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Independente do Cosmos🪐

Última Atualização: Fanfic Finalizada

"A todos que, como Bucky Barnes, enfrentam seus próprios demônios e lutam para se reconectar com o mundo e com seus corações. Que esta história sirva como um lembrete de que, mesmo após os tempos mais sombrios, a luz do amor sempre pode encontrar um caminho. Para aqueles que se permitem uma nova chance de felicidade, apesar dos traumas do passado... Para todos aqueles que buscam um farol em meio à escuridão."



“We're not broken just bent
And we can learn to love again
It's in the stars
It's been written in the scars on our hearts
We're not broken just bent
And we can learn to love again
Oh tear ducts and rust
I'll fix it for us
We're collecting dust
But our love's enough”
Just Give Me A Reason - Pink (Feat. Nate Ruess)



WAKANDA
2016


Bucky estava nervoso.
Seu jantar embrulhava no estômago, e a qualquer momento ele poderia vomitar. Seria um eufemismo dizer que a noite tinha sido apenas agradável. Estar ao lado de fazia algo, que ele jurava estar morto, florescer dentro de si.
James não sabia de onde tinha tirado coragem para chamá-la para um encontro, mas ele o fez.
E ela aceitou.
Por isso, estavam naquele restaurante, no centro de Wakanda.
Já tinham jantado, como bem seu estômago embrulhado pelo nervosismo o fazia lembrar. Estavam terminando de tomar a sétima ou oitava taça de vinho, e Barnes já conseguia ver as bochechas de corarem um pouco pelo álcool.
Para ser bem sincero, James era mais adepto a cerveja ou uísque, algo tão amargo quanto seus anos de vida. Mas, quando teve a ideia de convidar para um jantar, ele se esforçou.
Bom, se esforçou na medida em que pôde.
Tinha recém-acordado da criogenia, não tinha emprego ou dinheiro, estava se adaptando a uma nova prótese feita pela princesa Shuri e… estava olhando para a mulher que salvou sua vida de mais formas do que ela jamais poderia imaginar.
Ele se perdeu em seus pensamentos ao colocar os olhos nela outra vez.
E puta merda, estava linda.
Ela não valia apenas o esforço de trocar o uísque pelo vinho doce. valia tudo o que Bucky poderia oferecer, e o que não conseguisse, ele lutaria por isso.
Talvez fosse por isso que James sentia o risoto dar voltas no estômago e a única mão humana que tinha transpirar quase que freneticamente.
Ele não tinha encontros há quase cem anos, mas não era ingênuo. Ele ainda sabia uma coisa ou outra, e aquele encontro com estava se encaminhando para um caminho perigoso que o deixava apavorado.

— James? — deixou a taça na mesa e deslizou a ponta dos dedos até tocar a mão dele.
Bucky piscou devagar, a voz dela sendo o seu único caminho para calar sua mente quebrada e traiçoeira.
— Me desculpe… Eu me distraí.
deixou escapar um sorrisinho contido e nasalado ao observá-lo. Ela tinha prometido a si mesma que nunca mais entraria na mente de Barnes, apenas se ele a autorizasse. Contudo, James estava tão nervoso à sua frente que era impossível não notar sua aura mudando o tempo inteiro.
não precisou entrar na mente dele para sentir o nervosismo que ele emanava.
— Eu estava dizendo que gostei muito daqui. Poderíamos vir mais vezes. — Ela pigarreou e bebeu um pouco mais do seu vinho. — Se você quiser, é claro.
— Quero sim. — Bucky respondeu instantaneamente, como uma reação automática do seu corpo e mente ao estar próximo dela.
James fechou os olhos e fez uma careta que achou extremamente fofa ao notar como tinha soado.
— Foi muito desesperado, não foi?
inclinou a cabeça e seus olhos brilharam.
— Sim… — Seus dedos deslizaram suavemente até encontrarem os dele, um toque leve, quase tímido. — Mas eu também estou desesperada pelo nosso próximo encontro.

Bucky prendeu a respiração. Seu coração, tão calejado, alcançou um ritmo frenético, e sua mente quase entrou em colapso.
O calor das mãos se entrelaçando parecia pulsar com uma energia própria, com cada batida dos dois corações ressoando através da pele. James abriu mais os dedos, deixando que se ajustassem como peças de um quebra-cabeça, encaixando-se perfeitamente.
Como se fossem feitos para estar ali.
Ele sentiu a suavidade da pele dela, a delicadeza de seus movimentos, enquanto suas mãos se apertavam com firmeza e carinho. Os olhos de James desceram até as mãos entrelaçadas e ele não conseguiu conter o suspiro. Era um gesto simples, mas carregado de significado, uma promessa silenciosa, um conforto mútuo.
A conexão entre eles era evidente e tangível, e não era apenas porque tinha estado na mente de Bucky e criado todas as barreiras psíquicas responsáveis por exterminar o Soldado Invernal do homem.
Não.
Dentro da mente dele, conheceu todas as suas faces: os medos, os desejos, os sonhos perdidos, o trauma, a tortura… Ao mesmo tempo, ela permitiu que ele visse todas suas fraquezas ao deixá-lo alcançar a própria mente.
Então, após tudo o que viveram em Wakanda, mas apenas um na mente do outro, a conexão que criaram juntos irradiava uma sensação de pertencimento e segurança.
E naquele entrelaçar de mãos, foi como se tivessem encontrado um pedaço do paraíso.

— Eu… — As palavras se perdiam facilmente na turbulência que James carregava dentro de si.
acariciava o polegar na mão dele, sem pressa, só querendo senti-lo por perto.
— Está tudo bem, sargento. — O aperto entre as mãos foi intensificado por ela. — No seu tempo. Eu não vou a lugar algum.

O modo como o olhava o deixava desconcertado. Bucky nunca tinha sido encarado daquela forma, não depois de tudo o que tinha feito, do monstro em que tinha se transformado. Mas lá estava ela, trazendo uma luz para a escuridão da sua vida, calor para seu interior congelado e paz para seus pensamentos aflitivos. E tudo o que Barnes queria era segurá-la e nunca mais deixá-la ir.

— Podemos… — James respirou fundo, juntando toda a coragem que tinha. — Podemos ir embora agora?
piscou, um pouco surpresa, e seus olhos brilharam ao compreender silenciosamente o que Bucky estava sugerindo.
— James, não precisamos fazer nada.
Em resposta, já que julgava não conseguir pensar em nada naquele momento, Bucky apertou suavemente a mão dela, reforçando o vínculo que compartilhavam e carregando a certeza de que era aquilo que ele queria.
— Tudo bem. Eu vou pedir a conta. — Os olhos de , cheios de emoção e entendimento, encontraram os dele e ela sorriu ligeiramente.

não se considerava a pessoa mais romântica do mundo. Em seus relacionamentos, tudo não passava de algo carnal, e na única vez que se permitiu sentir e se apaixonar, teve seu coração destroçado por Steve Rogers. Ela sacudiu a cabeça discretamente, espantando aquele pensamento. Já o havia superado, já o havia esquecido. Agora, estava se apaixonando de novo. Desta vez, era mais arrebatador, mais intenso. estava se apaixonando por James Bucky Barnes, e nunca algo havia parecido tão inabalável, íntimo e profundo.
A conta foi paga por , que trabalhava para T’Challa e Shuri, algo que incomodou um pouco Barnes, uma vez que ele a tinha chamado para jantar. Mas não tinha muito o que fazer, infelizmente. Assim que saíram do restaurante, James tomou a dianteira até o carro estacionado e abriu a porta para ela.
pressionou os lábios em um risinho envergonhado; era fofo como ele se esforçava para fazer tudo dar certo. Bucky ainda não podia dirigir ou pilotar, a prótese que usava estava em fase de adaptação, por isso, a motorista da noite também era . Antes de entrar no carro, contudo, ela o encarou divertida.

— O que foi? — Bucky mordeu o lábio, sem manter o contato visual por muito tempo.
se aproximou um passo dele e passou a ponta dos dedos em alguns dos fios castanhos dele que estavam balançando pelo vento frio da noite.
— Por que não vamos andando? — Ela sugeriu, observando Bucky fechar os olhos com o toque delicado dela em sua pele. — Eu bebi demais.
Era verdade e mentira, em partes. tinha bebido tanto ou mais vinho que Barnes, mas precisaria de uma boa quantidade a mais que aquela para deixá-la bêbada ao ponto de não conseguir dirigir. Ela só queria prolongar cada segundo com ele, o máximo possível. Para sempre.
— Vamos andar demais. — Bucky soprou baixinho.
já estava com a mão próxima ao maxilar do soldado e, pouco a pouco, seguia até a nuca dele.
— Eu não me importo. — Sussurrou no mesmo tom que ele usava, aproximando mais os corpos.
— Esses seus sapatos vão te machucar. — A cabeça de Bucky foi levada pela mão de , e ele quase ronronava pelo toque dela.
sorriu, descalçando os sapatos e deixando-os cair ao chão.
— Eu fico descalça.
— Está frio. — Bucky hesitou por um momento, sua preocupação evidente nos olhos agora cerrados, sentindo o frio da noite, mas incapaz de resistir à proximidade dela.
riu baixinho, sua mão agora segurando a nuca dele, puxando-o mais para perto.
— Você me esquenta. — Ela disse, os lábios quase tocando os dele.
Bucky tentou encontrar mais uma desculpa, mas o calor do toque de e a proximidade dos seus corpos eram irresistíveis.
— Est…
— James, cale a boca. — o interrompeu, cessando o pequeno espaço entre seus lábios e beijando-o pela primeira vez.

