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Revisada por: Hydra

Última Atualização: 29/07/2024
Sakura até poderia achar que aquilo era o que ela queria para a sua vida, há uns três anos talvez, mas agora, enquanto caminha olhando a nuca de Sasuke, em mais uma missão secreta para a Vila da Folha, ela pensava o contrário. O que ela tinha feito durante toda a sua vida valeria jogar fora por meras migalhas que Sasuke oferecia? Não, ela não aceitaria isso. Ela era uma ótima Kunoichi, treinou com uma Sannin e se tornou uma das melhores ninjas médicas de Konoha para isso? Para ver a nuca de um homem em uma missão que ela nem mesmo sabia qual era?

— Está tudo bem, Sakura? — Ela nem viu quando Sasuke parou, fazendo com que ela também parasse, e virou para ela tentando entender sua expressão.

Haruno franzia o cenho fortemente tentando entender a sua estupidez de largar tudo por um homem. Claro, ela amou Sasuke, mais até do que deveria, contudo, o momento de clareza chega em algum ponto para todos, certo? Para ela tinha sido ali, olhando a nuca do Uchiha que ela dedicou tanto tempo e amor na sua infância e adolescência, e continuava dedicando, mas o que diabos ela estava fazendo? E ela? E o que ela queria? O que ela desejava enquanto ninja? Ou melhor, enquanto mulher. Sasuke não supria suas necessidades em nenhum quesito, tudo bem, até que ele era bom de cama, mas poderia melhorar.

— Não, não está tudo bem. — O Uchiha arqueou uma sobrancelha. — Eu vou voltar para Konoha.

— Sabe que eu não posso…

— Sei. — O interrompeu, ríspida. — Por isso que disse, eu. — Sasuke parecia ter entendido o que ela quis dizer quando murmurou algo parecido com uma confirmação. — Eu realmente te amei, Sasuke, mas cheguei à conclusão que não é isso que eu quero. Não quero ficar à sua sombra, não quero te seguir para onde for e muito menos quero ficar esperando a sua boa vontade de voltar para casa.

— Entendo.

— Você não vai falar nada?

— Não tenho o que falar, Sakura. Não posso obrigar você a viver comigo, não fique chateada, eu amo você, mas esse é meu destino como ninja renegado. — A rosada bufou consternada, era sério aquilo? A amava, mas… Existia um “mas” quando se amava alguém? Então se aquele era o destino dele, ela não teria que carregá-lo junto com ele, certo? Virou as costas e respirou fundo. — Me desculpe por não lhe dar o que merece. — Ele estava tão certo quanto a água do rio, em que Sakura pousava a sua visão, era cristalina. — Tem uma aldeia a alguns quilômetros ao sul. Fique lá até o amanhecer, não viaje à noite, pode ser perigoso.

— Obrigada, Sasuke. — Caminhou em direção ao seu futuro, um que ela mesma criaria.

Ao chegar na aldeia que Sasuke tinha mencionado, ela procurou uma pousada e enfim se aninhou para dormir. Toda aquela percepção sobre a sua vida até aquele momento tinha a cansado mentalmente, e a caminhada até ali havia a cansado fisicamente. Contudo, não deixou de pensar no que faria, estava longe de Konoha e levaria semanas para chegar até em casa, e foi como uma luz se acendendo que ela teve uma ideia. Por que ela não poderia ajudar os hospitais necessitados no caminho de volta para casa? No dia seguinte iria procurar uma ave para mandar uma mensagem ao Hokage, pois claro que faria essa missão como Shinobi da Folha. Adormeceu rapidamente após sua decisão ser tomada e foi difícil acordar pela manhã pois parecia que tinha dormido quase nada. Suas noites anteriores não tinham sido fáceis, já havia pensado tanto em sua vida e seu relacionamento nas madrugadas que tinha perdido a conta. Tomou café e saiu em direção à torre de comunicação da pequena aldeia e lá escreveu a sua carta ao Rokudaime e antigo sensei, Hatake Kakashi.

[...]


Olá, Hokage-sama,

Sei que normalmente quem envia as cartas para informar de nossa localização ou sobre a missão é o Sasuke, mas infelizmente — ou felizmente — não estamos mais juntos. Estou voltando para casa, no entanto, estou um pouco longe e irei demorar algumas semanas para retornar, pensei então, que poderia ajudar alguns hospitais necessitados pelo caminho ficando dois ou três dias. Claro que esperarei pela sua permissão, pois isso atrasaria ainda mais minha volta, e queria pedir descrição também, não comente nada com ninguém que estou voltando, por favor.

Haruno Sakura
.

Kakashi olhava aquelas palavras tão bem escritas pela sua ex-aluna e não entendia o motivo, gostaria de perguntar para saber? Claro, a pulga atrás da orelha o pegou como uma armadilha, mas não seria tão invasivo, afinal, para Sakura, que tanto amou o seu colega de equipe, deveria ter tido um bom motivo para largá-lo. Aquela carta o tinha pego completamente de surpresa, mas realmente, a ideia dela era ótima e não via problema da Folha ajudar aldeias e vilas menores com um shinobi médico, ainda mais se tratando de Sakura que era uma das melhores. Respirou fundo olhando para Shikamaru que o olhava de soslaio esperando alguma resposta ou ação, então o Hatake pegou a caneta e começou a escrever o pedaço de papel em cima da mesa.

