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🌟Independente do Cosmos🌟

Última Atualização:06/09/2024

Um fato que eu podia afirmar, com toda certeza, era que festas nunca foram meu ponto alto. Eu nunca fui a rainha da socialização, contudo, festas eficentes eram meu pior pesadelo.
Mais da metade das pessoas naqueles eventos sequer sabiam para que causa o dinheiro arrecadado seria utilizado, mas a mídia gostava de pessoas evolentes, e eles precisavam fingir se quisessem permanecer aceitos no meio da alta sociedade.
De todas as festas, aquelas eram as que eu mais odiava. Mas, ainda assim, ali estava eu no salão de confraternizações onde ocorria o baile eficente da Bejeweled.
Sorri na direção de Ellis, minha chefe, assim que vi seus olhos fixados em mim. Sua expressão não entregava o que ela estava pensando, mas eu sabia que estava sendo avaliada. Tentei fazer parte da conversa, mas Ellis tinha me apresentado a um grupo de mulheres onde não tínhamos nada em comum.
Voltei minha atenção para a conversa quando ouvi meu nome ser citado, concordando com um aceno de cabeça e não vendo a hora de fugir dali. Observei Ellis se afastando e saindo do salão, e aquela era a minha deixa para fazer o mesmo, sem seus olhos analíticos me guiando.
Sorri falsamente mais uma vez, desejando que fosse o último sorriso falso da noite que eu distribuiria, e avisei que iria pegar um pouco de ar fresco. Me afastei da roda feminina e peguei uma taça de champanhe quando um garçom cruzou meu caminho, seguindo para o jardim. Atravessei a enorme porta que me separava do exterior e respirei fundo enquanto fechava os olhos, sorrindo ao sentir a brisa tocar meus braços nus e me arrepiar.
— Acho que nunca vi alguém tão feliz por estar em um jardim. — O tom de voz piadista me fez abrir os olhos e olhar na direção de onde veio o som, encontrando um homem sentado na mureta alguns passos à minha frente.
Seu cabelo estava arrumado em um topete levemente bagunçado, sua blusa social branca em conjunto com o blazer preto e a calça de alfaiataria entravam em contraste com o All Star, que um dia já foi branco.
Ele era bonito, estranhamente bonito de um jeito não tão comum nos eventos da Bejeweled, e só o fato dele se destoar dos outros homens presentes ali já me atraia.
— Eu sei que sou atraente, mas se você me encarar por mais quinze segundos eu vou achar que devo chamar a polícia. — A voz rouca me tirou do transe.
Revirei os olhos teatralmente.
— Claro, meu hobby é ir para eventos eficentes matar homens. — Usei todo o meu cinismo ao falar, abrindo um sorriso irônico.
— É mais lucro você me sequestrar e pedir resgate, conseguiria uma grana boa e eu não precisaria morrer. — Ele tirou os pés da mureta que estava sentado, abaixando as pernas e apontando com a cabeça para o local, em um pedido mudo para que eu me acomodasse ali.
— Acho que essa não é uma informação que você deva sair falando para desconhecidos — apontei o óbvio.
Uma risada irônica e sem graça deixou seus lábios, me confundindo ainda mais sobre quem era aquele homem e o que ele estava fazendo ali. A corja masculina que visitava aqueles eventos tentava ser inalcançável e frio, mas o homem à minha frente destoava completamente de todos os outros que eu costumava encontrar por ali.
E isso me deixava levemente interessada nele.
Ou talvez fosse o fato de que ele era extremamente bonito.
Ou então porque eu não transava fazia algumas semanas.
— Como se o dinheiro fosse problema para todos que não estão aqui a trabalho — rebateu, o traço de ironia presente em sua voz rouca.
Meus olhos o analisaram outra vez, não deixando passar despercebido o fato de que, mesmo ele parecendo ser diferente dos empresários que eu sempre via, algo na postura dele o entregava de que ele fazia parte da alta sociedade.
— Você não sabe como eu odeio essas festas. — Sua voz soou após alguns segundos de silêncio e eu voltei meu olhar para a frente, disposta a parar de encará-lo como uma maluca.
— Acho que sei — confidenciei, rolando os olhos de forma teatral. — Se eu não fosse obrigada, não estaria aqui.
— Família? — questionou, e eu neguei com a cabeça.
— Trabalho. — Fiz uma careta, e ele riu, seus olhos pousando em mim e me analisando atentamente. — É estranho conversar com alguém que eu não sei o nome.
O encarei, retribuindo seu olhar.
. — Estendeu a mão em minha direção, um sorriso singelo aberto nos lábios.
. — Apertei, retribuindo o sorriso.
— Seu sorriso é bonito, já te disseram isso? — questionou, mas me contentei em balançar a cabeça em sinal de negação. — Talvez devesse sorrir mais, essa a única razão que eu vejo para não elogiarem, ou então eles são loucos e não sabem apreciar belas coisas.
Uma risada envergonhada deixa os meus lábios.
Mas que porra?
— Não sou uma pessoa muito de sorrisos, mas acho que eles saem mais fácil depois que eu bebo um pouco.
— Deveria sorrir mais vezes, então. Acredite, só seus sorrisos já me fizeram ganhar a noite. — piscou, e eu não consegui conter o rubor em minhas bochechas. — Eu sempre evitei essas festas com todo o meu ser, mas, se eu soubesse que alguém como você estava frequentando, eu teria vindo antes.
O calor em minhas bochechas pareceu aumentar e eu me xinguei mentalmente por não ser capaz de controlá-lo. Lembrei da bebida ainda em minhas mãos e a finalizei de uma vez só, enquanto o olhar de permanecia fixo em mim.
— Infelizmente eu não consigo evitar, sempre venho em todas — falei, levantando a taça vazia em sua direção e o objeto atraiu sua atenção.
dita hora que eu catei uma garrafa da cozinha. — abriu um sorriso travesso e pegou a bebida de trás do batente, enchendo minha taça outra vez.
dita hora — repeti após virar de uma vez o líquido, levantando a taça na direção de novamente.
— Certeza? — Seus olhos me analisaram, como em uma tentativa de achar qualquer sinal de embriaguez, mas, porra, eu estava bedo champanhe.
— Eu já perdi a conta de quantas dessa eu bebi, tudo para conseguir manter um sorriso nos lábios. — Balancei a taça levemente. — Parei de contar depois da décima.
Seus olhos se arregalaram levemente.
— Não faça essa cara de chocado, não é como se eu estivesse bedo whisky ou alguma outra bebida que, de fato, conseguiria me deixar bêbada.
— Eu preferia um whisky, mas tive que me contentar com uma taça de espumante. — revirou os olhos e levou a garrafa até a boca, deixando-me vidrada no movimento de sua garganta e nos lábios carnudos pressionados contra o gargalo da garrafa.
— Espumante? — Tentei disfarçar a incredulidade, mas acredito que falhei miseravelmente quando minha voz saiu alguns tons mais fino.
— Esses eventos são muito importantes para a minha família, então preciso fazer o papel de filho perfeito, o herdeiro de ouro.
E então todas as peças se encaixaram perfeitamente bem.
Essa era a razão pela qual me era tão parecido e completamente diferente dos outros investidores que costumavam frequentar os eventos, ele ainda não era uma pessoa daquele mundo, não completamente, mas tinha nascido nele.
— Isso parece um pouco rígido. — Fitei minha taça, tentando disfarçar o fato de que estava o observando com tanta intensidade. — Afinal, você é adulto.
— Eles ainda não perceberam isso — resmungou, indignado, tomando mais um gole da bebida. — E, mesmo não sendo o que eu quero, ela vai me obrigar a assumir o lugar dela quando se aposentar. Pode parecer um problema fútil, mas é frustrante crescer com todas as decisões sendo feitas por outras pessoas.
— Deve ser foda. — Coloquei minha mão livre sobre a de , que descansava na mureta, e olhei para ele. Seus olhos estavam fixos nos meus, e, pela primeira vez, sorri de verdade.
— É mesmo. — Sorriu de lado, ainda mantendo nosso contato visual. — Mas, pior ainda é estar falando sobre isso com uma mulher incrível, quando eu poderia estar aproveitando melhor o momento.
O calor em meu corpo aumentou, eu sabia para onde aquela frase nos levaria após minha resposta. Eu estava interessada em , era impossível negar, e eu merecia algo para me deixar feliz após aquela festa.
— E o que você faria? — perguntei, abandonando minha taça vazia na mureta.
Observei quando seus olhos escurecerem, seu rosto ganhando uma seriedade que eu ainda não tinha visto, o desejo explícito na forma que ele me olhava.
Seu corpo virou na direção do meu, sua mão segurou minha nuca enquanto a outra pousava em minhas costas, aproximando nossos corpos. Embrenhei minha mão em seu cabelo e me apoiei em seu ombro com a outra assim que nossos lábios se tocaram. Colei ainda mais meu corpo ao de e aprofundei o beijo, me sentindo viva pela primeira vez na noite.
Tudo o que busquei nos copos de bebidas para aguentar ela noite, finalmente estava sendo entregue a mim, mas através de um beijo.
E um beijo nunca tinha me causado uma reação assim, era como se eu estivesse aprendendo a beijar pela primeira vez.
— Essas festas podem acabar sendo uma surpresa bem interessante — murmurou após rompermos o beijo, nossas bocas afastadas por meros milímetros, nossas testas ainda apoiadas uma na outra.
— Podem mesmo. — Rocei meus lábios nos de enquanto falava. — Principalmente se você continuar me beijando.
Contudo, não dei tempo para ele tomasse uma iniciativa outra vez. Aproveitei minha mão que ainda continuava em sua nuca e colei nossos lábios novamente, gostando das sensações que seus beijos me causavam.
Explorei cada canto de sua boca e não consegui reprimir um gemido quando sugou meu lábio inferior, o calor em meu corpo começando a se tornar insuportável conforme o desejo crescia em mim.
Eu precisava mais do que só alguns beijos roubados com um desconhecido.
— Acho que podemos continuar isso em outro lugar — falou, sua voz saindo abafada devido aos beijos que distribuía no meu pescoço.
Eu não costumava ir para a cama de desconhecidos, mas isso se devia ao fato de que eu nunca buscava fazer novas amizades ou ir para lugares onde eu pudesse encontrar desconhecidos. Minha rotina se baseava a Bejeweled, e minha vida sexual se resumia a uma lista cada vez menor de colegas que aceitavam algo casual.
Por isso, não precisei pensar muito para concordar com um simples aceno de cabeça.