Ela podia culpar o vinho, se fosse desonesta. A verdade, no entanto, era que desde que Barnes tinha acordado da criogenia, ela sentia vontade de beijá-lo. sabia respeitar todos os limites que via James ter, cada trauma, cada medo ao toque… Tudo. Em sua mente e fora dela. Mas ele a tinha chamado para um encontro, ele estava se esforçando para fazer tudo dar certo. Ele tinha sido gentil a noite toda, não só naquela noite, mas em todas as outras em que ficaram conversando, e nos dias também. Todo o momento. James era gentil o tempo inteiro e isso desconcertava de uma forma que ela quase se sentia uma adolescente apaixonada. Aqueles olhos azuis intensos e tímidos, aqueles lábios rosados e convidativos… O rosto bem desenhado, a barba rala por fazer e o maxilar delimitado. Oh, merda, tudo o que queria era sentir o beijo dele.
E ela não se aguentou, não mais. Talvez a culpa realmente fosse do vinho, afinal de contas. Sem o salto alto que usava para ficar quase da mesma altura que Bucky, se colocou na ponta dos pés para prosseguir com o selar dos lábios. Era só um selinho, o primeiro contato deles além das mãos entrelaçadas e de alguns toques discretos e sutis que estavam tendo ao longo dos dias, e precisava saber se ele estava pronto para isso.
Bucky hesitou por um segundo, sua respiração ficou presa e seus músculos tensionaram. Ainda estava de olhos fechados quando a sentiu suspirar e o ar quente bater contra seu rosto. Aquilo foi o suficiente para que ele relaxasse, descansando timidamente a mão em sua cintura. A suavidade da língua de pedindo espaço para entrar em sua boca lhe trouxe um frio gostoso na barriga e, quando as línguas finalmente se tocaram, Bucky apertou os dedos em torno dela.
O beijo iniciou lento, o gosto do vinho doce dançando pela boca deles só incitava a continuarem mais e mais. Não havia pressa, por mais que sentissem fome de toques. Não havia brutalidade, embora os dois fossem, um dia, condicionados a não saber o que era delicadeza. Bucky deu um passo para frente, levando a se apoiar no carro em que foram ao restaurante, o toque dos lábios dela parecia derreter qualquer resistência que ele ainda pudesse ter. E o mundo… Oh, o mundo ao seu redor desapareceu, e naquele momento, tudo o que existia era .
.
.
.

Quando os lábios se separaram, muitos minutos depois, manteve os olhos fechados por um instante, saboreando a sensação. Ela abriu os olhos lentamente, encontrando os de Bucky, que parecia decorar cada traço do seu rosto.

— Eu… — Bucky começou, com uma mistura de surpresa e algo que parecia ser uma nova esperança.
apenas sorriu, colocando um dedo suavemente sobre os lábios dele.
— Não pense, só aproveite o momento. — Ela sussurrou, seus olhos brilhando de emoção, antes de juntar os lábios outra vez.

Foi difícil parar de se beijar depois daquilo, para e, principalmente, para Bucky. A pressa tinha sido reservada para outro momento. Toda carícia, todo encostar de lábios, toda dança entre as línguas... Tudo era tão devagar e intenso que já tinha perdido o autocontrole muitos beijos atrás. Mas precisavam voltar para o palácio de T'Challa; a população de Wakanda, bem como os anciões do conselho real, ainda não aceitavam os dois estrangeiros com tanta afeição quanto o Rei e a Princesa do país.
Bucky não queria que o beijo acabasse, sentindo como se pudesse viver daqueles lábios para sempre. Era uma sensação nova, mas não desagradável, ter a paixão habitando seu peito novamente. Ele não conseguia lembrar qual foi a última vez em que se apaixonou por alguém, mas sabia que essa era uma sensação que esquentava o peito e o deixava flutuando. No entanto, sua mente racional sabia que precisavam parar e se separar daquele momento. Ele suspirou suave e relutantemente, afastando-se o suficiente para quebrar o contato entre seus lábios. Ainda estavam perto, o que não era necessariamente o que queria, mas ao menos, dessa forma, conseguia recuperar um pouco da razão.

— Nós... precisamos... voltar. — Ele murmurou entre lábios, ainda com o gosto do vinho e de na boca, lutando contra todos os seus demônios para agir com a razão.
acenou discretamente com a cabeça, encostando a testa um pouco mais abaixo do ombro dele, e suspirou.
— Sim, precisamos.

Dolorosamente, como se afastar fosse um ato de tortura, James colocou certo espaço entre ele e e, logo após ela travar o carro, eles andaram lado a lado pela rua pouco movimentada do centro de Wakanda. estava descalça, segurando os saltos em uma das mãos, enquanto dava os primeiros passos. Mas o movimento repentino de James, parando para tirar os próprios sapatos para que ela calçasse e ele fosse descalço, só de meias, enquanto segurava os saltos dela, trouxe-lhe uma onda enorme de um calor que irradiava bem do meio do peito e se alastrava por todo o corpo.
Despretensiosamente, ao voltarem a andar, sua mão roçava a de Bucky sempre que mais um passo era dado. O momento entre o beijo tinha acabado e ela, sempre respeitando os limites dele, não ousou entrelaçar os dedos aos seus, por mais que seu interior pedisse por isso. Pelo canto dos olhos, ela lançava olhares discretos para estudar suas reações. Para saber se ele tinha gostado, se tinha se arrependido, se tinha passado de algum limite.
Enquanto andavam pela rua, Bucky podia sentir o olhar de pousado em si a cada poucos passos dados. E ele sabia o porquê. Apesar de ainda estar confuso com os próprios sentimentos, uma coisa era certa: ele não se arrependia do beijo. Na verdade, era quase como se um fio de fogo tivesse sido aceso dentro dele, um sentimento que havia sido apagado há muito tempo. Por isso, quando sentiu a mão dela roçar a sua novamente, seu pulso acelerou e, tomado por uma determinação, James entrelaçou novamente seus dedos aos de .
precisou de tudo de si para controlar o sorriso bobo que ameaçou sair ao sentir as mãos se entrelaçando e, embora o caminho até o palácio tenha sido silencioso, não foi desconfortável. Os dois andaram lado a lado, seus dedos se movimentando num carinho discreto e mínimo, absortos em seus pensamentos e suas emoções, digerindo que talvez o sentimento que estavam sentindo fosse muito maior do que tinham imaginado.
Ao avistar, um pouco mais adiante, os portões do palácio de T'Challa, a mente de Buck começou a se tornar um torvelinho de dúvidas e incertezas novamente. O sentimento que crescia dentro dele era um que não esperava — um que poderia fazer dele um homem outra vez. E, embora fosse assustador, ele não conseguiu evitar a forma como seu coração se agitava em seu peito com o simples gesto de ter as mãos entrelaçadas, sendo suavemente acariciado pelo polegar de .
não iria pressionar Bucky a nada. O encontro tinha sido perfeito e ela podia esperar o tempo necessário até que ele se sentisse inteiramente confortável para dar mais um passo adiante. Ela, com toda certeza, encarava a noite como uma vitória: Bucky não se fechou na própria mente, se esforçou para se manter conversando com ela, prestava atenção em tudo o que ela dizia e, por fim, não só a deixou beijá-lo, como também a beijou de volta.

— James, eu não quero que você se sinta pressionado a nada... — deixou a voz sair num murmúrio baixo enquanto seus olhos buscavam os dele, ambos parados em frente à porta do quarto dela.
O rosto de Bucky refletia todas as emoções que passavam por sua mente: hesitação e insegurança, mas também uma chama de determinação. Ele acenou levemente com a cabeça antes de responder baixinho.
— Não se preocupe. Me sinto... — Ele hesitou, procurando as palavras certas. — Só preciso de um tempo para pensar e digerir tudo. Mas não é por sua causa, só... — Bucky respirou fundo, lutando contra seus próprios demônios em sua cabeça. — Apenas... precisamos ir devagar.
riu suavemente, seu olhar cheio de compreensão e carinho.
— Não faremos nada que você não esteja pronto. — Ela foi até a porta do quarto e a abriu, se desvencilhando do entrelaçar dos dedos de James e entrando no quarto.

passou pela porta e virou para encará-lo, dando a ele o poder de escolher entre entrar no quarto dela ou seguir para o próprio quarto. Ela o queria. Pelos deuses, ela o queria mais do que tudo. Mas não estava mentindo quando falou que não iria a lugar algum e que o esperaria. , naquele momento em que assistia à insegurança de James transparecer pelos poros, podia jurar que o esperaria pelo restante da vida.
Bucky ficou parado diante da porta, olhando para o interior do quarto de com uma mistura de sentimentos: desejo, hesitação, medo e determinação. As palavras dela ecoavam em sua mente, lembrando-o de que não precisava se apressar, que poderia ditar sua própria velocidade. Entretanto, também havia algo dentro dele fervilhando, uma chama de vontade que quase o deixava desesperado.
Ele hesitou por um instante, observando parada na porta, antes de reunir toda a coragem dentro de si e entrar no quarto.
O quarto estava em um breu, exceto pela sacada com as janelas e cortinas abertas que deixavam a luz da lua entrar e o vento frio refrescar o ambiente. esperou que Bucky passasse pela porta para fechá-la e, sutilmente, girar a tranca. Mas estava tudo tão silencioso que, com exceção das respirações deles, aquele ato parecia ter gritado. E aquilo parecia ter ecoado por todo o quarto, aumentando ainda mais o silêncio que havia entre eles. Bucky ficou imóvel por um momento, sua respiração se aprofundando um pouco enquanto ele finalmente encarou Rav, sua forma escura e contida pelo espaço escuro do quarto. A luz pálida da lua se espalhava pelo espaço, cobrindo cada centímetro do ambiente.
deu um passo incerto em direção a ele, no meio do quarto, mas parou antes mesmo de se aproximar o suficiente. Ela sabia de toda a situação que Bucky era obrigado a passar quando era o Soldado Invernal e em como a Hydra o levava de assassino a brinquedo sexual. Não queria pressioná-lo a nada, não queria dar a entender nada. Ela o queria, mais que tudo. Tinha passado a noite inteira desejando seus beijos, seus toques, tudo de si. Mas, acima de tudo, queria que Bucky se sentisse bem ao fazer isso.
Ele permaneceu imóvel, observando enquanto dava um passo em sua direção, mas então parava ainda longe demais. Alguma coisa dentro dele queria fazer com que ele mesmo cessasse a distância e se aproximasse dela, mas permaneceu onde estava. Os pensamentos se acumulavam em sua mente, conflituosos e confusos. No entanto, a forma cuidadosa e deliberada com que ela o olhava, a forma como o tratava, não o fazia se sentir um objeto descartável ou um monstro. Bucky se sentia visto. Amado. Desejado. Isso criava uma guerra dentro dele, onde cada lado lutava pela dominação. Ele podia sentir o peso da noite inteira em suas costelas, o desejo e a necessidade que acaloravam o ar, a tensão que crescia entre eles a cada segundo passado.

— Me toque. — Ele disse finalmente, sua voz baixa quebrando o silêncio.
piscou, os olhos fixos nos dele, perguntando silenciosamente se ele tinha certeza de que queria aquilo. Bucky sustentou o olhar dela, sua expressão séria e determinada.
— Pela primeira vez em muito tempo, sinto que tenho controle de mim mesmo. — Sua voz era baixa e com uma tensão contida. — E quero isso... eu quero você, Rav. Tudo de você.
Ele deu um passo à frente, diminuindo a distância entre eles.
— Me toque. — Barnes sussurrou novamente, sua voz rouca de insegurança e desejo.




