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Codificada por vênus. 🛰️
Concluída em: 31.10.2024

Beberiquei um gole do copo de gin e fiz uma pequena careta porque aquela não era exatamente a minha bebida favorita. Eu era muito mais chegado a um bom vinho, porém, naquele momento, o que eu gostava não era relevante.
Meus olhos passeavam por todo o ambiente, enquanto eu me encostava no balcão do pub de forma displicente, tentando parecer o mais natural que pude, embora sentisse o nervosismo lançar descargas de adrenalina em minhas veias a cada segundo.
Eu estava prestes a ter uma das melhores experiências da minha vida, mas não era só isso que aumentava a minha ansiedade e, sim, o fato de ser observado bem de perto por ela, , a Carniceira de Grimsborough.
Não hesitei em virar mais alguns goles do conteúdo e, conforme os minutos passavam, minha garganta reclamou menos da queimação, se acostumando, e o álcool foi me trouxe mais confiança.
Finalizei meu primeiro copo e logo pedi um segundo, percebendo que seu gosto já não me desagradava tanto assim. Fazer parte do mundo dela tornava qualquer bebida amarga na mais doce de todas.
Umedeci meus lábios quando finalmente meus olhos foram de encontro a uma pessoa em especial, aquela que seria perfeita para os meus planos.
Seu corpo se movia de um lado para o outro, acompanhava o ritmo da música pop que tocava e desfrutava de cada nota entoada, enquanto cantava algumas partes de forma completamente entregue.
Instantaneamente, eu quis me juntar a ela.
Não me lembrava de ter visto alguém tão imersa como ela estava e, de certa forma, isso prendeu minha atenção por alguns minutos, o que me fez permanecer ali parado, apenas para contemplar aquela visão.
Se ela imaginasse qual seria seu destino dali para frente, teria dado um jeito de sumir do meu campo de visão antes que fosse tarde. Teria cessado sua dança hipnotizante, assim seu olhar não se encontraria com o meu, o sorriso de canto não brotaria em meus lábios, e ela não o retribuiria em seguida, em um convite a deixar o copo de gin inacabado em cima do balcão para caminhar em sua direção como um leão se aproxima de sua presa.
Um cheiro gostoso emanava dela. Um perfume com notas sensuais que ressaltava ainda mais cada um de seus atributos, que eu percebi serem ainda mais atraentes de perto.
Mais uma vez, um sorriso brotou em seus lábios. As amigas que estavam à sua volta deram espaço para que, de repente, só houvesse eu e ela, e então a dança que passamos a compartilhar.
Meu corpo se encaixou perfeitamente ao daquela mulher, minhas mãos envolveram sua cintura assim que percebi que ela me dava aquela liberdade, então passamos a nos mover em sincronia. Acompanhamos as batidas da música, enquanto nossas respirações ficavam irregulares devido à excitação crescente.
— Não vai me dizer o seu nome? — A voz dela soou sedutora quando se aproximou. Ela ficou na ponta dos pés, por ser alguns centímetros mais baixa do que eu, e trouxe sua boca para bem próximo do meu ouvido.
. — Umedeci meus lábios quando meu olhar desceu até os dela. E mesmo que eu não me importasse realmente, acabei por devolver a pergunta. — E o seu, qual é?
— Luna. — Seus olhos brilhavam de euforia quando se focaram nos meus, e eu sabia que isso se dava ao seu estado de leve embriaguez.
Eu não precisaria de muito para fazer o que pretendia desde que havia a visto ali.
Voltei a colar nossos corpos, movi meu quadril contra o de Luna e roçasse de um jeito delicioso que fez a mulher ofegar e tombar um pouco a cabeça para expor seu belo pescoço para mim.
Não hesitei em aproximar minha boca da região, deixei beijos molhados e procurei minha com o olhar.
Ela estava em um canto um tanto afastado da pista de dança. Nos encarava tão avidamente que eu desejei que se juntasse a nós dois, mas sabia que não o faria, não daquela vez. queria saber como eu me sairia naquela caçada.
Busquei sua aprovação em um questionamento com o olhar. Teria eu escolhido a vítima certa?
Um sorriso malicioso brotou nos lábios de e, em um ato ousado, ela levou aos lábios o copo que segurava, passou a língua pela borda do canudo e o sugou de um jeito que despertou ainda mais a minha excitação.
Era o jeito dela de dizer que minha escolha estava muito mais do que aprovada.
Sorri satisfeito com aquilo, e Luna pareceu perceber meus lábios se curvarem em sua pele, porque voltou a endireitar sua cabeça e me fez olhá-la enquanto umedecia seus lábios.
— Não gosto de fazer cerimônias, . Gostei de você assim que o vi naquele balcão. — Sua sinceridade me pegou um pouco de surpresa, porém eu gostei daquilo, tornava tudo ainda mais excitante.
— Gostou mesmo? Porque eu já estava te olhando de lá fazia um tempo — confessei.
Luna sorriu, enquanto trazia suas mãos até meus ombros e fincou suas unhas ali de leve, ato que me fez exalar baixo.
— E por que demorou tanto para se aproximar então? — Ergueu sua sobrancelha levemente.
— Não queria atrapalhar a sua dança. — Pisquei e a vi sorrir em resposta. — Você estava toda linda e entregue, não é algo que se deva interromper.
— Me contando mentiras bonitas para me levar para a cama, ? — Fingiu um tom de desconfiança, mas nós dois sabíamos que aquele não era o caso.
— Claro que não. Fui sincero com você desde o início — neguei imediatamente.
— Então você não quer me levar para a cama? — Aquilo teria me feito rir, porém, em vez disso, eu abri um sorriso sedutor e aproximei minha boca da sua.
— Na verdade, Luna, eu quero te devorar.
Depois disso, sua boca se grudou à minha de uma maneira ávida e seu corpo se colou ao meu tão intensamente que parecia que íamos nos fundir a qualquer momento no meio daquela pista de dança.
Luna era simplesmente deliciosa.
E sentir como ela me desejava desesperadamente só me atiçou a explorar toda a extensão de sua boca com vontade. Não me contive e deixei minhas mãos deslizarem por todo o seu corpo.
Senti ela ofegar contra a minha boca e suas mãos também passaram a me alisar em cada parte alcançável.
A temperatura entre nós dois aumentou. O fôlego ficou escasso aos poucos. E, de repente, eu soube que Luna estava totalmente rendida a mim.
Então poderia seguir com meus planos.
— Quer sair daqui? — Abri um sorriso convidativo quando afastei nossas bocas e vi que ela o retribuiu de imediato, embora estivesse ainda atordoada com nosso beijo intenso.
— Por favor — ela ofegou baixinho, então encontrou a própria voz. — Eu preciso sentir bem mais do que o seu beijo.
Nada respondi, apenas a puxei para que viesse comigo.
Enquanto andávamos até a saída, troquei um olhar significativo com a minha Carniceira.

