Codificada por: Cleópatra
Finalizada em: 26/12/2024— Cuidado.
Ele murmura, enquanto Max vira os joelhos em direção à mesa. Ele revira os olhos e tenta se concentrar no sermão chato, mas é difícil quando ele se senta tão perto, a perna dele quase pressionada contra a dele. Max murmura baixinho, apenas para que Travis possa ouvir.
— Quero ir embora…
Os dois compartilham um olhar, sabendo que são os únicos a perceber essa situação. Nós estamos nesta situação por causa dos seus pais, que são fanáticos religiosos e também líderes de um culto com o nome de Os Devoradores de Deus, ou simplesmente O Culto, que são um grupo de fanáticos sobrenaturais armados com uma missão singular: trazer um demônio para o plano físico, não importa o custo.
Ninguém mais está preso neste mundo maluco como eles. Ele entende completamente sua frustração e desejo de escapar deste pesadelo, mas por enquanto, estão presos juntos.
Travis grunhe em concordância silenciosa. Ele é apenas uma criança, sendo arrastado por seus pais neste acampamento estúpido. A última coisa que ele quer é passar o tempo ouvindo besteiras religiosas. O olhar dele se volta para Max sentado ao lado dele - algo que ele não consegue evitar de fazer o tempo todo. É como se a mente dele continuasse vagando até o garoto sem a permissão dele. Ele suspira e tenta ouvir o sermão, mas tudo em que consegue se concentrar é em como caralhos Max fica bem à luz do sol. Os ângulos da mandíbula afiada dele se iluminam no sol, igual sua pele branquíssima e suas sardas. Max odeia o sol, mas fica lindo nele. E Travis faz uma nota mental para conversar sobre isso com Max depois.
Ele desvia rapidamente o olhar, mas não antes de ter capturado a visão. É quase doloroso olhar para ele, tão bonito como Max é. É estranho, terrível, estar sentindo isso por um garoto. Mas Travis não consegue deixar de pensar em como ele poderia parecer na luz da lua…ou nu. E Travis se assusta com esse pensamento, o enxotando de sua mente tão rápido quanto veio. Ele fecha os olhos por um momento, envergonhado, tentando afastar as imagens surgindo na mente. Imagens de Max, nu. Ele abafa o gemido que quase escapa de sua garganta. Nunca deveria pensar em coisas tão pervertidas, muito menos sobre um menino - principalmente depois do sermão sobre "pura moralidade" Max toca o ombro dele com o de Travis apenas para poder chegar mais perto e sussurrar.
— No três a gente corre, okay?
Travis se assusta com o toque inesperado. Por um segundo, ele não sabe se quer se afastar ou ficar ainda mais perto dele. Mas depois Max continua falando, e Travis sente seu batimento cardíaco desacelerando e acalmando o suficiente para ele conseguir sussurrar de volta.
— Certo.
A mensagem do pastor mal ressoa nele, com sua mente ocupada pensando sobre como ficar sozinho com Max mais tarde.
— Um, dois... três.
Max pega a mão de Travis e corre, corre para o meio do campo alto de trigo que existia ao lado do local do retiro, e eles só descansam quando estão longe. Travis se permite ser guiado até o campo enquanto correm. O coração está pulando pelo peito, e não sabe se está assim pela corrida, ou por Max estar segurando sua mão. Eles caem na grama enquanto atingem a linha da árvore, ofegantes e rindo de excitação e adrenalina. Eles estão deitados na grama, olhando para o céu, tentando recuperar o fôlego. Mas, como aconteceu tantas vezes antes, sua mente volta para Max. E com eles deitados lado a lado, é quase ainda mais difícil esquecer. Seu olhar se vira para o garoto, o comprimento dos cabelos pretos, seus lábios... Travis tem que lembrar a si mesmo que isso não é permitido. Deus jamais aprovaria tais sentimentos, tais ações.