— Eu tenho um apartamento aqui perto, podemos ir pra lá — falou, parando com os beijos em meu pescoço e se afastando para me encarar, mas eu apenas concordei com um aceno de cabeça outra vez. — Vou buscar o carro, estarei te esperando na entrada principal.
selou nossos lábios rapidamente e se afastou, dando uma piscadela antes de caminhar na direção contrária a qual estávamos.
A companhia de tinha feito com que eu esquecesse o real motivo pelo qual eu estava ali, e quem era o meu carrasco principal naquela noite: minha chefe.
Eu precisava avisá-la que estava indo embora, e rezar para que ela não resolvesse que me apresentaria para mais alguém que eu não tinha a mínima vontade de conhecer.
Principalmente agora que estaria me esperando, eu precisava ir embora.
Fiquei de pé — quanto antes eu falasse com ela, mais cedo poderia ir ao encontro de — e passei a mão pelo vestido, forçando mais um sorriso quando me pus a caminhar de volta para a mansão.
Eu não sabia quanto tempo tinha ficado lá fora, a companhia de tinha me feito perder totalmente a noção de tempo, contudo, não foi difícil encontrar Ellis assim que adentrei ao salão, principalmente pelo fato de que ela tinha retornado para o mesmo grupo de mulheres com o qual conversava pouco antes de se retirar dali. Seus olhos me encontraram antes mesmo que eu começasse a seguir em sua direção, acompanhando meus movimentos até que eu estivesse perto o suficiente, momento em que ela se afastou alguns passos do grupo, nos dando uma mínima privacidade para conversarmos.
— Não estava conseguindo encontrá-la, acreditei que tinha ido embora sem que me avisasse. — Seu tom de voz baixo, porém firme, soou assim que eu parei ao seu lado.
— Estava no jardim, precisava de um pouco de ar fresco. — usei o mesmo tom de voz, mantendo o contato visual.
Durante meu estágio com Ellis, eu aprendi a regra número um para conviver com ela: sempre mantenha o olhar fixo ao dela e um tom de voz baixo para que os outros não escutem o que vocês falam.
— Contudo, gostaria de avisar que estou indo embora, preciso descansar após o longo dia de hoje. — Seus olhos analíticos me analisaram no mínimo duas vezes antes que ela me respondesse.
— Acredito que seu corpo esteja começando a mostrar os sinais de cansaço após o longo dia, ou talvez seja o efeito dos champanhes que bebeu. — Seu tom de voz não possuía qualquer resquício de ironia ou algo semelhante, mas a sua frase foi o suficiente para que meus olhos se arregalaram levemente.
Ela estava fiscalizando quantas taças eu bebia?!
— Sinta-se livre para ir para a casa, obrigada por comparecer.
Como se eu tivesse a porra de uma escolha em relação a isso.
Saí dali antes que Ellis pudesse mudar de ideia e caminhei em direção ao hall, cumprimentando a recepcionista enquanto pegava minha bolsa. Agradeci aos porteiros com um sorriso assim que cruzei a enorme porta e desci as escadas, não tendo problema para encontrar .
Ele estava encostado em um carro luxuoso, um sorriso despontou em seus lábios assim que ele me viu caminhando em sua direção.
Eu não fazia a menor ideia de qual era a profissão daquele homem, nem tinha interesse em saber — esse não era o motivo pelo qual estávamos saindo naquela noite —, mas tinha certeza de que ele comandava alguma coisa. Mesmo sem entender de carros, sabia que aquele modelo era parecido com o de Ellis. E, na minha cabeça, o único motivo para ele ter um carro igual ao da minha chefe era ser tão importante quanto ela.
Saí de meus devaneios assim que abriu a porta para que eu entrasse. Sorri em sua direção e entrei no carro, sentando no banco e colocando a bolsa em meu colo.
— Tudo certo? — questionou ao adentrar o carro, não demorando a dar partida.
— Graças a Deus, porque se ela tivesse me segurado por mais alguns minutos, eu teria chorado no meio do salão. — Revirei os olhos, ouvindo a risada de segundos depois. — Ela ainda insinuou que eu estava bêbada.
Eu ainda estava inconformada com aquilo, principalmente pelo fato de que era a segunda vez na noite que insinuavam a mesma coisa. Mas, fala sério, quem é que fica bêbada com champanhe?!
— Como se eu fosse velha igual ela para ficar bêbada com facilidade — resmunguei.
— Ela não deve ser tão velha assim — retrucou, o tom risonho presente em sua voz.
— Meu bem, nem com todo o botox do mundo ela consegue mentir a idade dela. — Sua risada ecoou pelo carro outra vez, um som tão verdadeiro e divertido que me fez sorrir.
— Mas ela é uma chefe ruim? — questionou interessado, o olhar preso no trânsito à nossa frente.
— Ela é uma megera na maior parte do tempo, mas não é ruim trabalhar com ela, entende?
— Não! — exclamou, o riso soando na palavra, e aproveitou o sinal vermelho para me encarar.
— Ela é muito boa no que faz, extremamente inteligente e a melhor referência do ramo — expliquei, e apenas concordou com a cabeça, seus olhos focados nos carros outra vez. — Mas ela é a pessoa mais frígida do universo.
— Vai ver é coisa de gente velha, eu tenho uma pessoa na minha família que é assim. — Meu olhar virou para encará-lo de perfil, e, mesmo não tendo relação nenhuma com o assunto, não consegui impedir o pensamento de que aquele homem era bonito de todas as formas. — É exaustivo conviver com uma pessoa que não demonstra interesse sobre nada, que está sempre com uma expressão neutra e indiferente.
— É horrível, quase desisti de estagiar com ela por isso. — Lembrei de todas as vezes em que eu tinha suprido as expectativas de Ellis e ela me observava do mesmo jeito que encarava Flora ao pedir um café.
Era cansativo pra caralho ter um chefe assim, onde você nunca sabia se tinha sido boa o suficiente.
— Chegamos, . — A voz de me despertou, e eu encarei a janela, percebendo que ele já tinha estacionado o carro e eu sequer reparei que ele não estava mais dirigindo.
Peguei a bolsa e me preparei para sair do carro, estendi a mão para abri-lá, mas foi mais rápido do que eu, dando a volta no veículo e abrindo a minha porta como um perfeito cavalheiro. Segurei sua mão que estava estendida em minha direção e saí do carro, sorrindo em sua direção.
Eu não estava acostumada com situações daquele tipo, mas poderia facilmente me acostumar.
Fechei a porta do carro e acionou o alarme, me guiando em seguida até o elevador e apertando o botão do vigésimo nono andar, assim que as portas se fecharam. colou meu corpo na parede fria de metal e levantou meu rosto com a mão que segurava meu queixo, enquanto segurava minha cintura com a outra.
— Acho que não precisamos esperar até chegar ao meu andar. — Seu tom de voz rouco me fez arrepiar, lhe causando um sorriso malicioso ao notar como reagi. — Seu corpo parece estar concordando comigo.
Segurei a nuca de com a mão livre e acabei com o resto da pouca distância entre nós, colando nossos lábios em um beijo nada apropriado para um elevador — ou qualquer local público. A intensidade do nosso beijo, a forma como o corpo de estava pressionado ao meu e o modo como sua mão apertava minha cintura me fazia ansiar por mais.
Eu queria sentir seus lábios em meu pescoço, beijando meus seios, descendo por minha barriga e chupando minha boceta, meu corpo parecia implorar por mais.
Separei nossos lábios quando se tornou praticamente impossível respirar, nossas respirações descompassadas eram o único som no elevador. Minha boca formigava, dormente pelo beijo, mas eu ansiava por mais.
Rocei minhas coxas uma contra a outra assim que os lábios de tocaram meu colo seminu, exposto pelo decote em formato de coração do vestido. Desejei que ele baixasse o busto do vestido e chupasse meus seios ali.
Um barulho estridente ecoou, assustando-me pelo som repentino e eu me afastei de , achando que tínhamos sido pegos, mas era apenas o elevador avisando que tínhamos chegado ao nosso andar.
— Já era hora, ou eu ia acabar te fodendo aqui dentro mesmo, sem me importar que qualquer um pudesse ver eu comendo sua boceta contra essa parede de metal.
Eu comecei a questionar se eu de fato não estava bêbada quando eu senti meu corpo esquentar ainda mais e a lubrificação molhar minha calcinha. Eu não era do tipo exibicionista e muito menos fã daquele tipo de linguajar durante o sexo, mas meu corpo estava respondendo de modo contrário.
— Gosta que eu fale putarias? Bom saber.
saiu do elevador e manteve o braço forte impedindo que ela se fechasse, saí rapidamente e me deparei em um corredor com uma única porta.
Ele morava em uma cobertura na cidade, eu tinha certeza que ele podia facilmente ser meu chefe.
— Não sei como vão estar as coisas, eu comprei recentemente e ainda não me mudei totalmente — falou, destrancando a porta em seguida e revelando um local perfeitamente arrumado.
E com muito mais mobília do que meu apartamento.
Adentrei ao cômodo antes dele, podendo observar a longa sala espaçosa com conceito aberto e as enormes janelas de vidro que ocupavam quase toda a parede frontal. Minha análise foi interrompida quando fechou a porta e me prensou contra ela, devorando meus lábios mais uma vez e me fazendo desejar ficar pelada naquele exato momento. — Você quer alguma coisa? — questionou após partir o beijo, com os lábios a poucos milímetros de distância dos meus.
— Só você. — Abri um sorriso malicioso.
— Então vamos subir antes que acabemos fazendo isso na sala mesmo. — Ele afastou o corpo do meu e segurou minha mão, começando a caminhar em direção às escadas.
— Não vejo problema nisso. — Parei no meio da sala e puxei sua mão, fazendo-o parar e me encarar. — Sabe, acho que eu gostaria de transar perto daquelas janelas, a vista parece ser linda dali.
Os olhos de brilharam de excitação enquanto me encarava, provavelmente tentando entender se eu falava sério ou não, mas eu estava disposta a vivenciar novas experiências naquela noite, e eu nunca tinha transado em uma janela.
— Certeza? — confirmei com um aceno de cabeça. — Se tiver alguém nos outros prédios, eles podem nos ver.
— E você se importa se alguém ver você me fodendo? — lambeu os lábios, um sorriso descrente pintando seus lábios após isso.
— Sempre foi o meu sonho transar aqui. — Piscou maroto e começou a se afastar. — Vou ao banheiro, fique à vontade.
Concordei com a cabeça e peguei o celular na minha bolsa para avisar Kiara onde eu estava.

