Revisada por: Calisto
Finalizada em: 31/10/2024Sem hesitar, caminhei com ele pelos corredores do castelo, encontrando alguns conhecidos “escondidos” pelo trajeto, mas nenhum de nossos melhores amigos. Eu até me perguntaria onde estariam eles, porém minha curiosidade em saber para onde Remus me levaria falava muito mais alto.
Meu estômago se revirou em expectativa. Não que eu e meu namorado nunca tivéssemos ficado sozinhos antes, nós sempre dávamos um jeito de nos esgueirar pelas prateleiras da biblioteca que sabíamos que não seriam visitadas por ninguém. Havíamos também já ‘conhecido’ algumas salas vazias, e eu já não poderia mais contar nos dedos a quantidade de vezes em que quase fomos pegos por algum dos professores. No entanto, naquela noite havia algo diferente no ar. Algo que havia iniciado quando percebi os olhos de Lupin faiscando em minha direção.
Não trocamos muitas palavras durante nossa caminhada, principalmente porque não podíamos chamar tanta atenção para o fato de que deixávamos o baile e não estávamos exatamente seguindo de volta para o salão comunal. Se algum professor desconfiasse, com toda a certeza estaríamos encrencados.
Percebi para onde Remus me levava quando estávamos na metade do trajeto, o que fez com que eu apertasse ainda mais meus passos, ansiosa, e, como resposta, Lupin me abraçou pela cintura e me deu um beijo delicado no rosto, o que me fez sorrir.
Eu não sabia quais eram as reais intenções dele ao me levar para a parte mais alta do castelo àquela hora da noite, ou de repente eu sabia até demais e estava aceitando tudo de muito bom grado. Havia como não aceitar?
— A Torre de Astronomia, Lupin? — questionei e arqueei uma sobrancelha assim que adentramos o local.
— Ninguém costuma vir aqui — explicou rapidamente. — E eu também imaginei que você gostaria da vista. — Sorriu singelamente.
Meu rosto instantaneamente se iluminou ao ouvir aquilo, então voltei meu olhar para a belíssima vista de Hogwarts à noite.
Não ia negar, eu tinha uma paixão alucinante por lugares altos. Amava a sensação de adrenalina que grandes alturas me proporcionavam, sem contar no quanto aquilo me trazia paz.
Remus sabia que eu já havia entrado escondida naquela torre algumas vezes, principalmente quando precisava distrair meus pensamentos.
Me perguntei, por alguns segundos, como nós dois não havíamos pensado naquele lugar antes.
— Você imaginou certo. Eu sou apaixonada por essa vista. — Sorri radiante para ele.
— E eu sou apaixonado por você, . — Voltei a encará-lo ao ouvir aquelas palavras. Meu coração batia tão rápido naquele momento que poderia saltar pela boca a qualquer segundo.
Às vezes eu até me perguntava se aquilo tudo que estava vivendo com Lupin era real, ou apenas mais de meus sonhos bobos, daqueles que não tinha a menor vontade de acordar.
— Você é? — Acabei balbuciando, tão feliz que faltou pouco para que eu não saísse pulando feito louca por aí.
— Diria que alucinado até. — Riu de leve. — Não basta apenas que você esteja nos meus pensamentos quando vou dormir ou estou prestes a acordar. Você povoa todos os meus sonhos, e eu não poderia ter nenhuma outra pessoa do meu lado além de você.
E ali vinha mais um impulso de encher o rosto dele de beijos. Como conseguia ser tão perfeito?
— Nem mesmo a Clarisse Starling? — perguntei, apenas para implicar com ele. Remus sabia muito bem que eu não esqueceria aquilo tão cedo e seus olhos se estreitaram em minha direção imediatamente.
— Quem é essa? — retrucou, ao posicionar suas mãos em minha cintura, o que o deixou próximo a ponto de eu sentir sua respiração contra meu rosto.
Ri de sua resposta e neguei com a cabeça antes de fazer um bico.
— Você sabe muito bem quem ela é — acusei.
— Ah, é a maluca que tentou me fazer beber poção do amor? — Fez uma cara falsamente surpresa e eu lhe estapeei de leve. — Esqueci completamente da existência dela.
— Esqueceu da menina mais bonita da Grifinória? Até parece, Remus. — Soltei um muxoxo.