O coração de errou algumas batidas. Talvez umas cinco, porque foi esse o tempo que levou para digerir as palavras de Barnes. E, puta merda, apenas aquelas palavras tinham sido fortes o suficiente para acender tudo dentro de si.
A distância foi cessada por ela, parando a menos de vinte centímetros dele e, como uma mania que tinha adquirido, e também porque adorava a forma como o cabelo dele caía pelo rosto bonito, ela passou os fios para trás da sua orelha. enlaçou os dedos nos cabelos próximos da nuca de Buck e massageou aquele pedaço de pele. O toque dela era suave, mas carregava uma força subjacente. Bucky suspirou suavemente enquanto ela mexia em seus cabelos, permitindo que aquele gesto acalmasse a parte que estava em guerra consigo mesmo. Ele apoiou as mãos em sua cintura, puxando-a até estarem o mais perto possível, seus corpos quase se tocando.

— Não pare. — Ele murmurou baixinho, sua voz carregada de desejo contido. — Apenas não pare.

mordeu o lábio e sorriu no processo. Seus olhos, assim como seu peito, enchiam-se de emoção ao estar diante de James querendo e permitindo ser tocado. E ela poderia passar a noite inteira apenas assim. Se Barnes quisesse e pedisse para passar a noite inteira só recebendo suas carícias, o faria sem pestanejar. Assim como Bucky descobriu mais cedo que todo esforço e sacrifício feitos por eram válidos, ela percebeu que não havia nada que ele pedisse que ela não faria. Como era possível estar tão perdidamente apaixonada por alguém assim? Chegava a ser loucura a forma como seu coração batia por ele. Nunca antes nada tinha feito tanto sentido quanto estar nos braços de James Bucky Barnes.
Cada gesto, cada toque de em seu corpo era como ser inundado por uma corrente de fogo líquido. Suas mãos apertaram com mais força a cintura dela, querendo senti-la ainda mais próxima. A forma como ela o encarava, com todo aquele sentimento transbordando em seus olhos, era quase um peso que Bucky nunca havia imaginado que poderia carregar. Ele não conseguia entender como uma pessoa poderia fazer com que ele se sentisse tão humano, tão vulnerável, mas tão amado assim. Tudo dentro dele clamava por mais dela — mais de tudo dela. Mais toque, mais beijo.
Bucky sentia os olhos de sobre si, a emoção e o desejo transbordando deles. Era como ser tomado por uma tempestade, só que essa tempestade tinha o cheiro de baunilha e mel, o gosto de ameixas e café, o som de sua risada e da voz suave dele murmurando seu nome. Ele se inclinou ligeiramente, baixando o rosto e afundando o nariz no pescoço dela, inalando profundamente seu aroma, enquanto as mãos em sua cintura a puxavam mais para perto, colando seu corpo ao dela.

— Acho que estou apaixonada por você, James. — sussurrou à medida que o sentia se aninhar mais em um abraço, e as carícias que fazia na nuca dele nunca cessavam.

não gostava de se sentir vulnerável, e, porra, vulnerabilidade era tudo o que sentia agora. Mas precisava ser sincera, com ele e, principalmente, consigo mesma. sabia dos conflitos que Barnes carregava dentro de si por saber que ela e Steve Rogers já estiveram em um relacionamento um dia. queria deixar claro, de todas as maneiras possíveis, que dentro do seu coração e da sua mente, não havia espaço para mais ninguém além de Bucky Barnes e, se ele estivesse disposto a seguir com aquilo ali, que ele soubesse que estaria se entregando por inteiro a alguém que já era completa e inteiramente dele.
Cada palavra de parecia atingi-lo diretamente no peito. Bucky fechou os olhos, afundando o rosto na pele macia e quente de seu pescoço, inebriado pelo aroma dela. O toque e o peso dela em seus braços eram como uma âncora, uma coisa sólida que ele podia contar em meio à tempestade que estava sua vida. Bucky afastou o rosto um pouco, encarando-a, tentando assimilar totalmente as palavras ditas. Seu olhar procurava o dela, refletindo a confusão e a vulnerabilidade que sentia por dentro, mas também a certeza de que a mulher em seus braços era a única coisa que ele sempre quis.
A mente dele era um turbilhão de pensamentos, enquanto as memórias do passado e os conflitos que carregava se misturavam com os sentimentos confusos que surgiram há algumas horas. Bucky voltou a pressionar o rosto contra o pescoço dela, seu peito se apertando contra o dela, enquanto os dedos deslizavam por sua cintura, procurando apoio em cada centímetro de pele disponível que conseguia alcançar. Ele não conseguia dizer nada por um momento, sua mente lutando para lidar não só com as palavras de , mas com o que elas despertavam dentro dele.

— Eu também… — Ele sussurrou finalmente, sua voz rouca e baixa. — Eu também estou apaixonado por você.

Os olhos de encheram-se de lágrimas e ela precisou de muita força de vontade para não deixá-las cair ali mesmo, enquanto sentia seu coração ritmar-se às batidas do dele.
Como se fossem um só batendo.
Como parecia ser o certo a, simplesmente, ser.
Ela tirou a mão da nuca dele apenas para puxá-lo para mais perto pelos ombros e depositar vários beijinhos ali. Puta merda, o que era aquilo? Que sensação prazerosa, aliviada e satisfeita era aquela? Ela só notou que um peso saiu dos ombros quando, após confessar seus sentimentos, James o jogou fora.
Cada beijo que depositava em seu pescoço era como se estivesse derramando gasolina em uma chama que já estava queimando por dentro. O corpo dele respondia imediatamente, querendo mais dela, precisando dela. Seus dedos apertaram ainda mais sua cintura, enquanto ele sentia uma corrente elétrica percorrer a espinha a cada toque, a cada murmúrio baixo que ela fazia.
Ele afastou o rosto um pouco, encarando-a novamente. Os olhos de Bucky estavam cheios de emoção, confusão e paixão misturando-se ali. Era uma sensação avassaladora, como se houvesse uma corrente elétrica passando por suas veias, despertando cada nervo, cada fibra de seu ser.
levou os lábios até os dele, iniciando um beijo lento, apaixonado e completamente necessitado. E era como estar aprendendo a amar outra vez. Ter aqueles lábios contra os seus, a respiração dele contra a sua, a língua dele se acariciando timidamente na sua, como se ainda estivesse aprendendo o ritmo certo a ser seguido.
O primeiro toque dos lábios dela em seu rosto foi como um choque elétrico passando por todo o corpo de Bucky. Ele a beijava com paixão e necessidade, como se cada célula do seu ser clamasse por aquilo. Todo o conflito, toda a confusão, toda a guerra dentro dele cessou por um momento à medida em que se entregava a ela totalmente.
O beijo pareceu ativar algo dentro de Bucky, como um interruptor que não podia ser desligado. Ele a puxou mais para perto, seu braço esquerdo se firmando em volta de sua cintura, enquanto seu braço direito se enrolava em volta de seu pescoço, afundando os dedos nos cabelos dela. A boca dele se moveu contra a dela com uma paixão e uma necessidade desesperadas, enquanto seus corpos se pressionavam um contra o outro. Ele deslizou a língua contra a dela, buscando mais dela em cada gesto, cada movimento.
De repente, os movimentos antes tão lentos e profundos foram se tornando cada vez mais rápidos, necessitados, famintos e urgentes. continuava dando tudo de si para controlar suas ações, não querendo assustar James com um movimento tão abrupto. Mas, puta que pariu, estava difícil. A língua dele deslizava pela sua e dava leves mordidas nos lábios, e ela suspirou extasiada com o turbilhão de emoções que sentia. Por mais que fosse ela a ditar os movimentos, a comandar as ações, ainda assim, James era o responsável por todo o emaranhado de sentimentos nela.
Num ato impulsivo, quando Bucky chupou o lábio inferior dela, enfiou as mãos por dentro da blusa do sargento e o tocou, pele a pele. A reação automática dele ao toque tão direto, contudo, foi cessar o beijo e encará-la, ofegante.

— Me desculpe...

O mundo parecia oscilar para Bucky, enquanto seu corpo respondia com violência ao toque dela. A reação foi instantânea, quase como um reflexo incontrolável. A vontade de afastar a mão dela, de criar distância entre eles, era como um impulso quase incontrolável. Ele a encarou por um momento, ofegante, o peito se levantando rapidamente enquanto tentava recuperar o controle. Os olhos de Bucky tinham se tornado sombrios, quase assustados, enquanto tentava se recompor.
Ele se esforçou para dizer as palavras, embora sua voz estivesse rouca.

— Não...

Encarar o rosto meio contorcido e os olhos assustados de Bucky fez se afastar um passo, soltando a mão da nuca dele. Seu peito se remexia acelerado e palpitante, entretanto, um peso maior se apossou dos ombros dela ao vê-lo. O pior de tudo tinha sido a voz vacilante dele, isso enviou ondas de culpa para ela.
O ar pareceu ficar mais pesado a cada segundo que passava entre eles. Bucky permaneceu ali, lutando contra a tempestade dentro de si, enquanto tentava recuperar o controle. Sua respiração lenta e profunda era a única coisa que ele conseguia ouvir além das palavras que ecoavam na sua mente. Ele deu um passo em direção a ela, a mão estendida como se quisesse tocá-la, mas então parou, a mão caindo ao seu lado novamente.

— Apenas... me dê um... — A voz dele permaneceu firme, embora carregada de conflito.
concordou, ainda meio atrapalhada com as sensações da pele dele na sua e da boca dele a tocando da forma como sempre quis.
— Está tudo bem, eu... Eu fui rápida demais. Me desculpe.

A voz de Bucky pareceu presa na garganta por um momento enquanto ele tentava encontrar as palavras adequadas. A culpa no rosto dela era clara, como se tivesse ido longe demais, mas a verdade era que o gesto de só o surpreendera, despertando algo profundamente enterrado dentro dele.
Barnes fechou os olhos, expirando profundamente por alguns segundos. Suas mãos se fecharam em punhos ao lado do corpo, enquanto abria os olhos para observar a expressão dela.

— Não foi você... fui eu. É só que... eu não esperava... eu não esperava por isso.
Relutante e um pouco tímida, acenou com a cabeça para ele, mas ainda manteve distância. Por ele, que parecia travar uma luta interna, e por si mesma, que sabia que se continuasse adiante, acabaria o assustando mais.
— Podemos... parar, James. — murmurou, embora a possibilidade a deixasse quase desesperada.

A voz dela era um sopro de som no silêncio do quarto, o que parecia fazer a luta dentro de Bucky ficar ainda mais intensa. A mão se estendeu para ela, como se estivesse pedindo para que continuasse. Ele a encarou, os olhos cheios de conflito. Parte dele queria terminar a distância entre eles, mas outra parte estava lutando contra tudo dentro de si. A mente de Bucky estava em guerra consigo mesmo.
Ele finalmente conseguiu dizer as palavras, embora sua voz fosse rouca.