Ele continua olhando disfarçadamente para ele enquanto recupera o fôlego. Por um momento, parece que tudo é possível. Max está rindo, livre do sermão irritante, e Travis tem uma vontade de fazer algo muito idiota. Mesmo que seja pego pelos pastores, talvez valha a pena.
— Eu estou morrendo.
Ele fica mais quieto enquanto Max fala e se recusa a tirar os olhos dele. Continua olhando, seu olhar vagando por todo o seu rosto, os cantos de seus olhos, suas mãos, seu pescoço...
— Certas partes de sua anatomia parecem perfeitamente vivas. — Ele murmura baixinho, sem pensar e percebe o que disse, seus olhos se arregalando enquanto o sangue sobe às suas bochechas. — Eu... eu não quis dizer isso.
Travis gagueja e se senta, evitando olhar para ele enquanto tenta se recompor. Sua mente está repleta de imagens inapropriadas. Imaginando como você pareceria, nu, enquanto tocaria a pele suave de seu pescoço.
— Okay, eu vou fingir que eu acredito, Phelps.
Max brinca tirando uma folha de árvore que estava no cabelo loiro de Travis. Ele tenta responder ao tom jocoso de Max, mas apenas solta um suspiro. Ele fecha os olhos, tentando ignorar o quanto o toque em seu cabelo é bom. A única coisa que ele consegue pensar é como seria passar os dedos pelo cabelo de Max também, como seria deslizar as mãos pelo seu corpo enquanto se movem, se tocam, juntos… Ele tenta fazer esses pensamentos deixarem de existir, mas é impossível com ele tão perto.
Max estava olhando para um ponto mais alto na árvore, e quando Travis segue seu olhar, ele percebe um visco de natal bem acima deles.
— Travis, você é supersticioso?
O moreno perguntou e Travis o olha como se ele tivesse perdido a cabeça por cogitar aquilo, mas em vez de negar, fez uma coisa estúpida.
— Você é?
Pergunta Travis enquanto intercala o olhar entre Max e o visco por um breve momento. Em resposta Max apenas bufou, o maior erro dele foi estar olhando para o visco naquele segundo, por conta disso ele só se deu conta que ele tinha se aproximado quando era tarde demais. Os lábios dele selaram os de Travis de uma forma quase carinhosa, que fecha os olhos com força. Sem pensar muito, Travis acaba por abrir a boca por conta da surpresa, o que foi entendido como um incentivo. A língua de Max invadiu sua boca enquanto uma das mãos dele segura sua cintura.
Travis deixa que ele o conduzisse por aquele beijo calmo e doce. Provavelmente foram algo de poucos segundos, mas para ele pareceu uma eternidade, ainda mais por conta de todos os sentimentos que esteve pensando durante esses minutos anteriores. Assim que o beijo acabou, eles se afastaram quase que simultaneamente, olhando um nos olhos do outros se perguntando ‘e agora?’ e então corando ao mesmo tempo, as mãos de Max o deixaram e ele retirou a sua que, em algum momento, foi parar em seu ombro de forma apressada. Depois de alguns segundos deles se olhando, Travis arregala o olho assustado.
Ele tem dificuldades para processar o que acaba de acontecer enquanto se afasta. Parte dele quer pular de volta nos braços de Max, se perder nele novamente. Mas a parte racional de sua mente finalmente volta a funcionar.
Isso é errado.
Ele desvia o olhar, se movendo rapidamente e ficando de pé enquanto as palavras de seu pai ecoam em sua mente.
Não é natural.
Travis recua um passo, e depois outro, até quase tropeçar. Depois vira e foge.
~
Max Stiller beijou Travis Phelps. E agora ele estava em uma sala vazia dos alojamentos do retiro surtando. Ele fecha a porta com um clique suave, apenas para bater nela com seu corpo depois. Suas costas deslizam pela porta até ele se sentar e então se permite surtar.
— Pooooooorraaaaaaa!
