se ele estivesse agora em outro lugar, outro planeta — Você está dizendo que estou morto ou coisa assim?
Cansada, ela respondeu:
— Não. Você não está.
A faixa vermelha em seu vestido começou a se abrir, e a abrir mais até transbordar. Líquido vermelho começou a jorrar de seu peito, descendo até as areias escuras e condensando-se em volta de seus pés, puxando toda a atenção de Taeyong, que abriu a boca em um horror velado.
O que antes era um lapso, agora se tornava uma lembrança real, palpável e macabra. O ambiente se transformava naquela mesma avenida, muito longe de Seul, castigada pela tempestade violenta daquela noite, adornada com apenas uma placa torta de proibido estacionar e a única luz piscante de um poste em seus últimos minutos de vida.
Então, ela estava lá. A garota de vestido branco atravessando a rua, chegando ao mediano do asfalto e parando para brincar com um cão, ambos não se importando com a chuva torrencial que os atingia. Ambos não tinham como saber o que aconteceria.
O Camaro que surgiu a toda velocidade, a batida violenta que lançou aquele corpo frágil há quilômetros, o sangue que se misturava com a água da chuva, e os últimos segundos de consciência que não foram atendidos pelo motorista, que fugiu sem qualquer remorso.
Aquele carro era dele. Aquele cara que ria e gritava por trás do volante enquanto entornava outra grande garrafa de soju também era.
Taeyong reviu todas as cenas como um espectador fantasma.
Agora a voz dela estava por toda parte.
— Sabe por que você não pode sentir essas coisas por mim? Porque eu não existo para que você possa senti-los — disse ela, de algum lugar. Sua imagem se tornou nefasta, trêmula. O garoto soltou um gemido assustado, a boca entreaberta pelo choque, as pernas virando chumbo junto com os braços — E sabe por que não existo mais? Por sua culpa, Lee Taeyong. Você me tirou a existência, o futuro e qualquer mundo com apenas uma lua e fontes de água potável. Você me tirou tudo. — Ele não conseguia respirar. Não conseguia sentir nada além de medo — E é por isso que tudo está sendo tirado de você também, começando pela sua sanidade.
Taeyong afundou os joelhos no chão. A chuva era tão forte que parecia querer levá-lo junto. Junto com o sangue, junto com o corpo caído ao longe, com os braços e pernas tortos como uma boneca quebrada. O oxigênio lhe faltava, a vontade de fugir o fazia permanecer ainda mais imóvel.
— O que é isso? — sussurrou, movendo a cabeça rápido demais, buscando a aparição que agora tinha sumido. Ela não estava mais à sua frente. Em vez disso, o corpo de vestido branco ao longe começava a se mexer. Um terror absoluto cruzou cada célula de Taeyong — Q-quem é você? Isso não é possível… EI! — ele arrastou o corpo para trás. A pessoa puxava os próprios braços e pernas para que pudessem voltar ao lugar. O “crac” dos ossos sendo consertados era límpido. Taeyong sentiu um medo e angústia que esmurravam seu peito com brutalidade — O que está acontecendo… O que está fazendo?! PARA! PARA!
— Abra os olhos, Taeyong — a voz surgiu ao pé de seus ouvidos, irreal, doce e ácida ao mesmo tempo.
— Não… Não… — ele balançou a cabeça, a chuva arruinando sua visão, o corpo ainda se aproximando.
— Abra os olhos agora!



O corpo de Taeyong foi impulsionado para cima em um solavanco, como se recebesse uma injeção cruel de gás nos pulmões. Ele puxou o ar com força, e em seguida com mais força, até conseguir colocar a visão em foco e se atentar ao lugar em que estava.
Todos os sentimentos anteriores ainda estavam ali, atingindo-o como um soco, distanciando-se devagar. De repente, era como se sentisse tudo e nada ao mesmo tempo. E o novo lugar se parecia tão fictício quanto a distopia de antes.
A caixa branca não tinha janelas ou portas. A superfície onde estava deitado era metálica e servia de suporte para um fino colchão gasto de molas. Ao olhar para baixo, a vertigem tomou seu cérebro e ele se levantou correndo, as pernas ainda bambas e fracas, e dobrou os joelhos diante da privada próxima a cama, despejando tudo que estivesse guardado em seu estômago atribulado.
Talvez isso funcionaria.
Quando acabou, fechou os olhos e se voltou novamente para a sala, agora sentado no chão, encostando a cabeça na parede logo atrás, temendo outra sequência de náuseas. Abriu os olhos novamente e se sentiu tonto, mas não sabia dizer se as paredes estavam paradas ou girando. Tudo era branco e pálido, frio. Ele sentiu frio. Também sentiu dor, exaustão e os exatos locais dos hematomas que tinham sido apontados por ela. Olhando mais ao redor, havia apenas um local que continha uma cor diferente do resto do branco da caixa, apenas um local.
A pilastra à esquerda estava manchada de vermelho escuro, amarronzado, seco. A mancha de sangue velho, passado. A evidência de todo o seu trabalho anterior.
Ele tinha feito a mesma coisa de novo. E de novo, e de novo, e de novo. Lutado contra o sono, espantando-o de sua cabeça com as batidas hostis na parede. Batalhou contra as pílulas, contra as lembranças e contra o adormecer, que as traria de volta. Ele pousou as mãos na cabeça, lembrando-se de tudo, sendo consumido mais uma vez pelo ódio e pela culpa, ódio por ter adormecido, ódio por chegar lá e não se lembrar de nada, ódio por nem se lembrar do nome dela!
Ele nem sabia quem ela era. Mas as pessoas de fora sabiam, as mesmas que o observavam pelos monitores dentro de uma sala aconchegante, que usavam o sofrimento e a tortura do garoto como o entretenimento principal do dia-a-dia. Quando viram que ele recomeçaria a sessão de choros e berros, um deles apertou um botão específico, que significava explicitamente a “hora do café-da-manhã”, que essencialmente era para qualquer hora do dia, já que o tempo ali não existia para Taeyong.
Ele era a melhor cobaia de um experimento de tortura infinita.



