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Revisada por: Vênus 🌪️

Concluída em: Jul/2024

Passar uma borrifada de perfume no ar e caminhar em sua direção para absorver o cheiro é a última tarefa executada por ela. Após isso, a mulher caminha firmemente corredor afora na direção da sala do enorme apartamento onde mora sozinha apesar de ser uma mulher casada.
Vamos à breve explicação...
, a poderosa empresária, dona de todas as empresas do grupo de sua família e que assumiu, após o casamento por contrato com Katsuo Matsumoto, os negócios deixados por seu pai quando se aposentou do ramo. O grupo tem, em sua maioria, empresas do ramo tecnológico, principalmente no desenvolvimento de novas tecnologias, sistemas integrados, aplicativos, ou seja, qualquer programa que facilite a vida de seu usuário final, incluindo inteligência artificial. Essa grande responsabilidade é do feitio de cinco empresas, as outras duas se dividem entre o ramo imobiliário – algo totalmente aleatório e inusitado para o pai de – e de agricultura – outra parte inusitada da vida de Ryuu, pai da moça. O homem, que hoje está próximo dos seus 60 anos, não mediu esforços para montar um contrato em que não escapasse dele. Antes de assumir o grupo, a moça, que tem 31 anos recém completados, não ligava muito para as empresas do pai, apenas trabalhava em uma delas, a maior, chamada Seven que trata da produção de sistemas integrados para grandes empresas, algumas do governo federal. O desejo de Ryuu sempre foi ter a filha à frente dos negócios, o que foi uma tarefa difícil. Porém, o jogo virou a seu favor há um ano, quando levou sua única filha ao altar para casá-la com Katsuo, filho de um velho milionário e excêntrico que gosta de gastar dinheiro com investimentos aleatórios. O negócio era bem simples: o pai de Katsuo investia seu dinheiro no grupo e, em troca da gentileza, Ryuu oferecia a mão de sua filha em casamento ao jovem. A princípio, como era do imaginário do patriarca , não aceitou a proposta – que ela considerou uma imposição, na época. Contudo, quando seu pai notou o interesse dela pelos negócios das demais empresas, virou-se uma chavinha dentro de seu cérebro e ele impôs uma condição para dar de bom grado o controle do grupo para a filha: ela teria que casar-se com Katsuo. Ela relutou, mas acabou aceitando.
Um ano de casamento com Katsuo e eles só se viram, no máximo, três vezes: uma no dia do casamento – que já emenda a “lua de mel” onde apenas transaram e voltaram para suas casas; a segunda foi durante o evento de posse da no grupo , um mês depois da cerimônia; e a última, foi quando se viram há cinco meses numa viagem feita por Katsuo até a cidade onde está instalada a sede do grupo e maior parte de suas empresas, para um evento que ele iria participar sozinho, mas acabou encontrando a “esposa” lá. Eles apenas trocaram olhares e fingiram não terem se visto.
Terminada a explicação, voltemos à rotina de ...
Ela cumprimenta seu motorista, Hayato, e entra na parte traseira de sua BMW. O homem fecha a porta e caminha até o banco do motorista, adentrando o veículo e dando a partida rumo à sede principal. mexe em seu celular, vendo os e-mails recebidos, analisando um por um. Não tarda para que cheguem até a sede. Assim que estaciona o carro, Hayato desce e abre a porta traseira para que possa sair, mas ela não o faz. Curioso, ele abaixa a cabeça para vê-la.

— Senhora ? — diz o homem, vendo a mulher mexer em seu aparelho.
— Hm? — resmunga ela em resposta sem tirar os olhos da brilhante tela.
— Chegamos, senhora — avisa Hayato e, só então, o encara, finalmente percebendo que o carro está parado.
— Oh, nem notei — ela suspira e dá um breve sorriso. — Obrigada, Hayato — ela agradece pegando sua bolsa e descendo do carro. — Ah, não precisa me esperar hoje, ok? Irei a um evento direto daqui, chamarei um táxi.
— Sim, senhora — assente ele e completa: — Bom trabalho, senhora .
— Obrigada, Hayato, tire o resto do dia de folga, está bem?

Hayato sorri com a afirmação da chefe e assente com um gesto de cabeça ao fechar a porta traseira da BMW após a mulher sair. caminha, dando a volta no veículo, e anda pela praça frontal do grande prédio, onde também está localizada a Seven. Ela passa pela recepção do local, encarando a tela de seu celular. Ela ainda precisa revisar os papéis de uma reunião que ocorrerá em trinta minutos, mas, de repente, um puxão a interrompe.
vira seu rosto, irritando-se por antecipação com o autor.

— Quem pensa que... — ela se interrompe ao notar de quem se trata. — O que faz na minha empresa? — questiona ela de maneira arrogante e dura.
, eu...
Senhora — corrige. — Tenha respeito por mim! — ela brada e chama a atenção dos funcionários.
— Eu preciso falar com você, temos que conversar...
— Não temos nada para conversar, rapaz — enfatiza a mulher e lança seu olhar mortal para os seguranças que começam a correr ao invés de andarem até eles.
— Algum problema, senhora ? — questiona um dos seguranças. — O que faz aqui, Kishou? — ele vira-se para o rapaz que aborda .
— Eu vim...
— Não interessa o que ele veio fazer, tire-o da minha empresa, agora! — exige ela, fuzilando o outro com o olhar. — Eu me lembro perfeitamente de ter te demitido, rapaz. Não seja insistente!
— Mas, !
— Tire-o daqui, AGORA! — ela berra dessa vez e o segurança ergue Kishou pelo braço, arrastando-o dali.

Aos berros, Kishou é retirado da empresa por livre e espontânea vontade de . Passado o incidente, o segurança retorna à recepção pedindo desculpas para a mulher pelo inconveniente.

— Espero que eu não precise ter que demiti-lo também, Yamato — ela diz em tom de ameaça. — Ah, e eu ainda estou esperando o meu segurança novo. Preciso dele hoje, entendeu?

Yamato apenas assente, engolindo em seco, e curva seu tronco em respeito à chefe. vira-se na direção do elevador e aperta o último andar, onde fica seu escritório. Quando o segurança vê a porta do elevador se fechar, solta um suspiro aliviado e corre para sua sala. Ele precisa arranjar um novo segurança apto para servir à .
Horas se passam.
A reunião termina, finalmente, e retorna ao seu escritório. Ela mal senta-se em sua confortável cadeira quando sua secretária interfona.

— Diga, Ayumi — diz ela, suspirando cansada.
Yamato está à sua espera, senhora. Ele disse que é sobre o segurança novo — avisa a mulher do outro lado da linha.
— Mande-o entrar, por favor — segundos depois, Yamato entra no escritório de acompanhado de um jovem rapaz que logo atrai o olhar atento da .
— Com licença, senhora — diz ele, respeitoso, e para na frente da mesa, o rapaz ao seu lado. — Trouxe seu novo segurança para a senhora avaliá-lo.

Antes de ele terminar a frase, já havia se levantado e rodeado sua mesa. O escritório é grande e confortável. Mesmo sendo um ambiente aconchegante, ela consegue senti-lo mais apertado na presença desse jovem segurança. A força de atração realmente a puxa e atrai para o rapaz. Ele não é tão alto, é da altura dela – por volta de 1,70m; é forte, possui braços e torso bem definidos – mesmo ele estando vestido com um moletom arrumado, ela consegue notar os músculos do rapaz; seu rosto tem formato arredondado, porém com o queixo mais fino; os olhos são castanhos e sua expressão bastante séria, o que é bom para sua profissão; os cabelos também castanhos são curtos, penteados para cima em um penteado arrepiado, bastante charmoso. Contudo, o que mais chama a atenção de são as costas dele. Ao passar seus olhos de lince sobre o local, ela logo nota a imensidão dali e, o detalhe de ouro: a bunda dele é bem grande, estando bastante marcada na calça jeans.
Inevitavelmente, umedece os lábios ainda encarando o rapaz e volta a ficar na frente dele, mantendo uma distância segura – por enquanto.

— ... o que acha, senhora? — diz Yamato e, só então, nota que, durante toda a sua avaliação ocular, o homem falava com ela. — Senhora?
— Sinceramente, Yamato, eu não prestei atenção no que disse — confessa, dando de ombros. O jovem segurança franze o cenho com a afirmação dela. nota. — Mas, confio em você, sei que o rapaz aqui — ela lança seu olhar de volta para ele, fazendo-o desviar o olhar — é bastante eficiente. Está contratado.
— Oh, fico feliz, senhora. Então, ele já pode começar?
— Imediatamente — afirma e ambos curvam os troncos em agradecimento. — Ayumi? — ela chama pela secretária no telefone.
Sim, senhora?
— Peça para o Hayato ir até à loja de ternos, darei as medidas do meu novo segurança para que ele possa trazer-lhe um terno para hoje — ela diz firme e logo muda seu tom para dar mais uma ordem: — Ah, diga a ele que eu sinto muito incomodá-lo na tarde de folga que eu lhe dei. Diga que irei recompensá-lo depois.
Está bem, senhora. Avisarei a ele.
— Obrigada, Ayumi — a moça agradece e volta a olhar para os dois homens a sua frente. — Está dispensado, Yamato — ordena, voltando ao seu tom firme de antes.
— Eu deixei as medidas com a Ayumi e...
— Dispensado, Yamato! — enfatiza e Yamato se cala, deixando o escritório. — Você fica, rapaz — avisa ela ao ver o mais novo segurança começar a acompanhar Yamato.

Assim que o outro deixa o local, senta-se em sua cadeira, recostando nela, e cruza as pernas de maneira significativa, porém o olhar do rapaz mantém-se em um ponto aleatório atrás da cadeira dela. Isso intriga a moça, mas ela resolve ignorar, a princípio.

