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Codificada por: Fer (Lyra)

Fanfic Finalizada

Como todo grande empresário em Los Angeles, era bem ocupado. Sua vida era baseada em trabalhar, seja em seu escritório, nas idas a restaurantes ou bares que eram apenas por causa de reuniões, e os fins de semana em casa serviam mais como forma de ter um tempo para melhorar a administração da sua empresa, do que um momento de descanso em si; tudo na vida dele envolvia trabalho. E naquela noite não era diferente, já eram onze horas e o ainda estava em sua sala na empresa.
De repente ele escutou um barulho e viu um dos abajures de mesa ser aceso no grande escritório dos funcionários. Saiu de sua sala com cuidado e começou a andar devagar em direção a luz, tinha alguém mexendo nas gavetas, deu mais alguns passos e viu uma silhueta, de uma mulher, era evidente, que logo notou sua presença se assustando.
— Senhor … — Ela levou a mão ao peito, tentando se acalmar. — Não sabia que ainda estava na empresa. — A mulher ficou sem graça. — Mil desculpas, deixei meu celular aqui. — Ela mostrou o aparelho em mãos, fechando a gaveta em seguida.
— Não se preocupe, está tudo bem. — Ele sorriu. — Qual o seu nome?
.
— Você que é a ? — Ele perguntou com os lábios curvados.
— Você… me conhece? — Ela arregalou os olhos surpresa.
— Claro, seus roteiros são bastante elogiados, inclusive… — Ele pareceu ponderar algo.
— Precisa de ajuda com algo, senhor ?
— Na verdade, sim. Estou com problemas em um roteiro que estou revisando, sei que está fora do seu horário, mas prometo lhe pagar pelo serviço e… — olhou o relógio de pulso —, te deixo em casa.
— 'Oh, ficarei feliz em ajudar, senhor .
— Me chame apenas de , por favor. — A morena corou e assentiu.
Os dois caminharam até a sala do mais velho e começaram a revisar o longo roteiro, logo que começou já foi fazendo anotações e marcando os erros que haviam ali. Alguns eram simples, outros tomavam mais tempo da , que apoiava a caneta no queixo para pensar enquanto analisava a escrita. ficou impressionado com o tamanho do conhecimento que ela possuía, o que ele não conseguiu fazer em quatro horas, ela estava fazendo em menos de duas. Após finalizar as anotações, eles discutiram sobre as anotações e explicava o porquê de suas correções, até que olhou a hora e já passava das quatro da manhã. Pediu desculpas a sua funcionária por tomar tanto o tempo dela e disse que tinha o dia seguinte de folga, mas ela negou.
— Deixe ao menos eu pagar o café, então. — sorriu e ela aceitou.
Saíram do escritório e foram para uma lanchonete que tinha ali perto, uma das únicas abertas naquele horário. Sentaram, pediram algumas panquecas e café puro, ambos pediram sem açúcar.
— É raro achar alguém que tome sem açúcar.
— Não gosto de coisas doces demais. — A falou e em seguida a garçonete colocou os pedidos na mesa.
— Me desculpe ter tomado tanto o seu tempo, tem certeza que não quer ir para casa? — Ele perguntou cortando a panqueca em seu prato.
— Não, eu estou bem. Eu virei diversas noites na universidade, não vai ser nada do qual eu já não esteja acostumada. — Ela riu e curvou os lábios, a achou extremamente divertida e espontânea no pouco tempo que passou com ela.
— Ainda lembro de quando estava na universidade. — Ele olhou para cima com a mão no queixo como se estivesse lembrando de algo. — Faz alguns anos, mas realmente, era divertido e passei muitas noites em claro.
— Nós damos conta de mais um dia de trabalho, mesmo virados, senhor . — Ela sorriu largo e se perdeu naquele sorriso sincero que o fez retribuir de imediato, há muito tempo não trocava um com alguém.
A conversa dali para frente andou em um ritmo divertido, fazia tempo que não saía apenas por sair. Apesar de ser um café da manhã com uma funcionária porque passou a noite trabalhando, ele havia esquecido desses detalhes durante alguns minutos. era uma mulher interessante, inteligente, compartilhava do seu humor esquisito e do seu amor pelo trabalho, além de ter uma beleza exuberante; ele não era cego. Os olhos, particularmente, prenderam a atenção do de uma forma surreal, lembravam os olhos violeta da atriz Elizabeth Taylor. Quando perceberam o movimento no estabelecimento aumentar viram que já estava na hora da empresa abrir. pediu para que entrassem no prédio separados, não queria falatórios sobre ela estar com o chefe fora do horário de trabalho, e apenas acatou o pedido dela, afinal, ele sabia o quanto era difícil para as mulheres.
trabalhou naquele dia pensando apenas em chegar em casa, tomar um banho relaxante e dormir até o outro dia. Quando saiu da empresa, pediu um uber, estava exausta demais para andar até o metrô. E tudo que ela pensou em fazer durante o dia, ela fez, apagou sem nem mesmo ver a hora que o fez. Acordou às cinco da manhã achando que estava atrasada para o trabalho, de tão desnorteada que ela estava. Notando que ainda era muito cedo, enrolou-se nos lençóis novamente e pegou o celular, passando o feed do Instagram diante dos seus olhos, ainda sonolentos. Acabou aparecendo uma matéria com o grande empresário e produtor de Hollywood, . começou a pensar que ele parecia tão sério e inalcançável naquela foto, mas ele pareceu ser uma pessoa normal, assim como ela. Riu com humor dos seus pensamentos, pois o jamais seria uma pessoa normal.