Olá, Sakura,

Bom, talvez não tenha algo devidamente apropriado que eu possa dizer em um momento como esse, mas… Sinto muito? Bom, quanto a descrição, pode ficar tranquila, apenas Shikamaru saberá, já que ele é o meu conselheiro e preciso passar essas informações para ele, tudo bem? Acho uma ótima iniciativa a sua ideia e sim, pode executá-la, tem a minha permissão, contudo, me mantenha informado, ok?

Hatake Kakashi


— Envie diretamente para Sakura, ela deve estar em alguma aldeia pequena próximo a Vila da Terra pela última localização que Sasuke me mandou. — Kakashi entregou o pergaminho nas mãos de Shikamaru. — E ah, antes que eu me esqueça. Não comente nada com a Yamanaka, ou com ninguém. Sakura pediu descrição a respeito de sua volta. — O Nara assentiu antes de deixar o escritório. Kakashi virou a cadeira para as grandes janelas que rodeavam o escritório e admirou o céu azul, não demorou muito para ver a ave mensageira deixando Konoha. De alguma forma aquilo tinha aguçado sua curiosidade, o que faria Sakura largar o Uchiha que ela dedicou todo o seu amor durante todos esses anos?

[...]


A ave a pegou entre uma aldeia e outra, quando abriu o pergaminho se atentou a ler as palavras do seu ex-sensei. Soltou uma breve risada anasalada revirando os olhos pelo “sinto muito” sem muito entusiasmo, era a cara do seu sensei falar dessa forma e quase pôde ouvir a sua voz desinteressada de tão característico que tinha sido. Pensou que talvez Shikamaru desse com a língua nos dentes para a Yamanaka, mas achava meio improvável, já que ele levava o trabalho bem a sério. Sorriu largo quando viu que a resposta do Hokage tinha sido positiva, sua caminhada para casa era longa, mas pelo menos ajudaria algumas pessoas pelo caminho e isso a deixava feliz. Quando chegou na próxima aldeia viu uma grande fila em frente ao hospital que havia ali, guardou o pergaminho na mochila e foi direto até a recepção perguntando quem era o médico responsável, pois pelo jeito a sua missão já havia começado.





Hokage-sama,
Bem que você tem razão, acho que não há muito o que falar a respeito disso, mas talvez um “que bom” seja mais adequado, afinal, estou melhor sozinha, agora eu sei. Indo ao que importa, agradeço por ter me permitido cumprir tal missão, sabe que gosto de ajudar as pessoas e voltar para casa sem ter feito algo que eu fosse minimamente útil me deixaria irritada. Estou na Aldeia do Cascalho, as pessoas são bem acolhedoras aqui, o hospital tinha alguns problemas de organização, então ajudei o médico chefe com isso e atendi alguns pacientes pois a fila estava enorme. Amanhã parto para a próxima Aldeia, acredito que saiba qual é. Sempre enviarei um relatório junto às cartas sobre os meus trabalhos feitos pelos hospitais. Obrigada novamente.
Haruno Sakura.


De certo, Sakura havia se tornado uma mulher e tanto, mas a curiosidade do Hatake ainda o assolava, ainda mais depois dessa revelação interessante sobre estar melhor sozinha: do que se tratava? Frieza? Porém, disso ela sempre soube, conhecia Sasuke desde criança, ela sabia o que esperar. Ele era agressivo? Por Kami, não, por mais que o Uchiha fosse mal humorado ele jamais seria desse tipo, sem falar que a Sakura acabaria com ele. Discussões? Mas sobre o que? Kakashi rolou os olhos pelas letras mais uma vez admirando a caligrafia da ex-aluna. Seria sexo? Balançou a cabeça com tais pensamentos, estava indo longe demais, mesmo que em apenas divagações, na privacidade dos seus ex-alunos. Endireitou-se na cadeira e começou a escrever no pergaminho.

Sakura,
Imagino que tenha um ótimo motivo para dizer algo do tipo, qual seria ele? Apenas estou curioso, afinal, está viajando com o Sasuke há quase dois anos. Quer dizer, perdão, estava. Imagino que esteja vendo os problemas na rede de saúde das pequenas aldeias, foi uma atitude nobre a sua e acredito que ajudará muitas pessoas. Sempre me informe a aldeia e o nome do médico, vou enviar alguns mantimentos. E outra coisa, você sempre foi útil, Sakura, não se coloque para baixo apenas por ser Sasuke que estava à frente das missões, você é uma ótima kunoichi. Os relatórios são importantes, pois além de serem para o meu conhecimento, são importantes para o seu currículo.
Hatake Kakashi.


Ele ficou olhando por alguns segundos a sua própria carta e pensou em amassá-la e escrever outra, estava se metendo demais na vida alheia? Não, ela mesma aprofundou o assunto, ela poderia ter apenas ignorado o que ele tinha dito, mas talvez ela queira alguém para conversar sobre isso, afinal, está sozinha e não avisou ninguém que estaria voltando, então o único com quem mantinha contato era ele. Então o mínimo que ela poderia querer, era companhia ou alguém para conversar. Kakashi não se importava de dar a ela um pouco do seu tempo em palavras, que mal havia nisso? Entregou o pergaminho a Shikamaru dando as instruções de para onde enviá-lo e agradeceu ao Nara, que logo saiu de sua sala.