Nem sabia por que tinha trazido aquele assunto à tona, talvez fosse apenas uma insegurança tola disfarçada de implicância. Eu nunca havia me sentido daquela forma, e ele também tinha seus momentos de achar surreal a ideia de estarmos juntos, o que só provava ainda mais o quanto estávamos entregues um ao outro.
— A mais pirada, você quer dizer, porque a mais bonita está na minha frente. — Piscou para mim.
— Pare de me falar essas coisas. Uma hora dessas, eu vou realmente acreditar. — Encarei seus olhos intensamente e senti que não demoraria muito a beijá-lo. Estar tão próxima de Lupin e ouvir todas aquelas coisas simplesmente era demais para o meu psicológico.
— Quer dizer então que para te fazer acreditar eu só preciso ficar repetindo? — Sorriu de canto e aproximou sua boca do meu ouvido para sussurrar. — É você, . Sempre foi você a garota dos meus sonhos, que eu quis desde o início e ainda quero.
Senti que todos os pelos da minha nuca se arrepiaram com aquilo, ao mesmo tempo em que meu coração foi aquecido pela milésima vez.
Eu deixaria que Remus me aquecesse e me fizesse queimar sempre que quisesse.
— É bem importante saber que você ainda me quer — soltei, por puro nervosismo.
Tenho certeza de que meu estômago se revirou todinho quando ele riu baixinho e passou seu nariz de leve pela lateral de meu rosto até parar com sua boca praticamente colada à minha.
— Mais do que ontem, e com certeza amanhã vou querer ainda mais.
Minhas pernas bambearam com aquilo. Achava incrível a capacidade que ele tinha de ser fofo e ao mesmo tempo me deixar alucinada, necessitada dele.
Precisei envolvê-lo com meus braços, levei minhas mãos até seus ombros e o apertei de forma que minhas unhas compridas se afundaram um pouco por ali. Mais uma vez, a faísca passou pelos olhos de Lupin, e eu tinha certeza de que dessa vez esta se refletiu nos meus. Não porque nas outras o sentimento não fosse recíproco, mas porque eu finalmente havia compreendido o que aquilo queria dizer.
Desejo.
Algo tão intensamente retribuído por mim que eu não refreei meu corpo quando o senti se lançar na direção de Remus para romper aquela distância torturante e dar início ao beijo que tanto ansiávamos.
As mãos dele, ainda postas em minha cintura, a apertaram com um pouco mais de pressão e fizeram um arrepio gostoso percorrer toda a minha espinha. Suguei o lábio inferior de Lupin, passei meus dentes de leve e permiti em seguida que sua língua acariciasse a minha.
Toda vez que nos beijávamos era como se milhares de estrelas explodissem ao nosso redor. Como se eu estivesse naquelas histórias felizes onde o amor sempre prevalece, o que sempre me trazia a sensação de que tudo não passava de um sonho. Temia acordar, me deparar com meu quarto no dormitório da Grifinória e descobrir que Remus Lupin e eu ainda éramos apenas bons amigos.
Apertei-o com mais força contra mim, como se assim fosse possível provar para mim mesma que aquilo era, sim, bem real. Como resposta, pude ouvir um grunhido manhoso ecoar de seus lábios, e as mãos dele delinearam minha cintura de leve e deslizaram em direção às laterais de meus quadris.
Instantaneamente, senti meu rosto pegar fogo, e talvez aquela não fosse a única parte de meu corpo que se aquecia, porque fiz questão de rebolar minimamente para aumentar o contato com ele o máximo possível. Nosso beijo então se intensificou.
Não era a primeira vez que isso acontecia, mas, de certa forma, naquele dia era diferente. Não era como se esgueirar por entre as prateleiras da biblioteca. De alguma forma, meu corpo sabia que era a hora.
— Eu te quero tanto, Remus Lupin. — Afastei minha boca da sua e deixei que aquelas palavras ecoassem de uma forma um tanto rouca, o que o afetou imediatamente, porque ele voltou a me beijar com ainda mais intensidade.
Só me dei conta de que eu e Remus caminhávamos quando senti minhas costas irem de encontro a uma das paredes. Ofeguei com aquilo, senti o corpo de Lupin imprensar o meu e mais uma onda gostosa de arrepios se espalhou por cada centímetro de minha pele.
De maneira quase inconsciente, ergui uma de minhas pernas, o enlacei pela cintura em busca de mais contato e rebolei um pouco mais contra ele assim que consegui.
