Independente do Cosmos🪐
Última Atualização: Fanfic FinalizadaNo outro lado do parque, ajustava a câmera em seu tripé. Ele era fotógrafo, apaixonado por capturar detalhes que a maioria das pessoas ignorava. Naquele dia, a luz suave do sol refletindo no gelo parecia perfeita. Mas, por mais que focasse em seu trabalho, sentia-se distraído. Um estranho incômodo, uma sensação de expectativa, dominava seu peito.
Ambos estavam conectados, mas não sabiam disso.
Se alguém pudesse ver o invisível, teria notado o fio vermelho esticado entre eles, amarrado delicadamente em seus dedos mindinhos. Não era um fio comum. Ele pulsava suavemente, como se reagisse à proximidade dos dois. Era o fio do destino, tecido pela deusa Yue Lao em tempos imemoriais, e embora e nunca tivessem se encontrado, suas almas estavam entrelaçadas desde sempre.
deu um passo em direção ao lago. Sentiu algo, como um puxão sutil, que a fez virar o rosto. Do outro lado, levantou a cabeça no mesmo instante, seus olhos cruzando o parque até encontrar os dela. Ele ficou parado, como se tivesse esquecido de respirar. Havia algo nos olhos dela, uma familiaridade inexplicável.
piscou, sem entender por que o coração começou a acelerar. “Eu o conheço?”, pensou. Mas não podia ser. Nunca havia visto aquele homem antes.
, por outro lado, foi tomado por um impulso. Ele não era alguém que acreditava em coincidências, mas o momento parecia carregado de um significado que não podia ignorar. Sem pensar duas vezes, ele pegou sua câmera e começou a caminhar em direção a .
Enquanto ele se aproximava, o fio invisível tremulava, como se estivesse em festa. sentiu uma leve pressão em seu dedo mindinho, como se algo estivesse puxando-a para frente. Quando parou a poucos metros, ela sorriu timidamente, ainda confusa com a situação.
— Desculpe incomodá-la — ele disse, com um sorriso desajeitado. — Eu estava tirando fotos e... Bem, achei que você ficaria perfeita para a cena.”
inclinou a cabeça, surpresa.
— Para a cena? Por quê?
— Não sei — ele respondeu, rindo nervosamente. — Acho que tem algo especial na forma como você está aqui... como se estivesse esperando por alguma coisa.
Ela hesitou, mas acabou rindo.
— Talvez eu esteja.
sorriu de volta. Algo nele parecia reconfortante, como se o desconhecido fosse, de alguma forma, alguém que ela conhecia há muito tempo. Eles começaram a conversar, e a sensação estranha de conexão crescia a cada palavra trocada. não sabia explicar, mas sentia como se o mundo ao redor tivesse desaparecido.
Horas se passaram, embora nenhum dos dois parecesse notar. contou histórias de suas viagens, e falou sobre seus desenhos, algo que geralmente escondia das pessoas. A conversa fluiu como um rio calmo, natural e sem esforço.
Quando o sol começou a se pôr, olhou para o relógio e suspirou. “Eu deveria ir”, disse, relutante.
— Posso acompanhá-la? — perguntou, os olhos cheios de esperança.
Ela hesitou por um segundo, mas sorriu.
— Acho que sim.
Enquanto caminhavam juntos, lado a lado, o fio vermelho os unia ainda mais. Embora invisível, parecia vibrar de alegria. Era o destino finalmente cumprindo sua promessa, como sempre faz.
E, mesmo sem saber, e haviam encontrado a peça que faltava em suas vidas. Não era mágica, nem acaso. Era apenas o fio vermelho, fazendo o que faz de melhor: conectar corações que estavam destinados a se encontrar.