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Kiki 💕

Hoje, 09:26

📍 LOCALIZAÇÃO ATUAL
Enviando a minha localização pq se algo acontecer, você sabe onde eu estava
Acredito que passarei a noite aqui 🙏
espero que vc seja bem comida
vc tá precisando
Cara?????
Pq você me odeia?
Nem faz tanto tempo assim...
amiga
nem vc acredita


Guardei o celular na bolsa novamente e a coloquei na mesa ali perto. Me abaixei para poder tirar os saltos que usava e, ao levantar o olhar, vi apoiado na bancada que separava a sala da cozinha. O blazer já não estava mais em seu corpo e sua blusa branca já possuía alguns botões abertos, me dando total visão do seu abdômen definido e todo tatuado.
— Esperava te encontrar nua quando eu voltasse — falou enquanto se aproximava, o sorriso malicioso brilhando em seus lábios.
— Eu prefiro que você me deixe nua. — Sorri, retribuindo seu sorriso, e parou na minha frente, o espaço entre nós quase nulo.
— Seu desejo é uma ordem. — Sua expressão séria contradizia com o brilho malicioso que ele me encarava, suas mãos abriam vagarosamente o zíper do meu vestido, como se ele não tivesse pressa enquanto eu estava quase explodindo de tesão.
Longos minutos, ou segundos — eu não saberia dizer —, se passaram até que as mãos de largaram o vestido, fazendo com o que a peça caísse no chão, me deixando ali vestida com apenas a pequena calcinha de renda que eu tinha escolhido para não marcar no tecido do vestido.
Os olhos de se tornaram famintos enquanto ele me encarava dos pés à cabeça, dedicando uma atenção extra aos meus seios nus.
— Caralho, eu já tinha te achado gostosa, mas, sem roupa você chega a ser um pecado. — acabou com a pouca distância entre nós dois e colou nossos corpos.
— Não acho que é justo você estar todo vestido enquanto eu só estou de calcinha — murmurei, manhosa, e comecei a abrir os botões de sua camisa com uma falsa calma que eu não tinha
— Você está brincando com fogo, . — praticamente rosnou à medida que eu demorava mais a cada botão, aumentando propositalmente a espera assim como ele tinha feito.
Sorri satisfeita ao abrir o último e admirei o abdômen malhado e tatuado, mordendo o lábio inferior ao constatar o quão gostoso ele era. Deixei que minhas unhas passeassem por seus músculos, puxando a camisa para baixo e revelando ainda mais tatuagens. Seu braço direito era inteiramente fechado enquanto o esquerdo era só até o cotovelo, as tatuagens fechavam seu abdômen e subiam até seu pescoço.
E, puta que pariu.
Eu nunca tinha sentido tanto tesão em homens tatuados até aquele momento.
Segurei no cós de sua calça e o puxei para mais perto, acabando com a distância entre nossos corpos e roçando meus mamilos excitados no seu peitoral.
— Você está me provocando muito, sussurrou em meu ouvido, o apelido mais uma vez deixando seus lábios de forma obscena e eu me questionei como aquele homem conseguia fazer aquilo.
Transformar meu apelido em algo tão indecente.
— Mas eu ainda nem comecei — murmurei, inocente, pressionando minha palma contra a ereção em sua calça.
Um gemido baixo deixou seus lábios e eu sorri abertamente.
Abri o seu zíper e abaixei a calça, mordendo o lábio inferior ao notar o tamanho do volume de , não vendo a hora de tê-lo dentro de mim. Passei a unha por toda sua extensão, sentindo sua dureza pelo tecido da cueca e praguejou baixo, me fazendo rir.
— Rindo do sofrimento alheio, gostosa? — negou com a cabeça, levando sua mão até minha boceta e me massageando por cima da calcinha. — Muito errado isso.
Sua voz não saiu mais alta que um sopro, afastando sua mão apenas para que conseguisse puxar minha calcinha para o lado e me penetrar com dois dedos, me causando um gemido.
— Caralho, sua boceta está encharcada. — Seus dedos começaram a me masturbar, entrando e saindo rapidamente da minha intimidade. — Implorando para que eu te foda.
— Sim. — murmurei, minha resposta não sendo mais do que um gemido.
Apoiei minha testa em seu ombro largo, gemendo contra a sua pele enquanto desejava que ele não parasse. Movi minha mão de volta para o seu pau, voltando a masturbá-lo por cima do tecido.
— Caralho, eu quero tanto meter meu pau dentro de você. — Soprou em meus lábios em meus cabelos, penetrando mais um dedo em minha intimidade e me fazendo gemer contra sua pele.
Aquele homem me levaria à loucura apenas com as coisas que estava falando para mim. continuou me masturbando, meus gemidos sendo o único som no apartamento, o calor do meu corpo aumentando junto com a necessidade de gozar, até que tudo parou repentinamente.
Deixei que um gemido sôfrego escapasse dos meus lábios, incomodada pela sua pausa. Afastei minha cabeça de seus ombros e o observei chupando os três dedos que estavam dentro de mim, lamdo toda a lubrificação que estava ali.
— Porra, , seu gosto é maravilhoso. — Ele selou nossos lábios rapidamente. — Espero que não seja um problema, mas agora eu preciso te chupar.
não esperou por uma resposta, provavelmente pelo fato de que ela devia estar exposta nas minhas bochechas rosadas e nos meus olhos suplicantes. Ele segurou minha mão e me levou até a parede de vidro, parando de costas para uma das enormes janelas. se abaixou e tirou minha última peça de roupa, jogando minha calcinha para qualquer lugar.
Isso não importava agora.
Me encarou nos olhos e sorriu malicioso, não demorando em levantar uma de minhas pernas e apoiar em seu ombro, deixando seu rosto praticamente colado à minha intimidade. Sua mão esquerda me segurou firmemente na bunda e usou o dedão da outra direita para fazer movimentos circulares no meu clitóris. Joguei a cabeça para trás e fechei os olhos fortemente, sentindo meu corpo implorar por mais.
— Abre os olhos, . — O sussurro de fez meus pelos eriçarem assim que o ar saiu de sua boca e se chocou contra a umidade da minha boceta. — Fica de olho para ver se alguém vai ver eu chupando a sua boceta.
lambeu minha intimidade, me fazendo agarrar seus cabelos enquanto tentava manter meus olhos abertos. Ele revezava entre lamber e chupar, distribuindo leves mordiscadas e continuando com os movimentos em meus clitóris.
Um muxoxo deixou meus lábios quando seu dedo parou os movimentos, e riu fraco contra a minha boceta, parando de me chupar.
— Você resmunga muito, minha linda — murmurou, logo me penetrando com seus dois dedos enquanto sua boca sugava meu clitóris.
Joguei a cabeça para trás e fechei os olhos, gemendo enquanto sentia minha perna fraquejar. O tesão em meu corpo crescia mais a cada segundo, junto com a sensibilidade da minha intimidade, e eu sabia que não demoraria muito até que eu gozasse, e a antecipação do orgasmo eletrizou ainda mais meu corpo.
A língua de continuava a chupar meus clitóris, minha boceta apertando seus dedos cada vez mais conforme o meu orgasmo se aproximava. tirou seus dedos de dentro de mim, mas, antes que eu pudesse reclamar, ele me penetrou novamente, dessa vez com os três dedos, arrancando um gemido alto de mim e eu tombei a cabeça para frente, apoiando-a contra o vidro gelado. aumentou o ritmo que seus dedos me fodiam, aumentando meus gemidos a cada vez que ele ia um pouco mais longe.
