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Revisada por Nyx 🌙

Última Atualização: 28/02/2025

rode up on the afternoon train, it was sunny”

A mulher de cabelos ruivos parecia meio dispersa em meio à multidão. Guardou alguns papéis na primeira divisão de sua bolsa. Papéis esses que mais cedo, tinham tirado boas lágrimas dela.
Alison Fitiz agora assinaria apenas com o seu nome “Alison”, porque tinha acabado de assinar os papéis de seu divórcio, com seu ex-marido, Louis Fitiz. Assinar apenas foi o ponto final de uma história que já tinha acabado há mais de dois anos.
e Louis foram casados por 6 anos, e durante esse tempo a mulher aprendeu que amar não era o suficiente para seu marido, que para ele doar todo seu ser, tudo que lhe era valioso nunca seria o suficiente.
Mas agora, tudo isso acabou. A ruiva esperava no portão de embarque ansiosamente, não via a hora de se despedir daquele local e iniciar um novo rumo para sua história. E para esse recomeço tinha escolhido a tão “conhecida” cidade de Folk.
Folk era a cidade natal de sua mãe e durante toda a sua infância escutou histórias mágicas e deslumbrantes sobre o local. Sua mãe contou sobre como o mar se quebrava nas rochas do local, como lá todo dia parecia ensolarado, mesmo naqueles nublados, foi lá que sua mãe deu seu primeiro beijo embaixo de um salgueiro com seu pai. E assim toda uma história de amor e companheirismo desenrolou.
Essa era uma das justificativas para pensar tanto na cidade com tanto afeto. Sempre que sua vida parecia sem sentido, sem rumo, ela pensava que talvez se refugiar em Folk fosse a solução. E agora esse desejo se concretizava.
Ela abriu os olhos vagarosamente, se acostumando com o sol que adentrava a janela do avião. A aeromoça tocou no seu ombro de forma gentil avisando que eles já haviam chegado ao destino final.
Dentro do táxi, , se sentia um pouco confusa, não tinha feito reserva em nenhum hotel ou coisa do tipo, não conhecia ninguém, apenas tinha suas malas e uma vontade de viver imensamente. Ao passar rapidamente pelas ruas da cidade pode vislumbrar pequenas lojinhas locais, pessoas sentadas em mesas adornadas em cafés, gente caminhando, coisas típicas de uma pequena cidade como aquela.
Influenciada pelo pessoal local, a mulher pediu para descer do automóvel e parou em frente a uma aconchegante cafeteria, antes de resolver qualquer coisa era necessária uma boa xícara de café. Ao adentrar o local, sua presença foi pronunciada pelo som de uma sineta em cima da porta, algumas pessoas se viraram instintivamente para encarar quem estava no local, mas logo retornaram às suas conversas corriqueiras.
Ao notar que todas as mesas estavam lotadas, a mulher resolveu se sentar no balcão disponível no local, apoiou suas malas perto do seu banco e pegou o cardápio à sua frente. Havia inúmeras opções de cafés e guloseimas, e todas pareciam ótimas, o que fazia com que ela ficasse mais indecisa no que pedir.
A garçonete parada em sua frente, segurando um pequeno bloco de papel, parecia impaciente, pois rolava os olhos e mascava de forma alta um chiclete. baixou o cardápio para dar um pequeno sorriso simpático à mulher a sua frente, de forma a amenizar aquela situação. Foi neste momento que sua atenção foi tomada por um homem que sentou ao seu lado.
O homem usava uma camisa de linho branco, com as mangas dobradas até o cotovelo, seus cabelos pretos estavam penteados para trás e seu olhar tinha uma certa vividez, que com certeza chamou a atenção de .

