Revisada por: Calisto
Última Atualização:18/02/2025Estávamos discutindo as nossas estratégias para a guerra contra Hybern, sem Rhysand por perto quando Cassian começou a resmungar.
— Essas estratégias estão furadas, todas têm uma falha, todas podem ser quebradas e com toda essa tensão não dá pra pensar. — Ele se jogou na cadeira, puxando os cabelos.
— Tudo estaria mais fácil se ela ainda estivesse aqui. — Pela primeira vez depois de muito tempo, Amren disse alguma coisa, ainda olhando um mapa do local.
— Sim, ela saberia o que fazer — Azriel disse, estava nitidamente afetado com a menção dessa pessoa, e Cassian concordou com ele, com o rosto agora colado na mesa.
— Quem é "ela"? — Minha dúvida quanto a essa tal pessoa era nítida, pois os quatro olharam para mim, e quem respondeu foi Mor.
— Estamos falando da irmã do Rhys.
— A que foi morta pelo pai e os irmãos do Tamlin?
— Não, Feyre, estamos falando da irmã gêmea dele, a , a mesma metade do Rhys, sua confidente, sua dupla, a pessoa que ia com ele pra cima e pra baixo. — Mor fez uma pausa olhando para Az. — A parceira do Azriel, a pessoa que ele mais amou e ama.
Azriel estava em pé, olhando Velaris da janela, suas sombras estavam estranhamente paradas ao redor dele.
— Ela amava Velaris no inverno, amava voar, amava ser a primeira mulher de sua linhagem, ser uma guerreira illyriana, mas acima disso, ela amava o Rhys. Eles eram os dois lados da corte noturna, ele a parte misteriosa e a escuridão, ela a parte mais poderosa e a verdadeira luz. — Azriel sorria ao falar dela, como eu nunca tinha visto.
— Ela morreu? — Mor, que estava do meu lado, abaixou os olhos, e quem respondeu foi o Cass.
— Não, depois que a mãe e a irmã deles foram mortas, Noah percebeu que poderia ser a próxima a ser morta pelo Grão-Senhor da Corte Primaveril, principalmente por ela ter acabado de se tornar a 1ª Capitã do nosso exército. — Cassian olhava para um ponto na mesa antes de continuar e olhar para mim. — Então ele enviou ela e o grupo das forças aéreas que ela comandava para um outro país, aliado da Corte Noturna, mas ninguém sabe onde fica, se está próximo ou se é do outro lado do mundo. — Os ombros do Cass caíram conforme ele ia contando.
— Antes de morrer, o pai do Rhys contou isso a ele, pois tinha mandado ela pra esse maldito lugar sem ninguém saber. A coroação do Rhys demorou 5 semanas depois disso, porque ele saiu voando tentando achar esse lugar — Azriel completou, ainda olhando as janelas, e suas sombras agora formavam uma barreira entre ele e nós. — Não posso julgá-lo, quando ele nos contou depois de eu ter buscado ele, porque ele saiu à procura dela da Primaveril, primeiro eu achei que fosse mais uma brincadeira dos dois, e quando a ficha caiu, eu fiz a mesma coisa. — Azriel voltou pra cadeira que estava, recebendo apoio de Cassian, que estava ao seu lado.
— Como você descobriu que ela era sua parceira? — Azriel olhou nos meu olhos e sorriu.
— Descobri pouco depois que ela retornou de um resgate em um vilarejo illyriano. Ela estava cansada, um pouco descabelada e suja, pois entrou em uma casa em chamas pra salvar uma menininha. — Os olhos do encantador de sombras brilhavam com as lembranças. — Mas na hora que ela aterrissou de volta com aquela garotinha nos braços e envolvida de uma áurea de puro poder lilás, eu senti um arrepio na espinha, e naquele momento eu soube que ela era a minha parceira, a minha igual, a metade que faltava de mim, ou, como eu a chamava, a minha lua. — Suas sombras pareciam suspirar em saudade.