Ele havia beijado Travis, um garoto, filho do amigo de seu pai. E apenas o ignora o resto do retiro.
E o problema apenas triplicou quando ele e seu irmão chegaram em casa após o retiro e seu pai avisa que ficaria um dia inteiro fora. Isso era normal, seu pai sair e ficar alguns dias fora e deixar a casa para eles. Quando ele sai de casa, seu irmão, Nathaniel, se vira para ele e fala.
— Vou chamar alguns amigos meus para passar o natal aqui, o que você acha?
Max não podia acreditar na ‘sorte’ que tinha, ele queria apenas pensar e chorar até esquecer a merda que ele fez e a essa hora ele havia até esquecido que estavam na véspera do natal, sua mente apenas ocupada no rosto lindo e bronzeado de Travis. Ele apenas dá de ombros falando que iria para o quarto.
— Bem…venha pegar alguma coisa para comer mais tarde.
— Tudo bem.
As escadas rangem quando Max sobe correndo para seu quarto. Ele se joga na cama, vira para um lado e para o outro, escuta a voz de alguns amigos de seu irmão chegando e conversando, mas não consegue sentir seu sono vindo. Ele está ansioso, essa é a verdade. Suas preocupações com o que Travis diria quando se encontrassem novamente o mantinha acordado. O sono não chega, mas a fome sim. Ele desce até a cozinha, querendo evitar qualquer atenção, embora isso fosse em vão, já que alguém estava lá. O loiro se vira em direção ao barulho que escutou vindo da entrada da cozinha.
— Max?
—... Oi
Max fala e dá meia volta para sair da cozinha.
— Max... Espera! Onde você está indo? Max!
— O que?
Max se interrompe de repente, quase trombando com Travis, que está parado atrás dele. Travis parecia confuso, com o rosto franzido em confusão. Max tentou se esquivar novamente.
— Por que eu estaria fugindo de você? — Ele arqueou a sobrancelha e o olhou de cima a baixo. — Estou voltando para meu quarto.
Travis franziu a testa, surpreso com a reação de Max.
— Mas... Nós não…
— Nós o que?
Max se virou para ele com um olhar curioso, perguntando com um suspiro
— Não vamos conversar sobre o que aconteceu?
Travis falou por fim, Max engoliu em seco e acenou com a cabeça.
— Quer conversar agora? Ótimo — Max inspirou profundamente e cruzou os braços antes de continuar — Não achei que você fosse ficar tão emotivo assim por conta de um beijo, não foi nada demais.
— Emotivo? Você me beijou!
Travis disse quase gritando, Max respira fundo tentando se controlar.
— Sim, e daí?
Max falou e Travis o olha incrédulo. Max suspira e voltou a se afastar em direção ao corredor, Travis seguiu ele com um humor péssimo e cara de poucos amigos
— Travis, se não está feliz com isso, é só não me seguir.
— E supostamente o que eu deveria fazer? Fingir estar de boa para meus amigos sabendo que você está aqui nessa casa? Tão perto, mas tão longe de mim.
Ele perguntou com raiva. Ele estava furioso com Max por fingir que aquilo não importava.
— Que tal parar de agir com tanto drama? Está enchendo o saco com todo esse drama por uma coisa tão... — O rosto de Travis ferveu. Sem conseguir ficar mais um segundo ouvindo aquilo, deixou-o falando sozinho e deu meia volta, se afastando em passos largos — E depois sou eu quem está fugindo!
— Seu babaca!
— Sabe por que você está assim? Está com medo de ter gostado de me beijar! — Ele paroi e se virou para Max queimando de raiva — Estou errado?
— Você...
Ele começou a falar, mas a voz saiu entrecortada.
— Você está arrependido não está? — Max deu alguns passos em sua direção, rompendo a distância entre eles. — Pois eu vou dizer uma coisa: eu não estou e faria de novo.