🩸


O trajeto até a casa de Luna foi marcado por diversas provocações da parte dela. Sua mão apertava meu pau por cima da calça de um jeito delicioso que me fez quase desistir de dirigir para parar o carro e a puxar para me chupar bem gostoso.
No entanto, havia algo que me excitava ainda mais do que a ideia de foder a boca dela.
— Quer beber alguma coisa? — A ouvi questionar, quando abriu a porta para que eu entrasse em sua casa.
— Me surpreenda. — Abri um sorriso sedutor, então concordei quando me pediu para aguardar na sala, enquanto eu observava tudo ao meu redor.
Foi em uma grande janela à direita que vi a sombra de . Desde que eu havia me entregado à Carniceira por completo, ela sempre estava por perto.
— Espero que goste de vinho tinto — a voz de Luna ecoou e atraiu minha atenção de volta para ela.
— Não é que você acertou em cheio? — Sorri, ao caminhar em sua direção e aceitar a taça que ela me entregava.
— Chame de sexto sentido. — Piscou para mim, então bebeu um pouco do conteúdo de sua taça e se abaixou para colocá-la sobre a mesinha de centro no meio da sala.
Aquela era a oportunidade que eu estava esperando.
Tremi de excitação quando, num movimento rápido, segurei em seus cabelos com força e fiz com que ela batesse a cabeça contra a mesa não uma, mas, no mínimo, umas cinco vezes.
O sangue dela respingou em mim, porém eu não me importei nem um pouco com aquilo, muito pelo contrário. Tudo o que eu queria era agradar e sabia que quanto mais sangrenta a cena, mais minha musa aprovaria.
Luna não foi amarrada como as vítimas da Carniceira de Grimsborough, porque eu quis colocar um pouco da minha própria identidade ali. Atirei seu corpo inerte em cima da mesa de centro da sala e lambi meus lábios antes de andar até a porta e a abrir para a minha musa. Minha excitação pulsou dolorosamente ao notar o brilho sádico estampado nos olhos de quando finalmente ela adentrou a sala e contemplou meu trabalho.
— Termine o que começou, querido. Só assim você terá o que tanto quer. — A forma como as palavras ecoaram de seus lábios só me estimulou ainda mais.
— Vou provar você coberta com o sangue dela, Carniceira? — Só a ideia daquilo fazia o pré-gozo escorrer da cabeça do meu pau.
— Devore-a, , e me banhe com o sangue dela. — abriu um sorriso diabólico e começou a desabotoar a camisa justa que vestia. Seus seios apertados pelo sutiã de renda preto combinariam ainda mais com o vermelho escarlate do sangue de Luna.
Porra, meu pau ia explodir dentro das calças.
Naquele momento, não tinha dúvidas de que o mesmo brilho sádico também estava presente em meus olhos. A cena era ainda mais erótica do que a dos meus sonhos.
Ao me ver puxar a faca para degolar nossa vítima, se sentou no sofá diante da cena e abriu as pernas, expôs a ausência de sua calcinha e sua boceta encharcada só pela expectativa do que estava por vir.
— Puta que pariu, Carniceira!
Num movimento rápido, cortei a garganta de Luna e enquanto seu sangue jorrava na direção de , ela começou a se tocar.
Continuei a dilacerar o corpo inerte até que eu mesmo estivesse banhado pelo líquido rubro e me aproximei da minha musa. passou o polegar pelo meu lábio inferior e sorriu mais uma vez.
— Delicioso.
Então me puxou para que nossos lábios e nossos corpos se entregassem a mais um frenesi de prazer.
Nada se comparava àquilo.




FIM.


Nota da autora: Tá aí uma continuação de Dancer in the Dark. Espero que gostem desse casal insano.
Happy Halloween! 🎃


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