— Você tem nome, rapaz? — indaga ela com o olhar suspenso.
. — as primeiras três palavras dele a fazem estremecer, mas sem demonstrar fraqueza. — Será um prazer servi-la, senhora .
— Chame-me apenas de — ela diz com um sorriso malandro nos lábios.
— Não é correto, senhora . Sou apenas um empregado — diz de maneira simples, fazendo-a revirar o olhar.
— Está bem, mas não me chame pelo sobrenome, por favor.
— Perdão, senhora — ele faz um gesto singelo de cabeça, desculpando-se.
— Não precisa ser tão formal, . Iremos passar boa parte do tempo juntos e eu não quero que se sinta intimidado por mim, creio que já tenham lhe dito coisas sobre mim, adivinhei?
— Não, senhora.
— Ah, , eu sei que falaram — ela ri ao fim da frase e completa: — Sempre falam...

As tais coisas são apenas fatos. é uma mulher casada sim, porém, todos sabem que é uma fachada e que só durará mais um ano. Isso porque a exigência de Ryuu era que o casamento durasse dois anos para que continuasse na presidência do grupo , caso contrário ela seria tirada de lá e não poderia voltar nem para sua antiga função na Seven. Todos sabem também que ela não tem – e nem se sente na obrigação – fidelidade ao Katsuo, sendo assim, ela tem o costume de ter relações íntimas com aqueles que estão mais próximos dela. Lê-se: os seguranças particulares. Por isso que são todos do perfil de homem que ela gosta: bonitos, sedutores, fortes e bons de cama. tem os requisitos mínimos, o único que precisa ser comprovado é o último, mas já tem planos para o rapaz. Planos bem deliciosos.
No último ano, a poderosa empresária teve um total de sete seguranças, todos nesse perfil, mas todos, de alguma maneira, demonstraram interesses além do sexo com ela. Coisa que deixa a irritada. Ela não se vê apaixonada e muito menos com paciência para homens apaixonados, portanto, assim que ela nota interesse romântico por parte deles, ela os demite. Foi assim com Kishou, o último rejeitado e demitido por ela, e foi assim com os outros. Ela só espera que não seja assim com o também. Ela vê um grande potencial nele – vide sua bunda redondinha.

— Não dou ouvidos a fofocas, senhora — afirma , segundos depois.
— Que bom — sorri de canto e levanta-se da cadeira, indo até o rapaz. — Eu gostei de você, . Espero que trabalhemos bem juntos — ela para na frente dele, o perfume da mulher invadindo o nariz do rapaz que se mantém sereno.
— Farei de tudo para ser digno do cargo e de sua confiança, senhora — ele assente com a cabeça e dá um leve sorriso.

continua o encarando ao mesmo tempo que mexe em sua pulseira no punho direito. Sua imaginação vai longe, pensando em deitado em sua cama king size enquanto ela está montada em seu membro ereto, cavalgando no rapaz e ele gemendo pedindo mais. A voz gostosa de chamando por ela várias e várias vezes, implorando por mais quicadas, sedento pelo corpo dela colado ao dele e...

— Senhora ? — chama novamente e volta à realidade, soltando um suspiro alongado e sentindo sua calcinha umedecer.
— Sim? — ela pisca algumas vezes a mais e o encara.
— O telefone está tocando.
— Ah... claro...

volta para sua mesa e atende o telefone. Ayumi avisa que Hayato já está com as medidas de e que já havia ido até a loja de ternos aguardando separarem alguns modelos para levar para o rapaz experimentar. A urgência do uniforme dele ficar pronto é a necessidade que tem em já dispor de seu novo segurança no compromisso que terá mais tarde.
A jovem mulher é uma empresária bastante requisitada em eventos beneficentes, leilões, palestras, entre outros. Todos querem a poderosa presente, muitos para ter sua ilustre companhia e beleza, outros para tentar persuadi-la a uma coisa: convencê-la a vender a Seven. A empresa é, dentre todas as demais do grupo, a mais lucrativa. Em todos os anos de sua existência, que já ultrapassa os quinze, a Seven nunca teve um ano de déficit em seu caixa mensal e, consequentemente, o rendimento anual é sempre positivo. Com isso, desde a época em que o senhor Ryuu era o presidente do grupo, que os concorrentes queriam comprar a Seven por preços exorbitantes. Desde que assumiu o cargo não tem sido diferente, porém, há um detalhe: a mulher é dez vezes menos fácil de convencer do que o pai. nunca dá o braço a torcer por nada, principalmente quando se trata dos negócios de sua família que ela agora defende com unhas e dentes. O evento de hoje é um jantar beneficente que contará com a presença de inúmeros empresários que, por sua maioria, estarão lá só para ampliarem sua rede de contatos. O objetivo principal mesmo é ignorado.
Um questionamento deve passar pela mente de vocês nesse momento: o porquê de precisar de um segurança particular que ande com ela para todos os cantos. O motivo é simples e perigoso. , como já foi dito acima, é bastante durona em suas atitudes e não dá seu braço a torcer por nada; como a Seven é cotada por muitos empresários e não irá vendê-la por nenhum valor ou circunstância, alguns deles não aceitam bem esse detalhe e tentam, digamos, convencer de outras maneiras a vender a empresa mais lucrativa do grupo . Já fizeram várias ameaças à vida dela, algumas chegaram a ser executadas e ela quase levou dois tiros se não fosse pelo seu quarto segurança que lhe empurrou a tempo e o autor dos disparos foi preso logo em seguida. Tais ameaças não são de conhecimento de Ryuu ou até mesmo de Katsuo, que mal sabe onde a esposa está, mas prefere que seja dessa forma. Não quer preocupar nenhum dos dois, mesmo que ela não se importe muito com a opinião de Katsuo, ainda lhe tem algum respeito e consideração pela amizade que tiveram na adolescência.
Algum tempo se passa e já está pronta. Havia pedido para levarem seu vestido de gala para o escritório onde se trocou há alguns minutos. As batidas na porta indicam ser a chegada de que também havia se arrumado lá mesmo, mas preferiu fazer isso no banheiro dos funcionários, no fim do corredor.

— Com licença, senhora — anuncia assim que recebe o aval da chefe e adentra ao escritório. Assim que bate seus olhos nele, a moça sente um choque em sua nuca.
...

A voz dela sai quase sussurrante. está extremamente lindo, se é que isso é realmente possível. O terno escolhido por , no manequim, já era perfeitamente elegante, porém, no corpo do jovem segurança que tem um ano a menos que ela, está ainda mais perfeito. O caimento do tecido preto e levemente brilhante combina com a pele clara e macia – fato que comprovou horas atrás ao apertar a mão dele – de ; os ombros largos dele preenchendo com maestria o terno; suas pernas torneadas compondo a calça que lhe recai suave e alinhadamente até seu calcanhar; e, por fim, o sapato social, também preto, tão lustroso quanto o brilho que reflete dos cabelos bem penteados dele.
não diz nada, pela primeira vez ela só consegue demonstrar sua alegria – e tesão – ao ver vestido assim através de seu olhar cobiçador. Seus lábios úmidos e sua expressão entregam seu sentimento de agora. Por outro lado, também fica animado ao ver a recém chefe tão bem vestida. O caimento do longo vestido lilás, bem colado ao corpo escultural de faz o rapaz perder um pouco o ar de seus pulmões e afrouxar levemente o nó de sua gravata. Ele resolve ignorar um pouco a sensação controversa que sente e se concentra em atender as ordens de sua chefe da melhor maneira possível. Ele não quer perder esse emprego. Ele não pode cair em tentação. Mas a é tão...
e já estão no evento, o grande salão que comporta o importante jantar é bem luxuoso e faz parte de um dos mais caros e frequentados hotéis da cidade. Ao descer do táxi juntamente com ao seu lado, sorri para os fotógrafos que aguardam na porta do local, todos tirando inúmeras fotos, curiosos por saber quem será o mais novo segurança de . A fama de ter seduzido todos os seus seguranças é antiga, desde que começou seu casamento. nem liga para o que falam, aprendeu a ignorar. está acanhado, nunca tinha sido tão fotografado assim antes e está bastante incomodado. Não sabe se ficar muito próximo a é bom ou ruim. Bom seria para ficar afastado dos repórteres que estão loucos para puxá-lo e enchê-lo de perguntas e ruim seria porque certamente o agarraria na primeira oportunidade. Ele sente a aura libidinosa emanar dela, sabe do perigo que está se metendo e só quer ter juízo para não ser fisgado por ela.
Ele pretende resistir.

Semanas depois...
está em seu escritório mexendo em alguns papéis em cima de sua mesa. O dia dela havia começado mais cedo do que o normal quando ela recebeu uma ligação de seu marido. Em breve, Katsuo estará na cidade. Agora é quase final da tarde e ainda há mais uma reunião com a diretoria de todas as empresas do grupo para decidirem o orçamento do mês que vem, o cansaço já consome a mulher. A notícia que seu marido estará próximo dela, mesmo que em apartamentos diferentes, a deixa ansiosa e bastante inquieta. Ela brinca com a caneca em suas mãos, rodando o objeto de uma para outra.
De repente, ela ouve batidas à porta.