[...]


Chegou na empresa pontualmente às 8 horas, como todos os dias. Sentou em sua mesa, no entanto, logo ouviu seu nome ecoar pela grande sala. Levantou-se de prontidão e viu na porta do escritório dele, que maneou a cabeça para que ela fosse ao seu encontro. A sentiu suas pernas falharem, ela teria feito algo de errado? Já fazia mais de duas semanas que ela o tinha ajudado naquela fatídica noite. Por Deus, que ele não a demitisse. Entrou na sala, fechou a porta atrás de si e respirou fundo antes de virar e encarar o seu chefe.
— Precisa de mim, Senhor ? — Ela perguntou em um tom baixo.
— Sim, por favor, sente-se, . — Ele apontou para a poltrona do outro lado da sua mesa de vidro. sentou e esperou que ele desse continuidade ao seu discurso. — Então, eu vou começar a produzir um novo filme para a Universal Studios e preciso de uma roteirista. — A morena arregalou os olhos. — Gostaria que fosse você. — estava sem ação, piscou algumas vezes, ela tinha ouvido direito? — Então, o que me diz?
— Cla-claro, eu aceito, senhor .
— Por favor, já falei para me chamar de , . — Ele sorriu com os lábios. — Vamos nos encontrar com o autor amanhã. — assentiu e se levantou.
— Muito obrigada, senh… . — Corrigiu-se rapidamente, causando uma risada contida no outro.
Ela saiu do escritório tentando conter a sua animação, ela estaria à frente como roteirista de um filme da Universal, aquilo era de outro mundo, um sonho sendo realizado. Dali em diante várias reuniões se seguiram, o autor foi super aberto às sugestões da , afinal, não tinha motivo para ser diferente, ela sabia bem o que estava fazendo. Ela era uma ótima roteirista, tinha uma criatividade acima da média, além de saber como se comunicar com as pessoas. , a cada reunião que passava, ficava ainda mais encantado com o talento dela e tinha certeza que tinha escolhido a pessoa certa. Contudo, o que preocupava o era que ele estava se interessando pela morena um pouco mais do que apenas profissionalmente. Ele era o tipo de cara que preferia o trabalho ao invés de um relacionamento, quando queria arrumava alguém para uma noite só, era apenas isso e se envolver com uma funcionária dessa forma estava fora de seus planos.
Após o fim de uma das reuniões com o autor, pediu para ficar na sala que ele queria falar com ela. A morena, como sempre, pensando negativamente, já achou que tinha feito alguma besteira e sentiu seu corpo estremecer, agradecia mentalmente por estar sentada.
— Temos um jantar amanhã com o diretor, me mande a localização da sua casa que te pego às sete. — respirou aliviada e assentiu.
Quando finalmente acabou o expediente, saiu da empresa em direção contrária a sua casa, iria até o centro comprar um vestido elegante para o tal jantar. Entrou em várias lojas até achar o vestido perfeito, na sua opinião, claro. A tinha curvas de dar inveja a qualquer uma, porém ficavam escondidas dentro de um terninho que ela insistia em usar. A empresa nunca exigiu dela tal vestimenta, mas ela achava que seria levada mais a sério caso se vestisse mais socialmente. Contudo, dessa vez ela deixou a formalidade um pouco de lado; tinha outros planos.

[...]