[...]


Sakura estava almoçando enquanto abria o pergaminho que tinha recebido do Rokudaime e achou um tanto abusado da parte dele fazer tal pergunta, mas também, só tinha ele para conversar e não se importaria em lhe dar detalhes. A cabeça da Haruno estava um furacão de informações e desabafar talvez fosse a melhor opção, apesar de não ser o mais apropriado a se fazer com o Hokage, queria mesmo era estar sentada tomando chá e conversando com a loira, mas ele era seu ex-sensei. Kakashi a conhecia e eles tinham uma certa intimidade, até onde os seus títulos permitiam, é claro.

Hokage-sama,
Está interessado pelo motivo que deixei Sasuke por que exatamente?

Meu deus, parecia que ela tinha usado duplo sentido; não. Amassou o papel e jogou na lata de lixo do seu quarto na pousada em que se hospedava naquele vilarejo. Passou as mãos pelos fios rosáceos e pensou no que ela estava fazendo, apenas queria responder uma simples pergunta. Tentou começar de novo.

Hokage-sama,
Por que o interesse?

Ela definitivamente não estava conseguindo escrever algo sem que parecesse atirada ou estivesse dando em cima do Rokudaime. Espalmou sua testa.
— Por Kami, é o Kakashi-sensei, sua pervertida! — Repreendeu-se.
Talvez ignorar a pergunta dele poderia ser a melhor opção? Ou talvez, apenas dizer de uma vez o que estava se passando. Amassou o outro papel e então começou.

Hokage-sama,
Sinto que talvez eu possa falar abertamente para você, sensei. Percebi que o Sasuke não era bem o que eu almejava para a minha vida, pelo menos não o que eu quero agora. Só cansei de ficar nas sombras de um homem, passei 4 anos da minha vida vivendo assim, Naruto e Sasuke eram os que brilhavam no time sete e não quero voltar a isso. Eu me tornei uma ninja médica por mérito próprio, uma muito boa por sinal e não vou jogar isso fora para correr o mundo com Sasuke, só por que ele acha que é o seu destino ou coisa parecida. Eu não o amo mais, não daquela forma. Me desculpe o desabafo, talvez tenha ficado por tempo demais sem poder colocar meus pensamentos para fora, afinal, era só eu e o Uchiha o tempo todo. Contudo, obrigada por perguntar, sensei, mas sei que foi apenas um lapso de curiosidade.
Haruno Sakura.


[...]


O Hatake piscava várias vezes olhando o pergaminho da Haruno, quando foi que ela se tornou essa mulher? Ele perdeu algo? Kakashi sempre soube que esse amor pelo Uchiha acabaria com ela, eles não são compatíveis. Sakura é doce demais, sincera demais, sorridente em um nível que é o total oposto de Sasuke e a empatia dela era uma qualidade admirável. Sasuke poderia até gostar dela verdadeiramente depois de tudo, no entanto, ainda incompatíveis. O prateado não podia ser hipócrita, achou que ela jamais se daria conta que sua vida poderia ser muito mais do que apenas correr atrás do seu colega de equipe durante tantos anos, mas a verdade era que ela já não era mais aquela garotinha inocente. Ele releu aquelas palavras e ficou desnorteado por mais algum tempo, tentava entender o que fez ela enviar uma carta com apenas seu desabafo. Ele tinha provocado isso?





Sakura,
Me desculpe ter sido indelicado, eu não sabia o quanto estava sendo difícil para você. Acho que talvez nunca tenhamos tido uma conversa a respeito de sentimentos, mas sei que você vai lidar bem com os seus. Afinal, é uma mulher independente e que sabe o que está fazendo, mas caso eu possa ajudar, fique à vontade para falar, ou perguntar. Obrigada por ter confiado em mim, eu acho?
Hatake Kakashi.


Nem ele sabia o que estava fazendo, ele realmente estava se predispondo para conversar sobre coisas íntimas com Sakura, sua ex-aluna. O que ele estava planejando com isso? Bom, nada, até o momento. Ele estava apenas seguindo o fluxo, coisa que ele não costumava fazer. Kakashi era sempre muito metódico e sistemático como o bom virginiano que era, sua vida era quase tão organizada quanto os arquivos de missões de Konoha. Contudo, sentia que com Sakura ele poderia ser algo mais do que apenas indiferente, talvez fosse por que ele não estava a olhando nos olhos, ou por ter alguns quilômetros os separando, ou os dois anos em que não a via. Quem iria saber se nem mesmo ele sabia?

[...]


