Codificada por: Fer (Lyra)
Fanfic Finalizada
Há dois anos…
A música tocava alto na fraternidade masculina do time de futebol de Harvard. dançava jogando o seu inconfundível cabelo rosa de um lado para o outro, o seu quinto copo vermelho de plástico em sua mão evidenciava o quanto já havia bebido naquela noite. Contudo, ainda estava sóbria o suficiente para dispensar os jogadores do time com elegância. Sua bexiga reclamou e ela foi em busca de um banheiro, enquanto estava na fila mexeu em seu celular para tentar achar sua melhor amiga através dos stories do instagram, já que ela não respondia suas mensagens.
Sem sucesso, guardou o celular no bolso do short revirando os olhos, por certo estava em algum lugar escondido o suficiente para dar uns pegas em alguém sem ser vista. Encostou-se na parede do corredor e então viu um homem sentado no escuro, em uma poltrona próxima a uma janela, franziu o cenho perguntando-se o porquê dele estar ali sozinho. Foi ao banheiro e quando voltou ele ainda estava ali, caminhou até ele e curvou os lábios.
— Você está bem? — perguntou acanhada.
— Ah, sim, só não… sou muito de festas. — Ele respondeu sem graça.
— Por que está aqui então? — Viu a expressão dele de surpresa e então percebeu. — ‘Oh, desculpe, não quis soar grosseira.
— Tudo bem. — Soltou uma risada baixa e deu um gole em seu copo. — Eu moro aqui. Prazer, .
— .
Apesar da amar uma festa e ele não, eles tinham mais coisas em comum do que pensavam. Passaram o resto da madrugada conversando tão interessados um no outro que nem sequer ouviram quando a música foi desligada e quando se deram conta, a festa tinha acabado e o sol já estava nascendo.
Dias atuais…
— Sai, ! — empurrou o mais velho rindo alto enquanto caminhavam no jardim da faculdade. — Eu preciso ir para a biblioteca.
— Você está mais nerd do que eu, . — O moreno riu alto. — Não esqueça nosso compromisso.
— Jamais esqueceria. Te encontro na cafeteria às 17 horas. — Abraçou o melhor amigo e correu para sua tarde de estudos.
acompanhou até ela sumir de suas vistas, sorrindo feito um idiota, ele a amava, amava tanto que nunca teve coragem de se declarar com medo de perder a melhor coisa que tinha acontecido nos últimos dois anos. Ele preferia ter ao menos a amizade, do que nada. Suspirou e seguiu seu caminho até o treino de futebol. Algo que fazia por pura pressão do seu tio, não gostava nem um pouco do esporte, mas como o pai dele havia sido o melhor atacante da época dele, seu tio achava que seguir o mesmo caminho o faria bem. Nunca ousou dizer a realidade, sabia que o senhor Hiashi queria o melhor para ele.
estudava compenetrada em uma mesa qualquer na enorme biblioteca, olhou o celular e viu a mensagem de Ino falando sobre uma festa na fraternidade do , e ela estranhou, como ele não tinha falado nada? Viu a hora e constatou que já eram quase 17 horas. Fechou os livros e cadernos, pegou a mochila e foi para a cafeteria o mais rápido que pôde. Chegou na frente e viu fazendo o pedido para a garçonete, ela sorriu e entrou.
— Você… — O moreno estreitou os olhos.
— Você… — imitou a expressão do outro e os dois começaram a rir. Ela sentou na poltrona na frente dele e jogou sua mochila no chão.
— Atrasada…
— Como sempre. — Completou sorrindo largo.
— Você paga hoje — falou enquanto a garçonete colocava os dois cafés em cima da mesa baixa.
— E você me diz que festa é essa hoje… — A intimou.
— Qual delas? Hoje é sexta. — Ele falou dando de ombros.
— Não seja otário! — Ela riu alto dando um tapa no ombro do mais alto. — Na sua fraternidade, .
— Ah, essa festa — falou de modo desinteressado. — Pretendia ficar no meu quarto, com os fones nos ouvidos até pegar no sono. — O moreno bufou.
— Não mesmo, preciso de alguém para me fazer companhia. — Um sorriso travesso brotou nos lábios rosados e já imaginou o que viria a seguir. — Vamos, , sem você não sou ninguém.
— Tudo bem… — Revirou os olhos. — O que eu não faço por você?
se arrumava em seu quarto, colocou um vestido preto básico e um tênis, sempre gostou de se vestir de forma simples e sem tantos acessórios, afinal, o que gostava em uma festa era poder se divertir sem preocupação. Entrou pela porta da frente da fraternidade, já bem conhecida por ela, e logo viu sentado na poltrona da varanda do quintal. Revirou os olhos e balançou a cabeça negativamente, foi até a cozinha e pegou dois copos de bebida. Jogou-se na poltrona ao lado do e sorriu lhe dando o copo.
— Melhora essa cara, , você é muito bonito 'pra carregar essa carranca o tempo inteiro, fora que estamos em uma festa. — Ela sorriu largo e isso fez o moreno esboçar o mínimo de um sorriso, adorava vê-la feliz.