Ainda eram cinco horas e a ansiedade já estava tomando conta do seu corpo, tomou um banho demorado, passou seus cremes, colocou uma lingerie, perfume e finalmente o vestido. Um tubinho preto até o joelho, com uma fenda pequena na coxa direita, havia um corte entre os seios na altura de seu estômago, porém muito discreto, apenas um charme. As mangas eram ombro a ombro, deixando o colo de desnudo, onde ela colocou um colar prateado com um pingente em formato de gota. Os cabelos, presos em um coque, sua franjinha penteada e alinhada na testa, e duas mechas soltas contornando seu rosto. As argolas medianas ornavam sua orelha, ela tinha alguns piercings por ali e a morena enfeitava com argolinhas menores. Colocou o sapato de salto preto, um batom levemente avermelhado e rímel para evidenciar os olhos lilás.
Ouviu seu celular vibrando em cima da mesa e ao olhar, viu a mensagem de dizendo que estava em frente ao seu prédio. Seu coração bateu forte no peito, não era um encontro, mas por alguma razão, sentiu aquele arrepio na boca do estômago. Pegou sua bolsa e saiu do apartamento em rumo ao carro do seu chefe, os pensamentos não a deixavam em paz. Claro que ela pensava que quem não achasse um verdadeiro partido, estava cego. Ele era lindo, bem sucedido, simpático na mídia, apesar de sempre aparentar estar bravo, no entanto, depois de todo esse tempo que ela passava com ele, sabia que essa faceta não lhe caía bem, nem muito menos lhe pertencia. O era tudo que uma mulher desejava em um homem, e no momento que saiu pelo portão e ia em direção a ele, teve a certeza de que era tudo que ele desejava em uma mulher.
— Boa noite, . — Para o moreno, o nome dele saiu pela boca de quase como uma música, aquelas que você quer ouvir no repeat durante o dia inteiro.
Ele levou alguns segundos para se recuperar, porém tentou responder firme. — Boa noite, .
Ela entrou no carro e colocou o cinto, os olhos ônix a mediram de cima a baixo, estava sendo descarado como nunca foi na vida. Quando notou que ela o mirava envergonhada, ele pigarreou voltando sua atenção a rua e deu partida no carro. Chegaram no restaurante e sentaram na mesa reservada, o diretor não tinha chegado ainda, então eles pediram algumas bebidas, um drink sem álcool já que estava dirigindo, e pediu um vinho branco.
— Não gosta de coisas doces, não é? — sorriu se referindo ao vinho seco.
— Sim, mas às vezes até cai bem. — Ela sorriu de canto.
Quando o diretor chegou, a reunião foi iniciada, rapidamente tudo foi resolvido e encaminhado, decidiram que as gravações começariam dali há um mês, jantaram e finalizaram a reunião. e saíram em direção ao carro, ele abriu a porta para ela, que agradeceu a gentileza sorrindo sem graça. O assumiu o volante e pensamentos que não o deixavam há vários dias invadiram sua mente. Desde que ele conheceu a de fato, ele se deslumbrou com ela de maneira surreal. Ela despertava nele uma vontade de descobrir mais, uma vontade de conhecê-la a fundo, os olhos pareciam o convidar para conhecer os mais belos pecados da vida e isso era tudo que passava pela cabeça dele naquele momento. Nunca se sentiu daquela forma por nenhuma mulher, porém o deixou desorientado pelo simples fato de ser ela.
estacionou em frente ao prédio alto e viu que estava hesitante em sair do carro. Ele franziu o cenho e pensou que não, não poderia ser o que ele estava pensando. A sentiu seu coração bater forte no peito, juntou toda a sua coragem e finalmente abriu a boca.
— Quer… tomar um vinho? — Não era um beijo como pensava, era algo bem melhor que isso. — Podemos discutir sobre… o filme. — Tentou não parecer tão invasiva.
— Claro, mas o carro...
— Você pode deixar na garagem do meu apartamento, eu não tenho carro. — Ela respondeu e ao encará-lo, viu a surpresa estampada no rosto masculino. — Quero dizer… Para você poder pegar um uber e amanhã você o pega. — Suas bochechas criaram tons de rosa.
— Sim, bem pensado, . — Ele ligou o carro e entrou na garagem do prédio.
Os dois desceram do carro e entraram no elevador, que subiu até o 24° andar. Eles desceram da caixa metálica e foi na frente pelo corredor até chegar à porta do seu apartamento e a abrir. Ela entrou e abriu passagem para . O apartamento dela não era nada de outro mundo, ela morava em downtown em LA em um prédio suficientemente alto para ter uma visão privilegiada dos prédios ao redor. colocou a bolsa no cabide, tirou os saltos e colocou no armário próximo da entrada, enquanto o já tinha seguido o corredor e olhava a vista da sala, que era toda envidraçada.
— Lindo apartamento.
— Obrigada. — abriu a geladeira na cozinha, que era integrada com a sala. — Prefere vinho suave, seco, rosé?
— O que você escolher está ótimo. — Ele caminhou até o sofá e sentou, acompanhou toda a movimentação da morena que andava para lá e para cá entre as bancadas da cozinha.