Sakura olhou para o céu e viu a ave de Konoha a mirar com os olhos de águia, ela rapidamente estendeu o braço e a ave pousou. A Haruno tirou o pergaminho da perna da ave e a colocou no banco de madeira, que tinha próximo a ela, e a ave ficou à espera de sua nova ordem. Ela sentou no banco e se pôs a ler, sentiu sua respiração ficar pesada, tinha até esquecido da carta completamente sem noção que tinha enviado há dias atrás, ela realmente tinha se aberto, ou melhor, escancarado sua vida amorosa para o Hokage. Revirou os olhos pedindo aos céus que Kakashi não a repreendesse por ser uma completa idiota. Primeiro, o que ela estava pensando em enviar tais palavras ao Rokudaime, o que ela esperava?
— Espera, o que? — Leu a última linha sem acreditar. — Você acha? Kakashi-sensei, só você… — Riu daquilo, quase esqueceu que antes de Hokage, Kakashi era seu sensei e ele as vezes poderia ser mais idiota do que ela, mas guardaria esse pensamento só pra si. Tirou um pergaminho e uma caneta e começou a escrever.

[...]


Kakashi- sensei,
Você acha? Talvez eu deveria ter enviado uma carta a Naruto, ele teria mais bom senso, apesar de perguntar pelo Sasuke primeiro e depois demonstrar algum interesse em meus sentimentos. Me desculpe, estou apenas me divertindo com sua falta de tato, sensei. Obrigada pela disponibilidade em ler minhas palavras, mas você tem razão, estou bem. Apenas estou um pouco confusa com tudo, por isso vou aproveitar essa viagem para talvez encontrar a forte kunoichi que eu sei que existe dentro de mim. Meu relatório está anexado ao pergaminho, assim como minha localização.
Haruno Sakura.


Kakashi riu alto no escritório, sabia que ela estava tirando sarro dele no momento que leu a primeira sentença. Naruto com bom senso seria pedir demais, mas o que deixou ele surpreso foi o humor de Sakura, com certeza não conhecia esse lado dela. Tinha que admitir para si mesmo que estava sendo divertido e que trocar cartas com sua ex-aluna era seu mais novo passa tempo favorito, além de ler Icha icha, é claro. Mirou a caneta e pegou um pergaminho em branco para começar a escrever, coçou o queixo por cima da máscara pensando como responderia essa brincadeira um tanto ofensiva para si. Sua inteligência foi rudemente contestada e aproximada ao cérebro de minhoca do seu ex-aluno desmiolado.

[...]


Sakura,
Me desculpe, mas eu a ofendi por acaso? Não lembro de ter sido rude. Está tão entediada que precisa tirar uma com a cara do seu ex-sensei? Preciso lembrá-la que ainda fala com seu superior? E que agora eu sou o Hokage? Eu com certeza gostaria de estar aí apenas para ver a sua cara de desespero achando que eu realmente a repreendi. Foi ótimo rir disso, obrigada pelas risadas que me causou. Falando no Naruto, o casamento dele é em uma semana, acha que chega a tempo? Ele ficaria feliz de ter pelo menos você presente.
Hatake Kakashi.


Sakura estava petrificada com o começo da carta, começou a pensar que assim que chegasse em Konoha seria jogada em uma cela por desrespeito ao Hokage. Por Kami, o que ela estava pensando ao falar desse jeito com o Rokudaime? Ele tinha razão, ela estava passando do limites. Correu os olhos por mais algumas linhas.
— Filho da… — murmurou. — E eu queria socá-lo agora — respondeu mesmo sem ter o Kakashi ali para lhe ouvir e ainda bem que não estava em frente a ele, pois ela realmente iria presa por dar uns bons socos no Hokage.
Apesar da raiva que a dominou por alguns minutos, riu balançando a cabeça negativamente, isso estava ficando um tanto interessante. Era bom conversar com Kakashi, bom até demais, ela não sentia essa animação ao conversar com Sasuke. Porquê? Olhou pela janela do quinto quarto em que se hospedava, pensativa, talvez ela chegasse a tempo, afinal, faltava apenas três lugares para parar antes de chegar em Konoha. Contudo, o que a deixou um pouco perdida foi o sentimento que estava se formando em seu coração, mas não, não era nada. Só passou muito tempo sendo infeliz achando que o amor que sentia por Sasuke pudesse curar a sua infelicidade em algum momento, no entanto, descobriu que era esse mesmo amor que a consumia por dentro e esse era um dos motivos de estar nessa jornada sozinha.

[...]


Kakashi-sensei,
Ainda bem que alguns quilômetros nos separam, pois a vontade de socá-lo foi quase instantânea. Por qual motivo quis me deixar irritada? Caso tivéssemos frente a frente eu iria presa por atentado à vida do Hokage. Acredito que chegarei a tempo, talvez um dia antes? Tenho mais três vilarejos para visitar e então um dia me separa de Konoha. Mal posso esperar para chegar em casa.
Haruno Sakura.


O Rokudaime sorriu satisfeito, conseguiu fazer com que Sakura também ficasse irritada, mas ele podia jurar que ela riu da situação e caso estivesse lá, ele realmente teria essa certeza. Girou a cadeira e admirou o céu azul com um sorriso escondido por sua inseparável máscara. Ela chegaria em breve, com que cara olharia sua ex-aluna depois dessas cartas um tanto quanto comprometedoras? Ele franziu o cenho, ora, não tinha nada de comprometedor, estava apenas jogando conversa fora, por cartas, com a Sakura. Mulher, adulta e agora solteira. Arregalou os olhos.
— O que porra eu tô fazendo? — perguntou a si mesmo. Estava flertando com sua ex-aluna? E o mais importante, estava gostando disso? O que ela estava pensando sobre isso? Deveria talvez ter a certeza que ela tinha o mesmo em mente na próxima carta?