— Só porque você pediu. — Brindaram e deram um gole na bebida.
não sabia quanto tempo tinha passado ou há quanto tempo estava ali admirando dançar. Ela jogava os braços para cima, jogava a cabeça de um lado para o outro de olhos fechados, os cabelos voavam por alguns segundos. O estava hipnotizado, ele não conseguia mais esconder o quanto a amava. Seu peito chegava a vibrar com as batidas fortes do seu coração, as quais eram aceleradas apenas por ela. conseguia o compreender tão bem, mesmo sendo quase o completo oposto. Eles se entendiam nos mínimos detalhes, conversavam sobre qualquer coisa, faziam tudo juntos e sempre foi confortável a convivência entre eles.
— Quando vai falar para ela? — Escutou uma voz ao seu lado e virou, dando de cara com um de seus únicos amigos, Rock Lee.
— Não tem nada 'pra falar, Lee — falou ríspido, dando um gole em seu copo.
— Seus olhos não dizem isso. — O moreno sorriu debochado.
— ! — segurou de repente no braço do . — Vem dançar comigo! — O puxou pelo braço e ele não teve tempo para negar, mas também nem queria dizer não.
A estava mesmo bêbada, começou a dançar se esfregando em , mas ele a virou e segurou na cintura dela. Mirou os olhos esmeraldinos, já baixos, e respirou fundo, ele queria beijá-la, queria tanto que chegava a doer. era a mulher mais incrível que ele tinha conhecido em Harvard, universidade cheia de riquinhos metidos a besta. Ela era rica, no entanto, nunca foi metida, muito pelo contrário, ela nunca se vangloriou de nada, não comprava roupas caras por mais que pudesse, andava de metrô como todos e sempre preferiu a cafeteria barata da universidade do que alguma chique por aí.
Ele não só admirava a sua beleza, que era magnífica, mas também a sua personalidade e no fim, foi isso que o deixou completamente apaixonado. A beleza qualquer um vê, a era linda, assim como ele, contudo, eles se entenderam mentalmente e espiritualmente, caso alguém acredite nessas coisas. se apaixonou à primeira vista pela alma dela e com o passar do tempo ele só fez se apaixonar ainda mais, quando viu, já era tarde demais, porém, era sua melhor amiga e essa seria a relação deles.
— Ne-neji… — colocou a mão na boca. — Eu não estou…
— Vem.
Saiu puxando ela até o banheiro quando percebeu que ela estava passando mal, mas ao ver a fila fez o mais sensato, a pegou no colo e subiu a escada depressa. Colocou ela no chão, abriu a porta do seu quarto e a levou até o banheiro.
— Você vai ficar bem se eu for… — Ele foi interrompido com ela colocando a cabeça quase dentro da privada. Correu até ela e segurou seus cabelos para trás. — Quanto você bebeu? Você não costuma passar mal, .
— O suficiente… — Foi interrompida pelo vômito.
— Para passar mal, estou vendo. — levantou sem soltar os longos fios rosas e pegou um prendedor de cabelo em cima da pia, prendendo os cabelos dela em seguida.
Ele ajoelhou no chão ao lado dela, ficou acariciando suas costas e passou água da torneira na nuca e pulsos para a pressão dela não baixar. vomitou tudo que podia e mais um pouco, no entanto, ainda se sentia enjoada e aquela sensação de tudo rodando não parava. A garganta secou e tudo que ela queria era algo líquido escorrendo pela sua garganta, de preferência não alcoólico.
— Água… — sussurrou.
— Eu vou lá embaixo buscar. Você vai ficar bem? — fez gesto com a mão para ele ir enquanto a outra ainda abraçava o vaso sanitário.
desceu, seguiu até a cozinha rapidamente, queria pegar tudo que precisasse naquele momento e subir logo, estava preocupado com o estado da , afinal, ela nunca tinha ficado daquele jeito. nunca passou do seu limite, algo estava acontecendo. A música já tinha sido desligada e só havia algumas poucas pessoas conversando pela sala e varanda. Pegou água, café, coca-cola, chocolate e salgadinhos, pensou que ela precisava se hidratar e de glicose por causa da bebida e com certeza ela sentiria fome. Agarrou tudo e subiu pulando degraus, empurrou a porta do quarto com o cotovelo, logo ouviu o barulho do chuveiro e viu a porta do banheiro entreaberta. Colocou as coisas em cima da escrivaninha, fechou a porta do quarto e deu alguns passos, bateu no batente do banheiro esperando ouvir uma resposta, mas nada.
— , você está bem?
— 'Tô melhor. — A voz dela não parecia mais tão alterada. — Preciso de uma toalha, — ele respirou aliviado —, e de uma camiseta.
O moreno foi até o guarda roupas e pegou uma toalha e uma blusa sua bem grande, voltou até a porta do banheiro e esticou o braço até colocar em cima da bancada da pia, a avisando que o faria. Andou até a cama e sentou para esperá-la. Puxou um pacote de salgadinhos e abriu para comer.
— Você tem uma escova nova? — Ouviu a voz de vindo do banheiro.