— Se eu tivesse que pedir algo pela primeira vez aqui, seria os cinnamon roll. — Deu um sorriso galanteador.
— São bons?
— O quê? São incríveis. Você tem que experimentar. Ah, também temos o nosso típico café com canela, é uma ótima bebida para acompanhar.
— Então vai ser isso, pode me trazer cinnamon roll e uma xícara média de café com canela. — disse de forma decidida. Assim que a garçonete se afastou, a mulher voltou a atenção para o homem ao seu lado. — Prazer, meu nome é , mas pode me chamar de .
— Muito prazer, , me chamo … apenas mesmo. — Deu de ombros. — Posso chutar que você não é daqui.
sentia que o homem do seu lado parecia ser uma boa pessoa, mas todo cuidado era pouco, então resolveu não entregar tantas informações assim de uma vez só.
— Eu vim visitar alguns parentes, coisa rápida. E você é daqui?
— Moro aqui desde que nasci, sendo assim, já faz uns 30 anos. Quando você entrou, eu logo percebi que não era daqui… — fez uma breve pausa para escolher as palavras certas, sem parecer atrevido — E-eu nunca tinha te visto pela cidade, então achei que seria interessante ser receptivo.
— Você é sempre tão receptivo com todo mundo?
— Às vezes.
Nesse momento, houve um silêncio, mas era um silêncio diferente daquele que conhecia, ele não era incômodo ou ensurdecedor. Era um silêncio de contemplação. Ela encarou cada detalhe da feição do homem à sua frente, era de uma beleza que ela julgou nunca ter visto antes.
Havia alguma coisa nele, que penetrava nela e era capaz de chegar até a sua alma. Mas, ela logo tratou de espantar esse tipo de pensamento, era arriscado demais ter intimidade com alguém que ela mal conhecia, ainda por cima sendo um homem.
— Aqui está!
A garçonete interrompeu a troca de olhares servindo o pedido de . Quando experimentou o doce, teve certeza que tinha ótimo gosto para comida, porque realmente era delicioso. O pequeno pão doce derretia na boca e deixava um gosto de açúcar com canela no final, o que acabava por combinar totalmente com o café.
Ela gostaria de repetir isso mais vezes.
Em meio a goles de café, e prolongaram sua conversa, e ela acabou contando que sua mãe morou ali por boa parte da infância e adolescência. O que mais chamou a atenção da mulher foi a forma com que a escutava, sem interromper, prestando atenção a cada palavra ou gesto que eram emitidos por ela. E ao final, ele fazia algum comentário. E poderia ser a grande carência de sua parte falando aqui, mas se Louis ao menos uma vez a escutasse...
Nesse momento, recordou as inúmeras vezes que iniciaram uma briga, porque ela “falava demais.” Uma coisa nisso tudo era certa, Louis nunca encostou a mão sobre ela, mas, mesmo assim, ele estraçalhou o coração de da pior forma que uma pessoa pode fazer.
A tristeza e o desânimo dominaram o corpo da mulher, então ela decidiu que já era o momento de ir embora. Ao olhar pelos vidros do local, notou que já estava entardecendo e ela nem havia percebido.
— Bom, foi um prazer te conhecer. Acho melhor eu já ir indo — Se levantou e buscou por suas malas ao redor de seu banco, nesse momento também se levantou.
— Se quiser, posso esperar junto com você o táxi chegar. — Pegou uma mala que estava próximo a ele. — Deixa que eu te ajudo.
— Ah, não tem necessidade disso… — Agora não tinha como voltar atrás de sua mentira — É-é que bom, eu decidi não ficar na casa da minha família, para não incomodar, entende? — concordou.
— Então você vai ficar no único hotel que tem na cidade, no Standard, é um ótimo lugar, eu posso te levar até lá. — falou com certa suavidade, mas logo se arrependeu. — Desculpa me intrometer assim, caso você quiser, eu posso te levar até lá.
— Olha, , muito obrigada, mas realmente não precisa se preocupar. — Pegou delicadamente a mala que estava na mão dele.
— Tudo bem, nos vemos por aí então. — Engoliu seco. Ele realmente queria vê-la de novo, para garantir isso, pegou um pequeno papel em seu bolso e pediu uma caneta emprestada a garçonete. — Se precisar de qualquer coisa, seja o que for mesmo, pode me ligar, aqui esse é o meu número. — Deu um pequeno sorriso de canto.
— Muito obrigada, — Depositou um rápido beijo na bochecha do homem e partiu rumo ao hotel.
concluiu que sua mãe estava certa, a cidade era encantadora, aconchegante e acima de tudo, gentil. E ela estava certa de que era isso o que ela queria para sua “nova” vida. Além, é claro de um bom banho neste momento.
Então ela chamou um táxi e pediu para que ele a levasse ao hotel que seu mais novo amigo havia comentado. Se tinha bom gosto para comida, deveria ter para conforto, não?





was the heir to the Standard Oil name and money”