acertou o ponto exato, me fazendo gemer prolongadamente ao finalmente atingir o orgasmo. Minha boceta se contraindo contra seus dedos, sua boca lamdo lentamente meu clitóris, prolongando a sensação que dominava meu corpo.
— Isso foi… Caralho — murmurei, a respiração falha e com a voz rouca.
Tentei achar uma palavra que descrevesse o quão bom aquilo tinha sido, mas falhei miseravelmente. Nenhuma que eu pensava conseguia por em palavras o quão bom aquilo foi.
tirou minha perna que estava apoiada em seu ombro, colocando-a de volta no chão, mas mantendo um aperto em minha coxa, como se com medo que minhas pernas não aguentassem meu peso.
E dado ao estado trêmulo delas, eu também não acreditava que conseguiria me manter de pé sem problemas.
O sorriso malicioso ainda estava estampado em seus lábios quando ele ficou de pé, mas eu poderia jurar que vi um toque de presunção.
— Fico feliz em saber que te deixei sem palavras. — selou nossos lábios rapidamente. — Satisfeita?
Abri um sorriso malicioso e concordei com a cabeça.
Eu estava mais do que satisfeita, mas nunca imaginei que apenas um sexo oral seria capaz de me causar isso. Mas, agora, eu queria que se sentisse do mesmo jeito.
Fiquei de costas para a parede de vidro, piscando marota para , em um pedido mudo para que ele mudasse de lado, o que ele não demorou muito para acatar. Me ajoelhei no chão assim que ele ficou de frente para mim, o chão de madeira gelado contra meus joelhos. Não demorei para abaixar sua cueca, liberando toda a extensão do seu membro.
Fechei a mão ao redor de seu pau e o masturbei calmamente, da base até a glande.
— Porra, , eu não te provoquei assim — resmungou, arrancando um sorriso meu. Levei seu pau até os lábios, depositando um leve beijo e então lamdo a cabeça. — Você vai se arrepender de estar fazendo isso, linda.
A ameaça soou vazia, era eu quem estava no controle naquele momento, eu que o tinha em mãos.
— Vou? — Masturbei toda a extensão de seu membro enquanto o encarava nos olhos ao questionar de modo devagar.
abriu a boca para me responder, mas, antes que qualquer palavra deixasse seus lábios, eu abocanhei seu pau, o encarando e vendo ele fechar fortemente os olhos e praguejar baixo.
Deixei que embrenhasse os dedos em meu cabelo, ditando o ritmo do trabalho que minha boca fazia em seu membro. Sincronizei o movimento da minha boca com o da minha mão, masturbando onde não conseguia engolir.
— Acho melhor pararmos aqui, ou eu vou gozar na sua boca. — afastou minha cabeça de seu pau, porém continuei a masturbá-lo com minha mão. — , eu estou falando sério.
Me afastei a contragosto, eu gostaria que gozasse na minha boca e me fizesse engolir tudo.
— E eu quero gozar a primeira vez só quando meu pau estiver dentro de você. — Sua voz rouca soou próxima ao meu ouvido, e minha boceta já estava lubrificada outra vez. afastou nossos corpos e pegou um preservativo que estava ali perto, me causando estranhamento.
— Isso estava aí o tempo todo? — questionei, observando ele abrir a camisinha.
— Trouxe quando fui ao banheiro, assim que chegamos — respondeu, colocando a camisinha em seu pau.
Devidamente protegido, se aproximou novamente, colando nossos corpos e segurando firme em minha cintura, enquanto sua outra mão descia até minha intimidade. Passou a mão pelos meus grandes lábios e mordeu meu lábio inferior, encarando-me fixamente nos olhos, separando nossas bocas e deixando-as a milímetros de distância.
— Porra, , você já está tão molhada. — Ele me penetrou com dois dedos, me arrancando um gemido. — Tão pronta pra eu te foder.
tirou seus dedos de dentro de mim e segurou na base de seu pau, me provocando enquanto pincelava a cabeça na minha entrada.
… — Deixei que o murmúrio sôfrego deixasse meus lábios, implorando para que ele me fodesse logo.
apoiou suas duas mãos na minha bunda e me levantou, me fazendo enlaçar as pernas em sua cintura. Colei minhas costas no vidro da janela e grudei o corpo de ao meu, enlaçando meus braços ao redor de seu pescoço. mudou o aperto de suas mãos para minha cintura e me penetrou, metendo tudo de uma vez só.
Aquilo era tão bom, que poderia facilmente ser considerado pecado.
Nossos corpos se moviam em perfeita sincronia, meus gemidos soando mais altos a cada estocada mais forte de . Minhas unhas arranharam seus ombros e suas costas, deixando marcas vermelhas ao longo de suas tatuagens. Sua boca estava em meu pescoço, distribuindo beijos e mordidas, e eu não duvidava que aquilo deixaria marcas.
Mas eu não estava me importando com aquilo, não quando ele estava me fodendo tão bem.
A mão de se chocou contra a minha bunda, produzindo um tapa ardido que ecoou pelo apartamento, sobressaindo ao som das investidas de . Mordi seu ombro, impedindo que um grito deixasse meus lábios quando a ardência gostosa me assolou.
— Goza para mim, . Eu quero sentir sua boceta apertando meu pau. — Soprou em meus ouvidos suavemente, dando um tapa mais forte no outro lado da minha bunda. — Pode gemer, geme enquanto eu faço gozar como se fosse a primeira vez.
aumentou ainda mais a velocidade e o nó em meu ventre se fez presente novamente. O som de nossos corpos se chocando ficou mais alto ainda e minhas pernas começaram a perder a firmeza ao redor de sua cintura. Finquei as unhas no ombro de enquanto colava nossas testas e gemia alto, mordendo o lábio inferior quando começou a masturbar meu clitóris com o dedo.
Senti a pressão e a soltei no mesmo segundo, gemendo o nome de enquanto gozava pela segunda vez na noite.
se movimentou por mais alguns segundos, não demorando a gozar também, mordendo meu pescoço quando atingiu o ápice.
Ficamos alguns segundos em silêncio até conseguirmos normalizar nossa respiração. Gemi baixo assim que retirou seu membro de dentro de mim, já sentindo falta de seu pau dentro de mim. Firmei minhas pernas no chão com a ajuda de , apoiando meu corpo fraco e trêmulo contra o vidro.
selou meus lábios uma última vez antes de se afastar para se livrar do preservativo, meu deixando ali para com um sorriso bobo no rosto e com o corpo trêmulo. — Um banho cairia bem — falou ao retornar, seus olhos ainda famintos passeando pelo meu corpo nu e suado.
— Totalmente, eu estou toda grudenta.
— Mas tem uma condição — falou, o sorriso malicioso voltando para os lábios e o dando uma aparência de garoto. — Você só pode tomar banho, se for comigo.
Caminhei até onde estava parado e o segui até o banheiro, pronta para mais uma rodada de sexo.
Eu não sabia se era o álcool em meu corpo ou o fato de que eu praticamente não tinha mais uma vida sexual, mas o sexo com parecia ser diferente de qualquer um que eu tenha experimentado ao longo dos meus vinte e sete anos.