— Entra — diz sem emoção na voz, o cansaço já consumindo seu ser. Após ouvir a porta se fechar, ela olha para a porta e vê caminhar em sua direção. — — ela diz, erguendo o corpo e ficando um pouco mais acordada.
— Senhora — ele faz um breve gesto com a cabeça, cumprimentando-a e prossegue sua fala: — A senhora irá desejar minha companhia até em casa hoje? — questiona ele que já está acostumado a ir com ela no carro até ao luxuoso apartamento de .
— Acho que não, . Estou um pouco cansada e, além do mais, ainda tenho uma reunião em alguns minutos. Creio que irá demorar — responde. — Não quero prendê-lo até tão tarde — conclui com um sorriso no rosto. mantém seu olhar em cima da caneta que está nas mãos dela.
— Está bem, senhora. Sendo assim, eu posso me retirar? — reforça ele, não querendo ir embora sem uma autorização verbal da chefe.
— Antes de ir, quero lhe fazer uma pergunta, — pela primeira vez os olhares de ambos se cruzam, logo o rapaz sente faíscas saírem dos olhos da empresária.
— Sim, senhora — concorda o segurança.
— Eu incomodo você? — a pergunta vem rápida e certeira, tão certeira que o deixa sem nem ter como responder. sorri de canto. — Eu incomodo, né? — ela solta a risada, um pouco cansada e apressa-se para desmenti-la.
— Não, senhora! Não me incomoda. De onde tirou isso? — indaga ele, com certa aflição.
— Eu ouço os comentários dos outros seguranças e dos outros funcionários. Todos dizem que você é de um jeito quando está com eles e comigo é de outro totalmente diferente — a revelação faz o corpo de enrijecer. Inevitavelmente um nó se forma em sua garganta.
— Não é bem assim, senhora , eu...
— Não precisa mentir para me agradar, . Eu sei quando estou incomodando as pessoas — dessa vez um nó se forma na garganta de . Às vezes, somente às vezes, ela gostaria que a tratassem sem tantas cerimônias ou medo de que algo a desagrade. Ela tem a constante sensação de que não gostam dela.
— Eu não estou mentindo, senhora . A senhora é uma boa chefe e eu não me sinto incomodado perto da senhora — as palavras reconfortantes de a fazem sorrir e encarar o porta-retrato com a foto de seu pai que há em cima de sua mesa, desviando o olhar para novamente.
— Você é gentil, finaliza sua fala com um sorriso de leve e engole o possível choro que estava por surgir.

O questionamento dela veio, pois é de seu conhecimento que a chamam de “Sereia Vermelha” por todo o grupo . O apelido veio após os primeiros meses de casamento, quando os primeiros seguranças foram demitidos após se apaixonarem por ela. Dizem até hoje que ela seduz os seguranças, dorme com eles e depois os enxota sem piedade. ouviu, dias atrás, que o próximo a ser seduzido por ela será e que têm muita pena do rapaz por isso. Só então consegue compreender que talvez seja por isso que resiste tanto às investidas dela, que não foram poucas nas últimas semanas.

— Senhora ! — assusta-se ao ver a chefe derrubar as coisas de sua mesa com duas investidas de suas mãos, uma para cada lado.
— Senta aqui, — pede ela, voltando a se sentar, ajeitando os cabelos para trás de sua orelha.
— Não, não entendi, senhora — ele gagueja, segurando as mãos à frente de seu corpo. O nervosismo tomando conta.
— Senta aqui, ! — irritada com a demora, bate na mesa, ainda fuzilando o rapaz com seu olhar penetrante. Nervoso, caminha devagar e senta-se de lado, com a perna esquerda apoiada no chão, ainda na parte da frente da mesa. — De frente para mim — ordena ela. engole em seco, mas vira-se devagar, ficando de frente para e ainda mantendo seu corpo no mesmo lugar. Porém, ele sente suas pernas serem puxadas com muita força e seu corpo é projetado para frente, sua bunda deslizando pelo vidro e parando muito próximo ao busto de que o encara de baixo, sentada na cadeira.
— Senhora.... — ofega ele, mas é interrompido por ela.
— Estou começando a me irritar com suas escapadas, — diz ela ainda em tom irritado. — Por que você resiste a mim? — questiona, mas ele não responde, ainda ofegante. — Você tem namorada?
— Não, eu não tenho namorada, senhora ... — apressa-se a responder e volta a ficar calado, evitando o olhar dela.
— Então por que você foge de mim? — repete a pergunta e resolve começar a investir mais pesado em sua isca. — Tem medo de mim, ? — a mão direita dela desliza pela coxa esquerda do rapaz, o corpo dele começa a se remexer inquieto e ela sorri ao notar tal reação. — Você gosta disso, não gosta? Por que resistir, ? — ela aproxima seu corpo, ficando colada na mesa, e para de alisar a coxa dele apenas para puxar o quadril de para frente, colando a virilha dele em seu umbigo. Ela sente a rigidez de seu membro. — Ele estar assim — a mão direita de volta a percorrer a coxa de , que suspira bastante tenso — é um sinal de que você gosta, eu sei que é, . Nem adianta dizer que não — ao finalizar sua frase, a mão dela pousa em cima do membro de , fazendo-o encará-la pela primeira vez. Ele solta o ar longamente por sua boca e sorri vitoriosa.
— Senhora ... — ele mal consegue falar, sua cabeça pensa em muitas coisas para serem ditas, mas seu cérebro simplesmente não processa nada e não envia comandos para sua boca. A única coisa que ele pensa em fazer agora é beijar os lábios carnudos de .
— Prometo que eu não vou te morder nem te machucar — ela sussurra, levantando-se da cadeira e ficando muito próxima ao ouvido dele, passando os lábios umedecidos pelo lóbulo direito de . Um arrepio lhe percorre. — Eu só quero te dar prazer, . É apenas sexo, meu querido — ficando mais atrevida, aperta o membro dele ao mesmo tempo que passa a língua de volta no lóbulo do segurança. solta um suspiro.
— Senhora...
— Se você não quiser, basta se afastar de mim. Eu entenderei — avisa ela, voltando a encarar o rapaz que continua muito ofegante. — Porém, se você também me desejar, como eu sinto que deseja, basta deixar eu te beijar, então podemos ter um momento intenso de prazer — finaliza a mulher e se aproxima da boca de .

O até tenta pensar um pouco, cogitar a possibilidade de não cometer a loucura que está prestes a cometer, porém o seu pau está latejando tanto desde que a viu hoje cedo saindo da academia do prédio, vestida com a roupa de malhação tão colada ao seu corpo que ficou totalmente marcado nela. só quer atender aos seus instintos de agora, não se importando com as possíveis consequências. É apenas sexo, ele não irá se apaixonar nem ela irá. Além do mais, acaba de dizer que será somente um momento. acha que está seguro, portanto, ele avança para mais perto e a beija. Ele sabia que não seria um beijo comum tratando-se da Sereia Vermelha que tem esse acréscimo da cor no apelido justamente por ter a fama de ser quente na cama. A curiosidade sexual do segurança fala mais alto e ele se deixa levar. Suas mãos agora apertam as costas de e uma delas sobe até seus longos cabelos. O beijo efervescente incendeia os corpos de ambos. A mão de que antes acariciava o pau de , agora desabotoa habilidosamente a calça dele, descendo o zíper em seguida. Ainda tímido por estar quase transando com sua chefe, desce da mesa e encosta sua bunda no vidro, logo sendo apalpado por que o puxa para si, fazendo ele desencostar um pouco da mesa, e aperta a bunda do rapaz. Ele desce sua calça social, retirando-a e apenas suspende seu vestido, pois ela já estava sem calcinha, fato esse que surpreende o rapaz deixando-o literalmente boquiaberto. Sem tempo para perguntar o motivo da falta da calcinha dela, a vê se aproximar dele, erguendo a perna direita e esfregando-a na lateral do corpo dele. O rapaz a apoia com o braço esquerdo e sente a virilha dela roçar em seu pau, umedecendo sua cueca. Ele ia questioná-la sobre tal umidade, mas logo é beijado ferozmente por que continua esfregando sua intimidade nele em um claro sinal de pedido de passagem. Ainda apoiando a perna erguida dela, usa sua mão livre para abaixar um pouco sua cueca, somente o suficiente para que seu pau saia e possa finalmente encostar em . Ao sentir a rigidez de em sua virilha, a mulher para de beijá-lo, mordendo o lábio inferior dele, e solta um suspiro longo.

— Não quero romantismo, — avisa. — Quero que me foda sem piedade, entendeu?

Isso não é um pedido. É uma ordem. Uma ordem clara e objetiva do que ele deve fazer. engole em seco e manobra sua mão para encaixar seu pau em , mas ela é mais rápida e é sua própria mão que faz isso, pressionando o quadril para frente e sentindo o pau de seu segurança deslizar para dentro de sua vagina. ainda está paralisado. Por um instante, ele se esquece do que fazer a seguir e apenas assiste remexer o quadril com força.

— Me fode, ! — ordena ela novamente e puxa os cabelos da nuca de para trás, trazendo o rapaz de volta à realidade.
— Me desc...
— Cala a boca e me fode, te darei só mais uma chance ou...

não a deixa concluir a frase. Ele a abraça com força, trocando de lugar com ela e a deita no vidro gelado da mesa. suspira com o impacto com o vidro e ajeita o quadril. volta a penetrá-la e, dessa vez, ele consegue executar os movimentos que seu cérebro lhe ordena. O rapaz começa a empurrar seu quadril com força, os movimentos tornando-se ainda mais ritmados. Ele ergue a mesma perna de e aumenta ainda mais as estocadas. O gemer dela é baixinho, controlado, chega a dar a impressão de que ela está se segurando. não abraça , sequer toca mais nele. As mãos dela estão sobre seus peitos, porém ela não os massageia de prazer, estão apenas repousadas sobre eles. Tal atitude deixa o rapaz intrigado e, de certa forma, magoado. O sexo está tão ruim assim? Ao ponto de ela apenas olhar para um ponto fixo do teto do escritório? Ela mal o encara.
Parecendo ouvi-lo, olha para o rapaz.

— Me chama de , — pede ela com certa manha na voz.
— Não é certo, senhora, eu sou seu segurança e...
— Disse para me chamar de ou eu vou me irritar seriamente com você, !
— Mas, senhora...
! Vou me irritar com você se você não... — Ele volta a estocar com força e se aproxima do ouvido dela.
— Se eu não o que, ?

A menção da voz dele pronunciando apenas seu nome a deixa arrepiada de maneira diferente. Ela não quer admitir tão rapidamente, mas ela está adorando ser fodida por . Ele é tão tímido e fofo, diferente dos outros seguranças que eram brutamontes fortões e bravos, apesar de apaixonados.
é diferente e ela gosta disso.