— Ela soube uma semana depois, quando estava brigando com ele e quando olhou no fundo dos olhos dele. Ela fez uma careta e perguntou há quanto tempo ele sabia. — Cassian segurava a risada enquanto falava
— E o que aconteceu depois? — perguntei. Cassian não aguentou mais e se acabou de rir junto com a Mor.
— Quando ele disse que sabia há uma semana, minha irmã começou a bater e jogar nele todas as coisas que estavam por perto. — Rhys entrou, respondendo à pergunta e se sentando à direita de Azriel. — E gritava como ele podia ser tão chato, idiota, cabeça dura e imaturo em não contar. Cassian e eu não entendemos nada, só quando parei a Lay que ela me disse o que estava acontecendo. — O sorriso de saudade que os três compartilharam eu nunca tinha visto.
— E Azriel apanhou mais ainda — Cass comentou, rindo e se apoiando em Azriel.
— Mas por quê?
— Porque o Rhys que passou a bater no Az, porque ele fez o Cassian e o Azriel prometerem que nunca se envolveriam com ela — Mor disse em meio a risadas.
— Fiquei sem olhar e sem falar com Azriel por um mês — Rhysand disse, enquanto olhava com diversão para Azriel, que ria.
— Eu não queria estragar o momento de nostalgia de todos vocês, mas tem símbolos antigos surgindo naquele tapete. — Amren apontou o tapete atrás de nós, em que símbolos estavam aparecendo em vermelho e queimando o tapete.
— Pela mãe, que merda é essa? — A confusão e desespero do Cassian em outro momento seria cômica, mas não naquela hora.
Antes que qualquer um fizesse alguma coisa, os símbolos se juntaram e começaram a ofuscar nossos olhos com uma luz extremamente branca. Assim que aquela luz se dissipou, em seu lugar estava um illyriano com vestes de combate. O macho olhou pela janela, viu Velaris e começou a comemorar.
— Isso, deu certo. Podemos finalmente voltar pra casa, só preciso dar um jeito de encontrar o Grão-Senhor. — Ao se virar, viu todos nós e desembainhou a espada, apontando-a para cada um. — Intrusos! Quem são vocês?
— Acho que você é o intruso, não? — Cassian ergueu uma sobrancelha para o desconhecido. — Como chegou aqui? E o Grão-Senhor da Corte Noturna está bem aqui. — Indicou o Rhys.
— Certo, você não parece ser o Noah, deve ser o príncipe Rhysand. — Ao receber a confirmação dele, continuou. — Bom, seu pai mandou a sua irmã, a princesa , e todo o esquadrão para Xhiatara Cuoya.
— Esse reino é um lugar sombrio, tenebroso, o próprio lugar é traiçoeiro. — Amren olhava com desconfiança para o estranho.
— Sim, nós vimos esse lado do lugar. Mas quando chegamos, foram até... receptivos. — disse, olhando hipnotizado para Amren, porém saiu do transe olhando para Rhysand. — Isso foi um teste para sabermos se iríamos conseguir voltar um dia — abaixando um pouco a voz, continuou. — Sua irmã não desistiu de tentar voltar um dia sequer.
— Não exagere, se passaram mais de 50 anos desde que meu pai a mandou pra lá. — Eu nunca tinha visto Rhysand desacreditar de alguém tão rápido, porém tínhamos um visitante persistente.
— Olhe a minha cabeça senhor e veja a verdade, se não acreditar no que vê, pode retirar a minha vida se desejar. Mas veja, a princesa tentou todos os dias voltar para vocês. Por essa insistência, algumas pessoas de Xhiatara Cuoya se irritaram, ela teve que lutar contra elfos, duendes, bruxas antigas, alguns deuses, entre outras criaturas que não fazemos ideia do que são. — Rhysand pareceu pensar e olhou para Azriel, que indicou com a cabeça o macho illyriano ajoelhado entre eles. — Dê essa chance a sua irmã, por anos vários de nós pedimos e insistimos para ela desistir, mas ela sempre dizia: “Meu irmão nunca me abandonou e eu nunca abandonei ele, e não vai ser esse lugar idiota que irá me impedir porquê...”