🔥🔥🔥


Acordei me sentindo renovada, mesmo que meu corpo estivesse todo dolorido, e rolei para o lado, esticando meus braços ao me espreguiçar, mas fui interrompida por um resmungo, me causando um alarme conforme eu arregalava os olhos e notava não estar em casa.
Porra, caralho, que merda.
A primeira regra para manter as coisas casuais era não passar a noite, e ali estava eu, dividindo a cama com um semi-conhecido.
Puta que pariu.
Me obriguei a me acalmar, não apareceria procurando por coisas mais sérias do que os encontros casuais que eu estava disposta a oferecer. Sendo lógica, provavelmente nunca mais iríamos nos encontrar, ou então ele me veria em uma festa da Bejeweled e ignoraria a minha existência.
Tudo bem que a nossa noite tinha sido maravilhosa e que parecia entender meu corpo de modo que nenhum outro homem foi capaz, mas isso não significava nada.
Olhei para o lado e respirei fundo ao fixar o olhar na expressão serena de , seus músculos expostos e tatuados sendo uma completa tentação. Saí pelo outro lado do sofá-cama, disposta a não encostar nele, e levantei calmamente, tomando o maior cuidado possível para não acordá-lo.
Fiz tudo no maior silêncio possível, temerosa que acordasse devido a um mísero barulho, mas também me apressei, afinal eu não sabia que horas ele costumava acordar.
Botei a roupa da noite passada — não achando minha calcinha em lugar nenhum —, calcei meus saltos, peguei minha bolsa após estar devidamente pronta e prendi meu cabelo em um nó.
Eu tinha certeza que minha aparência não era das melhores, mas essa não era a minha preocupação no momento.
Saí do apartamento rapidamente, agradecendo aos céus por não ter trancado a porta, e entrei no elevador, apertando o botão do térreo. Peguei meu celular na bolsa e respondi as mensagens de Kiara que já ocupavam minha tela inicial.

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08:19
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Kiki 💕

Hoje, 08:30

bom dia, espero que esteja viva e que tenha dado muito
oiiii?
espero que esse silêncio seja pq vc passou a noite dando
e que ele seja muito gostoso
me diz que vc não tá respondendo pq vcs tão fazendo sexo matinal
não quero me preocupar
ok, estou preocupada e vou ligar para a polícia se você não der sinal de vida em até duas horas
Estou viva
acordou só agora?
caralho
ele te destruiu
quero saber de tudo!!!!


O caminho do vigésimo nono andar até o térreo foi mais longo do que eu me lembrava, e eu tive certeza que a presença de fazia com o que eu perdesse a noção do tempo. Deixei que um sorriso ocupasse meus lábios, a noite passada tinha sido boa, extremamente boa, mas eu nunca mais veria outra vez.