Dois meses depois...
Desde a primeira vez que transou com em cima da mesa de seu escritório da sede do grupo que não consegue mais ficar longe dele. Não só pelo fato de ser seu segurança e estar sempre ao seu lado, mas também por eles sempre darem um jeito de transarem seja onde estiverem. Banheiro do escritório dela, vestiário dos seguranças, a guarita do estacionamento interno de um restaurante onde foi almoçar com alguns investidores de uma das empresas menores de seu grupo, o avião particular que ela usa para pequenas viagens pelo país, além, claro, de alguns motéis e até mesmo o apartamento dela. Desde esse dia também, que Katsuo está na cidade e até hoje não o encontrou, não que ela esteja reclamando, longe disso, mas esse encontro ainda não aconteceu. Mesmo assim, o homem faz questão de ligar todo dia para a esposa ameaçando aparecer de surpresa na empresa para eles conversarem. Essa tensão está atormentando a mulher.
Hoje tem mais um jantar de negócios e, dessa vez, irá acompanhá-la, mas como seu acompanhante. Nesse instante, ela está recostada em sua confortável cadeira, a cabeça apoiada nela e o olhar fixo no teto de seu escritório. Ela fecha os olhos tentando esvair toda a raiva que sente e toda a tensão. Além da iminente ameaça da aparição surpresa de seu marido inconveniente, há alguns dias vem recebendo uma insistente proposta pela compra da Seven. Um valor absurdo de alto que está sendo ofertado por um homem chamado Ren Kobayashi, empresário do mesmo ramo da empresa de . Ele é bastante persuasivo ao tentar convencê-la de que deve vender a Seven para ele, até lhe propor uma sociedade juntamente com um casamento, já propôs. Aliás, tais propostas foram ouvidas por que, apesar de se tentar se convencer de que não tem sentimentos pela chefe, sente ciúmes das investidas de Ren para com ela.
O segurança bate à porta, mas não recebe nenhuma ordem de entrada, mesmo assim ele resolve entrar. Ao fechar a porta do escritório, ele vê sentada em sua cadeira e de olhos fechados. Sorrateiro e bastante silencioso, ele se aproxima dela.

— O que está fazendo, ? — ela diz num tom surpreso e levemente irritado ao sentir as mãos macias dele massagearem seus ombros e se afasta um pouco dele.
— Ah... — ele hesita, ainda parado atrás da cadeira de . — Eu... perdão, senhora .
— Continue! — ordena ela, voltando a recostar-se na cadeira.
— Tudo bem — sorri e volta a massagear os ombros dela.

O corpo da mulher começa a relaxar, ela descruza as pernas, arriando-as no chão. O toque de é realmente divino e está ajudando a esquecer-se de sua tensão e irritação. Ainda de olhos fechados, ela roça a lateral de seu rosto nas mãos e punhos de que encara o gesto como algo carinhoso. Aliás, primeira vez que ele a vê sendo fofa assim com ele. O rapaz abaixa o tronco, afastando os cabelos de de seu pescoço e depositando um beijo caloroso no local. sente sua pele arrepiar-se e começa a mordiscar o punho mais próximo dela. para de massagear os ombros da chefe e leva sua mão até os lábios de que mordisca a palma da mão dele agora. Mantendo seus olhos fechados, aproveitando o êxtase, ela ergue suas mãos a procura de alguma outra parte do corpo do segurança. Ao encontrar, ela o puxa para que fique em sua frente. Com outro puxão, o faz se sentar em seu colo.

... — ele sussurra e ela abre os olhos para encará-lo.

Sem dizer nada, ela o puxa e começa a beijá-lo suavemente, uma de suas mãos acaricia a nuca do rapaz ao mesmo tempo que a outra passeia por cima da camisa dele, na altura da barriga. envolve uma das mãos próximo ao pescoço dela, segurando a cadeira atrás de sua cabeça e a outra está repousada em um dos seios de , massageando-o.
De repente, o telefone toca.

— Inferno... — sussurra em tom irritado enquanto o telefone continua tocando.
— Melhor atender, pode ser importante — diz , recuperando o próprio fôlego enquanto a encara e tenta se levantar, mas volta a ser puxado para o colo dela.
— Não te mandei sair, — diz, de maneira firme. O telefone continua tocando.
— Mas, , é melhor...
— Shiu... — ela leva o indicador até os lábios dele, calando-o. — Fica quietinho e me beija, meu querido — ela volta a tomar os lábios dele para si, mas o insistente toque do telefone a desconcentra. Ela levanta brutalmente, após também se levantar, e atende o telefonema muito irritada. — O que foi?! — berra ela.
Os... os investidores, senhora — gagueja Ayumi do outro lado da linha. — Eles... eles chegaram — finaliza ela.
— Peça para que aguardem um pouco. Estou finalizando uma importante reunião.

Ela nem dá brecha para a secretária responder, apenas desliga o telefone com força e volta para sua cadeira.

, é melhor nós...
, meu querido, senta aqui no meu colo, senta — ela pede, manhosa e sexy ao mesmo tempo. As mãos dela acariciando as próprias coxas fazem engolir em seco.
, você é terrível — ele ri e sorri de canto.
— Não deveria falar assim com sua chefe, irei te punir por isso, — o tom de brincadeira é nítido e deixa relaxado para embarcar na brincadeira. Ele volta a se sentar no colo de . — Oi, gostoso...
— O que fará comigo, senhora? — diz ele.
— Não ouse levantar daqui ou irei te punir bem pesado — avisa ela.
— Podemos terminar em outro lugar mais tarde — a frase surpreende .
— Você quer de novo e sem que eu tome a iniciativa? Quem é você e o que fez com o meu segurança tímido? — eles riem, divertidos e volta ao seu olhar sexy, retornando sua mão sobre a virilha de . — Ah, , você me intriga, sabia? Eu gosto disso — ela aperta o membro do rapaz por cima da calça e arranca um longo suspiro dele.
... — ele fica rubro de vergonha, mas sorri com o gesto dela.
— Até mais tarde, querido — eles se beijam novamente, um beijo cheio de tesão. Após, ele se levanta do colo dela.
— Vou voltar lá para fora — ele diz, ajeitando a roupa no corpo.
— Ok, querido — limpa o canto da boca enquanto ajeita seu vestido tubinho no corpo.
— Por favor, , não me chame assim. Alguém pode ouvir — pede ele, sem jeito.
— Vem cá, o chama e ele retorna para mais próximo dela. Rápida, se levanta e o pressiona contra sua mesa. — Eu gosto da reação que você tem quando eu toco em você, quando eu sussurro perto do seu ouvido, tipo agora — ela lambe o lóbulo da orelha dele que se arrepia. — Adoro também o jeito como você geme para mim quando estamos fodendo, . Ah, eu adoro muito... — ela leva a mão até a bunda dele, apertando-a e comprime seu corpo contra o dele.
... , por favor, eu não consigo aguentar...
— Então me fode aqui mesmo, , me fode...
...

Ouve-se batidas à porta.

— É hoje que eu mato alguém nessa empresa!!! — ela brada e vira o corpo bruscamente na direção da porta, mas é puxada por .
— Calma, , calma! — ele a abraça, carinhoso, e dá alguns beijinhos no pescoço dela que logo amolece.
— Você é uma dádiva em minha vida, — ela diz, amolecida nos braços dele, as mãos penetrando por entre os fios da cabeça do rapaz.
— Estou aqui para te dar segurança e prazer, minha senhora — ele sussurra e beija a orelha dela.
— Ah, para, ! — ele continua beijando o local e desce até o pescoço. — ...
— Gosto de te beijar, — diz ele com manha.
— Mas você me deixa... — ela perde um pouco a concentração ao sentir a língua dele percorrer seu ombro nu e a mão dele descer mais a alça de seu vestido. — Ah, para com isso — ele continua a beijá-la. — ! — sentindo que não conseguiria mais parar, caso continuasse, se afasta dele e o vê rindo abobado da reação dela.
— Minha gatinha brava — ela o encara, envergonhada.
— Não me chame assim quando não estivermos na cama, ! — ela diz em tom baixo e bravo.
— Para você sentir na pele como eu fico quando me chama de “querido” por aí — ele pisca para ela, ainda sorrindo, e caminha até a porta.

não diz nada e o encara sair de sua sala, a figura confusa de Ayumi encarando a saída de e o olhar fuzilante de sua chefe faz a moça engolir em seco. Ela nem quer saber o motivo de tal olhar. Espantando os pensamentos de sua mente, a secretária dá passagem para a entrada dos investidores na sala de que os recebe com um sorriso amigável. Após a reunião, o dia termina e finalmente a mulher pode retornar ao seu apartamento para se arrumar, em breve estará no jantar. O melhor para ela é a companhia de .
está incrivelmente bonito, seu smoking lhe veste muito bem e realça sua beleza, os cabelos dele estão alinhadamente penteados no topo de sua cabeça de maneira inabalável. também não está atrás em termos de elegância, o vestido escolhido é de sua cor favorita: preto. Ele é todo rendado e transparente, o tule forma uma manga bufante e cobre até a altura de seus cotovelos; o farto busto da mulher também está coberto; a parte que começa de sua cintura e vai até pouco acima de seus joelhos possui uma renda da mesma cor cravejada de pequenas pedras brilhantes; do joelho para baixo, o tule tem um efeito que faz o vestido ficar rodado somente nessa parte, dando um efeito bastante bonito; por baixo disso tudo, usa uma lingerie também preta, de cintura alta e o busto todo coberto. Acessórios como bracelete, brincos de brilhantes, um salto plataforma e os cabelos presos para o lado direito de sua cabeça finalizam o look de gala para o jantar.
Já na porta do salão de festas onde ocorre o jantar, e ajeitam-se para as fotos.

— Você está muito lindo, — comenta , sussurrando próxima a ele que está com o braço em forma de pinça para abrigar a mão direita dela.
— Obrigado — ele agradece também sussurrando.
— Ainda prefiro você pelado em minha cama — ela diz em tom ainda mais baixo e usando a mão livre para cobrir sua boca.
, por favor, estamos em público — ele diz bastante envergonhado, mas, por dentro, gosta do elogio. ri.
— Não me lembro dessa timidez quando estamos transando e você me pede entre gemidos para eu quicar mais forte — fica extremamente rubro e sem palavras. Eles começam a caminhar. — Você é tão fofo, . Gosto disso em você.