— Não… Por favor… — ele murmurou, a voz rouca. — Não pare, mas… apenas vá mais devagar. Apenas... me deixe acostumar com isso.

engoliu em seco diante do pedido tão desesperado dele. Ela tocou a mão que ele estendia, observando as reações dele ao ser tocado novamente. Contudo, o próprio corpo dela se arrepiou ao sentir o calor dele outra vez mais em si. Interna e externamente, tinha prometido fazer exatamente o que Bucky queria. E agora, ele queria que ela continuasse. Não havia outra escolha que tomasse agora além de dar a Barnes o que ele estava querendo.
voltou a se aproximar, tão devagar que os segundos até ter os corpos juntos de novo pareceram séculos.

— Se continuarmos com isso, eu vou parar a qualquer momento em que você me pedir para parar. Não importa como estejamos ou como eu me sinta. Eu vou parar ao menor sinal do seu desconforto.

A promessa dela foi como um bálsamo para as preocupações dentro de Bucky. Enquanto ela se aproximava novamente, ele permaneceu parado, os olhos fixos em seu rosto. As palavras dela lhe davam uma sensação incomumente reconfortante que ele não estava acostumado a sentir.
Bucky acenou com a cabeça, sua expressão séria enquanto assimilava aquele momento. A mistura de desespero, tensão e paixão dentro de si era quase avassaladora naquele instante.

— Eu sei. — As palavras dele eram tão baixas que mal eram audíveis, mas carregavam um peso imenso.

Devagar, como se tivesse todo o tempo do mundo — e naquele momento eles realmente tinham — se aproximou outra vez dele. Gentilmente, ela tocou seus lábios, iniciando um beijo calmo e lento. Bucky tencionou um pouco, mas ao senti-la, foi como se tivesse sido atingido por um raio.
O ar escapou num suspiro e ele se inclinou mais para . Cada centímetro de pele que a boca dela tocava parecia estar pegando fogo. Ele se obrigou a manter a calma enquanto as mãos de alisavam seu torso por cima da roupa, deslizando até a barra da camiseta e prendendo os dedos ali.

— Posso tirar sua blusa? — murmurou sua pergunta, tendo seus lábios roçando os dele a todo momento.

O som da voz dela falando contra seus lábios fez Bucky estremecer, ainda que o beijo estivesse tranquilo. A voz dela era um sussurro na escuridão, carregado de paixão e uma certa urgência. Ele assentiu, o olhar fixo nela segurando a barra da camisa.

— Sim. — Bucky parecia estar em transe. — Por favor.

assentiu para ele, sem quebrar o contato visual, tentando passar através de suas íris toda a confiança e conforto necessários a Barnes. Para ser sincera consigo mesma, se Bucky desistisse agora, ela não o culparia. sabia de todas as coisas que o homem tinha passado nas mãos da Hydra: desde a tortura aos abusos. A permissão de James para despi-lo, mesmo que, por ora, apenas o tronco, significava muito mais do que qualquer ato carnal. Naquela parte de seu corpo ficavam as cicatrizes do braço arrancado e do antigo braço de metal — que agora tinha sido substituído por uma prótese em fase de teste. Por baixo daquela blusa estava toda a insegurança de James, e ele estava permitindo que ela o despisse.
O tecido subiu por entre ele, revelando cada pedaço de pele lentamente. Primeiro o abdômen, depois o peitoral, passando pelo pescoço e, por fim, indo para o chão. , a princípio, não tirou os olhos dos dele, brilhantes, desejosos e confortantes.

— Eu posso te tocar, James? — Ela estava morrendo de vontade de alisar a pele desnuda, de beijar cada parte das cicatrizes em seu ombro, bem na divisória entre a carne e a prótese.

Bucky permaneceu quieto enquanto a camisa subia, sentindo a pele exposta contra o ar frio. Era como se ele estivesse expondo não apenas seu corpo, mas também algo mais íntimo, algo profundamente enterrado dentro de si. E ele permitiu isso, apesar de toda a incerteza, apesar do medo e do desconforto.
Ele permaneceu imóvel enquanto olhava para ele, a mente ainda em conflito consigo mesmo. A vulnerabilidade que aquilo representava estava presente em toda a sua expressão enquanto a encarava, ainda com o toque dela em seu rosto. A pergunta, embora apenas um murmúrio, parecia ecoar na mente dele, enquanto uma necessidade desesperada tomava conta de seu corpo e de sua mente.
Ele acenou, incapaz de encontrar palavras suficientes para responder. Os dedos de , tímidos e inseguros, tocaram o pescoço de Bucky e foram descendo lentamente enquanto seus olhos admiravam cada fragmento visível, quase como se estivesse contemplando tudo o que ele estava permitindo que ela visse. levou os dedos até as cicatrizes evidentes do lado esquerdo do ombro de James, bem na divisa da pele com a prótese, onde ela sabia que ele ainda passaria por mais alguns procedimentos para inserir um braço melhor, e aproximou os lábios até lá, depositando beijos fracos, molhados, quentes e discretos.

— Você é lindo. — sussurrou ela quando seus olhos, outra vez, encontraram os dele.

O gesto de ela tocar sua pele com tanto cuidado, os olhos observando cada centímetro de si, era como um fogo abrindo caminho pelo seu corpo. O toque dela era a chama acendendo um caminho pelo seu peito, enquanto seus lábios depositavam beijos nas cicatrizes que cruzavam seu corpo. As palavras dela foram como um sopro contra sua pele, despertando algo tão antigo dentro de si que parecia quase esquecido.

— Não faça isso… — ele murmurou, embora a voz estivesse rouca e cheia de emoção. — Não diga isso.

molhou os lábios e voltou a beijar as cicatrizes, sem se cansar da sensação da pele quente dele ou do cheiro bom que ele emanava. Bucky, para , tinha cheiro de chegar em casa depois de um dia cansativo e exausto e finalmente conseguir respirar aquele ar revitalizador.

— Você é lindo, James. Inteira e completamente lindo.

As palavras dela eram como um mantra que ele não conseguia deixar de ouvir. Cada beijo em suas cicatrizes e a maneira como ela acariciava sua pele faziam o ar preso em seus pulmões ir embora em suspiros abafados. Barnes não estava acostumado com palavras tão doces. Nunca tinha sido tratado com tanta delicadeza. As cicatrizes eram algo com o que ele aprendera a conviver, um lembrete constante das coisas que ele tinha passado, dos horrores que tinha vivido. E ali estava ela, beijando-as com essas doces carícias... como se fossem algo além da marca do monstro que fora obrigado a se tornar.
Mas, de alguma forma, elas preenchiam um vazio dentro dele, mesmo enquanto uma parte sua ainda buscava se esconder delas. Ele fechou os olhos, incapaz de lidar com a intensidade daquilo.

— Você não precisa se envergonhar das cicatrizes. Elas servem para mostrar que você passou por um inferno, mas que continua vivo, que continua tentando todos os dias ser melhor.
A voz aveludada dela saía abafada por ser dita com os lábios na pele dele, bem no centro das marcas.
— Eu também tenho cicatrizes… — sussurrou. — Cicatrizes significam que sobrevivemos. E eu nunca estive tão feliz em ver as suas.

Cada palavra dela era como um feitiço que conseguia passar por qualquer escudo que ele pudesse tentar erguer. A voz de era suave contra sua pele, penetrando fundo em sua mente. Ele abriu os olhos novamente, encarando a mulher que ainda estava grudada em seu corpo, enquanto beijava suas cicatrizes. Era algo tão simples, um gesto tão delicado, mas fazia tudo parecer um pouco menos assustador. Quando ela disse que também tinha cicatrizes, a mente de Bucky percorreu o corpo dela, tentando imaginá-las. Uma imagem vaga de pele marcada cruzou sua cabeça, mas ele a afastou rapidamente, voltando a se concentrar no momento presente.
Ele conseguiu murmurar suavemente:

— Você também? — Havia um desejo de acreditar em cada palavra, de se acolher na verdade delas.

Acenando suavemente, concordou. Seu corpo estava marcado. Havia marcas de batalha espalhadas da época da Sala Vermelha, da SHIELD, dos Vingadores… até tinha perdido a conta do quanto tinha se machucado em uma luta, do quanto tinha sido costurada. Contudo, mesmo se não tivesse tais marcas em si, seu pensamento continuaria o mesmo. Cicatrizes, para , eram sobrevivência. E, assim como Bucky, ela já tinha sobrevivido várias vezes.

— Deixe-me mostrar a você.

A ideia de que ela poderia ter marcas como as dele, cicatrizes e memórias de batalhas, era algo que lhe acalmou um pouco. Era reconfortante saber que ela também tinha sobrevivido a coisas difíceis. Ele assentiu suavemente.

— Não se assuste…

deu um passo para trás, alcançou o zíper lateral do vestido que usava e deixou com que o tecido caísse.
Por um momento, enquanto esperava que James digerisse o ato dela e que não se assustasse com a exposição tão repentina, ela ficou apenas parada. Embora o coração estivesse batendo mais rápido enquanto via o vestido escorregar por seu corpo, revelando o corpo marcado à sua frente, Bucky tentou não olhar muito, não fixar os olhos nos lugares onde ela tinha sido machucada. Mas, mesmo assim, não conseguia evitar encarar a pele dela.
As primeiras cicatrizes eram quase imperceptíveis, mas então, quando o vestido caiu por completo, mais marcas ficaram à vista. Pequenos cortes, algumas queimaduras... coisas superficiais. Até que uma marca mais clara se destacava perto do estômago... como se alguma faca tivesse sido cravada ali. Mas não foi isso que chamou a atenção de James, e era exatamente isso que pretendia.
O corpo dela tinha alguns desenhos permanentes marcando a pele. E, no meio da coxa, onde James sabia que, na época em que era o Soldado Invernal, tinha não só a esfaqueado no lugar, como também atirado bem próximo, agora as cicatrizes eram cobertas por uma tatuagem do rosto de um lobo branco, com olhos azuis penetrantes, que emergiam entre um arranjo de flores detalhadas e folhas delicadas.
Lobo Branco.
Exatamente como T’Challa, Shuri e algumas Dora Milaje se referiam a Bucky desde que ele acordou da criogenia.
Os olhos do ex-soldado não conseguiam se afastar daquilo. Era como se a imagem tivesse sido gravada em sua mente. Era um corpo marcado, tal qual o dele, porém ela estava ali parada, quase nua, confiante e sem nenhum resquício de vergonha. Ele se sentia hipnotizado, encarando a tatuagem como se fosse um artefato raro.
Sempre tinha sido o Lobo Branco, desde que acordara. A cicatriz da faca ainda era um lembrete visível de seu tempo como Soldado Invernal, da pessoa que ele tinha sido...
Ele tentou dizer algo, mas nenhuma palavra conseguiu sair.

