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Autora Independente do Cosmos ✨
Atualizada em: 28.02.2025

Março, 2025


O som de bipes ecoando foi a primeira coisa que eu ouvi quando recobrei a consciência. O segundo som foi uma mistura de vozes distintas e abafadas, e demorei a abrir meus olhos, só pra dar de cara com a cor de uma parede que eu não reconhecia.
Olhei ao redor, buscando alguma coisa familiar que pudesse me indicar alguma pista de onde eu estava. Me deparei apenas com uma sala pequena e uma idosa dormindo na cadeira do outro lado, o braço no soro, e só então também percebi que eu estava do mesmo jeito.
— Ah, oi, você acordou — alguém disse.
Olhei para o dono da voz masculina e encontrei um cara que parecia jovem, talvez da mesma idade que a minha, me olhando com uma expressão leve. O jaleco denunciava o cenário que acabei de descobrir que eu estava inserida: a UPA de Nova Descoberta.
Ah, merda.
Pisquei meus olhos, senti minha garganta seca e respirei fundo.
Ok. Beleza.
— O que aconteceu? — me vi perguntando para o desconhecido.
Eu não conseguia enxergar seu nome daqui, as letras minúsculas bordadas em seu peito no jaleco branco. Também não fazia ideia de onde os meus óculos tinha ido parar.
— Você estava desidratada e teve uma queda de pressão. Desmaiou — explicou, com um sorriso pequeno, e se aproximou, verificando alguma coisa do meu soro. — Seus amigos te trouxeram para cá.
Assim que ele disse isso, tive uma vaga lembrança de estar em algum bloco ao redor da Nova Descoberta, depois de ter passado uma manhã inteira nas ladeiras de Olinda, e comecei a me queixar um pouco do calor que estava fazendo. Bebi cerveja demais e água de menos e não tinha comido nada saudável desde o dia anterior. A não ser que caipirinha contasse como consumo de uma fruta, o que eu tinha certeza que não.
— E quanto tempo fiquei apagada?
Olhei para mim mesma.
A fantasia minúscula de fada continuava cheia de brilho, minha pele sendo puro glitter colorido, e alguém tirou as asas das minhas costas. O estado do meu cabelo não devia ser dos melhores e, tentando agir de um jeito meio discreto, verifiquei se eu não estava fedendo.
— Uma hora, mais ou menos — ele me respondeu, sentando-se em uma poltrona meio velha ao meu lado. — Como você se sente?
Me incomodava estar com um acesso na veia, ligada ao soro, mas eu não tinha muita escolha. Preferia estar assim a esperar que meu caso de desidratação evoluísse para qualquer coisa mais grave.
— Bem, eu acho. — Olhei para o meu all star velho e desgastado, o último item que completava a minha fantasia, tudo ok.
Virei para o outro lado e cheirei levemente o meu sovaco e o som da sua risada baixa me pegou de surpresa.
— Fica de boa, você não tá fedendo — disse, percebendo o que eu tava fazendo. — O único cheiro que eu sinto vindo de você é de algum bodysplash da Boticário.
Virei meu rosto para ele, a testa franzida em pura confusão. Ele não parecia o tipo de cara que usava ou saberia identificar o cheiro de amora do bodysplash da Boticário.
— Minha irmã usa — ele esclareceu, notando minha confusão.
Suavizei meu rosto, desfazendo a ruga na testa.
— Uma colônia poderosa e tanto, considerando o calor dos infernos que está fazendo — adicionei meu comentário, o que o fez sorrir.
Seu sorriso acentuou toda a sua beleza que eu achei estar blindada de reparar. Meus olhos permaneceram nele por segundos que pareceram longos e ele parecia jovem demais para ser médico, o que me fez pensar que talvez fosse um estudante em residência.
Ele era bonito.
Bonito até demais.
O tipo de cara que eu beijaria nos blocos e nunca mais veria na vida, mas o contexto era outro e eu não era tão cara de pau de dar em cima dele de um jeito descarado assim. Eu tava toda suada, cheia de glitter grudado no corpo, e presa ao soro. Doida para ir embora e me enfiar debaixo de um chuveiro com água gelada para me refrescar do calor.