Ele não diz nada, apenas dá um sorrisinho de canto e continua caminhando. Ao entrarem no salão, se deparam com inúmeros empresários, todos conhecidos, que vieram para o jantar. não está ali apenas para jantar e, quem sabe, fechar algum negócio que não envolva a venda da Seven, mas também para exibir seu lindo e charmoso segurança que hoje é apenas seu acompanhante.
Alguns minutos se passam, e estão sentados à mesa com mais três pessoas que engataram uma longa e entediante conversa sobre o mercado agrícola, nada que interesse a empresária que mantém seu olhar e pensamentos nas coxas de seu segurança. evita olhar nos olhos da chefe, pois sabe que cairá em tentação e acabará transando com ela no banheiro ou até mesmo em algum corredor do salão de festas.
Os pensamentos de ambos são interrompidos pela voz aveludada e sensual de Ren Kobayashi.

— Que imenso prazer a encontrar aqui, senhorita — diz o homem, estendendo sua mão para segurar a de , e recebe os olhares surpreso dela e intrigado de .
— Senhora — corrige a mulher. — Não se esqueça que sou casada — ela lhe oferece um sorriso apático e repousa sua mão na de Ren.
— Um detalhe deprimente — comenta ele e deixa um longo beijo no dorso da mão dela. se ajeita na cadeira incomodado com a demora desse beijo. — Posso? — Ren aponta com o olhar para a cadeira vazia ao lado de que apenas dá de ombros. Após sentar-se, o homem inicia seu plano de sedução. — Está especificamente bonita hoje, senhora .
— Obrigada, Ren — agradece ela, sem muita emoção.
— Sabe, ... posso te chamar assim, não posso? — ele sorri de canto, galanteador e apoia o cotovelo na própria cadeira, repousando seu rosto em seu indicador. — Creio que já somos íntimos para...
— Não temos intimidade, Ren — lhe dá uma cortada e não consegue evitar o sorriso.
— Ok, me desculpe — Ren recua em sua investida.
— Mas pode me chamar pelo nome — conclui e dá um gole em sua taça de champagne. Ren sorri vitorioso.
— Que bom. Enfim, podemos dançar um pouco, tenho alguns assuntos para falar em particular com você, — a moça olha para Ren e para a pista de dança que tem algumas pessoas dançando uma música relativamente lenta.
— Pode falar aqui mesmo, não tenho segredos com o deixa sua mão direita cair sobre a coxa esquerda de que apenas a deixa acariciar o local. Ele quer que Ren saiba que a relação deles vai além da profissional.
— Bom, meus assuntos com você são bastante específicos e creio que o rapaz aí — Ren recai seu olhar esnobe sobre que o encara de volta, irritado. — Não entenda muito sobre tecnologia e negócios, não quero entediá-lo — ele finaliza sua fala com um sorriso debochado e mantém sua feição serena e inabalável, porém enciumada.
— Não seja ácido, Ren — diz notando a tensão no ar. — Uma dança e nada mais — avisa ela e aperta a coxa de , virando seu rosto para ele. — Eu já volto — uma piscadela para finalizar e a mulher se levanta da cadeira sendo acompanhada por Ren.

Assim que ambos deixam a mesa, vira seu corpo para encarar os dois dançando muito próximos um do outro. Ele não consegue disfarçar o incômodo que sente ao ver tal cena e a intimidade com que Ren trata . O não quer demonstrar estar com ciúmes por medo de o demitir caso perceba tal sentimento nele. O segurança bebe uma bela golada de champagne e se levanta meio tonto indo na direção da pista de dança, mas do outro lado dela. Ele começa a dançar sozinho e mantém seu olhar atento em cima de sua chefe e alvo do seu desejo. Pensamentos impuros voltam a dominar a mente de que se imagina rasgando com os dentes o tule que compõe o vestido de , deixando-a apenas de lingerie, seus lábios percorrendo todo o esbelto corpo dela dando-lhe chupões pelo caminho e a deixando arrepiada. O desejo por ela é tão intenso que sente seu pau enrijecer-se dentro da calça e passa a mão por cima dela para disfarçar o indisfarçável.
Logo o rapaz sente um corpo surgir em sua frente e braços envolverem em seu pescoço. É uma mulher e não é a . A desconhecida começa a dançar na frente de e ele foca seu olhar nela, ainda sentindo-se tonto pela golada de champagne que deu. A mulher continua a dançar e esfrega seu corpo no do segurança que tenta desviar sua virilha da moça, sua ereção ainda está presente e vívida. Ao voltar seu olhar para onde está ele não a encontra e começa a percorrer os olhos pela pista de dança. Mas, de repente, ele sente seu ombro ser puxado para trás.

— Está na hora de ir, !

É a voz de e ela é irritada. A desconhecida deixa o lugar e encara , mas ela não fala nada, apenas o puxa pelo punho na direção da saída. Não demora para ambos estarem no táxi rumo ao apartamento da empresária, cada um em um canto do banco traseiro. O ar irritadiço dela é nítido, quase palpável. Já não está mais com raiva, apenas envergonhado por ter sido pego dançando com outra mulher e ainda mais com uma ereção que ainda está viva e desejando a mulher ao seu lado. Mas, pelo olhar fulminante dado por na direção da janela, ele crê que não acontecerá nada além de um belo sermão.
Eles adentram ao apartamento e, malmente fecham a porta, sente o corpo ser empurrado contra ela.

— Quem era aquela mulher? — sibila empurrando seu corpo contra o dele. — Está dando para me trair, ?
— Eu não... ... eu não te traí — diz ele, temeroso.
— Então quem era ela? — repete a pergunta.
— Não sei, ela simplesmente apareceu e começou a dançar comigo — explica de maneira simples.
... — estreita os olhos e segura o queixo dele. — Por que você não a dispensou? Eu fiquei... — ela solta o ar pela boca e percorre seus olhos pela expressão dela. Antes que ela diga algo, ele diz:
— Por que o Ren estava tão íntimo de você? — ela o encara, surpresa com o questionamento. — Me deixou irritado o jeito como ele te tratava e eu quis atirar nele, sabia? Eu quis... eu fiquei com ciúme! — revela ele sem se importar mais.
— Ciúme?
— Eu não deveria, mas eu... — ele fecha os olhos e recosta a cabeça na porta atrás de si levando uma das mãos ao rosto. — Eu gosto de você, eu realmente gosto de você, — declara-se ele e não sabe o que dizer.

A mulher se afasta de , que abre os olhos, vendo-a andar para trás com as mãos no rosto, tampando a boca. O olhar assustado dela o encara e começa a se arrepender de ter se declarado para sua chefe. Aonde ele estava com a cabeça? Em que estava pensando? Ele havia estragado tudo! Burro! Inconsequente! O rapaz cobre totalmente o rosto com ambas as mãos e abaixa o rosto, deixando seu corpo escorregar pela porta e senta-se em cima das pernas. Ele dá leves apertões no próprio rosto enquanto chora baixinho.

... — se agacha e puxa as mãos dele, descobrindo o rosto do segurança. — Hey, meu querido — ela diz com carinho e ele a encara muito confuso. — Não fique assim, me desculpe se eu te assustei.
— Eu não entendo, ...
— Creio que eu também goste de você e também senti ciúmes quando te vi dançando com outra mulher — revela a empresária ainda tentando entender os próprios sentimentos.
...
— Vem comigo, meu menino...

Ela o puxa para que se levante e caminha com ele até o quarto, derrubando o corpo dele na cama, se jogando por cima do rapaz. acaricia com carinho o rosto de enquanto o encara. O olhar confuso dele devolve a encarada, tentando decifrar o que se passa na mente de . Ele havia ficado surdo ou ela disse que gosta dele? Não é possível que seja verdade, nunca se apaixonou por ninguém, pelo menos ela nunca demonstrou paixão ou amor por ninguém. Por que com ele?
está muito confuso.
Por outro lado, também está confusa e também quer entender melhor o que está sentindo para conseguir demonstrar com clareza para . Ela não quer magoar o rapaz, ele é tão doce, fofo e gentil que não merece ser enganado. Tendo uma ideia jamais pensada anteriormente por ela, a mulher começa a distribuir beijinhos pelo rosto dele, beijos suaves e quentinhos. O gesto faz relaxar aos poucos, ela percebe e continua a beijá-lo. Ela finaliza a pequena trilha nos lábios do rapaz, um beijo tão doce e suave que ela nem sabe se realmente está demonstrando da maneira correta. Não sabe se está sendo carinhosa e transmitindo o sentimento que tem por . Porém, sua dúvida logo é sanada ao sentir as mãos dele caminharem suavemente pelo seu corpo em um abraço quente e aconchegante. Uma das mãos de repousa sobre a cintura de enquanto a outra para na nuca dela, afastando seus cabelos – que estão presos para o lado – para trás e segurando para que não volte. Ficando mais à vontade, intensifica o beijo e ela segura o rosto de com ambas as mãos.
Eles param o movimento e se encaram um pouco, ofegantes.

— Eu amo você!

A declaração é feita por ambos, quase ao mesmo tempo. sente os olhos marejarem e sente seu corpo se arrepiar em uma tremenda alegria. O rapaz troca de lugar com ela, deitando-a na cama, e derruba seu peso devagar sobre , voltando a beijá-la com carinho. As mãos percorrendo até os joelhos dela, puxando o tule dali para cima; quando finalmente acha a pele de sua amada chefe, ele começa a subir sua mão por dentro do vestido de até parar em sua virilha; o beijo é interrompido rapidamente para que ele retire seu paletó, gravata e sapatos; aproveita para retirar seu salto e puxar o vestido, ficando apenas de lingerie.