Ao notar o quanto aquele movimento agradava meu namorado, repeti o gesto, e a boca de Lupin se desgrudou da minha para migrar para o meu pescoço, onde ele ofegou ruidosamente e fez com que o meio de minhas pernas pegasse fogo. Não me contive e gemi quando suas mãos me apertaram ainda mais contra seu quadril para que nós dois nos esfregássemos ainda mais, em uma fricção deliciosa.
Eu tinha uma noção do quanto Remus era capaz de me tirar dos eixos, porém não imaginava que, quando o fizesse, de fato seria ainda melhor do que em meus sonhos. A forma como seus lábios tocavam meu pescoço, sugavam a minha pele e deixavam um rastro quente ao traçar o caminho até meu ombro, muito próximo à manga do vestido, estava me deixando completamente fora de mim.
Embrenhei meus dedos em seus cabelos e puxei os fios sem muita delicadeza, porque eu simplesmente não conseguia pensar nisso naquele momento. Então me esfreguei contra ele com mais afinco, ao mesmo tempo em que o desejo de arrancar aquele vestido e o atirar longe tomava cada vez mais conta de mim.
Desci uma das minhas mãos até o rosto de Lupin, o acariciei de leve e segui até seu peito, raspei minhas unhas em seu pescoço e me desconcertei segundos depois ao conseguir sentir o quanto os batimentos dele estavam acelerados.
Eu causava aquele efeito nele?
Eu? ?
Saber daquilo me atiçou ainda mais e eu prossegui com meus toques, disposta a explorar cada centímetro do corpo dele, ansiosa em descobrir quais eram os outros pontos que o deixavam insano como ele certamente fazia comigo.
— ... — Lupin sussurrou contra meu pescoço e usou um tom de aviso que, honestamente, era muito pouco convincente.
— O quê? — Encarei seus olhos intensamente, esperando deixar claro o quanto eu o queria apenas com o olhar. Interromper aquilo estava totalmente fora de cogitação.
— Não conseguirei parar se continuarmos assim. — Seus olhos então se desviaram para baixo, onde nossos quadris estavam perfeitamente encaixados e, como resposta, eu rebolei de novo contra ele e mordi minha boca em seguida com as sensações gostosas que o gesto me proporcionava.
— E por acaso eu falei que quero que pare? — Ergui uma sobrancelha e deixei um sorriso travesso brotar em meus lábios.
Ele, no entanto, resolveu insistir no que quer que estivesse em sua mente, porque negou com a cabeça e imitou o meu gesto de morder os lábios.
— Queria fazer algo especial na nossa primeira vez. Não assim, na Torre de Astronomia. — Torceu a boca e aquilo me deixou ainda mais apaixonada por ele.
— É especial porque eu estou com você. — Pela forma como seu rosto se iluminou ao ouvir minhas palavras, aquilo havia sido o bastante. — Eu quero você, Remus. Aqui. Agora. E depois em todos os lugares possíveis.
Lupin voltou a sorrir com aquilo.
— Já está me dando ideias?
— Sempre. — Pisquei para ele. — Agora pare de conversinha e me beija de novo, vai.
A risada dele era o tipo de melodia que eu poderia continuar ouvindo pelo resto da vida.
Nossas bocas voltaram a se unir, então senti Lupin levar sua mão até a minha coxa e apertá-la com força. No ato de enlaçar minha perna nele, o vestido acabou subindo até minha cintura, e minha calcinha já estava um tanto visível há tempos.
De uma forma um tantinho febril, me pus a desabotoar sua camisa com cuidado para não arrebentar todos os botões como cada célula de meu corpo gritava para fazer. Eu nunca havia o visto sem roupa e, a cada centímetro de pele exposta dele, eu sentia meu coração bater mais rápido. Era como se fosse saltar pela minha boca a qualquer momento.
Ofeguei baixinho quando Remus mordeu meu lábio inferior, o sugou e fixou seu olhar no meu. Ali o desejo transbordava de um jeito que, se eu já não estivesse completamente rendida e aquecida por ele, definitivamente ficaria naquele momento.
Sua boca permaneceu daquele jeito, unida à minha, porém eu senti o exato momento em que meu namorado sorriu torto, ao me fazer desencostar da parede para que seus dedos encontrassem o fecho do meu vestido. Lupin tentou puxá-lo sem que eu precisasse me virar de costas, mas, no processo, acabou se atrapalhando, tanto que em vez de abrir, o zíper acabou emperrando.
Aquele tipo de coisa só poderia acontecer conosco.