O ambiente era iluminado apenas pela luminária de flamingo que tinha próximo ao rack da tv, e também pela luz da fita led no balcão da cozinha. pegou duas taças e colocou na ilha, servindo em seguida um vinho rosé. Caminhou até o , que já admirava os livros sobre roteiro e direção que a morena tinha em sua estante. Ela deu uma taça a ele e sentou-se ao seu lado, em uma distância respeitosa, afinal, era seu chefe, o que só tinha passado pela sua cabeça naquele momento. Não sabia exatamente o que estava fazendo, talvez o vinho que bebeu no restaurante tenha a deixado mais suscetível a fazer algo? Por Deus, o que ela estava fazendo? Deu um gole generoso no vinho para abafar o conflito interno.
— Você se interessa por direção? — Ele perguntou antes de dar um gole no líquido rosado.
— Na verdade não. — Ela olhou para a estante. — Eu gosto de criar, escrever a interação entre os personagens, as reações, as sensações… Tudo isso me encanta. Esses livros foram apenas para estudo durante a faculdade…
— É inspirador ver o quanto você fala com paixão sobre o trabalho. — Ele curvou os lábios.
— Eu realmente amo o que eu faço, não mudaria por nada no mundo. — sorriu com o lábio inferior preso entre os dentes. — Obrigada, inclusive, acho que nunca conseguiria agradecer o bastante pela oportunidade que me deu nesse projeto com a Universal.
— Não tem que me agradecer, você conseguiu por mérito seu. Você realmente é… incrível, . — A tomou um susto quando ouviu seu nome sair em forma de apelido dos lábios do , e quando percebeu se preocupou com a reação dela. — Me perdoe.
— Está… tudo bem, eu... gostei de como soou na sua voz. — Ela desviou os olhos para o chão e bebeu o resto do líquido.
queria agarrar ela bem ali, queria beijá-la e sentir os lábios rosados nos seus. O gosto do vinho misturado ao gosto dela deveria ser de outro mundo, mas por Deus, era sua funcionária, não seria errado? A quem ele queria enganar, aceitou o convite dela para subir e tomar um vinho, esse convite não poderia ter sido inocente. E a verdade era bem essa, de inocente não tinha nada, ela tinha percebido os olhares do em si durante todas as reuniões. Sem falar quando os olhos negros a seguiam pelo escritorio através dos vidros transparentes da sala de .
Ela não era burra, apenas tímida demais para tomar uma atitude, pois ela também sentia algo diferente toda vez. Quando estavam sozinhos parecia que tudo que ela fizesse ou falasse poderia soar de forma indevida, entretanto, ela sabia que isso era apenas por eles realmente quererem fazer algo indevido. No momento que ela entrou no carro dele e ele ficou completamente extasiado com ela, ela soube. Na realidade, ela teve a certeza de ter tomado a decisão certa, pois ela não estava diferente, despertava os mais obscuros dos desejos e talvez ela pudesse sanar todos eles naquela noite.
— Quer mais vinho? — Ela perguntou, cortando o silêncio e levantou do sofá.
— Por favor. — Ele deu a taça para ela, que foi até a geladeira e os serviu de mais. — Então… Você acha que os atores escolhidos cabem no papel?
— Ah, sim. Acredito que o diretor teve um olho crítico para isso, só não sei quanto ao filho do casal principal. — Ela entregou a taça a ele e sentou novamente. — Não vejo ele como filho deles.
— Também não gostei muito.
A conversa voltou totalmente a um assunto profissional, os dois estavam receosos, aquilo os assustava. A maldita hierarquia, as pessoas dizendo que teria feito o teste do sofá para conseguir o seu posto, as fotos na mídia, só de pensar nisso ela ficava ansiosa. não via diferente, era tão complicado, no entanto, eles não tinham escolhido sentir o que sentiam, caso quisessem falar, que falassem. O viu levantar para colocar uma música e respirou fundo admirando aquela mulher espetacular à sua frente. Não deixaria que nada atrapalhasse, o que sentia era realmente novo, porém queria se jogar de cabeça e descobrir até onde essa sensação poderia levá-lo.
… — Ela virou para ele, o viu pôr a taça na mesa de centro e levantar vindo em sua direção. Ele acariciou o rosto da que o olhava com curiosidade. — Eu… posso? — Ela balançou a cabeça em positivo e sentiu os lábios de se unir aos seus no minuto seguinte.
até tentou entender a sensação que ele causou nela, assim como fazia com seus personagens através da escrita, principalmente quando ele pegou em sua cintura e colou o corpo dela no seu, mas ela percebeu que seria impossível. Era algo único, algo como um choque percorrendo pelo seu corpo fazendo com que ela agarrasse o pescoço dele com ânsia para sentir mais daquilo; ela queria mais.
… chi. — Ela sussurrou quando sentiu os beijos descerem para seu pescoço. o puxou e foi caminhando até a porta do quarto, abrindo em seguida.
Os dois caíram na cama, o moreno olhou para ela e forçou os olhos para conseguir ver todas as feições da . Apenas as luzes dos outros prédios de LA invadiam o cômodo pela janela de vidro do quarto, iluminando pouco, porém o suficiente para se perder naquele lilás que deixava ele perdido, mas que ao mesmo tempo parecia ter feito ele se encontrar. A despiu devagar, beijando cada parte que ficava desnuda, ele passeava as mãos pelo corpo dela e quando a teve por completo, teve a certeza de que estava completamente perdido por aquela mulher.