— Você o que? - Travis perguntou com todos os seus sentidos gritando que aquilo não ia acabar bem. Próximo a ele, Max sorriu.
— Vale a pena para ver você tão sensível e irritadiço — Sem que Travis pudesse fazer ou falar mais nada, Max avançou para ele, o beijando pela segunda vez.
As mãos dele foram para a cintura de Travis, o puxando mais para ele, quando
seu cérebro conseguiu processar o que estava acontecendo, tentou empurrá-lo e bater em seu peito, mas em vez de se afastar, Max só o segurou mais forte. Desistindo de qualquer resistência, Travis se deixou levar, deixou que a língua dele invadisse a sua boca e que ele fizesse o que quisesse consigo, durante isso, ele tenta analisar se havia mesmo gostado de beijár Max e se ainda gostava agora. A resposta teria o feito se retorcer em agonia em qualquer outro momento, mas naquele segundo só conseguia sentir os lábios de Max e o corpo dele próximo ao seu, o que não foi suficiente para que quando o beijo acabasse, ficasse em seus braços. Ele se afastou.
Max consegue indentificar a cabeça de Travis a um milhão por hora, ele sabe identificar apenas pelo olhar que ele estava assustado e com medo. Desde sempre eles foram criados com ideias que condenavam qualquer coisa que ele estão fazendo agora, mas Max não liga mais para isso, e quer que Travis possa se libertar desse pensamento também. Então ele percebe seus olhos ficarem mais brilhantes.
— Travis... Travis, você está chorando? — Ele pergunta colocando a mão sob o rosto dele, o fazendo olhar para ele, que se afasta da mão como se ela a queimasse.
— Não, é claro que não.
Mas era a verdade. Ele estava prestes a chegar nesse ponto.
— Bem, é o que parece.
Ele falou sem um pingo de solidariedade na voz.
— Bem, está certo, feliz? Olhe o que você fez comigo
Ele falou abrindo os braços, deixando de impedir as lágrimas, rindo quando Max apenas o olha surpreso. Ele se aproxima de Travis e passa os braços em volta do corpo dele.
— Olha…só…beba uma água. Vamos conversar, vou te esperar no meu quarto.
~
— Sobre o que você quer falar?
Travis perguntou entrando no cômodo e fechando a porta atrás dele.
— Bem… Foi insensível da minha parte fazer o que fiz com você... — O moreno andava de um lado para o outro, mas então parou e olhou para Travis — Me desculpe.
— Só isso?
— Você esperava o que? Um discurso tão bem elaborado que a escola me chamasse para ser o novo professor de literatura? — Travis torceu o nariz para aquilo, Max suspirou e passou a mão pelos cabelos — Certo, isso também foi indelicado, tenho sido indelicado com você. Não quero que nossa relação fique em maus lençois, por isso prometo tentar ser mais receptivo e também não vou beijá-lo de novo.
— A questão não é o beijo em si…
Travis começou a falar, mas Max o cortou.
— Isso me parece um convite... — Travis o olhou feio e ele tossiu — Desculpe, pode continuar.
— A questão não é o beijo em si, é só... Que droga! O que você estava pensando? Eu não consigo te entender, Max.
Ele falou e sacudiu a cabeça negativamente.
— Não é muito difícil de me entender, Travis.
Max falou e Travis o olhou com incredulidade.
— Só está falando isso porque você é você.
O loiro disse e mordeu o lábio tentando pensar em algo, pensar o que fazer com tudo aquilo.
— Estou falando porque é verdade. Quer falar sobre o beijo? Da primeira vez eu fiz porque tinha um visco sobre nós e da segunda... Foi porque eu quis, nada além disso. Não estou brincando com você, estou só seguindo o meu lema.
— Que seria...?— Travis perguntou, sentindo os olhos dele fixos nos seus, a intensidade era assombrosa.
— Não ter medo de pegar o que eu quero, quando eu quero.