— Eu prometi não abandonar e nunca deixar para trás a minha família. Eu vou tentar quantas vezes precisar, mas eu volto para a minha família — completou Rhysand, deixando uma lágrima escapar de seus olhos. — Ok, me mostre onde estão todos e como ela está.
Noah, o Grão-Senhor da corte noturna, irradiava alegria por finalmente conhecer seus pequenos bebês.
— Olá, crianças. Eu sou o pai de vocês, e esta mulher bonita na frente de vocês é sua mãe. — Ambos olharam para o pai com os olhinhos violenta brilhando. — Eles têm os meus olhos, querida, veja. — Quem o visse assim, tão encantado com as duas pequenas figurinhas no colo da esposa, não imaginaria que também poderia facilmente exterminar um exército.
A Grã-Senhora olhava para seus pequenos filhos com pequenas lágrimas se formando nos cantos de seus olhos cor de mel. Ao soltar uma risadinha da empolgação de seu marido, os bebês olharam para ela com tanta atenção que nem piscavam.
— Olá, Rhysand, olá, . — Rhysand continuou a olhar para a mãe, já a pequena olhou para o pai que fazia caretas e soltou a primeira risadinha. E seu irmão finalmente se deu conta que a outra estava ao seu lado, olhando-a com muita atenção.
A porta do quarto do casal se abriu de repente, fazendo a pequena olhar para a direita, vendo pela primeira vez seu irmão. Enquanto Rhys finalmente olhou para o pai e olhava para o irmão, a filha mais velha do casal adentrava o cômodo, agitando as asinhas de empolgação.
— Eles nasceram, mamãe? — Ao chegar mais perto da cama, pôde ver seus novos irmãos. — Mas são tão pequenos. — A pequena esperava que ambos nascessem de um tamanho que desse para brincarem juntos.
— Você também já foi desse tamanho, meu amor — a mãe respondeu a mais velha enquanto assistia a colocar a asa do Rhys na boca. Em resposta, ele agitou as asas, tentando se livrar da irmã.
— Ela é curiosa, não acha, filha? — perguntou o Grão-Senhor da corte noturna.
— É, mas não acho que asas illyrianas tenham um gosto bom — a pequena respondeu, tirando risada dos pais vendo a mãe tirar a asa do Rhys da boca da .
O pequeno trio de herdeiros da corte noturna cresceu voando e se divertindo em Velaris, a cidade cuja existência era um segredo. Mas também sabendo esconder seus medos e reais expressões na Corte dos Pesadelos, este comportamento foi ensinado pela mais velha aos gêmeos.
Lysabel era extremamente próxima dos irmãos, que invejavam sua postura na cidade escavada, porém, onde se via o Rhysand, se via a , e onde ela estava, consequentemente Rhysand estava junto, fosse importunando a irmã ou aprontando com ela.
Por esse motivo, quando soube que o pai disse que Rhysand iria para o acampamento Illyriano sem ela, a primeira coisa que fez foi correr até a mãe.
Eliara estava em uma das muitas salas de sua casa terminando as mangas de um dos vestidos de Lys, quando um pequeno furacão entrou batendo os pés, de queixo erguido, as costas retas e as asas bem fechadas nas costas, a mesma postura imponente e confiante que usava quando tinha que ir até a Corte dos Pesadelos, furacão este que atendia pelo apelido de .
— O Rhys vai para o acampamento illyriano, e eu vou junto.
— De onde tirou esse pensamento? — Eliara não sabia como reagir a filha
— Somos uma dupla, não dá para ter um sem o outro. E também quero ser a primeira princesa da Corte Noturna que também é uma guerreira — disse, se sentando na frente da mãe e cruzando as perninhas.
— Sabe que será difícil convencer tanto seu pai quanto o comandante do acampamento, certo? — A filha agora tinha sua total atenção. — Não seria mais simples você aceitar ficar aqui comigo? — perguntou, apertando o nariz da garotinha.
— Não, mamãe, assim eu não seria... Eu — a pequena disse, com um pouco de confusão.