Sakura,
Eu realmente gostaria de ter visto sua expressão de irritação, talvez você possa me mostrar ela pessoalmente quando chegar. Ou poderia me mostrar uma expressão mais… divertida em seu rosto. Talvez, esteja indo longe demais? Seria péssimo se alguém presenciasse o comportamento do Hokage através de cartas com uma mulher solteira.
Hatake Kakashi.


As bochechas de Sakura estavam pegando fogo ao terminar de ler a carta do Rokudaime, ele realmente estava flertando com ela? A Haruno revirou os olhos e bufou. Há algumas semanas ela estava preocupada de parecer atirada. Ela estava um pouco chocada, mas ao mesmo tempo sentiu o calor de suas bochechas se espalhar pelo resto do seu corpo. Ela mordeu o lábio e pensou que talvez pudesse experimentar algo com um homem mais velho, ele era o Hokage, mas quem liga? Ele que começou com as indecências, ou teria sido ela? Ela não saberia dizer.
Agora eles já tinham ultrapassado aquela barreira, aquela linha tênue que os separava pela hierarquia do corpo de ninjas, mas isso já não existia mais, eles haviam cruzado ela tão devagar que quando perceberam eles já estavam longe demais para voltar. Sakura se entregou ao calor que sentia em seu baixo ventre e quase pôde sentir a vontade de estar na frente do Hatake naquele minuto. Ela não poderia ignorar isso, ele era um homem atraente, interessante… um pervertido. Contudo ainda lembrava de quando ela começou a se envolver com homens, percebeu o quanto a voz dele parecia sensual aos seus ouvidos quando se encontravam pelos bares de Konoha e o quanto todas as garotas falavam dele, fazendo com que ela também o olhasse diferente. Agarrou a caneta que estava ao seu alcance e começou a escrever, tudo saiu tão fluido, que nem teve tempo de pensar ou raciocinar as palavras que tomaram forma no pequeno papel que já voava para longe de sua vista.

[...]


Kakashi-sensei,
Consegue imaginar a expressão que estou fazendo agora depois de ler a sua carta? Ou talvez você possa me mostrar o quão longe consegue ir quando eu chegar aí e então presenciar a minha expressão por si mesmo. Não consigo nem imaginar o tamanho do escândalo caso alguém intercepte nossas cartas, então é melhor tomar cuidado ao enviá-las, pois suas cartas tem sido a minha diversão.
Haruno Sakura.


Kakashi engoliu em seco uma, duas, três vezes, sentiu uma gota de suor brotar em sua testa em nervosismo. Olhou para Shikamaru que ainda estava à sua frente esperando a resposta para enviá-la a kunoichi. O Hatake agradeceu por sua máscara esconder metade do seu rosto, já que mais um pouco seu queixo bateria no chão, então limpou a garganta antes de falar.
— Você pode pegar um copo de água, Shikamaru?
— Claro, Hokage-sama.
O Hatake permitiu-se arfar assim que o Nara o deixou só. — Puta que pariu. — Ele murmurou ao reler aquela carta completamente pervertida em suas mãos. Quando; quando a Haruno tinha se tornado tão indecente quanto ele? Claro, a viu com alguns casos de uma noite só pelos bares de Konoha, sabia também do envolvimento com o Hyuuga e então lembrou do dia que a viu sair da Vila acompanhada de Sasuke, já estava na casa dos vinte e poucos anos e era uma mulher feita. Bonita, agora que ele parou para lembrar e analisar essa lembrança com cautela; gostosa diria ele.
Kakashi estava tão desorientado que nem sabia o que responder, ficou inerte olhando o pedaço de papel em sua mão, até o Nara entrar e colocar o copo d'água em cima de sua mesa, o despertando do transe. Ele agradeceu e disse que iria escrever a resposta depois. O moreno assentiu e então deixou o local. O Hatake atirou sua cabeça no encosto da cadeira e ficou pensativo, era sua ex-aluna, ele poderia? Claro que poderia, ambos são adultos, experientes e pelas palavras hábeis, Sakura sabia onde estava se metendo.

[...]


Sakura,
Vai ser um prazer conhecer todas as suas facetas. Não esqueça, é de extrema importância que se apresente na sala do Hokage assim que chegar em Konoha, esperarei ansioso.
Hatake Kakashi.