Soltei uma risada rouca e neguei com a cabeça, embora o sentisse tremer da mesma forma que eu. Por mais alto que o desejo falasse, aquela era a nossa primeira vez.
— Eu juro que vamos treinar isso uma outra hora — ele murmurou e me fez rir um pouco mais alto.
Virei-me então de costas para Remus, ele voltou a tentar puxar o zíper, porém perdeu a paciência e usou um feitiço para finalmente se livrar dele sem maiores problemas. No entanto, não retornei à posição anterior, porque, assim que abriu meu vestido, ele fez questão de deixar sua respiração quente bater contra a pele de meu pescoço.
Permiti que Lupin deslizasse as mangas daquela roupa por meus braços, os libertando de forma que a peça deslizou por todo o meu corpo até atingir o chão.
Quem diria que aquele era o mesmo vestido que havia causado tantos problemas e crises existenciais na hora de vesti-lo.
Em uma questão de segundos, eu estava apenas de calcinha e salto alto, o corpo de Remus Lupin pressionou minhas costas e, com tal gesto, foi impossível não notar o quanto aquela brincadeira o afetava, por mais que fôssemos desajeitados no processo.
Droga, ele parecia tão duro que eu deveria me assustar, porém, em vez disso, meu corpo estremeceu em expectativa.
Inclinei meu pescoço para o lado quando os lábios dele voltaram a tocar minha pele e espalhou mais beijos gostosos que seguiram até a lateral de meu rosto. Ali então estava a deixa para que eu ficasse mais uma vez de frente para meu namorado.
A expressão no rosto dele ao ver meus seios descobertos foi impagável, mas eu não tive muita chance de processar aquilo, porque logo suas mãos os envolveram. De início, ele roçou a ponta dos dedos em seus bicos, brincando, espalhando arrepios mais intensos por todo o meu corpo, para então apalpá-los com mais vontade e ditar um ritmo que me deixava cada vez mais alucinada. A situação não melhorou muito quando ele decidiu explorá-los com a boca, tocou primeiro um, depois o outro, deslizou sua língua por toda a auréola do esquerdo, roçou os dentes ali e então sugou o direito, o que fez meus olhos se revirarem nas órbitas. Cada vez que ele via que acertava nas carícias, parecia tentar repetir ainda melhor.
Não controlei minhas mãos tampouco. Deixei que tocassem seu abdômen exposto, desenhando cada mínimo detalhe e raspei minhas unhas de leve. Uma contração me mostrou que ele havia gostado daquilo, então ousei seguir o caminho de meus arranhões carinhosos até o cós de sua calça.
Lupin arfou, me deu um selinho desesperado, e eu sorri de imediato, ao envolver sua ereção por cima do tecido mesmo e iniciar movimentos de vai-e-vem.
Vamos lá, eu não era completamente inocente, algumas coisas eu já havia ouvido falar. Minhas amigas, principalmente Lena, não eram lá muito discretas quando o assunto era sexo, então eu sabia que aquele tipo de coisa era capaz de atiçá-lo ainda mais.
Senti que o membro dele ficava mais endurecido a cada movimento que eu fazia, e Lupin até se desconcertou um pouco das carícias em meus seios para mover minimamente o quadril na direção de meus toques. Ele queria mais e isso era ótimo, porque eu queria também.
Voltamos a nos encarar com ansiedade no olhar, um questionando de forma muda se ali havia alguma certeza, enquanto o outro respondia que sim, mil vezes sim.
Remus usou o blazer para estender no chão da Torre de Astronomia, e eu nem lembrava de quando ele havia se livrado daquela peça, porém aquilo não importava.
Não precisei que ele me dissesse o que queria. No instante seguinte, eu me deitei sobre o improviso e deixei que o corpo gostoso dele viesse por cima de mim.
Beijei-o pela milésima vez e nunca cansaria de sentir seu gosto. Desci a boca até seu queixo, o mordi de leve e gemi baixinho quando as mãos de Lupin tocaram a parte interna de minhas coxas. Seus dedos fizeram um trajeto lento por minha pele, subiram até tocarem minha intimidade por cima da calcinha, e apenas com aquilo eu já fui completamente à loucura. Quando ele então arriscou me acariciar de forma circular, acabei não contendo um gemido mais alto. Satisfeito com o resultado, Remus continuou aquela carícia, o que me fez gemer mais algumas vezes, apertar minha boca e às vezes até morder meus lábios, enquanto revirava meus olhos e me controlava para não acabar gritando de prazer.
