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━Autora Independente do Cosmos.
Encerrada ✔️

Os motores na escuridão zuniam como o som do apocalipse.
não queria perder a visão que tinha agora: os carros enfileirados, exalando tons e cores fortes e presentes, assim como o som que saía de seus capôs. A música era baixa em relação a toda a gritaria das beiradas da rua larga. Era como se todos os corações vibrassem juntos com os automóveis.
era o único que parecia por fora de toda a festividade.
Apesar da forte luz do luar, a entrada subterrânea após a linha de partida se encontrava na completa escuridão. Era um ponto estratégico, uma dificuldade a mais imposta para que os riscos se intensificassem e, assim, tornar tudo mais emocionante. Tremendo um pouco, colocou a mão sobre o grande anel de ferro que abria a passagem para a pista, insegura se ela estaria destrancada ou se tentariam tirá-la de lá à força, mesmo sendo quem era. Minutos antes da corrida, era imprescindível que os participantes tivessem um momento de concentração e silêncio. Que se dane, pensou ela. Aquilo tinha que ser feito agora.
Quando passou em frente ao amontoado de faróis e aumentou o barulho da arena com as buzinas e o assédio barato pelo figurino peculiar de grid girl, ela finalmente conseguiu chegar ao Dodge Charger 1970 banhado em preto fosco, simplista demais em comparação com todo o resto. O rapaz descansava as costas na porta do motorista enquanto acendia seu terceiro cigarro.
desencostou-se do carro e revirou os olhos nas órbitas.
— O que faz aqui, ?
— Ainda dá tempo de desistir. — a garota se aproximou dele, recebendo olhares frenéticos do vizinho no Toyota Supra amarelo ao lado. — Você não precisa fazer isso.
— Acha que é a primeira vez que faço isso? — ele ergueu uma sobrancelha. Formas de encurtar a conversa passavam por sua mente, todas com o objetivo claro de que ela saísse dali e voltasse para a multidão o mais rápido possível.
— Sei que não é, e sei que o rótulo de prodígio das ruas é um grande privilégio pro seu ego, mas você nunca fez esse percurso. Ele é mais perigoso do que todos os outros.
tragou mais uma vez, segurando a fumaça por alguns segundos antes de voltar a falar.
— Na verdade, eu estive lá uma vez, na Páscoa, porque o irmão de Val Wilker, aquele Jacques, tinha pedido para que eu o substituísse caso morresse. Na verdade, todos estavam em um tipo de escolta atrás e na frente, mas não vem ao caso. Sou perfeitamente capaz de completar o caminho e vencer, . Não preciso da sua preocupação.
— Não é como se eu pudesse controlar isso, imbecil. — seus dentes trincaram. A expressão leve e esnobe de a deixava internamente frustrada. — Não quero ver seu corpo sendo velado na igreja amanhã no meio da noite. Não consigo imaginá-lo em lugar daqueles, mas começo a me forçar a pensar isso de todos que entram nesse trajeto.
— Fico feliz em saber que não me identificou como um fiel de forma alguma. Me sinto elogiado. — ele riu em divertimento. suspirou, aproximando-se novamente, ignorando o afastamento simultâneo do rapaz. — , acho melhor…
— Dong , eu sei da sua insistência em fugir de mim desde que falei que te amava. Eu sei que não foi a escolha certa e também sei que você jamais se relacionaria com toda a família Birch, que vai à igreja todos os domingos e também comandam as corridas noturnas de Pequim. Sei que seu caminho é sozinho e sempre será. E eu te entendo. — ela balançou a cabeça, baixando o tom de voz, engolido por dezenas de buzinas e gritos histéricos. — Também não sou nenhuma adoradora desse negócio. Sei como meu pai é, e, por mais que consiga me sentar ao lado dele por uma hora em um banco de igreja, não consigo encará-lo na mesa de jantar. Não quero que ele tenha mais motivos para boicotá-lo, ou então…
… — agora sua expressão era séria. Uma mistura de aborrecimento com ansiedade; um pedido silencioso para que ela fosse embora. — Não é hora de falarmos sobre essas coisas. A corrida vai começar.