🔥🔥🔥


Alisei minha saia lápis branca com uma mão e segurei firme a pasta de Ellis com a outra após sair do táxi, tentando controlar o nervosismo após ter recebido um e-mail da minha chefe me avisando que conversáriamos hoje. Eu não tinha medo de ser demitida, eu recebia e-mails assim sempre que algo acontecia ou quando Ellis apenas queria me contar sobre alguma ideia nova para as futuras coleções, mas também — mesmo que desejasse muito — não acreditava que eu ganharia uma promoção.
Eu tinha desistido dessa hipótese após a décima vez que a minha chefe me convocou e era apenas para perguntar sobre um evento passado.
Sorri para a recepcionista assim que cruzei a porta do edifício e entrei no elevador, apertando o botão do décimo andar, onde ficava o quinto e último andar da Bejeweled, onde eu, Ellis e mais três pessoas tínhamos nossas salas.
— Bom dia, Flora. — Sorri para a secretária de Ellis no momento em que saí do elevador.
— Bom dia, . — A loira me cumprimentou com um sorriso. — Ellis pediu para que você vá diretamente para a sua sala, que ela te encontrará lá.
— Eu deveria deixar a pasta com aquela assim que chegasse. — Levantei a pasta como se para provar um ponto, e Flora sorriu novamente.
— Ela imaginou que diria isso, então me instruiu a te dizer que ela não vê problema se você a entregar alguns minutos depois. — Apenas concordei com a cabeça e segui até minha sala. Abri a porta e, antes de entrar, virei minha atenção para Flora novamente.
— Pode me buscar um café, por favor? — sorri novamente em sua direção e a mais nova apenas sorriu, concordando com um aceno de cabeça.
Flora estava no auge de seus vinte anos e cursava faculdade de secretariado, ramo diferente de qualquer um que estava interessado em trabalhar ali, motivo pelo qual Ellis a recrutou para ser sua assistente. Segundo a mais velha, ela não queria uma assistente que puxasse seu saco apenas por todo seu nome na indústria da moda. Apenas queria uma assistente que lhe ajudasse com todo o seu trabalho.
Entrei na minha sala e abri as persianas da janela de vidro, fazendo-me lembrar de duas noites atrás, quando eu transei em uma janela bem parecida com essa. Balancei a cabeça levemente, querendo espantar os pensamentos que rondavam minha mente desde o dia da festa. Sentei na minha cadeira e coloquei a pasta de Ellis na mesa.
— Com licença, . — A voz de Flora chamou minha atenção, vendo-a parada na porta com um copo grande de café. — Fui informada que Ellis já está no prédio, daqui a pouco ela está aqui.
Sorri em resposta e agradeci ao pegar o copo estendido em minha direção. Retirei a tampa e joguei no lixo que ficava ao lado da minha mesa. Dei alguns goles na bebida, me sentindo pronta para começar o dia graças a minha dose de cafeína, e coloquei o copo na mesa assim que ouvi leves batidas na porta. Murmurei um ‘pode entrar’ e levantei da cadeira, pronta para qualquer coisa que Ellis falasse, mas todo o meu preparo foi por água abaixo quando eu notei que ela estava acompanhada.
Acompanhada por ninguém menos que , com o cabelo levemente bagunçado e roupas casuais que o faziam parecer mais novo.
Tentei não demonstrar o choque que senti ao vê-lo ao lado de Ellis, na minha sala, quando até minutos atrás eu estava lembrando de nós dois transando.
O que caralhos ele estava fazendo ali?
Seria possível que Ellis tivesse contratado mais alguém para a diretoria e agora eu passaria os dias sado que transei com o meu chefe?
Foquei meu olhar em Ellis, disposta a ignorar a presença do homem ao seu lado, cujo os olhos me encaravam fixamente. Sorri para Ellis, vendo a mesma apenas menear a cabeça levemente, sua expressão a mesma de sempre.
Bom, ao menos sua falta de emoção me fazia acreditar que ela não tinha a mínima ideia do meu envolvimento com aquele homem.
— Bom dia, . — Sua voz ecoou pela sala.
— Bom dia, senhora Barnard. — Sorri sem mostrar os dentes, observando pelo canto dos olhos quando engoliu em seco ao me ouvir pronunciar o sobrenome.
Se eu não soubesse que Ellis é casada com um homem ainda mais velho que ela, eu começaria a ficar levemente preocupada com a razão pela qual parecia quase culpado.
— Você deve estar se perguntando o motivo pelo qual eu pedi para conversamos hoje e a razão pela qual ele está aqui hoje. — Senti meu coração parar de bater e não duvidava que minha cor tinha sumido do rosto, começando a acreditar que talvez Ellis soubesse sim o que tinha acontecido. — Eu queria que você tentasse colocar algum juízo na cabeça desse garoto.
Pisquei os olhos algumas vezes, tentando assimilar o que Ellis tinha acabado de dizer. E por que caralhos ela estava chamando de garoto? As dúvidas rondavam minha cabeça e eu não duvidava que minha confusão não estivesse exposta em minha cara.
— Você sempre foi tão decidida e dedicada, sempre soube o que queria e como chegar lá. Por isso, gostaria de saber se você pode ajudar o jamin) a enxergar as coisas com mais clareza e, quem sabe, encontrar o caminho dele também. Ele precisa de alguém que o inspire a tomar decisões. — Seus olhos me analisaram. — Espero que você consiga, porque, ao que parece, nem eu como mãe consegui.
Mas que porra?
Olhei rapidamente para o copo em minha mesa, me perguntando se Flora não tinha batizado minha bebida. Porque, a cada vez que Ellis falava, mais confusa eu ficava. Como eu iria inspirar a porra de um homem adulto? E por quê?
E ela disse… filho?
— Claro — concordei em um fio de voz, sem saber o que mais poderia falar.
— Ótimo, pode deixar que você será devidamente recompensada por isso. — Ellis disse com um sorriso apressado e superficial, como se fosse mais uma formalidade do que um gesto sincero. Seus lábios mal se moveram, o sorrindo desaparecendo quase tão rápido quanto surgiu.
Percebi que estava prendendo a respiração quando soltei o ar de uma vez ao ver Ellis sair da sala, fechando a porta atrás de si. Com os olhos arregalados, virei-me para , que estava escorado na minha mesa, tranquilamente bedo o meu café, como se a revelação de quem ele era não tivesse caído na minha cabeça de uma hora para outra.
Respirei fundo, tentando não entrar em pânico ao descobrir que o homem que não saía dos meus pensamentos era, na verdade, o filho da minha chefe.
— Me diz que isso é uma piada de muito mau gosto? — supliquei, enquanto tirava meu café de suas mãos e dava um gole.
Eu precisava daquilo mais do que ele, já que não parecia minimamente afetado.
— Eu não vou mentir para você, . — O apelido me causou um aperto no coração.
Caralho, onde eu tinha me enfiado?
— Eu não acredito que eu dormi com o filho da minha chefe — resmunguei ao devolver o café para a mesa, notando que Ellis tinha esquecido da pasta e eu sequer lembrei dela também. — Preciso entregar isso para a minha chefe... sua mãe, tanto faz. Só não mexa em nada, ok?
Peguei a pasta e saí da sala, lutando para conter o pânico que se espalhava por todo o meu corpo. Maldita hora em que escolhi estudar moda em vez de cinema; pelo menos, no cinema, eu poderia ter aprendido a esconder o turbilhão de emoções que gritavam na minha cabeça.
Maldita hora em que beijei aquela boca maravilhosa sem sequer perguntar o sobrenome. Mas, porra, quais eram as chances?
Bati na porta de Ellis e entrei assim que ouvi sua confirmação.
— Já desistiu de jamin)? — questionou, e eu neguei rapidamente com a cabeça. — Não se preocupe, eu sei como uma conversa com ele pode ser… difícil.
— Só vim entregar a pasta com os futuros projetos, acabei esquecendo ela. — Abri um sorriso mínimo e caminhei até sua mesa, lhe entregando a pasta. — Pode deixar que eu vou conversar com o seu filho.
— Vai significar muito para mim se você conseguir abrir os olhos dele. —Outro protótipo de sorriso apareceu e eu concordei com a cabeça, saindo de sua sala e voltando para a minha, mesmo que eu não estivesse mentalmente preparada para isso.
— Saiba que eu fiquei muito chateado por você ter me deixado na cama. — falou assim que entrei na sala, a expressão séria, mas com um toque de ironia.
E, mesmo vestida, eu sentia seu olhar me queimando.
— Vamos agir como se aquela noite nunca tivesse acontecido, está entendendo? — Eu apontei o dedo em sua direção, tentando não demonstrar o quanto estava nervosa. — Você é filho da minha chefe. Céus, eu até falei mal dela para você. Ai, meu Deus!
, calma, não precisa surtar. — O tom despreocupado na sua voz só fez meu desconforto aumentar.
Como ele conseguia permanecer tão calmo diante de uma situação como aquela?!
— Não me chame assim. — Falei pausadamente, tentando controlar a raiva enquanto via com um sorriso de lado nos lábios. — E não tem como eu não me preocupar, porra.
— Você parecia gostar muito quando eu o sussurrava no seu ouvido enquanto estávamos... bem, você sabe. — Ele comentou de forma maliciosa, fazendo-me respirar fundo e pressionar minhas unhas contra a palma da minha mão.
— Caralho, você pode não citar a nossa noite juntos? — questionei, a frustração explícita no meu tom. A memória já estava vívida o suficiente em minha mente sem que ele precisasse me relembrar o quão boa tinha sido nossa noite juntos. — Me diga, por que ela te chamou de "garoto"? É só uma mania dela, certo? Não tem nada a ver com a sua idade…
Porra, eu não aguentaria outro baque.
— Não se preocupa com isso, é mania dela — comentou, o tom despreocupado enquanto ele me encarava sério. — Afinal, eu já sou maior de idade.
Não deixei passar a forma como ele evitou mencionar a própria idade de maneira tão deliberada, o que me fez soltar um suspiro frustrado enquanto minha pálpebra direita começava a tremer involuntariamente.
Se continuasse com esse jogo de palavras e a sua atitude desafiadora, eu realmente iria estrangular aquele pescoço tatuado.
— Quantos anos você tem? — perguntei, com um medo palpável da resposta.
— Vinte e um. — coçou a nuca enquanto me encarava, claramente sem perceber a gravidade da situação. — Eu sou maior de idade, não me olhe assim.
Aquilo não era uma brincadeira.
Eu estava em choque ao descobrir que o homem que havia me proporcionado uma das melhores experiências da minha vida era, na verdade, bem mais jovem do que eu imaginava. A revelação me deixou atônita, e eu me vi lutando para processar a informação enquanto o pânico começava a tomar conta de mim.
O melhor sexo da minha vida foi com o filho da minha chefe, sete anos mais novo do que eu…
Caralho, eu estava fodida de formas incontáveis.
— Você não vai surtar, né, ? — ele perguntou, e eu me segurei para não o jogar pela janela do prédio.
Eu já estava surtando, e não era pouco.
Ellis não podia descobrir aquilo, nunca.
— Não use meu apelido, não temos intimidade para isso. — Minha voz saiu firme, e ergueu uma sobrancelha, a ironia presente em cada traço daquele rosto ridiculamente bonito.
— Seus critérios são estranhos, . — Repetiu meu apelido com uma ênfase provocativa. — Fomos íntimos o suficiente para que eu te fodesse por quase todo o meu apartamento, mas não somos íntimos a ponto de usar apelidos?
— Só cale a boca, jamin), por favor. — Supliquei, sentando na cadeira, debruçando os cotovelos na mesa e apoiando a cabeça nas mãos.
Onde eu tinha me metido, meu Deus?
— Ei, está tudo bem. — aproximou-se de mim, ajoelhando-se ao lado da cadeira e puxando meu rosto para olhar para ele. — Nós dois não sabíamos nada sobre isso, foi uma coincidência do destino.
— É, uma bem infeliz — respondi, tentando manter a compostura enquanto evitava o olhar dele. — Nossa conversa acabou.
— Por quê? — perguntou, com um olhar de dúvida genuína, e eu arqueei uma sobrancelha, sem acreditar que ele estava fazendo essa pergunta.
— Porque meu trabalho está em jogo aqui. — Voltei o olhar para a parede, tentando ignorar a atração inexplicável que sentia por . — Precisamos terminar esta conversa e agir como se a nossa noite juntos nunca tivesse acontecido.
— Certo, até mais — ele murmurou conforme se levantava, e eu apenas acenei com a mão, aliviada por ele estar indo embora. — Espero que você se lembre da noite de sábado sempre que olhar para a parede atrás de você. — Sussurrou, seu rosto tão próximo do meu que sua respiração bateu em meus lábios.
Meus pelos se arrepiaram, e eu me senti uma fraude ao perceber que meu corpo ainda estava tão reativo a ele, mesmo depois das descobertas de hoje. A sensação de confusão se misturava com o tesão devido às memórias tão vívidas em minha mente, e eu lutava para compreender como podia continuar tão envolvida, quando a realidade havia virado completamente de cabeça para baixo.
A ideia de que meu corpo ainda desejava alguém tão jovem e complicado me deixou desconfortável e frustrada. Eu nunca me envolvia com homens mais novos, e tampouco sentia atração por eles. No entanto, a situação com era estranha e diferente de todas as outras, eu me via disposta a ignorar minhas certezas por causa dele.
Mas era difícil ignorar que ele era mais novo e filho da minha chefe.
— Aliás, essa maquiagem está cobrindo muito mal as marcas no seu pescoço. — Arregalei os olhos, alarmada. Se conseguiu notar as pequenas marcas roxas no meu pescoço, era praticamente certo que Ellis também as teria visto.
Engoli em seco e peguei rapidamente meu celular para tentar verificar as marcas que mencionou, mas não consegui encontrar nenhuma.
Deixei que um suspiro escapasse de meus lábios, maldito provocador.
Eu me preocupava que Ellis me perguntasse sobre a conversa com seu filho, pois isso me deixaria em uma posição extremamente complicada. Na verdade, eu já estava bem ferrada.
Respirei fundo, ciente de que, apesar da revelação sobre , eu não podia deixar que isso prejudicasse meu trabalho. Precisava manter a compostura e focar na tarefa à frente, mesmo com a confusão e o desconforto que eu sentia.