Eu nunca poderia imaginar que fosse realmente tão sensível.
— Lupin... — chamei por seu nome, e o vi me encarar com um brilho tão intenso que poderia jurar ver estrelas ali. — Eu não vou aguentar muito, não. Preciso de você.
Por mais nervosa que eu me sentisse, ao mesmo tempo eu ansiava por aquilo. Ansiava descobrir como seria tê-lo dentro de mim.
— Eu sou louco por você, . — Do nada, ele soltou aquela declaração, e minha reação foi dar um jeito de me livrar de uma vez por todas daquela calcinha.
Também completamente despido, senti que finalmente ele guiava seu membro até minha intimidade. Apertei meus lábios, sentindo que me contraía de nervoso e, sem desviar seu olhar do meu, Remus esfregou sua glande em meu clitóris, o que me deixou ainda mais molhada do que eu já estava. Soltei um grunhido por aquilo e movi meu quadril na direção do seu, como se assim pudesse conseguir o que eu queria de fato.
Não sei dizer quanto tempo ele ficou repetindo os movimentos para me deixar cada vez mais pronta para recebê-lo. Então seus lábios voltaram a me beijar com urgência e ele finalmente deslizou para dentro de mim.
O primeiro movimento foi lento e eu senti uma dorzinha chata, mas não intensa da forma como ouvi falar. Talvez a brincadeira anterior dele tivesse me permitido relaxar. A expressão dele não estava muito diferente, também misturava uma parcela de dor em meio ao prazer e o anseio em descobrir mais daquelas sensações.
Ficamos parados por alguns instantes para que eu pudesse me acostumar com ele dentro de mim.
— Tudo bem? — O ouvi perguntar e afirmei positivamente.
— Tudo bem. — Acabei respondendo, para que não lhe restassem dúvidas.
Lupin então voltou a se mover, deslizou para fora de mim e voltou de forma lenta. Repetiu o movimento mais uma vez, e então outra. Aos poucos, a sensação prazerosa foi ganhando mais espaço, meus olhos suavizaram seu aperto e eu comecei a rebolar contra o membro dele, o que o permitiu me penetrar cada vez mais fundo. Remus então aumentou a intensidade de seus movimentos até segurar em minha bunda e eu enlacei as pernas em sua cintura para que ele pudesse me penetrar mais fundo.
A sensação era indescritível. Como se a qualquer momento eu fosse explodir de tesão. O prazer que me foi apresentado era tão intenso que eu não conseguia conter meus gemidos.
Minhas unhas, hora ou outra, se fincavam nos ombros dele, deslizavam por suas costas e espalharam alguns arranhões, porém eu não importava. A coisa mais sexy do mundo era ouvir Remus Lupin gemer bem rente ao meu ouvido, ainda mais por meus gestos serem a causa.
Nossos lábios não se mantiveram juntos por muito tempo. Deixei uma mordida leve em seus ombros, e ele intensificou mais os movimentos. Aos poucos, meu corpo tremeu sozinho e o prazer aumentava cada vez mais.
Sem ter o mínimo controle de quando isso aconteceria, senti tudo dentro de mim explodir como fogos de artifício. Espasmos se espalharam por cada centímetro meu e quando eu vi milhares de estrelas ao meu redor, imaginei que aquilo só podia ser o ápice.
Aquele foi o sinal para que Lupin também se entregasse ao prazer extremo. Ele gemeu mais alto, de forma prolongada, e me deixou quase louca com aquele som.
Eu nem acreditava que havíamos feito aquilo.
Éramos completamente um do outro pela primeira vez.
O corpo dele repousou sobre o meu enquanto recuperávamos nossas respirações ofegantes, então eu o encarei radiante. Meu olhar foi correspondido e aquilo me arrancou um sorriso.
— Eu acho que amo você — confessei e levei uma de minhas mãos ao seu rosto, fiz carinho e toquei de leve suas cicatrizes. Eu não fazia ideia do que aquilo se tratava, mas não era o momento para descobrir.
O sorriso de Remus Lupin ao ouvir minhas palavras era tudo o que eu precisava.
— Eu não acho. Eu tenho certeza de que amo você — Lupin me respondeu e fez com que mais uma vez estrelas explodissem ao meu redor.
E ali, deitada no chão daquela torre, envolvida pelos seus braços enquanto o Baile Celestial acontecia no castelo, tive certeza então de que não haveria outro lugar onde eu desejaria estar.