— Eu satisfaço você, ? — questiona ele, após retirar sua camisa e calça.
— Claro que sim — ela responde, sem pestanejar e o puxa para deitar-se de volta sobre ela. — Por que pergunta?
— Depois que eu vi o tal Ren, passei a reparar mais em mim e a pensar se eu realmente satisfaço seus desejos — responde ele, inseguro, e segura seu rosto com uma das mãos, acariciando-o. — Sem contar seu nível de intimidade com o Hayato...
— Hayato é meu amigo de faculdade, gosto muito dele e somos muito amigos — explica ela. — Por que diz isso, ?
— Achei que fosse íntima apenas comigo — ri com a frase dita por ele.
— Não seja convencido, querido.
— Sou eu quem fodo você todos os dias, sou eu quem te dou o prazer que tanto deseja, eu quem mereço sua atenção, minha senhora — ele dá um selinho nela.
— Seu atrevimento lhe custará caro, sabia?
— O que fará a respeito, minha senhora? — provoca o rapaz.
— Você é tão atrevido, ... — diz , rindo com a safadeza dele. — Seu bobo, eu te amo, meu menino!

Mais uma vez sendo carinhosa, o beija, puxando-o pela nuca. O beijo reacende a chama que os consumia minutos atrás e os retorna ao desejo mútuo. troca de lugar com ele, o deitando na cama, e retira sua cueca agarrando o membro de em seguida com uma de suas mãos. O singelo toque da língua dela juntamente com o beijinho que ela dá na cabeça de seu pau faz soltar o ar com força por sua boca, forçando sua cabeça contra o colchão. A mulher começa a chupar o membro dele com habilidade ímpar, ele nunca havia sentido tal prazer antes, isso sempre lhe foi negligenciado. Porém, com a ele tem tudo que deseja, ela o consegue chupar de um jeito que o deixa louco e pronto para possuí-la em seus braços.
Ao interromper o boquete, retira o sutiã e a calcinha que veste, enquanto faz isso ela encara que tem o olhar fixo nela. A tensão nos ombros dele logo aumentam assim que faz o gesto que o deixa incrivelmente excitado. Ela vira de costas para ele, agachada na cama, e roça sua intimidade na cabeça do pau dele. Tal ato também faz sentir uma vergonha tremenda, ele sempre foi um cara tímido e nunca havia passado por sua mente posições sexuais, digamos, não convencionais. Esses meses que vem passando com , transando com a mulher efervescente e insaciável que ela é, o fez mudar de opinião e descobrir que ele tem fantasias muito safadas para o padrão que estabeleceu em sua mente antes de conhecer . A mulher senta no membro do segurança e começa a quicar mais e mais forte a cada vez, está gemendo alto sentindo seu pau ser pressionado dentro da intimidade dela. Uma pressão gostosa e incrivelmente prazerosa.

— Quica mais forte, , quica... — ele pede com as mãos no rosto, tentando não explodir.

Atendendo ao pedido dele, a mulher começa a quicar mais forte e rápido. aperta os próprios seios, estimulando o bico deles com os dedos, sentindo seu orgasmo surgir. Tal posição é a favorita dela e é por isso que faz questão de começar a transa por ela. é envolvida pelo abraço de , que ergue seu tronco, sentando-se na cama, e cobre os seios dela com suas mãos quentes, massageando-os com força e diminuindo o espaço entre seus corpos. Os lábios apressados dele trilham beijos pelo pescoço da mulher que já produz suor suficiente para molhar seus cabelos, colando-os em sua nuca. Ele segura a cintura dela com ambas as mãos e faz um gesto para que ela se levante, ela cumpre o pedido e a conduz para ficar de quatro na cama. Já entendendo qual o objetivo do rapaz, fica de quatro, jogando os cabelos para um lado de seu corpo e empina a bunda, seu olhar fixado no que está fazendo. Enlouquecido com o gesto dela e pela bela visão traseira que tem agora, o rapaz mantém seu olhar nos olhos de e passa os dedos centrais de sua mão esquerda na intimidade dela. suspira com o toque, sentindo sua vulva estremecer, e empina mais a bunda, pronta para receber os dedos de . Mas, ao contrário do que havia imaginado, é a língua dele que toca seu corpo, solta outro suspiro de prazer. segura o quadril da mulher enquanto saboreia a intimidade dela, seu gosto tão quisto por ele o deixa ainda mais apaixonado. Para conseguir chupá-la melhor, o deita na cama, sem interromper por muito tempo as sugadas, e puxa o quadril de para baixo. Ela percebe que ele havia se deitado e deixa seu corpo cair um pouco, arriando as pernas e quase sentando no rosto de que agora consegue sugar o clitóris da mulher com mais precisão. geme e geme alto. Seu orgasmo está quase no ápice, se pudesse ficaria nessa posição para sempre, está maravilhoso sentir a boca de beijá-la dessa forma. Mas, ela quer o pau dele dentro de si e quer logo. Ela sabe que não irá dar continuidade à transa sem antes fazê-la gozar, por isso, começa a rebolar devagarzinho em cima do rosto dele. Os movimentos feitos pelas mãos de , firmes em seu quadril, auxiliam o rebolar dela e logo ela chega ao seu orgasmo, arriando o corpo e suspirando de prazer.
Minutos depois...
A parede do quarto de está fria por causa do ar condicionado, porém, isso não é um empecilho para ela que mantenha seu corpo colado na parede enquanto agarra as costas de com uma das mãos, pressionando-o contra si, ao mesmo tempo que a outra aperta a bunda do rapaz, enquanto se encaram. Uma de suas pernas erguida e presa na cintura dele. O rapaz está concentrado, é a posição favorita dele, fodê-la de pé e com ela pressionada na parede. estoca com força e ela gosta da pressão exercida por ele, é prazeroso.

— Goza para mim, meu menino — pede ainda encarando o rapaz. — Goza, , goza, meu amor... ah... — ela geme ao sentir ele estocar mais fundo nela. O olhar entregue de denuncia que o orgasmo dele havia chegado. — Muito bem, meu amor, muito bem — ela distribui beijinhos no rosto dele, segurando-o com as duas mãos. — Amo você — declara-se e a beija com doçura.
— Te amo, te amo... — ele diz, ainda sobre o efeito de seu orgasmo, e deixa a cabeça descansar no ombro direito de , que afaga seus cabelos molhados de suor.
— Toma banho comigo? — sussurra a mulher ao pé do ouvido do segurança que levanta o rosto para encará-la.
— Preciso de água primeiro — ele diz e sorri. — Vai na frente que em breve estarei lá.
— Não demore — pede e dá um último beijo nele antes de caminhar até o banheiro.

observa o caminhar suave dela e a bunda arredondada de mexer de um lado a outro. Ele ergue a sobrancelha, passando a mão no queixo, admirando a deliciosa visão. O desejo de voltar a morder a bunda de sua chefe lhe surge na mente e o faz sorrir malicioso. se perde dentro do banheiro e se concentra na missão de hidratar-se. Ele veste sua cueca e sai do quarto, caminhando até a cozinha, mas, no meio do caminho, é surpreendido por um estranho parado de costas para ele.

— Quem é você?! — espanta-se e se repreende por não estar com sua arma agora. A figura se vira para encará-lo.
— Eu que pergunto! O que faz no apartamento da minha esposa?! — questiona o outro.
— Esposa? — faz uma expressão confusa, mas logo entende de quem se trata. — Katsuo?
— Senhor Matsumoto para você, rapaz — corrige Katsuo com desdém. — Quem é você?
— Sou o... sou o segurança da — explica o rapaz, envergonhado, logo se lembrando da fama de devoradora de seguranças que sua chefe e amada tem.
— Outro? — Katsuo ri abertamente, jogando levemente seu tronco para trás, mexendo os ombros. franze o cenho. — Ah, rapaz, tenho pena de você — debocha o homem e senta-se no sofá, cruzando as pernas em seguida.
— O que o... o que o senhor faz aqui? — indaga mais uma vez.
— Esse é o apartamento de minha esposa. Acha que eu não teria as chaves? — indaga ele, retoricamente. — Bem, na verdade, ela nem sabe que eu tenho as chaves e...
não vai gostar de saber que entrou aqui sem sua permissão — rebate rapidamente.
— Me resolvo com ela depois. Por falar nisso, onde está minha querida esposa?
— No banho.
— Hm... — Katsuo analisa o estado em que está e logo deduz o óbvio. — Vocês acabaram de transar, não foi? — ele ri ao fim de sua frase.
— Entenda como quiser, senhor.
— Eu sei que transaram — ele ri novamente e completa: — Não tenho ciúmes, sei que não passará de algumas semanas, no máximo.
— Estamos a mais tempo que isso... — não quis dizer, mas já havia dito e se arrependido de sua fala.
— Ah, já está apaixonado? — desdenha o homem. — Fofo — ele gargalha e completa: — Está com ela apenas por um trampolim social, não é?
— Quê?
— Ah, rapaz, não se finja de tonto — Katsuo se levanta e aproxima-se de que recua para trás de maneira instintiva. — Sei que está se deixando levar pelas investidas sexuais de minha esposa apenas para dar um up em sua vida social. Ela é um bom trampolim, muito influente na sociedade.
— Eu não sou assim! Não sou você! — rebate , parando de recuar, e mantendo seu olhar firme no homem à sua frente.
— Você é bastante atrevido... — Katsuo segura pelo pescoço, o rapaz segura Matsumoto seu braço para que não o sufoque.
— Você não me conhece, eu a amo... — Katsuo volta a gargalhar.
— Ama nada! Como pode amar alguém como ela?
— Como assim?
— Ela é gélida, não ama nem o próprio pai. Ela não gosta de você. Para ela você é apenas um brinquedo sexual e quando ela se cansar de você, e ela vai cansar, acabará te largando na sarjeta mais próxima!
— Não fale assim dela!

empurra ele e lhe dá um soco. Katsuo devolve a gentileza e ambos começam a brigar feio. Dois minutos depois, aparece na sala assustada com o barulho.