🔥🔥🔥


Eu mal tinha me recuperado da festa eficente anterior e de toda a dor de cabeça que ela me causou, quando Flora me avisou que Ellis já havia marcado outra.
Resmunguei baixinho, ressentida com o interminável mês de pré-lançamento da nova coleção. Sempre que Ellis agendava o lançamento de sua mais nova coleção, a empresa promovia uma festa a cada final de semana para ampliar ainda mais a visibilidade da marca.
A festa eficente tinha sido a primeira, agora era a vez da festa do chá, e eu acreditava que ainda tínhamos, no mínimo, mais três ainda por vir.
Encarei a decoração, toda em tons de branco e vermelho, com um misto de apreciação e descontentamento. O resultado visual era impecável, mas a localização, na casa de Ellis, não era exatamente o que eu tinha em mente enquanto tentava não encontrar com novamente.
— Que tal uma dança? — A voz de me tirou dos meus pensamentos, fazendo-me dar um pulo de susto e provocando uma risada dele.
— Estamos na festa da sua mãe, você está louco? — questionei entre dentes, lançando olhares furtivos ao redor para verificar se alguém estava nos observando. No entanto, a área em que estávamos estava quase completamente vazia.
— Só estou sugerindo uma dança com a mulher que me fez abrir os olhos. — Ele segurou minha mão e aproximou nossos corpos, apoiando a outra mão em minha cintura e inclinando-se para que seus lábios ficassem próximos do meu ouvido. — Não estou pedindo para te beijar, embora queira muito.
— Como assim? — perguntei, ignorando a última parte e tentando disfarçar o impacto das suas palavras em mim.
— Minha mãe acha que eu "abri os olhos" por ter escolhido um curso na faculdade. — Ele mordeu levemente o lóbulo da minha orelha, e eu tentei controlar minha reação, mas o arrepio traiu meu esforço. — Na verdade, eu só percebi que quero você na minha vida todos os dias.
Afastei-me de , o encarando com os olhos arregalados. Ele estava claramente embriagado ou, pelo menos, fora de si.
— Você não sabe o que está dizendo. Está completamente maluco — exclamei, nervosa.
, no entanto, tinha um sorriso tranquilo no rosto.
— Não, , quem está confusa é você, tentando ignorar o que acontece entre nós e fingindo que você não sente a mesma atração que eu.
— Fala baixo, está louco?! — resmunguei, puxando para longe do jardim e seguindo para a lateral da casa, nos escondendo atrás de uma pilastra, onde não nos veriam com tanta facilidade. — Você não pode simplesmente ignorar o que temos só porque tem medo da minha mãe.
— Nós não temos nada — falei pausadamente, tentando ser clara.
— Mas podemos ter, eu não consigo ignorar isso entre nós, respondeu, e eu revirei os olhos. — Podemos esconder isso dela, de todo mundo, se fizer você se sentir melhor.
Passei as mãos pela minha nuca, sentindo a tensão crescer em meu corpo. Eu queria ser forte o suficiente para dizer que eu não me sentia atraída por ele, mas seria uma grande mentira deslavada. As memórias de suas mãos e seus beijos passeando por meu corpo me faziam querer esquecer tudo o que não era certo ali, a diferença de idade se tornando um mero detalhe e não um problema.
Contudo, ele ainda era filho da minha chefe.
— Eu nem sei por que estamos conversando sobre isso.
— Porque você sabe que quer me ter para si outra vez. — se aproximou, pressionando minhas costas contra a pilastra. — A noite que você passou na minha cama ainda está perfeitamente vívida em sua mente, consigo ver isso pela forma que você me encara. — Ele encostou a testa na minha e deixou seus lábios a poucos milímetros de distância dos meus. — E, eu aposto que você quer sentir minha boca em você outra vez… Tanto nos seus lábios, quanto na sua boceta.
Foi naquele instante, ao ouvir aquelas palavras, que eu decidi que não negaria mais o que eu queria, que que o queria.
Não havia nenhuma cláusula no meu contrato de trabalho que me impedisse de beijar o filho da minha chefe, e eu estava decidida a não reprimir mais o desejo que eu sentia por .
Não quando ele mexia tanto comigo.
Segurei seus ombros e o beijei de forma desesperada, ansiando que me devorasse mais uma vez. Suas mãos desceram até minha bunda, apertando-a fortemente e trazendo meu corpo de encontro ao seu, sua ereção pressionada contra minha barriga.
— Você fala demais — sussurrei contra seus lábios quando rompemos o beijo, os olhos de brilhando conforme ele me encarava.
— Achei que você ia me negar — comentou, com um sorriso brincalhão, mas suas sobrancelhas franzidas de modo sério.
— Que tal você calar a boca e me beijar de novo? — Sugeri, mordendo seu lábio inferior.
— Melhor ainda, e se subirmos para o meu quarto? — Sua pergunta foi acompanhada por um movimento de quadril, roçando sua ereção em mim.
— Você está louco? — murmurei, nervosa, e riu.
— Acredite, os funcionários daqui já deixaram de contar as coisas para minha mãe faz muito tempo. — Ele mordiscou meu ombro, seus dedos subindo para a minha cintura e a apertando fortemente.
O desejo que eu sentia por era palpável e incontrolável, e, por mais que eu tentasse negar, sua presença e suas palavras tinham um efeito avassalador sobre mim. Não era preciso muito para que eu ficasse excitada.
Maldito homem com suas tatuagens e suas palavras provocantes que faziam meu corpo entrar em ebulição e minha mente perder a razão. Afastei-me de e entrelacei nossas mãos, arrastando-o para o interior da casa, tentando manter nossa escapada discreta.
Eu não entendia o que aquele garoto fazia comigo ou por que me sentia assim, mas toda vez que suas mãos tocavam meu corpo ou suas palavras obscenas chegavam aos meus ouvidos, eu me sentia como uma virgem descobrindo a luxúria pela primeira vez.
A excitação percorria por cada parte de meu corpo, parecendo aumentar a cada passo que eu dava, em conjunto com o receio de que alguém poderia nos ver a qualquer momento.
Parei de andar no meio do corredor, ao sentir os beijos que distribuía por meu ombro nu.
— Você poderia parar de me provocar, e me dizer para onde devemos ir — falei, conforme virava em sua direção.
O sorriso malicioso retornou para os seus lábios e suas íris brilharam conforme ele diminuía a distância entre nós, parecendo nem um pouco preocupado que qualquer um que passasse por ali poderia nos ver.
, você sabe que, por mim, eu não tenho nenhum problema em te foder aqui no meio desse corredor, sem me importar se alguém está vendo. — A voz rouca de soou próxima aos meus lábios, eriçando os pelos da minha nuca e dos meus braços.
Eu nunca imaginei que uma frase daquelas me deixaria tão excitada.
— Mas, mesmo com esses seus lábios rosados implorando para que eu te foda agora, eu acho que você prefere que a gente comece isso no quarto — falou ao segurar minha mão, retomando o caminho que seguíamos anteriormente.
Eu o segui, receosa de que alguém pudesse nos ver e de que aquela não fosse a escolha certa, mas a minha calcinha parecia ficar mais molhada a cada passo que eu dava em direção ao quarto de .
Eu o queria de uma forma que nunca desejei nenhum outro homem, e isso me deixava nervosa.
— Bem-vinda ao meu quarto — falou ao adentrar o cômodo, dando espaço para que fizesse o mesmo. — Infelizmente não temos uma janela de vidro aqui, teremos que nos contentar com outra superfície.
Sorri maliciosa e me encostei na porta, puxando pelas mãos até que ele estivesse na minha frente, a poucos milímetros de distância. Seu corpo pressionado contra o meu, sua ereção roçando em minha barriga.
— Não estou muito preocupada com o onde. — Direcionei as mãos para a nuca de , o arranhando levemente. — Só espero que você comece logo.
colou ainda mais nossos corpos, me prensando entre seus músculos e a porta. Sua mão desceu até minha bunda e agarrou enquanto roçava o pau contra mim.
— Eu quero te foder desde que eu te vi hoje nesse vestido. — sussurrou contra meus lábios entreabertos. — Hoje não temos tempo para joguinhos, eu estou explodindo de vontade de foder a sua boceta.
Abri os olhos e pude observar se afastando, seguindo em direção a cama enquanto se livrava das roupas pelo caminho. Ele estava com pressa, e, provavelmente, com mais tesão do que eu — se isso fosse possível.
Me livrei do vestido, ficando apenas com minha lingerie, abandonando o enorme salto logo à frente. Deitei na cama e observei seguir até o criado-mudo, pegando um preservativo de dentro das gavetas e jogando próximo a mim na cama.