— Isso vai demorar muito? — Apontei para o soro pendurado do meu lado.
Tava na metade e não sei se ia até o fim.
Ele não tirou os olhos de mim nem pra olhar pro que eu tinha apontado. Seus olhos de tom castanho me encararam.
— Já já tu tem alta — disse, de um jeito que parecia mostrar que era a hipótese mais provável de acontecer.
Umedeci meus lábios e assenti devagar, concordando em silêncio com a sua resposta. Ele estava prestes a abrir a boca de novo, mas um ronco muito alto nos interrompeu, nós dois virando o rosto na direção do som ao mesmo tempo. Era a idosa que tava dormindo do outro lado.
— O que rolou ali?
— Enxaqueca crônica — ele me respondeu.
— Coitada — lamentei.
— Ela vai ficar bem — garantiu, recostando-se contra a poltrona meio desastrada. Pelo visto, a verba pública não tava sendo utilizada para comprar poltronas novas. — Vem aqui ao menos uma vez na semana, quando diz que a crise tá forte demais.
Fiquei com um pouco de pena dela, mas logo me voltei a olhar para ele. Percebi que não tava com meu celular, então não dava pra mandar mensagem para meus amigos.
— Tu sabe dizer se tem alguém me esperando lá fora? — perguntei, curiosa para saber se Lorena ficou.
Ele cruzou os braços.
Me perguntei se ele não tinha nenhum outro paciente para dar conta, do jeito que tava relaxado ali. Geralmente aquela UPA ficava um pouco lotada.
— Sim, seus amigos que te trouxeram pra cá — disse, dando de ombros. — Os dois caras pareciam meio bêbados, mas a garota tava mais lúcida e disse que ninguém ia voltar pra bloco nenhum até você sair.
Sorri.
Os dois bêbados patetas eram Cauê e Jorge, que sempre ficavam bêbados primeiro que todo mundo do grupo. Conseguia visualizar os dois dormindo na cadeira, com a cabeça apoiada um no ombro do outro, enquanto Lorena ficava entediada com a espera, rolando o feed do instagram no celular
— Tu veio pra Nova Descoberta só pra curtir o bloco? — perguntou.
Assenti
— Eu ia ficar em Olinda, mas eles insistiram pra gente dar um pulo aqui. Acho que se arrependeram quando tiveram que me carregar até a UPA
Ele soltou uma risada curta
— Pelo menos não te largaram no meio da rua, né? Progresso.
Imaginei que isso acontecesse muito, principalmente porque já presenciei na multidão do Galo da Madrugada. As ruas eram lotadas e havia todo tipo de pessoa largada no chão, desmaiadas ou algo do tipo.
— É… Eles não fariam isso. Mas já me perdi deles em um carnaval e tava bêbada demais pra tentar encontrar eles de novo.
Ele arqueou a sobrancelha, interessado.
Eu não tava dando conta do tanto que ele era bonito
— Onde?
— Praça do Arsenal, Recife Antigo. Acabei dormindo na calçada do Paço do Frevo.
Ele riu, balançando a cabeça. O som quase soou como uma melodia.
— Uma fada caída no meio da história do frevo.
— Tu tá rindo, mas não foi bonito, não. Acordei com uma meia furada e purpurina até na alma. E nessa, eu tava fantasiada de Daphne, do Scooby-doo.
— Bom, pelo menos agora tu só tem glitter na pele — ele provocou, dando uma olhada rápida para os meus braços brilhando sob a luz fria da sala.
Revirei os olhos, mas ri.
Tava odiando estar presa a aquele soro, e não em algum lugar do meio da rua, flertando com ele com um copo de caipirinha ruim na mão.
Eu provavelmente beijaria ele primeiro, sendo levada pelo teor alcoólico correndo no sangue.
Mas tinha que me contentar que, no momento, eu era apenas uma paciente que ele tava de olho enquanto nenhuma outra emergência aparecia para dar conta. Seria muito anti-profissional pedir o número dele?