[...]


acordou com o sol entrando pela vidraça, xingou-se mentalmente por ter esquecido de fechar o blackout mais uma vez. Abriu finalmente os olhos e sentiu um calor humano ao seu lado e então, foi quando viu dormindo tranquilamente. Um sorriso tomou conta do seu rosto, aquilo tinha mesmo acontecido, ela levantou devagar, tomou um banho e se vestiu. Chegou na cozinha e preparou um café da manhã rápido, colocou os pratos na ilha e logo viu o sair de seu quarto apenas com sua calça social secando os cabelos compridos. Uma visão que, definitivamente, ela poderia se acostumar a ver toda manhã. Bem queria ela ser o café naquele momento.
— Bom dia.
— Bom dia, . — Ele sorriu largo.
Tomaram café e chegaram na empresa juntos, estacionou no subsolo e engoliu em seco. Sentia em seu interior uma completa confusão, não queria que ele a entendesse errado, no entanto, também não queria que ela fosse julgada pela equipe inteira da empresa.
, acho que devemos entrar separados, não vai ser…
— Eu estou apaixonado por você, . — Ele a cortou, e o mirou surpresa, não esperava que ele fosse tão direto. — Não quero que isso aqui seja apenas sexo. Eu sei que você tem medo que falem, mas deixa eles falarem.
— Eu… — Ela não sabia o que falar, mas ela sabia que sentia o mesmo, há meses, os olhares, o cuidado, as conversas… Tudo foi crescendo e eles mal perceberam. Ela se inclinou e o beijou, sentiu novamente aquela corrente elétrica a deixar completamente entregue. Ela o olhou nos olhos e assentiu, acariciou o rosto dela e sorriu. Os dois saíram do carro, entraram no elevador e entrelaçou seus dedos nos dela sibilando um "está tudo bem".
Entraram no escritório de mãos dadas, atraindo os olhares de todos os funcionários. As bochechas da ardiam, ao chegar na mesa dela o lhe deu um selinho e seguiu para sua sala. com certeza tinha ficado da cor de um pimentão, sentou completamente sem graça e começou a fazer o seu trabalho. sorriu ao sentar em sua mesa, sentia-se de um jeito novo, o trabalho era importante e o deixava feliz, porém o deixava além disso. Ele olhou em direção a mesa da morena através das vidraças e sabia que era isso que ele queria, era ela quem ele queria.

[...]