— Certo, falarei com seu pai, mas você precisa treinar para poder entrar no acampamento. Mas essa parte veremos juntas, ok? — perguntou para a filha, que assentiu e abraçou a mãe correndo. — Mas não se empolgue, é raro uma garota entrar no acampamento.
— Mas você entrou, mamãe. Por que eu não conseguiria? — a garotinha perguntou, se aconchegando no colo da mãe.
— Porque seu pai é o Grão-Senhor da Corte Noturna? E você é uma herdeira dele? — Os questionamentos da mãe fizeram a garota pensar. — Mas, como já disse, falarei com ele.
Se passaram três meses desde que Eliara conseguiu que Noah inscrevesse a filha no acampamento também, depois de muita conversa e ela mostrando que a garota só queria orgulhar os pais e ficar com o irmão. Com o tempo, Noah acabou aceitando e inscreveu sua pequena.
Dentro desse tempo Rhya e começaram a fazer pequenos treinos com o General da corte, em um desses treinos, Noah estava passando e viu os três. A empolgação das crianças e o foco de cada um foi o que chamou a atenção dele, mesmo que ainda não houvesse obtido resposta do acampamento quanto à entrada da filha, ele sentiu naquele momento que foi a coisa certa a fazer.
Um mês depois, Noah recebeu uma carta do comandante do acampamento dizendo que seus filhos seriam aceitos se passarem pelo rito. Noah não era desinformado sobre o acampamento, ele sabia que todos precisavam de uns meses de treino, no acampamento, para depois passar pelo rito.
Noah ficou extremamente irritado, não poderia fazer isso com os filhos. Mas também não poderia privá-los disso, ambos tinham sangue illyriano e este mesmo sangue queria que eles entrassem no acampamento. Noah foi procurar a esposa e lhe contou o que recebeu, ela ficou surpresa no início, porém disse que, se era assim, pediu que o marido exigisse que o General fosse mais duro com as crianças e pegasse um pouco mais pesado, Rhysand e só teriam mais um mês em casa para se prepararem.
Os ventos frios das montanhas illyrianas anunciavam a chegada de um novo ciclo para os jovens herdeiros da Corte Noturna. Rhysand e estavam lado a lado, suas asas dobradas firmemente contra as costas enquanto caminhavam pelo pátio de treinamento. O General observava com atenção, percebendo como ambos haviam evoluído nos treinos nos últimos meses.
— Estão prontos? — A voz firme do General cortou o silêncio, atraindo a atenção dos gêmeos.
— Nascemos prontos — respondeu , sua postura ereta e o olhar determinado. Rhysand assentiu ao lado da irmã, compartilhando o mesmo fogo no olhar.
O General trocou um olhar com Noah, que observava tudo à distância ao lado de Eliara. O Grão-Senhor sabia que aquela era uma decisão necessária, mas isso não tornava o momento menos doloroso.
— Vocês partirão ao amanhecer — anunciou o General. — Aproveitem sua última noite em casa.
e Rhysand se entreolharam. Pela primeira vez, a ansiedade os atingiu com força. A Corte Noturna sempre fora seu lar seguro, e agora enfrentariam um ambiente hostil, onde precisariam provar seu valor entre guerreiros que não os viam como iguais. Naquela noite, durante o jantar, a família se reuniu em uma celebração discreta. Lysabel, a irmã mais velha, observava os gêmeos com um misto de orgulho e preocupação.
— Vocês dois vão chutar muitos traseiros por mim, certo? — ela brincou, tentando aliviar a tensão.
— Só se sobrar alguém depois que eu terminar — respondeu com um sorriso travesso, arrancando risadas dos presentes.
— Vai nessa, princesinha, quem vai acabar com todos sou eu. — Rhysand deu um peteleco na asa da irmã gêmea.
Noah observou a interação entre seus filhos e sentiu um peso no peito. Apesar da fachada de líder imponente, ele era, acima de tudo, um pai. E naquela noite, mais do que nunca, queria segurá-los e protegê-los de tudo que o aguardava no acampamento illyriano. Eliara percebeu o olhar do marido e tocou suavemente sua mão por baixo da mesa. Ela sabia o que ele sentia, pois sentia o mesmo. Mas também sabia que aquela jornada era necessária.