A garota parou por alguns instantes enquanto tentava ler aqueles olhos tão parados e frios. O homem à sua frente era um mistério em todas as facetas; não havia uma única pessoa que poderia dizer com certeza que conhecia Dong . Surgido do nada, mais veloz do que todos os outros, apelidado de Fantasma pelos burburinhos do submundo dos rachas e, logo mais, por todo o submundo de Pequim. Havia algo naqueles olhos que chamavam pelo poder; pela sede de velocidade. Era um chamado para um desafio.
E a família Birch não tolerava outros destaques a não ser eles mesmos.
— Tudo bem. — assentiu devagar, passando uma língua pelos lábios. — Boa sorte. Se cuida.
Ela se afastou com a cabeça baixa e o estrondo da contagem regressiva soou mais à frente. encarou as costas da garota até que sumisse por entre a multidão e entrou no carro sem emitir uma única respiração.
Pegando a bandeira escura, calçou as botas e soltou o cabelo. A maquiagem já estava pronta há horas e foi bom que não tivesse chorado antes da largada. A garota atravessou a rua até o centro da pista e se posicionou em frente à fileira de rosnados dos motores. O barulho era insanamente alto e perturbador, como animais ferozes. No arco escuro da entrada, levantou os braços e pensou: é bom em encontrar coisas, e esperou que o rapaz estivesse certo a respeito de seus instintos e encontrasse uma maneira de sair daquela vivo.
Respirando fundo, ela encarou aqueles olhos pelo para-brisa e forçou um sorriso enquanto abaixava os braços para o início da largada e sentia o vento impetuoso se alastrar pelo seu corpo quando todos eles dispararam como uma bala galeria adentro.
O túnel envolveu em um bolsão de ar cheirando a ferro e incenso, um cheiro raro o bastante para instantaneamente evocar meia dúzia de memórias de gasolina, sangue e funerais, todos eles no verão — o pico alto das corridas. Como era estranho que uma estação do ano pudesse ser mantida presa em uma inspiração de ar enclausurado naquele buraco negro.
A velocidade rugiu em seus ouvidos, o vento penetrando os vidros com fervor. O barulho lá dentro era triplicado e andava sobre as paredes. Ele ouviu gritos e palavras desconexas através de janelas abertas, mas elas eram sugadas no espaço vazio, ecoando pelo teto, perdendo-se nos motores de maneira que apenas a própria voz lhes respondia.
A luz baixa dos faróis formavam arcos com as sombras alongadas até o alto. Um a um, os carros iam ficando para trás, atestando a presença do Dodge só quando este passava zunindo ao seu lado. As batidas começaram a ressoar logo no início da pista, quando as dificuldades de espaço começavam a se mostrar como o principal obstáculo da corrida. esperava estar longe o bastante quando a primeira explosão eclodisse, e o primeiro corpo da noite fosse retirado dos escombros.
A morte era mais palpável ali do que o próprio volante.
A luz da rua que indicava o fim do primeiro túnel estava próxima. Apesar da reputação, aquele era o trajeto mais nebuloso em que o garoto já esteve. A escuridão e a incerteza apertavam as costelas de , o que o deixava sem ar, lembrando do acordo que rondava aquela corrida, lembrando de um remoto dia de verão, mais precisamente da tarde em que, pela primeira vez, ele se dera conta da existência de uma coisa chamada amor.
O dia em que batera os olhos em Birch pela primeira vez.
Lá estava ela, sentada sobre um dos bancos na sombra, um braço pendurado para fora e um outro enviesado sobre a cabeça, este vindo da companhia logo ao lado de um homem alto e corpulento, sorrindo de um jeito venenoso para os demais, confundido como algo simpático. Seu corpo era uma porção mais escura de negro em um mundo já negro. jamais conseguiu se mover livremente perto dele.