Isso parecia loucura, não, isso era loucura. considerava que agora estava definitivamente louco, como conseguiria explicar às pessoas que havia se apaixonado por uma estranha em um café da cidade
Não era qualquer café, era o café da sua família e já não era mais uma estranha, era , seu nome parecia produzir um certo gosto doce em seus lábios e saia de forma suave da sua garganta.
Ele não conseguia parar de pensar nela, e em comum ela era bonita, não apenas em sua aparência, mas na forma que falava sobre si, sobre os outros, sobre aquela cidade que era acreditava ser “boa”.
Mas se necessário, ele faria aquela cidade toda se tornar boa, só para que o desejo do coração de fosse cumprido. Quando ela disse que teria que ir, ele quis implorar para ela ficar mais um instante, mas isso pareceria muito desesperado. Porém, no caso dele, não havia tempo a perder.
Após se desvencilhar de um noivado de mais de 5 anos, se sentia pronto para amar de verdade. Não que nunca tivesse amado Catarina, no começo ele a amou demais, porém com toda a pressão de sua mãe sobre o seu relacionamento, tudo foi se acabando.
Ele considerou que o seu relacionamento com Catarina incluía mais do que eles dois, incluía, Eugênia sua mãe, quem sempre incentivou que se relacionasse com Catarina, uma vez que, a moça era de boa família e não teria “risco” de uma tentativa de golpe em sua fortuna.
Em algum momento da história desse casal, , sabia que os dois tinham tentado fazer dar certo, mas não tem como colocar amor, onde ele não nasceu de forma natural. E foi por isso, que após um jantar com a sua ex-noiva, ele acabou descobrindo que ela o traia.
Não houve briga, nem estilhaço, havia só dois corações machucados pelas consequências da escolha de terceiros. Eugênia ficou furiosa e fez questão de difamar Catarina para todas as pessoas possíveis da cidade, a perseguição foi tão grande que a família da moça resolveu se mudar.
E após dois anos de toda essa história, ainda pedia perdão mentalmente para Catarina, por tudo o que sua mãe havia a feito passar.
O seu celular tocou e ele pode visualizar que era um de seus funcionários do hotel, prontamente ele atendeu e passou as informações necessárias.
Quando conheceu no café optou por não dizer seu sobrenome para que não houvesse nenhum tipo de julgamento prévio dela sobre ele. Por mais que o rapaz não levasse em conta o que a mãe dizia, ele tinha certo receio das pessoas apenas se aproximarem dele pela grande influência e fortuna da família.
Então naquele dia ele achou melhor não ser ninguém além do moço do café para , mas ele queria agradecer a boa companhia dela de alguma forma, e a única que passou por sua mente foi garantindo o seu conforto durante a sua estadia.
Por isso, incentivou para que ela fosse para o Hotel que levava seu sobrenome e agora instruía ao seu funcionário para que não cobrasse as duas primeiras semanas de diárias dela e que sempre oferecesse a ela as melhores refeições ao longo do dia, isso tudo, sem mencionar quem estava proporcionando às regalias.
Se sua mãe soubesse disso, ele teria certeza de que ela odiaria e acharia ele um grande bosta. Mas, saber que aquela mulher estava sendo tratada como merecia, era suficiente para ele.





“And the town said, "How did a middle-class divorcée do it?"