— Ouçam-me bem, meus pequenos guerreiros — disse ela, capturando a atenção de e Rhysand. — Não importa o que aconteça, lembrem-se de quem vocês são. Vocês são filhos da Corte Noturna. E, acima de tudo, são filhos nossos. — Sua voz era suave, mas carregada de poder. — Não deixem ninguém dizer que não pertencem a este mundo.
Os gêmeos assentiram, gravando aquelas palavras na mente. O dia seguinte marcaria o início de um novo capítulo em suas vidas, e eles estavam prontos para enfrentá-lo.
Ao amanhecer, Rhysand e partiram em direção ao acampamento illyriano. O voo foi longo e silencioso, o peso da nova realidade se instalando sobre seus ombros. Quando finalmente avistaram os terrenos austeros do acampamento, a recepção foi fria. O comandante do acampamento os esperava com um olhar avaliador e um sorriso carregado de desdém.
— Então, os filhinhos do Grão-Senhor resolveram brincar de guerreiros — disse ele, cruzando os braços. — Espero que não esperem privilégios aqui.
Rhysand manteve a calma, mas sentiu o sangue ferver. Sem hesitar, deu um passo à frente, encarando o comandante diretamente.
— Se quer nos testar, tente nos parar. Mas não com palavras, e sim com ação. — Sua voz era afiada como lâmina, e os guerreiros ao redor murmuraram, impressionados com sua ousadia. O comandante arqueou uma sobrancelha e sorriu de canto.
— Muito bem. Vamos ver do que são feitos. — Ele estalou os dedos e dois guerreiros experientes se adiantaram. — Cada um de vocês enfrentará um deles agora. Vamos ver se são dignos de estarem aqui.
e Rhysand se entreolharam rapidamente antes de assumirem posições de combate. Eles não haviam treinado à toa. Aquela era a primeira de muitas batalhas que enfrentariam juntos.
Os guerreiros experientes avançaram primeiro, e os gêmeos logo perceberam que a luta não seria fácil. Rhysand usava sua destreza e inteligência para prever os movimentos de seu oponente, mas mesmo assim recebeu golpes pesados, sendo forçado a recuar algumas vezes. Ele já tinha despertado seu poder e, com esforço, conseguiu canalizá-lo para reverter o embate a seu favor, desferindo um golpe decisivo que jogou seu oponente ao chão.
, por outro lado, sentia cada impacto como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros. Seu adversário era mais forte e experiente, cada golpe dela parecia não surtir efeito suficiente. Mas, conforme a luta avançava, algo dentro dela se acendeu. A frustração, a raiva e a necessidade de provar seu valor misturaram-se em uma explosão de energia que percorreu seu corpo.
De repente, um brilho violeta tomou seus olhos, e um poder desconhecido emergiu de dentro dela. O ar ao seu redor se tornou denso, quase palpável. Seu adversário hesitou por um segundo, confuso com a súbita mudança. E foi tudo o que ela precisou. Com um movimento ágil, canalizou aquela força e lançou seu oponente para trás com uma onda de energia invisível, fazendo-o cair de joelhos.
O silêncio tomou conta do acampamento. O comandante observou com um misto de surpresa e interesse. Ele não esperava que a herdeira da Corte Noturna despertasse um poder tão avassalador logo em seu primeiro combate. ofegava, tentando entender o que acabara de acontecer. Rhysand se aproximou, tocando de leve o braço da irmã, e ela virou-se para ele, ainda com os olhos brilhando intensamente.
— Bem-vinda ao acampamento, — ele disse, com um sorriso cansado, mas orgulhoso, e recebeu um sorriso cansado em resposta.
A multidão ao redor murmurava, e o comandante finalmente quebrou o silêncio.
— Interessante — disse ele, cruzando os braços. — Talvez vocês dois realmente tenham o que é preciso. Vamos ver se conseguem sobreviver ao resto do treinamento.