— Você é lindo, James. — repetiu , dando um passo após o outro para mais perto dele, receosa de acabar assustando-o por se aproximar com tanta pele à mostra. — Eu olho para você e tudo o que consigo pensar é o quão lindo você é. Por dentro e por fora.

Cada passo dela era como uma corrente vibrando por todo o peito de Bucky, fazendo-o estremecer. Ele ficou olhando para ela, os olhos ainda percorrendo seu corpo como se estivesse vendo algo novo. As cicatrizes e a tatuagem o hipnotizavam, mas também faziam algo dentro dele estremecer.
Ele abriu e fechou a boca, novamente incapaz de formular palavras. Um suspiro abafado escapou de sua boca enquanto olhava para ela, a mente se debatendo entre o impulso de se afastar e a vontade desesperada de se aproximar. cessou a distância, mas ao invés de juntar seus corpos, ela simplesmente tocou a mão no peito desnudo dele e, gentilmente, o empurrou para trás, passo a passo, até Barnes sentir a base da cama dela o impedir de andar mais. Ela o forçou um pouco mais, pedindo silenciosamente para que ele se sentasse ali e, sem pestanejar, ele o fez.
Com os olhos grudados nos dele, no breu do quarto iluminado apenas pela luz da lua, molhou os lábios antes de sentar no colo de James, passando uma perna de cada lado de seu quadril.

— Se eu estiver indo muito rápido, me avise…

O som do coração de Bucky ficou mais alto em seus ouvidos quando ele sentiu ela se abaixar no seu colo, a pele morna contra a dele. Ele ficou completamente imóvel enquanto a via sentar no seu colo, com as pernas de cada lado do seu quadril, como se o tempo tivesse estancado em um único momento.
Bucky se sentia a ponto de perder a cabeça. O peso dela em seu colo, a proximidade de seus corpos... era como um elixir que fazia com que todo o sangue em seu corpo corresse para lugares em que não deveria. Ele apenas conseguiu assentir, enquanto observava cada detalhe no rosto dela, sem saber exatamente o que fazer com as mãos.
acariciou os braços de Bucky e levou as mãos dele até sua cintura, repousando-as contra a pele quente. E, puta merda, ela precisou de tudo de si para simplesmente não rebolar contra seu colo. Pretendia fazê-lo, mas primeiro precisava que James se acostumasse com a ideia. Por isso, apenas o deixou tocar sua cintura, perceber como sua pele se arrepiava apenas com o encostar de suas mãos, ou, quem sabe, como os bicos dos seus seios cobertos pelo sutiã rendado pareciam rígidos naquele momento.
O contato dos dedos de Bucky com o corpo de era como fogo correndo pela sua pele. A sensação da pele quente contra a dele era algo impossível de ignorar. Ele permaneceu imóvel por um instante, mas cada centímetro de seu corpo estava consciente da proximidade dos corpos. Seus dedos se fecharam mais firmemente na cintura dela, como se quisessem se ancorar naquele ponto enquanto os olhos percorriam cada centímetro da pele exposta à sua frente.

— Eu vou voltar a te beijar agora, James. — não sabia se estava avisando a ele ou dizendo a si mesma que voltaria a tocar aqueles lábios tão macios e convidativos.

Não importava muito, na verdade. Ela só precisava dele. Seu calor emanava da pele e se concentrava no meio das pernas, deixando uma leve umidade começar a se acumular na área. chocou os lábios nos dele, o mais devagar que conseguia. Mas suas ações já não eram tão lentas quanto antes, embora ela continuasse se segurando e observando qualquer mudança na aura dele.
movia a boca contra a de Bucky, deixando que sua língua brincasse com a dele e dominasse o beijo, ao mesmo tempo em que suas mãos alisavam todo o seu tronco. Um suspiro arrastado e manhoso saiu por entre os lábios de quando, sutilmente, rebolou o quadril contra o dele.
Bucky não conseguia pensar em mais nada além dela. Nada, exceto a sensação dos lábios dela contra os dele, a língua dela deslizando habilmente na sua boca, o gemido baixinho dela enquanto rebolava o quadril contra o dele, fazendo com que o fogo em seu sangue se espalhasse por cada centímetro de seu corpo. Ele se sentia sem ar, cada suspiro saindo ofegante enquanto sentia as mãos dela deslizarem pelo seu tronco, acariciando e traçando linhas queimantes. O mundo à volta ficou borrado e nublado, e seu corpo se arqueou instintivamente contra o dela, buscando mais contato.
emaranhou uma das mãos na nuca dele, distribuindo mais uma onda de carinho enquanto continuava o beijando e seu quadril se movimentando em um ritmo constante, porém lento. O arquejo de Bucky era seu novo estímulo para continuar, para fazer com que fosse bom para ele. Para que ele se sentisse bem ao se entregar. Para fazê-lo esquecer qualquer memória traumática.
O toque de era como uma nova chama sendo acesa dentro dele, fazendo com que sua mente se desligasse por completo. Ele queria se perder naquele momento, na sensação de ser cuidado, tocado com tanta atenção. Ele podia sentir a mão de em sua nuca, enquanto o quadril dela se movia de forma lenta contra o dele, enviando pequenos choques de prazer por seu corpo. Ele não conseguia lembrar a última vez em que se sentira assim, tão totalmente entregue à sensação de ser desejado.

— Você quer que eu pare? — ofegou entre o caminho de beijos que depositava no pescoço de Bucky. Já não era mais tão delicado quanto antes, e ela se amaldiçoou por isso. Seu desejo estava a consumindo, e sentir o meio das pernas de James se enrijecendo não estava a ajudando muito na questão do autocontrole.




Bucky podia sentir o fogo correndo pelas veias conforme ela deslizava os lábios pelo seu pescoço, deixando-o com falta de ar enquanto ela fazia a pergunta. A palavra "sim" quase escapou de seus lábios, mas uma parte sua a engoliu de volta, fazendo-o hesitar. Ele podia sentir o desejo dela em cada beijo, em cada movimento, mas também podia sentir seu próprio corpo respondendo. A pressão no meio de suas pernas aumentava, e sua mente era tomada por um desejo frenético. Ele fechou os olhos, sentindo o desejo se espalhar por seu corpo e despertando uma necessidade que ele pensava não ser mais capaz de ter.

— Não... — Sua voz saiu rouca, sem nenhum traço de hesitação.

quase se contorceu de animação ao ouvir a resposta dele. Mas não era só isso; ela sentia como ele também a queria, sentia inclusive que, por trás de toda hesitação, havia um desejo. estava, pouco a pouco, fazendo-o querer aquilo também. Mais um caminho de beijos foi traçado pela língua e saliva quente dela até chegar próximo do ouvido de Bucky. A respiração de estava falha e seu peito ofegante.

— Eu posso tirar a sua calça?

A pergunta de enviou um choque de expectativa pelo corpo de Bucky, acentuando o calor que já percorria suas veias. Ele podia sentir o desejo dentro dele se intensificar, fazendo com que seu peito se levantasse com cada respiração entrecortada. A voz dela, ofegante e trêmula, tinha um efeito quase hipnótico, fazendo com que todas as dúvidas e hesitações desaparecessem de sua mente. Ele assentiu rapidamente, sem pensar duas vezes.

— P-pode...

Um sorrisinho malicioso e vitorioso ameaçou sair dos lábios de , mas ela fez um bom trabalho em contê-lo. Não era o momento. Não se tratava dela; mal se importava com o próprio prazer naquela noite. Tudo o que desejava era proporcionar a Bucky uma experiência boa, algo com que ele pudesse se apegar para espantar as memórias ruins.
conhecia a história de Barnes e sabia que, em sua época de ouro, antes da queda e da Hydra, ele era um mulherengo. Era óbvio que James já tinha transado, mas havia sido há tanto tempo que… ainda significava algo para ele? Será que, ao pensar sobre isso, sua mente o levava para os anos 40, quando tinha escolha, ou para o que a Hydra o obrigava a fazer?
De verdade, não queria saber. Porque agora, naquela noite e dentro do seu quarto, ela daria a Barnes algo para se lembrar.
Levantando-se do colo dele, observou quando Bucky ficou de pé também, ainda incerto. Ela o assistiu maravilhada com a imagem dele tão necessitado dela e de algo que jamais poderia imaginar querer novamente. manteve os corpos próximos e depositou um selinho demorado e carinhoso em James, ao mesmo tempo em que suas mãos seguiam até o cós da calça que ele usava. Ela abriu o botão e desceu o zíper logo em seguida.
As batidas pesadas e fortes do coração de eram tudo o que ela conseguia ouvir pulsando dentro da cabeça. Isso, e é claro, o desejo imensurável de ter Bucky para si. Quando o cós da calça se tornou folgado, deslizou as mãos até as laterais de Barnes e empurrou ambos os tecidos para baixo. Um movimento bastante perigoso, tirar toda a roupa de James num rompante. Ela praguejou baixo com a própria atitude tão desesperada e que provavelmente iria assustá-lo, mas, quando estava prestes a se desculpar, seus olhos vagaram pela imagem de Bucky completamente nu à sua frente.
E, céus…

— Puta merda, você é gostoso! — não conseguiu filtrar as palavras que gritavam em sua mente ou a sua boca grande em pronunciar o que pensava.

O olhar de percorreu cada centímetro do corpo de Bucky, fazendo com que um calafrio percorresse o corpo dele, misturado a um desejo quase incontrolável. A pele de Bucky era marcada por cicatrizes, testemunhas silenciosas da dor que ele passou nos longos anos que eram um borrão em sua mente. Quando ele escutou as palavras dela, porém, um leve rubor corou suas bochechas. Era uma sensação quase desconfortável ser observado daquela maneira, porém, ao mesmo tempo...
Ele sentiu seu corpo inteiro estremecer enquanto ela o observava, sentindo a vergonha e a vulnerabilidade se espalharem por todo o seu corpo. Ele podia ver o olhar de desejo nos olhos dela, sentia o calor do seu olhar observando cada centímetro do seu corpo nu, completamente vulnerável à sua permissão.

— Deveria ter me conhecido em 1940. Você teria gostado mais de mim. — Os pensamentos inseguros de Bucky ganharam vida dentro dele, achando impossível acreditar que aquela versão dele estava agradando tanto.