Após quatro dias seguidos procurando, havia encontrado um emprego. Era muito difícil ser admitida em uma cidade que todos se conheciam, porque as perguntas giravam em torno de “quem é sua família”, “qual seu sobrenome”, “onde você mora”. E assim, quando a mulher iniciava a explicação de que sua mãe morou em Folk, mas ela era de Rhode Island, pronto as caras já se fechavam, e tchau oportunidade.
Então foi dobrando uma esquina movimentada que ela acabou conhecendo uma casa de shows chamada “Oil”, ela era moderna, mas, ao mesmo tempo, tinha um aspecto vintage em sua aparência.
A entrada era uma pequena porta de esquina, estendia-se um longo salão com inúmeras luzes, um balcão que era do tamanho do local todo iluminado e atrás dele uma imensa parede de garrafas de bebida. A vaga era para um “barman ou barwoman”. Ela não sabia fazer uma limonada sem amargar, mas era sua chance de aprender algo.
Foi sincera na entrevista, explicou que não tinha experiência na área, na verdade não tinha experiência em qualquer área que fosse. Logo que tinha se formado, seu ex-marido, Louis, insistiu para que eles se casassem, e assim ocorreu. De repente se viu com serviço demais dentro de casa para continuar fazendo faculdade, e apenas deixou isso de lado.
Agora lá estava ela com seus 27 anos, começando a experienciar a vida. E foi assim que a contrataram, foi orientada a chegar mais cedo no próximo dia para que seu companheiro de trabalho explicasse algumas coisas. Ela trabalharia das 19h às 3h da manhã, de sexta a segunda, parecia exaustivo, mas a ruiva garantia que iria se acostumar rapidamente. Ainda mais que agora seu objetivo era conseguir alugar um apartamento ou algo assim.
O nome do homem loiro ao seu lado era Frances, seu mais novo companheiro de trabalho. Ele tinha um certo sotaque na fala o que mais tarde foi explicado quando ele mencionou que vinha do Brasil. Ele era direto, sem muita enrolação, explicou os drinks mais pedidos da casa e também deu alguns toques para agilizar o serviço.
Para facilitar, ele preferiu que ficasse à frente do balcão e ele fazendo as bebidas, assim ela teria que levar o pedido até ele e depois a bebida ao cliente, e logo que a casa se abriu, o movimento começou. As mãos estendidas com comandas começaram a circular todo o bar, mas manteve a calma, ela teria que dar conta.
Quando todo pessoal voltou para a pista, uma bela mulher, que julgou ter mais ou menos a mesma idade que a dela, se aproximou do bar e se sentou em uma das poucas banquetas disponíveis ali. Ela se direcionou direto a Frances com um papel na mão, e ele apenas concordou com a cabeça e foi preparar seja lá o que for que ela pediu.
Passaram se horas e mais hora, e a morena sentada no bar continuou a beber, bebeu de forma tão descontrolada que os copos começaram a fazer uma barreira em volta dela.
— Frances. — chamou o mais novo conhecido. — Acho melhor servir uma água para ela. — Indicou com a cabeça a morena deitada sobre a bancada.
— É, também acho. — Pegou uma garrafa em uma das geladeiras. — Leva para ela, diz que é por conta da casa.
— Olá. — Se aproximou da mulher. — Olha, o que você acha de tomar uma água agora, essa é por conta da casa. — disse em um tom animador.
— Eu pedi água? — A morena lançou um olhar fatal sobre a ruiva — EU NÃO PEDI A PORRA DESSA ÁGUA. — Quando tentou ficar em pé sobre a banqueta, sentiu uma forte tontura e logo se sentou novamente. — Eu estou pagando pelaass minhas bebidas. — Falava de forma arrastada, que julgou ser pelo álcool. — Então não se intromete, tá!
Então a cliente se sentou e iniciou um choro silencioso, com um olhar fixo para o nada. resolveu não se intrometer, devolveu a garrafa de água para a geladeira e trocou um rápido olhar com Frances, que disse um breve “Deixa para lá” e foi isso que ela fez.
A noite passou de forma movimentada, clientes iam e voltavam de forma rápida elogiando as bebidas de Frances e pronunciando algumas cantadas para . Porém, a morena bêbada continuava sentada, chorando sem emitir som, e quando encarou ela por alguns minutos sentiu uma angústia, por ver alguém tão só e vulnerável daquela forma.
se sentia exausta, os seus cabelos que antes estavam em um coque alinhado, agora estavam desgrenhados e o penteado estava quase se desfazendo. Retirou seu avental, colocou um casaco, pois a noite estava mais fria do que de costume. Estava em dúvida de como voltar para casa, as ruas estavam desertas naquele horário.