Lee Taeyong nasceu para o sucesso.
O sucesso que era destinado apenas para pessoas que não precisam batalhar por oportunidades e melhores condições. Ele já as tinha desde que nasceu.
A família Lee tinha o nome estampado em estatais e arranha-céus de Seul. Seu pai, o patriarca, disse a ele uma vez: “Histórias de superação só são interessantes depois do final feliz, não antes.”
Taeyong não precisava superar nada do que as outras pessoas comuns precisavam. Mas não teve um final feliz, porque não era capaz de superar a si mesmo.
Quando atropelou aquela garota no meio da tempestade, ele se viu pego em mais mentiras do que pudesse esconder. A reabilitação de antes era uma promessa de melhoria, mas lá não era o lugar certo para se tratar o mau-caráter inerente do garoto, que já havia frequentado a mesma por mais vezes que pudesse contar. Tecnicamente, na noite da tragédia, era para estar visitando o grupo de apoio para ex-viciados, que já não frequentava há mais de duas semanas, inventando histórias aqui e ali para distrair quem quisesse ouvir. Mas também não existia final feliz para quem era pego pelas câmeras de segurança.
Taeyong não precisava de uma prisão convencional cheia de pedófilos e assassinos. Ele precisava de Hwado. Precisava alterar seus princípios e valores podres direto da raiz.
Precisava de um arrependimento tradicional.
A sentença do garoto tinha um nome bonito como “recuperação psíquica efetiva”, mas as sessões de tortura psicológica serviam para suprir os prazeres obscuros dos seres humanos que estavam no controle de se sofrimento alheio. Existiam maneiras diferentes de expressar a maldade humana, mas praticá-la contra alguém sentenciado como mau tornava tudo melhor, sem limites.
Quando entrou na caixa branca, Taeyong imediatamente recebeu a primeira pílula. Ela não o deixava com fome por horas, porque, em sua concepção, ele tinha acabado de comer um delicioso hambúrguer com batatas de sua lanchonete favorita, e pediu ainda mais dois. Estava cheio no fim do dia, mesmo sem ter colocado uma única proteína para dentro do corpo. E não demorou a adormecer pelo silêncio. Foi fácil não julgar a nova estadia com essa primeira impressão.
Mas então, ele sonhou pela primeira vez. Primeiramente, os cenários diferentes eram um lugar incômodo para se estar, mas aí ela aparecia e ele sentia que ficava lá por dias, por décadas, até que tudo ruísse. Quando as imagens aconteciam, quando ela aparecia e quando tudo se repetia. A simulação do acidente se desenrolava em sua frente, sem parar, com sua mente sendo levada de lá a cá: quando entrava em seu sono, não se lembrava do que acontecia lá fora. E lá fora, tinha medo de dormir e voltar para dentro, onde se lembrava de tudo.
Não existia tempo em Hwado. Taeyong precisava fazer um esforço considerável para aceitar isso. Não existia clima ou outros barulhos além de sua própria respiração, ou o impacto de sua própria cabeça na parede toda vez que o sono tentava dominá-lo. Também não existia comida ou bebida. O bem-estar era fabricado e abstrato. Se caísse no sono, ele seria transportado para o mundo imaginário e acordaria aos berros com as mãos nos ouvidos porque ainda estaria ouvindo os resquícios da voz dela.
Os dias são os mesmos naquele baú. Os dias finais de uma pessoa má, indiferente à ansiedade, aos sonhos e à vida de outras pessoas. Ali, ele se viu questionando por que o universo o havia escolhido para nascer filho de pais ricos, e em como isso tinha destruído o resto de sua bondade.
Não, a culpa não é deles. A culpa é sua. Toda sua. A voz dela repetia.
Você matou ela. Foi você, e apenas você.
Ali, sua culpa era arrancada do fundo de sua consciência à força. Não tinha fim. Nunca iria ter fim.
Não existe um propósito maior para você estar vivo. Apenas a espera. Só a espera.
Ontem é hoje, hoje é ontem. Até que ele dormisse e afundasse na fantasia maquiada para sempre, sem nunca mais voltar para a superfície.




FIM.


Nota da autora: Olá! Espero que você tenha gostado, e obrigada pela sua leitura. Até a próxima! beijos,
Sial ఌ︎


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