Quando um Mitsubishi Eclipse de cor verde berrante passou à toda velocidade e algazarra ao seu lado, ele sentiu um pequeno impacto que amassou seu retrovisor. virou a cabeça no mesmo momento em que entrou no intervalo de luz entre um túnel e outro. O sorriso prateado de Yuta brilhou do carro vizinho. Um rival à altura do Fantasma. Um homem capaz de matar e morrer pela vitória.
pensou: Não hoje. Por favor, não deixe que seja hoje.
Se fosse há um ano atrás, o garoto teria aquela mesma adrenalina doentia pela velocidade correndo pelas veias e a visão da morte como algo insignificante. Mas não hoje. Outra coisa mais importante dependia daquele rush.
Hoje ele estava preocupado em não bater, explodir ou simplesmente derrapar pelo abismo nas curvas perigosas, e que, quando as pessoas fossem retirá-lo das ferragens e tentassem acordá-lo, ele não acordasse de verdade. Ele rezava para que ficasse vivo hoje.
A escuridão o engoliu de novo. Os pneus do Mitsubishi brilhavam em verde e o ultrapassou a ponto de brincar em zigue-zague na sua frente. Agora existiam poucos competidores atrás, bem atrás, que continuavam a apertar nos aceleradores apenas para cumprir o trajeto ou torcer para que os dois principais em vantagem se matassem e abrissem o caminho.
grunhiu, enxergando a provocação como um atraso. Seu ombro estava mais erguido do que nunca, a nuca quente de suor e o cheiro de álcool ultrapassava os vidros. Em um movimento, ele percebeu o que iria acontecer. O líquido no chão foi visto quando as chamas irromperam pelo rastro que o Mitsubishi deixava. Um rastro de fogo que desviou no último minuto.
— Acorda, Fantasma! — a voz de Yuta rompeu da janela, acompanhada por uma risada debochada. pisou no acelerador com força, igualando os dois carros em paralelo.
— Essa é toda criatividade que você tem? — o garoto respondeu. As palavras não soaram brandas, embora sua intenção fosse essa. A última coisa que precisava era mostrar a Yuta sua ansiedade por ganhar.
— Espere só pra ver!
O ombro de se mexeu e ele virou o rosto novamente. Quando fez esse simplesmente movimento, o Mitsubishi verde foi jogado com tudo em sua lateral, batendo seus enormes retrovisores personalizados no vidro, trincando os mesmos em um impacto estrondoso. O susto fez com que perdesse o controle do volante. As luzes verdes do carro vizinho se apagaram e tudo virou escuridão. Ele sentiu o Dodge ser imprensado na parede do túnel. De repente, o Mitsubishi se afastou e investiu novamente, até que o vidro finalmente quebrasse em direção ao seu rosto e sentisse as fagulhas do vidro na bochecha. Um outro impacto o fez bater a testa no câmbio. Ele soltou as mãos do volante e tentou colocar alguma força nos freios.
Tudo estava girando. Bater a cabeça nunca trazia um bom saldo. Por um breve momento, teve o pensamento súbito de que era tarde demais, de que ele estava caminhando para a morte e seu corpo estava se mantendo em funcionamento apenas para conseguir frear e não ficar no caminho dos outros e morrer em uma batida que destroçaria seu corpo.
Mas então, graças a uma buzina longínqua, os olhos brilhantes e castanhos de se abriram, e o momento se dissipou. Ele balançou a cabeça para voltar ao foco e suspirou.
— Seu sacana.
Agora era tudo ou nada.
Ignorando a dor na lateral da testa, acelerou como nunca. O Dodge berrou de euforia, de ódio, como se finalmente estivesse sonhando de novo. A cada girada na chave, era como uma nova oportunidade de vitória que agarraria. Ele precisava parar de pensar nas consequências de perder e começar a se concentrar em vencer. Vencer, independente de qualquer coisa.
O pára-choque do Mitsubishi voltou a brilhar e focou apenas neles quando ligou o turbo do Dodge e avançou contra os dois faróis. O trajeto terminava, a nova luz do fim do túnel se aproximava e seria a última, junto com a faixa da chegada. Ele precisava chegar primeiro, precisava mais do que tudo.