As sobrancelhas de se juntaram diante da fala quase inaudível e insegura dele. Ela se aproximou dele, um sorriso reconfortante no rosto, embora seus olhos brilhassem de desejo. molhou os lábios antes de fazer o segundo movimento perigoso da noite, mas que era necessário. Bucky precisava acreditar que ela estava sendo sincera. Não havia outro lugar em que quisesse estar naquele momento. Não havia qualquer outra pessoa com quem ela preferisse estar.

— Eu gosto de você agora. — sussurrou enquanto, vagarosamente, envolvia a mão naquela parte excitada de Bucky. — Exatamente do jeito que você é.
Então, ela movimentou a mão para cima e para baixo, tão devagar e gentilmente que parecia quase um ato não erótico, mas era.
— Estou apaixonada por você, James. Esse você. Não o do passado. É esse James que eu quero. Você.

Quando ele sentiu sua mão suave envolver seu membro já duro, o deixando ainda mais sensível, ele estremeceu, engasgando um suspiro, sentindo um misto de desejo e vergonha. Ele tentou controlar seus pensamentos, mas as palavras dela continuavam ecoando em sua cabeça, espalhando-se pelo seu corpo até alcançá-lo inteiramente. Ele sentiu o peito se apertar, como se tivesse sido atingido por uma onda de algo que quase não conseguia entender. Era como paixão, desejo, vulnerabilidade, e a sensação de ser cobiçado com tal intensidade.
Ele não conseguia mover um músculo e ficou olhando para ela enquanto sentia seu corpo se sacudir de uma forma quase desesperada. Seu próprio coração batia com força contra o peito, sentindo o desejo se intensificar, enquanto escutava a voz dela, suave e sincera, dizendo as palavras que ele tanto queria ouvir.
continuou estudando a feição de Bucky enquanto sua mão deslizava em seu membro. Qualquer sinal de desconforto, qualquer mudança mínima na aura dele, e ela pararia sem pestanejar. Mas, vez ou outra, seus olhos seguiam até a ereção dele sob a mão, tão dura e necessitada.
Puta merda, as coisas que queria fazer com ele… Precisou morder o lábio com força outra vez para se lembrar de que aquela noite não era sobre si e seu prazer. Aquela era a noite de Bucky.

— Está gostoso assim? — inspirou profundamente.

Barnes não aparentava estar achando ruim, mas ela precisava daquela confirmação. Precisava ter certeza de que não estava o forçando e ultrapassando os limites.
Bucky se sentia com a mente confusa, quase como se estivesse sonhando. Era quase impossível não se perder nos toques, nas palavras dela, no prazer que corria por todo o seu corpo a cada movimento de sua mão. Ele tentava resistir, manter o controle, mas cada vez era mais difícil. E não era só o prazer físico que o fazia estremecer; era a sinceridade de suas palavras, a sensação de ser desejado de uma maneira que ele não sabia que sentia há uma vida inteira.
Ele não conseguia se mover, completamente tomado pelo prazer e pelo desejo causado pelo toque dela. Ele podia sentir o próprio corpo se entregando a ela, a cada movimento que ela fazia, a cada suspiro que escapava de sua boca. Sua mente estava presa numa batalha entre as dúvidas, as memórias e a dor, enquanto o corpo respondia às suas carícias com reações incontroláveis. Ele podia sentir o prazer pulsando por cada fibra do seu ser enquanto a mão dela se movimentava, tocando-o com tanta habilidade.
Ele não conseguiu responder, apenas fechou os olhos enquanto um gemido baixo escapava de sua boca.

— James… — mordeu os lábios ao som baixo e tímido do gemido rouco dele. — Preciso que você me diga, se não eu vou parar… Está gostoso assim?

A calcinha de já estava pesada e encharcada. A visão dele assim, jogando a cabeça para trás enquanto se perdia em sensações e prazer. O cabelo castanho que ela tanto gostava de tocar caindo com o movimento do pescoço… fechou as próprias pernas com um pouco de força, estimulada demais com o que assistia.
Bucky não conseguia pensar com clareza, mas as palavras dela chegaram a ele apesar da névoa de desejo que o consumia. Ele podia sentir as palavras dela fazendo eco no espaço apertado de sua mente, enquanto o prazer causado por sua mão se espalhava por cada centímetro do seu corpo. Sua voz tremia quando ele finalmente respondeu, quase com desespero.

Gostoso... — Ele murmurou, entrecortado, quase como se fosse só um resíduo do suspiro que escapara de sua boca.

Foi ali, exatamente ali, depois de um murmúrio desconexo dele, quase sem entender o significado das palavras, que gemeu.
Gemeu pelo prazer dele que se estendia para ela. Gemeu por ver Barnes tão entregue a si. Gemeu porque, puta merda, aquela visão ficaria em sua mente para sempre.
Aos poucos, para não assustá-lo, acelerou um pouco mais o vai e vem. Enquanto o vai e vem intensificava, Bucky sentia que, a qualquer momento, iria se desmanchar inteiramente. Era quase demais, o prazer correndo por todo o seu corpo, o calor do toque dela, a intensidade daquela cena toda.
Ele podia sentir sua mente se turvando, os pensamentos dando lugar ao desejo puro enquanto cada toque dela se tornava quase impossível de lidar. Ele poderia ter dito algo, mas as palavras ficaram presas em sua garganta; tudo o que escapou foi outro gemido estrangulado e um movimento quase inconsciente.
Os sons que ele passava a expelir eram música para os ouvidos de , e ela podia jurar que nunca se cansaria de ouvi-los. Aquela era sua música favorita, e todo seu corpo respondia à sinfonia que saía de Barnes. Beijinhos molhados e gentis foram depositados na clavícula e pescoço de Bucky à medida que o movimento ganhava um pouco mais de intensidade, mas não o suficiente para fazê-lo chegar ao fim. Apenas o bastante para instigá-lo a querer mais, a acender seu corpo e nublar sua mente.
O desejo quase o consumia por inteiro enquanto a boca de deixava beijos no seu pescoço e clavícula. O movimento de sua mão se intensificava, enquanto ele sentia o corpo se entregando aos toques dela e aos movimentos que ela fazia. Ele podia sentir o corpo inteiro respondendo a cada toque, cada gesto, enquanto sua mente se tornava cada vez mais turva. A sensação de que a qualquer momento poderia implodir, se dissolver, era quase demais de lidar.
Sua respiração tornava-se cada vez mais rápida, quase presa em sua garganta, enquanto ele se entregava totalmente às carícias dela. Com muita dificuldade, se afastou de Barnes e soltou seu membro. Seu interior protestou com tal atitude, mas ela se obrigou a continuar com o que tinha planejado para ele.

— James… — A chamou, apenas para que ele abrisse os olhos e voltasse a encará-la.

Os olhos de Bucky se abriram aos poucos, como se estivesse despertando de um transe, e ele suspirou, quase como se quisesse reclamar. O olhar dele encontrou o dela, tentando entender o que estava acontecendo; por que aquilo tinha parado de repente, por que ela se afastara, por que ele não conseguia pensar direito. O mundo parecia turvo à sua volta, a mente lenta. Ele mal conseguia pensar enquanto a encarava, os olhos vidrados, meio perdidos no desejo.

— Sim?

Ter os olhos dele novamente presos a si fez juntar as pernas com ainda mais força. Droga de olhos azuis tão intensos e expressivos! sequer precisava entrar na mente de Bucky para saber o que se passava lá. Ele exalava excitação. Todos os poros de Barnes transpiravam desejo. Desejo por . E isso a fez soltar um grunhido antes de sussurrar:

— Eu posso te beijar?

Ela já tinha o beijado, eles já tinham se beijado tantas vezes naquela noite que desejou que Bucky entendesse que não era daquele beijo que ela estava falando.
queria sentir o gosto dele.
, sutilmente, pedia para fazer com a boca tudo o que sua mão fazia segundos atrás.
Os olhos dele ainda estavam turvos, mas, enquanto ouvia a pergunta dela, havia uma clareza surgindo neles. A pergunta dela atingiu Bucky como um soco no estômago, ou quase isso.
Aquilo era novo, algo que ele não estava esperando, e, por um momento, não soube o que responder. Mas então... Então começou a entender pelo que ela se referia. Pelo olhar dela. Pelo tom de voz dela.
Tudo no jeito dela.
Ele podia sentir sua mente ainda turva, quase pesada, como se tentasse focar, recuperar algum controle, qualquer traço de razão. Barnes sentiu o corpo tremer de novo; um misto de expectativa e desejo percorreu cada fibra de seu ser.
Ele acenou com a cabeça, a língua molhando os lábios secos quase inconscientemente. Mais uma vez, espalmou a mão no meio do peitoral de Bucky e o fez sentar na cama. Ela já sentia a boca salivar com a possibilidade se tornando real. Já conseguia sentir o calor de James bem ao redor de sua boca.
Merda. Precisava se controlar, por ele.
Devagar, se ajoelhou diante de Bucky e o ajudou a puxar a calça e a cueca que estavam presas em seus tornozelos. Naquela posição, sentado completamente nu enquanto a encarava com tanto desejo e hesitação, Bucky Barnes parecia um deus grego.
Um suspiro alto saiu de e suas sobrancelhas franziram. Ele era delicioso.

— Me avise se for demais para você…

Foi com esse último pedido que se aproximou do restante da ereção de James e o envolveu com a boca. A sensação de tê-lo ali lhe tirou um gemido abafado. precisou de toda sua força de vontade para não engoli-lo de uma vez ou começar a se tocar enquanto explorava o membro ereto e necessitado de Bucky.
A mão dele instintivamente foi ao próprio cabelo, tentando recuperar o fôlego. Quando sentiu a mão dela sobre seu peito, empurrando-o para trás, ele obedeceu quase sem pensar, sentindo a cama debaixo de si.
Céus, ela parecia tão entregue, tão necessitada, e por ele.
Ele podia sentir seu corpo tencionando, cada nervo à flor da pele, à espera de cada um de seus movimentos. Ele a encarava enquanto ela se ajoelhava diante dele, sentindo o corpo arrepiar com a expectativa.
Os olhos de Bucky se encontraram com os dela enquanto a ouvia falar e, então, sentiu a boca dela envolver seu membro. A sensação repentina provocou um suspiro estrangulado, quase um gemido, de Bucky. Ele se sentia entregue, vulnerável, quase totalmente à mercê dela enquanto sentia a língua dela explorando seu membro.
Era quase demais.
Tudo era muito, quase demais para suportar.
Ele podia sentir o próprio corpo tremendo, quase contra sua vontade, ao mesmo tempo em que lutava contra cada impulso, resistindo a um desejo quase primitivo de se entregar completamente, de se perder naquele prazer intenso e violento.