Max disse com a voz calma, mas firme, os olhos do loiro desceram para a boca dele, se aproximando instintivamente.
— Acha que qualquer um pode seguir esse lema?
Travis questiona, vendo Max se mexer inquieto, mas se aproximando um pouco mais.
— Acho que você poderia tentar.
O jeito como ele falou aquilo teria sido suficiente, me além de tudo os olhos dele se prenderam na boca de Travis também, e ele não pode se impedir de beijá-lo. Suas mãos foram para os cabelos dele, segurando as mechas de um jeito quase desesperado, eles se beijavam com vontade, quase selvagemente, como se quiséssemos arrancar um pedaço um do outro.
Max correspondia a cada investida com igual voracidade, eles mal tinham acabado de se beijarem e logo já estávamos começando tudo de novo. As mãos com aneis frios começavam a percorrer Travis, começando na nuca e descendo aos poucos, parando um pouco na cintura e depois indo um pouco mais para baixo, segurando o quadril. Já Travis o puxava para cada vez mais perto, até estarem quase colados um no outro.
Eles foram lentamente até a cama de Max, onde ele se deitou sobre o loiro ainda o beijando. Sem falar nada, ele começou uma trilha de beijos pelo pescoço, que até então eu nunca havia sido considerado uma parte tão sensível por Travis. A respiração estava ofegante e coração acelerado, ele precisava que Max me beijasse de novo, então o empurrei na cama, invertendo as posições, fazendo ele voltar sua atenção novamente para os lábios.
Travis não sabia o porquê estava fazendo aquilo, mas a resposta mais óbvia e provavelmente a certa, é simplesmente porque ele queria. Ele queria Max e ele gostava de quando ele o beijava. Max contornou as pernas dele com as mãos durante os beijos, nesse momento ele sente uma movimentação na barriga, chamada por aí de “borboletas na barriga” e percebe que não tinha mais como negar que está atraído sexualmente por Max. Antes que ele pudesse espantar esses pensamentos, suas bochechas assumem um tom avermelhado e eles ouvem uma voz de fora do quarto. Se olhando assustados, eles se levantam da cama.
— Max! Está no quarto? — A voz de Nathaniel chega até eles vindo de perto da porta — Você está a bastante tempo sem comer, está tudo bem?
— Fica aqui.
Max arruma seu cabelo tentando manter um ar natural, mesmo com a cabeça cheia de pensamentos. Então coloca Travis encostado na parede, fora do campo de visão de seu irmão e abre a porta.
— Oi. Eu comi agora pouco, você não me viu descendo?
— Eu não. Mas então está tudo bem. Você tem certeza que não quer descer lá com a gente?
— Uhn... Me dá uns 15 minutos, eu já desço.
— Tá bom. Aliás, você viu o Travis por aí?
— Não, ele deve ter ido ao banheiro.
— Se você ver ele…— Nathaniel olha diretamente para a parede que Travis estava encostado se escondendo dele. — Fala que a gente está procurando.
— Claro! — Max tenta um falso sorriso e fecha a porta sem uma resposta de Nataniel. Quando olha para Travis, ele começa a rir. — Ele sabe, com certeza.
— Isso não importa…
Travis se aproxima dele de novo deslizando uma mão pelo seu ombro, depois pelo colarinho de sua camisa, abrindo o primeiro e o segundo botão, que expõe sua clavícula. O loiro a ataca com sua boca, surpreendendo Max por apenas alguns segundos, antes dele suspirar. Travis vai abrindo mais e mais botões, cada parte de pele exposta sendo beijada por mordida por ele, que vai se abaixando até estar de joelhos na frente de Max.
— Eu quero te dar…um presente de natal.
Sua boca se encaixa no volume do meio das pernas do moreno, ainda por cima de uma maldita calça. Max logo entende e começa a tirá-la apressadamente para deixar Travis fazer o que quer. Sua mão tira seu pau de dentro da cueca, a deixando cair também.