— Sabe, eu lembrei de você ao longo da última semana inteira. — começou a falar conforme se aproximava da cama. — Senti falta do seu corpo nu contra o meu, de suas unhas me arranhando e de ter você completamente entregue a mim, gemendo meu nome enquanto eu te fodo.
Minha intimidade latejou, fazendo-me gemer baixo ao roçar uma perna contra a outra, imaginando perfeitamente tudo o que jamin) tinha citado. Afinal, eu não estive muito diferente dele ao longo da última semana.
— O que foi, , isto não te agrada? — murmurou, sacana, ao ajoelhar-se na cama, ainda trajando a calça social. — Ou te agrada tanto, que você não vê a hora de acontecer novamente?
Ri fraco, nem um pouco surpresa com a prepotência dele.
— Já disse e repito, hoje você está falando muito.
— Posso resolver isso rapidinho. — piscou maliciosamente e apoiou-se sobre cotovelos, ficando por cima de mim e me beijando.
Enlacei as mãos em torno de seu ombro, me entregando completamente ao beijo que eu queria sentir mais do que qualquer coisa durante os últimos dias. Arqueei minhas costas, disposta a enlaçar minhas pernas ao redor da cintura de , porém o aperto de sua mão em minha coxa me impediu.
Ouvi sua risada fraca contra meus lábios e afastei o rosto o suficiente para que pudesse encará-lo ao abrir meus olhos.
— Nada disso, linda — falou com um sorriso malicioso nos lábios. — Hoje eu estou no comando.
Senti todos os meus pelos se eriçarem com a fala de e não contive o sorriso malicioso.
Suas mãos foram para a parte de trás do meu sutiã, levando meros segundos para se livrar da peça, e seus lábios revezavam entre distribuir beijos e mordidas por toda a minha pele exposta.
— Sabe, eu queria te punir por tudo o que você me falou no seu escritório — sussurrou no meu ouvido, seus dedos beliscando meu mamilo e me fazendo gemer alto. — Mas você estava tão gostosa hoje, que eu só conseguia pensar em te foder o mais forte que eu conseguisse desde que bati meus olhos em você.
Sua boca seguiu até meu seio que suas mãos não acariciavam, chupando-o e mordiscando enquanto seus dedos brincavam com o outro.
— O que você me diz, linda? — questionou próximo a minha pele, arrepiando-me ainda mais. — Prefere que eu te castigue, dizendo tudo o que eu quero fazer com você enquanto estou te provocando, ou que eu te foda até você gemer tão alto que qualquer pessoa naquela maldita festa possa te escutar?
Sua mão desceu por toda a extensão do meu corpo, parando apenas quando alcançou o tecido da minha calcinha. Prendi minha respiração em antecipação, causando uma risada em .
— Você precisa me responder, . — Sua voz rouca soou fraca, sua mão puxando minha calcinha para o lado e me penetrando com um dedo. — Você está tão molhada, que acho que eu já tenho a minha resposta.
Arqueei o quadril para cima, auxiliando enquanto ele tirava minha calcinha e jogava para qualquer canto do quarto. Aquilo era algo que eu só precisaria me preocupar depois.
— Porra, que saudades que eu estava de ter seu gosto em minha boca e te encarar completamente nua. — murmurou após sugar minha lubrificação de seu dedo. — O seu gosto é capaz de me levar do inferno ao paraíso. Queria muito chupar sua boceta outra vez, mas eu preciso meter em você.
afastou-se de mim, se livrando da calça e da boxer de uma só vez, jogando-as de qualquer jeito no chão. Mordi o lábio inferior ao observá-lo nu, colocando a camisinha que tinha deixado na cama anteriormente.
A antecipação borbulhava em meu corpo junto com o tesão, eu queria senti-lo dentro de mim outra vez.
— Eu queria passar o resto do dia fodendo com você nesse quarto, mas não podemos demorar muito hoje — murmurou, voltando-se a se aproximar.
retomou a posição em cima de mim, colando nossos corpos e apoiando-se com um braço no colchão — disposto a não jogar todo o seu peso em mim —, enquanto sua outra mão descia até minha intimidade. Passou os dedos suavemente pelos meus grandes lábios e mordeu meu lábio inferior, encarando-me fixamente nos olhos e separando nossas bocas, deixando-as a milímetros de distância.
— Porra, , você está tão molhada. — Me penetrou com os dois dedos enquanto falava, me fazendo soltar um gemido. — Tão pronta pra eu te comer.
tirou seus dedos de dentro de mim e me penetrou de uma vez, seu pau todo enfiado em mim, me fazendo soltar um gemido mais alto que o anterior enquanto eu fincava as unhas de minhas unhas em seus braços tatuados.
Apoiou sua mão na minha cintura, apertando-a fortemente enquanto estocava fundo em mim. Arqueei as costas para trás e enlacei minhas pernas em seu quadril, o permitindo ir ainda mais fundo. Deixei que meus gemidos ecoassem pelo quarto em conjunto com nossas respirações descompassadas e o som do atrito causado por nossos corpos.
Nós nos movíamos em perfeita sincronia e eu gemia mais alto a cada estocada mais forte de , me amaldiçoando mentalmente ao agredir que eu me estava disposta a negar todo o prazer que aquele homem me proporcionava.
De fato, funcionávamos muito bem na cama.
Minhas unhas deixavam as marcas avermelhadas em seus braços, minha boca mordia seu ombro sempre que um gemido mais alto tentava escapar. A mão que segurava minha cintura revezava entre apertar fortemente meu quadril e subir até meus seios, beliscando os bicos duros.
— Não precisa se controlar, . — Sua voz sussurrou em meu ouvido. — Quero você gemendo o mais alto que conseguir, quero que você goze enquanto eu te como olhando nos seus olhos.
v aumentou ainda mais a velocidade e o nó em meu ventre se fez presente, arrepiando-me completamente e fazendo com o que o formigament começasse a percorrer meu corpo. O som de nossos corpos se chocando ficou mais alto e minhas pernas começaram a perder a firmeza, precisando que invertesse as posições, me colocando por cima.
Sorri extasiada ao sentir todo o membro de dentro de mim, enquanto eu rebolava impiedosamente no seu pau.
Finquei as unhas nos ombros de enquanto jogava a cabeça para trás e arqueava minhas costas, sentindo-o aumentar mais um pouco a velocidade das estocadas e fazendo-me perder o ar sempre que seu pau parecia socar meu útero. Sua mão seguiu até o meu clitóris, o massageando e eu não contive o gemido alto que ecoou por todo o quarto, fazendo-me debruçar-me sobre o peitoral de jamin), me extasiada enquanto eu gozava.
continuou a me foder até que ele próprio gozasse, não demorando muito e esporrando na camisinha.
Ficamos alguns segundos em silêncio, até conseguirmos normalizar nossas respirações. Gemi baixo assim que retirou seu membro de dentro de mim, sentindo falta de me sentir preenchida, e deixei que ele me deitasse na cama.
Observei-o seguir até o banheiro do quarto para se livrar da camisinha e permaneci em silêncio até que ele voltasse, deitando na cama ao meu lado e me puxando para perto.
— Precisamos descer daqui a pouco, não podemos demorar — murmurou ao começar a acariciar meu cabelo.
— Podemos ficar mais um tempinho aqui?
— Claro, — respondeu, sorrindo levemente. — O tempo que você quiser.
Respirei fundo, criando a coragem necessária para falar o que passava em minha mente.
— Eu estou disposta a tentar, por nós dois.
depositou um beijo em meus cabelos, me apertando ainda mais firme contra si.
— Sério?
Contentei-me em apenas balançar a cabeça em sinal de concordância.
— Bom, esse vai ser o nosso segredinho.
Eu não sabia exatamente onde aquilo nos levaria, mas, por e pelo tesão que só ele era capaz de me proporcionar, estava disposta a arriscar e tentar. Havia algo especial entre nós, uma conexão que eu não podia ignorar, e estava pronta para explorar o que quer que viesse a seguir, sem receios ou hesitações.


Fim!


Nota da autora: Espero que vocês tenham gostado dessa história, ela era de um projeto antigo, antes desse universo maravilhoso do ficsverse existir, e ela é inspirada na música de mesmo nome da Madonna. Eu reescrevi, já que a minha escrita não me agravada mais haha

Confira minhas outras fanfics:
A Week In Bali [Liam Payne — Restritas — Shortfic]
Are You The One? [Originais — Restritas — Longfic]
Can I Be The One [Originais — Restritas — Shortfic]
Cold Sparks [Originais — Restritas — Shortfic]
Endless Winter [Mitologia — Restritas — Longfic]
Flames of Redemption [Mitologia — Restritas — Longfic]
I'll Never Let You Fall [Originais — Restritas — Shortfic]
Let Me Be The One [Originais — Restritas — Shortfic]
Stone Eyes [Mitologia — Restritas — Longfic]
When Love's Around [Originais — Romance de Época — Shortfic]
Wings of Betrayal [Mitologia — Restritas — Longfic]