Ele diria não?
— E você? — perguntei, preenchendo o silêncio para ocupar os meus pensamentos divagando. — Não curte carnaval?
— Não tanto quanto você parece curtir — ele respondeu, com um sorriso lindo brilhando nos lábios e fiquei meio tonta. Imaginei que não fosse pela queda de pressão. — Mas também fui escalado para os plantões.
— Tu é médico? — perguntei, tentando não soar muito curiosa.
— Interno de medicina. Mais um ano e eu me livro desse crachá — respondeu, apontando para o retângulo de plástico pendurado no bolso do jaleco.
Aproveitei o momento para me inclinar um pouco e finalmente ler o nome dele: .
Um nome bonito pra um rosto bonito.
— Medicina, hein? Tu gosta?
pareceu refletir.
— Às vezes — respondeu, coçando a bochecha. — Quando não estou tentando convencer gente desidratada a tomar mais água.
Soltei um riso pelo nariz e revirei os olhos pela gracinha.
— Ei, eu tomo água — me defendi, sendo alvo do olhar de descrença dele.
— O diagnóstico de desidratação da triagem mostra o contrário — rebateu, implicante. — Um sol do caralho e você não tá bebendo água? Ainda mais brincando o dia inteiro nas ruas?
Umedeci meus lábios, deixei meus ombros caírem em uma clara derrota e suspirei, franzindo o nariz. Era melhor não discutir com um interno de medicina em seu último ano e aceitar que eu tava errada logo.
— Tu vai lembrar de mim no próximo plantão e contar essa história pros seus colegas, né? — Estreitei os olhos na direção dele.
Fomos interrompidos pelo ronco alto da idosa de novo, o que nos fez rir. Então ele voltou a responder:
— Provavelmente. — Encolheu um ombro, deixando a dúvida no ar. — Mas não se preocupa, não, vou te preservar. Sem nomes. Tu vai ser só “a fada que desmaiou no meio do bloco”.
— Que honra — ironizei.
Ele riu de novo.
— Mas falando sério, se vai brincar em um sol tão quente com uma sensação térmica de mais de 40 graus, ao menos se hidrate — ele me alertou, um tom carinhoso que eu não tava esperando que ele usasse. — Desidratação pode parecer mais grave do que parece. Às vezes, um soro resolve. Outras vezes, não.
Ele tinha razão, claro.
Foi estupidez da minha parte não priorizar me hidratar com água em um dia tão quente. Precisava parar com a ideia de achar que meu corpo se sustentaria com líquidos alcoólicos.
Eu não disse nada.
Ele não se incomodou. O silêncio se instalou, mas não foi incômodo.
Na verdade, ele olhava para mim de um jeito que não beirava o profissionalismo que o ambiente pedia.
E tinha pra mim que ele estava segurando a própria língua para não dizer coisa demais.
se levantou, verificando o soro. Ele mexeu em alguma coisa que não prestei atenção, porque estava ocupada demais observando seus movimentos. Quando ele se abaixou e tocou a pele do meu braço, engoli a seco, sentindo a textura dos seus dedos.
Devagar, ele começou a retirar o acesso da minha veia, um trabalho que eu achei que ele fosse direcionar para alguma enfermeira. Nenhum médico — ou estudante de medicina — jamais se dignou a retirar meu acesso daquela maneira. Era sempre as enfermeiras.
— Pronto, fada. Tu tá livre — ele disse, perto demais.
O tom saiu baixo. Seus olhos sustentaram os meus.
Limpei a minha garganta e esfreguei o local e senti latejar. Aí fiz uma careta quando ele se afastou, ficando em pé mesmo.
— Não sei se "fada" virou meu nome agora ou se você só não lembra qual é.
Ele sorriu, dando de ombros, sem negar nem confirmar.
Levantei devagar, sentindo os músculos reclamarem um pouco.
— Eu vou assinar sua alta — avisou, apontando para a saída da sala. — Depois disso, pode ir.
Assenti, assistindo ele sair.