— Katsuo! — grita ela ao ver o marido montado no corpo de , sufocando-o com as mãos. — Solta ele! — ela se aproxima e bate direto na cabeça dele.
! — ele geme de dor com o impacto do soco que ela dá e deixa de enforcar .
— O que faz na minha casa?! — brada a mulher, puxando o marido de cima de que tosse com força tentando recuperar o ar. — Como entrou aqui, seu verme?! — ela o puxa pela camisa com uma mão enquanto a outra puxa os cabelos da nuca de Katsuo, levando sua cabeça para trás.
— Isso dói! — reclama ele. — Eu tenho as chaves, ora essa...
— Eu vou matar você — sibila, raivosa e dá outro puxão nos cabelos dele.
— Aii, ! — Katsuo volta a reclamar.
— Vou te dar uma chance de se redimir. Uma — diz ela, jogando o homem em cima do sofá, ele leva as mãos à nuca, esfregando o local.
— O que fazia aqui com esse cara? Está me traindo com outro segurança novamente?
— Eu não te devo fidelidade e você sabe muito bem disso, Matsumoto! — brada ela, partindo para cima de Katsuo, mas tem o corpo barrado pelos braços de que a segura pela cintura.
— Calma, — pede ele com carinho.
— Awn, que fofos vocês dois — zomba Katsuo, sentando-se com o corpo reto no sofá. — Enquanto pagam de namoradinhos por aí, eu sou visto como o grande corno da cidade!
— Você não tem nenhum direito de reclamar! — braveja a mulher e se debate nos braços de . — Ou acha que eu não sei dos seus casinhos por aí?
— Achei que não se importasse, .
— E não me importo! Quero você longe de mim, sabe muito bem o porquê de termos casado! — ela ofega de raiva, não pretendia ter essa conversa na frente de .
— Vamos lá, , não sente ciúme de mim? — provoca Katsuo, cruzando as pernas.
— Obviamente não — ela responde com rapidez.
— Que seja — ele dá de ombros e completa: — Eu vim aqui apenas para pegar um pouco de dinheiro, sabe que tenho gastos, não é? — ela estreita o olhar, fuzilando-o. — Não me olhe assim, docinho — ele completa de forma debochada e ri ao fim da frase.
— Já disse para tratarmos disso por outro canal — ela diz um pouco mais calma ao receber o afago de .
— Amor, sabe que está ignorando minhas ligações — rebate o homem. — Não se finja de desentendida, .
— Seja direto ao ponto, Katsuo. Quanto quer? — indaga ela e a solta de seu abraço, mas mantém sua mão na cintura de .
— Acho que 5 milhões já é um bom começo — responde Katsuo com um sorriso de canto.
— Só pode estar louco se acha que irei te dar tudo isso! — brada a empresária sentindo seu sangue voltar a ferver em suas veias.
— Vamos lá, , nós dois sabemos que só a Seven lucra bem mais que o dobro disso por mês — devolve ele.
— Katsuo, eu não vou te dar esse dinheiro e já está decidido — repete a mulher.
— Minha querida, sei que está dando quase isso para o seu gigolô... ops, para o seu segurança — ele volta a provocar e sente que deve se meter na conversa.
— Não sou um gigolô e, mesmo se fosse, isso não é da sua conta — responde o segurança e recebe o olhar agradecido de que se aconchega nos braços dele.
— Hm, o rapazinho sabe se defender — desdenha Katsuo, rindo.
— Sei bem mais que isso — sibila , jogando seu corpo para frente de .
— Não vale a pena, — a mulher o impede, segurando-o pelos largos ombros e depositando um beijinho no local.
— Não demonstrem carinho na minha frente, é nojento — Katsuo faz uma expressão de asco na face, balançando a cabeça. dá de ombros.
— Eu tenho uma proposta para te fazer, Katsuo.
— Que tipo de proposta, docinho?
— Não me chame assim! — brada ela.
— Calma, — ele ri. — Aposto que o garanhão aí te chama de coisas mais picantes, acertei? — ele lança um olhar sugestivo para que fica rubro de vergonha, apesar de querer rebater o deboche. — Enfim, que tipo de proposta você tem para mim? — repete a pergunta ainda se divertindo com a expressão que os outros fazem.
— Eu te dou o que você quer, até um pouco mais, em definitivo, com a condição de seu pedido de divórcio — propõe ela e Katsuo solta uma gargalhada segundos depois.
— Você bebeu, docinho? — questiona ele, rindo bastante.
— Katsuo, estou falando sério, pare de me chamar assim! — ela estreita o olhar, sentindo sua raiva lhe consumir.
— Acha que perderei minha fonte de dinheiro? Só pode estar bêbada, — a mulher suspira, controlando-se.
— Vou ser mais direta ao ponto: meus advogados acharam uma brecha no documento de meu pai nos fez assinar no dia do nosso “casamento” — ela faz o sinal de aspas com as mãos. — Nela consta que o casamento só será anulado sem a perda da minha herança e cargo de presidente do grupo , caso você peça o divórcio.
— Sério?
— Sim. Ou seja, eu só levo o dinheiro e o cargo caso você queria se divorciar de mim e é justamente isso que estou lhe propondo: eu te dou dinheiro em definitivo, você solicita o divórcio, assinamos e eu ganho meu cargo definitivo de presidente — ela retoma a proposta tentando analisar a expressão que Katsuo faz agora.
— Não sei se aceito, ... eu perderia muito — insinua ele e engole em seco, fechando o punho para tentar não socar a cara do marido.
— Katsuo, por favor, sabe o quão importante o grupo é para mim — ela pede com a voz mansa e Katsuo ergue a sobrancelha.
— Está sendo fofa comigo? — ironiza o homem. — Awn, , não sabia que era capaz disso, docinho — ele sorri de maneira irônica e respira fundo.
— Tem certeza disso, ? — sussurra em seu ouvido e a voz dele acaba acalmando a mulher que vira um pouco o rosto para ele.
— Eu pensei bastante e é a única solução. Não posso mais esperar para ficar com você — responde ela em voz alta.
...
— Assim que me divorciar dele, iremos nos casar. Você quer? — o sorriso de se ilumina e a emoção toma conta dele, que tem os olhos marejados por lágrimas de alegria. — Fofo! — põe a mão sobre a bochecha do rapaz e acaricia o local.
— Com licença... — Katsuo pigarreia com o indicador erguido, chamando a atenção dos dois que o encaram. — Ainda estou aqui, tá? — ele diz retoricamente.
— O que me diz, Katsuo? — volta seu olhar para o ainda marido e se aconchega novamente no abraço de que agora tem seu rosto nos cabelos dela, aspirando seu perfume. Ele está com vergonha por quase ter chorado.
— Como eu disse, , eu tenho muitos gastos e eu sairia perdendo nessa história — repete Katsuo. — Mas, estou intrigado com o motivo de seu pai ter colocado essa cláusula no nosso acordo de casamento.
— Foi tolo por parte de meu pai achar que eu não encontraria esse detalhe do imenso acordo que ele nos fez assinar sob pressão — pontua a mulher e Katsuo concorda com um gesto de cabeça.
— Nem eu sabia dessa cláusula.
— Pois agora sabe. E o que fará a respeito, Katsuo? — insiste . — Não posso te revelar valores agora, mas tenho certeza de que irá gostar da minha proposta nesse sentido — Katsuo sorri.
— Você me conhece, sabe que gosto de valores altos, não é? — não responde. Katsuo solta uma risada abafada. — Está bem, , assim que a tal proposta chegar nas minhas mãos, a gente conversa sobre essa possibilidade. Não irei te dar uma resposta até ver os valores em questão.
— Justo. Imaginei que só concordaria quando visse o que irá ganhar — diz , simplesmente, sentindo um pouco de alívio pela abertura dada por ele.
— Seu pai é ardiloso, hein? — comenta Katsuo de maneira aleatória.
— Ninguém sabe e nem saberá como é sobreviver ao lado de um pai como o meu — inicia a mulher em tom de desabafo. — O senhor consegue ser bastante inconveniente e persuasivo quando quer, tudo para alcançar seus objetivos. Ele não quer saber se irá ferir seus sentimentos, não quer saber se você é apenas uma criança e não uma moeda de troca. Digo isso porque ele tentou ofertar a minha mão em casamento a um sujeito muito mais velho que eu na época.
— Quê? — diz, espantado.
— Ryuu não mede esforços quando o assunto é a expansão de seus negócios. Ele joga sujo e contra quem for. Porém, eu não sou mais uma garotinha, assim que eu tiver plenos poderes sobre o grupo , ele não terá mais poder algum sobre mim.
— Te admiro por isso, — elogia Katsuo e se levanta do sofá. — Estarei na cidade até o fim da semana, me manda sua proposta e, quem sabe, até lá você não estará casada com outra pessoa — ele olha sugestivamente para que desvia o olhar.
— Amanhã mesmo estará em suas mãos os papéis necessários, incluindo os do divórcio, como se fosse tivesse dado entrada — explica ela e Katsuo ergue ambas as sobrancelhas.
— Você é rápida, !
— Sou prática, apenas — ela diz dando de ombros.
— Bom, vou deixar os pombinhos a sós novamente antes que resolvam transar na minha frente — ele volta a debochar e rola os olhos.
— Até mais, Katsuo e, por favor, devolva as minhas chaves — ela estende as mãos e o homem ri.
— Chata — ele larga as chaves reservas da casa dela nas mãos da mulher e caminha até a porta. — Até mais, e até mais, rapaz que fisgou o coração gélido da — zomba Katsuo.
— Vai embora, Katsuo! Antes que eu pegue a arma do e atire em você! — ameaça .

Katsuo ri abertamente e deixa o apartamento. Depois disso, e voltam para o quarto dela e se deitam na cama king size da mulher. Eles conversam sobre o casamento de com Katsuo, sobre o acordo que eles assinaram no passado e sobre a solução encontrada pelos advogados dela para sair desse contrato sem prejuízos maiores – para seria perder a presidência do grupo e a sua herança. De toda conversa, a parte que mais agrada sem dúvidas é a proposta de casamento feita por que a refaz apropriadamente. Por mais que falem que ela não ama ninguém e que ela não quer nada sério com ninguém, o sente e sabe que com ele, age diferente. Não só quando estão transando, mas também quando saem juntos para jantares aleatórios ou até para compromissos oficiais da agenda dela. Seja como seu acompanhante, como seu segurança ou como o proporcionador de parte de seu prazer, é importante para e ambos sentem a verdade desses sentimentos.