— Tenho, no armário do lado esquerdo — respondeu em um tom alto o suficiente para que ela ouvisse.
Quando menos esperou, a saiu do banheiro usando apenas a camiseta branca com uma grande estampa da banda Radiohead na frente. Péssima escolha de cor, , praguejou-se mentalmente. Ela andou devagar até o outro lado da cama e sentou de costas para ele.
— Quer a água ou refrigerante?
— Água. — alcançou a garrafa de água para ela. — Obrigada.
— Está melhor?
— Estou nova em folha. — Ela deitou na cama após beber alguns goles de água.
— Vou… dormir na sala. — O fez que ia se levantar, mas foi impedido.
— Fica aqui comigo — o corpo inteiro de sentiu um calafrio —, por favor.
O moreno deitou na cama de barriga para cima e ficou encarando o teto, assim como . A mordeu o lábio em nervosismo, já tinha passado tantas coisas em sua cabeça naqueles dois anos. Coisas essas que a deixavam insegura, ela podia parecer completamente auto confiante, mas a verdade era que tinha tirado as suas armaduras da melhor forma. Conquistou ela nos mínimos detalhes, nos olhares, nos toques de carinho, nas conversas idiotas de dois sonhadores. Tudo aquilo era novo para ela, ninguém nunca conseguiu fazê-la se sentir tão nua, sem tirar uma única peça de roupa.
— Está acordado? — Ela perguntou e ouviu um resmungo em resposta. — Você já se apaixonou, ? — O moreno sentiu seu corpo gelar.
— Por que a pergunta?
— Só responda, ‘oras. — Ele sentiu o movimento no colchão e viu ela virar para si pela visão periférica. Respirou fundo e também virou, os olhos esmeraldas o miravam com curiosidade.
— Sim, uma vez — respondeu de forma direta.
— Uma só vez? — Ela ficou surpresa.
— É, mas… Deixa 'pra lá.
— Diga, eu quero saber…
— E você? Já se apaixonou? — fugiu do que passava em sua mente.
curvou os lábios, pensou por alguns segundos se deveria e chegou a conclusão de que se fosse para perdê-lo, que o fizesse tendo tentado de tudo. Ela levou a mão até o rosto do e admirou aqueles olhos tão exóticos que ele tinha; lindos. jurou que o tempo tinha parado, sua respiração estava pesada como em um treino de futebol. A cada centímetro que a se aproximava de si, ele sentia seu coração acelerar cada vez mais, aquilo realmente estava acontecendo? Sentiu os lábios macios estacionarem nos seus, encaixaram perfeitamente, como se pertencessem a aquele lugar.
A mão de foi até a cintura pequena e puxou até grudar em si, sentiu cada célula do seu corpo vibrar com a sensação de tê-la tão perto. Ela sentia toda a sua pele se arrepiar, ela tinha sido correspondida e estava comemorando mentalmente, porém seu corpo deu sinal de que queria aprofundar ainda mais aquele contato. A subiu em cima do e tirou a camiseta do seu corpo jogando-a no ar. Voltou a beijá-lo com sede, dois anos, dois anos de espera, de coragem, de segredo… Ela o amava.
— , eu queria tanto você.
— Não mais do que eu. — Ele levantou o tronco a agarrando e abocanhou os seios, lambeu, chupou e escutou gemendo, o melhor som para os seus ouvidos.
Ela puxou a camisa dele e foi direto ao botão da calça jeans, desabotoando-a. Podia sentir a ereção do moreno em sua intimidade, ainda por cima do tecido. Os beijos molhados eram distribuídos pelo corpo de de forma indecente. As unhas dela arrastavam pelas costas largas dele até chegar a nuca, onde a rosada enfiava os dedos entre os cabelos longos e os puxava de leve tentando conter o seu tesão. a virou, colocando-a sentada na cama, ela encostou na cabeceira e aproveitou o show dele tirando sua calcinha com os dentes.
Assim que o se apossou de sua boceta, gemeu agarrando a cabeceira da cama, apertou a madeira e mordeu o lábio com força para não gritar tão alto. Ele a chupava com vontade, lambia entre seus lábios enquanto apertava o quadril farto da mais nova.
— Ah, … N-não para… — Ele nem pretendia mesmo, queria sentir o gosto do gozo dela em sua língua. Penetrou dois dedos e a estocou, ainda circulando o clitóris inchado com a ponta da língua até ouvir o gemido melodioso. — Porra…
subiu até a boca, vermelha e inchada das mordidas dela mesma, chupou o lábio inferior, deslizou a língua na dela com toda a calma do mundo, apreciando cada sensação que ela causava em si. Esticou-se até a mesinha de cabeceira e pegou um preservativo, o colocando em seguida. agarrou os ombros dele, olhou nos olhos lilás e sorriu.
— Eu amo você. — Ele engoliu em seco e ficou estático a mirando. — Por favor, não me rejei… — Foi calada com uma beijo, esse era carinhoso e dizia tudo que precisava ser dito. Ele a preencheu e ambos gemeram contra os lábios um do outro. Assim como na primeira noite em que se conheceram, onde se amaram em alma, terminaram aquela noite se amando em corpo.