Enquanto esperava ele voltar, agora em pé, verifiquei o estado da minha aparência e tava um pouco caótico. Uma vergonha um cara tão bonito me ver daquele jeito, mas tentei desencanar.
Não tive culpa de desmaiar no meio de um bloco. Ainda que pudesse ter sido evitado se eu apenas tomasse mais água do que vinha tomando.
E não tinha ideia de que horas eram, mas a primeira coisa que eu diria ao ver meus amigos é que o dia foi encerrado pra mim. Nada de blocos e muito menos de ir para o Recife Antigo à noite. Eu iria dormir.
Repor as minhas energias, comer alguma coisa saudável, deixar o pobre dos dedos dos meus pés descansarem. Avisaria que amanhã também ficaria o dia inteiro em casa. Só sairia para o encerramento do Carnaval.
Ajeitei o meu cabelo, prendendo-o em um coque alto. A preguiça já me consumia de ter que lavar todos aqueles fios para me livrar do glitter.
voltou rápido.
— Está liberada — avisou.
Olhei para ele, acenando devagar.
. — Li seu nome no jaleco de novo, testando-o. Ele só olhou para mim, esperando. — Foi um prazer? Até nunca mais?
Ele inclinou a cabeça, pensativo.
— Recife tem carnaval todo ano.
Minha boca se abriu pela resposta espirituosa, me pegando de surpresa. Segurei a risada e balancei a cabeça.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, um enfermeiro apareceu, chamando-o. Ele apenas olhou para mim, sorriu, e acenou em despedida, como se falasse que precisava ir. Eu concordei com um aceno e saí da sala logo em seguida, indo em direção à recepção.
Havia gente, mas não tava lotado.
Procurei pelos meninos e por Lorena no meio daquelas pessoas sentadas, esperando.
Ela me avistou primeiro e cutucou os dois patetas bêbados para acordarem e veio até mim.
— Como você tá? — ela perguntou quando chegou perto. — Fiquei apavorada quando vi tu desmaiando, porra, meu Deus. Ainda bem que a gente tava perto.
Abri um sorriso enorme e abracei minha melhor amiga.
Ela soltou um muxoxo, mas não a soltei, mesmo que o toque físico não fosse muito a sua praia. Mas às vezes, ela abria uma exceção, como aquela.
— Tô bem, amiga — tranquilizei-a, estalando um beijo em sua bochecha quando me afastei. — Mas não quero saber de bloco pelo resto do dia e nem amanhã.
Ela riu.
— Desculpa pelo susto — pedi.
— Depois dessa, eu só quero a minha cama — disse. — Acho que os meninos deviam vir com a gente. Não tem condição nenhuma de irem pra casa sozinhos.
Cauê chegou coçando os olhos e Jorge bocejou uma vez, duas vezes, três vezes.
— E, aí, , tá de boa? — Cauê perguntou, meio embolado. — Vai sair um bloco massa já já, a gente…
— A gente vai pra casa — Lorena cortou o barato dele, que fechou a cara. — Você já encheu o cu de álcool demais e precisa descansar.
Jorge parou na minha frente e beijou a minha testa.
— Não desmaia mais não, tá? — pediu. — O Cauê ficou chorando que nem uma criancinha achando que você tinha morrido.
Soltei uma risada.
— Ei, eu não chorei! — Cauê se defendeu, o tom de voz um pouco alto demais.
— Chorou sim, irmão — Jorge rebateu.
Eles iam começar aquela discussão infinita que os dois sempre tinham, então me meti antes que isso acontecesse.
— Tudo bem, galera, vambora’ pra casa? — Estalei os dedos. — Tô doida por um banho e pela minha cama.
Lorena revirou os olhos para os meninos e puxou o celular, me devolvendo o meu.
— Vou chamar um Uber — avisou.
Concordei, e começamos a seguir ela para a saída, mas a voz de me parou.
— Ei, fada.
Olhei para trás, encontrando-o com uma das mãos no bolso do jaleco, um meio sorriso desenhado no seu rosto bonito.
— Eu só queria garantir que você não desmaiasse de novo antes de chegar em casa.
Levantando uma sobrancelha.