Yuta era ridiculamente esperto. Não havia nenhuma maneira de ultrapassá-lo pela lateral, já que tomar o meio do túnel era como garantir uma vantagem brusca. Ele sabia o que devia fazer, e como fazer, e respirou fundo antes de investir contra a traseira do Mitsubishi e massacrar a parte da frente do Dodge.
O adversário balançou brutalmente. deu a ré e investiu mais uma vez até que o Mitsubishi rodopiasse e girasse de encontro à parede, saindo do meio da pista e abrindo alguns metros para que outro passasse. Yuta tentou voltar ao eixo, mas mais uma batida o fez ir para a frente e revelar os defeitos de tantas atualizações na lataria: a gasolina começava a escapar de todos os pontos.
Ao olhar para fora, avançava e, ao ver a expressão chocada de Yuta, acrescentou:
— Foi mal, Nakamoto, eu tinha prometido que venceria!
E então, seguiu rápido quando as outras buzinas se aproximavam mais depressa do que nunca e os palavrões de Yuta se perdiam no vento dos pneus.
Não demorou para que ele concluísse o circuito e logo estava saindo para a luz novamente, tossindo pela fumaça e ignorando a dor na testa. O sangue pingava até os ombros, mas o júbilo louco da plateia quando encostou o carro quebrado após a faixa driblou todos os pensamentos de dor ou arrependimento. Era sua vitória. Mais uma, a mais esperada de todas.
Alguém gritava no megafone quando ele cambaleou para fora do carro. “E o Fantasma de Wenzhou vence novamente! Palmas para o Dodge 1970!”, e a gritaria vinha acompanhada de mais música e buzinas. Seus pés vacilaram e ele sentiu uma mão nas costas, e mais pessoas se amontoando ao redor enquanto perguntavam de seu estado. Ele tentou manter a voz branda, mas fracassou, afastando-se lentamente:
— Eu estou bem. Estou bem. — disse, ouvindo algo sobre o dinheiro, o prêmio e todas essas coisas que já conhecia, mas não era isso que queria hoje. Rapidamente, ele averiguou a multidão em busca de um único rosto. Um que não fingiria mais estar infeliz por encontrar.
Ela estava parada, com as mãos na boca e os olhos bem abertos enquanto o encarava com surpresa e ansiedade. Seu estado não devia estar dos melhores, e ele com certeza a deu motivos para ficar mais do que assustada. Ao seu lado, há alguns metros, o homem corpulento estava parado, encarando-o com os olhos fundos e severos, os lábios em uma linha fina sem expressão.
piscou os olhos antes de começar a andar em sua direção. Ele o encarou com mais força, mais afinco, como se gritasse sem palavras: Você não é um mentiroso, não é? Vai cumprir o que prometeu. Eu ganhei, seus negócios estão seguros e era apenas disso que precisávamos, lembra?
Antes que chegasse até o velho, ele recebeu um sorriso satisfeito na melhor forma implícita e leve que aquele rosto carrancudo era capaz de expressar. Mais uma mensagem era passada por aqueles olhos: Não me confunda com um homem sem palavra. Vá buscar seu verdadeiro prêmio.
E assim, entendendo o recado, ele desviou sua rota até a garota parada há alguns metros e a tomou nos braços sem aviso, desejando que o mundo inteiro se explodisse e que, apesar de tantas esquivas e ordens autoritárias que o obrigaram a tudo isso, ela ainda quisesse o que propôs há três meses.
Era como se toda aquela arena estivesse repleta de presença divina. se manteve imóvel quando sentiu os lábios de , alegando estupidamente ser um sonho maluco, mas seu corpo não sabia negar qualquer coisa que vinha do rapaz. Quando ele se afastou e sorriu, todo o redor pareceu mais iluminado, assim como seu coração, como se ela estivesse dormindo todo esse tempo.