Sakura corou violentamente lendo aquilo, por Kami ela estava apenas há um dia de distância, em 24 horas olharia nos olhos de Kakashi. Ela estava assustada, será que ela deveria ter ido tão longe? Era seu ex-sensei, mas não importava mais, ambos eram Jonins de elite agora. Claro que o Hatake era o Hokage, contudo era apenas um lugar naquela hierarquia, não é mesmo? Ela já tinha se pego olhando para ele de maneira diferente antes de sair da Vila, claro, amava Sasuke, no entanto, não era cega. Deitou-se na cama envolvida em tais pensamentos e admirou a lua cheia no céu pela janela. Jamais imaginou que teria esse tipo de relação com Kakashi, no entanto, tinha que admitir que estava ansiosa para saber como o próprio Rokudaime iria agir consigo.
Sakura respirou fundo olhando o portão alto de Konoha surgir em seu horizonte. Então, após dois anos ela tinha voltado ao seu lar e era ali que ela começaria a escrever a sua própria história, mas antes de tudo, tinha que encarar as consequências dos seus últimos atos. Caminhou pelas ruas e ao chegar à frente da torre do Hokage, ela engoliu em seco, com que cara olharia para o Rokudaime depois das perversões que trocaram em formato de carta? Subiu degrau por degrau, devagar, como se tivesse tentando adiar o inevitável, então andou pelo corredor extenso até chegar em frente às portas duplas, onde deu três batidas com os nós dos dedos.
— Pode entrar, Sakura. — Como diabos ele sabia que era ela? Seu chakra estava tão bagunçado desse jeito?
— Boa tarde, Hokage-sama. — Ela entrou, fechou a porta e então sentiu seu corpo formigar ao olhar nos olhos negros intensos cravados em si, um olhar que ela nunca viu antes sendo dedicado a si. Sentia-se nua, completamente exposta a ele, parecia que seu coração ia sair pulando pela sua garganta.
— Pode se aproximar, eu não mordo… — Ela deu alguns passos em direção a mesa grande de madeira —, só se quiser. — Ele a mirou com os olhos cerrados, e aquilo a atingiu como uma onda de calor por todo o seu corpo. Como que ele conseguia tirar tantas reações do seu corpo com tão pouco? Achava tão estranho e diferente, ela não se sentia assim com o Uchiha.
— B-bom, estou de volta, Hokage-sama. — Para onde foi aquela coragem que ela carregava nas cartas? Ela tinha se esvaído completamente assim que entrou naquele escritório e viu a forma desejosa que o Hatake a mirava.
— Estou vendo. — Cruzou as mãos em frente ao seu rosto, apoiando os cotovelos na mesa. — Tem algo para me mostrar?
Sakura sentiu sua boca e garganta secar, mas ela não podia desistir agora. Tentou lembrar de como ela se sentiu naquela noite em que lia a carta do ex-sensei, aquela que a deixou fervendo por dentro, a ponto de querer se materializar na frente dele, abaixar aquela maldita máscara e descobrir o quanto a língua dele poderia trabalhar para satisfazê-la. Tirou calmamente a mochila dos ombros e a jogou no chão devagar, respirou fundo e tentou buscar toda a sua coragem de volta para a superfície e caminhou até ele sem perder o contato visual. Encostou na mesa cruzando as pernas e viu o olhar dele correr até suas coxas grossas que estavam minimamente à mostra.
— Até tenho… mas vim apenas dar um abraço no meu sensei. — O abraçou e sentiu a respiração quente em seu pescoço, era a primeira vez que ouvia a respiração dele tão próxima do seu ouvido e até aquilo era excitante vindo dele, afastou-se alguns centímetros e seus lábios estavam à uma distância perigosa; perigosamente deliciosa. Os olhos estavam presos um ao outro, eles mal piscavam e a Haruno começou a erguer a mão em direção a máscara, recebendo nada além de um olhar sedutor a espera dos seus movimentos. Ele realmente deixaria ela tirar sua máscara?
— Hokage-sama, cadê o… — Os dois viraram em seguida vendo a Yamanaka na porta. — Sakura?