. — Ele murmurou seu nome, sentindo a mente quase ir embora.

Puta merda, estava perdida.
Escutá-lo gemer seu nome só a instigou a continuar, a ir mais forte e mais fundo. Porém, contrariando tudo o que queria e gritava dentro de si, ela apenas prosseguiu com a delicadeza. Deixou sua língua passear por toda a extensão do membro de Bucky e sua boca o beijar de forma íntima e sensual.
No entanto, sabia que não podia continuar com aquilo. Não era daquela forma que ela queria que Bucky se entregasse. Céus, não era nem a forma como ela queria Bucky para si. Ela queria mais e ele tinha dito que queria tudo dela. daria a ele tudo de si.
Depositando um último e delicado beijo na parte mais sensível da ereção de Barnes, se pôs de pé, a um passo de distância dele, e o encarou profundamente.

— Estou apaixonada por você, James. — levou as mãos para trás das costas e abriu o sutiã, deixando que o tecido escorregasse pelos braços e deixasse seus seios à mostra.
passou a mão pela lateral do corpo, empurrando a calcinha para fora das pernas.
Não havia mais tecido nenhum que a cobrisse, ou a ele.
Eles estavam nus.
De corpo, alma e coração.
— Você vem sendo a melhor pessoa que apareceu em minha vida, e eu estou completamente e perdidamente apaixonada por você. — Ela confessou de novo, porque o sentimento de falar em voz alta era indescritível.

Tinha sabor de liberdade e recomeço.
Vinha como ondas doces de calmaria, como se finalmente tivesse encontrado sua âncora, alguém a quem pudesse contar nas mais temidas tempestades da vida.
Um porto seguro.
As palavras dela caíam sobre ele como se fossem carícias físicas, de maneira visceral. Ele podia sentir cada parte de si se entregando, acendendo com cada declaração que ela fazia, cada palavra. O desejo continuava presente, aceso dentro dele, mas um novo sentimento se misturava: um misto de surpresa, vulnerabilidade e algo profundo e quase doloroso. Por mais que tentasse ser inseguro, por mais que tentasse se segurar, ele podia sentir uma mudança dentro de si.
Suas mãos se agarraram ao lençol, quase como se precisassem de algo para se agarrar, enquanto ele a observava tirar o sutiã e sair da calcinha. O olhar de Bucky seguia-a, tentando registrar cada momento. Sua mente estava quase indo embora, enquanto a via nua como ele, vulnerável assim. Cada palavra dela tocava uma corda em seu íntimo, fazendo-o perceber que ela estava sendo sincera. Ele podia sentir seu coração acelerando enquanto a encarava, a respiração rápida, sua mente, seu coração, cada parte de si começando a ceder, a se entregar. Bucky sentia o próprio corpo respondendo a cada palavra dela, a cada gesto, a cada impulso e desejo dentro de si.

— Eu... — Ele começou, mas a voz falhou.
cessou a distância que os afastava e sentou-se no colo dele novamente, mas sem posicioná-lo em si. Ela apenas se acomodou ali, uma perna de cada lado do quadril dele, as intimidades próximas, quase se tocando. O calor dele se misturava à umidade que vinha dela.
Shh… Não precisa falar mais nada. Você só precisa me dar permissão para continuar, porque eu quero, James. Eu quero muito te sentir em mim de todas as formas possíveis. — emaranhou os dedos na nuca de Bucky, acariciando-o afetuosamente, um gesto que ele parecia adorar. — Mas eu preciso que você fale, que você permita. Eu não vou fazer nada que você não queira.

As palavras dela eram como música para seus ouvidos; a voz dela acariciava cada fibra de seu ser, e cada gesto, cada toque dela fazia seu corpo quase vibrar de desejo. A intensidade do momento era quase demais para lidar enquanto o corpo quente dela se aninhava no seu. Ele podia sentir o próprio corpo tremendo.
Bucky sentiu a mão dela na sua nuca, o gesto carinhoso acalmando-o um pouco, embora ele ainda sentisse seu coração disparado. Ele podia sentir a respiração presa em sua garganta, enquanto o coração dele acelerava a cada nova palavra dela. Seus dedos agarraram-se fortemente ao lençol, quase como se tentassem desesperadamente se apoiar em algo. Escutar as palavras dela, os pedidos, enquanto a sensação de tê-la tão próxima fazia qualquer pensamento consciente se esvair.
Ele podia sentir cada nervo vibrando, cada impulso dentro de si, enquanto buscava recuperar o controle de si mesmo, de sua respiração, de seus pensamentos.

— Tudo — Bucky murmurou, quase sem fôlego. — Tudo... tudo que você quiser… eu quero.

“Tudo que você quiser, eu quero.”
deixou escapar um suspiro aliviado antes de levantar os joelhos e pegar o membro de Barnes com a mão, posicionando-o bem em sua entrada. Sem desviar os olhos dos dele, sedenta por gravar todas as reações que ele teria, sentou-se devagar, envolvendo-o completamente com sua intimidade molhada, apertada e pulsante. O olhar dela preso ao dele era quase demais. Todo o seu mundo parecia focado em , no momento que estava vivendo, enquanto ela guiava seu membro para sua entrada.
Era quase demais; era quase como se estivesse a ponto de se perder. Ele podia sentir cada nervo, cada impulso, acordando à vida, sentindo cada célula de seu corpo vibrando de desejo e expectativa. Uma corrente elétrica parecia percorrer todo o corpo de Bucky; suor começou a se formar em sua testa enquanto ele fitava os olhos dela, tentando absorver cada detalhe. Ele podia sentir cada músculo de seu corpo tensionado enquanto a sentia baixar sobre ele, sentindo-a lenta, apertada e quente. Apenas um suspiro estrangulado escapou dos seus lábios, seus olhos se fechando por um momento enquanto quase sentia seu corpo estremecer com a sensação.
gemeu manhosa, sentindo todo seu interior sendo preenchido por ele. Bucky era grande, quente e... duro. Ainda com as mãos na nuca dele, sem cessar o carinho nos fios, ela fez o primeiro movimento. Precisou fechar os olhos com força, e seus lábios se entreabriram como um gemido que não teve força para sair. A expressão dela quase o desarmou. A sensação de tê-la completamente envolta a ele era quase demais de suportar. Enquanto ela se mexia, ele sentia seu corpo estremecer com cada estímulo. Seu membro estava completamente envolto pelas paredes internas dela, quentes e apertadas, ao mesmo tempo em que ela se movia devagar.
Ele sentiu sua mente quase deixar o corpo por um instante. Um suspiro estrangulado escapou dos próprios lábios; cada nervo dentro de si vibrava, cada impulso de prazer corria pela espinha a cada movimento dela, como se uma corrente elétrica o percorresse por inteiro. Sua mão direita foi até a cintura dela, em um esforço para se manter no momento, para manter alguma noção de controle. As sensações vinham quase como uma onda de prazer; cada movimento dela parecia acender seus sentidos. Céus, ela era apertada, quente... tremendo contra ele.
O coração de Bucky estava acelerado, tentando resistir ao impulso de se empurrar contra ela ou para longe dela. A dualidade de emoções e sentimentos o deixava confuso e extasiado. Mas, com todas as forças, Barnes lutava contra cada parte de si para se manter imóvel.

... — Ele murmurou, sua voz falhando em necessidade.
se remexeu novamente, tão lentamente quanto da primeira vez. O seu nome sendo sussurrado de forma esganiçada chamou sua atenção e aguçou seus sentidos.
— V-você quer que eu pare? — Lutando contra o instinto de se mover, parou tudo o que fazia, não sabendo diferenciar a voz de Bucky e com medo de ter o assustado.

A mera possibilidade de ter que interromper aquilo agora a deixava desesperada, mas não tanto quanto o sentimento de estar pressionando Barnes a continuar com algo que não estava pronto. A voz dela, interrompendo os movimentos, o tirou de um transe quase hipnótico em que havia entrado, à medida que cada célula de seu corpo só parecia reagir às sensações. Sentir-se dentro dela, o corpo aveludado, apertado, quente, mas quando ela parou, foi quase uma tortura.
Bucky levou alguns instantes para realmente perceber do que ela estava falando. Era quase como se precisasse de alguns segundos para fazer suas sinapses fazerem sentido novamente dentro de sua mente turva. A preocupação em sua voz o atingiu, e ele abriu os olhos para fitar os dela. A mão direita ainda apertava a cintura dela, a força quase possessiva. Com esforço, ele respondeu:

— Não, não... Por amor de Deus, não pare. — Sua voz saiu trêmula, entrecortada, quase suplicante, enquanto ele buscava recuperar o controle de si mesmo e de sua respiração.

O que saiu de poderia ser considerado um grunhido de alívio, pois seu próximo passo foi voltar a se movimentar contra ele. As mãos saíram da nuca e a abraçaram por completo, enquanto as duas mãos dele estavam em sua cintura, apertando-a e inconscientemente lhe dando mais estabilidade para subir e descer.
Outro praguejo baixo saiu de , imersa na bolha que criou com Bucky, vendo-o cada vez mais entregue ao prazer que ela lhe proporcionava. Bucky ficou sem ar com a maneira com que ela se agarrou a ele. Os sons que fazia pareciam ecoar dentro dele, cada um deles como um impulso que viajava diretamente para seu membro pulsante enquanto ela se movia.
A posição parecia perfeita; cada movimento dela, cada estímulo, fazia-o estremecer enquanto ele quase se entregava aos sentimentos. Ele podia sentir a força da própria posição, das mãos dela em volta dele, a maneira como ela se movia contra ele, apertado, quente, quase insuportável de tão bom que se sentia. Quase sentia seu coração batendo tão forte quanto suas veias pulsando, começando lentamente a responder aos movimentos dela, com um movimento quase inconsciente de elevar o próprio quadril para acoplar-se ao dela. Os dedos das duas mãos agora estavam firmes o bastante para se cravarem em sua cintura, como se precisassem ter um ponto de apoio, como uma âncora.
Dentro de seu interior, sentiu o membro dele pulsar de forma mais frequente, um claro sinal de que estava próximo do ápice. Mas ela não se importava com isso; continuou se mexendo, rebolando contra seu quadril com mais velocidade e fazendo a ereção de Bucky roçar por todas as suas paredes internas. Eles gemeram juntos, Barnes próximo de gozar e ficando ainda mais molhada por ele, necessitada por mais contato. O gemido dela foi quase sua ruína, preenchendo o ar do quarto enquanto se misturava ao dele.
Bucky podia sentir seu próprio orgasmo se aproximando; a necessidade por mais aumentava, e cada pulsação de seu sexo parecia levá-lo mais perto do limite. A respiração dele ia ficando mais forte, quente e pesada. Seus dedos se cravavam mais na cintura dela, tentando resistir contra a vontade de aumentar a força dos próprios movimentos. O gemido que saiu de seus lábios parecia desesperado, como se estivesse perdendo algum tipo de controle ou se entregando ao próprio prazer, enquanto ele tentava se agarrar a ela ainda mais. Bucky parecia perder-se no momento, o corpo tremendo, o coração batendo acelerado, cada célula de sua pele sentindo e vibrando por dentro. Sentia seu corpo respondendo a cada toque dela, quase como se estivesse além de qualquer razão.