— M-mas…
— Fantasma! — a voz rude do homem ressoou ao lado, mas agora não se afastou um centímetro sequer da garota. — Quando eu disse que não queria que minha filha te visse nesse estado em Pequim, eu não quis dizer que queria que ela te visse assim em outro lugar. — ele levantou uma sobrancelha. comprimiu os lábios, imaginando um conflito pela frente. — Mas você conseguiu, enfim. Está livre pra fazer o que bem entender. Até que eu faça uma ligação.
O velho estendeu as mãos com outro sorriso. soltou a respiração aliviado, pegando-a com um aperto firme e confiante. Com a língua ligeiramente enrolada, respondeu:
— Seus outros corredores são uma piada que aceleram sem rumo.
O velho riu, venenoso.
— O sujo falando do mal lavado.
E com um pequeno tapinha nas costas, ele lhe lançou uma piscada sem sorriso e se retirou para os outros homens de terno e demais componentes do alto escalão que estavam loucos para conversar sobre a mancha humana que cruzou aquele circuito.
ainda estava estática quando o garoto se virou para ela, ignorando a multidão que ainda tentava algum contato com o vencedor e era ligeiramente afastada pelos demais subalternos do grande Birch.
— Mas o que… Você está bêbado? O que aconteceu? — ela perguntou, desconcertada, mas sem conseguir diminuir o sorriso nos lábios.
Com dignidade, respondeu:
— Eu bebo, não fico bêbado, você sabe. — ele segurou em seu queixo e a puxou para mais perto. — E aconteceu que ganhei a corrida. E, finalmente, ganhei você.
Ele remexeu os bolsos até tirar de lá um pequeno embrulho. Os olhos de abaixaram para seu peito. Um pequeno saquinho de veludo escondia uma chave prateada com os detalhes em dourado que ela sabia ao que pertencia. Ao velho e importante carro construído do zero na garagem da velha casa do Fantasma; o carro mais importante do mundo; um carro carregado de memórias e sentimentos.
— O que… … — ela pegou a chave com cuidado, encarando aqueles olhos sorridentes e o velho mais à frente. — Vocês dois… Ele nos aprovou?
Ele assentiu.
— Essa corrida abriria as portas para as competições na Coreia e na Tailândia. Ele só precisava mostrar que tinha um bom material. — ele deu de ombros. — E, claro, depois de saber que sou confiável o bastante para cuidar da sua filha e que seria sério o suficiente para esperar, aqui estou eu. Pedindo pra que você entre naquele carro comigo e seguir sem rumo pra qualquer litoral que encontremos.
— Mas… Isso… — ela não conseguia falar pela explosão de felicidade. se aproximava mais de seu queixo, brincando com seus dedos. — Você vai parar de correr? Não quero ser motivo pra que você pare de fazer o que ama, mesmo que tenha que voltar assim. — ela indicou o dedo para a bochecha machucada. Ele sorriu e balançou a cabeça.
— Não. Aquele velho ainda vai me ligar, mas ele fará isso daqui há três anos e ainda com o risco de receber um não. — ele riu, encostando sua testa na dela. — Sabe o que é isso, ? Liberdade. Estamos livres. Podemos ir quando e onde quisermos. É só você querer.
Os dedos de se fecharam em torno da chave. Ela engoliu novamente aqueles lábios e deixou que a realização do fato tomasse conta de si. Parecia como ouvir fogos de artifício dentro do próprio peito. Quando estendeu as mãos para pegar na de quando se afastou, sentiu algo quente e vivo, uma expectativa de felicidade diferente, tão ou mais forte do que a velocidade e a adrenalina das pistas.
— Então vamos, Fantasma. Agora quero viver uma nova aventura. — ela piscou e o puxou para longe da multidão que se empanturrava com força a cada minuto, dando um último sorriso ao pai e para quem quisesse ver.




FIM.


Nota da autora: Olá! Espero que você tenha gostado, e obrigada pela sua leitura. Até a próxima! beijos,
Sial ఌ︎


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