Uma longa conversa com a Yamanaka foi travada para Sakura explicar, ou melhor, tentar convencer que ela estava apenas abraçando o seu ex-sensei de forma casta. O que não era nem um pouco verdade, mas ela ia dizer o que? Trocamos algumas cartas sugestivas e agora talvez a gente transe? Ela não sabia o que iria acontecer, ou nem mesmo se ia. Então achou melhor guardar para si, até porque, Ino conseguia fazer um boato se espalhar mais rápido do que os insetos do Shino em um ataque. Ela não poderia correr esse risco, ele não era qualquer um, era o Hokage.
Finalmente tinha conseguido sair da torre e então foi para casa, para o seu apartamento, que ela comprou quando completou dezoito anos, deveria estar completamente empoeirado, teria que fazer uma faxina. Suspirou ao entrar no ambiente e ver a situação que se encontrava, a poeira era o de menos. Caminhou até o quarto e jogou a mochila em cima da cama e em seguida jogou o seu corpo no colchão, caindo em sono profundo. Acordou com batidas insistentes na porta e os gritos estridentes da sua melhor amiga. Levantou devagar e abriu a porta vendo Ino arrumada, Sakura arqueou a sobrancelha. Teria dormido até o outro dia e já era hora do casamento do Naruto?
— Vamos beber? — A loira sorriu largo, e lá foi a Haruno tomar um banho de cinco minutos e a troca de roupa mais rápida de sua vida. As duas saíram em direção ao Ichiraku e pediram duas canecas de cerveja. Conversavam animadas, Ino contava as últimas novidades, como chegou a liderança da inteligência, as fofocas mais quentes que correram por Konoha sobre ela e Sasuke quando foram embora, além das fofocas que ela sabia sobre outras pessoas e como passou os últimos dois anos. — Agora você vai me contar como decidiu deixar o Sasuke?
— Vou precisar de uma bebida mais forte para falar sobre o assunto. — As duas riram e chamaram o garçom. Depois de duas garrafas de saquê, Sakura finalmente terminava suas conjecturas, que já não faziam mais tanto sentido devido ao teor alcoólico que as suas veias carregavam. — E foi por isso que decidi voltar, eu mereço mais, Ino.
— Também acho, você é uma mulher incrível. Sasuke apenas viu o seu potencial tarde demais, mas não se fruste por causa disso. — A loira falava de forma segura. — Tem muitos homens solteiros na Vila.
— Não estou procurando por isso agora… — A Haruno virou uma dose.
— Shikamaru! — A Yamanaka gritou. — Vem aqui!
— Shika. — Sakura tentou levantar para abracá-lo, mas acabou tropeçando e o Nara a segurou pela cintura.
— O quanto vocês já beberam? — O moreno perguntou surpreso.
E depois disso foi um grande branco até a Haruno acordar às 13 horas da tarde com a pior das ressacas, no entanto, sua shishou tinha ensinado um ritual para tirar qualquer efeito colateral da grande quantidade de bebida que tinha ingerido no dia anterior. Suco de melancia bem gelado e um banho quente, era a cura que ela precisava e funcionou. Correu para a casa da Yamanaka e se arrumaram juntas, assim que estavam prontas com seus devidos vestidos caminharam até o local do casamento de Naruto e Hinata. Sakura tentou convencer a amiga a considerar Gaara como seu alvo de flerte naquela noite, mas a Yamanaka não se mostrava muito interessada.
— Vou pensar sobre o assunto… E você? Vai se agarrar com o… — Sakura deu um tapa em seu braço. — Ah! O que você está...
— Kakashi-sensei. Quer dizer… Hokage-sama. — Corrigiu rapidamente e as duas sorriram sem graça.
— Hoje eu sou só o Kakashi, por favor, sem formalidades. — Ele curvou os olhos e elas entraram no local.
Depois da linda cerimônia de casamento do herói da Vila e a princesa do Byakugan, todos foram para o lugar que aconteceria a festa. Sakura, Ino e Hinata bebiam e conversavam em uma mesa alta. A Yamanaka parecia desatenta na conversa delas e então a rosada perguntou se ela estava bem, Ino respondeu com outra pergunta sobre onde estava o Gaara e saiu. A Haruno achou tudo aquilo tão estranho, correu os olhos para tentar ver onde a loira estava indo, mas então viu Kakashi com o olhar voltado para si. Sorriu sem graça e tinha certeza que suas bochechas estavam coradas. Ela mordeu o lábio e o viu sair por trás das tendas, o que era estranho, pois não tinha nada lá, aquilo era um convite? Informou as amigas que iria ao banheiro e seguiu o Hokage pela mata escura até encontrar um pequeno lago e Kakashi sentado no pier olhando o céu.
— As estrelas são lindas quando não há luz, não é? — Ele virou para ela e Sakura deu alguns passos, sentando ao lado dele em uma distância segura das safadezas que rondavam sua mente.
— Sim, por isso eu gosto de viajar à noite, por mais que Sasuke dizia que era perigoso. — Ela admirava o céu estrelado acima de si.
— Ele estava certo. — Sakura respirou fundo abaixando a cabeça e mordeu o lábio ansiosa. — Você está bem?
— Eu… me desculpe pelas cartas. — Ela olhou nos olhos negros sobre si e acariciou as próprias mãos como se tentasse se acalmar.
— Por que exatamente está se desculpando? — O prateado franziu o cenho.
— Eu fui… — ela desviou os olhos para baixo —, desrespeitosa com o Hokage. — Kakashi riu fraco, como que do nada aquela mulher que mandou provocações e palavras de duplo sentido poderia estar tão envergonhada agora?
— Sakura. — Ela o mirou novamente e Kakashi se aproximou dela. — Tem certeza que quer pedir desculpas? — Os dedos dele foram para a borda da máscara e a Haruno arregalou os olhos em surpresa.
Seu coração disparou, ela veria o rosto de Kakashi? Depois de tanto o time 7 tentar descobrir o que havia por baixo da máscara, ele a mostraria. A cada centímetro revelado ela sentia seu corpo ganhar um grau celsius positivo, ela estava estática esperando o próximo movimento e quando o rosto foi totalmente exposto, ela ficou boquiaberta com a beleza do Rokudaime.
— Não, não vou, mas acho que eu vou precisar me desculpar antecipadamente pelo meu próximo comportamento. — Agarrou a nuca do prateado e o puxou para um beijo, ela sentiu um calor se apossar de si com tamanha força que poderia se jogar naquela água apenas para diminuir sua temperatura. A mão de Kakashi foi direto para a cintura da kunoichi e as línguas se conheciam de forma curiosa. Separaram-se pela falta de ar e se encararam.
— Não se desculpe, pois serei obrigado a fazer o mesmo. — Ele a puxou pela cintura para o colo dele e então tomou seus lábios em um beijo necessitado. Aquelas cartas tinham aflorado o pior dos dois, e a linha que os separava, parecia nem nunca ter existido.