— Você quer isso tanto quanto eu?
Travis não espera por uma resposta, ele sobrepõe a mão dele com a sua, entrelaçando seus dedos em seu pau e usando ambas as mãos para acariciar a base enquanto ele se inclina e lambe o gotejamento de esperma da cabeça com a ponta de sua língua.
Max estremece com força, a boca de Travis está quente, enquanto ele afunda lábios macios sobre o pau dele, suas mãos ainda unidas, e ele deixa Travis trabalhar sozinho. Max geme e ele deve gostar do barulho, porque afunda mais a cabeça e usa a parte plana de sua língua para traçar a veia que serpenteia pelo eixo de Max. É uma tortura arrebatadora ver os olhos dele se fecharem alegremente enquanto ele santifica suas bochechas e o chupa para baixo como se ele estivesse querendo fazer isso. Como se ele vivesse e morresse de joelhos por isso.
— Travis...
Max suspira, deslizando sua mão pelo cabelo loiro macio do cabelo dele e agarrando firme enquanto Travis mergulha mais e chupa mais rápido. Max não consegue evitar, seus quadris não conseguem e sua mão aperta e ele se empurra no calor, na umidade e no desejo da boca ansiosa dele.
Travis move sua mão, agarrando os quadris de Max brutalmente forte enquanto o incita para frente, continuando o movimento e empurrando sua cabeça mais para trás, a boca se acomodando ao redor de Max enquanto ele aceita tudo o que ele está oferecendo. Cada centímetro, cada prazer, cada momento.
Max tem as duas mãos em volta do cabelo do loiro enquanto ele bombeia seus quadris mais rápido, fodendo a boca dele enquanto sua garganta apertada engole seu pau. Ele mergulha mais fundo e Travis engasga, seus olhos lacrimejam, cada lágrima uma adição cristalina à constelação de sardas em seu rosto, muito mais visíveis que as de Max. Ele quer lambê-las e engoli-lo inteiro, ele quer provar a doce dor que risca o rosto de Travis antes de enchê-lo com seu próprio prazer. Ele quer dar tudo o que ele tem a oferecer e não receber nada em troca.
Travis geme e Max geme e isso se espalha pela sala enquanto seu orgasmo serpenteia por sua barriga inferior, aperta suas costelas e floresce em sua medula espinhal. Ele percorre através dele como caramelo derretido, quente e indulgente e doce pegajoso. Ele goza em um gemido arrastado enquanto olha nos olhos escuros dele.
Travis quer mais, quer fazer um sexo maravilhoso com Max, mas ele não consegue dizer se Max estava disposto a isso.
Max o encara, duro, possessivo e carente. Por alguns segundos, é tudo o que eles fazem, respiram juntos e observam o outro cuidadosamente enquanto Travis ainda estava no chão, agora sentado e cansado.
E então ele diz a última coisa que Travis esperaria. O garoto tira o cabelo da testa, colocando-o atrás da orelha e passando dedos quentes pela têmpora, sobre a maçã do rosto, descendo pela ponte do nariz. Eles pousam na boca dele, toques leves como penas em seus lábios. Depois ele pega em sua mão, puxando-o para cima novamente e o deixando à sua frente.
— Eu quero te beijar — Max diz entre escassos centímetros entre eles. — Deixe-me.
A mente de Travis pisca e depois volta a piscar enquanto cada neurônio dispara ao mesmo tempo. Seu coração dispara e a única coisa que ele consegue fazer é um aceno de cabeça trêmulo antes de Max pressionar para perto e se curvar.