— Meu Deus... — ele murmurou, sua voz quase rouca.
— Se entregue a isso, James. Eu sei que é o que você quer. Que é o que você precisa agora. Não se segure mais.

O interior de passou a se contrair em volta da ereção pulsante de Bucky. A essa altura, seus movimentos antes delicados e gentis tornaram-se mais rápidos e um pouco bruscos. O choque das peles, coxas com coxas, membros e intimidades entrelaçadas ficava cada vez mais alto no silêncio do quarto, e seus lamúrios de prazer não passavam de sussurros, como se estivessem em um mundo só deles e ninguém mais tivesse autorização ou fosse bom o suficiente para saber o que estavam fazendo ali.
As palavras dela e seu interior contraindo-se ao redor dele pareceram ser demais; todo o autocontrole que restava dentro de Barnes parecia simplesmente se dissolver. Sua mão direita apertou mais forte contra a cintura dela, enquanto ele tentava manter algum tipo de razão e controle, tentando não se mover contra ela com tanta força. Céus, era quase insuportável de tão bom, sua cabeça estava quase em branco; os sons dela e seus próprios gemidos eram quase demais para suportar. Ele se via agarrado a um limite tênue que sabia que não poderia continuar por mais tempo.

— Meu... Deus — Ele gemeu, sua voz quase entrecortada.

Bucky sentiu seu orgasmo como se fosse uma onda sobre ele, como se estivesse perdendo-se para um mar escuro, apenas capaz de sentir o quanto era bom, sem conseguir mais pensar, apenas sentir, o corpo tremendo com intensidade ao mesmo tempo em que se derramava dentro dela, quente e pulsante, sua mente completamente tomada por aquele momento. Ele quase podia ouvir o próprio sangue correndo em suas veias, seu coração batendo forte, tentando recuperar o controle, ofegante. Ouvia sua própria respiração pesada e trêmula enquanto suas terminações nervosas pareciam estremecer, sua mente ainda tentando voltar à realidade, sentindo o próprio líquido quente se espalhando dentro dela.
Céus, era quase demais; ela era quase demais.

... — Bucky murmurou, com dificuldade de falar, ainda tentando recuperar o fôlego e a consciência.

Um arrepio passou pela espinha de ao ouvi-lo gemer seu nome daquela forma tão erótica enquanto se derramava dentro de si. Porra, ela estava longe de ter gozado, mas podia jurar que a voz de Bucky, tão manhosa e erótica se entregando para ela, havia lhe causado algum tipo de orgasmo.
Com cuidado, levantou um pouco as pernas e deixou que o membro de Barnes escorregasse completamente para fora de si. Foi impossível conter o resmungo ao vazio repentino que a falta dele causou em sua intimidade. Como se tivesse vida própria, os dedos de voltaram até a nuca de Bucky, naquele mesmo carinho que o fazia se arrepiar e ronronar como um gato.
A maneira como ele saiu sentiu-se quase como uma perda, deixando-a sem ar enquanto tentava recuperar a atenção da realidade. Sua mente ainda tentava sair da névoa de prazer, tentando ordenar as ideias enquanto o coração continuava batendo forte. Quando a mão dela voltou para sua nuca, ele sentiu um frio na barriga, com seu sistema nervoso ainda sensível e quase sobrecarregado. Ele apoiou a testa contra o ombro dela, inalando o cheiro com dificuldade, tentando se recuperar do que acabara de acontecer.

— Foi bom para você, James? — A voz de saiu entrecortada pela respiração um tanto agitada. Tudo o que queria saber era se tinha sido bom para ele, se, durante aqueles momentos, ele se sentiu desejado. E se, ainda ali, ele percebeu que desejá-lo era tão natural para ela quanto respirar.
O tom de o atingiu diretamente, fazendo com que seu coração acelerasse no peito, enquanto ele tentava se recuperar daqueles últimos momentos. Bucky balançou de leve a cabeça entre o ombro de , esfregando o rosto ali para sentir mais do cheiro dela.
— Sim… Céus, sim… — Sua mente ainda estava um pouco aérea, quase como se estivesse no limite entre a consciência e o estado de sonho em que o prazer o havia levado.
Mas, apesar do êxtase habitando suas terminações nervosas, Bucky não podia deixar de notar que apenas ele tinha atingido o orgasmo. A sensação o atingiu, acompanhada por uma certa culpa, enquanto se mexia contra ela, afastando a cabeça para olhar nos olhos dela. Ele murmurou, sua voz ainda um pouco trêmula, enquanto colocava a mão esquerda em seu rosto.
— Você não... ainda não...
Levou cerca de um minuto para entender o que ele queria dizer e onde queria chegar. Um sorriso reconfortante abriu em seus lábios e, sem esperar, ela o beijou.
— Não se preocupe comigo, sargento. Teremos bastante tempo para você me fazer... Você sabe... Gozar.
Ele retribuiu o sorriso, ainda que fosse evidente que não tinha ficado completamente satisfeito com as palavras dela. Pelo menos, de algum modo, ele não era o único sem fôlego ali. O fato de ela chamá-lo de sargento novamente, após todo aquele momento, enviou uma breve onda de excitação por ele. Bucky respondeu ao beijo breve dela. A mão direita ainda descansava em sua cintura, enquanto a esquerda deslizava para seu rosto. Quando se afastou um pouco, ele não conseguiu conter a risada rouca que escapou de seus lábios.
— Isso é uma promessa?
Naquele momento, como em todos os outros em que estava perto de Bucky, sentiu o coração acelerar e as borboletas criarem vida em seu estômago. Era assim que se sentia quando estava perto dele. Era assim que ele a fazia sentir. Única, especial, amada.
— Sim, sargento, é uma promessa. E você sabe que eu não quebro minhas promessas.
Tudo sobre aquele momento parecia perfeito, o modo como ele estava perto dela, seu coração quase batia mais rápido do que seria natural, mas ele não se importava; aquele era o único lugar onde queria estar agora. Seus olhos se fecharam por um momento enquanto ele soltou um breve suspiro quase de alívio e prazer, antes de abrir novamente. Ele acariciou com o indicador a bochecha dela, enquanto se mexia suavemente para se afastar um pouco e observá-la.
— Que bom, porque eu também não vou quebrar a minha.
juntou as sobrancelhas diante daquela informação, a confusão brilhando um pouco em seus olhos.
— E que promessa seria essa, James?
Seu toque acariciou um pouco mais seu rosto, enquanto ele observava a expressão dela antes de responder. Sua mente parecia clara agora, não mais presa à névoa da escuridão; conseguia ver e pensar claramente. O olhar estava preso no dela enquanto ele respondia.
— Que vou fazer a coisa certa.
Bucky permaneceu quieto por alguns instantes, apenas observando-a de perto, tentando ler sua expressão enquanto acrescentava, com a mão direita subindo um pouco em sua cintura.
— Por você… Por nós.

O coração de errou a própria batida umas três vezes ao assimilar o que James dizia e o que estava prometendo. Puta merda. Todos os seus pelos se eriçaram e, de repente, sua respiração ficou ofegante. Então, aquela era, finalmente, a sensação de tudo ser recíproco e sem bagagens? Porque era exatamente assim que se sentia. Leve para embarcar nisso com ele e livre para deixar o coração amá-lo.
, com a ponta dos dedos, desenhou cada traço do rosto de Bucky, e ele, em contrapartida, fechou os olhos diante do toque tão carinhoso e delicado dela, a própria respiração dele se tornando rarefeita pela intensidade e vulnerabilidade de se entregar dessa forma à pessoa que já presenciou o seu pior e que, de alguma forma, já tinha sofrido nas mãos dele. Não que aquilo importasse para . Ela, embora Bucky ainda não fosse capaz de enxergar, sabia a diferença entre o Sargento e o Soldado Invernal. Muito mais que isso, seria capaz de beijar cada ferida da alma de James, estaria disposta a abraçar cada tempestade dele, sem nunca precisar de algo em troca. E aquilo a assustou um pouco. A intensidade do sentimento a deixou amedrontada.

— Você pode dormir aqui essa noite… E todas as outras… Se quiser. — começou receosa, porque o silêncio das respirações ofegantes estava a deixando um pouco ansiosa.
A sugestão dela o fez abrir os olhos e levantar um pouco a cabeça, fitando seu rosto. Ele ainda estava tentando recuperar a respiração e se recuperar da onda de prazer que tinha acabado de passar por seu corpo, mas a expressão dele era suave e quase exausta enquanto olhava para ela. A voz dela parecia um pouco insegura, e ele podia sentir um pouco de ansiedade atrás das palavras. Ele apoiou a mão direita contra seu quadril enquanto tentava recuperar o fôlego e seu coração voltava a bater normalmente. Com esforço, conseguiu murmurar:
Eu não vou a lugar nenhum. — Com a voz ainda um pouco fraca, seu tom era suave, quase sonolento, enquanto sua mão acariciava sua cintura. Em outra promessa silenciosa, não só naquela noite, mas em todas as noites, Bucky Barnes estaria sempre ao lado de .

O que os dois não sabiam era que, quase oito anos depois, James Bucky Barnes não só quebraria a promessa que fizera a , como também todo o seu coração…



FIM...?


Nota da autora: Oiii! Só queria deixar registrado aqui que WCLTLA é um flashback direto de Echoes. Não é novidade para ninguém que eu AMO o Sebastian Stan, mas, meu amor maior se chama Bucky Barnes, e, como no alto do meu período fértil eu escrevi a maior putaria com o Steve Rogers (Alô Independence Day) nada me pareceu mais justo do que homenagear meu Buckyzinho.
PORÉM... Acredito eu que ainda haverão outras restristas com o James. Dentro e fora de Echoes, já que eu simplesmente não consigo superar #Barnoff (Barnes + Evanoff).
É isso amigas leitoras, obrigada mais uma vez por estarem aqui e se lerem tudinho mesmo, me deixa um comentário ❤️


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