[...]


Entraram no apartamento de Kakashi aos beijos, tropeçando pelo caminho ao tentarem tirar as roupas de forma apressada e já apenas com roupas íntimas Sakura se enroscou na cintura dele. As mãos do Hatake desceram até o quadril farto para apertar a carne branca, e foi puro deleite para ele ouvir o gemido em resposta próximo de sua orelha. Seu pênis chegou a vibrar ao sentir as unhas rasgando a pele de seus ombros quando mordeu o pescoço da kunoichi. A rosada tirou seu sutiã com urgência e se jogou na cama aproveitando o show particular do Hatake tirando a cueca. Ela mordeu o lábio quando viu o pênis grande e ereto a sua frente, ajoelhou na frente dele e o abocanhou sem cerimônias.
— Ah… Sakura. — O Hatake grunhiu ao sentir a língua aveludada desfilando da base até sua glande. Enfiou os dedos nos fios rosas e revirou os olhos quando ela começou os movimentos de vai e vem. Os lábios húmidos escorregavam com facilidade, Sakura aproveitava cada segundo, sua excitação estava no limite, e Kakashi mal tinha encostado nela.
— 'hm, sensei. Tão gostoso… — Uma das mãos dela agarrou a base e ela começou a masturbá-lo enquanto o sugava. Podia sentir no céu da sua boca o pau de Kakashi latejar. Ele sentiu um calor insano subindo por todo o seu corpo e se concentrar em seu membro, saindo em formato de jato atingindo a garganta de Sakura. Ele tinha gozado com o melhor oral que já tinha recebido, talvez a bebida tenha facilitado, ou a Haruno era realmente boa no que fazia.
— Minha vez de provar... — Apontou para a cama e a Haruno obedeceu deitando bem no meio do colchão.
Kakashi debruçou-se sobre ela e começou em seu pescoço, uma parte sensível para a Haruno, que ele já tinha percebido. Desceu até os mamilos rosados que estavam durinhos e os lambeu, chupou e mordiscou, arrancando um gemido sôfrego da mais nova. Suas mãos exploravam o corpo dela como se quisesse conhecer cada parte erógena. Lambeu do umbigo até o monte de vênus ao retirar a calcinha e se afundou no meio das pernas dela abraçando suas coxas grossas com força. Sakura gemia, nunca tinha sentido tanto prazer em um oral antes, Kakashi parecia saber exatamente o que fazer para levá-la à loucura.
— Kaka...shi… — Ela agarrou os cabelos brancos com uma mão e o travesseiro com a outra, arqueou as costas ao sentir dois dedos a penetrando, aquilo só a aproximou ainda mais do seu ápice iminente.
Sentia suas pernas tremerem e aquela sensação inquietante tomando conta de todo o seu corpo. Sentiu a ponta da língua do Hatake circular seu clitóris diversas vezes e isso foi o suficiente para gritar seu nome enquanto se desfazia em um orgasmo. Ela definitivamente nunca tinha sentindo tal coisa, nunca havia gozado com sexo oral e aquilo tinha sido surreal.
Sakura tentava recuperar o fôlego de olhos fechados enquanto Kakashi a olhava de relance. Ela estava linda deitada na cama dele, os longos cabelos rosas espalhados pelos lençóis, tão cinzas, e as bochechas minimamente coradas, ela dava cor ao lugar. O Hatake se permitiu esboçar um meio sorriso, mas em seguida se repreendeu mentalmente, aquilo não poderia ser nada além de sexo. Balançou a cabeça para espantar tais pensamentos e subiu de volta até a boca dela e chupou seu lábio inferior antes de cravar os dentes ali. Passeou as mãos por todo o corpo que ainda vibrava em baixo de si, a rosada o mirava com um desejo que nunca sentiu antes, o queria por completo, queria ele a preenchendo.
— Vem, Hokage-sama, me faça sua… — Ela apertou os ombros do mais alto e sorriu sacana mordendo o lábio.
— Isso foi proposital? — Ele sorriu de canto e pela expressão da Haruno, entendeu tudo.
Kakashi sentou em seus calcanhares e a puxou para o seu colo, que sentou com maestria em seu pênis, fazendo que os dois rosnassem de prazer quando ela começou a rebolar. As peles suadas grudavam com tamanho contato, com tamanha sede de estarem juntas, ele agarrou a cintura dela para ajudar na movimentação e os gemidos se misturavam em alto e bom som; aquilo estava bom demais. Desceu uma das mãos e apertou a bunda de Sakura, que pendeu a cabeça para trás enquanto respirava de maneira descompassada, agarrada ao pescoço do Hatake, ela cavalgava com vontade até os dois se desfazerem em um orgamos potente que jogou os dois de volta no colchão tentando recuperar o fôlego. O sexo entre eles tinha sido de outro mundo, não podiam ser hipócritas e Kakashi com certeza gostaria de repetir.



Continua...


Nota da autora: Sem nota.

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