Levou menos tempo do que achou que levaria para começarem a fazer boatos sobre a vida amorosa dele. começou a ser perseguida por paparazzis, o que fez com que o a pegasse em casa todos os dias para irem para o trabalho. O filme já estava rodando e isso foi mais um motivo para o falatório tomar uma maior proporção. O moreno sentia-se culpado, por culpa dele a estava sofrendo assédio da mídia constantemente. Foi ele que pediu para que eles assumissem a relação, por mais que no começo tivesse sido só na empresa, não demorou para eles começarem a sair em público juntos.
Naquele final de semana iria dormir na casa de , que ficava na área nobre de LA. Ele a pegou em casa na sexta e então foram em direção a Beverlly hills. Eles mereciam um tempo afastado de tudo e todos, estavam cansados depois de tantos meses tentando se esconder, não podiam mais nem jantar em paz em um restaurante sem aparecer um monte de urubus querendo uma foto deles dois juntos. Além da produção toda do filme, que finalmente tinha acabado, terem esgotado suas energias.
estava esparramada na espreguiçadeira tomando sol em frente a piscina, enquanto resolvia algumas coisas no notebook sentado ao lado dela, até que ele fechou o aparelho.
— O que quer jantar? — O perguntou.
— O que quiser, amor.
, você está bem? — nunca deixaria de se sentir culpado por ter virado a vida da de cabeça para baixo.
— Como assim, ? — Ela tirou o óculos de sol e se ergueu levemente na cadeira para mirá-lo.
— Às vezes eu acho que foi pedir demais para você aceitar tudo isso. — Ele suspirou e olhou para o chão, a levantou e sentou no colo dele, sentindo as mãos grandes agarrarem sua cintura com vontade.
— De novo essa conversa? — O moreno suspirou. — Eu faria tudo de novo, já falei isso mil vezes. Eu amo você, , e não tem nada que eu me arrependa na nossa relação. — Ela beijou os lábios do moreno, que sorriu para ela.
— Casa comigo, então.
— Que? — A morena arregalou os olhos. — Você… 'tá falando sério?
— Eu não iria brincar com isso, . — Ele apertou a cintura e estalou um beijo no pescoço dela. — Só falta o anel, prometo comprá-lo logo, caso você aceite, é claro. — Ela o abraçou chorando.
— Claro que quero!
[...]


esperava ansioso na sala de sua casa, tinha contratado cabeleireiro, maquiador e estilista para emperiquitar . Quando sua namorada, futura noiva, saiu do quarto ele quase caiu para trás. Sentiu aquele tremor correr por sua espinha, tal qual o dia que a viu naquele vestido preto em seu carro. Sorriu abertamente, coisa que não fazia com muita frequência, mas com ela era praticamente inevitável.
— Você está… Acho que não existe no dicionário uma palavra para defini-la nesse momento. — Ela corou fortemente, mesmo depois de meses de namoro, conseguia deixá-la sem graça com apenas palavras.
— Você também está lindo. — Selou os lábios rapidamente e foram em direção ao carro.
Aquela noite era especial, era a premiere do filme que tinha roteirizado e tinha produzido. A não cabia em si de tanta felicidade que sentia, estava radiante e sentiu que seu coração saltaria do peito quando o carro estacionou em frente ao tapete vermelho. Ela apertou a mão do em sinal de nervosismo.
— Não se preocupe, eu estarei ao seu lado. — O moreno sorriu solícito e saiu do carro. Os fotógrafos começaram a tirar foto dele imediatamente, fez a volta no carro e abriu a porta esticando a mão para sair. A morena segurou em sua mão para se apoiar e sair de dentro do carro, ela logo foi alvejada com tantos flashes, usava um vestido vermelho sangue, o corte em v nos seios, as costas nuas e o tecido armado até os pés. sorria ao seu lado com um lindo smoking azul marinho. A curvou os lábios e entrelaçou seus dedos nos dela, o mirou e sua mente viajou até o dia em que entraram no elevador, pois ele fez o mesmo. — Vai ficar tudo bem. — Ele falou baixo e sorriu.
Caminharam até o banner com o nome do filme e a logo da Universal Studios, onde era próprio para as fotos serem tiradas pelos paparazzis, e se posicionaram ali, lado a lado, abraçados. se distanciou um pouco e disse: — Tire algumas fotos sozinha. — ficou meio insegura, mas ele sorriu a encorajando, afinal, ela era a roteirista do filme, merecia destaque. A morena posou e de repente todos a frente dela ficaram surpresos e começaram a direcionar a câmera para e tirar várias fotos. Então, ela se virou para o , o encontrando de joelhos e uma caixinha de veludo aberta repousava em sua mão.
! — Ela cobriu a boca com as mãos.
, quer casar comigo?
— Sim, sim, sim! — Ele colocou o anel no anelar da morena e levantou a abraçando. — Mil vezes sim, ! — O beijou sentindo o choque elétrico de sempre e que agora, seria para sempre.


Fim


Nota da autora: Sem nota.

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