Suas bocas se chocam, nada gentil ou sutil sobre a forma intensa como eles se conectam. É como uma dose de álcool direto para sua corrente sanguínea enquanto Travis aquece de dentro para fora. Max está quente e sua boca é gananciosa, moldando-se à dele e movendo-se insistentemente, uma mão passa pela camisa branca, abrindo os botões, a outra em seu cabelo loiro. Travis se submete imediatamente, deixando-o agarrar seu cabelo e movê-lo para onde ele quer. Deixando-o definir o ritmo e devorá-lo inteiramente como se Max estivesse morrendo de fome e ele fosse um banquete.
Max pressiona mais perto, uma mão caindo até sua cintura e puxando-os juntos dos lábios aos joelhos. Quando uma língua quente afunda na boca do loiro, ele geme um ruído carente e retribui, torcendo as línguas juntas em algo molhado e bagunçado.
Max coloca um joelho entre as coxas dele e se inclina, mordendo o lábio inferior com firmeza antes de deslizar a língua de volta e gemer algo lascivo contra a boca.
Ele não consegue evitar, está tão duro e dolorido por fricção contra seu pau que Travis envolve seus braços em volta do pescoço dele e os tomba na cama, com Max por cima dele, empurrando seus quadris contra o garoto e choramingando ao sentir o comprimento sólido contra o seu. Ele os esfrega juntos novamente e Max suga uma respiração chocada e sua boca para de se mover contra a dele.
Travis está preocupado que ele tenha ido longe demais, ou que tenha cometido um erro. Mas então Max está pressionando seu rosto na curva do pescoço dele, mordendo e beijando a pele enquanto ele rola seus quadris, e essa ideia escapa.
Ele está a bordo dessa ideia.
— Foda-se... je te veux maintenant. Desgraçado....
Max mistura as duas línguas enquanto sua mão desliza para dentro da calça de Travis, que suspira de surpresa e apenas o puxa para outro beijo, deixando Max satisfeito ao sentir a extensão dura. Ele desliza algumas vezes sua mão por ela antes de tirá-la, segurar o cós da calça de Travis e puxar para baixo, com apenas um levantar de quadril para ajudar em resposta para Max.
Max está obviamente muito, muito, muito a bordo.
O moreno se ajoelha, tirando seu peso de cima dele, e vira o corpo de Travis, para ele ficar de bruços no colchão macio.
Ele os esfrega juntos, gemendo e agarrando a pele dele, e a única peça de roupa que estava no corpo, sua camisa desabotoada e amassada, e qualquer coisa que ele possa tocar. Sua boca desliza pelo maxilar de Travis e encontra sua boca novamente, a língua mergulhando repetidamente.
Ele segura os quadris de Travis com mais força, o puxando para cima e o deixando de quatro na cama.
— Você realmente quer isso?
Ele apenas concorda com a cabeça. Travis está selvagem, completamente fora de controle com a luxúria. Ele precisa disso. Precisa de Max como oxigênio.
Sua cabeça afunda no cobertor desarrumado quando sente o dedão de Max pressionar sua entrada.
Ele agarra o lençol quando sente um dedo do moreno lá dentro, se mexendo levemente.
Travis geme alto quando mais um dedo é acrescentado, e geme mais ainda sentindo Max acertar um ponto específico em seu buraco.
Ele se foi, completamente flexível e disposto a fazer qualquer coisa que Max queira. Seus pensamentos se tornam turvos e lentos enquanto o desejo dentro dele esquenta até ferver. Ele se empina mais quando Max o toca lá denovo, e estranha quando ele para.
— Assim que eu quero você, bem empinado para mim... Feliz natal, querido.
Travis observa a neve cair da janela grande que tem no quarto do moreno, e depois olha para o relógio vendo que já era meia noite, e oficialmente natal. O loiro descansa a cabeça no colchão e murmura um feliz natal de volta.
Seu pau está pesado e melando suas coxas, pré-gozo escorrendo e pingando. Mas conforme Max tira seus dedos de dentro dele, e procura algo em sua cômoda sem levantar do colchão, ele sabe o que aconteceria em seguida. Max se aproxima, a ponta de seu pau se encaixando perfeitamente em sua entrada.