— E como exatamente tu pretende fazer isso?
— Pegando água pra você — respondeu simplesmente, erguendo uma garrafa que eu não notei que ele tava segurando antes. Ele balançou no ar, esperando que eu pegasse.
Segurei a garrafa, mas não deixei meu olhar dele.
— Tu faz isso com todas as pacientes ou tô tendo um atendimento VIP?
inclinou a cabeça, divertido.
— Só com as que aparecem cobertas de glitter e desafiando as leis da hidratação.
Ri pelo nariz e abri a garrafa, tomando um gole de propósito, só para prolongar aquele momento. Ele continuava me olhando.
Era quase como se nós dois não quiséssemos nos despedir.
Porque assim que eu cruzasse aquela porta, eu não o veria mais.
— Pronto, sobrevivi — comentei.
Ele estalou os lábios, fingindo uma expressão séria.
— Um milagre, realmente.
— Vai querer crédito por isso?
— Talvez. Um “obrigada, Dr. ” já serve.
Revirei os olhos, mas sorri.
— Obrigada, interno — corrigi, empurrando a garrafa contra o peito dele de leve.
Ele segurou a garrafa, mas não recuou.
— Não sei se aceito — recusou. — Não pareceu sincero, não.
Mordi o lábio, segurando o sorriso, fingindo pensar. Dei um passo à frente, diminuindo um pouco a distância entre nós.
— Oxe, tu quer que eu dramatize? Bote uma mão no peito e me jogue aos seus pés?
Ele riu baixo, o olhar deslizando para minha boca por um segundo antes de voltar para os meus olhos.
— Não precisa exagerar.
Foi como se a recepção da UPA desaparecesse por um momento.
Esqueci dos meus amigos, as vozes distintas soavam muito distantes para me importar, e sustentamos o contato visual, como se apenas existisse a gente ali. Meu coração deu uma batida forte bem patética dentro do meu peito.
Se eu acreditasse na besteira de amor à primeira vista ou algo do tipo, com certeza tava acontecendo agora.
Me inclinei para perto, o bastante para sentir o cheiro leve do sabonete misturado com álcool hospitalar, minha boca perto demais, mas me aproximei do seu ouvido.
— Obrigada, doutor — sussurrei, o tom carregado de provocação.
Antes que ele pudesse responder, me afastei e dei um passo para trás, piscando um olho em despedida.
Quando me virei, meus amigos estavam me olhando com certa desconfiança e eu apenas fiz um gesto com as mãos para que eles saíssem logo, comigo logo atrás, para esperar o Uber lá fora.
— O que foi isso? — Lorena perguntou, sem perder tempo.
Eu apenas dei de ombros, sem saber o que responder, porque eu também não sabia o que tinha sido aquilo.
— Nada demais — murmurei, fingindo desinteresse, mesmo que meu coração ainda estivesse batendo forte.
Nada demais? — Ela arqueou a sobrancelha. — Tu quase beijou o médico ali na frente de todo mundo.
Não me abalei com a perspectiva exagerada. Cauê e Jorge apenas me encararam com uma expressão desconfiada.
— Estudante — corrigi automaticamente, tentando esconder o sorriso.
— Ah, claro. Isso muda tudo — ironizou, revirando os olhos. — Espero que tu tenha pegado o contato dele.
É, não peguei.
E de todos os carnavais onde cruzei com pessoas que nunca mais vi depois, desejei que ele fosse uma exceção — mesmo sabendo que as chances eram mínimas.




Continua...


Considerações galáticas da autora:


É o seguinte: coloco a culpa desse cartório na Taíssa por ter dado a ideia dessa fanfic acontecer e, assim, eu não ficar de fora e garantir o meu selo, porque foi isso que me moveu, convenhamos, né? Holidate é pra ser uma história que os protagonistas se encontram em datas "comemorativas", ou seja, a cada atualização temática do site, Holidate também atualiza. Então já guarda a data da próxima att, porque temos um encontro marcado, beleza? Espero que gostem de embarcar nessa loucura. Beijos estrelados e até a próxima! ✨💕

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