Quando saiu na porta do estabelecimento que ela notou, que a mulher de mais cedo do bar, estava sentada, para ser mais honesta largada sobre a calçada, encostada em um poste qualquer. A mulher ruiva olhou para os lados buscando ver se havia alguém a acompanhando ou por ali que pudesse ajudar, como não obteve sucesso resolveu se aproximar.
— Oi…olá tudo bem? — Abaixou-se para ficar na mesma altura dela e tirou uma mecha de frente do seu rosto. — Ei, você está bem? — Fez uma pausa esperando algum tipo de resposta. — Moça, acorda. — Cutucou a mulher.
Sem obter nenhum tipo de resposta, concluiu que não conseguiria deixar ela ali, então com certa dificuldade levantou a mulher e passou um de seus braços sobre seus ombros e encaminhou-se para a porta do seu trabalho.
tentava pensar de forma prática o que fazer, como faria para voltar para o hotel? Quem era ela? Quem poderia ajudá-la? Foi aí que a ideia surgiu de forma instantânea em sua cabeça: .
Não tinha o que ser feito, duas mulheres, uma delas bêbada pegando um táxi era perigoso, ir caminhando também e ao observar ao redor e perceber que nenhum outro funcionário se ofereceu para ajudá-la. Ela teve que ser prática, poderia ser perigoso, mas ela tinha que confiar em alguma coisa.
— Alô, ? Sou eu, a , a garota do café. Eu sei que isso pode parecer estranho, mas você me deu esse número para usar quando precisasse, e agora estou precisando. Pode me pegar em um bar chamado “Oil”...
Quando iria dar as instruções de onde era o local, a interrompeu com um “Estou indo” e desligou. Foram exatos dez minutos para que um belo carro esportivo estivesse parando em sua frente.
desceu de forma rápida, sem aos menos desligar o carro, seus olhos percorreram de forma rápida e depois se encontram com o olhar dela, foi assim que ele notou a mulher morena apoiada nela.
— Quem…é — disse se aproximando das duas.
— Eu não sabia quem é, ela estava no bar e depois estava aqui largada. Eu fiquei preocupada e pensei de levá-la para o hotel. — Então passou o braço da mulher para seus ombros.
— Peraí…ela é Dalí, Dalí Eloide. — Colocou a mulher no banco de trás.
Ele a conhecia de onde? Foi o primeiro pensamento de , depois que já estava no banco de trás com a cabeça da tal Dalí sobre seu colo. O caminho todo foi em silêncio, com algumas trocas de olhares entre os dois pelo retrovisor.
Quando a fachada do seu hotel surgiu na janela do carro, rapidamente abriu a porta para que descesse e depois sem muito esforço pegou Dalí no colo e se encaminhou para dentro do hotel.
entendeu que a cena era dramática o suficiente, porque diferente das outras vezes que tinha que se identificar na recepção e esperar para que o secretário conferisse se ela era hóspede, hoje foi apenas necessário que passasse na frente com a mulher em seus braços para que a porta fosse aberta e houvesse auxílio para segurar o elevador.
Já na porta de seu quarto a ruiva observou o moreno alto colocar Dalí na cama de forma delicada e garantir algum tipo de conforto a rodeando de travesseiros. Quando ele iniciou uma caminhada em sua direção, um leve formigamento surgiu em sua espinha.
— Acho que ela vai ficar bem. — garantiu.
— Sim, bom eu espero. Você falou que ela chama Di…di…Dalí, né? Vocês se conhecem?
— Sim. — Uma careta surgiu no rosto de . Então ele continuou — É uma cidade pequena, eu estudei com ela, a família dela tem proximidade com a minha também, mas nada demais. Bom, se era apenas isso que precisava, eu já vou. — Passou por ela.
— Espera, eu queria te agradecer por hoje. Na verdade, eu nem sei como agradecer, você foi incrível.
— Você que foi incrível, , tem um coração bom de verdade. — Deu um sorriso para ela. — Mas, pensando aqui, tem uma forma de me agradecer.
— Tem? Como?
— Se aceitar jantar comigo um dia desses, aceita?
— S-sim. — Esboçou um pequeno sorriso.
— Sério? Ah, combinado então, você tem meu número, é só chamar. — A abraçou de repente e a soltou de forma abrupta. Pode observar seu rosto se avermelhar.

Então se despediu e sumiu no final do corredor quando entrou no elevador. depois de garantir que o homem não estava mais presente, soltou sua postura e deixou um suspiro escapar. Ele era cavalheiro o suficiente para existir na realidade dela.




Continua...


Nota da autora: Espero que essa história te encante como o album da Taylor me encanta. Foi escutando ele durante dias, assistindo o documentário dela que me surgiu essa ideia de uma saga de personagens. A primeira história Dynasty é baseada na minha música preferida do album, e qual é a de vocês?
Com carino, nadia!

Se você encontrou algum erro de codificação, entre em contato por aqui.

Não se esqueça de deixar um comentário para a autora!


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