— Posso ir mais né?
—...Pode.
A pressão aumenta e seu pau entra mais profundo, o tatear das mãos de Travis no colchão se torna mais desesperador e o ar entre eles se torna quente e úmido com suas respirações ofegantes, ele não se importa. Ele persegue essa altura enquanto Tom começa a falar.
— Tão bom, amor — Ele geme, lábios se movendo sobre ele enquanto respiram juntos e se movem em conjunto. — Vou começar tá? Tão perfeito, porra, isso é incrível. Quero mais. Quero tudo de você.
Travis geme e agarra os dois lados de sua bunda com cada mão o abrindo mais. Max aproveita, usando isso para penetrá-lo ainda mais com uma fricção gloriosa e começar suas estocadas.
— Estou me sentindo... Incrível
Diz Travis enquanto a pressão latejante em seu estômago atravessa seus ossos e Max apenas continua se empurrando para dentro dele. O tempo se torna relativo, o quarto cheio de gemidos, barulhos eróticos e a cama rangendo. Eles estavam aqui, juntos, e nada iria separá-los de novo.
Max grunhe, seu corpo meio inclinado sobre o de Travis enquanto ele empurra, puxando-o para mais perto e movendo seus quadris de novo e de novo. O corpo de Max fica tenso contra ele. Ele está tremendo e ofegante na lateral do rosto de Travis.
A euforia o invade como uma onda crescente e eles surfam enquanto gozam juntos. Ele agarra o travesseiro do Max com força e grita, abafando sua voz na almofada e treme em seus braços. É uma felicidade como ele nunca conheceu, e seu cérebro parece confuso e drogado enquanto o sentimento desaparece em um murmúrio maçante de êxtase saciado.
O moreno ainda está acima dele e Travis suspira um som satisfeito, deixando seu quadril de volta na cama enquanto Max se deita em cima dele, aninhando-se preguiçosamente na curva de seu pescoço.
— Nós precisamos voltar para a sala, senão eles vão descobrir.
— Deixa eu ficar um pouquinho aqui…com você. — Max murmura e se deita ao lado dele, passando a mão pelo cabelo que estava no rosto de Travis enquanto sorria. — A gente é tão novo, não deveríamos ter feito isso.
— Mas nós já fizemos.
— Nós já fizemos, eu sei, e não me arrependo.
— Você faz muitas coisas que não se arrepende.
— Quando se trata de você, eu nunca me arrependo de nada.
E então ele o beija de novo, o carinho de mais cedo de volta em seu beijo doce e calmo. Depois de seus corpos voltarem ao normal e as respirações ficaram longas novamente eles se levantam e colocam suas roupas novamente, mesmo estando na cara que algo havia acontecido, já que suas camisas estavam horríveis e amassadas. Eles não ligam, só querem voltar ao quarto e dormirem juntos, aproveitando que seus pais não estavam lá para atrapalhar.
Max beija a testa dele carinhosamente antes de descerem as escadas. Eles conversam com seus outros amigos, mas ficam mais próximos no sofá, a mão de Max frequentemente traçando linhas em sua coxa, ou Travis sussurrando coisas realmente obscenas no ouvido, onde Max precisa muito se segurar para não arrastá-lo de volta para o quarto e fuder com ele até eles esquecerem seus nomes. Houve uma troca de presentes, onde Nathaniel lhe dá uma caixa de madeira bonita, com um canivete vermelho dentro. Quando o último amigo de Nataniel se despede e fecha a porta, Max pega a mão de Travis e eles começam a correr de volta para o quarto.
— Onde vocês vão?!
Os meninos apenas riem continuando a subir as escadas. Eles caem na cama, e Max o abraça, olhando pela janela a neve caindo e não desejando mais nada. Ele estava feliz, e tendo a certeza que aquele foi o melhor natal de todos os tempos.
— … Eu te amo.
Tradução — Eu quero você agora.