Dois dias depois...
O acordo proposto por ao Katsuo agrada bastante a ele, que assina no mesmo dia os papéis do divórcio, dando entrada no processo. Tanto ele quanto estão muito satisfeitos com o acordo firmado e o rapaz até volta mais cedo para cidade onde mora, dizendo que só retornará caso precise assinar mais alguma coisa, o que possivelmente não será necessário. também é parte importante nessa história. Agora que é praticamente solteira novamente, ele quer comemorar o pedido de casamento que ela lhe fez – e que foi prontamente aceito por ele – com uma surpresa. Por isso, ele a convida para ir até seu apartamento onde ele montou toda a surpresa.
sobe o elevador, apertando no número nove e, ao sair, toca a campainha do apartamento de , aguardando a abertura da porta.

— Oi, , seja bem-vinda! — recepciona a mulher ao abrir a porta e dá passagem para ela entrar. sorri e entra no apartamento que é claramente mais singelo que o dela.
— Oi, meu amor — cumprimenta ela dando um beijinho nos lábios dele.
— Que bom que veio, estava ansioso por isso — ele diz de maneira fofa. entra mais no apartamento e acompanha o rapaz.
— A... a decoração... — diz , espaçadamente, ao ver as flores espalhadas pela sala.
— Surpresa! — exibe um lindo e largo sorriso.

corre os olhos pela sala. A quantidade excessiva de flores realmente é algo que a incomoda, mas não mais do que as velas que colocou em locais estratégicos como na mesinha de centro e próximas às laterais do sofá e poltronas. O aroma das rosas está estonteando a mulher, que tenta não demonstrar seu não contentamento completo com a surpresa feita por ele, que agora é seu noivo. é um homem romântico e fofo, não que não seja assim, mas não dessa forma que ela considera exagerada.
Ela consegue controlar sua expressão até certo ponto, mas, quando vê os balões em formato de coração colados ao teto por estarem cheios de ar hélio, suas cordinhas penduradas, solta uma risada clara que faz morrer o sorriso do rosto de .

— Ai, perdão, — diz ela ao notar que ele havia parado de sorrir e agora está com uma feição emburrada e triste.
— Você não gostou, não é? — ele sorri sem humor, passando a mão pela nuca e sentindo o rosto esquentar de vergonha.
— Eu gostei, amor, claro que gostei — apressa-se , aproximando-se dele. — É que eu não estou acostumada com tudo isso, me perdoe se te magoei com minha reação.
— Tudo bem — responde ele ainda cabisbaixo. o abraça com carinho.
— Meu menino... — ela afaga a nuca dele, dando beijos pelo rosto do noivo que ainda tem um bico emburrado nos lábios. É justamente neles que termina a distribuição de beijos, dando um bastante prolongado. fecha os olhos para recebê-lo.
— Não sou um menino, — diz ele ao fim do beijo e ela sorri.
— Eu sei que não, é um lindo homem — dá outro beijo nele. — Muito safadinho na cama — eles riem com o comentário e ela completa dizendo: — Mas sempre será meu menino manhoso que faz beicinho quando está chateado — ela dá uma mordiscada no queixo dele.
— Basta não me chatear — rebate e dá um sorrisinho de canto.
— Vem cá, vamos aproveitar a linda surpresa que você fez para mim. Eu adorei, tá? — repete ela e, dessa vez, eles se beijam mais intensamente.

havia planejado deles jantarem, beberem um pouco enquanto ouvissem música, mas, o beijo desperta a vontade em ambos em pular todas essas etapas e irem diretamente para o final: o sexo. A primeira transa deles como noivos no apartamento do rapaz.

Dias depois...
De todas as chateações da vida de , uma vem lhe incomodando mais e preocupando também. Ren Kobayashi apareceu novamente para atormentar a vida dela. A ameaça clara de morte feita pelo homem, há dois dias, muda a rotina da empresária, que tenta maneiras de se proteger e despistar possíveis atiradores. Ren ainda tem a obsessão de comprar a Seven e a recusa de o irritou a esse ponto. não sai de perto dela nem por um segundo, por medo dela sofrer algum atentado surpresa.
Nesse momento, eles caminham pela praça onde está localizada a sede da Seven, tem uma reunião com acionistas e diretores, reunião de rotina. Ela caminha firmemente, como sempre, com a acompanhando bem ao seu lado, seu olhar atento ao redor. Mesmo estando tão atento a tudo, algo passa do radar do segurança, mas não do de . A movimentação estranha vinda de um grupo de pessoas aglomeradas perto deles chama a atenção da moça que mantém seu olhar fixado neles ao mesmo tempo que continua sua caminhada. O rosto de está virado para o outro lado, por isso ele não vê o que acontece agora. O brilho do Sol reflete na arma que é apontada na direção deles. O coração de parece parar de bater ao ver que está quase na direção do disparo. Por impulso, ela move seu corpo para cima de sem conseguir derrubá-lo no chão, mas desviando do disparo dado pelo atirador. O tiro a acerta. Gritos são dados e as pessoas se dispersam.

! — berra ao vê-la cair em seus braços, ele a segura com firmeza. As mãos dele logo sujam de sangue, o sangue de . — Meu Deus, amor, ... , fala comigo!
... você está bem? — indaga ela sentindo uma dor intensa no braço.
— Por que fez isso? Me diz, você está bem? Meu Deus... ... — ele diz de maneira desordenada, os pensamentos surgindo de maneira mais rápida e em sequência, atrapalhando-se na hora de sair por sua boca.
— Calma, amor — ela diz com a voz cansada. — Foi de raspão, eu estou bem — tranquila, a mulher põe a outra mão no braço machucado. Só então, percebe que o tiro realmente havia sido de raspão.
— Nunca mais faça isso, amor, pelo amor de Deus... eu achei que... Ah, ... — ele começa a chorar, assustado com a possibilidade de ela ter se machucado fatalmente.
— Meu menino — a mão não machucada dela repousa no rosto de . — Está tudo bem, não chore — ela fecha os olhos, sentindo-se cansada e recosta a cabeça no peito dele.
— Não me assuste mais assim, amor — ele pede e beija a cabeça dela. — Vem, vou te levar para dentro.

Ele a carrega e se aconchega nos braços fortes do noivo, recostando sua cabeça no ombro dele. O calor proporcionado pelo corpo sempre acolhedor de faz a mulher relaxar e esquecer-se da dor que sente. Assim que chegam na parte interna da sede da empresa, é levado por até a enfermaria onde é atendida pelo médico plantonista que confirma que o tiro realmente foi de raspão, mas deixou uma ferida que não para de sangrar no braço de . O chefe de segurança da Seven, Yamato, entra no local para informar que o atirador havia sido identificado e preso por sua equipe. Realmente trata-se de um dos homens sujos de Ren. Ele cumpriu sua ameaça, afinal.
Após a saída de Yamato, acompanha o curativo feito pelo médico em e suspira aliviado por ela estar bem. Por não ter se ferido gravemente. Ele leva uma das mãos ao rosto, tampando sua boca, enquanto pensa no turbilhão de emoções que vêm passando por estar ao lado dela. É óbvio que os perigos de ser futuro marido de não serão poucos, disso já tem consciência. Por ser muito decidida e difícil de mudar de opinião, tem muitos inimigos. Como segurança já era uma missão intensa, imagina como marido dela. está pronto para assumir o risco e consequências desse cargo. Afinal, ele a ama e não consegue mais viver longe dela.
Sentada na maca da enfermaria, analisa a expressão de seu noivo, uma expressão claramente preocupada com sua saúde e bem-estar. Ela está aliviada também por não ter se machucado, mas ainda mais pelo não ter se machucado. Sorte que os reflexos dela são ágeis e que sua visão periférica é bastante apurada e ela conseguiu ver tudo acontecer antes da hora. Se algo acontecesse a a mulher certamente não se perdoaria. Quem diria que a famosa Sereia Vermelha, gélida, insaciável e que só queria saber de sexo e nada mais, se apaixonaria assim. Se deixaria ser fisgada pela fofura e o prazer que lhe proporciona todos os dias.
Parece que finalmente a sereia provou de seu veneno e foi encantada pelo lindo e tímido segurança.
“Meu menino”.

“Faça o seu melhor para resistir à pressão,
Desejos sem vergonha, uma sociedade em expansão
Uma manhã tão pequena que você tende a sonhar
Para onde este mundo está indo em segredo?"
– Akai Siren, FLOW.






Fim.


Nota da autora: Primeiramente gostaria de agradecer a quem leu!! ARIGATOOU!
Essa fic é importante demais para mim, pois é a minha fic nº 100!!! AEEE e nada mais justo do que ser com o Kei-kun que foi meu primeiro crush na FLOW (que é a banda que reascendeu minha vontade de escrever e me dá tantas histórias legais). Devo tudo a eles, obrigada, boys!

🪄 O que a betinha diz: Existem inúmeras histórias por aí com seguranças, e elas têm diversos finais, mas quando um enredo é bom e bem executado, a gente quer mesmo é que eles se repitam e se disseminem por aí. Por isso: AINDA BEM QUE EU CAÍ NAS GRAÇAS DE MAIS UM SEGURANÇA rrsrsrasraarsrsr deixa eu começar falando que eu simplesmente amei o apelido da Ali. Sereia Vermelha! Que poder essa mulher carregava além do sobrenome de nascença. Eu ficaria intimidada! E o Keigo, fofo que só, dobrou a fortaleza sem precisar fazer nada além de ser ele mesmo. Tocante, profundo. Não tenho palavras pra descrever como foi bom acompanhar o desenvolvimento desse casal. Ele mesmo se descobrindo e se soltando mais à medida que se envolvia com ela, e a sereiona também ia tirando a armadura conforme o tempo passava. É assim que histórias de amor deveriam ser sempre, e no final tudo fica bem quando ela tá disposta a protegê-lo de tudo 🫀 ótima história, ótima lição, ótimo soco na cara das solteiras, Li! Manda mais 💜